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Em fim o sonho se torna realidade, após meses de trabalho, a revista exemplar, sai do forno...
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Obesidade infantil:
luta contra a balança
Terceira idade:
A nova etapa
Pânico: Transtorno
da vida moderna
Álcool:um vilão
“legal”
Diretora:Viviane Silva
Coordenador do Curso:Cézar Roberto Versa
Professor Orientador:Jeferson Popiu
Editoras:Izla CorrêaPatrícia Limas
Conselho Editorial:Cleiton CavalheiroDeivid de SouzaEder OelintonEdson TrichesIzla CorrêaPatricia LimasTatiana SchicowskiWilliam Henrique
Marketing:Rodrigo Diefenthaler
Diagramação:Tatiana Schicowski
Arte Final:Eder OelintonTatiana Schicowski
Charge:Roberta Garrido
Repórteres:Adriana MarconCarla Raquel HachmannCarla RosanaCristiane de SouzaDeivid de SouzaEder OelintonEster ChavesGabriela CoutoGiovana DanquieliIane CruzIzla CorrêaJaqueline FrancoJociane PrestesJuliana VazLuana RossaMarilsa SimõesPatricia LimasRafael SchorekRogério ArazãoSimone BanderTatiana SchicowskiWilliam HenriqueVanelirte Moretto
Fotos:Cristiane SouzaEder OelintonGiovana DanquieliIane Cruz
Impressão Gráfica:Brilhograph1000 exemplares
Colaboradores:Alécio Espinola, Aline Cristina, AlineNascimento, Ana Carolina, CleversonPraxedes, Emanoelle Beltran, KellyMenezes, Krisley Kelly, MarcosMartins, Pâmela Gurtat, Pedro Godoy,Rodrigo Dias.
Revista
Enfim o sonho se torna realidade, após meses de trabalho, aRevista Exemplar, sai do forno, para as mãos dos leitores. Umarevista laboratório do terceiro ano de Jornalismo da Univel.
Produzida por acadêmicos que veem na formação, mesmoem dias que o diploma não passa de um pedaço de papel, anecessidade de transmitir conhecimento àqueles que buscaminformação de qualidade.
Com uma linguagem acessível, a Revista Exemplar trazconteúdos informativos e de entretenimento, direcionados atodas as idades e classes sociais, apresentando a você leitor,uma nova forma de fazer jornalismo.
Nossa revista traz discussões do cotidiano, como oAlcoolismo, um mal que não faz distinção de pessoas,acometendo pais, mães, filhos e destruindo lares. Hojeno Brasil, cerca de 40% das pessoas com idadeentre 18 e 34 anos bebem de formaabusiva. E em um planeta que gira cadavez mais rápido, a falta de tempo, fazcom que as pessoas deixem de lado atéas tradicionais refeições, transfor-mando a alimentação em fast foods.Quem mais sofre com isso são ascrianças que encaram desde muitocedo o desafio de combater a Obesidade.A rotina do mundo moderno ainda traznovas doenças como o Pânico, umadoença psico-lógica que pode serdesencadeada durante situaçõesdo cotidiano.
E você também confere nestaprimeira edição, amaquiagem como arte,a música na internetajudando a combatera pirataria, esporte, ocotidiano dos jovensnas repúblicas emuito mais.
Editorial
SABEDORIA E BEM ESTARSABEDORIA E BEM ESTARSABEDORIA E BEM ESTARSABEDORIA E BEM ESTARSABEDORIA E BEM ESTAR
Terceira idade é e repassa lições de vidaexemploAs rugas só representam as experiências, alguns esperam a aposentadoria
Ohh vó, cadê meu chocolate?Acabaram as balas!
É assim que são os finais desemana, dia de confraternização emfamília geralmente na casa dos avós.
Avós, os maiores contadores dehistórias reais, pessoas sabias cuja avida conhecem e ensinamentos trans-mitem. As rugas que representamsuas experiências, para uns sãoorgulho e para outros a expressão deuma vida triste na qual o abandono ea discriminação amarguram os dias emandam embora a alegria.
As ocorrências de abandono
aumentam gradativamente. Na mú-sica “Couro de Boi”, autoria de Tonicoe Tinoco há um verso que diz, “um paitrata dez filhos e dez filhos não tratamum pai”. Este verso remete a uma tristerealidade na qual vivem muitos idosos.
A aposentadoria tão esperada poralguns, para outros não significaparar de trabalhar e mudar a rotinade vida. Inézio Soares Leite, 71 anosé um exemplo disso. A juventudechegou, a meia idade passou e hojeintegrante da terceira idade, seconsidera muito jovem e saudável.Com a chegada da aposentadoria, não
parou de trabalhar, o vigia de ruasnoturno, não frequenta grupos deterceira idade, e não praticaexercícios físicos em equipe. “Meutrabalho como vigia já é um exercíciofísico, pois, caminho a noite toda cui-dando das casas”, afirma.
Os dias já não são mais como eramantes. Cada fase deve ser vivida ecompreendida. Inézio deixa umamensagem aos jovens que usam drogas. “Tenho 71 anos, sempre vivi o hojepensando no amanhã, as mudançasfazem parte da vida e são contínuas,hoje sou idoso sim e muito feliz”.
REPORTAGEM: MARILSA SIMÕES E SIMONE BENDERIMAGENS: ARQUIVO PESSOAL
Terceira idade é e repassa lições de vidaexemploaposentadoria, outros aproveitam para mudar a rotina de vida
PROJETOS DA TERCEIRA IDADEOs filhos cresceram a aposen-
tadoria já chegou e muitos idosospensam que a vida agora é somenteficar em casa, pois se sentem per-didos crendo que já cumpriram oseu papel social. Pensando no bemestar dessas pessoas que vivem a faseda melhor idade, muitas ações tantode órgãos públicos quanto deinstituições particulares desen-volvem projetos voltados ao públicode pessoas acima de 60 anos.
Com o desígnio de desenvolveruma base de atendimento aosidosos, o município de Cascavel pormeio da Secretaria de AssistênciaSocial, criou em 1984 o Centro deConvi-vência de Idosos (CCI) quede-senvolve atividades voltadas aoreestabelecimento e integração depessoas idosas na comunidade.
De acordo com a assistente sociale coordenadora do CCI, SusanaMedeiros Dal Molin, existem 32grupos de convivência distribuídosem vários bairros e distritos deCascavel, atendendo aproximada-mente 1.000 idosos de ambos ossexos. “O Centro de Convivência deIdosos objetiva despertar naspessoas idosas conhecimento dos
seus direitos, o sentimento de queainda são pessoas úteis, produtivas eque desempenham papel de grandeimportância na sociedade”.
O CCI é um dos projetos que fazemparte da rede de proteção básica domunicípio do qual trabalha comprogramas de aspectos sociais.
Com a colaboração de estagiários,exército e monitores o projetodesenvolve atividades em todos osgrupos distribuídos no município,trabalhando com cursos e palestraseducativas, esportes, entreteni-mento, lazer, viagens e tantas outrasatividades que estimulem a socia-lização. Além do trabalho desen-volvido entre os grupos, o CCI aindavise promover, à partir do segundosemestre do ano, parceria com oCondomínio da Terceira Idade e LarSão Vicente de Paula. A integraçãotem como objetivo o intercâmbioentre idosos das três instituições.
Tomemos como exemplo deinstituição particular, a rede dasFarmácias Estrela que tambémdesenvolve projetos voltados aosseus clientes da terceira idade. Quemnos conta como funciona o projeto éa coordenadora do grupo da melhoridade Giovana Hartmann Coutinho.
“O projeto é voltado aos clientesconveniados que recebem o Cartãofidelidade da melhor idade. Estebenefício oferece o direito de par-ticipar do clube realizado nas tardesde quartas-feiras com diversasatividades como dança, bingo, mas-sagem e cortes de cabelo gratuitos,dicas de saúde com médicos, viagenspara outros clubes da região etambém à praia no final de ano”.
Giovana ressalta que o projeto foicriado em 2006, e durante este tempojá foram cadastrados em médiaquatro mil clientes idosos, comparticipação efetiva de 380. “Nodecorrer destes três anos nota-se umenvolvimento de integração entreeles, valorização do autoestima,preocupação com a saúde e bem estarmantendo uma alimentação equi-librada e atividades físicas como adança, por exemplo,”.
Outras instituições particularesdesenvolvem projetos voltados àação social, como a Univel (UniãoEducacional de Cascavel), que tam-bém desenvolve um trabalho compessoas da terceira idade. Sãoatividades centradas principalmenteem aulas de diversas disciplinas,aplicadas na própria instituição.
Revista 5
Além da
REPORTAGEM: JOCIANE PRESTES E ROGÉRIO ARAZÃOIMAGENS: GIOVANA DANQUIELI
A obesidade esta cada vez mais presente na vida das crianças, e com isso a pr
CAUTELACAUTELACAUTELACAUTELACAUTELA
estética
Os números da obesidade infantilvem apresentando um rápido au-mento nos últimos tempos, isso épreocupante, pois esse mal vai muitoalém das questões estéticas. O excessode gordura acarreta diversos males asaúde como problemas coronarianos,dislipidemias, diabetes, hipertensãoe síndrome metabólica.
A obesidade é uma doençacrônica, classificada pela OMS(Organização Mundial da Saúde)como epidêmica, pois o número deobesos ultrapassou o de desnutridosno Brasil informa a pediatra WilmaAdriane de Souza. O estilo de vidasedentário é um dos males do nossopaís, por ser em grande parte doscasos, o responsável direto pelodesenvolvimento da obesidade emcrianças, por essa razão o exercíciofísico deveria ser reconhecido comocomponente essencial na vida dascrianças e assim se tornar um hábito.
Doença com etiologia multifato-rial, ou seja, não existe
obeso por um únicomotivo pois muitas fun-ções do metabolismo
são alteradas, por-tanto existe a ne-cessidade de sertratada por umaequipe multidis-ciplinar que, alémdo médico deveser composta porum nutricionis-ta e um educa-dor físico.
dos. Marlene não se preocupa tantocom as brincadeiras, mas sim com asaúde de seu filho que por causa dopeso elevado, enfrenta problemas desaúde. “Ele tem colesterol alto e aindaum problema no coração, o médicodisse que temos que cuidar aomáximo dele, pois corre riscos” eacrescenta “a alimentação é balancea-da para ele não exagerar nas gulosei-mas”. Mesmo com uma nutricionistaestabelecendo um cardápio diário,Mateus tem certa dificuldade deingerir alimentos saudáveis, comoverduras e legumes. Mateus não seimporta com o peso, já se acos-tumou, mas o que não gosta é de ouvirseus colegas fazerem brincadeiras.“Eu às vezes nem quero ir para aescola por vergonha de ser chacotados outros”. Mas revela que algu-mas brincadeiras são até engra-çadas. “São tantos os apelidos queeu tenho, aí começo a rir de mimmesmo para não chorar”.
OBESIDADE INFANTILSegundo a nutricionaista Ana
Paula de Lima, a obesidade infantil éum assunto a ser tratado comdelicadeza, pois está aumentando emníveis considerados preocupantes.Normalmente esta enfermidade estárelacionada ao sedentarismo, disponi-bilidade atual dos alimentos, errosalimentares e ritmo atual desenfre-ado. Um estudo publicado pela Socie-dade Brasileira de Endocrinologia eMetabologia (SBEM), indica que 15%das crianças no Brasil estão obesas.
“Tem dias que o Mateus chega emcasa chorando por causa das
brincadeirinhas dos colegas de salade aula ele não tem sossego e sofre
muito com isso”
Dependendo do caso outrosprofissionais poderão ser incluídosnesta lista.Uma atenção especial deveser dada às crianças. Segundo apediatra Wilma Adriane, algumasépocas de nossas vidas sãofacilitadoras para o acúmulo degordura: até o segundo ano de vida,na adolescência, na gestação, nalactação, na terceira idade. “Ostranstornos causados pela obe-sidade podem levar desde um atrasono desenvolvimento motor até danosirreversíveis, como diabetes “tipo 2”,que acometia apenas adultos e hojepode ser diagnosticada em criançascom 10 anos.” destaca a pediatra.
Se você quer deixar seu filho foradesta triste estatística, repense seushábitos, procure ajuda de um profis-sional para fazer uma avaliaçãodaquilo que deve ser mudado. Ofere-ça ao seu filho alimentação saudávele o estimule a ter uma vida mais ativa.
Em escolas e até dentro da própriacasa, as crianças acima do peso, sãoobrigadas a conviver com apelidoshostis. A dona de casa Marlene Soaresdiz que seu filho Mateus de apenas 10anos, sofre todos os dias na escola emque estuda por causa do seu peso.“Tem dias que o Mateus chega emcasa chorando por causa dasbrincadeirinhas dos colegas de salade aula ele não tem sossego e sofremuito com isso” conta Marlene. Amãe confessa que o filho faztratamento para emagrecer e tambémfaz acompanhamento com um psicó-logo, mas os resultados são demora-
as crianças, e com isso a preocupação dos pais aumenta
Para que estes índices nãoaumentem, segue os 10 Passospara uma Alimentação Saudá-vel para Crianças acima de doisanos, recomendado pelo Minis-tério da Saúde:
1 - Procure oferecer alimentos dediferentes grupos, distribuindo-osem pelo menos três refeições e doislanches por dia.
2 - Inclua diariamente ali-mentos como cereais (arroz, milho),tubérculos (batatas), raízes (man-dioca), pães e massas, distribuindoesses alimentos nas refeições elanches do seu filho ao longo do dia.
3 - Procure oferecer diariamentelegumes e verduras como parte dasrefei-ções da criança. As frutaspodem ser distribuídas nas refeições,sobremesas e lanches.
4 - Ofereça feijão com arroz todosos dias, ou no mínimo cinco vezespor semana.
5 - Ofereça diariamente leite ederivados, como queijo e iogurte noslanches, e carnes, aves, peixes ou ovosna refeição principal de seu filho.
6 – Alimentos gordurosos efrituras devem ser evitados,prefira alimentos assados, gre-lhados ou cozidos.
7 – Evite oferecer refrigerantese sucos industrializados, balas,bombons, biscoitos doces erecheados, salgadinhos e outrasguloseimas no dia a dia.
8 – Diminua a quantidade de salna comida.
9 – Estimule a criança a beberbastante água e sucos naturais defrutas durante o dia, de pre-ferência nos intervalos das refei-ções, para manter a hidratação esaúde do corpo.
10 – Incentive a criança a serativa e evite que ela passe muitashoras assistindo TV, jogandovideogame ou brincando nocomputador.
Estas mudanças de hábitos comcerteza vão trazer muitasvantagens ao seu filho, e para todaa família. Incentive-o a ter hábitosalimentares e um estilo de vidasaudável. Zele sempre pela saúde.
O sonho de se construir umafamília, muitas vezes é frustadoquando um casal se depara com aimpossíbilidade de se gerar um filho,uma nova vida para amar e ser amadaincondicionalmente. Diante de umasituação como essa, muitos casais sesentem impotentes perante a vida.Mas é a partir daí que pode surgir um
ADOCAOADOCAOADOCAOADOCAOADOCAO
amor,
REPORTAGEM: DEIVID DE SOUZA E WILLIAN HENRIQUEIMAGENS: WILLIAN HENRIQUE
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ato de amor muito maior, a adoção.Adoção é uma ação mútua entre
futuros pais e filhos, que desejamigualmente formar uma família. É umato de amor e de responsabilidadecom uma nova vida
A revista laboratório “Exemplar”,conversou com uma mãe adotiva, quetem ainda dois filhos biológicos.
Maryneide de Souza Pinto éprofessora de inglês e português emFormosa do Oeste. Para ela, ainiciativa de adotar uma criança,surgiu depois de enfrentar doisabortos espontâneos. Segundo aprofessora, é importante e indis-pensável que a criança saiba que éadotiva desde pequena.
Gesto de carinho e necessidadePara as crianças a esperança de ter uma família e para os casais a realização d
Revista8
EXEMPLAR - Qual a reação dosirmãos ao saberem que teriamum irmão de uma outra mãe?
Maryneide - Nosso filho maisvelho tinha seis anos e esperou o
irmãozinho com muita alegria,nosso caçula veio um ano e setemeses mais tarde e também não
tivemos problemas.
EXEMPLAR - Como foicontar a ele que era um filhoadotivo? Qual a reação dele?
Maryneide - Não esperamosuma idade X para falar, fomos
falando desde que ele era bebê,então tudo aconteceu naturalmente
sem choques, choros ou revoltas.
EXEMPLAR – O que motivoua adoção dessa criança?Quantos anos ela tinha?Maryneide - O motivo era o
desejo de adotar uma criançamesmo podendo ter filhos naturais.No meu caso aprendi isso com meupai que sempre falava em adoção,
então depois de ter o primeiro filhoe enfrentar dois abortos
espontâneos, não pensamos muitoquando soubemos da criança em
questão. A mãe biológica estava noquinto mês de gravidez e nem
sabíamos o sexo do bebê. A partirde então cuidamos para que ela
fizesse o pré-natal e aos sete mesesfoi feito o ultra-som que mostrou
que seria um menino.
EXEMPLAR - Quais asdificuldades para adotar
uma criança?Maryneide - São várias.
Primeiro vencer os medos e tabus etambém enfrentar a burocracia dos
documentos. No nosso casotínhamos contato com a mãe
biológica e não precisamos esperarnuma fila. Como em nossa cidade
não existia uma lista de espera, apóso nascimento foi feita a
documentação do bebê e nos foipassada a guarda provisória. Só
depois de cinco meses é que saiu oregistro como filho legitimo.
EXEMPLAR - Tomar contade uma criança adotiva
quando já se tem filhos desangue é a mesma coisa ou eletem/ou não tem, uma atenção
especial?Maryneide - Não digo uma
atenção especial, mas uma “emoçãoespecial”, quanto ao restante “filhoé filho” e quando não é gerado nabarriga com certeza é gerado no
coração por isso a emoção é grande.
Gesto de carinho e necessidadea os casais a realização de um sonho
A única forma de adotar umacriança ou um adolescente é atravésda Vara da Infância e da Juventudemediante um processo próprio. Oprocesso é, muitas vezes, demorado ea burocracia faz com que muitaspessoas desistam no meio do caminho.
Vale ressaltar ainda que a esperana fila da adoção pode ser maior aindaquando o casal faz exigênciasreferentes ao perfil da criança.Segundo dados do CNA(CadastroNacional de Adoção), 80% dos paisque desejam adotar procuramcrianças com menos de 3 anos deidade, o que corresponde a apenas 7%do quadro de meninos e meninasdisponíveis para adoção, e faz comque crianças com idade superior
acabem esquecidas em abrigos.Porém uma nova lei promete
mudar esse quadro. Os processosterão mais agilidade, uma vezque crianças e adolescentes nãopoderão ficar mais de dois anosem abrigos, a não ser em casosespeciais. Além disso, a exist-ência do Cadastro Nacional deAdoção e o Cadastro de PessoasHabilitadas para Adoção, au-xiliam no encontro da criançacom uma família e da família comuma criança. A nova regra temtudo para dar certo e desafogaros abrigos espalhados peloBrasil. Esperamos que assim sejae que pais e filhos adotivostenham um final feliz.
Revista 9
Liberdade, independência epoucas regras. Eles são os donos dopróprio nariz. Sem muitocompromisso e com uma rotinadiferente, a vida dos estudantes quedeixam os seus lares para seaventurar e encarar uma novarealidade precisa de muita adaptação.Porém, quando adaptada o que nãofalta para eles é diversão.
Para o estudante de engenhariaLucas Capelesso, 23, a maiordificuldade de conviver em “re-pública” é a falta de privacidade.“Muita gente circulando incomoda.Chegou a ter oito caras no meuquarto porque geralmente as festasjuntam até 300 pessoas. Paraestudar precisamos ficar nabiblioteca da faculdade, aqui não temcondições. Mas ao mesmo tempo,todo esse entra e sai na casa supre afalta dos meus pais. Aqui encontreimais uma família”, reitera.
REPUBLICASREPUBLICASREPUBLICASREPUBLICASREPUBLICAS
Família, estudo, amizade ePara quem sonha com a tão esperada independência, a república é uma maneir
muita festa
Até que ponto é saudável estetipo de convivência? Os meninosdizem não existir brigas. O que rolabastante é que nas festas, o pessoalde fora exagera. Por não ter família,o pessoal chega e suja, surge umpouco de estresse. A maioria éamigo dos moradores da casa porisso eles ficam bem à vontade. Setêm comida eles comem, elesentram no quarto, deitam na cama,usam o computador. Eles sabem queé assim porque é a vida queescolheram, mas como tudo na vidatem um limite, isso também chateia.
No que diz respeito a namoro,cada república tem a sua regra.Repúblicas femininas tendem a teralgumas normas feitas pelos pais dasjovens. Já quando é Repúblicamasculina as normas da sociedadetem outro contexto e aí a opinião dosmeninos da República de Civil oumais conhecida como República do
“Domingo Loko” entra em ação.“Namoradas são bem vindas narepública, mesmo que tenha gente emcasa dá pra trazer, porque cada umvai para o seu quarto. Às vezes a gentefica na sala, é bem tranquilo”,complementa Lucas.
Anúncios para dividir moradiasão cada vez mais constantes nosjornais de classificados, nos muraisdas instituições de ensino superior eaté mesmo na internet. Mas qual ocritério na hora da escolha de comquem dividir moradia? Se você jáconhece a pessoa melhor. Caso nãoconheça, ter a indicação de alguém éuma das dicas. Outro fator impor-tante é pegar os dados particulares efazer uma consulta quanto a verdadedas informações passadas.
Repúblicas com cursos afinstendem a dar mais certo. Confiança,hábitos e gostos semelhantes tam-bém são fatores fundamentais para
´́́́́
REPORTAGEM: IANE CRUZ E LUANA ROSSAIMAGENS: IANE CRUZ
que ficam da porta para dentro dacasa destes jovens. O problema maiorestá na relação com os vizinhos. Obarulho feito por eles nas inúmerasfestas, muitas vezes, é motivo deconflito e envolve até polícia, como éo caso da república de Civil que porvezes virou “caso de polícia”.
Ao perguntarmos aos estudantesda república de Civil, Fábio,Tiago,Lucas e Gerson sobre a possibilidadede voltarem para casa, a resposta foiinusitada. “Não tem como voltar paracasa, nós já acostumamos assim, aquitemos muita liberdade sem ninguémregulando nossos atos. Em casa, atémesmo o padrão de horário é dife-rente daquele que temos aqui. Mes-mo nas férias quando voltamos paraficar um tempo já rola discussão”, dizTiago, e morador da casa.
Pensamos que quando essesrapazes estiverem formados cada umsegue seu rumo, certo? Errado.
epública é uma maneira diferente e inusitada de levar a vida
muita festa
uma relação de sucesso.Uma família pra lá de moderna é o
que os jovens que adotam este estilode vida encontram quando resolvemmorar com outras pessoas.
Economizar com aluguel, conta deluz, água e empregada domésticatambém faz parte do cardápio do diaa dia. Empregada doméstica... bemlembrado... Fomos em busca de umapara saber o que pensa sobretrabalhar em uma república, e para anossa surpresa a resposta foi: “Muitabagunça! São bem porcos!”(surpreendente foi a cara de espanto)relata a empregada doméstica AngelaAlves Cardoso, 17, que ressalta quetraba-lhou uma vez só e que nãotrabalha nunca mais. “Muitabaderna. Mas sempre tem umcaprichoso que se salva”, conclui.
As bagunças, a sujeira, o caprichode alguns, a organização e adesorganização de outros, são fatores
Mesmo depois de formados elespretendem continuar morando emrepublica. A justificativa deles, é queo custo é muito baixo(o custo fica emmédia R$ 250 a R$ 300 por pessoa),facilitando o pagamento por mês.
Imaginamos também que as festasjamais acabarão, certo? Pois é, erra-mos novamente. Os jovens da repú-blica nos surpreenderam com a res-posta, e disseram que o pique das fes-tas um dia acaba, e que a cada momen-to diminui a vontade. Aquele “fervo”é só momentâneo, na empolgação dosque começam com a nova rotina.
A casa alugada também gera umproblema para os estudantes, quequando saírem da casa terão quedeixá-la como a encontraram. Portaslascadas, trincas quebradas, e janelasjá não estão no mesmo estado, o custovai ser dividido conforme o aluguel,em quatro partes. Eles dizem já terconsciência disso.
A de ter acertadoA louvável busca pelo conhecimento e o sonho de concluir o curso de jornal
incertezaREPORTAGEM: CARLA ROSANAIMAGENS: CRISTIANE SOUZA
PROFISSAOPROFISSAOPROFISSAOPROFISSAOPROFISSAO~
Revista12
Passamos um longo período denossas vidas estudando, em média 20anos. E muitos têm dificuldade deencontrar o caminho certo, o cursoque lhe complete. Esta situaçãoocorre principalmente com osadolescentes, que ao terminarem oensino médio, se veem próximos dodesafio de não errar. São poucos queconcluem o curso na primeiraescolha segundo dados do MEC(Ministério da Educação).
A desculpa para a desistênciageralmente é o retorno financeiro quea formação pode lhe trazer, ou que osobjetivos (do aluno) não foramalcançados, e no fim trocam deprofissão, pois a vida tem que
continuar. Mas tem os casos em queo aluno fez a escolha correta, sonhacom o curso mesmo tendo outraformação. É o caso do advogadoOsmar Junior, que durante sua vidaacadêmica sempre buscou Jorna-lismo, chegou a frequentar afaculdade um ano e meio, mas não foipossível dar continuidade.
Atualmente ele trabalha comoapresentador na Rádio Globo de Cas-cavel, e contou a nossa reportagemque sempre teve vocação paraadvocacia, mas por tradição dafamília. “O meu maior desejo é serjornalista, e me sinto realizado hojetrabalhando na comunicação, éalgo extraordinário”.
“Por questões pessoais tive quedesistir do Jornalismo, mas não mesinto realizado enquanto não obtermeu diploma de jornalista”, relatasorrindo Osmar. Com 9 anosproduziu seu primeiro “jornalzinho”na escola. Ele disse ainda que nuncasentiu preconceito por não serformado, mas conta que “ás vezes mesinto discriminado pelosdiplomados, principalmente aquelesque não tem vocação, nemexperiência prática”. Por outro ladoele sente-se frustrado e ao mesmotempo procura preencher a lacunado conhecimento jornalístico,utilizando-se de sua experiênciacomo advogado, e buscando sempre
“a formação éimportante, masquando iniciei a
experiência contavabastante, porém,
em qualquerprofissão vocêprecisa ter umaindicação. E no
jornalismo não édiferente, a pessoapode ter o diploma
mas, se não tiverquem ajude é difícil
de conseguiremprego”
acertado ou não na escolha do cursouir o curso de jornalismo
aprender com os mais experientes.Osmar nos conta ainda sobre a
importância da formação. “Se eu fosseformado em jornalismo sem dúvidanenhuma teria sido mais fácil, afaculdade me ajudaria, pois eu nãoteria que corrigir muitos víciosprofissionais e técnicos queadquirimos ao longo do tempo, se bemque o fato de já ser formado em umaárea também me ajudou”, conclui.
O radialista Gilberto GomesAguiar, 40 anos, popularmenteconhecido como “Edu Bala”, optoupela área jornalística por gostar daprofissão. Edu também atua na RádioGlobo como repórter, e cursa o últimoano de Educação Física, e tem como
sonho cursar Jornalismo, paratrabalhar no esporte, pois chegou atrabalhar como preparador físico eauxiliar técnico de Futebol emNaviraí/MS, e no Ubiratã ParanáClube em 2007, onde foi campeãodos Jogos Abertos – categoria A. Eainda sonha com uma pós-graduaçãoem Educação Física, e se possívelvirar um treinador de um grande timede futebol paulista.
Edu está no rádio há 25 anos, jáatuou em 48 emissoras em seisestados diferentes. “Tudo começouna rádio Karanda FM no Mato Grossodo Sul. Eu trabalhava da 1h ás 6h damanhã como locutor e sonoplasta”.
“Comecei muito cedo, trabalhei
em diversas rádios, na Jovem Pan,rádio Itaipu de Foz do Iguaçu, aquiem Cascavel na rádio Verdes Campos.E tenho o sonho de ser apresentadorde um telejornal. Cheguei a iniciar ocurso de jornalismo, mas desisti porque a mensalidade era muito alta”,relata o radialista.
Segundo o experienteprofissional, “a formação éimportante, mas quando iniciei aexperiência contava bastante,porém, em qualquer profissão vocêprecisa ter uma indicação. E nojornalismo não é diferente, apessoa pode ter o diploma mas, senão tiver quem ajude é difícil deconseguir emprego”.
“O meu maior desejo era serjornalista, e me sinto realizado
hoje trabalhando nacomunicação, é algo
extraordinário”
a serviço de quem quer utilizar
O celular assim como a internet está presente para diminuir distâncias e agil
REPORTAGEM: GIOVANA DANQUIELIIMAGENS: GIOVANA DANQUIELI
móvel, Dilvo analisou as reaçõesnegativas antes de adquirir umaparelho. “As pessoas eramincomodadas por ligações inde-
TecnologiaDESENVOLDESENVOLDESENVOLDESENVOLDESENVOLVIMENTOVIMENTOVIMENTOVIMENTOVIMENTO
Computador, internet, celular...Há duas décadas eram apenaspalavras que faziam parte de umfuturo distante. Mas hoje falar quealguém não os utiliza soa avesso àsmodernidades ou então conservadordo modo antigo de se comunicar.
Dificilmente se encontra alguémque não tenha perfil no Orkut ou umarede social mais disseminada:Messenger. Como se houvesse umaregra na qual estivesse estabelecidoque pessoas modernas não passassemo endereço da residência ou ainda otelefone fixo, mas sim o endereçovirtual, o algumacoisa@tal.com, ouainda o endereço no Twitter.
A dependência, por assim dizer,que os cidadãos que vivem nacorreria do dia-a-dia criaram emrelação tanto à telefonia móvelquanto à internet é facilmenteidentificada. Basta acabar a bateria docelular para que compromissossejam esquecidos ou o usuário sesinta perdido sem saber data e hora,por ter abolido o uso de relógio, jáque todos os celulares o possuem.
Quando o celular surgiu, faziaparte apenas do círculo dos grandesempresários e pessoas que realmenteaparentavam ter a necessidade de
serem encontradas a todo omomento. Com o passar dos anos estequadro se modificou, e muito. Hoje,crianças possuem o aparelho eutilizam a tecnologia para brincar econversar com amigos.
Mas nem todos são adeptos datecnologia. Mesmo tendo a visão deque o celular é uma boa ferramenta,o empresário, diretor-presidente deuma das maiores cooperativas doBrasil, a Coopavel, Dilvo Grolli, nãopossui um telefone móvel. Naopinião do empresário, o celulardeve ser utilizado por pessoas quetrabalham em áreas que necessitamdo aparelho, médicos ou ainda ven-dedores, mas ele, que tem umarotina conhecida pela família etambém pela secretária, diznão acreditar que o celularlhe faça falta. “Se precisoir a algum lugar antes devir para o escritório,ligo antes e aviso”,conta. Assim a secre-tária tem conheci-mento de onde ele estáde quanto tempo pode-rá demorar a chegar.
Quando ocorreu o“boom” da telefonia
DESENVOLDESENVOLDESENVOLDESENVOLDESENVOLVIMENTOVIMENTOVIMENTOVIMENTOVIMENTO
Tecnologia
a serviço de quem quer utilizar
iminuir distâncias e agilizar a vida pós-moderna
Revista 11
sejadas e mensagens”, relembra.Além da aparente invasão deprivacidade, o empresário destacaum ponto interessante. “Hoje aoinvés de ligarem ao escritório,muitos ligam diretamente aocelular, interrompendo os afazeresdaquele que recebe a ligação”.
A forma desenfreada na utilizaçãodo aparelho é considerada por Dilvo,um abuso, principalmente emhorário de trabalho. “Percebo que aatenção é desviada para a ligação e aconcentração no que estava sendofeito é perdida”, comenta.
Sendo assim, Dilvo está livre deligações indesejáveis em meio areuniões e ainda pode separar o que
é urgente daquilo que não é. Durantea entrevista o telefone do escritóriotocou. A secretária atendeu e logotrouxe um bilhete. Grolli leu eresolveu a situação. Instantes depoiso telefone voltou a tocar. “É impor-tante”, diz o empresário, que só entãoatendeu a ligação.
No escritório ele possui dois tele-fones fixos para atender assuntosreferentes à empresa. “Se é sobre aempresa ligam aqui, particularligam na residência”.
E durante viagens, e férias?Pergunto como o localizam nestescasos. Dilvo responde que sempremantém contato, ao menos uma vezao dia, com a empresa, para saber sehá algum recado e assuntosimportantes a serem resolvidos. Aorganização no caso do empresário édestaque para que nada saia da rotinae assim não perca nada de importante.
Amigos e parentes já presen-tearam Grolli com o aparelho, mas elegarante que “no momento não énecessário”, finaliza.
MUDANÇA DE HÁBITOAs tecnologias agregadas ao
celular fazem com que muitosesqueçam a primitiva função doaparelho: fazer e receber ligações.Fotografar, trocar torpedos, navegarna internet, localizar endereços comauxílio do GPS, assistir televisão,jogar... Uma infinidade de açõespodem ser realizadas rapidamente,ao toque das teclas. No Brasil, estudosapontam que mais pessoas possuem
celular do que televisão. O aparelhorealmente faz parte do dia-a-dia.
O uso do computador e da inter-net para algumas pessoas é ainda al-go distante. Assim como o celular,a internet é a ferramenta do mo-mento. Todas as faixas etárias fazemparte da grande rede, seja comperfis em site de relacionamento,ou ainda com o MSN.
O computador nunca atraiu a donade casa Gracinha Andrade. Masquando uma das filhas passou a morarem outra cidade a história mudou. Amãe coruja desvendou o misteriosomundo das máquinas e passou anavegar na internet. Foi então que,com a ajuda dos filhos, criou umaconta e entrou na rede.
A dificuldade com teclado, atalhose localização dentro de sites aospoucos foi diminuindo e logoGracinha se viu mergulhada naimensidão da internet. “Já acessomais sites e perdi o medo de mexercom o computador”, comenta.
Agora todos os dias ela conversacom a filha pelo MSN e pode mantercontato por mais tempo. A dona decasa, está cada dia mais confiante,pois acreditava que não saberianavegar e conversar com outraspessoas virtualmente.
Gracinha, que implicava com otempo de permanência dos filhos nainternet hoje perde horas em frenteao computador, navegando ematando um pouco da saudade dafilha, aproveitando o que de melhora tecnologia lhe proporciona.
“Percebo que a atenção édesviada para a ligação
e a concentração noque estava sendo
feito é perdida”
Dilvo Grolli
BALEIAS FRANCASBALEIAS FRANCASBALEIAS FRANCASBALEIAS FRANCASBALEIAS FRANCAS
REPORTAGEM: VANELIRTE MORETTOIMAGENS: VANELIRTE MORETTO
O show das francas em Santa Catarina inicia em julho e se estende até novembro. Oborrifo exalado ao respirar tem formato em vê e pode atingir de cinco a oito metros de altura
AntárticaDa gelada para o litoral de Santa CatarinaCaçadas para retirar sua gordura, as gigantes dos mares se tornaram at
Todos os anos elas fogem dofrio da Antártica e partem embusca de águas mais quentes e calmaspara dar à luz, amamentar os filhotes eacasalar. As baleias, antes caçadas pararetirar a gordura usada na construçãocivil e na iluminação pública, agora setornaram atração turística e incre-mentam o turismo em diversas partesdo mundo. No Brasil, as baleias francaspodem ser apreciadas na região deImbituba, Santa Catarina, e as jubarteem Imbassaí, na Bahia.
Em Santa Catarina esta práticaturística iniciou graças ao argentinoEnrique Litman, que escolheu a Praiado Rosa para morar, mostrar aomundo a beleza do lugar e a visita dasbaleias francas. Um visionário do
setor de turismo, Litman percebeuque a visita das francas poderiatransformar a região e decidiuinvestir no ramo. A temporada deobservação inicia em julho e seestende até novembro. O passeio éfeito em barcos infláveis que foramdesenvolvidos especialmente para aatividade. O barco não precisa irmuito longe da costa em busca dosmamíferos que pesam toneladas evivem aproximadamente 80 anos.
Quem não tem coragem de entrarno bote e ir mar adentro para avistaras baleias, pode ficar na praiaapreciando a bela paisagem e esperarque mamães e filhotes dêem o ar dagraça. Em Santa Catarina a últimabaleia franca morta foi em 1973. Os
países que mais matavam baleiaseram Portugal, Espanha e Inglaterra.
Os passeios para observar baleiasem Santa Catarina iniciaram em 1999e este produto turístico tem regis-trado um aumento significativo nosúltimos anos, porém o número de tu-ristas ainda é considerado baixo emcomparação a outros países. A ten-dência é crescer ainda mais, desde queos governos estadual e federal divul-guem de forma mais efetiva o atrativo.
Nos países que investem emturismo sustentável aumentou onúmero de baleias e a renda per captatriplicou. O destino Brasil deobservação de baleias tem comoconcorrente direto a Península deValdés, na Argentina, segundo
Da gelada para o litoral de Santa Catarinaornaram atração turística
Litmam. “Mais de 250 mil turistasvisitam Valdés todos os anos e nossoproduto não tem nada a perder comeste tipo de turismo. No Brasil temos140 quilômetros de extensão paraobservação de baleias”, destaca.
A superfície da Península deValdés, na Patagônia Argentina, temaproximadamente 4 mil quilômetrosde áreas de falésias e enseadas, queabriga grande variedade de espéciesanimais e conserva um ecossistemabastante peculiar, especialmentecom espécies marinhas e aves demigração. A Península Valdés foideclarada Monumento NaturalNacional e em 1999 PatrimônioMundial. Todos os anos de junho adezembro milhares de turistas do
mundo todo vão até o local paraconhecer a mais famosa e protegidavisitante do local, a baleia franco delsur. O número de baleias que sereúnem em Valdés todos os anos émuito superior ao do Brasil e emfunção do turismo, dezenas de outrasempresas se instalaram na região.
A MAIS BELANos 500 quilômetros de praias
catarinenses uma delas é soberana eintegra a lista das baías mais belas domundo. A Praia do Rosa, em Imbituba,fica 80 quilômetros ao sul deFlorianópolis, tem sete quilômetrosde areia e está cercada de montanhase muito verde. Lugar ideal para aprática do surfe, windsurfe, jet ski,
pesca, cavalgadas e trekking. A praiatem o formato de uma meia-lua.
Em 2003, a Praia do Rosa foireconhecida como uma das baíasmais belas do mundo. O título, umaespécie de selo de qualidade, foiconcedido pelo Club des Plus BellesBaies du Monde, uma organizaçãonão-governamental com sede emVannes, França. O Rosa é a únicabrasileira a figurar no seleto gru-podas 28 praias mais belas do mundo.
É na Praia do Rosa também queestão as pousadas mais charmosas eaconchegantes da costa catarinense.A estrutura das pousadas não com-porta grande número de hóspedes,mas cada uma tem sua particu-laridade para receber os turistas.
Praia do Rosa: uma das baías mais belas do mundo
REPORTAGEM: CRISTIANE SOUZA E JULIANA VAZIMAGENS: GIOVANA DANQUIELI
PASSO DECISIVOPASSO DECISIVOPASSO DECISIVOPASSO DECISIVOPASSO DECISIVO
Entre os fatores negativos que afetam a sociedade está uma doença grav
Do infortúnio à sanidade pelo
Na infância e adolescência, asescolhas feitas refletem na formaçãodo caráter do adulto. Muitas vezes sãodeterminadas de acordo com o meiosocial, experiências de vida. O que asdiferenciam são os problemaspessoais, sociais, entre tantos vividosna rotina circunstancial. No entanto,hoje um dos graves problemas quetem atingido o mundo, sem escolherou fazer distinção de classes social,política, religião, entre outros, é oalcoolismo, que vem com fre-quência cada vez maior destruindofamílias, sonhos e vidas.
Sandra viveu um verdadeiroinferno dentro de casa, com o paialcoólatra. Ela, sua mãe e seus oitoirmãos passaram dias terríveis, demuito sofrimento. Eram repreendi-dos e apanhavam todos os dias semsaber o motivo. Vendo o que aconte-cia com sua mãe, questionava o porquê dela não largar seu pai, e acabarcom tudo aquilo. E dizia que setivesse um marido como o pai,acabaria o matando.
Coincidência ou destino? Sandraconheceu José, casaram-se e um anodepois, no dia do nascimento doprimeiro filho, ao chegar em casa dohospital ela presenciou a primeira dasmuitas cenas que ainda veria: Joséalcoolizado, tendo que ser carregado.Ele afirmou que havia bebido porqueestava feliz, pelo nascimento de seu
filho. Diante do fato ela achou normal.Mal sabia ela que a história de seu
marido com o alcoolismo teve inícioquando ele saiu de uma cidade pequenae veio para Cascavel. Aos 14 anos, Joséera uma pessoa tímida e consideravao álcool seu amigo inseparável, issoporque quando ingeria algumabebida, se sentia bem, mais homem,se tornava uma pessoa descontraídae conversava com todos.
Conforme o tempo foi passando asdoses foram aumentando, beberpouco, já não o satisfazia. Trabalhavaalcoolizado e de empresário se tornoumendigo, um pai ausente, que se quer,lembrava da infância de quatro dosseus filhos. Criticado por familiares epessoas do seu convívio, acabouperdendo o controle de si.
O álcool lhe proporcionava umaalegria intensa, que após o efeito, eraarrancada de uma só vez. Tentandoresolver o problema José decidiu irembora com sua família para Rondônia,pois em seu pensamento o problemaeram as pessoas à sua volta, elas que ofaziam beber. Mas, os problemas nãocessaram, e deses-perada sua mulherpegou os filhos e voltou para Cascavel.
Após 10 anos de sofrimento, de terperdido família, caráter, dignidade erespeito, José resolveu procurarajuda, já havia feito várias tentativas,e nenhuma deu certo. Desiludido,sem esperanças conheceu o AA
(Alcoólicos Anônimos), que foi ondeencontrou o acalanto e aconchegoque há tanto tempo procurava. Eentendeu que o alcoolismo é umadoença e que não eram as pessoas queo faziam beber, descobriu que podiasim, viver bem sem ingerir álcool.
Frequenta há 20 anos, e sete meses oA.A, segundo José,“ esta é uma filosofiade vida que todos deveriam ter”. Hojeele é um alcoólatra em recuperação e fazparte do CTO (Comitê Trabalhando comos outros), levando mensagens eexperiências a outros grupos. Erecuperou tudo o que havia perdido.
“Se eu tivesse que escolher entre aminha família e Alcoólicos Anônimos,apesar do amor que eu sinto pelaminha família, eu escolheria ficar comAA. Pois enquanto eu estiver lá, emrecuperação, mesmo estando longe daminha família eu posso ajudá-los.Porém, o dia que eu escolher minhamulher e meus filhos, e pensar que jáestou curado vai ser o dia que eu voutomar o “primeiro” de novo, e voltara viver o inferno que passei e eu nãoquero voltar à esse passado, nãodesejo isso a ninguém, porque é muitotriste”, afirma José.
O apoio de Sandra e os seis filhos,(o casal teve mais dois filhos) foiessencial para que José desse a voltapor cima. Atualmente ele tem umavida social, familiar e profissionalnormal e acima de tudo feliz.
O Alcóolicos Anônimos é uma irmandade dehomens e mulheres que compartilham suas experiên-cias, forças e esperanças, a fim de resolver umproblema em comum e ajudar outros a serecuperarem do alcoolismo.
Sendo o propósito primordial do grupomanterem-se sóbrios e ajudar outros alcoólicos a
alcançarem a sobriedade.O AA está presente em mais de 180 países, com mais
de 100 mil e 800 grupos no mundo e há aproxima-damente 6 milhões de pessoas em recuperação.
Em Cascavel existem nove grupos de A.A, comuma rotatividade mensal de cerca de 900 membrosparticipando das reuniões.
A força que vem da irmandade
O CENTRAL É O GRUPO RE-ENCONTRO, LOCALIZADO NO TERMINAL RODOVIÁRIO DE CASCAVEL, AV. ASSUNÇÃO Nº 1757, PISO SUPERIOR- SALA 222-B, TELEFONE: (45) 3035-1134.
oença grave: o álcool.
de pelo AA
12 passos para
saber se a pessoa
precisa de ajuda
O ÁLCOOL É UMA DOENÇA
A Organização Mundial da Saúde(OMS), definiu o alcoolismo comouma doença e figura no CódigoInternacional de Doenças (CID).
Segundo a classe médica oconsumo compulsivo e excessivo debebidas alcoólicas, constitui umapatologia crônica tanto compor-tamental como fisiológica. Assim comomuitas outras doenças, o alcoolismo écausado por uma interação de fatoresbiológicos, psicológicos e sociais.
Segundo a psicóloga Sandra Luca deLara, o álcool é classificado como umdepressor, assim como solventes e osOpióides, (substâncias derivada doÓpio, são usados na terapia da dorcrônica e da dor aguda de altaintensidade). Atua como modificadorda conduta causando sensação inicialde euforia, diminuição da coordenação,dos reflexos e descontrole emocional.
Os sintomas da falta de álcool são:Náuseas, vômito, insônia, ansiedade,irritabilidade, sono fragmentado,humor depressivo, falta de apetite,tremores, mialgias, alucinações,taquicardia, taquipnéia, hipertemia,convulsão mental e convulsões.
O tratamento possui três passos:- Clínico: avaliação, desintoxi-
cação e minimização das consequências;- Psicológico: informação, escla-
recimento, orientação, início doprocesso de aceitação da doença;
- Social: inserção social, melhoriada qualidade de vida.
“Quanto mais ampla for a inter-venção, melhor e maior será o su-cesso do tratamento. É preciso levarem consideração não só a desinto-xicação e a manutenção da abstinên-cia, mas também as causas que olevaram e esse consumo, possíveistranstornos relacionados ou anterio-res a ele, reinserção do indivíduo nasociedade, o que inclui o relaciona-mento com a família”, reitera Sandra.
Já tentou controlarsua tendência de be-ber demais, trocandouma bebida alcoólicapor outra?SIM ( ) NÃO ( )
Nas reuniõessociais onde asbebidas sãolimitadas, vocêtenta conseguirbebidas extras?SIM ( ) NÃO ( )
Apesar de prova emcontrário, vocêcontinua afirmandoque bebe quando quere pára quando quer?SIM ( ) NÃO ( )
Inveja as pessoas quepodem beber sem
criar problemas?SIM ( ) NÃO ( )
Seu problema de bebidavem se tornando cadavez mais sério nos
últimos dozemeses?SIM ( ) NÂO ( )
Já teve alguma vezapagamento de me-mória durante uma
bebedeira?SIM ( ) NÃO ( )
Já tentou para de beber poruma semana (ou mais), semconseguir atingir sem conse-guir atingir seu objetivo?
SIM ( ) NÃO ( )
Ressente-se com os
conselhos dos outros
que tentam fazê-lo parar
de beber?SIM ( ) NÃO ( )
Faltou ao serviço, du-rante os últimos dozemeses, por causada bebida?SIM ( ) NÃO ( )
Tomou algum trago
pela manhã nos
últimos doze meses?
SIM ( ) NÃO ( )
A bebida já criou
problemas no
seu lar?SIM ( ) NÃO ( )
Revista20
Já pensou algumavez que poderiaaproveitar muitomais a vida, se nãobebesse?SIM ( ) NÃO ( )
SACERDOCIOSACERDOCIOSACERDOCIOSACERDOCIOSACERDOCIO
Quando adolescente, Luiz Carlos vivia um dilema; elequeria muito ir aos bailes com os amigos, imaginava adiversão que estava perdendo, como seria dançar pelosalão com uma bela garota. Mas não teve jeito. A vocaçãofalou mais alto e aos 14 anos rendeu sua vida à IgrejaCatólica. Entrou para o seminário. Queria, mais quequalquer coisa, ser padre.
Hoje, aos 38 anos, ele tem certeza que a escolha foiacertada. Luiz Carlos Franzener, o mais velho de trêsirmãos de uma tradicional família de Quatro Pontes, daqui,da região oeste do Paraná, há 13 anos vive o sacerdócio.Desde 2004 ele é o padre da Paróquia Nossa Senhora doPerpétuo Socorro, no Bairro Neva, em Cascavel.
Apaixonado confesso pela educação, o padre tambémdivide seu tempo no magistério. Ele é professor eintegrante da direção da Famipar (Faculdade Missioneirado Paraná), o que toma boa parte do seu tempo.
Sua rotina, que ele faz questão de chamar de ritmo, émarcada por oração, missa, aconselhamentos e visitas. Opadre acorda às 6h, pois às 6h30 reza missa. Toma café comas irmãs e dá aulas até o meio-dia. A tarde ele reserva paraaconselhamentos. Há dias em que chega a atender mais dedez pessoas. Às 20h ele reunião com a equipe de liturgia e,das 21h às 22h, mais uma missa. Ufa! Luiz admite que seu diaestá muito cheio e já pensa em reduzir algumas atividades.
A terça-feira é dia de folga aos padres. Luiz Carlos gostade visitar a família, em Quatro Pontes, mas ultimamente elenão tem estado muito liberado, devido às aulas na faculdade.
Apesar da pouca idade, ele percebe uma mudança nopapel do padre na sociedade. Antes era ligado apenas aosassuntos da igreja e da sua comunidade, hoje, o padre éuma figura muito presente. “Vai à rádio, à tevê, é chamadopara aconselhar. É presença em todos os ambientes dasociedade. De maneira reservada, ele conta que muitas
Certeza dúvidassuperaRótulos são criados por uma “sociedade materialista e consumista”
REPORTAGEM: CARLA RAQUEL HACHMANNIMAGENS: IANE CRUZ
vezes se encontram em saias-justas. “Somos chamados asituações conflituosas, difíceis. Devemos ser psicólogos”.Ele explica que, antes, os padres eram chamados parabênção, mas agora são esperados para dar orientação afuncionários de empresas, a famílias. “É desafiante, temque estar preparado para o diálogo com outras igrejas,que muitas vezes não estão dispostas ao diálogo”.
Para Luiz, a vida pessoal do padre se tornou maistransparente, pois ele vai à lanchonete, joga bola, é maisamigo, almoça com as famílias da comunidade. “As pessoascompreendem as necessidades e as nossas limitações.Buscam nosso lado humano e espiritual”, enfatiza.
Contudo, não esconde um certo ressentimento comos rótulos. “A sociedade é muito materialista,consumista. Vive muito de rótulos e sentimos algunsdesses rótulos, por exemplo, que o padre tem desvio decomportamento por não ter mulher, por não aprendersobre relações no seminário. Não sofremos por isso. Éuma questão de escolha de cada um”.
Questionado sobre a exposição do padre feita a partirde livros como O Crime do Padre Amaro, Luiz Carlosadmite que isso mexe com ele, que se sente mal quandogeneralizam alguns casos e quando mostram uma figuradesvirtuada de padre. “Mexe com uma imagem que nãoé geral, nem real”.
“Muitos falam sem conhecer da vida do padre, quemuitos têm desvios de comportamento. Contudo, não sãomuitos. Não se muda a essência das pessoas, não é assim.Confundem um fato isolado com a natureza humana.”
Para o futuro, padre Luiz já tem sua missão: “Meusonho é continuar sendo padre, dando aulas. Pretendome dedicar mais a isso, inclusive, pois acredito muito naeducação. Quero continuar também na orientação àspessoas, aconselhamentos, a palavra mais correta”.
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Poucos são os
22 Revista
A Igreja Católica realmentemudou nos últimos tempos. Reflexodisto está nos seminários. Com amissão de seguir a vocação de padrecom conhecimentos adquiridos noSeminário Nossa Senhora de Guadalupe,em Cascavel, os seminaristas relatamuma rotina regrada de disciplina eestudos, mas com liberdade para odiálogo com todos.
O dia começa com a oração damanhã, sempre às 6h30. Apontualidade é um ingrediente certonas casas simples que abrigam osfuturos padres. As demais horas do
Rotina de disciplina e estudos é decisiva para suas escolhas
dia são voltadas aos estudos. Háapenas algumas responsabilidadesincumbidas a cada membro da casa.Mas a programação inclui tambémentretenimento: o futebol com 40seminaristas é nas quartas e nassextas-feiras. Na segunda o horário élivre. Todos os dias às 18h30 érealizada a oração da tarde. E, comoa tradição dita, às 19h30 eles jantam.
Para os alunos do último ano adedicação já é integral para acomunidade nos fins de semana.Dentre esses alunos “quase prontospara o casamento com a Igreja”,
como eles mesmos dizem, estãoJean Patrik Soares, 26, e ÂngeloAltar de Oliveira, 25.
Para Jean, que chegou a cursar umano de Administração, o discer-nimento para seguir a vocação é muitoimportante. “Sempre fui muitosonhador. Sonhava até mesmo emtrabalhar na rádio e fazer Jornalismo.Mas vi que poderia usar meus dons equalidades para a função de Jesus.Mudei de foco com a motivação da fé.Sem esta base dada pela minha famílianão teria razão de ser outra coisa.Tenho com clareza as minhas
SEMINARISTASSEMINARISTASSEMINARISTASSEMINARISTASSEMINARISTAS
escolhidosescolhidosREPORTAGEM: GABRIELA COUTOIMAGENS: IANE MARIS
COUTO
responsabilidades de seminarista”.Segundo os futuros padres, as
cobranças da Igreja e da sociedadefazem parte da profissão. “Temos queter clareza sobre o que queremosseguir. Até o dia do ‘casamento’podemos desistir. Temos que sempreser sinceros para sermos felizes. Hoje aIgreja está muito aberta para acomunidade. Fazemos coisas comunscomo todo o mundo, sempre focadosnos objetivos das ações. É atéimportante essa questão de seaproximar das pessoas com atividadescomuns, pois a imagem do padre nãofica distante”, argumenta Ângelo.
No silêncio da casa que abriga afamília de seminaristas há um mistode sede por conhecimento e contatocom Deus. No quintal há espaço parao chimarrão. Todos em umasimplicidade única. “As pessoas àsvezes esperam muito da gente.Exigem uma roupa específica parausarmos, uma forma de vivermos eaté as palavras que devemos usarsão policiadas por nós mesmos. Nãoé um trabalho fácil. É desafiador, jáque vamos pegar um dos temposmais difíceis para a Igreja Católicacom o leque de opções que acomunidade tem hoje, a pluralidadede religiões. Mas a felicidade de estaraqui é o critério principal paraficarmos”, alega Jean.
Aptos nas cinco áreas de forma-ção: comunitária, humana afetiva,espiritual, pastoral e intelectual,cerca de dez padres são inseridos nasdioceses de Cascavel, de Toledo, dePalmas , Francisco Beltrão, de Foz deIguaçu e de Guarapuava. Cada semi-narista custa R$ 1,4 mil por mês, ban-cado pela diocese. As famílias ajudamnos custos individuais dos aspirantesa padre. As únicas exigências para osseminaristas é obediência, ao bispo àordem e ao celibato.
“A obediência é a única exigênciaque temos aqui. Estudamos parasermos padres, uma vocação para o diainteiro. Temos nossos momentos dequestionamentos e as áreas deformação ajudam a esclarecê-los. Ocelibato é algo muito comentado den-tre as exigências para o ministério.Assumimos isso não como um peso ouum castigo, mas sim como um amadu-recimento. Somos humanos tambéme contamos com limitações e debili-dades para a função. Jesus me chamoue as pessoas que precisam de mim memotivam a estar aqui”, ressalta Ângelo.
23Revista
Nas tardes livres os seminaristas se reservam entre orações estudos e chimarrão
o tanque e acertam os últimosdetalhes antes da aventura começar.
Moacir de Oliveira tem 42 anos e éum dos adeptos do motociclismo deaventura e há um ano se reúne comseus amigos. São profissionais dasmais diversas áreas, farmacêuticos,advogados, empresários, médicos,mecânicos e ate desempregados.Moacir conta que se conheceram nastrilhas e formaram o grupo que aindanão tem nome, porém, já estudamalguns. O motoqueiro revelou que emuma de suas várias aventuras sofreuum acidente e por pouco não teve o olhoperfurado por um galho que estavano caminho, e ressalta a importância
na utilização de proteção.“Além dos equipamentos a
pessoa precisa estar preparada,50% é equipamento e o resto é opiloto, não adianta uma pessoa ir prauma trilha sem nunca ter pego uma”,afirma Oliveira.
Acidentes sempre podem serprevenidos com alguns cuidadosessenciais. A primeira coisa a sepreocupar são os equipamentos deproteção individual, ou EPI’s, queessencialmente são: capacete, óculosprotetor, bota especial, luva, canelei-ras, joelheiras, cotoveleiras, colete ebolsa de hidratação. É bom ter no
A semana de trabalho de umcidadão que paga suas contas em diaé muito tumultuada, acordar cedo,escutar os resmungos do (a) com-panheiro (a) enquanto levanta, levaros filhos para escola, aguentar aquelaprofessora chata que te espera tododia cedo no portão da escola, com aintenção de iniciar alguma conversa,mas logo você a corta dizendo queestá atrasado. Chega ao trabalhoatrasado, olha a cara do chefe e senteum calafrio na espinha, com oprofundo pensamento de que levaráum pé na bunda, senti-mento este quelogo lhe abandona e é substituído porum bem melhor, ao ver a secretáriagostosa com aquele lindo sorriso. Masdaí você lembra que o emprego é umadroga, só está nele porque sua mulherinsistiu em ter mais de dois filhos elhe convenceu que é suaresponsabilidade trazer o sustentopra dentro de casa. Estes são algunsfatores que causam o stress e leva aspessoas à loucura.
Atividades diferenciadas nos finaisde semana ajudam a combater essemal, caminhadas nos parques da cida-de e nas ciclovias, acupuntura, seçõesde massagem, ioga, e porque não aprática de esportes de aventura? Ci-clismo urbano, rapel, escalada e umaboa alternativa praticada por gruposde amigos em Cascavel e demais cida-des do Brasil é o motocross. Não exis-te nada melhor, segundo estes gru-pos, do que pegar a moto e enfiar emuma trilha adentro e se sujar de barro.
Existem vários grupos de moto-queiros que se reúnem para pegar asestradas do interior de Cascavel,algumas delas: São Salvador, Rio doSalto, Juvinópolis e a Trilha da Fag.Por fim de semana chegam a percor-rer aproximadamente 80 km.
Geralmente uma boa moto detrilha tem autonomia de 200 km pos-sui um tanque com capacidade para12 litros. A concentração geralmenteé feita em pontos estratégicos, postosde gasolina, por exemplo, eles apro-veitam e calibram os pneus; enchem
O motociclismo toma forma de terapia ocupacional trazendo a vontade d
trilhas,Motores quentes nas cabeças frias e alma lavada
REPORTAGEM: EDER OELINTONIMAGENS: EDER OELINTON
DUAS RODASDUAS RODASDUAS RODASDUAS RODASDUAS RODAS
24 Revista
grupo ao menos uma pessoaque esteja preparada a prestaros primeiros socorros, casotenham mais pessoas, melhor.Um mecânico também éindispensável. E como emtodo grupo tem os loucos deplantão nunca é demaisqualquer tipo de precaução.
A COMPANHEIRA DE TRILHAExistem várias marcas de
moto no mercado prepa-radaspara a prática de esportes off-road,
e a concorrência é acirrada quando onegócio é a disputa pelos clientesmais exigentes neste espaço doesporte que cada dia atrai maisadeptos. O custo inicial para quem
tem interesse em se aventurar pelastrilhas é de aproximadamente R$1.500,00 para uma moto usada e maisuma vez este valor para todos osequipamentos de proteção neces-sários. O risco de ficar na estrada comum equipamento usado é moderado.Depende do preparo e conhecimentodo piloto, é recomendável conhecermecânica básica ou ter um com-panheiro que entenda.
Mas quem tem dinheiro de sobrapode adquirir excelentes modelosde motos que atendem todas asnecessidades para um ótimo de-sempenho nas trilhas.
As motos para o esporte sãodivididas em duas categorias: dois equatro tempos. Para as de dois
o a vontade de superar os desafios da vida
trilhas,Motores quentes nas cabeças frias e alma lavada
tempos é necessária a utilização deóleo dois tempos que acarretará nomelhor desempenho com poucapossibilidade de quebra do motor, jáque este tipo de moto é mais explsivapor ter a rotação do motor mais altaque a de quatro tempos. O custo destaé mais baixo. As motos quatrotempos são as melhores em quasetodos os quesitos, durabilidade,tecnologia, praticidade e conforto.Geralmente possuem partida elétricae são bem mais caras.
Alguns modelos disponíveis nomercado que podem ser utilizadosnas trilhas:
Honda XR 200cc, Honda CRF230cc, YAMAHA XT 225cc, Sundown200cc, dentre outras.
25Revista
Sempre ouvimos falar sobre“fulano de tal que não jogaporque está contundido” ou“devido a uma lesão ciclanofica afastado do esporte”. Masgeralmente nos deparamoscom isso quando assistimosum jornal, lemos uma repor-tagem ou ainda ouvimos norádio, falando sobre atletasprofissionais, mas será queisso acontece na “vida real”?
Em conversa com o fisio-terapeuta Carlos Cesar Palmiro,descobrimos que esses problemasestão mais próximos do que imagi-namos, e pode acontecer comqualquer pessoa. De acordo com ofisioterapeuta que também é proprie-
ALERTAALERTAALERTAALERTAALERTA
Exercícios praticados de forma errada podem causar uma grande dor de cabeça, e aind
Em busca de saúde, um Problemão
REPORTAGEM: PATRÍCIA LIMASIMAGENS: GIOVANA DANQUIELI
ande dor de cabeça, e ainda dores em vários lugares
Problemãotário de uma clínica de fisioterapia,muitas pessoas procuram seuestabelecimento em busca detratamento para contusões, entorsese lesões. “A maioria, são os chamadosatletas de fim de semana, que não têmum programa de treinamento, não sepreparam para particar aquele tipo deesporte, o esporte que mais gostam defazer. E o futebol como as outrasmodalidades precise, necessita que apessoa faça um treinamento, umpreparo físico, frequente umaacademia e seja bem orientada, paraque os problemas não aconteçam comgrande intensidade” alerta Palmiro.
Mas primeiro vamos entender oque é uma contusão, uma entorse euma lesão:
Contusão: é uma lesão causadapor um golpe no músculo, tendão ouligamento, sem fraturas, geralmentecausa hematoma;
Entorse ou luxação: é a popular“virada”, em uma articulação oujunta, mais comumente no ombro etornozelo, causa deformidade etambém o hematoma;
Lesão: é onde se pode chegar acontusão ou entorse , que é orompimento de uma articulação,ligamento.
Entendendo um pouco melhorsobre cada uma, já podemosrelacioná-las com o nosso dia-a-diaA prática de exercícios é recomen-
dada e essencial para uma vidasaudável, mas a má orientação,excessos e falta de preparo, podemtornar o que era para ser saúde erelaxamento, num problemão.
De acordo com o fisioterapeuta amaioria dos problemas dessa naturezaocorrem em pessoas que frequentamacademias ou são atletas de fim desemana. “Má postura e imediatismo,são os maiores causadores de lesões”,esclarece Palmiro, que vê na pressa deobtenção de resultados um erro. Eleacrescenta “o excesso de peso erepetição de exercícios pode causarlesões na coluna, joelho, ombros” econclui “para iniciar a prática deexercícios, deve-se primeiro procurarum profissional da área de saúde parafazer testes, de esforço, eletrocardio-grama e outros procedimentos quesejam indicados”, lembrando que aindicação é válida para todas asidades.Também são vítimas empotencial de contusões, entorses,lesões entre outras complicações oschamados atletas de fim de semana,trabalhadores que gostam de jogar suabolinha, exageram na dose e acabamnão conseguindo nem andar direito nooutro dia, você já deve ter visto isso,se... não foi uma das vítimas. É o casodo contador Wendel Ribeiro queacostumado a jogar seu futsalzinho nosfinais de semana, acabou fazendo ummovimento brusco, durante um jogo,que lhe acarretou uma cirurgia. “Nomomento em que eu fui chutar abola, a hora que eu caí, não coma perna flexionada, eu caí
com a perna esticada, daí deu um“baque” no joelho e houve uma rupturano ligamento”, conta ele. Apesar dostranstornos, Wendel nem pensa emparar. “Em seis meses eu já posso voltara jogar bola”, afirma. “Para a práticade esportes, é necessário umapreparação constante, sem exageros”,recomenda Palmiro.
A recomendação do fisiotera-peuta, é a prática constante deexercícios físicos com o acompa-nhamento de um profissional, e claroantes de cada atividade alongar-se eaquecer-se, o tempo e quantidadevaria de acordo com o clima, quantomais frio, mais tempo deve durar oalongamento. Muitas pessoas nãosabem, mas após a realização daatividade física, deve-se repetir oalogamento, diminuindo a proba-bilidade de dores musculares.Exercitar-se faz parte de uma vidasaudável e deve ser realizada com
consciência e res-ponsabilidade.
Estiramento
O gosto pela maquiagem já vem doantigo Egito quando os Faraósutilizavam perucas coloridas, emaquilagem nos olhos como ponto dedestaque. Cleópatra foi uma dasrepresentantes da beleza, banhava-seem leite, cobria a face com argila emaquiava seus olhos com pó. Quemulher um dia não perguntou ao seolhar no espelho, agora o que fazerde maquiagem? Com todos osacessórios na penteadeira a dúvida écruel quando se trata da nossaimagem diante das pessoas.
Rosenilda Ávila, 19, estudante deserviço social confessa que a maior
BELEZABELEZABELEZABELEZABELEZA
Uma relação de séculos: Mulheres e maquiagem
Uma em brancotela
REPORTAGEM: ESTER CHAVES
IMAGENS: SIMONE LIMA
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com as pontas dos dedos. “Oimportante é que fique translúcida,com uma transparência em função dapele”. Realçar o olhar, uma das tarefasque a sobrancelha ocupa para omelhor procedimento. FátimaBertoluci, cabeleireira da VivaCosméticos, torna-a imprescindível.“Ao ver uma mulher com a sobran-celha que não foi feita, o olhar dela caie aparenta ser bem mais velha”, res-salta Fátima. Quando a cliente chega,o primeiro procedimento de Bertolucié encontrar o ângulo perfeito de cadamulher com a ajuda da pinça e da cêraum desenho é projetado com cuidado.
Se mesmo assim a insegurançapermanece o maquiador Junior doStudio 76 Hairdresser, comenta queseu dia a dia sempre um rímel, base egloss devem estar nos “primeirossocorros”. Agora se quer cobrir aquelaolheira, use um corretivo mais claro.“Um truque que eu uso é os três tipos detons de base, escondendo com os maisescuros a parte indesejada e a mais claradá um ar de mais uniforme e claro”,afirma Junior. “E se você tem um olhomenor então nunca passe o lápis pretodentro dos olhos e sim contornar porfora, agora se os olhos são maiores podeabusar dos lápis,” explica. “As minhasclientes são ousadas e posso passar
desde um batom vermelho até umesfumaçado preto, olhos bem mar-cantes.” Por exemplo, se vir uma clientecom a pele mais clara, indaga omaquiador, os tons que usarei sempreserão os mais quentes, aqueles que adeixem mais alegre, porém se a pele forescura os tons mais frios vindos domarrom e do bronze é a melhor opção.
Para aqueles que acham quemaquiagem é coisa apenas de mulhero autônomo, Willian Bianco, contaque quando estava com sua ex-namorada ela lhe pediu para usarcorretivo porque suas olheirasestavam muito notórias. “No começoachei estranho usar, mas depois parasair nas baladas fazia toda a diferençana minha pele, hoje não vejo proble-ma nenhum”. Não é a toa que estetruque chamado maquiagem vem detantos séculos na humanidade ganhan-do homens e mulheres, e seguindocom força junto com à moda àstendências de cada estação. Se na horaque você for se maquiar a dúvida per-manecer, lembre-se que os especia-listas falam: “Seja sempre natural nascores, ou tenha um maquiador deconfiança”. “Porém um ótimo passatempo que eu tenho é o teste emminhas amigas, você faz e aprende”,explica sorridente Rosenilda.
dificuldade é passar a base e deixá-launiforme, sem que o rosto fique commanchas. “Na minha bolsa você en-contra de tudo, pó, base, delineador,etc.”. Por isso Juciele Alves, 20, nãoacha exagero sair de casa paratrabalhar e lembrar que tinhaesquecido o pó e voltar casa a para epegá-lo “Não consigo ficar sem pó,lápis e batom, sem eles me sinto nua”.
A consultora de vendas, AlinePertile, do Boticário explica que parauma pele mais saudável, na hora depassar os produtos é indispensávelutilizar hidratantes, deixando a pelesempre limpa. “A loja trabalha comtrês tipos de pele a clara, morena e anegra; cada uma dessas tem seustons específicos, à cliente pode fazero teste na hora que ela compra comas amostras no balcão”. Tecnologiastêm sido utilizadas para a elabo-ração dos produtos, uma delas é omineral, com as pedras preciosasametista, turmalina e safira.
Kaká Moraes, conhecido como omaquiador das estrelas, ao responderum bate papo para a revista “Nova”comentou que um dos principaissegredos para um efeito bonito é aquantidade de produtos como bases ecorretivos e a forma de aplicá-los àpele sempre dando leves batidinhas
Vivemos hoje expostos a umambiente de constante tensão eestresse, isso acontece pelas maisdistintas influências do conhecidomundo moderno, o que provocagrandes mudanças no humor e nocomportamento de qualquer serhumano. Algumas doenças de fatorpsicológico que mais acometem aspessoas hoje são: depressão, estressee ansiedade, o que provoca lesões nasimportantes áreas de funçõespsíquicas, e desencadeia o desequi-líbrio emocional, intelectual e social.
Esses distúrbios modernos estãoligados ao modo de viver daspessoas. As exigências e pressõesocorrem a todo o momento, é umritmo imposto pela sociedade paraque haja ordem. Um mundo repletode leis em que a regra é obedecer ouo indivíduo é subtraído daquelemeio social. Seja no local de trabalho,na família ou no círculo de amigos,essas imposições, responsabilidades
SINDROMESINDROMESINDROMESINDROMESINDROME
Transtorno de pode ter início sem causa aparentePânicoProblemas psicológicos que interferem no bem estar estão cada dia mais pr
REPORTAGEM: ADRIANA MARCON E JAQUELINE FRANCOIMAGENS: FÁBIO CONTERNO
e a pressão tem início cada vez maiscedo. Um exemplo típico disso sãoas crianças frequentando escolas oucreches desde a mais tenra idade,isso faz com que elas sejam inseridasnesse meio e, tenham uma carga deobrigações cada vez maior, dei-xando-as também mais suscetíveis aproblemas emocionais.
Muitas pessoas têm receio de falarsobre doenças de cunho psicológico,pelo fato de que se têm aindapreconceitos em relação aoproblema, o que leva a maioria dosdoentes a não buscar apoio de umprofissional, isso porque ainda faltaminformações acerca do assunto.
Uma das problemáticas dessecotidiano agitado é o Transtorno dePânico, uma angústia aguda queocorre quando a pessoa é exposta auma situação de fobia (medo),porém, pode ocorrer de formaespontânea também, ou seja, semmotivo aparente, nesse caso é
chamado de pânico patológico.A idade de início para o
Transtorno de Pânico varia muito,ocorrem picos ao final daadolescência e após, picos menores,na casa dos 30 anos. Um pequenonúmero de casos começa nainfância, e o início após os 45 anos éincomum, mas pode ocorrer. Algunsindivíduos podem ter surtos comanos de intervalo, e outros podemter sintomas severos contínuos. Afrequência e a gravidade dos“ataques de pânico” podem variar deuma pessoa para outra. Porexemplo, alguns têm ataques mo-derados e frequentes ou seja, umavez por semana e que ocorremregularmente por meses seguidos.As crises podem ter duração decinco minutos até meia hora e adoença pode chegar a um estágiograve, em que a pessoa não conseguemais sequer sair de casa, ficandoalienadas pela doença.
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“No meu caso os primeirossintomas, como tremores nocorpo começaram aos 18, eataque de pânico aos 27 anos”.
Um portador do Transtorno dePânico, que preferiu não seridentificado, conta em detalhes ossintomas da doença.
A frequência dos sintomas sãovariáveis e geralmente desenca-deados por situações de estresse:
Falta de ar – foi comumdurante os primeiros dias antes dotratamento, mas cessou após o usode medicamentos para ansiedade.Cerca de 10 dias.
Taquicardia – O sintoma foipersistente se tornando diário pordois meses logo após acordar ou nofinal da tarde e após situações deestresse.
Diarréia emocional – De 4 a6 vezes. Uma vez com vômito, apósestresse e medicação para dormir,a diarréia durou o dia todo numafase aguda de pânico ao início dotratamento.
Insônia – Sintoma ainda emprocesso, e após um ano e meio detratamento persiste cerca de trêsmeses. Tento refrear com medicaçãonatural.
Ataques durante o sono – Apóspesadelos acordava com sudorese etaquicardia. No início era esporádico,após rotina exigente se tornou comume parou com remédio para ansiedade.
Ansiedade aguda –Geralmente acompanhada desudorese e depressão. Apenas apóssituações de stress. Sintomapersistente, porém intenso quandonão está sob medicamentos.
Medo de barulhos altos – 4 ou5 vezes sem razão aparente. Mesmosabendo não estar sob risco, som detelefone, portas batendo, por períodoinferior à uma hora causava tensão.
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pode ter início sem causa aparenteão cada dia mais presentes no cotidiano do ser humano
A síndrome prejudica fortementeo desenvolvimento emocional dapessoa. Em alguns casos como, aperda ou rompimento de relacio-namentos, como sair da casa dos paisou divórcio, estão associados com oinício do Transtorno de Pânico, alémdos traumas como acidentesautomobilísticos, que desenvolvemum terrível medo de carro, ou deviajar, ou ainda vítimas de assalto,que se sentem extremamenteinseguras, esses são chamados deTranstorno de Pânico pós-traumático. As pessoas que sofremdesse mal se isolam do con-víviosocial, perdem a auto-estima, sesentem infelizes, e têm dificuldade emlevar à diante suas rotinas habituais,isso é uma consequência comum dadoença. A psicóloga Rosane de Meiradiz, “eles frequentemente atribuemseu problema a uma falta de “força”ou de “caráter””.
Os parentes de primeiro grau de
indivíduos com essa doença têm umachance maior de desenvolver otranstorno. Entretanto, em estudosrealizados, percebe-se que mais dametade dos indivíduos com Transtornode Pânico não possuem relatos deparentesco de primeiro grau quetambém tenham a doença. Já estudoscom gêmeos indicam uma contribuiçãogenética maior para o desenvol-vimento. As crises geralmente acon-tecem sem que o indivíduo espere ousem causa perceptível.
E devido aos diversos sintomas queapresenta, a Síndrome do Pânicodemorou para ser vista pela OMS(Organização Mundial da Saúde) comodoença. Ela foi reconhecida somentena década de 90, antes disso os sinaiseram ligados aos de outras doenças, esem causa identificada fazia com queesses pacientes sofressem cada vezmais. Hoje, estima-se queaproximadamente 3% da populaçãomundial sofra deste mal.
E em relação ao tratamento dadoença Rosane ressalta, “existetratamento, que pode amenizarestes ataques e controlá-los. Poucaspessoas precisam de medicaçãopara o resto da vida. O Transtornode Pânico tem cura, porque ele éuma forma de reação do organismoa uma situação de estresse, e comosaída a pessoa precisa tomargrandes decisões, perdas derelações afetivas ou até mudançasdrásticas do estilo de vida”.
E a psicóloga finaliza com umalerta, “no início a pessoa não sabe queé Transtorno de Pânico, ela se senteapenas preocupada, mas não sabe aocerto com o que, somente quando osataques começam a ser maisrecorrentes é que ela percebe que algonão vai bem. E para ajudar uma pessoacom este transtorno, oriente para queela procure ajuda médica epsicológica, pois este tipo de indivíduoprecisa de uma ajuda especializada”.
Ele relata ainda, que a doençafoi diagnosticada por umcardiologista, que por nãodetectar problemas quejustificassem taquicardia e faltade ar deduziu então o Transtornode Pânico.
Realizou tratamento apenascom psiquiatra e consumo demedicamentos para depressão eansiedade. Embora tenhabuscado ajuda de psicólogo noinício do tratamento nãomanifestou interesse emcontinuar. Depois de uma recaídanos sintomas buscou novamenteajuda de uma psicóloga.
Fobia social – Desejo deisolamento e dificuldade de trabalharem grupo. Acontecia desde os 21anos, ou antes, difícil dizer.
Dispepsia (Gastrite Nervosa)– Um sintoma secundário, a gastritegeralmente é consequência a crisesde ansiedade ou da insônia, que como decorrer do tempo pode se trans-formar em uma úlcera.
Depressão –Desde os 21 anos,antes dos 27 anos eram curtas, comoutros sintomas se tornou constante.Não tinha desejo de morte,indisposição, sono, perda de memória
e libido, era negativo em relação àdoença. Refreado com medicamento(Cloridrato de Fluoxetina)(acho melhornão citar o medicamento) tendo sumidonos últimos meses.
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PEQUENOS ASSASSINOSPEQUENOS ASSASSINOSPEQUENOS ASSASSINOSPEQUENOS ASSASSINOSPEQUENOS ASSASSINOS
De tempos em tempos uma gama da população seEbola, varíola, gripe espanhola, peste bubônica, e o HIV ainda não t
REPORTAGEM: IZLA CORRÊA E TATIANA SCHICOWSKIIMAGENS: DIVULGAÇÃO
Nossa história é marcada poracontecimentos bombásticos,guerras, catástrofes aéreas, nau-frágios, acidentes, furacões, ondasgigantes... Mas nada se compara aomaior inimigo do homem, os vírus.
O ser humano evolui e com ele osseres microscópicos que entram emnosso corpo se apropriam de nossascélulas, ganham nossas defesas eroubam nossas vidas. Não podemosvê-los, mas sabemos que eles estãoaqui e sua única meta é reproduzir,podendo levar o ser humano a morte.
Muitas doenças são consideradasextintas, apenas alguns detêm opoder em mãos que a qualquermomento pode ser usado para adestruição em massa.
A maior preocupação do homem aosvírus está relacionada às armasquímicas, que podem desencadear umapandemia, além da possibilidade demutação, que acarretaria em umproblema ainda maior. Muito se discutesobre os vírus criados em laboratório,próprios para dissiminar a chamadapopulação excessiva, mas são apenasespeculações. De fato o ataque viral érealizado com sucesso, enquanto a curapara muitas outras doenças graves é tidacomo improvável, como o HIV.
Maria Inês, 48 anos, é portadorado HIV, há seis anos, mas descobriuque estava infectada à apenas quatro.“Foi tudo muito rápido, me envolvicom uma pessoa, depois de três mesesele morreu de parada respiratória eeu descobri que estava grávida, masnem desconfiei que alguma doençamais séria tivesse desencadeado aparada”, conta. Foi com o apoio dafamília que desde que se descobriusoro positiva, Maria toma coquetéistodos os meses, e se cuida ao máximopara poder viver o maior tempopossível e cuidar de seu filho, que nãofoi infectado. “No começo era difícilacreditar que tinha acontecidocomigo, cheguei a desejar minha pró-pria morte e eu mesma tive precon-ceito da minha doença, mas lembreique tinha um filho pequeno e uma famí-lia maravilhosa, é por eles que lutotodos os dias contra ela”. Hoje, Marialeva uma vida normal sem se preo-cupar, trabalha, cuida de filho e da casae namora ha um ano e meio um rapazmais novo que sabe de sua doença.
Como ela, milhares de pessoas sãovítimas desta doença silenciosa, masnem todos têm a mesma sorte eaceitação, principalmente familiarcomo Maria, a grande maioria sofre
preconceitos perante a sociedade. Apsicóloga Michelle Abdo Cassin,explica que esta discriminaçãoacontece porque as pessoas sentemseus sentidos de ordem e suassensações de controle para com assituações ameaçada com odesconhecido, já que até hoje aindasão muitas as dúvidas e os medos.
Porém, o mais importante ao sedeparar com uma pessoa portadorado vírus HIV é lembrar que este sermicroscópico pode não ter cara, masa pessoa com o vírus tem coração,sentimentos e como qualquer outroser humano quer conquistar seusobjetivos e viver sua vida.
A infectologista do Cedip DraDiana Gaboardi nos alerta que o vírusHIV atinge a célula do sistemahimune acoplando-se ao DNA e re-produzindo até que ela rompa e orestante do organismo fique debilita-do. O HIV sofre mutações relaciona-das aos medicamentos, e cada pacien-te é tratado conforme sua necessidade.
“O pior, é que esse vírus estáentrando no esquecimento, e o índicede infectados só aumenta. Fico tristeao ver nossos colégas de saúdecontaminados com essa doença”,desabafa a Dra Diana.
O HIV ( Virus da ImunodeficiênciaHumana) é um vírus pertencente a classe dosretrovírus² e causador da AIDS. As células dedefesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitosCD4+, justamente aquelas que comandam aresposta específica de defesa do corpo diantede agentes como vírus e bactérias. Quando sediz que uma pessoa tem HIV, se refere que ela éportador do vírus, no entanto, quando nosreferimos a AIDS é sinal indicativo que ohospedeiro já possui os sintomascaracterísticos da doença. A transmissão dovírus é efetuada em qualquer uma dasnomenclaturas.
1 - Genoma: é toda a informação hereditáriade um organismo que está codificada em seuDNA, ou em alguns vírus no RNA.
2- Retrovírus: é um vírus que possui aenzima transcriptase reversa, que produz DNAa partir de uma molécula de RNA. Esses vírus
Obs: dados obtidos no Cedip (Centro Especializado de DoençasInfecto-Parasitárias), com a Coordenadora Josana Dranka Horzath.
ESTATÍSTICA DE PACIENTES ATENDIDOS NOCEDIP. LEVANTAMENTO DE 1989 À SETEMBRO
DE 2009
QTDE
1033
303
39
16
PACIENTES SORO POSITIVOS CASCAVEL
MUNICÍPIOS VIZINHOS
ÓBITOS OCORRIDOS EM CASCAVEL
BEBÊS EM ACOMPANHAMENTO EMCASCAVEL
BEBÊS EM ACOMPANHAMENTO EM OUTROSMUNICÍPIOS VIZINHOS
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sofrem constantes mutações e durante a transcrição reversapodem se tornar cada vez mais difíceis de serem combatidos.
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De tempos em tempos uma gama da população se esvaie bubônica, e o HIV ainda não tem cura...
A gripe espanhola como ficouconhecida devido ao grandenúmero de mortos na Espanhaapareceu em 1918 e teve duasformas de contagio. A primeira, emfevereiro, embora bastantecontagiosa, era uma doença quenão causava mais que três dias defebre e mal-estar. Já na segunda,em agosto, tornou-se mortal.
No Brasil, a epidemia chegou aofinal de setembro de 1918 quandomarinheiros que prestaram serviçomilitar em Dakar, na costaatlântica da África, desem-barcaram doentes no porto deRecife. Em pouco mais de duassemanas, surgiram casos de gripeem outras cidades do Nordeste, emSão Paulo e no Rio de Janeiro.
Estima-se que entre outubro edezembro de 1918, período oficial-mente reconhecido como pandê-mico, 65% da população adoeceu.Só no Rio de Janeiro, foram registra-das 14.348 mortes. Em São Paulo,outras 2.000 pessoas morreram.
A Gripe Espanhola ouInfluenza é uma infecção viralaguda do sistema respiratórioque é transmitida por meio degotículas expelidas pelo indi-víduo doente ao falar, espirrar etossir. A transmissão tambémpode ocorrer por contato direto ouindireto com secreções.
Ainda hoje restam dúvidas sobreonde surgiu e o que fez da gripe de1918 uma doença tão terrível.Estudos realizados entre as décadasde 1970 e 1990 sugerem que umanova cepa de Vírus Influenza surgiuem 1916 e que, por meio demutações graduais e sucessivas,assumiu sua forma mortal em 1918.
A cólera foi vista pela primeiravez na Ásia, precisamente na Índia eem Bangladesh, e se espalhou paraoutros continentes a partir de 1817.
No Brasil a doença teve o primeirocaso registrado no ano de 1885, inva-dindo os estados do Amazonas, Bahia,Pará e Rio de Janeiro e mais tarde emSão Paulo. Foi apenas no final do séculoXIX, que o governo brasileiro declaravaa doença erradicada de todo o país.
A Cólera é uma doença viral queataca o intestino dos seres humanos.
A bactéria que a provoca foidescoberta por Robert Koch em 1884 e,posteriormente, recebeu o nome deVibrio Cholerae. Ao infectar o intes-tino humano, essa bactéria faz comque o organismo elimine uma gran-de quantidade de água e sais minerais,acarretando séria desidratação.
A bactéria da Cólera pode fica in-cubada de um a quatro dias. Quandoa doença se manifesta, apresenta ossintomas: náuseas e vômitos; cólicasabdominais; diarréia abundante,esbranquiçada como água de arroz,determinando a perda de até um litrode água por hora e cãibras.
A Varíola também conhecidacomo rainha vermelha, é um dosmaiores agentes que afetam o serhumano, porém já é quase extinta,e não faz vítimas desde 1980. Ovírus se hospeda na célula, criauma proteína e se expande peloorganismo. O sistema imunitárioreage contra o vírus destruindo ascélulas contaminadas, no entantonão bloqueia completamente amultiplicação, pois a proteína queé produzida na célula torna o vírusresistente aos anticorpos e ainda podeprovocar câncer. Durante o século 18,cerca de 400 mil pessoas morriam porano de Varíola, e no século 20, maisde 2 milhões de pessoas por ano.
A transmissão da doença ocorreatravés do ar e do contato com pessoas,ou objetos utilizados pelo indivíduocontaminado. Após 14 dias deincubação a doença começa a semanifestar, os primeiros sintomassão: febre, mal-estar, fadiga, dorespelo corpo, bolhas purulentas, vômitose náuseas. A doença pode serprevenida através da vacina que criaimunidade contra o vírus.
Foram nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre osanos de 1346 e 1352, aonde chegavam milhares de ratos que a Peste Negraapareceu. Estes roedores encontraram nas cidades européias um ambientefavorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. O esgoto corria acéu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas, então quando os ratos doentesmorriam as pulgas que se encontravam nestes pequenos roedores passavam aparasitar nos homens e transmitiam a bactéria por meio da picada. Apósadquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiroapareciam nas axilas, virilhas e pescoço várias bolhas de pus e sangue. Em seguida,vinham os vômitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem,pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida.
Aqui no Brasil, entre os anos de 1993 a 2007, foram notificados 74 casos depeste humana no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Minas Gerais. Nosúltimos 5 anos, o Brasil registrou apenas 1 caso de Peste Bubônica em 2005. O casofoi registrado no estado do Ceará, no município de Pedra Branca, região serrana.
O Ebola é extremamente grave e mata cerca de 90% dos infectados. Assim como os outros vírus, o Ebola se une a uma célulae insere seu genoma, fazendo com que se reproduza e infecte outras células. Em seguida ele começa a atacar os órgãos e tecidos doorganismo, o colágeno responsável pela união dos órgãos se deforma e transforma-se em uma pasta viscosa deixando o coraçãoflácido, o organismo já não coagula o sangue provocando inúmeras hemorragias internas, os olhos enchem de sangue levando oindivíduo contaminado a cegueira, a medula e o fígado apodrecem, o baço enrijece e o cérebro é destruído. Não há vacina, cura,nem tratamento eficazes. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares impedidos de vê-los após o falecimento.
Revista 33
Baixar músicas da internet está setornando um hábito muito comumentre os brasileiros, um fator que fez omercado digital crescer cerca de 80%no ano passado. Aproveitando estemomento positivo, estão os músicose as gravadoras que buscam deixar delado a dependência da venda de CDs.
Mas a concorrência é desleal. Apirataria vem aumentando e é cada vezmais comum, tanto por meio de CDsvendidos livremente nas ruas como ode sites e compartilhadores dearquivos que possibilitam aos usuáriosda internet conseguir as músicas deforma rápida e gratuita.
A pirataria digital se expandiu como formato MP3 de compactação de
de vilã a aliada
na luta contra a pirataria
ARTISTAARTISTAARTISTAARTISTAARTISTA
Internet
Músicos estão obtendo resultados positivos com a divulgação virtual
REPORTAGEM: RAFAEL SCHOREKIMAGENS: DIVULGAÇÃO
arquivos de áudio digital. As músicasneste formato ocupam menos espaçono disco que os arquivos não com-pactados, o que facilita sua trans-missão e armazenamento.
Mas não foram apenas os fãs queaderiram a este formato, muitosmúsicos já utilizam o padrão MP3 paradistribuir suas músicas de forma maisrápida e barata, facilitando assim oprocesso de divulgação do seutrabalho. A banda curitibana CW7 estáseguindo essa ideia e vem colhendobons frutos desse trabalho realizadoatravés da grande rede. “Tudo o que agente tem hoje na banda nósconseguimos por meio da internet,esse é o melhor meio de divulgação
que a gente encontrou, pois nãoenvolve custos, envolve tempo, masé um tempo gasto que é muito bemrecompensado”, contou a vocalista dabanda Amanda Wicthoff “Mia”.
É dessa maneira que os artistas egravadoras tentam minimizar osprejuízos causados pela pirataria. Umacoisa é certa, é impossível proibir essanova geração de baixar arquivos dainternet, tudo evolui, e com a músicanão poderia ser diferente: dos discosde vinil, passando pelas fitas e CDs; como MP3 o que muda, é apenas a formacom que a música vem gravada. Agoraas gravadoras terão que se adaptar aesse novo mercado que já caiu no gostodos consumidores.
Hoje a banda CW7que é formada pelosirmãos PipoWicthoff (guitarra),Léo Wicthoff(baixo), PaulinhoWicthoff (bateria) ea prima MiaWicthoff (vocal/piano), tem umamédia de 1000acessos por dia napágina do My Space(www.myspace.com/bandacw7) e mais de45 mil membros na
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