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São Sebastião (litoral norte, SP): entre as fronteiras das medidas de segregação e vulnerabilidade social
TATHIANE MAYUMI ANAZAWA
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE Divisão de Processamento de Imagens - DPI
Caixa Postal 515 - 12227-010 - São José dos Campos - SP, Brasil tathiane@dpi.inpe.br
Resumo: Partindo do pressuposto de que a segregação é um processo determinante na manutenção e reprodução
das condições vulneráveis as quais uma população pode estar exposta, o presente trabalho tem como objetivo
verificar se o espaço segregado medido ou apontado pelos indicadores de segregação em suas dimensões
relacionais incide sobre territórios vulnerabilizados e apontados por outro indicador sintético, o Índice Paulista
de Vulnerabilidade Social. Os índices de vulnerabilidade e de segregação, ao serem visualizados nos mapas, ou
seja, quando dispostos no território, mostraram-se complementares, a partir da tabulação cruzada e análise
visual, onde houve diferentes olhares (concordante e discordante) sobre São Sebastião. Como olhar concordante,
no setor selecionado, o IPVS apresentou o grupo de nenhuma vulnerabilidade e vulnerabilidade muito baixa. Em
relação ao Índice de Dissimilaridade se apresentou alto, bem como o Índice de Isolamento de maior renda e
instrução, sugerindo uma forte segregação nesse setor. Como olhar discordante, no setor selecionado, o IPVS
apresentou o grupo de vulnerabilidade alta e muito alta. O Índice de Dissimilaridade se apresentou alto, bem
como o Índice de Exposição e o Índice de Isolamento de menor e maior renda e instrução, sugerindo uma forte
segregação nesse setor, onde se aponta uma composição heterogênea nesse setor selecionado.
1. Introdução
A topografia social procura retratar o que existe em um determinado território. Segundo Koga
(2004), “o que a topografia social contribui na análise é justamente olhar para a cidade para
além dos seus polígonos ou divisões administrativas que foram artificialmente delimitadas,
buscando compreender o movimento processual das informações capturadas da realidade”.
Para esse estudo, há novas técnicas e metodologias geoespaciais que permitem colocar em
perspectiva a realidade sócio/econômico/espacial e seu movimento territorial (SPOSATI,
2008). A topografia social tem buscado delinear o processo pelo qual o espaço urbano vai
tecendo diferentes malhas sobre seu território, indo desde a configuração topográfica até as
intervenções urbanísticas e as diferentes apropriações realizadas pelos seus moradores. Captar
estas diferentes camadas produzidas, transformadas no cotidiano das cidades tem representado
o desafio para a configuração desta topografia social (KOGA, 2003).
A inter-relação entre espaço e formação social pode ser expressa pelas transformações das
estruturas sociais que provocam transformações no espaço, bem como deve haver efeitos do
espaço sobre o social.
A segregação surge como um processo fundamental para a compreensão da estrutura espacial
intra-urbana. Conceitua-se segregação, em termos sociais, como o processo segundo o qual
diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes
regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole (VILLAÇA, 2001). Já em termos
geográficos, representa a separação espacial entre grupos populacionais diferentes
(RODRÍGUEZ, 2001).
A segregação é um processo determinante na manutenção e reprodução das condições
vulneráveis as quais uma população pode estar exposta. A vulnerabilidade é associada às
desvantagens sociais que produzem e, ao mesmo tempo, são reflexos e produtos da pobreza
(HOGAN; MARANDOLA, 2006). A vulnerabilidade, conceituada como a incapacidade de
uma pessoa ou de um domicílio para aproveitar-se das oportunidades, disponíveis em
distintos âmbitos sócio-econômicos, para melhorar sua situação de bem-estar ou impedir sua
deterioração (KAZTMAN, 2006).
Partindo da premissa de que a vulnerabilidade possui uma relação com a segregação, de modo
que a segregação é um determinante da manutenção e reprodução da condição de pobreza, o
presente trabalho tem como objetivo analisar os limites e potencialidades das medidas de
vulnerabilidade e segregação no território de São Sebastião (litoral norte, SP), verificando se o
espaço segregado medido ou apontado pelos indicadores de segregação em suas dimensões
relacionais incide sobre territórios vulnerabilizados e apontados por outro indicador sintético,
o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social.
2. Metodologia 2.1. Área de estudo
O litoral norte paulista compreende os municípios continentais de Ubatuba, Caraguatatuba,
São Sebastião, todos limitados pela costa da Serra do Mar e pela linha costeira e o insular de
Ilhabela (Figura 1). Estão inseridos na Região Administrativa de São José dos Campos e
juntos compõem a região de Governo de Caraguatatuba (SMA, 2002). Possuem algumas
características peculiares como a predominância do bioma Mata Atlântica, que se compõe na
região pela floresta ombrófila densa, restingas, manguezais, floresta de planície e ilhas
oceânicas (SÃO PAULO, 1996).
Figura 1. Litoral norte do estado de São Paulo.
O município de São Sebastião possui área de 473 km², com população estimada em 2009 de
73.631 habitantes, resultando em uma densidade demográfica de 182,71 hab/km². O litoral
norte foi redescoberto nos anos 50, com a construção do atual Porto comercial de São
Sebastião, e em 1969 foi inaugurado o terminal marítimo da Petrobrás. Esse fato desencadeou
um movimento turístico relevante e um novo processo de ocupação.
São Sebastião encontra-se em uma região montanhosa, de geografia singular, onde as áreas
passíveis de ocupação humana formadas por um conjunto descontínuo de planícies, distantes
umas das outras e que fazem com que a população se organize em bairros distantes e isolados,
perfazendo um modelo de ocupação para o litoral norte (São Paulo, 2005). O litoral norte
vivencia um processo recente de ocupação e crescimento urbano (concentrado nos últimos 30
anos) que trouxe consigo problemas típicos da zona costeira: conflitos de uso do solo,
expulsão da população local, turismo de segunda residência, criação de unidades de
conservação, além do boom da construção civil e uma série de novos empreendimentos
previstos para um futuro próximo
2.2. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS)
O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) consiste em um indicador resultante em
uma tipologia derivada da combinação entre duas dimensões (socioeconômica e
demográfica), que classifica o setor censitário em seis grupos de vulnerabilidade social.
Criado em 2000, esse indicador permite uma visão mais detalhada das condições de vida do
município, com a identificação e a localização espacial das áreas que abrigam os segmentos
populacionais mais vulneráveis à pobreza, incorpora ao sistema de indicadores de
desenvolvimento, iniciado com o IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social, mais um
instrumento para a avaliação das políticas públicas.
As informações de base do IPVS são aquelas detalhadas por setor censitário e apresentadas
pelo Censo Demográfico 2000 - única fonte de dados existente em escala intra-urbana para
todo o Estado de São Paulo, portanto os dados e informações mais precisas sobre as condições
de vulnerabilidade social são datadas de 2000, e somente serão atualizadas no próximo censo
demográfico (IPVS, 2010).
A opção por adotar tal índice neste trabalho deve-se à sua abrangência na dinâmica
demográfica e socioeconômica do Estado de São Paulo. O IPVS possibilita uma análise mais
aproximada das diversas situações de heterogeneidade dos agrupamentos humanos do Estado,
por apresentar os distritos censitários como unidade territorial básica de agregação de dados,
como também, por abranger em sua composição distintos níveis de informação, desde o
acesso à serviços públicos de educação, saúde e oferta de bens sociais, até indicadores de
renda, escolaridade e ciclo de vida familiar, expressando a vulnerabilidade social por meio de
padrões de desigualdade social.
2.2.1. Análise Fatorial do IPVS
O modelo de análise fatorial do IPVS produziu dois fatores - condições socioeconômicas e
ciclo de vida das famílias - que sintetizam oito variáveis consideradas na análise. O modelo
obtido explicou 85% da variância total, com o primeiro fator (socioeconômico) responsável
por 51% da explicação e o segundo (ciclo de vida familiar) por 34%. A estatística KMO
(Kaiser-Meyer-Olkin), utilizada como medida de ajuste do modelo, foi de 0,818, indicando
que o modelo é adequado. Os fatores são assim descritos:
• Fator 1 (socioeconômico) – relacionado à renda e ao nível de escolaridade do responsável
pelo domicílio. As variáveis mais importantes em sua composição são:
- porcentagem de responsáveis pelo domicílio alfabetizados no total de responsáveis do setor
censitário;
- porcentagem de responsáveis pelo domicílio com ensino fundamental completo no total de
responsáveis do setor censitário;
- anos médios de estudo do responsável pelo domicílio;
- rendimento nominal médio do responsável pelo domicílio;
- porcentagem de responsáveis com rendimento de até 3 salários mínimos no total de
responsáveis do setor censitário.
• Fator 2 (ciclo de vida familiar) – expressa o ciclo de vida familiar. As variáveis mais
importantes em sua composição são:
- porcentagem de responsáveis pelo domicílio com idade entre 10 e 29 anos no total de
responsáveis do setor censitário;
- idade média do responsável pelo domicílio;
- porcentagem de crianças de 0 a 4 anos no total da população residente do setor censitário.
Para o fator socioeconômico, os setores censitários que apresentam valores baixos tendem a
concentrar parcelas expressivas de responsáveis pelo domicílio vivendo em situação de baixa
renda e/ou pouca escolaridade. Para o fator relacionado ao ciclo de vida das famílias, valores
altos indicam a presença de famílias mais adiantadas no ciclo de vida familiar, ou seja, idosas.
Para fins operacionais, os dois fatores foram categorizados: o fator socioeconômico é
expresso em quatro classes – baixo, médio, alto e muito alto, e o fator relacionado ao ciclo de
vida em três categorias – famílias jovens, famílias adultas e famílias idosas (Figura 1).
Figura 1. Construção dos grupos do IPVS.
2.2.2. Análise de Agrupamentos do IPVS
Por meio da análise de agrupamentos, buscou-se identificar setores censitários com perfis
semelhantes em termos de condições socioeconômicas (Fator 1) e ciclo de vida familiar (Fator
2), gerando uma tipologia com seis grupos distintos de setores censitários, que identifica
setores que agregam populações com diferentes níveis de carências socioeconômicas e
estrutura etária.
Os grupos indicados pelo IPVS são:
• G.1 – Nenhuma vulnerabilidade: setores censitários em melhor situação socioeconômica
(muito alta); os responsáveis pelo domicílio possuem os mais elevados níveis de renda e
escolaridade. Apesar de o estágio das famílias no ciclo de vida não ser um definidor do grupo,
seus responsáveis tendem a ser mais velhos; é menor a presença de crianças pequenas e de
moradores nos domicílios, quando comparados com o conjunto do Estado;
• G.2 – Vulnerabilidade muito baixa: setores censitários que se classificam em segundo lugar
no Estado, em termos da dimensão socioeconômica (média ou alta). Nessas áreas concentram-
se, em média, as famílias mais velhas;
• G.3 – Vulnerabilidade baixa: setores censitários que se classificam nos níveis altos ou
médios da dimensão socioeconômica; seu perfil demográfico caracteriza-se pela
predominância de famílias jovens e adultas;
• G.4 – Vulnerabilidade média: setores que apresentam níveis médios na dimensão
socioeconômica; encontrando-se em quarto lugar na escala em termos de renda e escolaridade
do responsável pelo domicílio. Nesses setores concentram-se famílias jovens, isto é, com forte
presença de chefes jovens (com menos de 30 anos) e de crianças pequenas;
• G.5 – Vulnerabilidade alta: setores censitários que possuem as piores condições na
dimensão socioeconômica (baixa), situando-se entre os dois grupos em que os chefes de
domicílio apresentam, em média, os níveis mais baixos de renda e escolaridade. Concentra
famílias mais velhas, com menor presença de crianças pequenas;
• G.6 – Vulnerabilidade muito alta: o segundo dos dois piores grupos em termos de dimensão
socioeconômica (baixa), com grande concentração de famílias jovens. A combinação entre
chefes jovens, com baixos níveis de renda e de escolaridade e presença significativa de
crianças pequenas, permite inferir ser este o grupo de maior vulnerabilidade à pobreza.
2.3. Índice de Segregação (IS)
Feitosa et al. (2007) propuseram os Índices Espaciais (Globais e Locais) de Segregação
Urbana, que partem do pressuposto que o ambiente urbano é composto por diferentes
localidades, ou seja, as interações sociais e as socioterritoriais. A intensidade dessas
interações varia de acordo com o grau de proximidade das pessoas. Os índices levam em
consideração a informação espacial, analisando as interações além dos limites das unidades de
área.
Cada unidade de área é associada a uma localidade, cujas características populacionais são
expressas por sua intensidade populacional local (Equação 1), computada pelo estimador
Kernel posicionado no centróide das unidades de área e obtém-se a média ponderada dos
dados populacionais de toda a área de estudo. No presente estudo os pesos foram
determinados por uma função gaussiana, cuja largura de banda (bw) foi definida em 500 m,
devido à diferença das formas urbanas de cada região.
(1)
Onde:
N j = número de indivíduos na área j;
J = número total de unidades de área no recorte de estudo (cidade ou aglomerado urbano); e
d(.) = função de proximidade que define a vizinhança de j.
Utilizaram-se as malhas urbanas censitárias em formato shape de 2000 do município de São
Sebastião adquiridas no site do IBGE (2010). Foram retirados os setores rurais para melhor
comparabilidade entre as regiões observadas, além de constituírem um número pequeno de
setores bem como alguns não apresentarem dados censitários. As variáveis “renda de chefes
de família” e “anos de instrução de chefes de família” foram extraídas do censo demográfico
de 2000 (IBGE, 2010). Na construção dos grupos populacionais a variável “renda de chefes
de família” foi dividida em três categorias: “até 2 salários mínimos”, “de 2 a 10 salários
mínimos” e “maior que 10 salários mínimos”. A variável “anos de instrução de chefes de
família” também foi dividida em três categorias de grupos populacionais: “até 4 anos de
estudos”, “de 4 a 12 anos de estudos” e “mais que 12 anos de estudos”.
O índice de segregação apresenta os seguintes índices espaciais:
�Índice de dissimilaridade É definido da seguinte maneira:
(2)
Onde
(3)
Nas Equações 2 e 3, N é a população total da área de estudo, Nj é a população total na área j,
τm é a proporção do grupo m na área de estudo, é a proporção local do grupo m na
vizinhança da área i, J é o número total de unidades de área, e M é o número total de grupos
populacionais. A letra I simboliza o índice de interação, uma medida de diversidade da
população. O índice de dissimilaridade generalizado varia entre 0 e 1 e representa uma
medida da diferença média entre a proporção local dos grupos populacionais em cada unidade
de área ( ) e a proporção destes grupos populacionais na cidade como um todo (τm).
� Índice de exposição
Já o índice de exposição do grupo m em relação ao grupo n (P*(m,n) ) é definido como a
proporção média do grupo n na unidade de área de cada indivíduo do grupo m. Para a
elaboração da versão espacial deste índice ( ), a noção de unidade de área é substituída
pela de “local”, que abrange não somente a unidade de área em questão como também as
unidades de área vizinhas. Formalmente, o índice pode ser computado da seguinte
maneira:
(4)
Onde:
N jm = é o número de indivíduos pertencentes ao grupo m na área j;
N m= é o total de indivíduos pertencentes ao grupo m na área de estudo;
= é a intensidade populacional local do grupo n na área j; e j L
= é a intensidade populacional local na área j.
O índice de exposição varia entre 0 e 1, sendo 0 o valor que representa a exposição mínima
entre os grupos m e n, ou seja, aquele que indica a inexistência de indivíduos do grupo n nos
locais (unidades de área + vizinhança) onde habitam indivíduos do grupo m.
�Índice de isolamento do grupo m
Representa um caso particular do índice de exposição, pode ser definido como a exposição do
grupo m a ele próprio (Equação 5):
Onde: N jm = número de indivíduos pertencentes ao grupo m na área j;
N m= total de indivíduos pertencentes ao grupo m na área de estudo;
= intensidade populacional local do grupo m na área; e
= intensidade populacional local na área j.
(5)
O índice de isolamento apresenta uma variação entre 0 (mínimo isolamento) e 1 (máximo
isolamento). Assim como o índice de exposição, seus resultados são suscetíveis à composição
populacional da cidade como um todo.
Os índices de segregação apresentados representam medidas globais, que sintetizam o grau de
segregação em relação à cidade como um todo. Porém, a segregação não é um processo
uniforme ao longo da cidade e a aplicação exclusiva de índices globais pode implicar na perda
de informações significativas para a compreensão do fenômeno. Portanto, além dos índices
globais, é importante trabalhar com índices locais que possam ser exibidos através de mapas e
que permitam a observação do grau de segregação nos distintos pontos da cidade.
A partir da decomposição dos índices globais, os índices locais são assim descritos:
�A versão local do índice , definida como:
(6)
Onde: N= população total da área de estudo,
N j = população total na área j,
= representa a proporção local do grupo m na vizinhança da área j,
τ m = representa a proporção do grupo m em toda a cidade, e
I = representa o índice de interação (Equação 3)
�Índice local de exposição (Equação 7):
(7)
Onde: N jm = número de indivíduos do grupo m na área j,
N m = número de indivíduos do grupo m em toda a cidade,
=intensidade populacional local do grupo n na área j, e
= intensidade populacional local na área j.
Para a obtenção do índice local de isolamento , basta substituir pela intensidade
populacional local do próprio grupo m na área j ( ).
3. Resultados e Discussões
3.1. IPVS Os resultados obtidos pelo IPVS, classificados em grupos (figura 2), demonstraram que
32,3% do total da população de São Sebastião pertencem ao grupo 4 (vulnerabilidade média).
Em seguida, o grupo 6 (vulnerabilidade muito alta) apresenta 24,7% do total, onde o
rendimento nominal médio dos responsáveis pelo domicílio era de R$ 450 e 66,6% deles
auferiam renda de até três salários mínimos. Em termos de escolaridade, os chefes de
domicílios apresentavam, em média, 4,4 anos de estudo, 81,3% deles eram alfabetizados e
21,0% completaram o ensino fundamental. Com relação aos indicadores demográficos, a
idade média dos responsáveis pelos domicílios era de 40 anos e aqueles com menos de 30
anos representavam 25,5%.
As mulheres chefes de domicílios correspondiam a 22,9% e a parcela de crianças de 0 a 4
anos equivalia a 11,7% do total da população desse grupo. O grupo 3 apresenta
(vulnerabilidade baixa): 10.597 pessoas (18,3% do total), o grupo 2 Grupo 2 (vulnerabilidade
muito baixa): 7.959 pessoas (13,7% do total), o grupo 5 (vulnerabilidade alta): 5.575 pessoas
(9,6% do total). E apresentando 1,5% do total, o grupo 1 (nenhuma vulnerabilidade) possui a
menor porcentagem do total da população. Conclui-se a partir dos resultados acima, que São
Sebastião apresenta a grande maioria de sua população em uma classe de vulnerabilidade
média a muito alta. E os grupos que apresentam nenhuma vulnerabilidade caracterizam-se
como a minoria.
Figura 2. Mapeamento das classes de vulnerabilidade do IPVS.
3.2. Índice Locais de Segregação (IS)
3.2.1. Índice de Dissimilaridade
A Figura 3 apresenta os resultados do Índice Espacial (Global e Local) de Dissimilaridade de
São Sebastião para as variáveis "renda de chefes de família" e "instrução de chefes de
família". Valores altos significam que a composição populacional do setor se difere em maior
grau da composição populacional da área de estudo como um todo, se comparado aos demais
setores.
Figura 3. Mapeamento do Índice de Dissimilaridade para as variáveis renda e instrução.
3.2.2. Índice de Exposição Em relação a exposição dos grupos populacionais de menor renda e instrução aos de maior
renda e instrução, nota-se uma concentração de setores com Índice de Exposição alto na zona
central de São Sebastião (Figura 4). Na área estudada os valores do Índice de Exposição
Global foram muito baixos, o que sugere a forte segregação entre os grupos populacionais.
Figura 4. Mapeamento do Índice de Exposição para as variáveis renda e instrução.
3.2.3. Índice de Isolamento Em São Sebastião, O Índice de Isolamento dos grupos de menor renda e instrução revelaram
diferentes graus de segregação ao longo de toda a área de estudo (Figuras 5 e 6). Os setores
centrais apresentaram baixo valor em relação ao Índice de Isolamento dos grupos de menor
renda e instrução e alto valor para o Índice de Isolamento dos grupos de maior renda e
instrução, indicando a predominância destes grupos nas zonas centrais.
3.3. A tabulação cruzada Um dos métodos utilizados para a visualização da expressão de espaços segregados em
espaços vulnerabilizados foi a tabulação cruzada, que compara as classes de dois planos de
informações, determinando a distribuição de suas intersecções.
Tabela 1. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Dissimilaridade (Variável instrução), em pixels.
Índice de Dissimilaridade (Variável instrução)
IPVS
Grupo 1 0 0 0 0 308 172 Grupo 2 0 0 0 299 853 1136 Grupo 3 756 523 607 1266 211 268 Grupo 4 15043 7826 3421 2313 62 46 Grupo 5 252 447 1337 816 91 0 Grupo 6 0 3097 849 5088 1648 149
Tabela 2. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Dissimilaridade (Variável renda), em pixels. Índice de Dissimilaridade (Variável renda)
IPVS
Grupo 1 0 0 0 0 0 480 Grupo 2 0 0 0 1232 127 929 Grupo 3 803 614 857 992 97 268 Grupo 4 8677 11230 8214 482 84 24 Grupo 5 1456 0 103 0 1384 0 Grupo 6 246 0 3700 6269 566 50
O IPVS encontra-se melhor distribuído em áreas com dissimilaridade média a alta, para as
variáveis instrução e renda (Tabelas 1 e 2 ). O grupo que apresenta nenhuma vulnerabilidade
encontra-se espacializado em setores onde a dissimilaridade apresenta-se alta, ou seja, onde a
composição populacional do setor se difere em maior grau da composição populacional da
cidade. O maior valor da tabulação cruzada, ou seja, a maior área (em pixels) da intersecção
dos dois índices encontra-se em um grupo de vulnerabilidade média e dissimilaridade baixa,
para a variável instrução, e em um grupo de vulnerabilidade média e dissimilaridade também
baixa para a variável renda.
Tabela 3. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Exposição (Variável instrução), em pixels. Índice de Exposição (Variável instrução)
IPVS
Grupo 1 0 0 172 0 308 0 Grupo 2 0 0 0 60 951 1277 Grupo 3 365 258 120 1130 1272 486 Grupo 4 9537 10657 3861 2962 832 862 Grupo 5 252 447 1664 0 477 103 Grupo 6 4629 0 1042 1089 4071 0
Tabela 4. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de Exposição (Variável renda), em pixels.
Índice de Exposição (Variável renda)
IPVS
Grupo 1 172 0 0 0 0 308 Grupo 2 0 0 0 138 873 1277 Grupo 3 331 764 120 864 818 734 Grupo 4 10963 4607 8169 3735 1237 0 Grupo 5 699 0 757 91 1293 103 Grupo 6 4629 1133 880 3955 234 0
Em relação a maior área de intersecção (pixels) do IPVS e do Índice de Exposição, esta
apresenta-se entre grupo de vulnerabilidade média e exposição baixa, para ambas as
variáveis(Tabelas 3 e 4).
Tabela 5. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Isolamento de menor instrução, em pixels.
Índice de Isolamento < instrução (Variável Instrução)
IPVS
Grupo 1 480 0 0 0 0 0 Grupo 2 696 450 1082 0 60 0 Grupo 3 776 1300 398 676 384 97 Grupo 4 5280 7799 3465 8579 1715 1873 Grupo 5 252 447 757 0 919 586 Grupo 6 246 2427 424 0 1011 6723
Tabela 6. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de Isolamento de menor renda, em pixels.
Índice de Isolamento < renda (Variável renda)
IPVS
Grupo 1 480 0 0 0 0 0 Grupo 2 780 1328 120 60 0 0 Grupo 3 776 834 1386 418 217 0 Grupo 4 4751 3239 10569 5308 2971 1873 Grupo 5 252 447 757 0 103 1384 Grupo 6 246 0 0 424 2617 7544
Tabela 7. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Isolamento de maior instrução, em pixels. Índice de Isolamento > instrução (Variável Instrução)
IPVS
Grupo 1 0 0 172 0 0 308 Grupo 2 0 60 0 0 209 2019 Grupo 3 355 268 120 97 1448 1343 Grupo 4 3664 6663 7810 4785 5301 488 Grupo 5 343 447 1573 103 477 0 Grupo 6 2782 2158 1936 3955 0 0
Tabela 8. Tabulação cruzada entre o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de
Isolamento de maior renda, em pixels. Índice de Isolamento > renda (Variável renda)
IPVS
Grupo 1 0 0 0 0 0 480 Grupo 2 0 0 0 0 220 2068 Grupo 3 76 76 120 972 1532 600 Grupo 4 7254 7244 6167 6107 1939 0 Grupo 5 343 447 1573 477 103 0 Grupo 6 5628 1231 3972 0 0 0
Os maiores valores da área de intersecção de isolamento de menor renda e instrução (Tabelas
5 e 6) encontram-se entre o grupo de vulnerabilidade média e isolamento médio, ou seja, área
que sugerem uma segregação média. Por outro lado, a tabulação cruzada entre o índice de
isolamento de maior renda e instrução e o IPVS, apresentou valores altos similares, sugerindo
que há uma baixa e alta segregação em áreas que apresentam vulnerabilidade média (Tabelas
7 e 8).
Com a tabulação cruzada dos índices de segregação e de vulnerabilidade, foi possível
observar que a maior intersecção entre os espaços segregados está concentrada em espaços
que apresentam vulnerabilidade média. Esta análise complementa a análise visual abaixo
descrita.
3.4. A CONCORDÂNCIA
Figura 6. Setor selecionado para análise visual.
Figura 7. O IPVS espacilizado no setor selecionado.
Figura 8. O Índice de Dissimilaridade espacilizado no setor selecionado.
Figura 9. O Índice de Exposição espacilizado no setor selecionado.
Figura 10. O Índice de Isolamento espacilizado no setor selecionado.
No setor selecionado (Figura 6), o IPVS (Figura7) apresentou o grupo de nenhuma
vulnerabilidade e vulnerabilidade muito baixa. Em relação ao Índice de Dissimilaridade
(Figura 8), este se apresentou alto, bem como o Índice de Isolamento (Figura 10) de maior
renda e instrução, sugerindo uma forte segregação nesse setor, onde o grupo de maior renda e
instrução se destaca.
Neste setor, encontra-se o centro da cidade, disposto entre os tanques de petróleo e o mar. A
expansão, principalmente da Petrobrás e do porto, em nada contribui para a criação de
espaços de convivência na região; na verdade, os mesmos estão sendo eliminados.
Entre 1934 e 1942 foi construído o atual porto comercial e com o crescente movimento do
Porto de Santos, o Governo do Estado requereu à União a concessão do Porto de São
Sebastião, visando a sua exploração. Através do Decreto-Lei nº 63, de 15/05/1969, foi criada
a Companhia Docas de São Sebastião (CDSS). Em virtude de sua configuração natural, o
canal de São Sebastião é considerado a terceira melhor região portuária do mundo. O centro
histórico localiza-se de frente para a praia de São Sebastião, bastante próximo dessa
instalação portuária. O terminal da subsidiária integral da PETROBRAS a chamada
TRANSPETRO possui pier's de recebimento de petróleo por navios. É onde são estocados em
tanques o petróleo e derivados necessários para abastecer as principais refinarias da
PETROBRAS em São Paulo, a RPBC (Refinaria de Cubatão), a REPLAN (Refinaria de
Paulínea), a REVAP (Refinaria São José dos Campos) e a RECAP (Refinaria de Capuava).
O município cresceu bastante, principalmente na região próxima ao centro da cidade. A
Petrobrás e o Porto acabam por exercer uma forte pressão ao patrimônio natural e cultural da
cidade. A falta de espaços praticamente obriga que as empresas mirem o patrimônio, como
alternativa viável para expandir seus negócios. Os condomínios, e seus moradores, em sua
maioria distantes do centro do município acabam por não sentir essa pressão e acabam por
viver como se tais problemas não existissem. Cada praia acabou por formar seu próprio
centro, com todas as comodidades possíveis, muitas vezes contribuindo para que o turista ou
morador pouco vá ao centro comercial do município. Pela falta de espaços no centro, a
especulação imobiliária acaba por contribuir para a descaracterização ou eliminação de bens
históricos, pois muitos proprietários não têm condições econômicas ou interesse em manter o
imóvel original. Espaços que antes tinham uso residencial viraram templos de consumo: lojas,
restaurantes, sorveterias etc. (CUNHA, 2003).
3.5. A DISCORDÂNCIA
Figura 11. Setor selecionado para análise visual.
Figura 12. O IPVS espacilizado no setor selecionado.
Figura 13. O Índice de Dissimilaridade espacilizado no setor selecionado.
Figura 14. O Índice de Exposição espacilizado no setor selecionado.
Figura 15. O Índice de Isolamento espacilizado no setor selecionado.
O setor selecionado (Figura 11), o IPVS (Figura 12) apresentou o grupo de vulnerabilidade
alta e muito alta. Em relação ao Índice de Dissimilaridade (Figura 13), este se apresentou alto,
bem como o Índice de Exposição e o Índice de Isolamento de menor e maior renda e
instrução, sugerindo uma forte segregação nesse setor, onde não há um destaque de nenhum
grupo, sugerindo uma composição heterogênea nesse setor selecionado. É um local que
apresenta um grupo que ocupa a orla do setor e outro grupo, diferente do primeiro, que ocupa
a região interiorana do setor.
O processo de ocupação nas décadas de 50, 60 e 70, ocasionou um impacto muito grande na
cultura local. A comunidade caiçara de São Sebastião sofreu profundas e rápidas
transformações a partir da abertura da rodovia Prestes Maia (SP-55) na década de 60. A perda
da terra e do acesso ao mar levou o caiçara para os sertões, como são denominados os espaços
junto à mata, ou para a periferia da cidade. Esse fato implicou no abandono da pesca, da
agricultura e do extrativismo, de onde tirava seu sustento para uma busca pelo emprego na
cidade, passando a viver principalmente de serviços ligados ao turismo, em pequena escala,
daquelas atividades tradicionais. As terras, agora, pertencem ao turismo de segunda
residência, iniciando a construção de casas e condomínios em toda a orla de São Sebastião.
Segundo Bosa (2009), para os moradores locais do Litoral Norte, a ocorrência de ocupações
irregulares foi identificada por 7% dos entrevistados como problema ambiental de seus
bairros. Para o membro de uma associação de moradores de São Sebastião:
“A ocupação irregular, impulsionada pelo crescimento imobiliário”.
(Sociedade Amigos do Juquehy, São Sebastião)
Os usuários das praias foram citados por 28% dos entrevistados como principais prejudicados
pela ocupação das zonas costeiras. Questões como fechamento de áreas públicas, descaso do
poder público e o fato da ocupação ser um privilégio para pessoas de classes sociais mais
elevadas também foram mencionadas durante a entrevista.
Para 20% dos entrevistados o processo de ocupação as zonas costeiras é indiferente, ou seja,
não traz nenhum tipo de benéfico ou prejuízo para ninguém. Já 7% dos entrevistados
consideram este processo de ocupação positivo, que traz benefícios como geração de emprego
e aumento da renda para os moradores, além de auxiliar na resolução dos problemas de falta
de habitação. Alguns relatos dos entrevistados sobre a ocupação da zona costeira e suas
conseqüências:
“Acho ruim negativo, devido à retirada da vegetação”.
(Associação do Portal do Carmo, São Sebastião)
“Acho negativo para o meio ambiente, pois a falta de infra-estrutura básica causa poluição
da praia”.
(Sociedade Amigos da Praia do Camburizinho, São Sebastião)
“Dentro das leis, acho que é positivo, pois possibilita acesso a moradia para todos”.
(Associação de Amigos da Praia de Boracéia de São Sebastião)
Os depoimentos acima descrevem que a ocupação irregular é parte da realidade local,
corroborando o fato de que um mesmo setor censitário pode apresentar diferenças visíveis.
4. Considerações Finais Em São Sebastião, apesar do crescimento urbano não ter sido concêntrico, e sim linear,
também é verificado o padrão centro-periférico de segregação, porém não é possível
identificar eixos de ocupação de grupos dominantes. Os valores do Índice Espacial (Global e
Local) de Dissimilaridade de São Sebastião para as variáveis "renda de chefes de família" e
"instrução de chefes de família" mostraram-se altos, indicando que a composição
populacional do setor se difere em maior grau da composição populacional da área de estudo
como um todo, se comparado aos demais setores. Os setores centrais apresentaram baixo
valor em relação ao Índice de Isolamento dos grupos de menor renda e instrução e alto valor
para o Índice de Isolamento dos grupos de maior renda e instrução, indicando a
predominância destes grupos nas zonas centrais. Na área estudada os valores do Índice de
Exposição Global foram muito baixos, o que sugere a forte segregação entre os grupos
populacionais.
Os índices de vulnerabilidade e de segregação, ao serem visualizados nos mapas, ou seja,
quando dispostos no território, mostraram-se complementares, a partir da tabulação cruzada e
análise visual, onde houve diferentes olhares (concordante e discordante) sobre São Sebastião.
Porém, mostra-se necessária a exploração da dimensão espacial para maior compreensão dos
processos de vulnerabilidade social, uma vez que o IPVS é passível de ser espacializado,
contudo, não é possível dizer até onde as condições do território vão influenciar mais ou
menos a vulnerabilidade do lugar.
As análises realizadas a partir de ferramentas de Geoprocessamento podem auxiliar na tomada
de decisão por parte do poder Público em relação a gestão do espaço, reunindo esforços para
regiões fragilizadas.
5. Referências Bibliográficas
BOSA, P. Análise da participação e atuação das associações de bairro no gerenciamento costeiro integrado: disgnóstico da participação social na malha territorial, Litoral Norte do Estado de São Paulo. 2009. 215p. Dissertação (Mestrado em Oceanografia Biológica) – Universidade de São Paulo, São Paulo. 2009.
CUNHA, I. Conflito ambiental em águas costeiras: Relação porto-cidade no Canal de São Sebastião. Ambiente & Sociedade, v.6, n.2, p.83-98, 2003. FEITOSA, F. F.; CAMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V.; KOSCHITZKI, T.; SILVA, M. P. S. De conceitos a medidas territoriais: a construção de índices espaciais de segregação urbana. In: ALMEIDA, C. M.; CAMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V. Geoinformação em urbanismo: cidade real x cidade virtual. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. 368p. HOGAN, D. J.; MARANDOLA, E. Para uma conceituação interdisciplinar da vulnerabilidade. In: CUNHA, J. M. P. Novas metrópoles Paulistas. População, vulnerabilidade e segregação. Campinas: Núcleo de Estudos de População/Unicamp, 2006. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em 23 de junho de 2010. IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. Disponível em http://www.seade.gov.br/produtos/ipvs/. Acesso em 23 de junho de 2010. KAZTMAN, R.; FILGUEIRA, F. As normas como bem público e privado: reflexões nas fronteiras do enfoque “ativos, vulnerabilidade e estrutura de oportunidades” (Aveo). In: CUNHA, J. M. P. Novas metrópoles Paulistas. População, vulnerabilidade e segregação. Campinas: Núcleo de Estudos de População/Unicamp, 2006. KOGA, D. A topografia da vulnerabilidade social: combinando indicadores quantitativos e qualitativos no espaço. Programa de Formação em Gerência Social - SAS /INDES / BID, 2004. KOGA, D. Medidas de cidades: entre territórios de vida e territórios vividos. São Paulo: Cortez, 2003. 300 p. RODRÍGUEZ, J. Segregación residencial socioeconómica: que és?, cómo de mide?, que está pasando?, importa? Santiago de Chile: Centro Latinoameticano y Caribeno de Demografia (CELADE), 2001. 80 p. SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente. Macro-zoneamento do Litoral Norte: plano de gerenciamento costeiro. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 2 ed, 1996. 201p. SMA, Secretaria do Meio Ambiente. Subsídios para Elaboração do Plano de Ação e Gestão para o Desenvolvimento Sustentável do Litoral Norte. São Paulo, 2002. 92p. SPOSATI, A.; RAMOS, F.; KOGA, D. Topografia Social de Diadema. Prefeitura Municipal de Diadema. PUC-SP IEE / Cedest, 2008. VILLAÇA. F. Espaço Intra-Urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel, 1998. 373 p.
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