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SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNIOESTE – MARECHAL CÂNDIDO RONDON
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – TOLEDO
ÁREA – EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSOR PDE – ANTÔNIO MARCOS DINIZ
PROFESSORA ORIENTADORA IES – DRA. CARMEM ELISA HENN BRANDL
NOVA SANTA ROSA 2008
OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA – OAC
ESTABELECIMENTO – C. E. Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e
Médio.
ENSINO – Médio
DISCIPLINA – Educação Física
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Esporte
CONTEÚDO ESPECÍFICO – Esportes coletivos e individuais
PALAVRAS-CHAVE - Educação Física, esporte, esporte escolar.
1 PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
Vemos desde o final da década de 70 e inicio de 80, após um longo
período de esportivização da Educação Física, que muitos professores e
estudiosos da área abominaram a presença exclusiva do esporte na Educação
Física escolar. A partir de novas abordagens, surgiram até algumas propostas de
exclusão do esporte como conteúdo. Muito se debateu, mas chegou-se a poucas
conclusões.
Mas será mesmo que o esporte é este vilão? Se observarmos a maioria
das escolas brasileiras vê-se sua presença, quase como algo único. Os alunos,
professores de outras disciplinas, diretores, funcionários e equipe pedagógica das
Escolas compreendem a Educação Física como sinônimo de esporte ou prática
esportiva; e infelizmente ainda para muitos pais, e professores de Educação
Física, como esporte de rendimento. Mas será que o esporte na escola realmente
tem ou deve ter os mesmo objetivos do esporte de rendimento, aquele que a
mídia mostra todos os dias, onde o mais importante é ganhar a qualquer custo?
Pesquisas como as do professor Elenor Kunz e Valter Bracht demonstram
que o esporte, pode sim fazer parte do cotidiano da escola sem que os objetivos
tenham caráter do esporte de competição e rendimento. As novas abordagens do
esporte como conteúdo da Educação Física Escolar deve fomentar muitos outros
objetivos dentro da formação do individuo, visto como ser integral, participando e
tomando suas próprias decisões em sociedade. Assim, através do esporte, o
aluno pode aprender normas de convivência social através do aprendizado do
respeito às regras; pode também desenvolver noções de cooperação e trabalho
em equipe, algo permanente nos esportes coletivos; aprende também que existe
a possibilidade de mudanças nas relações sociais e de que o adversário possa
ser entendido como companheiro.
Novamente aqui se faz necessário outra questão: mas como o esporte
pode alcançar estes objetivos? Para Darido (2005) é imprescindível que o
esporte tenha um tratamento diferenciado. Mas o que seria esse tratamento
diferenciado? Entendemos que seria tratar o esporte inicialmente pelo seu
componente lúdico, através do jogo. Tubino et all, citado por esta autora, fala da
identificação do jogo como origem dos diversos esportes, desta forma, seria
através deste que se daria a introdução dos esportes na escola, pois segundo o
mesmo autor “na utilização do jogo, que, pela sua natureza, pode apresentar
características mais simplificadas, tanto do ponto de vista motora, da
complexidade das regras, como também pela organização tática”. Tubino apud
Darido, 2005: p. 177
Desta forma entendemos que através de jogos com regras simplificadas,
com utilização de materiais mais acessíveis, menor exigência de habilidades
específica e com caráter lúdico, poderemos introduzir e utilizar os esportes em
nossas aulas com reais objetivos educacionais.
2 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
Esportes "diferentes"
Algumas vezes os professores de Educação Física reclamam de que os
alunos não participam das aulas, que não existe aderência às atividades físicas
fora das aulas. Mas o que fazer? Talvez uma proposta fosse criar condições de
utilização de práticas não tão convencionais, ou pelo menos não tão utilizadas
nas aulas, ditas tradicionais . Esportes como beisebol, crichet, badminton, futebol
americano, rugby, pesca, fresbee, frescobol, entre muitos outros. Seria possível a
realização destes esportes em uma aula de Educação Física? Os alunos teriam
interesse em outras atividades que não os esportes tradicionais?
Outra possibilidade poderia ser a realização de uma pesquisa, junto com os
alunos, quais os esportes “não tradicionais”, que eles conhecem, gostariam e
teriam possibilidade de praticar.
Você encontra informações destes e outras modalidades esportivas na
internet e até formas de adaptação para as aulas. Vale à pena conferir.
3 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
Disciplinas de : História e Sociologia.
Esporte fenômeno social
Mas afinal de onde vem esse tal esporte?
Se formos ao dicionário Aurélio vamos encontrar que esporte é :
Do ingl. sport.]
Substantivo masculino.
1.O conjunto dos exercícios físicos praticados com método, individualmente ou
em equipes; desporte, desporto:
2.Qualquer desses exercícios; desporte, desporto:
3.Fig. Entretenimento, entretimento; prazer:
Mas com certeza o termo expressa muito mais do isso principalmente se
lembrarmos a ligação quase que hipnótica que os esportes têm para com as
pessoas. Se pensarmos na euforia de todo povo brasileiro quando é realizada
uma copa do mundo; não diferente do povo americano quando se trata de um
SuperBal, a grande final da liga de Futebol Americano ou ainda um estádio inteiro
com cinqüenta ou sessenta mil pessoas numa final do campeonato inglês de
Cricket. O tema a ser abordado aqui não apenas a definição do termo mas de
suas raízes e condicionantes que o tornaram um fenômeno social de tamanha
importância. Nas aulas de história poder-se-ia pedir aos alunos que
pesquisassem a respeito dos esportes que conhecem sua história, seus primeiros
praticantes, a razão de sua invenção, quais as mudanças ocorridas com o passar
dos tempos em relação às regras, equipamentos, maneira de jogar, técnica e
tática, quais as influencias dos grandes acontecimentos mundiais (Guerras,
epidemias, revoluções) nos referidos esportes; quais os grandes ídolos de todos
os tempos, como a mídia tratava e trata hoje os esportes escolhidos.
Em relação à Sociologia poderiam ser abordados temas por exemplo
como os esportes foram utilizados como meio de controle das pessoas, desde a
antiga Grécia e seus Jogos Olímpicos, onde os escravos competiam para o bel
prazer dos cidadãos; ou como em Roma os esportes de luta se tornaram
espetáculos cruéis onde homens e animais se digladiavam para o delírio de uma
imensa torcida no Coliseu. Poderíamos ainda citar como forma de estudo o
esporte usado parte da máquina de propaganda nazi-fascista anterior à Segunda
Grande Guerra, ou como Adolf Hitler tentou utilizar os esportes, mais
especificamente os Jogos Olímpicos de 1936 como forma de provar a
superioridade da raça Ariana.
Mas como surgiu o futebol, voleibol, atletismo, handebol, futsal e tantos
outros esportes que levam tantas pessoas do riso ao choro, da alegria incontida
ao choro infinito?
Outras questões também surgem:
· Pode o esporte ser utilizado como forma de Educação?
· Como o fenômeno esporte pode ser entendido sociologicamente?
· O que leva a multidões a verem o esporte como fonte de alegrias?
Seja em sua formação histórica, seja na preocupação com o esporte como
fenômeno social, o esporte pode sim ser entendido como um elemento
constitutivo de identidades nacionais e sendo assim vê-se a necessidade da
prática e estudos de ordem sociológica, histórica, psicológica acerca do esporte.
4 CONTEXTUALIZAÇÃO
O capitalismo deturpando os objetivos do esporte
Falar em fenômeno sempre lembra Ronaldo, que foi assim reconhecido,
não apenas por jogar muitíssimo bem, não por fazer muitos gols, mas por vender
muito tudo o que é relacionado a seu nome. Da mesma forma também
negociações milionárias dentro do futebol, basquete, vôlei tem mais a ver com a
que o jogador pode ser associado do que pelo que pode render em campo ou
quadra. Grandes astros como David Beckhan, hoje jogando nos Estados Unidos,
Tiger Woods famoso jogador de golfe, ou mesmo ex jogadores como Michael
Jordan vendem tudo que estiver associado a seu nome; desde de cereais
matinais a roupa íntima , desde de materiais esportivos até carros luxuosos. Toda
a sociedade, mas principalmente a juventude faz esta ligação do produto com seu
ídolo. Assim toda uma cadeia de marketing pesado esta por detrás dos grandes
astros. Nos contratos de jogadores de futebol, vôlei, basquete, golfe, surfistas
está sempre o tal direito de imagem, que em algumas vezes supera o salário do
atleta.
Para um exemplo bem prático entre as vinte equipes de futebol mais ricas,
as três primeiras, Real Madrid da Espanha, Manchester United e Barcelona
faturam muitos de seus milhões de Euros graças a equipes muito eficientes de
marketing, que vendem desde camisas com o nome dos jogadores, gorros, lenços
ou luvas com o escudo e as cores do time, até pedaços de grama dos estádios
onde acontecem jogos memoráveis; e pode ter certeza que muitas pessoas
compram. Muitos são levados a comprar pelo amor ao clube, ao time e também
muitos são impulsionados pela mídia, pela moda. O nome de grandes empresas
sempre esteve ligado aos esportes, no momento que um jogador, um clube usa
aquele uniforme, aquela camisa está ligando todo o seu sucesso, toda a sua
fama ao produto que está sendo veiculado. Os espaços em televisão aberta são
disputadíssimos e durante uma partida de futebol de aproximadamente duas
horas, numa corrida de fórmula um que leva aproximadamente duas horas e meia
os produtos estão em evidência, sejam eles marcas de pneu, cerveja ou cigarro.
Enfim o merchandising está presente em tudo o que está ligado aos
esportes e seus ídolos . Na escola o que estamos fazendo, estamos trabalhando
abertamente com nossos alunos a respeito deste negocio que envolve milhões,
ou estamos na moda utilizando os tênis que são usados pelos grandes
corredores, as camisas de nosso time preferido, com o nome do ídolo nas costas,
utilizando roupas e materiais esportivos que lembram marcas famosas para estar
plugados com a moda? Alguma vez já discutimos sobre a ligação entre esporte e
consumismo?
5 SÍTIOS
1ª Sugestão de Sitio
Titulo do sitio: Boletim Brasileiro de Educação física
Disponível em: http://www.boletimef.org/
Acessado em: 07/2007
Comentários:
Informativo de caráter científico. Divulga eventos informações sobre a
Educação Física e áreas afins.Com artigos, dissertações, teses e resumos sobre
diversos assuntos relacionados com a Educação Física.
2ª Sugestão de Sitio
Titulo do sitio: Cooperativa do Fitness – intercambio de conhecimento
Disponível em: http://www.cdof.com.br/
Acessado em: 06/2007
Comentários:
Site com informações sobre cursos e eventos sobre Educação Física.
Possui uma biblioteca de questões referentes a diversas áreas de Educação
Física, banco de planos de aulas e sugestões de atividades
3ª Sugestão de Sitio
Titulo do sitio: Universidade de Brasília – Faculdade de Educação Física
Disponível em: http://www.unb.br/fef/index3.htm
Acessado em: 02/2008
Comentários:
Neste sítio, encontramos vários arquivos em Power Point, que tratam
especificamente do Esporte como prática pedagógica. São materiais utilizados
pelo Professor Ronaldo Pacheco, da disciplina de Didática da Educação Física.
6 SONS E VÍDEOS
6.1) Vídeo
6.1.1 Vídeo 1
Titulo:Duelo de Titãs
Direção: Boaz Yakin
Produtora: Walt Disney Productions / Jerry Bruckheimer Films
Duração:1’33”
Local da Publicação: Estados Unidos
Ano: 2000
Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=45
Comentário:
Um filme que trata de relações pessoais e racismo. Herman Boone (Denzel
Washington) é um técnico de futebol americano contratado para trabalhar no
comando de um time universitário dividido pelo racismo, os Titans. Inicialmente,
Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até mesmo de
jogadores do seu time, mas aos poucos ele conquista o respeito de todos e torna-
se um grande exemplo para o time e também para a pequena cidade em que
vive.
Texto:
Duelo de Titãs
Vencendo os preconceitos
Muitos são aqueles que acreditam que a redenção dos homens se
encontra no esporte. Estou entre eles. Quando a bola rola, no momento de um
mergulho e algumas braçadas ou num arremesso, os homens se transformam.
Esquecem as diferenças que alimentam absurdos como as guerras religiosas, o
choque entre brancos e negros, as crises econômicas e mesmo a disputa por
petróleo ou territórios.
O esporte consagra o que há de melhor na humanidade. Traz para o
mundo o espírito de luta, de conquista, o suor, as lágrimas, a vontade e, tão
importante quanto toda a competitividade, o respeito pelo oponente, a ética
esportiva.
Não que tapemos os olhos e ignoremos que, em determinados momentos,
há trapaças e deslizes, maldade e sujeira no esporte. Infelizmente, ainda temos
que conviver com figuras infelizes como cartolas, esportistas frustrados que usam
de artifícios como o doping ou jogadas desleais que ameaçam a integridade dos
oponentes. Porém, no geral, o esporte nos lega grandes alegrias. Quem entre os
brasileiros consegue esquecer figuras geniais como Pelé, Garrincha, Ayrton
Senna, Guga, Popó ou Gustavo Borges?
Nos grandes eventos ou nos pequenos, vemos exemplos de superação.
Muita garra, talento e dedicação permitem grandes surpresas, vitórias
imprevisíveis. Sorrimos mesmo nas derrotas que nos permitem vislumbrar a
grandeza dos competidores. Cena inesquecível de uma Olimpíada foi aquela em
que uma competidora de um país europeu, no limite de suas forças, cruzou a
linha de chegada, extenuada. O público aplaudiu de pé!
O filme "Duelo de Titãs" mostra justamente isso. Como um grupo de
jovens, comandados por um técnico determinado e durão, conseguiu vencer os
desafios que se colocavam entre eles e a vitória e levou um time de futebol
americano a um título consagrador.
O filme, porém, vai muito além disso. Nos bastidores da preparação do
time há uma questão das mais espinhosas, a racial. Os acontecimentos
apresentados no filme se passam no início da década de 1970. Momento em que
as escolas norte-americanas tinham que integrar brancos e negros em salas de
aula e nas demais atividades escolares. Inclusive no esporte. A relutância dos
dois grupos era notória, tanto os estudantes brancos quanto os negros não
queriam aceitar essa integração de forma alguma.
A forma resoluta com que o técnico Herman Boone (interpretado pelo ótimo
Denzel Washington, que já havia feito papéis marcantes em "Um Grito de
Liberdade", "Malcolm X", "Tempo de Glória",...) encarou o problema, mesmo
tendo que lidar com a desconfiança e a má vontade dos jogadores brancos, fez
com que ele pudesse treinar o time e, ao mesmo tempo, quebrar as barreiras
criadas pela diferença de cor, promovendo a integração do elenco e, permitindo
dessa forma que o grupo pudesse chegar as vitórias.
O próprio técnico enfrentou dificuldades, tinha dois grandes problemas, era
negro (e, por isso, sofria rejeição dos garotos brancos) e, entrava na vaga de
treinador principal ocupando o espaço ocupado por um treinador que tinha muita
empatia com o grupo de jogadores brancos; além disso, era extremamente durão
e marcava treinos puxados em horários pouco adequados como, por exemplo, de
madrugada.
Para vencer, a regra do esporte pede sacrifícios e dor. Quantas histórias de
sucesso não foram reguladas por esse ditame. Treinamentos são a base do
aprimoramento técnico e tático e, ao mesmo tempo, ajudam a moldar o caráter e
a dar disciplina. Em dias de treinos, o atleta corporifica força, mede seus
movimentos, examina suas alternativas, e, caso faça parte de um esporte de
equipe, se entende com seus pares. No filme, essa lógica fica bem clara.
O retiro da equipe, para uma pré-temporada, onde todos os jogadores
foram aos poucos se conhecendo e vencendo os preconceitos estabelecidos
anteriormente em seus inconscientes e mantendo-se a distância do clima hostil
que havia se formado na comunidade da qual faziam parte foi essencial. Assim
como, a superação das desavenças entre o treinador e seu auxiliar técnico, de
diferentes temperamentos e métodos.
A utilidade do esporte como forma de terapia e como alternativa para a
solução das desavenças entre os homens é notória. Ver um jogo como Irã e
Estados Unidos, na Copa de 1998, encarado como uma guerra pela mídia (em
virtude dos conflitos travados entre os dois países em anos anteriores), terminar
com um fraterno gesto de troca de camisas e de saudações entre os atletas,
parafraseando uma propaganda de sucesso, "não tem preço"!
As vitórias da equipe do técnico Herman Boone (Denzel Washington) foram
importantes, mas, a mais marcante, foi a superação do racismo, dos preconceitos
e do ódio racial. Pode ser utilizado como material para redação, história,
geografia, sociologia e ética. Desperta assuntos como a escravidão, o preconceito
racial, o apartheid e a luta pelos direitos civis. É um filme empolgante. Assista!
Referencia do texto:
Autor :
João Luís Almeida Machado
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura (Universidade Presbiteriana
Mackenzie, em São Paulo); Professor universitário atuando na Faculdade Senac
em Campos do Jordão; Professor de Ensino Médio e Fundamental em Caçapava,
SP; Editor do Portal Planeta Educação.
Texto disponível em :
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=45
Acessado em – 12/2007
Disponível: VIDEO LOCADORA
6.1.2) Vídeo 2
Titulo: Coach Carter – Treino para vida
Direção: Thomas Carter
Produtora: Paramounth
Duração: 2’16”
Local da Publicação: Estados Unidos
Ano: 2000
Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=462
Comentário:
Um filme muito interessante que fala muito mais do que apenas sobre
basquetebol, mas sim de vida. Um técnico / professor que vê para além do
treinamento do esporte e trabalha com seus atletas, com seus alunos
despertando-lhes responsabilidade, o gosto pelos estudos, o respeito aos
semelhantes; enfim lições de vida .
Texto:
Coach Carter – Treino para a Vida
Mens sana in corpore sano
“Mens sana in corpore sano” é um conhecido pensamento latino que vem
sendo repetido há muitas e muitas gerações mundo afora com a finalidade de
consolidar entre os homens a necessidade de cuidar tanto do corpo quanto da
mente. Invariavelmente encontra-se essa frase em latim em ginásios e
instalações esportivas com o intuito de motivar atletas a conquistar melhores
resultados em suas competições esportivas.
O filme “Coach Carter – Treino para a Vida”, estrelado por Samuel L.
Jackson e dirigido por Thomas Carter, caminha na direção desse velho provérbio
latino não no sentido de torná-lo novamente conhecido entre os homens, mas
especificamente na busca de uma reinterpretação de sua mais conhecida
tradução.
A terminologia latina não é mencionada no filme, na realidade está nas
entrelinhas e pode ser percebida e decodificada com facilidade quando termina a
exibição da película. O mais interessante é saber que a nova leitura desse
conhecido pensamento, que de tão desgastado já pode até mesmo ser
considerado um chavão, baseia-se em fatos reais, seus personagens realmente
vivenciaram essa notável experiência e acabam, através da mesma, nos dando
mais uma importante e interessante lição de vida.
No entanto, antes de se propor a assistir o filme, acredito que você terá
que, como eu, superar a resistência que se impõe a nós, cinéfilos diante de mais
um filme que tem como temática a superação de estudantes-atletas, motivados
pela presença marcante e carismática de um surpreendente professor/treinador e
que, em virtude de uma série de reviravoltas em suas vidas a partir de sua
experiência no esporte conseguiram vitórias notáveis...
Esse roteiro já nos parece batido demais e, em função disso, talvez
pensemos duas vezes antes de levar o filme para casa. Eu mesmo me vi agindo
dessa forma. Não se enganem com as aparências e descrições simplórias da
capa e da sinopse. O filme traz muito mais em seu conteúdo do que uma simples
história de vencedores do esporte e é nesse ponto que ele atinge o “Mens Sana”
latino.
Não basta apenas o “Corpore Sano” surgido da dedicação integral e plena
aos treinamentos; Não é suficiente somente a disciplina que leva ao surgimento
de muitos campeões; tão importante quanto tudo isso são as vitórias que derivam
do estudo, do esforço com os livros e tarefas, da presença e participação em sala
de aula. É nesse ponto que “Coach Carter” se diferencia dos demais filmes que
tem o esporte como ponto de partida e se torna uma referência diferenciada e
inteligente para todos aqueles que trabalham e vivenciam a educação...
O Filme
A Richmond High School tem um dos piores times de basquete da liga estudantil
estadual. Raramente seu time obtém alguma vitória e, nunca conseguiu chegar as
fases finais dos torneios locais. Seus jogadores se contentam em apenas fazer
algumas jogadas de efeito e, eventualmente, conquistar alguma vitória e dessa
forma justificar a sua vida de esportistas.
Os resultados escolares também são lastimáveis e não se referem
exclusivamente ao rendimento dos atletas do time de basquete. Poucos são os
estudantes dessa escola que conseguem chegar à universidade, muitos desistem
até mesmo de completar o Ensino Médio (High School) e a incidência de jovens
da comunidade no mundo do crime é bastante alta.
Quando a escola acerta a contratação de um novo treinador para sua equipe de
basquete pensando na próxima temporada não imagina que sua chegada vai
mexer muito com os brios do time e também com o próprio conceito de escola
que a comunidade tem. A maioria das pessoas acredita que treinadores e
professores de educação física devem se preocupar apenas com a parte atlética
da formação de seus pupilos, não é?
Ken Carter (Samuel L. Jackson), o novo treinador, não pensa dessa forma. Desde
o princípio aplica métodos ortodoxos de trabalho visando dar a seus jovens o
máximo de disciplina para conseguir nos jogos os resultados que todos gostariam
de atingir. Além disso, diferentemente de outros vitoriosos treinadores, Carter
defende a tese de que as vitórias do esporte devem também ser transformadas
em vitórias na vida futura.
De que valem os troféus que enfeitam os corredores das escolas se depois de
tudo isso esses “vitoriosos” atletas não conseguirem diplomas, formação
universitária, trabalho, estabilidade, decência e respeitabilidade? Partindo dessa
premissa, Carter desafia a comunidade e, mesmo diante de uma excepcional
campanha de sua equipe, tranca o ginásio ao mesmo tempo em que cancela
jogos para exigir melhor rendimento acadêmico de seus jogadores.
Afinal de contas, como aprendemos com o velho chavão latino, a completude e a
harmonia nos seres humanos se dão a partir do momento em que temos o corpo
são e a mente também...
Aos Professores
1- Sempre acreditei que o esporte complementa a formação humana. É através
da prática de esportes que aprendemos a trabalhar melhor em equipe; é nas
competições que percebemos nossas forças e limitações; é pelos treinamentos
duros e contínuos que concebemos em nós mesmos a disciplina e a
responsabilidade. Fui atleta durante muitos anos e acredito que as escolas
brasileiras deveriam implementar escolinhas e equipes que participassem de
torneios regionais e estaduais para motivar as crianças, adolescentes e jovens.
Vejo com grande frustração que nossas universidades pouco ou nada investem
no esporte. Dessas iniciativas brotariam não só os grandes campeões do
basquete, vôlei, atletismo, natação ou futebol (entre outros fantásticos esportes),
mas principalmente alunos e futuros cidadãos mais conscientes, sérios,
disciplinados e vitoriosos...
2- Tenho viva em minha memória uma afirmação feita por um colega professor de
educação física que me disse estar surpreso com a falta de disposição para os
esportes entre as crianças e jovens da atual geração de brasileiros. Dizia esse
professor que seus alunos dedicam a maior parte de suas energias a jogos
eletrônicos e computadores e que as bolas, raquetes e calçados esportivos foram
verdadeiramente relegados a segundo ou terceiro plano... O que podemos fazer
em relação a isso? Como superar essa inércia? De que forma estabelecer
práticas mais saudáveis de vida para nossos filhos e alunos? Devem ser
estabelecidos limites ao uso de computadores, Internet ou televisão? Traga esses
dilemas ao debate em sua escola. Conversem com os professores, a direção, a
comunidade. Temos que orientar melhor os nossos alunos e filhos...
3- Outro indício forte de que precisamos investir mais em esporte refere-se ao alto
índice de obesidade entre as crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Não
basta patrocinar dietas e utilizar remédios para tentar resolver esse problema
sério de saúde pública. Temos que reeducar nossas crianças quanto a
alimentação cotidiana e, necessariamente, fazer com que eles pratiquem
atividades físicas de modo regular. Que tal conversar sobre isso na escola para
motivar o surgimento de treinamentos e exercícios mais constantes?
Referencia do texto
João Luís Almeida Machado
Editor do Portal Planeta Educação; Doutorando pela PUC-SP no programa
Educação:Currículo;Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP;Professor universitário e Pesquisador
atuando no Centro Universitário Senac em Campos do Jordão;
Texto disponível em:
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=462
Acessado em 12/2007
Disponível: VIDEO LOCADORA
7 IMAGENS
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php
Comentário:
O esporte sempre desperta o interesse das crianças, jovens e
adolescentes seja o esporte profissional, o esporte escolar ou mesmo o esporte
de rua, aquele feito na frente de casa com dois tijolos ou chinelos como balizas,
pelo simples prazer de jogar e brincar.
8 PROPOSTA DE ATIVIDADES
Titulo: Jogos condicionados
Texto:
Uma possibilidade de introdução e também de trabalho com alunos de
séries mais avançadas, como por exemplo, de sétima e oitava séries do ensino
fundamental e todo o ensino médio. Esta metodologia foi utilizada inicialmente
como método de treinamento de equipes de competição, mas que adaptado para
as aulas pode ser um poderoso meio auxiliar de se trabalhar com os esportes nas
aulas de Educação Física, para alcançar muitos objetivos e tornar a aula mais
interessante para os alunos.
Na metodologia dos jogos condicionados os esportes são apresentados
com algumas restrições e quanto mais avançada a turma, maior o numero de
restrições, seguindo é claro os objetivos propostos. Pode ser empregada em
todos os esportes, daremos alguns exemplos a seguir que poderão ser adaptados
de acordo com a realidade da turma onde será aplicada ou dos objetivos que
querem ser alcançados.
• Basquetebol com sombra _ um jogo normal de basquetebol, mas com os
jogadores atuando em dupla, a cesta só é valida quando o jogador que faz
a sombra estiver realmente próximo do seu companheiro.
• Basquetebol – jogo normal com apenas uma restrição de que o arremesso
deve ser feito de dentro do garrafão sem ninguém estar com seu contato.
• Futsal – jogo normal com uma restrição, nenhum jogador pode tocar ou
ficar de posse da bola no espaço da quadra de voleibol;
• Handebol – jogo misto normal, com restrição de que para cada vez que
um menino toque na bola, uma menina deverá tocar também .
Estes são apenas alguns exemplos de como os jogos condicionados
podem ser utilizados, mas você pode criar formas e restrições diferentes de
acordo com sua clientela e seus objetivos especifico. Crie, tente , invente.
9 SUGESTÕES DE LEITURA
3.1) Revista Científica
Sobrenome do autor: Bracht
Nome do autor: Valter
Título do Artigo: Esporte na escola e esporte de rendimento
Titulo da Revista: Movimento
Local da Publicação: Porto Alegre
Volume ou tomo: VI
Fascículo: 12
Pagina inicial: XIV Pagina final: XXIV
Disponível em:
http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/download/2504/1148
Data da publicação: 12/2000
Comentários:
Neste artigo o professor Valter Bracht fala sobre a presença do esporte
na escola brasileira, sua introdução, os objetivos das instituições esportivas e do
Estado, com esta presença nos diferentes momentos históricos. Trata também do
descaso das instituições esportivas que não vêem mais na escola como local de
difusão de seus objetivos, já que as escolinhas de esportes fazem isso e do
descaso do pensamento neoliberal instalado em nosso país nos últimos tempos.
Mas destaca principalmente os equívocos em relação a presença do esporte na
escola.
3.2) Periódico
Sobrenome do autor: Costa
Nome do autor: Alex José da
Titulo do Artigo/Noticia: Esporte na escola
Nome do Periódico: Psicopedagogia on-line - Educação e Saúde Mental
Local de Publicação
Volume:
Numero:
Disponível em:
http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=280
Data da Publicação: 01/2005
Comentários:
No texto, o professor aborda diversos aspectos da presença do esporte
de competição na escola, seja por projetos como o Esporte na escola, ou pelas
competições como nossos Jogos Colegiais ou outras parecidas onde ao invés de
ser motivo de inclusão são exatamente o contrário, pois privilegiam os mais
habilidosos e excluem a grande maioria de alunos que não tem habilidades.
3.3) Livro
Sobrenome do autor(1): DARIDO
Nome do autor: Suraya Cristina
Sobrenome do autor(1): RANGEL
Nome do autor: Irene Conceição Andrade
Título do Livro: Educação física na escola: implicações para a pratica
pedagógica
Edição: 1
Local da Publicação: Rio de Janeiro
Editora: Guanabara Koogan
Disponível em:
Ano da publicação: 2005
Comentários:
Um livro que todos os professores de Educação Física escolar deveriam
ter; o livro é formado por um conjunto de textos sobre os mais diversos assuntos,
escritos por vários autores, organizado pelas professoras Suaraya e Irene
Conceição. Os artigos reunidos tratam desde o “Contexto da Educação Física na
escola” que inicia o livro até conteúdos específicos de Educação Física como
Esportes, Dança, Lutas e Ginástica. Uma leitura agradável e muito útil em relação
à metodologia e pratica de ensino.
3.3.1) Livro
Sobrenome do autor (1): Kunz
Nome do autor: Elenor
Título do Livro: Transformações didático-pedagógicas do esporte
Edição: 6ª
Local da Publicação: Ijuí
Editora: Unijuí
Disponível em:
Ano da publicação: 2004
Comentários:
Neste livro o professor Kunz fala de como tratar o esporte de uma
maneira diferente na escola, sem a preocupação com aspectos de competição,
gesto técnico perfeito ou do ganhar a qualquer custo. Trata no livro da pedagogia
crítico-emancipatória e da utilização da linguagem comunicativa. Ele demonstra
no livro uma forma diferenciada de se tratar com o tema esporte na escola.
3.4) Internet
3.4.1 Sobrenome do autor (1): Gueriero
Nome do autor: Djane Aparecida
Sobrenome do autor (2): Araújo
Nome do autor (2): Paulo Ferreira de
Titulo: Educação física escolar ou esportivização escolar?
Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd78/esportiv.htm
Acessado em: 11/2007
Comentários:
O artigo fala a respeito de uma pesquisa feita com turmas de sétima e
oitava séries, onde se comprova a esportivização das aulas de Educação Física,
pois nas mesmas os esportes estão presentes em quase 100% das aulas. As
conclusões do estudo são de que os alunos não conhecem outros conteúdos,
além dos esportes, desta forma seu interesse recai evidentemente somente sobre
atividades esportivas; fala ainda da falta de comprometimento do professor na
questão de oferta de outras manifestações da cultura corporal.
3.4.2) Internet
Sobrenome do autor (1):Sadi
Nome do autor: Renato Sampaio
Titulo: Educação Esportiva... é possível?
Disponível em:
http://educacaofisica.org/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=10
0&Itemid=2
Acessado em: 10/2007
Comentários:
Um artigo muito interessante que estabelece diferenças entre esporte
escolar e educação física como disciplina na escola. O autor que é coordenador
de esporte escolar do MEC trata o mesmo como uma forma de complementação
dos objetivos das aulas de Educação Física; e deixa claro que ele, esporte
escolar, pode e acontece fora da escola, mas ligado ao projeto pedagógico da
mesma.
10 DESTAQUES
Titulo: Videogame substitui aulas de Educação Física
Fonte: Redação Terra
Disponível em:
http://noticias.terra.com.br/educacao/interna/0,,OI1584361-EI8266,00.html
Comentário:
O artigo fala sobre como estão sendo substituídas as aulas de
Educação Física regulares por uma máquina de dançar, destas que a gente vê
nos shoppings . Muitas escolas estão deixando os alunos optarem pelas
maquinas ao invés das aulas tradicionais.
Texto:
Videogames são muitas vezes alvo de críticas por possíveis danos que
podem provocar na educação de crianças e adolescentes, mas escolas nos
Estados Unidos decidiram usar essa tecnologia como disciplina. A Dance
Revolution ("Dance Revolução", em português) está sendo usada para combater
a obesidade entre os estudantes.
Segundo o jornal New York Times, o novo jogo já está substituindo as
aulas de Educação Física em pelo menos 1,5 mil escolas de dez Estados
americanos. Os estudantes dos colégios dançam em uma espécie de plataforma
de plástico ligada a um sistema digital. Os jovens se divertem e, insistem os
responsáveis pedagógicos, evitam a obesidade.
Os professores de Educação Física perceberam que o videogame deixa os
alunos ainda mais animados para a prática de exercícios. "A única contradição é
que a nova tendência pode ser o começo do fim dos esportes de quadra, porque
os jovens dançam e se divertem, mas é cada um por si", comentou um professor
que ensina Educação Física há 27 anos em uma escola de Nova York, segundo
informações da agência Ansa .
11 NOTÍCIAS
7.1) Jornal
Sobrenome do autor: Leão
Nome do autor: Silvana
Titulo da Noticia/Artigo: Educação física ensina nova forma de vida
Nome do Jornal: Folha de Londrina
Data da Publicação: 28/03/2007
Página: 18
Coluna: Cidades
Disponível em:
http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=32727LINKCHMdt=20070328
Comentários:
O artigo fala de uma forma de encarar a Educação Física na escola, com
algumas afirmações do professor Valdir Barbanti a respeito de como a Educação
Física deveria atuar na formação dos alunos.Interessante pois revela uma nova
cara da Educação Física não preocupada apenas em rendimento ou competição.
7.2) Revista de circulação
Sobrenome do autor (1): Ramalho
Nome do autor (1): Priscila
Titulo da Noticia/Artigo: Renovação nas quadras
Nome da revista: Nova Escola
Local da Publicação: São Paulo
Data da Publicação: 08/2000
Página: 35
Coluna: Reportagem de capa
Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0134/aberto/mt_248552.shtml
Comentários:
A reportagem mostra diversas propostas de trabalho diferenciado para
aulas de Educação Física utilizando novas abordagens dos conteúdos
tradicionalmente observados nas aulas como esportes e de novas formas como
por exemplo danças e jogos regionais.E traz ainda dez truques para uma boa
aula.
7.3) Revista On-line
Titulo: Esportes de aventura trazem grandes emoções para pequenos
aventureiros
Fonte: Alunos On-line
Disponível em:
http://www.alunosonline.com.br/barra/index.htm?url=http://www.terra.com.br/crian
cas/2003/05/14/002.htm
Acessado em: 02/2008
Comentário:
Algumas atividades podem ser desenvolvidas por crianças e adolescentes
com total segurança, são alternativas , que dentro das possibilidades, podem ser
facilmente adaptáveis para as aulas de Educação física.
Texto:
Esportes de aventura recomendados para crianças
Lidia Neves/Redação Terra
Veja quais são os esportes de aventura recomendados para crianças.
Vamos lá?
Rafting: Consiste em descer corredeiras de rios em um bote inflável. Cada
embarcação possui um instrutor e há monitores em canoas, fora do seu barco,
responsáveis pela segurança. Os níveis recomendados para turistas são de II a
IV.
Recomendado para quem tem pelo menos 1,20 metro de altura.
Mini-rafting ou floating: Atividade semelhante ao rafting, mas em corredeiras
mais leves (classe II). Indicado especialmente crianças pequenas (a partir de 3
anos) e também idosos.
Bóia-cross: Atividade que consiste em descer corredeiras classe II (leve) em
bóias especiais. É bom ir acompanhado por um instrutor de caiaque, pois ele
possui mais controle sobre as bóias. É recomendada para crianças com no
mínimo 1,20 metro de altura.
Kayakfun: Nesta atividade, usa-se um caiaque especial, para que a pessoa não
fique presa no caiaque nem se machuque nas corredeiras. Ela consiste em
descer corredeiras classe II (leve) em caiaque aberto, com um instrutor em
caiaque fechado ao lado, auxiliando. É recomendável para crianças que medem a
partir de 1,20 metro de altura.
Duck: consiste em um bote inflável que comporta duas pessoas. A atividade é
realizada em corredeiras classe II (leve) e pode ser realizada com uma só pessoa,
acompanhada do guia, ou com duas pessoas no bote e o guia em outra
embarcação. Recomendado para quem tem pelo menos 1,20 metro de altura.
Cavalgadas: O grupo faz um percurso onde são visitadas cachoeiras, passando
por encostas e riachos. Altura mínima: 1,20 metro.
Canyoning ou rapel: consiste em descer mais de uma cachoeira utilizando
técnicas de escalar. Recomendável para crianças com altura mínima de 1,40
metro.
Trekking (caminhada): vão desde passeios sem muitas dificuldades até outras
caminhadas mais complicadas, passando por encostas, pinguelas, riachos e
cachoeiras.
Arborismo: consiste em caminhar por uma pista de atividades acrobáticas no
topo das árvores. Entre as atividades estão: falsa baiana, escada xingu, tirolesa e
rapel guiado. São mais de dez estágios de atividades, a cerca de 12 metros do
chão. Durante todas as atividades, os integrantes ficam acoplados a um cabo de
aço para sua segurança. Altura mínima: 1,40m.
Verticália: semelhante ao arborismo, mas com 36 atividades diferentes que
acontecem no alto das torres, em uma altura que varia entre 7 e 10 metros. Há 6
tirolesas (escorregar, em uma corda de aço, de um ponto até o outro, suspenso
no ar) e rapel (descer montanhas com a ajuda de cordas). Altura mínima: 1,40m.
Existem também estágios mais simples, para crianças a partir de 4 anos.
Mountain bike: percurso de bicicleta em locais com paisagens bonitas. Para
crianças a partir de 7 anos.
7.4) Jornal On-line
Sobrenome do autor: König
Nome do autor: Mauri
Titulo da Noticia/Artigo: Livros didáticos ideologizados preocupam pais e
educadores
Nome do Jornal: Gazeta do Povo
Disponível em:
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/educacao/conteudo.phtml?tl=1&id=698561&
tit=
Acessado em: 01/2008
Comentários:
Muitas pessoas, entidades e empresas que querem manter sua situação
em relação à maioria da sociedade, vêem nos livros didáticos públicos de
Educação Física do Estado do Paraná como “ideologizados”. Vemos esta
experiência, de produção de livros didáticos, como muito interessante, já que é
uma das primeiras experiências neste sentido. Em relação aos textos a afirmação
de que são ideologizados pode ser realmente certa, já que uma pequena minoria
da população usufrui quase todo o resultado da produção de bens no Brasil, uma
situação que deve ser modificada.
12 PARANÁ
Título: Projeto Surf na Escola cresce em Matinhos
Texto:
Projeto Surf na Escola cresce em Matinhos
Autor: IEME Comunicação
Mais 200 alunos participam do projeto que incentiva o estudo e a prática
surf. As escolas municipais de Matinhos, Walaci Tadeu de Mello e Monteiro
Lobato passam, a partir da próxima semana, a fazer parte do projeto Surf na
Escola, que busca, através do surf, mostrar a importância da cidadania associada
ao meio ambiente, no aprendizado dos fundamentos do esporte com segurança,
proporcionando maior confiança para os alunos.
Coordenado pelo presidente da Federação Paranaense de Surf (FPS),
Antônio Manoel Barboza "Maninho" e supervisionado pelo presidente da
Associação de Surf do Pico de Matinhos (ASPM), Gerson Mello, o projeto
atenderá mais 200 alunos. "Além da prática do esporte, o projeto incentiva o
estudo. Para participar do projeto,
os alunos precisam estar presentes em todas as aulas e ter as notas acima da
média", afirma Maninho. "Os alunos passam a contar com todos os equipamentos
para a prática do surf. Mas eles também precisam participar das aulas teóricas e
aprender a respeitar o meio ambiente".
Em 2003, foi constatado através de um documento publicado pela ONU
que os alunos que praticam esporte uma hora por dia têm um rendimento maior
do que os alunos que não praticam nenhuma atividade física. O Surf na Escola -
Nas ondas da educação - faz parte do programa Segundo Tempo, do Ministério
do Esporte, que atende cerca de 42 mil crianças em 124 municípios brasileiros.
Em Matinhos, 440 alunos de escolas municipais participam do projeto. Além da
oportunidade de entrar em contato com o esporte e ter uma iniciação perfeita na
modalidade, os alunos que participam recebem reforço escolar e alimentação.
Para participar do projeto é preciso estar com as notas na média, 6,0. Hoje
são 440 alunos que possuem entre 4 e 14 anos de idade. Em 2006, 4 escolas de
municipais de Matinhos estão cadastradas e o projeto também convidou mais 40
crianças das demais escolas públicas para participar. "Nosso objetivo é atender
cada vez mais crianças e conseguir o desenvolvimento esportivo em Matinhos.
Além de conscientizar a população a respeitar a preservação das praias, das
vegetações, da fauna e da flora dos ambientes litorâneos, os alunos também
contam com palestras sobre drogas e educação ambiental", ressalta o
coordenador do projeto que começou a ser planejado há quatro anos, mas
apenas há um ano e meio pode ser concretizado no litoral paranaense.
Os alunos recebem toda assistência para iniciação ou treinamento para o
surf. Além das aulas teóricas sobre a história do surf, o início do surf no Paraná,
geografia do surf e princípios básicos do surf (remada, peixinho, drope e
manobras), os alunos aprendem as condições do vento e do mar e navegam na
Internet. As aulas práticas são na praia, onde os alunos contam com uma barraca
Super Standart e todo equipamento necessário para a prática como: pranchas
softboard (com bico arredondado e quilhas de plástico) especiais para o
aprendizado 6'0/ 7'0/ 9'0; lycras personalizadas; leashes e parafinas.
Os alunos também recebem folhetos explicativos e certificado
personalizado. As aulas de surf são ministradas por: graduados em Educação
Física e Esporte da PUC/PR; o campeão brasileiro de natação, Piero Rudnik e
pelo preparador físico da CBS e da FPS, Luis Fernando Martins, ambos formados
Técnicos e Instrutores pela CBS-ISA (International Surfing Association), além do
Campeão Júnior, Péricles Dimitri e do Top 9 sul-brasileiro, Samuca da Barra.
Com ajuda de parcerias firmadas com o Ministério do Esporte, Governo do
Estado do Paraná - Paraná Esporte (que disponibiliza uma pequena verba aos
dois instrutores da escola de surf), Prefeitura Municipal de Matinhos através da
Secretaria da Educação e Cultura, os alunos das escolas públicas de Matinhos
passaram a conhecer o esporte e praticá-lo. "Tudo isso só é possível graças ao
apoio da Secretaria de Educação de Matinhos, Paraná Esportes e TIM que, desde
o início acreditaram no projeto", afirma o coordenador.
O projeto Surf na Escola é o pioneiro no Brasil e já incentivou outras
cidades como Balneário Camboriú (SC) e Maresias (SP) a desenvolverem. Além
do interesse de cidades litorâneas brasileiras, o projeto tem recebido convites dos
Estados Unidos (EUA) e Austrália para levar o projeto para seus países. Segundo
o prefeito de Matinhos, Francisco Carlin dos Santos, o surf é um dos principais
estimuladores da economia no município, trazendo movimento para comércio e
emprego para a população durante o ano todo.
Alguns alunos do projeto já contam com patrocínio para praticar o esporte,
como é o caso do João Marcos Mouro (Joãozinho), Júnior Saltori e Henrique
Ricardo (Tudá). Eles recebem de seus patrocinadores pranchas profissionais e
acessórios e já estão competindo representando o estado do Paraná em todo o
país.
Publicada em 13/3/2006
Disponível em:
http://www.surfpoint.com.br/noticias.asp?co_noticias=2921
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DARIDO, Suraya Cristina (coord.). RANGEL, Irene Conceição Andrade
(coord.).Educação Física na Escola: implicações para a prática pedagógica.
Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física.
Cortez: São Paulo, 1992.
KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
Transformação didático-pedagógica do esporte –Ijuí: Unijuí, 2004.
GALVÃO, Zenaide. RODRIGUES, Luiz Henrique, MOTA E SILVA, Eduardo
Vinicius. In: DARIDO, Suraya Cristina (coord.). RANGEL, Irene Conceição
Andrade (coord.). Educação Física na Escola:implicações para a prática
pedagógica. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2005.
PARANÀ. Diretrizes Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do
Estado do Paraná. Educação Física / Curitiba:SEED-PR 2006
SOARES, Carmem Lúcia. TAFFAREL, Celi Nelza Zulke. ESCOBAR, MicheliOrtega. A Educação Física Escolar na Perspectiva do Século XXI. In: MOREIRA, Wagner Wey (org.). Educação Física & Esportes: Perspectivas para o Século XXI. Papirus: Campinas, 1993.
SOARES, Carmem Lúcia- Educação física escolar: conhecimento e
especificidade – Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, supl.2, p.6-12,
1996
Recommended