SEMINÁRIO DE TOXICOLOGIA

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Domissaneantes e Plantas Tóxicas

5º Período de Farmácia

Cascavel

2008

Faculdade Assis Gurgacz

Seminário da disciplina de Toxicologia Clínica

Prof. Dr. Fabiano Henrique Mateus

Domissaneantes e Plantas Tóxicas

• Principais causas de intoxicações domésticas acidentais

• Crianças com idade inferior a 5 anos e animais domésticos são as principais vítimas

• Chamarizes: facilidade no alcance, cores, formas, odores, texturas e embalagens

Análise de Riscos no Domicílio

Domissaneantes

• Limpeza, conservação, desinfecção, aparência, erradicação de pragas domésticas.

• Contém substâncias com diferentes ações no organismos: hepatotóxicas, convulsivantes, nefrotóxicas, alucinnógenas, etc.

• Podem ser letais. Ex: Aldicarb

Domissaneantes - Toxicidade

• Queimaduras• Reações Alérgicas• Problemas respiratórios• Problemas gastroesofágicos• Intoxicações hepáticas, renais, etc

Domissaneantes – Cuidados Gerais

• Utilizar embalagem original

• Nunca armazenar em embalagens de alimentos

• Não fazer misturas caseiras

• Nunca comprar inseticidas clandestinos

Domissaneantes – Cuidados Gerais

• Manter ao abrigo do calor e do fogo

• Manter ao abrigo do sol, chuva e umidade

• Quando utilizar utensílios (colheres, copos, etc) reservar somente para uso em domissaneantes

• Nunca perfurar ou jogar no fogo embalagens de aerossol ou spray

Domissaneantes – Cuidados Gerais

• Guardar em local separados de alimentos e/ou medicamentos

• SEMPRE em locais onde crianças e animais não tenham acesso e com possibilidade de trancar com chave

• Ler atentamente o rótulo.

Domissaneantes

• JAMAIS:

Utilizar produtos sem registro na ANVISA, sem rótulo, em embalagens de sucos ou refrigerantes

TODO PRODUTO DEVE CONTER O RÓTULO ESPECIFICANDO AS SEGUINTES

INFORMAÇÕES:

O que fazer quando ocorrerem acidentes?

• Orientações gerais do rótulo

• Primeiros-socorros:

IngestãoContato com os olhosInalaçãoPele

O que fazer quando ocorrerem acidentes?

SEMPRE LEVAR O RÓTULO DO PRODUTO QUANDO PROCURAR

AUXÍLIO MÉDICO, POIS ORIENTA E MELHORA O ATENDIMENTO AO

PACIENTE

Plantas Tóxicas

• Fins Ornamentais

• Presentes em inúmeros domicílios

• Produzem muitos metabólitos secundários que possuem atividade tóxica no organismo

Principais Substâncias Tóxicas

• Toxalbumina• Oxalato de Cálcio• Alcalóides (hioscina, atropina, etc)• Glicosídeos cianogênicos• Glicosídeos cardíacos• Saponinas• Látex cáusticos• Outras substâncias (fotossensibilizantes)

PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS

Oleandro ou Espirradeira

Oleandro ou Espirradeira

Nome científico: Nerium oleander L. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte. Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos presentes no látex.

Tinhorão

Tinhorão

Nome científico: Caladium bicolor Vent. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.

Comigo-Ninguém-Pode

Comig-Ninguém-Pode

Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas.

Copo-de-Leite

Copo-de-Leite

Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng. Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomas: sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.

Taioba-Brava

Taioba-Brava

Nome científico: Colocasia antiquorum Schott. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.

Saia-Branca

Saia-Branca

Nome científico: Datura suaveolens L. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar a morte. Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).

Bico-de-Papagaio

Bico-de-Papagaio

Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.

Coroa-de-Cristo

Coroa-de-Cristo

Nome científico: Euphorbia milii L. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.

Avelós

Avelós

Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.

Mamona

Mamona

Nome científico: Ricinus communis L. Parte tóxica: sementes. Sintomas: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. Princípio ativo: toxalbumina (ricina).

Referências

• Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) - http://www.fiocruz.br/sinitox/

• Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande Do Sul - http://www.cit.rs.gov.br/

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - http://www.anvisa.gov.br/

• Cartilha sobre Domissaneantes - http://www.crq4.org.br/informativo/abril_2004/CartSaneantes.pdf