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SEMINÁRIO DE TESE DE DOUTORADO II - PAISAGENS TRANSCULTURAIS
CIDADE CONTÍNUA: Espaço Público, Intervenções Urbanas e Lógica Transcultural Digital em
Territórios Descontínuos
Professora Dinah Papi Guimaraens
dinah.papi@gmail.com
+5521 98668-1365 – WhatsApp
Professora Associada, PPGAU-EAU- Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal
Fluminense / UFF;
Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social /
Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ e New York University,
Graduate School of Arts and Science, Museum Studies Program / Fulbright Advanced Scholar;
Pós-Doutora, Departamento de Antropologia, University of New Mexico, U.S.
APRESENTAÇÃO: Espaço Público e Lógica Transcultural
Dentro de uma lógica transcultural – definida pelas transformações ocorridas na fricção de
culturas distintas -, o saber acadêmico em arquitetura e urbanismo volta-se para uma
discussão no campo da antropologia e das tecnologias digitais.
Visando encontrar soluções viáveis para o atual impasse das megacidades brasileiras quanto à
ocupação do espaço público e a qualidade de vida urbana, o contexto e seu entorno derivam
de elementos geográficos, culturais, econômicos e políticos que definem as intervenções
urbanas.
Estas, por sua vez, estabelecem novas situações e novos cenários desenhados por bairros,
quadras, conexões, marcos, volumes|massas, ritmos, tipologias, densidades, alturas e
estruturas de espaços públicos e privados na cidade de fluxos e mobilidade atual.
Planejamento Comunicativo|Colaborativo
Na avaliação da eficácia de políticas públicas e privadas de intervenções urbanas, o conceito
de planejamento comunicativo | colaborativo pode ser visto como poder criador de consenso
na conversação argumental.
Sua racionalidade instrumental deriva da ação estratégica (HABERMAS, 2010) na busca de
eficiência que contém, em si mesma, uma dimensão de dominação e manipulação que se
expressa na cidade.
Se a gestão urbana progressista precisa ser “um governo para todos”, desigualdades estruturais da sociedade do capitalismo tardio (JAMESON, 2004) conduzem à adoção da
perspectiva dos desprivilegiados que orienta os rumos de um urbanismo comprometido com
ideais de justiça social e cidadania participativa.
TEMA: MÉTODO DIALÉTICO-RELACIONAL DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA
O mito da ruptura radical com o passado na construção da modernidade e a passagem da
acumulação rígida à flexível na pós-modernidade, através de interações entre diferentes
circuitos do capital para superar as crises da superacumulação e a atual intensificação do
imperialismo opressivo é enfocado no curso.
A partir da ênfase no método dialético-relacional de investigação histórico-geográfica, o
curso estimula o doutorando a interpretar relações complexas relativas ao funcionamento dos
mercados imobiliário-construtivos urbanos.
Tais relações derivam de uma organização político-industrial, de estilos de vida e de um ethos
estético-cultural que devem ser analisados como não sendo constituídos por simples cadeias
causais ou como sendo determinados por processos mecanicistas de violência que
acompanham a abstração, mas antes como sintomas evidentes da “destruição criativa” (HARVEY, 2015, p. 11) do capitalismo tardio.
HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.
Avaliação do curso
• A 1ª nota constará da apresentação e discussão de textos em sala de aula e da
realização de exercícios propostos no programa de curso.
• A 2ª nota constará das apresentações finais dos projetos de tese, com seleção e
apresentação de um texto crítico relacionado ao tema da tese e de um artigo final
(10/15 páginas).
TÓPICOS:
• Pesquisa integrada e ambiente colaborativo de trabalho.
• Argumentação, texto e conteúdo científico.
• Prática do planejamento científico.
• Teoria e métodos práticos para a realização de pesquisa científica avançada.
• Métodos para levantamentos de campo e estudos de caso.
• Desenvolvimento do Projeto de Tese tendo como foco a bibliografia e a escrita.
Didática do curso
• O Programa do Curso enfoca questões teóricas em ARQUITETURA E URBANISMO:
ESPAÇO PÚBLICO / PAISAGEM E CULTURA / PATRIMÔNIO, se subdividindo em 02
módulos:
• 1º Módulo:
• MODERNIDADE COMO RUPTURA: REDESENHO DA CIDADE PELA LÓGICA DA
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E SUBORDINAÇÃO AOS MERCADOS FINANCEIROS
• 2º Módulo:
• TRANSFORMAÇÃO URBANA: ESPAÇO PÚBLICO, PAISAGEM, LUGAR E INTERVENÇÕES
NA CIDADE CONTEMPORÂNEA
Objetivos do curso
Parte-se da premissa que, como Ciências Sociais Aplicadas, nem a Arquitetura nem o
Urbanismo podem ser considerados ciências tout court, por não serem capazes de determinar
com a precisão necessária um corpo de princípios de aplicabilidade geral.
Pode-se afirmar claramente que não há Teoria da Arquitetura e do Urbanismo que não seja
teoria de uma ciência: Ciências Sociais, Economia, Política ou Filosofia.
Há igualmente o pressuposto de que a Arquitetura e o Urbanismo não podem ser vistos
como indissociáveis e que um edifício não pode ser considerado fora do contexto urbano
(conceito de lugar ou paisagem) e que os artefatos em conjunto compõem a cidade.
O curso trata de temas afeitos à metodologia de pesquisa das três linhas de trabalho do
programa de doutorado: 1) Projeto, planejamento e gestão da arquitetura e da cidade; 2)
Cultura e história da arquitetura, cidade e urbanismo; 3) Espaço construído, sustentabilidade
e ambiente.
Enfoca ele a crise do sujeito arquitetônico e urbano na contemporaneidade como sendo
decorrente da dissolução do lugar em sua forma histórica, pela fricção entre lugar real e lugar
virtual que ameaça a caverna arquetípica como artefato da junção espaço-tempo.
TRANSCULTURALIDADES URBANAS
• I- CIDADE CONTÍNUA| OCULTA:
• CALVINO, Italo. As Cidades Invisíveis. São Paulo, Cia. das Letras, 2017 (1ª leitura
conjunta pelos grupos).
• II- CIDADE MAQUÍNICA NÔMADE | DESCONSTRUÍDA:
• DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 5. São
Paulo, Editora 34, 2008. “Tratado de Nomadologia: A Máquina de Guerra”, p. 11-110,
“Aparelho de Captura”, p. 111-177, “O Liso e o Estriado”, p. 179-214 (Leitura a ser
selecionada pelos grupos).
• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer na Arquitetura”, in NESBIT, Kate (org.). Uma Nova
Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965- 1995). São Paulo, Cosac Naify,
2006, p. 573-584 (2ª leitura conjunta em grupo).
• III- CIDADE ESTETIZADA | ESPETACULARIZADA:
• LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A Estetização do Mundo: Viver na Era do
Capitalismo Artista. São Paulo, Cia. das Letras, 2015. “Introdução”, p. 11-35, “As figuras inaugurais do capitalismo artista”, p. 130-149, “Um mundo de design”, p. 225-
261, “O estágio estético do consumo: A cidade a consumir”, p. 315-326, “A sociedade transestética: até onde”, p. 387-422 (3ª leitura conjunta pelos grupos).
• DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997. “A mercadoria como espetáculo”, p. 27-47, “O planejamento do espaço”, p. 111-118, “A negação e o consumo na cultura”, p. 119-135 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma história concisa. São Paulo,
Martins Fontes, 2009. “O Espaço Público: Disney, Shopping Centers e Museus”, p. 45-
122 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• IV- CIDADE COMUNICATIVA|COLABORATIVA:
• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade. São Paulo, Unesp, 2015. “Modernidade e arquitetura pós-moderna”, p. 37-61 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• DI FELICE, Massimo. Paisagens Pós-Urbanas: O Fim da Experiência Urbana e as
Formas Comunicativas do Habitar. São Paulo, Annablume, 2009. “Comunicar no Ambiente”, p. 45-68, “As Formas Eletrônicas do Habitar”, p. 149-166, “Trânsitos Eletrônicos”, p. 167-204, “Paisagens Flutuantes e Arquiteturas Móveis”, p. 205-220, “O Habitar Atópico”, p. 223-299 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• V- CIDADE DISCIPLINAR|PUNITIVA:
• FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. São Paulo, Martins Fontes, 2002. “Las Meninas”, p. 3-21, “O homem e seus duplos”, p. 417-473, “As Ciências Humanas”, p. 475-536.
• Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 2014. “O Panoptismo”, p. 190-219 (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).
• VI- CIDADE DESIGUAL|UTÓPICA:
• HARVEY, David. Espaços de Esperança. São Paulo, Loyola, 2012. “Desenvolvimentos geográficos desiguais e direitos universais”, p. 105-131, “Os espaços de utopia”, p. 181-238, “Utopismo dialético”, p. 239-258 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana: Um Estudo de Antropologia Social. Rio de Janeiro,
Zahar, 1978 (junto com o filme de Eduardo Coutinho “Edifício Master: Um filme sobre pessoas como você e eu”, 2002). (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• VII- CIDADE DIGITAL|FINANCEIRA:
• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, Canteiro e
Renda da Forma. São Paulo, Editora 34, 2012. “As formas da renda”, p. 21-122,
“Canteiro um pra um”, p. 177-260, “Em circulação”, p. 261-346.
• ARANTES, Otilia Beatriz Fiori et alii. A Cidade do Pensamento Único: Desmanchando
Consensos. Petrópolis, Vozes, 2013. “Uma estratégia fatal: A cultura nas novas gestões
urbanas”, p. 11-74.
• Chai-na. São Paulo, Editora da USP, 2011. (Leituras a serem selecionadas pelos
grupos).
Bibliografia
• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, canteiro e
renda da forma. São Paulo, Editora 34, 2012.
• ARANTES, Otília. Chai-na. São Paulo, Edusp, 2011.
• BACHELARD, Gastón. A Poética do Espaço. São Paulo, Martins Fontes, 1988.
• BARRA, Eduardo. Paisagens úteis: Escritos sobre paisagismo. São Paulo, Mandarim,
2006.
• BOURDIEU, Pierre. A Distinção: Crítica Social do Julgamento. São Paulo, EDUSP;
Porto Alegre, Zouk, 2008.
• A Profissão de Sociólogo: Preliminares Epistemológicos. Petrópolis,
Vozes, 1999.
• BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude & PASSERON, Jean-Claude. Ofício
de Sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, Vozes, 2010.
• CAMARGO, Azael Rangel; LAMPARELLI, Celso Monteiro & GEORGE, Pedro Conceição
Silva. Nota introdutória sobre a construção de um objeto de estudo: “O Urbano”. Niterói/UFF: ETC... Revista Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas e outras coisas,
maio de 2007, n. 1 (1), vol. 1.
• CARERI, Francesco. Walkscapes: O Caminhar como Prática Estética. Prefácio de Paola
Berenstein Jacques. Barcelona, Gustavo Gili, 2013.
• CHOAY, Françoise. La Règle et le Modèle. Sur la Théorie de l’Architecture et de l’Urbanisme. Paris, Seuil, 1996.
• DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo, Martins Fontes,
2007.
• EISENMAN, Peter & KOOLHAAS, Rem. Supercrítico. São Paulo, Cosac Naify, 2013.
• ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Belo Horizonte. Editora UFMG, 2004.
• GAUZIN-MULLER, Dominique. Arquitetura Ecológica. São Paulo: Editora SENAC São
Paulo, 2011.
• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma História Concisa. São Paulo,
Martins Fontes, 2009.
• GUIMARAENS, Dinah (org.). Estética Transcultural na Universidade Latino-
Americana: Novas Práticas Contemporâneas. Niterói, Eduff, 2016.
• Do Kitsch à Metafísica: Arquitetura, Estética e Imagética
Transculturais. Niterói: PPGAU-UFF, 2013.
• (org.) Mapa das Culturas Vivas Guaranis. Rio de Janeiro:
Contracapa/FAPERJ, 2003.
• GUIMARAENS, Dinah & CAVALCANTI, Lauro. Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço
e Organização Social. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2007.
• Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2006.
• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade: Pequenos Escritos Políticos V. São Paulo,
Editora Unesp, 2015.
• Obras Escolhidas: Fundamentação Linguística da Sociologia. Lisboa, Edições 70,
2010.
• Consciência Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro, Tempo
Brasileiro, 2003.
• HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.
• Espaços de Esperança. São Paulo, Edições Loyola, 2004.
• JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. São
Paulo, Ática, 2004
• Espaço e Imagem: teorias do pós-moderno e outros ensaios. Rio de
Janeiro, Editora UFRJ, 2004.
• KERN, Daniela. “Charles Baudelaire e o Palácio de Cristal: repercussões
contemporâneas da transparência na paisagem”. Porto Alegre: Palíndromo- Teoria e
História da Arte, 2011, n. 6.
• KOOLHAAS, Rem. Nova Iorque Delirante: Um Manifesto Retroativo para Manhattan.
São Paulo, Cosac Naify, 2008.
• Junkspace. Repenser radicalement l´espace urbain. Paris, Manuel
Payot, 2011.
• LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. São Paulo, Centauro, 2001.
• MALARD, Maria Lucia. Cinco Textos sobre Arquitetura. Belo Horizonte, Editora
UFMG, 2005.
• MONTANER, Josep Maria & MUXÍ, Zaida. Arquitetura e Política: Ensaios para
Mundos Alternativos. Barcelona, Gustavo Gili, 2014.
• MONTANER, Josep Maria. A Condição Contemporânea da Arquitetura. São Paulo,
Gustavo Gili, 2016.
• A Modernidade Superada: Ensaios sobre Arquitetura
Contemporânea. São Paulo, Gustavo Gili, 2012.
• Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos. Barcelona, Gustavo
Gili, 2009.
• Arquitectura y Crítica. Barcelona, Gustavo Gili, 2004.
• Las Formas del Siglo XX. Barcelona, Gustavo Gili, 2002.
• OLIVIERI, Silvana. Quando o Cinema Vira Urbanismo: O documentário como
ferramenta e abordagem da cidade. Salvador/Florianópolis, EDUFBA-PPGAU-ANPUR,
2011.
• PANOFSKY, I. Arquitetura Gótica e Escolástica. São Paulo, Martins Fontes, 2004.
• Idea: A Evolução do Conceito de Belo. São Paulo, Martins Fontes, 2000.
• PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Críticas Robert Smithson: Arte, Ciência e
Indústria. São Paulo, Editora SENAC São Paulo/EDUC/FAPESP, 2010.
• ROCHA, Paulo Mendes da com Maria Isabel Villac. América, Cidade e Natureza. São
Paulo, Estação Liberdade, 2012.
• ROCHA-PEIXOTO, Gustavo et alii (org). Leituras em Teoria da Arquitetura 3. Objetos.
Rio de Janeiro, RioBooks/FAPERJ, 2011.
• ROSA, Marcos L. Micro Planejamento: Práticas Urbanas Criativas. São Paulo. São
Paulo, Editora de Cultura, 2011.
• SCHULZ, Sonia Hilf. Estéticas Urbanas: Da Pólis Grega à Metrópole Contemporânea
SERPA, Ângelo. O Espaço Público na Cidade Contemporânea. São Paulo, Editora
Contexto, 2007.
• SILVEIRA, Fernando Lang da. “A Filosofia da Ciência de Karl Popper: O Racionalismo Crítico”. Porto Alegre, Cad. Cat. Ens. Fis., v. 13, n. 3, p. 197-218, dez. 1996.
• SILVA, Luiz Felipe da Cunha e. Sobre a inutilidade e a desnecessidade da arquitetura.
Vitruvius, arquitextos, ISSN 1809-6298. 126.11ano 11, nov. 2010.
• SOUSA, António Miguel Lopes de. “Para os estudos e práticas urbanas, um olhar sobre Max Weber”. São Paulo, Programa de Ciências Sociais da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2010 ((www.bocc.ubi.pt).
• SYKES, A. Krista (org.). O Campo Ampliado da Arquitetura: Antologia Teórica (1993-
2009). São Paulo, Cosac Naify, 2013.
• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer da Arquitetura: Introdução aos Fragmentos“ in NESBIT,
Kate (org.). Uma Nova Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965 –
1995). São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 573 – 584.
• Event-Cities 4: Concept-Form. Cambridge, MA, MIT Press, 2010.
• VAZ, Lilian Fessler & GUERRA, Max Welch. Os Espaços Públicos nas Políticas Urbanas:
Estudos sobre Rio de Janeiro e Berlim. Rio de Janeiro, 7Letras, 2008.
SEMINÁRIO DE TESE IIPAISAGENS TRANSCULTURAIS:
CIDADE CONTÍNUAEspaço Público, Intervenções Urbanas e Lógica
Transcultural Digital em Territórios Descontínuos
Prof. Dinah Papi Guimaraens, Ph.D.Shanghai, China. Fotos: Dinah Guimaraens, 2011.
PPGAU-2020
Espaço Público e Lógica Transcultural Dentro de uma lógica transcultural – definida pelas transformações ocorridas na fricção de culturas distintas -, o saber acadêmico em arquitetura e urbanismo volta-se para uma discussão no campo da antropologia e das tecnologias digitais.
Visando encontrar soluções viáveis para o atual impasse das megacidades brasileiras quanto à ocupação do espaço público e a qualidade de vida urbana, o contexto e seu entorno derivam de elementos geográficos, culturais, econômicos e políticos que definem as intervenções urbanas.
Estas, por sua vez, estabelecem novas situações e novos cenários desenhados por bairros, quadras, conexões, marcos, volumes|massas, ritmos, tipologias, densidades, alturas e estruturas de espaços públicos e privados na cidade de fluxos e mobilidade atual.
Planejamento Comunicativo|Colaborativo
• Na avaliação da eficácia de políticas públicas e privadas de intervenções urbanas, o conceito de planejamento comunicativo | colaborativo pode ser visto como poder criador de consenso na conversação argumental.
• Sua racionalidade instrumental deriva da ação estratégica(HABERMAS, 2010) na busca de eficiência que contém, em si mesma, uma dimensão de dominação e manipulação que se expressa na cidade.
• Se a gestão urbana progressista precisa ser “um governo para todos”, desigualdades estruturais da sociedade do capitalismo tardio (JAMESON, 2004) conduzem à adoção da perspectiva dos desprivilegiados que orienta os rumos de um urbanismo comprometido com ideais de justiça social e cidadania participativa.
Avaliação do curso• AVALIAÇÃO:
• A 1ª nota constará da apresentação e discussão de textos em sala de aula e da realização de exercícios propostos no programa de curso.
• A 2ª nota constará das apresentações finais dos projetos de tese, com seleção e apresentação de um texto crítico relacionado ao tema da tese e de um artigo final (10/15 páginas).
•• TÓPICOS:
• Pesquisa integrada e ambiente colaborativo de trabalho.
• Argumentação, texto e conteúdo científico.
• Prática do planejamento científico.
• Teoria e métodos práticos para a realização de pesquisa científica avançada.
• Métodos para levantamentos de campo e estudos de caso.
• Desenvolvimento do Projeto de Tese tendo como foco a bibliografia e a escrita.
Didática do curso• O Programa do Curso enfoca questões teóricas em ARQUITETURA
E URBANISMO: ESPAÇO PÚBLICO / PAISAGEM E CULTURA / PATRIMÔNIO, se subdividindo em 02 módulos:
• 1º Módulo:
• MODERNIDADE COMO RUPTURA: REDESENHO DA CIDADE PELA LÓGICA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E SUBORDINAÇÃO AOS MERCADOS FINANCEIROS
• 2º Módulo:
• TRANSFORMAÇÃO URBANA: ESPAÇO PÚBLICO, PAISAGEM, LUGAR E INTERVENÇÕES NA CIDADE CONTEMPORÂNEA
Objetivos do curso• Parte-se da premissa que, como Ciências Sociais Aplicadas, nem a
Arquitetura nem o Urbanismo podem ser considerados ciências tout court, por não serem capazes de determinar com a precisão necessária um corpo de princípios de aplicabilidade geral.
• Pode-se afirmar claramente que não há Teoria da Arquitetura e do Urbanismo que não seja teoria de uma ciência: Ciências Sociais, Economia, Política ou Filosofia.
• Há igualmente o pressuposto de que a Arquitetura e o Urbanismo não podem ser vistos como indissociáveis e que um edifício não pode ser considerado fora do contexto urbano (conceito de lugar ou paisagem) e que os artefatos em conjunto compõem a cidade.
• O curso trata de temas afeitos à metodologia de pesquisa das três linhas de trabalho do programa de doutorado: 1) Projeto, planejamento e gestão da arquitetura e da cidade; 2) Cultura e história da arquitetura, cidade e urbanismo; 3) Espaço construído, sustentabilidade e ambiente.
• Enfoca ele a crise do sujeito arquitetônico e urbano na contemporaneidade como sendo decorrente da dissolução do lugar em sua forma histórica, pela fricção entre lugar real e lugar virtual que ameaça a caverna arquetípica como artefato da junção espaço-tempo.
TRANSCULTURALIDADES URBANAS• I- CIDADE CONTÍNUA| OCULTA:
• CALVINO, Italo. As Cidades Invisíveis. São Paulo, Cia. das Letras, 2017 (1ª leitura conjunta pelos grupos).
• II- CIDADE MAQUÍNICA NÔMADE | DESCONSTRUÍDA:
• DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 5. São Paulo, Editora 34, 2008. “Tratado de Nomadologia: A Máquina de Guerra”, p. 11-110, “Aparelho de Captura”, p. 111-177, “O Liso e o Estriado”, p. 179-214 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• TSCHUMI, Bernard. “O Prazer na Arquitetura”, in NESBIT, Kate (org.). Uma Nova Agenda para a Arquitetura: Antologia Teórica (1965- 1995). São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 573-584 (2ª leitura conjunta em grupo).
TRANSCULTURALIDADES URBANAS• III- CIDADE ESTETIZADA | ESPETACULARIZADA:
• LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A Estetização do Mundo: Viver na Era do Capitalismo Artista. São Paulo, Cia. das Letras, 2015. “Introdução”, p. 11-35, “As figuras inaugurais do capitalismo artista”, p. 130-149, “Um mundo de design”, p. 225-261, “O estágio estético do consumo: A cidade a consumir”, p. 315-326, “A sociedade transestética: até onde”, p. 387-422 (3ª leitura conjunta pelos grupos).
• DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro, Contraponto, 1997. “A mercadoria como espetáculo”, p. 27-47, “O planejamento do espaço”, p. 111-118, “A negação e o consumo na cultura”, p. 119-135 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• GHIRARDO, Diane. Arquitetura Contemporânea: Uma história concisa. São Paulo, Martins Fontes, 2009. “O Espaço Público: Disney, Shopping Centers e Museus”, p. 45-122 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
TRANSCULTURALIDADES URBANAS• IV- CIDADE COMUNICATIVA|COLABORATIVA:
• HABERMAS, Jurgen. A Nova Obscuridade. São Paulo, Unesp, 2015. “Modernidade e arquitetura pós-moderna”, p. 37-61 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• DI FELICE, Massimo. Paisagens Pós-Urbanas: O Fim da Experiência Urbana e as Formas Comunicativas do Habitar. São Paulo, Annablume, 2009. “Comunicar no Ambiente”, p. 45-68, “As Formas Eletrônicas do Habitar”, p. 149-166, “Trânsitos Eletrônicos”, p. 167-204, “Paisagens Flutuantes e Arquiteturas Móveis”, p. 205-220, “O Habitar Atópico”, p. 223-299 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• V- CIDADE DISCIPLINAR|PUNITIVA:
• FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. São Paulo, Martins Fontes, 2002. “Las Meninas”, p. 3-21, “O homem e seus duplos”, p. 417-473, “As Ciências Humanas”, p. 475-536.
TRANSCULTURALIDADES URBANAS
• Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 2014. “O Panoptismo”, p. 190-219 (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).
• VI- CIDADE DESIGUAL|UTÓPICA:
• HARVEY, David. Espaços de Esperança. São Paulo, Loyola, 2012. “Desenvolvimentos geográficos desiguais e direitos universais”, p. 105-131, “Os espaços de utopia”, p. 181-238, “Utopismo dialético”, p. 239-258 (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
• VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana: Um Estudo de Antropologia Social. Rio de Janeiro, Zahar, 1978 (junto com o filme de Eduardo Coutinho “Edifício Master: Um filme sobre pessoas como você e eu”, 2002). (Leitura a ser selecionada pelos grupos).
TRANSCULTURALIDADES URBANAS• VII- CIDADE DIGITAL|FINANCEIRA:
• ARANTES, Pedro Fiori. Arquitetura na Era Digital-Financeira: Desenho, Canteiro e Renda da Forma. São Paulo, Editora 34, 2012. “As formas da renda”, p. 21-122, “Canteiro um pra um”, p. 177-260, “Em circulação”, p. 261-346.
• ARANTES, Otilia Beatriz Fiori et alii. A Cidade do Pensamento Único: Desmanchando Consensos. Petrópolis, Vozes, 2013. “Uma estratégia fatal: A cultura nas novas gestões urbanas”, p. 11-74.
• Chai-na. São Paulo, Editora da USP, 2011. (Leituras a serem selecionadas pelos grupos).
TRANSCULTURALIDADES URBANAS• TEMA:
• MÉTODO DIALÉTICO-RELACIONAL DE INVESTIGAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA
• O mito da ruptura radical com o passado na construção da modernidade e a passagem da acumulação rígida à flexível na pós-modernidade, através de interações entre diferentes circuitos do capital para superar as crises da superacumulação e a atual intensificação do imperialismo opressivo é enfocado no curso..
• A partir da ênfase no método dialético-relacional de investigação histórico-geográfica, o curso estimula o doutorando a interpretar relações complexas relativas ao funcionamento dos mercados imobiliário-construtivos urbanos.
• Tais relações derivam de uma organização político-industrial, de estilos de vida e de um ethos estético-cultural que devem ser analisados como não sendo constituídos por simples cadeias causais ou como sendo determinados por processos mecanicistas de violência que acompanham a abstração, mas antes como sintomas evidentes da “destruição criativa” (HARVEY, 2015, p. 11) do capitalismo tardio.
• HARVEY, David. Paris: Capital da Modernidade. São Paulo, Boitempo, 2015.
•
Espaço Dialógico, Pragmática Virtual e Dinâmica da Comunicação
• O antropólogo americano Mike é só uma projeção virtual e sua imagem frequentemente se distorce ou se fragmenta em várias telas digitais gigantes suspensas no espaço, projetadas na produção teatral “Cidade Contínua”, encenada na Academia de Música do Brooklyn - BAM, New York. http://www.bam.org/view.aspx?pid=123
• Pessoas de territórios urbanos diferentes como Las Vegas, Veneza, Xangai, Paris, Los Angeles, Tijuana e Toronto integram este empreendimento de Internet ao responder à pergunta “aonde é minha casa?”.
Shanghai, China, 2011.
Deslocamento Causado pelas Tecnologias Digitais. O conceito de “Cidade Contínua” (http://continuouscity.blogspot.com/) é aquele de transformar a feitiçaria tecnológica em paixão humana, ilação, delícia, imaginação e compreensão através da atuação da tecnologia e do emprego de amplos gestos teatrais, que asseguram a presença dos atores no palco, porém encenando próximo a um grande travesti eletrônico.
. Esta produção teatral nos inspira a discutir o crítico papel desempenhado pela Antropologia Social ou Cultural em relação à Arquitetura e Urbanismo, numa oposição entre a disposição comunal ou local e a disposição universal (através da lógica universal da empresa, do costume ou da tradição).
Shanghai, China. Galeria de Metrô, 2011.
Expressionismo Hiperconectado. O realismo doméstico ou o expressionismo hiperconectado de “Cidade Contínua” (http://www.continuouscity.org/) conduz a audiência a vislumbrar um mundo espetacular por detrás das paredes da sala de estar, de um universo que está criando uma experiência interna através do emprego de redes sociais, chats e blogs na vida contemporânea.
. A desorientação experimentada no processo criativo da Associação de Construtores incorpora novos elementos de tecnologia interativa 3G em performance ao vivo. Compõe esta aatuação de cada noite com segmentos selecionados de clipes improvisados dos contribuintes do “Xubu” (http://xubu.cc/) que são organizados como um coro grego.
Shanghai, China. Rua Digital, 2011.
Crise Institucional da Civilização Ocidental e Anacronismo da Nação
. A presença de um ator indiano como RizwanMirza expressa o fortalecimento de polos intermediários de influência econômico-política baseados em países periféricos como a Índia e sul-americanos como o Brasil, os quais atuam como zonas de conflito a serem regidas pelo polo dominante, constituindo a única alternativa à fragmentação mundial em estruturas antagônicas que está se tornando mesmo muito mais profunda, sob a prevalência de mega-empresas.
. A crítica de “Cidade Contínua” dirige-se à pragmática econômica e à dinâmica da comunicação no interior das sociedades industriais avançadas. Está aqui em jogo o papel dos intelectuais no mundo globalizado no qual, ao invés de estarem comprometidos em construir democracias esclarecidas, limitam-se a um conformismo em relação aos seus próprios atos.
Shanghai, China. Templo Budista, 2011.
Antropologia Transcultural, PertencimentoTerritorial, Culturas Nativas e Internet
• Visando adaptá-la ao contexto contemporâneo, a antropologia transcultural tem em vista desvendar a busca antropológica pelo dialogismo entre pesquisador e pesquisado, pela polifonia de vozes e pela expressão de intersubjetividades, revelando a capacidade simbólica (SAHLINS: 2006) que é a essência da cultura e sem a qual as inclinações corporais humanas careceriam de um padrão.
• Sem cultura as pessoas seriam, como afirmou Clifford GEERTZ (1973), “monstruosidades inoperantes”. De acordo com este antropólogo, tendo confinado o corpo à organização simbólica da existência, o ser humano não sobrevive sem cultura.
• Sob essa luz, a cultura é, fundamentalmente, fonte de poder no espaço urbano.
Shanghai, China, 2011.
Crise de Representação na “Escritura” Etnográfica
• A metodologia transcultural se contrapõe à obra de LÉVI-STRAUSS (1976), o qual afirma que, na experiência etnográfica, o observador se coloca como seu próprio instrumento de observação, baseando-se no fato de Rousseau ter anunciado a etnologia um século antes que ela fizesse sua aparição, antecipando a fórmula famosa “eu é outro”, ao colocá-la entre as ciências naturais e humanas já constituídas.
• A visão lévi-straussiana é de que, cada vez em que está em seu campo de ação, o etnólogo vê-se envolto em um mundo onde tudo lhe é estrangeiro, não como pura inteligência contemplativa, mas como agente involuntário de uma transformação operada através dele.
Shanghai, China, 2011.
Contexto Amplo do Progresso da ConsciênciaHermenêutica
• Expressão consagrada de GEERTZ (1973) de que “todos nós somos nativos” pode ser entendida dentro de um amplo contexto de progresso da consciência hermenêutica.
• Como conclusão, SAHLINS (2006) fala de vozes polifônicas, de relações dialógicas e de um saber “nativo” negociado, onde pesquisador e pesquisado articulam e confrontam seus respectivos horizontes em transubjetividades.
Mega edifício no centro de Shanghai, China, 2011.
Aldeias Indígenas e “Quilombos” Habitadospor Afrodescendentes
• De modo a servir como locus para práticas investigativas transculturais, a comunicação transcultural gira em torno de um espaço dialógico referente à antropologia, à arquitetura e ao pertencimento territorial de culturas indígenas e quilombolas.
• Em relação a aldeias indígenas e a quilombos habitados por afrodescendentes, a lógica de “patrimonialização” impressa pelas elites culturais é criticada enquanto expressão de um “terceiro do consenso” que representa a última instância de decisão de qualquer julgamento. (POULAIN, 2001)
Tekoa Itarypu Guarani, Camboinhas, R.J.
“Quilombo” de Machadinha,
Quissamã, R.J.
Museu de Arte e Origens / Mário Pedrosa• Mário Pedrosa concebeu o “Museu das
Origens” (1978) para conclamar oshabitantes do terceiro mundo aassumirem seu papel como produtoresculturais autônomos no palco da contemporaneidade.
• CANCLINI (2005) explora as contradições de populações indígenas sul-americanas utilizarem a Internet sem ao menos terem sido alfabetizadas.
• Enquanto arquiteta, antropóloga e educadora, esta parece ser uma questão pertinente para ser discutida: Como entrar na era digital, de caráter internacional/global, sem perder as referências regionais?
• Inspiro-me, para isso, na postura da “antropofagia cultural” de Oswald de ANDRADE (1970: 1950), enfocando a “devoração crítica” da cibercultura e procurando vomitá-la retransformadaem uma cultura “nativa”local.
. Artesanato Guarani, Tekoa Itarypu, Camboinhas, R.J.
MURO VERDE POR SOFIA EDER E
GRAFISMO INDÍGENA POR
CAROL
MUROS VERDES E GRAFISMOS INDÍGENAS
O projeto de extensão-PROEX-UFF “Arquitetura do Vazio” enfoca Muros Verdes, Grafismos Indígenas e Bioarquitetura no MACquinho|Morro do Palácio, Niterói, RJ.
Visa este garantir que moradores daquela comunidade e universitários adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover um estilo de vida sustentável.
LABORATÓRIO DA PAISAGEM E DO LUGAR-LAPALU
• Contando com a participação de mutirões de construtores da favela, de artesãos e músicos indígenas convidados e do corpo docente, discente e técnico da Universidade Federal Fluminense-UFF, o projeto integra o LAPALU-Laboratório da Paisagem e do Lugar do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo-PPGAU como exemplo de educação transcultural multimídia, em colaboração com a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Meio-Ambiente de Niterói.
Contando com a participação de mutirões de construtores da favela, de artesãos e músicos indígenas convidados e do corpo docente, discente e técnico, o projeto integra o LAPALU-Laboratório da Paisagem e do Lugar do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo-PPGAU-EAU-UFF.
Significa um exemplo de educação transcultural multimídia, em colaboração com a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Meio-Ambiente de Niterói.
Oca xinguana no Campus da Praia Vermelha|UFF, 2014.
MUSEU VIVO E DIÁLOGO INTERCULTURAL UNIVERSITÁRIO
• O diálogo intercultural deriva da capacidade de cada cultura de se propor como uma forma de vida assumível por todos que dela participarem. Há necessidade de se recorrer ao diálogo universitário entre culturas como um de seus componentes essenciais. (POULAIN, 2009)
Professora-Orientadora: Dinah GuimaraensDiscente: Liza Ferreira de Souza Universidade Federal FluminenseNovembro de 2011
Estrutura Mítica do Universo Guarani
Museu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003
Animal Soul
L
N
S
SHAMAN
AVÁ
PARADISE
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Ñamandu Rú Eté
PARAÍSO
COLUNAS DO PARAÍSO
ORIGEM DOS NOVOS VENTOS - PRIMAVERA
AÑAGMBA’AND POCHY
CASA DE TUPÃCASA DE
KARAICENTRO DA TERRA – ORIGEM DE KARAI
JAGUARESGÊNIOS TELÚRICOS
ORIGEM DOS VENTOS ORIGINÁRIOS - INVERNO
SHAMANAlma Divina
Alma Animal
AVÁ
Estrutura Mítica do Universo Guarani – Térreo
MMuseu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003
Alma Animal
Mba’ e Pochy
Añag
Jaguares Gêniostelúricos
Colunas do
Paraíso
LCentro da Terra –Origem de Karal
Origem dos ventos novos - primaveraN
SOrigem dos ventos originários - inverno
XAMÃ
Alma Divina
PARAÍSO
Morada de Karai
O Morada de Tupã
Acesso – Loja - fachada de vidro
Palco- fachada de vidro
Estar /Cafeteria - domo
Museu Vivo - oficinas
Rituais/performances digitais – fachada de vidro AVÁ
Estrutura Mítica do Universo Guarani – Térreo
Museu de Arte e Origens, Dinah Guimaraens, 2003
Alma Animal
Mba’ e Pochy
Añag
Jaguares Gêniostelúricos
Colunas do
Paraíso
LCentro da Terra –Origem de Karal
Origem dos ventos novos - primaveraN
SOrigem dos ventos originários - inverno
XAMÃ
Alma Divina
PARAÍSO
Morada de Karai
O Morada de Tupã
Ñamandu Rú Eté
Nível multifuncional– fachada de vidro
Térreo – Palco – fachada de vidro
Térreo - Estar /Cafeteria – entrada com domo
Exposição viva/oficinas
Exposição permanente – fachada de vidro
Proj
ect
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AVÁ
- Parte interna do Museu:1 - Oficinas e exposições vivas, temporárias e permanentes2 - Palco de Apresentação musical e Coral3 - Exibição de Filmes Etnográficos4 - Contos, mitos, lendas e informações sobre ervas medicinais5 - Restaurante: gastronomia indígena
- Parte externa do Museu:1 - Área própria para construção de maloca temporária2 - Auditório para palestras, debates, seminários, aulas3 - Área destinada às plantações de espécies de significado cultural indígena, como a mandioca, o milho, a batata doce, a banana e a melancia, para os Guarani.4 - Grande área para vegetação indígena como, por exemplo, a palmeira Juçara.5 - “Exposição Viva” com cobertura chamada “As Quatro Estações”: dança, trançado, coral, pintura corporal e artesanato tradicional em geral, visando a criação
de uma linha de produtos de design e artísticos para emprego em projetos
de decoração, de maneira a ampliar o mercado consumidor, além de
preservar e divulgar a cultura indígena.
PS.: Lembrando que todas as propostas terãoa presença/ação dos próprios índios nos projetos.
À esquerda, Museu Vivo e, à direita, exposição aberta “Quatro Estações” onde, em determinados dias, acontecerão apresentaçõessimultâneas de pintura corporal, música, cerâmica, trançado, fiação e tecido.Uma característica da cobertura do Museu é que a esta ” eleva-se e desce completamente”, de forma que se apóie no chão.
dia
Objetivo da configuração das plantas-baixas: criar grandes espaços comunitários como nas ocas indígenas, através de espaços abertos e cobertos com materiais naturais. Com a absorção de conceitos culturais diversos, o projeto visa dar um significado novo à forma construtiva, nos dias de hoje.
noite
Objetivo: a proposta é que se concentre o auditório, a exposição ao ar livre “Quatro Estações” e o espaço destinado à Exposição Temporáriada Maloca próximos, podendo, assim, caracterizá-los como Área Ativa. Funções: Auditório: palestras, debates, fóruns, aulas, etc. Exposição Quatro Estações: oficinas e expo simultâneas de pintura corporal, canto, trançado, artesanato. Exposição da Maloca: temporário e com uso dependendo do propósito. Terão ativas contemplativas para descanso, plantação de mandioca e outros, e também o incentivo ao uso de bicicletas.
Área contemplativa Espaço para MalocaAuditório
Bicicletário
Guarita
Plantação
Carga/Descarga
Exposição Aberta“Quatro Estações”
-Museu Vivo Indígena-Espaço principal
subsolo
Objetivo: O Paisagismo tem como objetivo norteador integrar o meio interno com o externo, já que para os índios, um complementa o outra demaneira que eles estejam conectados ao mundo natural. Dessa forma, o uso de vidro nas fachadas onde a cobertura “ascende” é fundamental. Com isso, o visitante poderá em todos os pavimentos, observar as exposições e eventos que ocasionalmente acontecerem nas “Quatro Estações”, no auditório ou na Maloca, espaços principais na área externa, espaços estes voltados para a fachada Leste de vidro do Museu.
Grande Porte – Protege do sol e ganha significado simbólico: Colunas do paraíso ( troncos com visão do interior do Museu)
Pequeno Porte -Estética
Peq /Médio Porte: Plantio Indígena
Convergência visual/estética Plantio de Mandioca Parede Vegetal Barreira Visual/Sonora
Legenda (Função):
PAIS
AG
ISM
O -
SET
OR
IZA
ÇÃ
O E
FLU
XO
SO visitante poderá circular por todo o terreno de modo que contemple a edificação e absorva a proposta do partido arquitetônico ao caminhar e notar a forma sinuosa da cobertura. Como o projeto se complementa na parte externa, o artifício foi utilizar vegetação bastante variada em todos os pontos e concentrando em alguns o uso denso de vegetação indígena, plantada pelos diferentes povos. Em anexo a vegetação, propõe-se um extenso espelho d´água, com o objetivo de aparentar um grande rio envolvendo a edificação, com o propósito de criar uma alusão à própria característica do povo indígena ao viver junto ao verde e à água.
Área contemplativa Espaço para OcaAuditório
Bicicletário
Guarita
Plantação
Carga/Descarga
Exposição Aberta“Quatro Estações”
subsolo
Principais Secundários Esporádicos
Legenda (fluxos):
-Museu Vivo Indígena-Espaço principal
Proposta estrutural:
Pilar central sustenta o centro da cobertura.Os demais pilares sustentam as lajes com a disposição de grandes vãos devido a sua estrutura em forma de árvore.
Paredes internas: Alvenaria estrutural (semnecessidade de pilares, portanto estruturalmente independente)
Laje cogumelo (não há necessidade devigas) com apoio no estilo de FreiOtto. Esse pilar que a sustenta terá reforço em sua parte superior, assim como o capitelrepresentado ao lado. Espessura: de 12 a 15 cm no máximo. (a definir)
Disposição dos pilares: vão máximo avencer = 15m, permitido pelo sistema estrutural proposto.
Estrutura da cobertura:Pilares de sustentação: pilar central e 8 pilares do entorno – de aço (todos baseados na concepção de Frei Otto). PS.: Os 8 pilares de cada pav. sustentam a laje superior a eles.
4 pilares centrais: sustentam a laje superior e suporta também a escada central social do edifício.
Peças secundárias de eucalipto apoiadas nas peças transversais primárias de eucalipto sustentadas pelos 8 pilares de Frei Otto de aço localizados no interior do Museu. As peças terciárias estão entre os eucaliptos secundários de forma treliçada; serão de bambu dispostas de metro em metro. (esquema ao lado)
Peça Primária
Peça Secundária
Peça Terciária
Referência da Concepção estruturalPS.: O Eucalipto, para ficar curvo, precisa umidecê-lo, inserí-lo no molde e, assim, esperar para secá-lo. Esse processo será necessário no meu projeto, devido ao aspecto orgânico da cobertura. Ex.: construções na Indonésia. (Fonte: TV5Monde)
COBERTURA do Museu Vivo com Esquema de sua estrutura
ESQ
UE
MA
EST
RU
TU
RA
L
Legenda:
Peça Primária - Eucalipto
Peça Secundária - EucaliptoCobertura até o chão -> i = 45º Cobertura elevada
Peça de aço da Clarabóia comapoio no pilar central
Pilar Central - Aço
Cobertura - palha trançada
Pilar do entorno - Aço
Cobertura Elevada:Perspectiva Esquemática
Corte Esquemático
Peça Terciária – Bambu => treliçaTirante - Aço
EST
UD
O D
AS
ÁG
UA
S P
LUV
IAIS
Pontos de captação das águaspluviais para reuso
Primeira direção das águas
Direção Final das águas
Cobertura até o chão -> i = 45º
Cobertura elevada
Clarabóia
Origem da receptação daságuas pluviais
Legenda:
http://www.eletrosul.gov.br/casaeficiente/br/home/conteudo.php?cd=51
PERSPECTIVA -Exposição Aberta “Quatro Estações”
Reuso:Espelho D’água
COBERTURA -Museu Vivo
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•••
Créditos
• Dinah P. Guimaraens, Ph.D. (dinah.papi@gmail.com)
• +5521 98668-1365 – What’s up;
• Diretora, Museu de Arte e Origens-MOAO, Rio de Janeiro;
• Professora Associada, PPGAU-EAU- Escola de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal Fluminense / UFF;
• Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social / Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ e New York University, Graduate School of Arts and Science, Museum Studies Program / Fulbright Advanced Scholar;
• Pós-Doutora, Departamento de Antropologia, University of New Mexico, U.S.
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