View
232
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Introdução
• O termo deriva das palavras gregas ORTHOS
(correto, direito) e PAIDIOS (criança)
• Foi criado, em 1741, por Nicholas Andry, médico francês, para servir de título à sua médico francês, para servir de título à sua obra que tratava da prevenção e correção das deformidades nas crianças
Introdução
• Por aparelho locomotor e de sustentação entende-se a coluna vertebral com o arcabouço torácico, pelve e membros
• Os elementos básicos do aparelho locomotor são osso, músculo e articulação além de estruturas comuns a outros sistemas como vasos, nervos, tecido de revestimento, etc
• As queixas mais freqüentes do paciente ortopédico são dor, limitação ADM ou deformidade, levando a graus variados de incapacidade física
Elementos do Aparelho Locomotor
• O osso representa o arcabouço do aparelho locomotor– Funções mecânicas
– Elemento importante no metabolismo de sais minerais
– Albergagem de tecido hemopoiético e nervoso
• DIÁFISE - apresenta o canal medular, com medula óssea– A parede da diáfise chama-se córtex, osso bastante denso e
resistente - osso lamelar ou cortical
• METÁFISE - não há mais canal medular– Todo o osso é preenchido por lamelas ósseas que assumem
orientações variadas, formando o osso esponjoso
• As EPÍFISES (extremidade final) são formadas pelo núcleo de ossificação secundário e pela cartilagem de crescimento que é responsável pelo crescimento longitudinal do osso
Elementos do Aparelho Locomotor
• O PERIÓSTEO promove o crescimento em espessura
• O ENDÓSTEO é capaz de produzir ou absorver osso
• A Articulação representa uma especialização da região de contato entre dois ossos e, basicamente, existe para permitir o movimento
Elementos do Aparelho Locomotor
• As principais articulações dos membros são do tipo diartroses (ou sinoviais)
• Tem estrutura básica representada pela cartilagem articular que reveste as extremidades ósseas e se assenta em um osso compactado (subcondral)
• A Cápsula Articular, delimita a cavidade articular, é revestida internamente pela membrana sinovial
• O líquido sinovial atua como lubrificante e, em situações patológicas, pode formar o derrame articular
Elementos do Aparelho Locomotor
• Além do movimento, a articulação
necessita de estabilidade que é
conseguida pela ação muscular,
cápsula articular, ossos e ligamentos
• O MÚSCULO representa o motor articular, além de estabilizar a articulação
• Músculos agonistas, sinérgicos e antagonistas
Elementos do Aparelho Locomotor
• O movimento depende da ação conjunta dos sinérgicos e antagonistas. O resultado é estabilidade
• Movimentos ativos, passivos e involuntários
• Tônus e trofismo
• 100% - força normal, vencendo grande resistência (5)
• 75% - força regular, vencendo resistência moderada (4)
• 50% - força fraca, vencendo a gravidade e não vencendo
Elementos do Aparelho Locomotor
• 50% - força fraca, vencendo a gravidade e não vencendo resistência (3)
• 25% - só realiza movimento se a força da gravidade for neutralizada (2)
• 5% - há traços de contração, sem movimentos (1)
• 0 - não há contração alguma (0)
Semiologia Ortopédica
• A semiologia ortopédica engloba todos os passos técnicos comuns à semiologia de outros aparelhos e adiciona a avaliação da movimentação articular e alguns testes específicos
• O exame deve ser metódico e realizado sempre na mesma seqüência
• O indivíduo deve ser examinado com o mínimo possível de roupa
Semiologia Ortopédica
• Os fundamentos da semiologia ortopédica são apresentados, divididos em:
– Inspeção geral
– Exame da marcha
– Exame dos segmentos do sistema músculo-esquelético:• Coluna vertebral
• Ombros
• Cotovelos
• Mãos
• Quadril
• Joelho
• Pé
Semiologia Ortopédica
• Na avaliação da movimentação de uma articulação solicita-se, primeiramente, que o paciente realize alguma movimentação ativa, para depois se pesquisar a movimentação passiva
• A movimentação ativa observa a força muscular e a movimentação passiva estuda a excursão articular
• Quando algum teste ou manobra forem realizados eles devem ser feitos primeiramente no lado normal ou menos afetado
Inspeção
• Na inspeção geral o paciente deve ser examinado de frente, de costas e de ambos os lados
• Observa-se a postura, simetria corpórea, atitudes e • Observa-se a postura, simetria corpórea, atitudes e capacidade de movimentação
• Deve-se tomar distância suficiente para a visão global do indivíduo
Inspeção - Costas
• O aspecto do tronco deve estar equilibrado
• Um fio de prumo colocado na proeminência occipital externa, coluna e sulco interglúteo
• Quando o tronco encontra-se inclinado para um dos • Quando o tronco encontra-se inclinado para um dos lados ocorre assimetria do ângulo toracobraquial
• Causas mais freqüentes de inclinação do tronco são escoliose encurtamento de MMII e atitudes antálgicas
• Os ombros devem ser simétricos e nivelados e as escápulas devem ser simétricas (escoliose ou anomalias da escápula)
Inspeção - Costas
• Alguns tipos de trabalho ou esporte que solicitam fisicamente mais um dos MMSS podem provocar hipertrofia de um dos lados
• Processos crônicos de dor nos ombros ou no restante • Processos crônicos de dor nos ombros ou no restante dos MMSS levam à atrofia de um dos lados da cintura escapular
• Comparar as massas musculares paravertebrais e o alinhamento da coluna vertebral pelo perfilamento dos processos espinhosos vertebrais
• O alinhamento da pelve pela posição das cristas ilíacas devem estar à mesma altura
• Desnivelamento pélvico pode indicar escoliose, encurtamento de MMII, atitudes antálgicas ou viciosas
Inspeção - Costas
encurtamento de MMII, atitudes antálgicas ou viciosas
– Provocadas por afecções do quadril, joelho ou pé
• Os MMII são examinados quanto à forma e massa muscular
– São pontos de referência semiológicos as pregas infraglúteas e as pregas poplíteas
• São observadas a região peitoral, cicatriz umbilical, o nivelamento das EIAS, dos joelhos, a orientação da patela e o posicionamento e apoio dos pés
• O termo pectus carinatum denomina uma saliência
Inspeção - Frente
• O termo pectus carinatum denomina uma saliência excessiva do esterno e pectus excavatum, uma reentrância
• Inspecionar o segmento cefálico, se há rotação ou inclinação da cabeça, bem como se a face é simétrica
– Pode-se diagnosticar um torcicolo congênito ou espasmódico
Inspeção - Laterais
• Verifica principalmente as curvaturas da coluna, o alinhamento dos MMII e o contorno abdominal
– Alterações da cifose torácica ou lordose lombar
• Pede-se para o paciente inclinar-se e tentar tocar os •dedos no assoalho
– Verifica-se, a flexibilidade dos segmentos da coluna
• Quando ocorrem discrepâncias de comprimento de MMII pode haver atitudes compensatórias
– MI > comprimento - Flexão de joelho (encurtamento funcional)
– MI < comprimento - Pé eqüino (alongamento funcional)
Marcha
• Marcha é a seqüência dinâmica de eventos que permite que o indivíduo se desloque, mantendo a posição bípede
• A marcha normal é cíclica, com fases • A marcha normal é cíclica, com fases alternando-se com o apoio e balanceio do membro inferior
• A fase de apoio inicia-se com o toque do calcanhar, segue-se o apoio completo do pé, impulsão (apoio no antepé) e desprendimento
• Em seguida, o pé deixa o solo e inicia a fase de
Marcha
balanceio
• Sem estar apoiada, a perna, entra em fase de aceleração, desaceleração para, novamente ir ao solo com o toque do calcanhar
Padrões de Marcha
• ANTÁLGICA - a fase de apoio do lado doloroso está encurtada
• INSUFICIÊNCIA DO GLÚTEO MÉDIO - o tronco inclina-se excessivamente para o lado do apoio
• ANSERINA - a insuficiência é bilateral o tronco balança para um lado e para o outropara o outro
• TALONANTE - o toque do calcanhar é feito com muita intensidade
• ESPÁSTICA - o indivíduo anda como se fosse um robô, com dificuldade de alternância de movimentos
• ATETÓICA - há movimentos involuntários dos membros, tronco e cabeça em várias direções
• INSUFICIÊNCIA DE QUADRÍCEPS - a pessoa coloca a mão no joelho para bloqueá-lo, durante o apoio
Teste Especial
• Teste de Galeazzi: O indivíduo é colocado em decúbito dorsal, em posição simétrica, com os MMII flexionados de modo a manter os pés juntosjuntos
• Quando há discrepância de comprimento dos membros, os topos dos joelhos ficam em alturas diferentes
Semiologia da Coluna Cervical
• O segmento cervical tem curvatura lordótica
• Doenças degenerativas senis tendem a aumentar a curva lordótica
• Processos agudos dolorosos, principalmente • Processos agudos dolorosos, principalmente traumáticos causam retificação pela contração muscular antálgica
• Inclinações laterais permanentes da cabeça são mais frequentemente causadas por escolioses cervicais ou por torcicolos
• Os movimentos da coluna cervical são:
– flexão, extensão, rotação direita, rotação esquerda, inclinação lateral direita e inclinação lateral esquerda
• As flexões e extensões ocorrem principalmente no segmento C5-C6
Semiologia da Coluna Cervical
segmento C5-C6
• Os movimentos de rotação ocorrem mais no segmento atlas-axis e suas restrições indicam alterações na porção superior da coluna
• Na amplitude normal de flexão o queixo toca o esterno e na rotação o queixo deve quase alinhar-se com o ombro
Testes Especiais
• Teste de Compressão de Jackson: Paciente sentado, flexionar lateralmente o pescoço e exercer forte pressão para baixo sobre a cabeça. Efetuar bilateralmente
• Fundamento: estreitamento dos forames; compressão das articulações facetárias;
compressão dos discos intervertebrais
– Dor localizada – patologia apofisária
– Dor irradiada – pinçamento de raiz nervosa
por diminuição do intervalo foraminal
(invasão foraminal) ou defeito discal
Testes Especiais
• Teste de Depressão do Ombro: Paciente sentado, colocar pressão para baixo sobre o ombro enquanto flexiona lateralmente a cabeça para o lado oposto
• Fundamento: músculos, ligamentos, raízes nervosas e plexo braquial são estirados e a
clavícula é deprimida
– Dor localizada – encurtamento, aderências
e espasmo muscular ou lesão ligamentar
– Dor irradiada – síndrome da saída torácica
Semiologia da Coluna Torácica
• A coluna torácica tem curvatura cifótica de 40 graus
• Processos senis (osteoporose), levam ao aumento progressivo da curvatura (corcunda), provocando acentuação da prega transversal na transição do tórax com o abdômen
• Esta cifose tipicamente é de
grande raio, isto é, atinge
todo o segmento torácico
• Pode ocorrer cifose localizada, tendo como causa mais comum os defeitos congênitos, doenças adquiridas como tumores de corpo vertebral , seqüelas de fraturas ou processos infecciosos como tuberculose e osteomielite
Semiologia da Coluna Torácica
osteomielite
• A movimentação da coluna torácica é pouco útil do ponto de vista semiológico, pois é muito restrita em virtude das vértebras estarem presas às costelas
• A palpação é realizada com o paciente em decúbito ventral e busca pontos dolorosos ou regiões de contratura muscular
Testes Especiais
• Teste de Adam: O paciente em pé, ficar diretamente atrás dele e inspecionar e palpar, procurando escoliose, cifose ou cifoescoliose. A seguir, instruí-lo a flexionar para frente, novamente inspecionar e palparpalpar
– Deformidade funcional: se na flexão reduzirem as curvas (menos de 25°)
– Deformidade estrutural: se na flexão as curvas não se alterarem
Testes Especiais
• Sinal de Beevor: Paciente em supino, instruí-lo a colocar as mãos embaixo do pescoço e levantar a cabeça no sentido dos pés (flexão abdominal)
• Fundamento: os mm abdominais são igualmente inervados e igual forçainervados e igual força– Se o umbigo mover-se em direção superior – lesão de raiz
nervosa T10 a T12 bilateral
– Se o umbigo mover-se em direção superior e lateral –lesão de T10 a T12 do lado oposto ao movimento umbilical
– Se o umbigo mover-se em direção inferior – lesão de T7 a T10 bilateral
– Se o umbigo mover-se em direção inferior e lateral – lesão de T7 a T 10 do lado oposto ao movimento umbilical
Testes Especiais
• Sinal de Schepelmann: Paciente sentado, instruí-lo a flexionar-se lateralmente
• Fundamento: na flexão lateral os nervos intercostais deste lado são comprimidos e no lado oposto a pleura e músculos são estirados
– dor no lado da flexão indica neurite intercostal
– Dor no lado oposto indica pleurite,
lesão muscular, ou espasmo muscular
Testes Especiais
• Teste de Expansão Torácica: Paciente sentado, com uma fita métrica verificar a circunferência torácica, na linha dos mamilos. Instruí-lo a expirar e registrar a medida, a seguir, instruí-lo a inspirar e registrar a medida medida
• Fundamento: a expansão torácica no homem é de 5 cm ou mais, na mulher 2,5 cm ou mais
– Uma diminuição na expansão torácica é indicadora de espondilite anquilosante
– costotransversas ou costovertebrais
• A coluna lombar tem curvatura lordótica (convexidade posterior) que pode estar aumentada ou diminuída
• As alterações podem ser compensatórias de
Semiologia da Coluna Lombar
• As alterações podem ser compensatórias de deformidades do quadril e MMII
• Nichos pilosos na transição lombossacral estão relacionados com más formações congênitas das vértebras (spina bifida oculta, diastematomielia, etc)
• O segmento lombar é o mais móvel e responsável pela maior parte da mobilidade do tronco, sendo:
– flexão, extensão, inclinação lateral D e E, rotação D e E
• Para a pesquisa destas últimas segura-se firmemente
Semiologia da Coluna Lombar
•a pelve com as duas mãos e pede-se ao indivíduo para torcer ou inclinar o tronco para um lado e para o outro
• A flexão é a movimentação mais desenvolvida, sendo pesquisada com o paciente inclinando-se para frente e tentando tocar o assoalho com os dedos, como já referido (Teste de Adams)
Testes Especiais
• Teste de Instabilidade Segmentar: paciente em prono com as pernas para fora da mesa e os pés no solo, aplicar pressão na coluna lombar. A seguir, instruí-lo a levantar as pernas do solo e aplicar pressão na coluna lombarpressão na coluna lombar
• Fundamento: ao levantar as pernas, os mm paravertebrais lombares se contraem e estabilizam as vértebras
– Dor ao aplicar a força na coluna lombar com os pés no solo, e a dor desaparece quando os pés ficam fora do solo
– Espondilolistese
Testes Especiais
• Teste de Elevação da Perna Reta: Paciente em supino, elevar a perna ao ponto de dor ou a 90° de flexão de quadril
• Fundamento: alonga o nervo ciático e as raízes nervosas de L5, S1 e S2
• Entre a70 e 90° as raízes nervosas são estiradas – Dor depois de 70° - comprometimento articular lombar
• De 35 a 70° as raízes do ciático tensionam-se sobre o disco– Dor irradiada - lombociatalgia por patologia discal ou intradural
• De 0 a 35° não há movimento dural e tensão no ciático– Dor - comprometimento ciático extradural (piriforme ou
sacroilíacas)
Testes Especiais
• Teste de Lasègue: Paciente em supino, flexionar o quadril (40°) com a perna fletida. Mantendo o quadril flexionado, estender a perna
• Fundamento: quando o quadril e perna são flexionados não há tensão no ciático, quando se estende a perna temos tensão no ciático
– Dor - acometimento do nervo ciático por lombociatalgia
Testes Especiais
• Teste de Bragard: Paciente em supino, elevar a perna até a dor entre (35 e 70°), abaixar 5° e dorsiflexionar o pé
• Fundamento: entre 35 e 70° de flexão do quadril ocorre tensão do nervo ciático sobre o disco intervertebral e a dorsiflexão do pé tensiona raiz de L5
– Dor - lobociatalgia por compressão discal de raiz L5
Testes Especiais
• Teste de Sicard: Paciente em supino, elevar a perna até doer, abaixar 5° e dorsiflexionar o hálux
• Fundamento: entre 35 e 70° de flexão do quadril ocorre tensão do nervo ciático sobre o disco e a dorsiflexão do hálux tensiona raiz de L4
– Dor - lobociatalgia por compressão discal de raiz L4
Testes Especiais
• Teste de Fajerstajn: Paciente em supino, elevar a perna não afetada a 75° ou até ocorrer dor e dorsiflexionar o pé
• Fundamento: quando a perna é elevada, a raiz desse lado é tensionada, levando as do lado oposto a deslizar para baixo e medialmente
– Dor - protrusão discal medial à raiz do lado oposto
– Diminuição da dor – protrusão discal lateral à raiz do lado oposto
Semiologia do Quadril
• O quadril corresponde à articulação coxofemoral que é do tipo esfera e soquete e, portanto, capaz de realizar movimentos em todos os planos
• É uma articulação de carga, com estruturas ósseas e musculares muito fortes
• No fêmur, deve-se saber identificar a cabeça femoral, o colo e o trocanter maior e menor
• O acetábulo é formado pelo ísquio, ílio e púbis
• Na semiologia do quadril são pontos de referência anatômicos: crista ilíaca, espinhas ilíacas ântero-superior e póstero-superior, trocanter maior e tuberosidade isquiática
Semiologia do Quadril
• Os movimentos pesquisados são: flexão, abdução, adução, RI e RE
• Manobra de Trendelenburg: Paciente em pé, segura-se firmemente as mãos do paciente e pede-se que ele levante o pé do lado normal, fazendo apoio do lado que se quer testar. Com isto, a pelve tende a cair para o outro lado e o músculo glúteo
Testes Especiais
tende a cair para o outro lado e o músculo glúteo médio contrai-se para manter o nivelamento dela
• Teste de Patrick (FABERE): Teste de triagem para disfunção da sacroilíaca, lombar ou do quadril ou espasmo de iliopsoas ou cápsula anterior
– Paciente em supino, colocar o pé do membro testado no topo do joelho da perna oposta. A seguir baixar
Testes Especiais
no topo do joelho da perna oposta. A seguir baixar lentamente a perna do teste em abdução, na direção da mesa
– O resultado + revela dor e/ou perda de movimento
• Acometimento cápsula medial anterior, articulação sacroilíaca, espasmo do iliopsoas
• Teste de Thomas: O paciente em DD fazer a flexão de ambos os quadris, até que a inclinação pélvica desapareça. Manter o quadril normal em flexão para segurar a pelve e, estender o quadril do lado testado
Quando há contratura em flexão o quadril não estende
Testes Especiais
– Quando há contratura em flexão o quadril não estende completamente
– Encurtamento de
iliopsoas ou
reto femoral
• Teste de Ely: O paciente em DV, o joelho é flexionado.
– Sinal +, a pelve é observada girando anteriormente mais cedo na amplitude da flexão do joelho, e o quadril flexiona.
– Reto femoral encurtado
Testes Especiais
• Teste de Ober: O paciente, em DL com o quadril estendido e abduzido e o joelho flexionado, sendo permitido que a parte proximal da perna caia passivamente para o membro contralateral
Sinal +, a perna não consegue abaixar, indica tensão do
Testes Especiais
– Sinal +, a perna não consegue abaixar, indica tensão do trato iliotibial e o tensor da fáscia lata
• Teste do Piriforme: Paciente em DL junto à borda da maca, quadril e joelho flexionados à 90°. Colocar a mão sobre a pelve para estabilizar e com a mão oposta fazer pressão para baixo sobre o joelho
Sinal +, presença de dor ciática
Testes Especiais
– Sinal +, presença de dor ciática
ou na nádega indica espasmo do
piriforme e rotadores externos
• Teste de Discrepância de MMII: A partir da EIAS, medir com fita métrica até o maléolo, assegurando que a fita percorra o mesmo trajeto em ambos MMII
Testes Especiais
• Teste de Scouring: Paciente em DD, flexionar e aduzir o quadril, aplicar força no sentido póstero-lateralenquanto o fêmur é rodado no acetábulo
– Sinal +, com dor, sensação de irregularidade e creptação, mostra acometimento de cápsula posterior e medial
Testes Especiais
mostra acometimento de cápsula posterior e medial
• Manobra para Bursite Trocantérica: O paciente, em DL com o quadril estendido e MMII estendidos e alinhados, realizar abdução contra resistência
– Dor - bursite trocantérica
Testes Especiais
Semiologia do Joelho
• É composto pela associação de três articulações: femorotibial, femoropatelar e tibiofibular proximal. As duas primeiras são mais importantes em termos de movimentação
• O joelho se caracteriza por ser a conexão entre duas grandes alavancas, representadas pelo fêmur e tíbia, ficando submetido a enormes solicitações mecânicas
Semiologia do Joelho
• O modelo de uma esfera (fêmur) apoiada em um plano (tíbia), não tem estabilidade intrínseca
• Os principais movimentos do joelho são flexão eextensão
• A estabilidade passiva da articulação fica praticamente dependente do sistema ligamentar e muscular, que são complexos e muito sujeitos a lesões
• Estabilizadores estáticos e dinâmicos
– Cápsula posterior, LCP, LCA, LCM, LCL
– Músculos semitendinoso, semimembranoso, sartório, grácil, bíceps femoral, quadríceps, gastrocnêmios
Semiologia do Joelho
grácil, bíceps femoral, quadríceps, gastrocnêmios
• Com o joelho em hiperextensão, os elementos cápsulo-ligamentares posteriores se encarregam da manutenção da postura em pé
• Em flexão o quadríceps é indispensável para a estabilização do joelho
Semiologia do Joelho
• Estabilidade látero-medial
• O LCM estabiliza a articulação do joelho contra forças laterais, que tendem a aumentar o valgo fisiológico e oferece resistência ao movimento de RI e REoferece resistência ao movimento de RI e RE
– Reforçado pelo sartório, grácil, semitendinoso e semimembranoso
– Fica tensionado na extensão e com folga na flexão completa
Semiologia do Joelho
• Estabilidade látero-medial
• O LCL estabiliza a articulação contra forças na região medial do joelho, que aumentam o varo fisiológico
– Reforçado pelo trato iliotibial e TFL– Reforçado pelo trato iliotibial e TFL
– Fica tensionado em extensão do joelho e reduz seu comprimento em aproximadamente 25% da flexão completa
• A 10°de flexão do joelho isolamos os ligamentos colaterais (L e M) para apreciação
• Ângulo Q
• EIAS e o ponto médio da patela, e a linha unindo tuberosidade da tíbia com o
Semiologia do Joelho
tuberosidade da tíbia com o ponto médio da patela
• Homens – 12°
• Mulheres – 16°
– Acima de 16° - joelho valgo
– Abaixo de 8° - joelho varo
• Teste para Tendinite Infrapatelar
– O fisioterapeuta faz pressão sobre a região suprapatelar, apalpa sob o pólo inferior da patela e verifica a sensibilidade, que pode indicar tendinite infrapatelar.
Testes Especiais
• Teste para Tendinite Suprapatelar
– O fisioterapeuta faz pressão sobre a região infrapatelar, apalpa sob o pólo superior da patela e verifica a sensibilidade, que pode indicar tendinite suprapatelar.
• Teste de Gaveta:
• Posicione o paciente em decúbito dorsal• Flexione a perna e coloque o pé sobre a mesa de exame• Joelhos devem estar flexionados a 90°
Testes Especiais
• Joelhos devem estar flexionados a 90°• O pé do paciente deve estar fixo pelo corpo do
examinador
• Segure atrás do joelho fletido e aplique a pressão de puxar ou empurrar a perna
• Os tendões dos músculos posteriores da coxa devem estar relaxados
• Teste de Lachman:• Posicione o paciente em DD e o joelho em flexão de 30°
– Segure a coxa do paciente com uma das mãos e estabilize-a– Segure a tíbia e tracione-a anteriormente com a outra mão
Testes Especiais
• Teste de Estresse em Valgo:– Posicionar o paciente em decúbito
dorsal e estabilizar a região medial da coxa
– Segurar a porção inferior da perna e
Testes Especiais
– Segurar a porção inferior da perna e empurrá-la medialmente, fazendo um esforço em valgo
• Fundamento – Suspeitar de lesão do LCM caso a
Tíbia mova-se excessivamente, afastando-se do Fêmur
• Teste de Estresse em Varo:– Testar a estabilidade da face lateral do joelho, empurrando o
joelho lateralmente e tornozelo medialmente
• Fundamento
Testes Especiais
• Fundamento – Suspeitar de lesão do LCL caso a Tíbia mova-se excessivamente,
afastando-se do Fêmur
Testes Especiais
• Teste de Distração de Apley:
– Posicionar o paciente em decúbito ventral e flexione a perna a 90°, estabilizando a coxa com o seu joelho
– Puxe o tornozelo do paciente enquanto gira a perna medial e lateralmentelateralmente
• Fundamento
– A distração do joelho retira a pressão do menisco e provoca tensão nos ligamentos colaterais.
– Dor com distração indica lesão ou instabilidade ligamentar
• Teste de Compressão de Apley: Paciente em supino, fletir o joelho à 90°, estabilize a coxa com o seu joelho, segure o tornozelo e aplique uma pressão para baixo, girando a perna medial e lateralmente
• Fundamento:
Testes Especiais
• Fundamento:– Quando o joelho é flexionado, os
meniscos se deformam para manter a congruência articular
• RE � ML (corno anterior) MM (corno posterior)
• RI � ML (corno posterior) MM (corno anterior)
Semiologia do Pé
• É submetido a grandes esforços, tem flexibilidade para se acomodar às irregularidades da superfície de apoio e grande força de propulsão
• Além disso, é região sensitiva e origem de reflexos • Além disso, é região sensitiva e origem de reflexos proprioceptivos que alimentam os sistemas de postura e equilíbrio
• A superfície plantar é acolchoada com gordura, à semelhança da mão, para servir de proteção às estruturas adjacentes
• Funções
– Suporte do peso
– Controle e estabilização do MMII
– Ajuste à superfície de contato
Semiologia do Pé
– Ajuste à superfície de contato
– Propulsão - locomoção
– Amortecimento de choques
– Manipulação de objetos e operação de máquinas
• Ossos– Tíbia – suporta peso
– Fíbula – restringe AMD
– Tarso: tálus, calcâneo, navicular, cubóide,
Semiologia do Pé
– Tarso: tálus, calcâneo, navicular, cubóide, cuneiformes (3)
– Metatarsais (5)
– Falangens: hálus (proximal e distal)
do 2º ao 4º dedos (proximal, media e distal)
• Movimentos – Flexão plantar
– Dorsiflexão
– Inversão
– Eversão
Semiologia do Pé
– Eversão
– Adução
– Abdução
– Supinação (flexão plantar, inversão, adução)
– Pronação (dorsiflexão, eversão, abdução)
OBS: posição - valgo e varo
Semiologia do Pé
• É comumente dividido em três partes:
– RETROPÉ, MEDIOPÉ e o ANTEPÉ
– O retropé é formado pelo astrágalo (ou tálus) e calcâneo, articulando-se com a perna
– O mediopé é formado pelo navicular, cubóide e cuneiformes– O mediopé é formado pelo navicular, cubóide e cuneiformes
– O antepé pelos metatarsais e artelhos
• A articulação mediotársica (Chopart), separa o retro do mediopé
• A articulação tarsometatársica (Lisfranc), conecta os médio e antepé
Semiologia do Pé
• O Arco Plantar Medial que faz com que haja uma elevação na face interna da planta do pé. Quando este arco está diminuído tem-se o pé plano e, quando aumentado, o pé cavo
• As maiores áreas de apoio são o calcanhar, a cabeça do quinto metatarsal e a cabeça do primeiro metatarsalmetatarsal e a cabeça do primeiro metatarsal
• Quando há alteração do apoio existe tendência a calosidades
Semiologia do Pé
• O calcanhar está em discreto valgo (inclinação medial). Quando há acentuação desta inclinação tem-se o pé valgo e, quando há inversão, o pé varo
• De todos os artelhos, o primeiro (grande artelho) é o mais importante e participa efetivamente da impulsão na marcha. importante e participa efetivamente da impulsão na marcha. Este dedo está discretamente inclinado em valgo em relação ao metatarsal
• O exagero desta inclinação
constitui o hálux valgo (joanete)
• Movimentos - flexão dorsal e
plantar, inversão e eversão
Semiologia do Ombro
• O ombro corresponde a associação de três articulações (esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral) e mais uma “articulação funcional” a escapulotorácica
• Tem pouco conteúdo ósseo, grande massa muscular e poucas conexões articulares com o esqueleto axial. Isto confere à região grandes ADM e movimentação
Semiologia do Ombro
• Devem ser identificadas e palpadas as articulações esternoclavicular e acromioclavicular que se caracterizam por ter pouca movimentação
• A alteração mais freqüente é a luxação traumática que provoca um desnivelamento entre os dois componentes articulares e deformidade local
• Na articulação acromioclavicular pode existir um desnivelamento natural, sendo necessário o exame do lado normal para comparação e avaliação do grau real de desvio
Semiologia do Ombro
• Na face anterior do ombro são referências anatômicas o processo coracóide, a borda anterior do acrômio e a tuberosidade menor do úmero
• Anterolateralmente palpa-se a tuberosidade maior do úmero, a extremidade distal do acrômio e o sulco bicipital
• Posteriormente, deve-se palpar a espinha escapular (referência do processo espinhoso de T2) e o ângulo inferior da escápula (referência para o processo espinhoso de T7)
Semiologia do Ombro
• O contorno arredondado do ombro é devido à massa muscular do deltóide e à cabeça umeral contida na cavidade glenóide– Desuso ou lesão do nervo axilar (assimetrias)
• O contorno superior da cintura escapular é dado pela • O contorno superior da cintura escapular é dado pela porção superior do músculo trapézio– Fibromiosite
• Paralisia do serrátil anterior faz com que a escápula fique afastada do gradeado costal - escápula alada
• Outro grupo muscular é o manguito rotador que é composto pelos músculos supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular
Semiologia do Ombro
• Os movimentos pesquisados são: flexão, extensão, abdução, adução, RI e RE. Além da elevação e abaixamento dos ombros, a antepulsão e a retropulsão
• Na movimentação, observar a escápula, que só deve começar a movimentar-se significativamente após se esgotar o movimento na articulação glenoumeral
– Abdução normal ativa inicia-se com a contração dos músculos do manguito rotador que abduzem os primeiros graus
– Em seguida, o deltóide começa a contrair abduzindo até 100°
– Depois, a abdução é completada pela báscula da escápula, chegando até 160-180°
• Teste da Apreensão Anterior: Paciente sentado, abduzir a 90° e rodar externamente o MS
• Fundamento: A RE predispõe o úmero a luxar anterioriormente, o paciente pressente que seu
Testes Especiais
ombro se deslocará
– Dor, expressão facial apreensiva
ou resistência ao movimento –
luxação anterior
• Teste do Supra-Espinhoso: Abduzir o MS a 90° e realizar rotação interna, solicitar abdução contra resistência
• Fundamento: Resistir à abdução tensiona o tendão
Testes Especiais
do supra espinhoso
– Dor na inserção do supra espinhoso – tendinite do SE
• Teste de Patte: Paciente com o MS abduzido à 90° e flexão do cotovelo à 90°. Instruí-lo a realizar a rotação externa contra resistência
• Fundamento: Durante a RE o infra-espinhoso é
Testes Especiais
exigido e o seu tendão é tensionado
– Dor – tendinite do infraespinhoso
• Teste do subescapular de Gerber: Paciente coloca o dorso da mão ao nível de L5. Instruí-lo a afastá-la das costas rodando internamente o braço
• Fundamento: O músculo subescapular é exigido para
Testes Especiais
afastar e manter o afastamento da mão
– Dor ou perda da função - grave lesão do subescapular
• Teste de Speed: Paciente com o antebraço estendido, supinado e fletido a 45°. Instruí-lo a flexionar o MS contra a resistência
• Fundamento: Tensiona o tendão do bíceps no sulco
Testes Especiais
bicipital
– Dor espontânea ou à palpação
no sulco – tendinite bicipital
• Sinal de Apertar Botão Subacromial: Paciente sentado, aplicar pressão na bolsa subacromial
• Fundamento: Dor localizada é sugestiva de inflamação da bolsa
Testes Especiais
inflamação da bolsa
Semiologia do Cotovelo
• Formado pela extremidade distal do úmero, proximal do rádio e ulna
• Visto de frente, o cotovelo normal tem angulação em discreto valgo, conhecido como
ângulo de carregamento
• Com flexão de 90º, e examinado pela face posterior, verifica-se que o cotovelo apresenta três saliências facilmente palpáveis: epicôndilo lateral, epicôndilo medial e olécrano, que se dispõem formando um triângulo isóceles que é usado para avaliar desvios de
Semiologia do Cotovelo
triângulo isóceles que é usado para avaliar desvios de alinhamento da articulação
• Palpar o nervo ulnar entre o epicôndilo medial e o olécrano, o tendão do bíceps braquial anteriormente (supinador e flexor) e o tendão do tríceps braquial (extensor), posteriormente, inserido no olécrano
Semiologia do Cotovelo
• Do epicôndilo lateral origina-se a musculatura supinadora e extensora do punho e, do epicôndilo medial, origina-se a musculatura pronadora e flexora do punho
• Os movimentos pesquisados são: flexão, extensão,
pronação e supinação
Teste Especiais
• Teste de Epicondilite medial (golfista): Paciente sentado, estende o cotovelo e supina a mão; paciente vai flexionar o punho contra resistência
• Fundamento: Os tendões que flexionam o punho estão fixados ao epicôndilo medial
– Dor no epicôndilo medial – epicondilite medial
Teste Especiais
• Teste de Epicondilite Lateral (tenista): Fixar o antebraço em pronação, solicitá-lo a fechar e estender o punho. A seguir, forçar o punho estendido para flexão contra a resistência do terapeuta
• Fundamento: A resistência à flexão do punho cria tensão sobre os tendões do extensores do carpo
– Dor no epicôndilo lateral – epicondilite lateral
• A mão é o segmento mais especializado do aparelho locomotor, sendo estrutura de grande sensibilidade, motricidade e força
• A pele do dorso é fina e elástica para alongar-se
Semiologia da Mão
• Na face palmar ela é formada por um coxim gorduroso que tem a função da acolchoar e proteger estruturas mais profundas, bem como absorver impactos
• Eminências tenar (do lado do polegar) e hipotenar (do lado do 5º dedo)
• Articulação radiocarpiana que se compõe pela epífise distal do rádio e ulna (articulação radioulnar distal) e os ossos da primeira fileira do carpo (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme)
Semiologia da Mão
• A segunda fileira é formada pelo trapézio, trapezóide, capitato e unciforme
• O metacarpo é formado pelos ossos metacarpais que se articulam com as falanges dos dedos (2 no polegar e 3 nos demais dedos)
• A movimentação da mão compõe-se de:
– punho: flexão dorsal e palmar, abdução (ou desvio radial) e adução (ou desvio ulnar)
– dedos: flexão e extensão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Adução (os
Semiologia da Mão
metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Adução (os dedos se aproximam) abdução (os dedos se afastam)
– O polegar tem todos estes movimentos mais a oponênciaque é uma combinação de movimentos que o torna capaz de tocar a polpa digital de todos os outros dedos, formando uma pinça
• Teste de Phalen: solicita-se que o paciente faça flexão do punho, geralmente forçando uma mão contra a outra, pela face dorsal
• Fundamento: a flexão do punho comprime as
Semiologia da Mão
estruturas contidas no túnel do carpo
– Dor , ou parestesia nos 3 primeiros dedos - compressão do nervo mediano ( síndrome do túnel do carpo)
• Teste de Finkelstein: Instruir o paciente a cerrar o punho com o polegar abaixo dos outros dedos, instruí-lo a forçar medialmente o punho
• Fundamento: O punho fechado e desviado
Semiologia da Mão
medialmente impõe tensão no tendão abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar
– Dor no processo estilóide do rádio –
tenossinovite estenosante do tendão
do polegar (doença de De Quervain)
Recommended