SENTIDO DA VISAO - Instituto de Biociências · Movimentos oculares Retina Local de focalização...

Preview:

Citation preview

Profa Silvia Mitiko Nishida

Depto de Fisiologia

SENTIDO DA VISÃO

Caso 1: “Protanopia”

Será que VanGoh tinha de

fato alguma deficiência

visual?

Protanopia (cegueira para o

verde-vermelho)

“Sou daltônico — sofro também

de protanopia — e posso garantir

que percebo quase nenhuma

diferença entre as imagens. Dá

para dizer que são pares de

cópias perfeitas. Desde

pequeno, pintava noites com o

céu roxo e minhas professoras

me advertiam que não era bem

assim… Eu ficava muito

contrariado.” Milton Ribeiro

Saiba mais

http://www.sul21.com.br/jornal/2012/03/van-gogh/ /

Para nós Para Van Gogh

Caso 2: “ O caso do Pintor Daltônico” Baseado No livro “Um antropólogo em Marte” do neurologista Oliver Sacks

Sr I, pintor, 65 anos sofre um acidente de automóvel

Sinais e Sintomas: um dia após o acidente, relata visão

monocromática das pinturas coloridas e vibrantes, seu

estilo. Tudo lhe parece "sujo“; as pessoas viraram

"estátuas cinzentas animadas“ e os alimentos "pareciam-

lhe repulsivos devido a seu aspecto cinzento, morto, e

ele tinha que fechar os olhos para comer“. Ficou avesso

a própria aparência no espelho. Além disso, perdeu a

lembrança das cores que conhecia.

Veja o relato sobre um amanhecer: "O sol nasceu como

uma bomba, como uma enorme explosão nuclear“.

Apesar disso, manteve-se pintando: "Senti que se não

pudesse continuar pintando, também não ia querer

continuar vivendo“.

Sr I

Portador de

Acromatopsia.

Portador de daltonismo

Verde-vermelho

Pintura-Teste

Universo chumbado do Sr I

Por do Sol acima

Fotocopia em P&B

2 meses após o acidente

2 anos após,

mesmo sem enxergar as cores

Lentes córnea (difração fixa; 42D) cristalino (difração variável; mais 12D) Pupila Miose (músculo constritor da pupila) Midriase (músculo dilatador da pupila ) Músculos extrínsecos do olho Movimentos oculares Retina Local de focalização da imagem e de Transdução sensorial

ANATOMIA DO OLHO

Olho Esquerdo

Onde

focalizamos a

imagem sobre

a retina

Adaptação para o

ambiente de muita luz

Adaptação para o

ambiente de pouca luz

a) Cores

b) Contornos

c) Movimentos

d) Brilho

e) Contrastes, etc.

Visão

Colorida

Visão

Monocromática

O que lhes parece mais apetitoso?

Especializado

para detectar faces humanas e

suas expressões

O cérebro humano possui áreas corticais visuais associativas para o

reconhecimento facial. O que há de diferente nestas faces que expressam

medo?

Amplitude: intensidade luminosa

Comprimento: período da onda (nm)

Freqüência: no. de vibrações/tempo

LUZ VISÍVEL: 400 a 700nm (10-9 m) Onda de energia que tem freqüência, comprimento e amplitude

PROPRIEDADES DA LUZ

http://www.ibb.unesp.br/nadi/Museu2_qualidade/Museu2_corpo_humano/Museu2_com

o_funciona/Museu_homem_nervoso/Museu_homem_nervoso_visao/Museu2_homem_

nervoso_visao_luz.htm

Córnea Lente (cristalino)

Sistema de Lentes que refratam a luz, muda a trajetória da luz

A distância focal do olho é FIXA.

O cristalino focaliza objetos próximos mudando a curvatura.

Lentes convergentes: focalizam os

feixes de luz em um determinado ponto;

quanto maior o poder de refração maior

o poder de convergência que é medido

em dioptrias.

MÀQUINA

Distância focal variável:

Lentes móveis

Íris: diâmetro regulável

ANALOGIAS ENTRE O OLHO E A CAMERA FOTOGRÁFICA

OLHO

Procura e focaliza o objeto de interesse por

meio de movimentos oculares precisos e

complexos.

Revela e transmite a imagem praticamente

em tempo real

Filme de sensibilidade variável

Visão tridimensional, colorida e detecção de

movimento

Sistema de lentes

Córnea (42 D; fixa)

Cristalino (12 D; curvatura variável)

Controle da quantidade de luz

Pupila de diâmetro regulável

(miose e midriase)

Sistema autolimpante de transparência

Acomodação

Grande

convergência pouca

convergência

Maior

densidade

de bastonetes

Maior

densidade

de cones

Integra

uma grande área

da retina

Integra

uma pequena área

da retina

Baixa resolução Alta resolução

Retina central Retina Periférica

Causas da resolução espacial

A distribuição de cones e bastonetes na retina não é uniforme.

Retinas nasal e temporal: mais bastonetes

Retina central: mais cones

Distribuição de Cones e Bastonetes

Opacificação do cristalino

Campos Visuais

Os campos visuais de cada olho se sobrepõem

parcialmente: visão estereoscópica.

As lentes naturais são convergentes, a

imagem produzida na retina está

completamente invertida.

Elementos que participam da visão

MÚSCULOS OCULARES EXTRINSECOS

Movimento de seguimento para a direita

ATIVAÇAO

Reto lateral D (VI – D: abdução)

Reto medial E (III – E; adução)

INIBIÇÂO

Reto lateral E (VI – D)

Reto medial D (III – E)

A imagem é focalizada na retina, sobre a

fóvea. O olho possui duas lentes

Córnea (dioptria fixa)

Cristalino (dioptria variável, controlado

pelo m. ciliar)

Córnea

Cristalino

m. ciliar

m. ciliar relaxado

Ligamentos tensos

Cristalino plano

m. ciliar contraído

Ligamentos livres

Cristalino arredondado

Reflexos visuais

ACOMODAÇAO VISUAL

Ajustes automáticos da dioptria do cristalino para a visão de perto e de longe dos objetos.

Bases Neurais da Acomodação Visual

HIPERMETROPIA

Olho pequeno ou

cristalino achatado, a

imagem se forma depois

da retina

A formação da imagem depende:

Forma do globo ocular

Forma das lentes

MIOPIA

Olho alongado ou

cristalino arredondado,

a imagem se forma

antes da retina

lentes divergentes

lentes convergentes

O míope não enxerga bem os objetos distantes

O hipermétrope não enxerga bem os objetos próximos

Sense Web

http://vision.psy.mq.edu.au/%7Epeterw/corella/315/sensesweb/L1Eye/L1Eye.swf

Reflexos visuais

Medríase e Miose

Alem disso, a miose reduz o

cone de luz e melhora a

focalização do objeto sobre a

fóvea.

Miose: CONSTRIÇAO pupilar

causada pela contração do músculo

circular da íris diante do excesso de

luminosidade.

Reflexo fotomotor, mediado pelo SNA

parassimpático

Midríase: DILATAÇAO pupilar

causada pela contração do músculo

radial da íris, diante de baixa

luminosidade.

Reflexo mediado pelo SNA

simpático

clic

Bases Neurais da Miose e a Midríase

SECREÇÃO LACRIMAL

Córnea úmida e asséptica

FECHAMENTO PÁLPEBRA

Espalhamento da secreção lacrimal

e proteção contra estímulos

nocivos e luz intensa

Músculo orbicular, nervo facial (VII)

Piscar

Bases Neurais do Reflexo de Piscar

Estimulação na córnea E

RETINA

Transduçâo Sensorial

Processamento da imagem

fóvea

FÓVEA

Local de maior acuidade visual

BASTONETES

Púrpura (380 a 650nm)

Tons de cinza

Adaptados a baixa luminosidade (visão escotópica)

CONES

Azul (419nm)

Verde (531nm)

Vermelho (559nm)

Visão em cores

Adaptados a alta luminosidade (visão fotótica)

Elevada resolução espacial das imagens

Os fotorreceptores

Convertem o sinal luminoso em potencial receptor

por meio de reações fotoquímicas. Há dois tipos de

receptores.

TRANSDUÇAO SENSORIAL

Presença de luz: corrente de hiperpolarização

Ausência de luz: corrente de despolarização,

Rodopsina Retinal + Opsina

1) Presença de luz

2) Reação fotoquímica

3) Fechamento de canais de Na GTP dependente

4) Corrente de claro

5) Redução na liberação de NT

Veja a animação

http://www.blackwellpublishing.com/matthews/rhodopsin.html

O neurônio ganglionar possui um campo receptor circular

Central

N. óptico

Periférico

Olho Esquerdo

Campos receptores

Veja a animação: http://www.blackwellpublishing.com/matthews/retina.html

Tipos de campos receptores da retina

http://vision.psy.mq.edu.au/~peterw/corella/315/sensesweb/L1Eye/L1Eye.swf

A B

C D

Neurônio ON-center

Suponha esse objeto (verde)

As células ganglionares

recebem

Informações exageradas do

contorno

Visão Colorida

Retina central Retina periférica

A visão em cores depende de muita luz Os cones concentram-se na fóvea central

http://vision.psy.mq.edu.au/~peterw/corella/315/sensesweb/L1Ey

e/L1Eye.swf

X

PÓS-IMAGEM

Vermelho verde pálido

Verde vermelho pálido

Amarelo azul pálido

Azul amarelo pálido

Normal Daltonismo_verde

Daltonismo_azul Daltonismo_vermelho

VISÂO EM CORES

A visão em cores requer maior

luminosidade e está adaptada para a

visão diurna.

Fornece maior resolução espacial.

A distribuição de cones e bastonetes na retina não é uniforme.

Retinas nasal e temporal: mais bastonetes

Retina central: mais cones

Distribuição de Cones e Bastonetes

Olho Esquerdo

Retina central

Faça um teste de daltonismo

Percepção Visual

VIA VISUAL

Como a informação visual processada na retina chega ao cérebro?

Projeção da retina

temporal do olho D e

da retina nasal do

olho E

Via visual

Neurônio I

Neurônio II

Neurônio III

Embriologicamente, a retina é uma

extensão do sistema nervoso central

Onde estão os objetos?

Retina periferica; LGN

(magnocelular) ao córtex

parietal posterior

O que são os objetos?

Retina central (fóvea); LGN

(parvo) ao córtex temporal

inferior.

Os objetos estão parados

ou em movimento?

Combinação de ambas as

informações processadas na

MT

Assista a uma palestra muito interessante

“Tom Wujec sobre 3 formas que o cérebro tem de criar significado”

O trato óptico destina suas fibras não só para o NGL (Tálamo) contribuindo para o processo de

percepção visual mas também para:

1. Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos biológicos

2. Área pré-tectal (Di e Mesencéfalo): Miose e Acomodação visual

3. Colículo superior (Mesencéfalo): Reflexos oculares

As informações ópticas servem para outras

funções além de da percepção visual

Ritmos biológicos

Digas de leituras Adicionais

http://deficienciavisual14.com.sapo.pt/r-O_caso_do_pintor_daltonico-Oliver_Sacks.htm

Recommended