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SISTEMATIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM AO IDOSO ENFERMAGEM AO IDOSO PORTADOR DA AIDSPORTADOR DA AIDS
FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODATFACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODATCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
Considerações iniciais Considerações iniciais sobre a AIDS sobre a AIDS
“ “ A Síndrome da Imunodeficiência A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença que Adquirida (AIDS) é uma doença que acomete algumas pessoas pelo vírus acomete algumas pessoas pelo vírus HIV. Nela os linfócitos ou células de HIV. Nela os linfócitos ou células de defesa são lesadas, deixando a defesa são lesadas, deixando a pessoa à mercê de doenças pessoa à mercê de doenças infecciosas, que poderão matá-la. infecciosas, que poderão matá-la. (SANTOS, 2000) .” (SANTOS, 2000) .”
A AIDS na velhiceA AIDS na velhice
Segundo o IBGE, o grupo populacional com Segundo o IBGE, o grupo populacional com 60 anos ou mais representa 8,6% da 60 anos ou mais representa 8,6% da população em geral: cerca de 15 milhões de população em geral: cerca de 15 milhões de pessoas. A incidência de AIDS entre as pessoas. A incidência de AIDS entre as pessoas idosas está em torno de 2,1 % no pessoas idosas está em torno de 2,1 % no Brasil, sendo a relação sexual a forma Brasil, sendo a relação sexual a forma predominante de infecção pelo HIV. Há predominante de infecção pelo HIV. Há evidências de que esse grupo está se evidências de que esse grupo está se infectando cada vez mais não só pelo HIV, infectando cada vez mais não só pelo HIV, mas também por outras DST, como sífilis e mas também por outras DST, como sífilis e gonorréia (SECRETARIA DE SAÚDE, 2007). gonorréia (SECRETARIA DE SAÚDE, 2007).
Fisiopatologia da AIDSFisiopatologia da AIDS
O HIV pertence ao grupo de vírus O HIV pertence ao grupo de vírus conhecido como retrovírus. O qual conhecido como retrovírus. O qual indica que o vírus carreia seu indica que o vírus carreia seu material genético no ácido material genético no ácido ribonucléico (RNA) mais do que o ribonucléico (RNA) mais do que o ácido desoxirribonucléico (DNA) ácido desoxirribonucléico (DNA)
ABRA-TE, SÉSAMOABRA-TE, SÉSAMO Dentro do corpo, o vírus se gruda às Dentro do corpo, o vírus se gruda às
células de defesa, células de defesa, Que apresentam dois tipos de Que apresentam dois tipos de
receptores, o CD4 e o CCR5. receptores, o CD4 e o CCR5. Eles seriam como fechaduras, capazes Eles seriam como fechaduras, capazes
de abrir a porta de entrada.de abrir a porta de entrada. Lá, o invasor se apropria o maquinário Lá, o invasor se apropria o maquinário
do maquinário celular - quedo maquinário celular - que Em vez de reproduzir a própria célula, Em vez de reproduzir a própria célula,
passaria a gerar novo vírus.passaria a gerar novo vírus.
VEM A METAMORFOSEVEM A METAMORFOSE A primeira atitude do vírus dentro da A primeira atitude do vírus dentro da
célula é liberar sua molécula decélula é liberar sua molécula de RNA, que só tem uma fita genética, é RNA, que só tem uma fita genética, é
impossível para célula fazer réplicas impossível para célula fazer réplicas Do invasor. Para isso o organismo Do invasor. Para isso o organismo
precisa, de um DNA, que tem fita dupla. precisa, de um DNA, que tem fita dupla. Sem problemas graças a uma enzima Sem problemas graças a uma enzima
chamada transcriptase reversa, o víruschamada transcriptase reversa, o vírus logo consegue uma cópia de sua logo consegue uma cópia de sua
primeira fita e, pronto, cria um DNA.primeira fita e, pronto, cria um DNA.
INVASÃO DE CAMPOINVASÃO DE CAMPO O DNA viral recém-fabricadoentra a O DNA viral recém-fabricadoentra a
força no núcleo da célula hospedeira eforça no núcleo da célula hospedeira e se liga a DNA dela. Com isso, ele se liga a DNA dela. Com isso, ele
assume o controle da situação: a assume o controle da situação: a célula viracélula vira
sua escrava vira sua escreva. A ordem sua escrava vira sua escreva. A ordem é copiar o vírus,copiar o vírus, copiar é copiar o vírus,copiar o vírus, copiar o vírus...o vírus...
NOVA FÁBRICANOVA FÁBRICA O núcleo solta no citoplasma uma O núcleo solta no citoplasma uma
espécie de recheio celular- espécie de recheio celular- exemplares de RNA do vírus. Com exemplares de RNA do vírus. Com ajuda de uma enzima chamada ajuda de uma enzima chamada protease, esse RNA se organiza em protease, esse RNA se organiza em um novo núcleo viral.um novo núcleo viral.
MAIS INFECÇÕESMAIS INFECÇÕES Sem ser impedido, um vírus novo Sem ser impedido, um vírus novo
em folha está prestes a sair da em folha está prestes a sair da célula que lhe deu origem. Para célula que lhe deu origem. Para isso, ele rouba um pedaço da isso, ele rouba um pedaço da membrana celular.E, vestido com a membrana celular.E, vestido com a membrana alheia, vai infectar outra membrana alheia, vai infectar outra célula de defesa, recomeçando todo célula de defesa, recomeçando todo o processo.o processo.
Incidência da AIDS no Incidência da AIDS no Brasil Brasil
No Brasil, de 1980 a junho de 2005, No Brasil, de 1980 a junho de 2005, foram registrados 31.356 casos de Aids foram registrados 31.356 casos de Aids em pessoas com idade igual ou superior em pessoas com idade igual ou superior a 50 anos de idade , observando-se um a 50 anos de idade , observando-se um incremento proporcional para as pessoas incremento proporcional para as pessoas com maior idade: de 1993 a 2003 houve com maior idade: de 1993 a 2003 houve um aumento de 130% entre os homens e um aumento de 130% entre os homens e de 396% entre as mulheres dessa faixa de 396% entre as mulheres dessa faixa etária (HIV- AIDS apud MINISTÉRIO DA etária (HIV- AIDS apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005)SAÚDE, 2005)
Incidência da AIDS na Incidência da AIDS na Paraíba Paraíba Número de casos de aids segundo ano de diagnóstico. Paraíba. 1985 - Set/2007.
5 3
14 1119
44
6167
89
120 121129
150
190
240
218211 210 207
0
50
100
150
200
250
300
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Ano de diagnóstico
Nº
Transmissão Transmissão Pego ou não Pego?
Pego Não pego
- Sexo vaginal sem camisinha - Sexo anal sem camisinha -Sexo oral sem camisinha - Uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa - Transfusão de sangue contaminado -Mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação -Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados
- Sexo, desde que se use corretamente a camisinha - Masturbação a dois - Beijo no rosto ou na boca - Suor e lágrima -Picada de inseto -Aperto de mão ou abraço - Talheres / copos - Assento de ônibus -Piscina, banheiros, pelo ar -Doação de sangue -Sabonete / toalha / lençóis
PrevençãoPrevenção Educação em saúde;Educação em saúde; Uso de preservativo em relações sexuais vaginais, orais Uso de preservativo em relações sexuais vaginais, orais
ou anais;ou anais; Uso individual de seringas e agulhas por usuários de Uso individual de seringas e agulhas por usuários de
drogas injetáveis;drogas injetáveis; Atestar a procedência de sangue e hemoderivados e Atestar a procedência de sangue e hemoderivados e
certificar-se de que foram submetidos a testes anti-HIV;certificar-se de que foram submetidos a testes anti-HIV; Realizar tratamento com AZT durante a gravidez (em Realizar tratamento com AZT durante a gravidez (em
casos de mães portadoras do HIV), minimizando as casos de mães portadoras do HIV), minimizando as possibilidades de infecção do bebê;possibilidades de infecção do bebê;
Em casos de mães portadoras de HIV, não amamentar o Em casos de mães portadoras de HIV, não amamentar o filho com seu próprio leite;filho com seu próprio leite;
Em casos de profissionais de saúde, proceder à Em casos de profissionais de saúde, proceder à assistência ao portador do vírus com atenção assistência ao portador do vírus com atenção redobrada, evitando o contato direto com secreções redobrada, evitando o contato direto com secreções e/ou sangue.e/ou sangue.
Manifestações clínicasManifestações clínicas
A evolução da doença pode ser A evolução da doença pode ser dividida em três fases:dividida em três fases:
Infecção agudaInfecção agudaInfecção assintomáticaInfecção assintomáticaDoença sintomáticaDoença sintomática
Uma manifestação clínica comum é o Uma manifestação clínica comum é o Sarcoma de Kaposi:Sarcoma de Kaposi:
Sarcoma de Kaposi clássico.Sarcoma de Kaposi clássico.Sarcoma de Kaposi endêmico .Sarcoma de Kaposi endêmico .Sarcoma de Kaposi adquiridoSarcoma de Kaposi adquirido
Avaliação diagnósticaAvaliação diagnóstica
Anamnese e atividade sexual Anamnese e atividade sexual pregressa;pregressa;
Exames laboratoriais são baseados na Exames laboratoriais são baseados na procura ativa de antígenos virais do procura ativa de antígenos virais do HIV-1 ou HIV-2. Os principais são:HIV-1 ou HIV-2. Os principais são: Ensaio Imunoenzimático (ELISA);Ensaio Imunoenzimático (ELISA); Ensaio de imunoeletrotranferência ou Ensaio de imunoeletrotranferência ou
Western-blot Western-blot (WB);(WB); Testes tipo Testes tipo Dot-BlotDot-Blot
TratamentoTratamento MedicamentosoMedicamentoso AZT(zidovudina)é um bloqueador da AZT(zidovudina)é um bloqueador da
transcriptase reversa.transcriptase reversa. Temos outros medicamentos que Temos outros medicamentos que
auxiliam no tratamento como: auxiliam no tratamento como: DDI(didanosina),DDC(zalcitabina), DDI(didanosina),DDC(zalcitabina), 3TC(lamividina), D4TC(estavudina);3TC(lamividina), D4TC(estavudina);
Inibidores da protease: Inibidores da protease: SAQUINAVIR,INDINAVIR,RITONAVIR,SAQUINAVIR,INDINAVIR,RITONAVIR,NELFINAVIRNELFINAVIR
Tratamento de suporte:Tratamento de suporte:
Dieta balanceada,exercícios Dieta balanceada,exercícios
físicos,repouso. físicos,repouso.
Intervenções de prevenção Intervenções de prevenção dirigidas ao idosodirigidas ao idoso
Estímulo ao acesso e utilização correta de Estímulo ao acesso e utilização correta de preservativos masculino e feminino e a lubrificação;preservativos masculino e feminino e a lubrificação;
Testagem,diagnostico e tratamento com Testagem,diagnostico e tratamento com procedimentos que levem em consideração as procedimentos que levem em consideração as necessidades desse grupo populacional;necessidades desse grupo populacional;
Inclusão da prevenção de DST-HIV/AIDS focando as Inclusão da prevenção de DST-HIV/AIDS focando as especificidades desse grupo na rede de Atenção especificidades desse grupo na rede de Atenção Básica;Básica;
Fomento da mobilização de organizações da Fomento da mobilização de organizações da sociedade civil e do protagonismo ,para a realização sociedade civil e do protagonismo ,para a realização de trabalhos preventivos específicos para idosos;de trabalhos preventivos específicos para idosos;
Articulação intra e intersetoriais para a garantia Articulação intra e intersetoriais para a garantia de ampliação e continuidade das ações.de ampliação e continuidade das ações.
CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES FINAISFINAIS
A AIDS EM VERSO E PROSA
Caro amigo,nestes versosQuero que preste atençãoPara um grave problema,
Uma doença do cão.Pois sei que nosso bom Deus
Nela não botou a mão.È tal de HIV
Ninguém sabe como éNinguém sabe quem o temÈ coisa que ninguém querSó que não escolhe cara
Homem, menino ou mulher.O sexo é coisa gostosa.Todos querem praticar,Eu, você, nossos irmãos.Ninguém quer abdicarSó que precisamos terCamisinha pra usar.
Manoel Eufrásio Rodrigues (Îybatã) Professor Potiguara
ObrigadObrigado!o!
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