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Meditação sobre a Salvação

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Sobre a existência divina e os homens bomba Que Deus é esse que deixa os bebês morrerem.

Que permite a existência dos cegos.

Se há um Deus bondoso e justo, amoroso e cheio de misericórdia, porque permite que nasçam crianças sem braços e gente aleijada.

Que permite a tortura, a enfermidade, a calamidade, a angustia, a perda e a morte.

Onde estava o Todo Poderoso quando tudo deu errado. E se é real, porque se esconde.

Ninguém reclama de viver mais do que morrer.

Pergunte a um doente terminal qual o maior presente que gostaria de receber e ele lhe dirá: Viver.

Deus não se oculta, ele é o autor da vida, e nele está a vida.

A mesma vida reclamada por todo homem. Deus é vida e todo ser humano anseia e luta para viver.

Há um eco em todos os questionamentos acima, uma linha, uma doutrina, um pensamento que os fomenta.

Se há alguém que pode fazer algo, porque possui o poder para tal, porque permite a LIMITACÃO da vida?

Porque permite a destruição da vida?

Porque permite a negação da vida?

Porque a vida não tem livre curso para ser plena, liberta do sofrimento, da privação e do aniquilamento?

Um bebê que nasce lembra de vida que se desenvolve, e a dor que nos envolve é pela perda de um futuro cheio de realizações.

É a vida que não teve o direito de continuar, de crescer, de permanecer.

Uma pessoa amputada, ou um cego de nascença nos invoca a LIMITAÇÃO da vida, a dificuldade de viver, de ser pleno nos sentidos, para poder provar de todas as formas a alegria de viver.

Porque a vida nos é tão preciosa, que a possibilidade de perdermos ou não termos um dos sentidos que a capta, que faz com interajamos com o universo, nos convida ao repudio.

Nossa alma repudia a condição de ser incompleto, porque cremos intimamente que a vida necessita ser expressa na sua TOTALIDADE.

A tortura nos é repugnante, porque é a antítese do prazer; a negação da alegria. Nos trás a memória a capacidade humana de realização

do mal; e da perversidade que é a destruição do veículo, o corpo, através do qual a vida é expressa e sem a qual a vida não pode existir.

O corpo nos é um bem precioso demais, fantástico demais para não nos sentirmos injustiçados quando vemos a outros sem a capacidade de exercitar todas as faculdades que permitam expressar o viver.

Deus é VIDA. Toda a vida procede de Deus.

Quando rejeitamos a idéia de Deus é porque rejeitamos aceitar que haja justiça divina num universo que permita que a vida seja exterminada.

Que a vida seja degradada.

Que a vida cesse.

A vida é um milagre.

Nós a amamos, nós a desejamos, nós lutamos por ela, com todas as forças de nossa alma, com todos os recursos de nossa existência.

Para a consciência humana um assassino é uma aberração, um suicídio um ato de dor inominável, uma situação extrema, dolorosa, que fere o mais sagrado de todos os direitos, que é poder viver.

Suicídio é simplesmente a morte da esperança.

Deus não se esconde. Não poderia.

Ele se revela na vida.

Porque ele é a Vida.

Não a vida sem que haja DEUS. Tudo que vive e respira dele depende para continuar.

A vida limitada de uma pessoa incapacitada é por ele concedida e é por ele mantida. O corpo limitado não é suficiente para impedir a vida de manifestar-se.

E a morte de um bebê não é o suficiente para cessar NELE o que Deus um dia lhe concedeu. Porque sua história não termina na morte.

A vida é parte de um grandioso mistério. E toda a vida está conectada a DEUS. Tudo se liga a ele.

E nenhum tipo de angustia dor ou sofrimento representa o final do significado da vida, ou do poder que foi à vida concedido.

Quem disse que os túmulos determinam o final da história humana?

Quem pensa que a falta de um sentido pode limitar ao ESPIRITO HUMANO?

Deus não é menos real que a vida pelo fato de vivermos em sofrimento. Porque Ele está presente em meio a todo sofrimento, em meio a toda sorte de desgraça.

Não há existência humana vã.

Não é o acaso ou o destino que dirige os passos do homem.

A vida que se impõe em meio à tempestade, a dor e a tragédia? Recebe de QUEM sua fortaleza?

O que sustenta o espírito humano diante da fragilidade?

Há um mistério no sofrimento, mas se é DELE, Deus, que procede a vida, amada a tal ponto que nos recusamos a aceitar a indignidade de sua limitação, como poderíamos negar sua grandeza, seu tremendo poder, sua tremenda beleza?

Como podemos amar a vida e rejeitar seu autor?

Lutar pela ESPERANÇA por amor a vida, e rejeitarmos aquele que a DOA?

Se de uma feita DEUS retirasse o poder que emana dele de todos nós, todos nós cairíamos mortos, os cegos, os mudos, os surdos, os doentes e os sãos.

Se Ele recolhesse para si seu Sopro, mulheres, jovens, crianças, velhos e recém nascidos, pereceriam instantaneamente.

Como podemos acusar de injustiça aquele que SUSTENTA a vida?

Amanhã é para nós algo oculto. Profecias dadas por antigos profetas falam da criação de um novo universo.

Visões dadas a gente que cria em Deus, falam de um dia em que todos aqueles que morreram voltarão a viver.

Por milênios profetas tem anunciado por meio de sonhos, revelações sobre coisas invisíveis, sobre realidades acima e além da imaginação humana. Quando Jesus morreu, um cemitério ao lado de Jerusalém teve os sepulcros fendidos e dezenas de mortos se levantaram e caminharam pelo meio da cidade. Ao terceiro dia Jesus ressuscitou dos mortos e dois anjos anunciaram a um grupo de discípulos que ele havia ressuscitado.

Quando José fugia para longe de sua noiva, por achar que ela o havia traído e concebera de um estranho, um anjo lhe aparece em sonho e diz para ele o absurdo de que não havia motivo para desconfiar da FIDELIDADE de sua noiva mesmo que ela estivesse grávida.

O que acontecia no seu ventre era um milagre, um sinal, algo espantoso. Ele acordou respirou fundo, tomou suas coisas e voltou para a casa, abraçando com ternura a Maria.

Há um plano por detrás da loucura da vida.

Porque a vida é preciosa aos olhos de Deus.

E ainda, há outra qualidade de vida, superior a humana.

E Há um plano proposto para elevar a alma humana e o espírito humano à condição de vida que habita o espírito dos anjos.

Há um sonho divino em andamento.

A vida que nós amamos é parte deste sonho que ainda sequer chegou à metade.

Se você rejeita a idéia de sua existência, você tem que renunciar a si mesmo.

Sua respiração.

Até o grito de sua alma em busca de respostas. Porque você é parte dele.

E mesmo que homens bomba se despedacem,

É o amor a vida que faz você duvidar que não haja Deus.

Mas Ele é a vida.

Nele está a vida.

Homens que explodem seus corpos para matar a tantos outros quanto puderem, não podem explodir seus espíritos.

Quem atenta contra a vida, tenta destruir a Deus. Porque Deus está nos homens.

Porque não há assassinato sem voz contrária.

Não homem que renegue a vida sem renegar a si mesmo.

Não há quem destrua o outro sem amordaçar, amarrar e se tornar surdo a voz que clama em seu interior:

- proteja a vida de seu irmão.

Ninguém é dono de si mesmo ou de seu amanhã.

E DEUS que habita todos, que está em tudo, que sustenta a existencia e que ouve o gemido dos que choram, fará CADA UM prestar contas daquilo que realizou, com o CORPO que ele concedeu.

Segundo um propósito que irá se cumprir, no amanhã.

E a indignação do ser humano com a destruição de outra vida,

seja a dor da perda do abraço amigo,

seja perda da alegria de um irmão,

perda de um filho, de uma esposa, seja pela gravidez não cumprida

ou pela saúde perfeita não divisada, essa indignação é a herança de uma natureza divina.

Algo grita em nós, que haja VIDA, e que ela seja ABUNDANTE!

A morte nos indigna, a dor nos ultraja, mas, são elas (essas desgraçadas) que apontam firmemente para o propósito de Deus para todo ser humano.

A eternidade. E tudo foi visto, tudo foi medido, e cada gesto tem sua representação diante da eternidade.

E se você está indignado, é porque dentro de você ecoa a mesma voz que ecoou nos profetas, em Davi, em Isaías, em Moisés e em Jesus.

Você almeja a eternidade.

Então não se insurja, não se revolte, não seja incrédulo, não advogue a causa do ateísmo, do vazio, do caminho dos que se afastam, dos que imaginam que não haja um Deus que se importe, que a vida é sem razão e o sofrimento sem sentido.

Porque a indignação com a dor é NECESSÁRIAMENTE a voz de Deus gritando, VIDA ETERNA! VIDA PLENA!

VIDA ABUNDANTE!

QUE HAJA ALEGRIA!

Que os bebês renasçam, que a morte vomite os mortos, que a injustiça seja destruída, que a dor cesse, que o choro seja enxugado, que o amor vença, que a carne seja transformada para que o ser humano prove de vida, sem a limitação da enfermidade.

E o único caminho para tal maravilha, é a fé de que Ele é maior que a dor. De que Ele é tão poderoso que é capaz de consolar e reconstruir o que vier a ser destruído.

Então, Que Deus é esse que deixa os bebês morrerem?

É aquele que tem poder de ressuscitá-los,

que permite a existência dos cegos? Porque tem poder para enchê-los de alegria e de vida, de curá-los hoje, e se não hoje, aquele que o fará no amanhã.

Se há um Deus bondoso e justo, amoroso e cheio de misericórdia, porque permite que nasçam crianças sem braços e gente aleijada. Porque Ele é Senhor da Vida e no amanhã que estará trazendo libertará a criação do jugo da enfermidade, da morte, da injustiça manifestando uma vida sem limitações tão plena que é capaz de CONSOLAR aos que sofreram algum tipo de limitação, com um tipo de vida ILIMITADA.

Que permite a tortura, a enfermidade, a calamidade, a angustia, a perda e a morte? Porque NADA absolutamente NADA pode inviabilizar Seus planos, seus projetos, sua Graça, seu amor, ou poder de sua vida naqueles que nEle confiarem.

Onde estava o Todo Poderoso quando tudo deu errado? Diante do homem oferecendo recursos de vida, poder e graça, muitas vezes recusados pela indiferença, pelo medo, pela incredulidade, e ainda que rejeitado pelo coração enfermo, presente para sustentar, capacitado a restituir tudo àquilo que for perdido... E se é real, porque se esconde? Ele jamais se escondeu. Porque ele é a própria vida. Mas não será achado por aqueles que não o buscarem. Porque este é o dever de todo homem. E Deus JAMAIS deixará de ser achado por TODOS aqueles que o buscarem. Porque essa é a sua natureza. De revelar-se de modo pleno, a todo aquele que ousar encontrá-lo. Welington José Ferreira

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