Soletrar julho 2016

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Jornal escolar do Instituto Diocesano de Formação João Paulo II - São Tomé e Príncipe

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BOLETIM INFORMATIVO - INSTITUTO DIOCESANO DE FORMAÇÃO JOÃO PAULO II -

5º Edição / julho - Ano letivo 2015-2016

Editorial

Falar de uma escola e de todo o seu sistema educa-

tivo é uma tarefa complexa e demorada.

A escassos dias do término do ano letivo 2015-2016

termina também o ciclo Instituto Diocesano de Forma-

ção João Paulo II. Foram vinte e oito anos ao serviço

da promoção educacional e humana de um número

considerável de alunos que por aqui passou.

Durante este período muitos foram os desafios

superados com o respetivo brinde da alegria de serem

realizados. Outros, embora não concretizados na sua

plenitude, puderam ser contornados e enfrentados

numa outra perspetiva que não a desejada, mas com a

mesma vontade de a partir deles se obterem bons fru-

tos.

A todos os que se envolvem neste projeto com von-

tade de conhecer e dar-se a conhecer parabéns e mui-

to obrigado pela presença amiga e reconhecida.

Agora, espera-se uma pausa para descanso e a pró-

xima vez que se abrir o portão da escola, esta já será

numa outra realidade bem mais portuguesa.

SOLETRAR outubro

SOLETRAR

FICHA TÉCNICA:

Proprietário: IDF—Instituto Dio-cesano de Formação João Paulo II

Equipa Responsável:

- Professores: José Ernesto e Rosa Alves.

- Alunos: Deozete Neto (12º) Eve-line Meneses (10º), Maria Beirão (10º) e Nuno Machado (10º).Amauri Couto (10º ano)

Revisão: Rosa Alves

Colaboradores: Alunos e profes-sores que assinam os artigos das edições.

Periodicidade: Bimensal

Impressão: IDF

Apresentação: online

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PROJETO EDUCATIVO

O MAR

Começo por dizer que esta não é a primeira, ou a segunda e nem mesmo a terceira vez que

me pedem que elabore um artigo sobre o mar. Bem, o que posso fazer? Faz parte do Projeto Edu-

cativo. No Exame Nacional de 2015-2016, de Português, do 12º ano, foi pedido que os alunos

fizessem uma reflexão acerca da educação. Julgo que é este o objetivo, o de educar, que está em

causa. E é por isso que continuo a escrever: para educar (Ok! não vou negar que também quero

um pouco de mérito por isto, mas o essencial é educar). No entanto, sempre que me pedem para

escrever, pergunto-me o mesmo: “O que é o mar?”.

Estas cinco palavras formam uma pergunta para a qual se pode dar inúmeras respostas. De

facto, o mar tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais relevante com o evoluir do mundo,

implicando assim o aparecimento de várias definições em torno da sua existência. O mar, especifi-

camente a água do mar, assegura que o nosso planeta não se transforme nem numa gigante for-

nalha, nem num enorme frigorífico. Isto garante a sobrevivência de muitas espécies que há muito

tempo têm vindo a diminuir em número. Para a humanidade, ele é um objeto de transcendência

(os Descobrimentos, por exemplo), de lazer, de estudo, de especulações, um museu (SIM! Há

enormes navios naufragados no fundo marinho, e alguns tesouros por descobrir), fonte de alimen-

tos e também um enfeite à nossa querida Terra (esta não ficaria muito bonita sem o mar a colorir

com um pouco de azul).

Portanto, de uma maneira ou de outra, o mar continua e continuará a ser uma grande jóia não

apenas da humanidade, mas também da Terra em si. Por isso, é nossa responsabilidade, como

aqueles que muito usufruem dele e como o ser mais racional do planeta, conservá-lo, pois pensar

nas gerações vindouras é a maior virtude que podemos ter (viram? EDUCAÇÃO !).

Deozete Neto,

12º CT

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PROJETO EDUCATIVO

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

Seria aceitável que no terceiro período fossem raras as atividades extracurriculares a realizar,

por motivos óbvios. No entanto, na nossa escola, ser o primeiro, o segundo ou o terceiro momento

de avaliações não impede que desafios temáticos nos batam à porta, sejam abraçados e por nós

realizados. Temos o espírito corajoso, aventureiro, e de confiança, tal como os navegadores dos

Descobrimentos.

Começando pela decoração do nosso átrio escolar até à apresentação de peças de teatro e

exposição de trabalhos, curiosamente relacionados com o mar, vivemos uma temporada festiva,

de 18 a 27 de maio, galardoada pela presença de toda a comunidade educativa.

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

A fim de divulgar a história e a beleza da língua portuguesa, o grupo de português em parceria

com a biblioteca escolar e a simpática ajuda da professora Dainete Mendes, organizaram uma

breve viagem no tempo e no espaço. Desde a declamação de poemas de Almeida Garrett e Odete

Semedo e a representação de excertos do texto dramático «O Auto da Barca do Inferno» até ao

canto do fado Desfado, não houve tempo para intervalo senão para a atribuição dos prémios aos

vencedores e participantes do concurso Salto em Leitura.

18 de maio—SARAU LITERÁRIO

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

A Feira Gastronómica Africana apresentada na sua unidade e diversidade decorreu no dia 21

de maio. Este evento surgiu da interação conjunta de alunos, professores e comunidade escolar,

para comemorar o dia do IDF e o dia de África, culminando numa satisfação generalizada.

21 de maio—FEIRA GASTRONÓMICA

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

Que grande surpresa nos preparou a Escola Internacional de São Tomé e Príncipe!

No âmbito da semana da literatura infanto-juvenil, a convite da EISTP, o conhecido escritor

António Mota, autor de inúmeras obras cujos textos pululam em vários manuais escolares, veio à

nossa escola.

Os alunos dos 5º e 6º anos surpreenderam-no com uma receção animada fazendo algumas

perguntas e ficando a conhecer melhor este autor tão simpático e afável.

Como reconhecimento pela sua presença ofertaram frutos e flores típicas de São Tomé e Prín-

cipe.

Foi uma tarde bem passada num ambiente familiar.

24 de maio—Visita de António Mota

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ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

A propósito da leitura orientada de obra dirigida ao sexto ano “ Ulisses”, a disciplina de Educa-

ção Visual em articulação com as disciplinas de Educação Tecnológica, Educação Musical e Por-

tuguês levou à cena a peça de teatro “ Ulisses”, representada posteriormente em banda desenha-

da pelos alunos dos 6º anos, com muita criatividade e perfeição!

O teatro teve a participação ativa de alunos dos 5º, 6º, 7º e 8º anos, foi organizado pela profes-

sora Nilza Pina e contou com a participação de vários professores, que ajudaram na montagem do

cenário e na concretização do espetáculo.

O resultado foi fantástico e arrancou o merecido aplauso do público!

27 de maio—TEATRO «ULISSES»

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AS NOSSAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS

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AS NOSSAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS

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AS NOSSAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS

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Camões, um homem que por mais que o tentemos evi-

tar, todos acabam por conhecê-lo no 9ºano. O mesmo

aconteceu comigo, tendo antes já ouvido falar dele ali e

acolá, nas comemorações do 10 de Junho, ou numa con-

versa casual. Nunca entendi o que tinha feito para ser

considerado tão importante.

Após começar a estudar episódios da sua obra, Os

Lusíadas, comecei a entender a razão do seu protagonis-

mo. Escrever 8816 versos decassilábicos, coerentes quanto ao conteúdo e todos com o mesmo

esquema rimático, realmente, não é para

todos. Depois de impressionado com tal feito,

deparei-me com a sua poesia. No 10º ano

conheci outra faceta de Camões, mais român-

tica e igualmente impressionante, em qualquer

um dos temas. Entre os quais o amor e a natu-

reza, sendo que o mais apreciado pela minha

pessoa foi o da mudança devido à sua verten-

te intemporal. Além de estudar esta face de

Camões, abordei novamente Os Lusíadas, porém noutra vertente, mais focada nas reflexões do

poeta. A vida deste homem nem sempre foi gloriosa tendo acabado na miséria.

Apesar disto tivemos a sorte de ter glorificado a nossa querida língua portuguesa para a história

através daquela mesma epopeia histórica.

Em suma, tem sido um prazer conhecer Camões e a sua lírica e sei que vou ter este privilégio

novamente no 12ºano.

Nuno Machado, 10º CTA

AS NOSSAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS

PORTUGUÊS

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The English Language

The three adjectives I chose to describe the english language are interesting, popular and important. It is ob-

viously popular, as it is spoken all around the world and it is considered a “universal language”. It´s important

as you need to speak it for pretty much any job, meanings depending on the context and you can make a lot

of funs and funny world-play.

Joel Couto, 10º CT A

Taints of my soul

Taints of my soul

Should I close my eyes?

Should I let the darkness come?

Should I tell you: there’s no more lies?

There’s no gain without pain

They tried to show me

But I lost my humanity

Trying to get sincerity

The taints consume me

I see all black

My soul went away

They told that there’s no way

To try to come back

Eliane Naomi,

10º CTA

AS NOSSAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS

INGLÊS

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“A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. (Merleau-Ponty)

Foi um reaprender a ver o mundo o percurso destes dois anos no IDF, foi um encontrar de abor-

dagens diferentes, de perspetivações distintas, mas sem nenhuma capaz de se impor como a defi-

nitiva, como a solução do problema. É essa pluralidade das perspetivas filosóficas sobre os pro-

blemas, esse pluralismo permanente do filosofar, que define a filosofia e a impede de se encerrar

num conhecimento adquirido de uma vez por todas. E este carácter de “não encerramento” cau-

sou muito espanto, onde se procurava certezas e conclusões ficou plantada a dúvida e o caminho

a percorrer por cada um.

A lista das questões trabalhadas seria interminável, a filosofia reivindicou um direito de tudo

questionar, de tudo repor em questão para encontrar a própria resposta. Fora desse questiona-

mento, dessa indagação a filosofia não é possível.

Pensar é, sempre, na filosofia, criar novos olhares sobre o mundo, sobre as coisas e sobre nós

próprios, criar novas possibilidades de olhar diferentemente para a realidade (e para a nossa pró-

pria realidade humana e pessoal), e é por isso que a filosofia existe e existirá sempre. Está onde

os homens sentirem a necessidade de afirmar, contra todos os poderes que no seu interesse nos

querem embrutecer e brutalizar, a nossa liberdade, a nossa condição de seres destinados, pelo

espírito, à liberdade.

“ A filosofia ajuda-nos a recuperar o sentido do espanto, da dúvida, de admirar o mundo”

Prof. José Ernesto

FILO + SOPHIA

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MATEMÁTICA

Numerologia Dentro ou fora?

Se observar os desenhos a) e b) da figura provavelmente surpreender-se-á se chamar à curva a) fechada simples: é fecha-da porque se fecha sobre si mesma e não tem extremos e é sim-ples porque não se corta a si própria. Outra propriedade que caracteriza este tipo de curvas é que possuem interior e exterior tão perfeitamente definidos como a circunferência da figura b). Qual ou quais dos pontos A,B e C são interiores e quais são exteriores à figura a)?

Calcule o seu número de Motivação:

Por exemplo, considerando o nome Maria Teresa Silva – para saber qual o valor de cada vogal, siga a Tabela Pitagórica. Confira o valor de cada vogal e some-os. Às vogais de Maria (1+9+1) some as vogais de Teresa (5+5+1) e por fim some as vogais do apelido Silva (1+1). A conta é feita da seguinte forma: 1+9+1+5+5+1+1+1=24. Para obter o número reduzido, some novamente os algaris-mos que formam o 24, ou seja, 2+4=6. Sendo assim, o nome Maria Teresa Silva tem o Número de

Motivação 6. Qual é o seu número de Motivação?

Tabela Pitagórica

1 2 3 4 5 6 7 8 9

A B C D E F G H I

J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z

Curiosidade

Imagem Impossível:

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Respondendo a várias questões que inquietavam os alunos, do nono ano, e após um tempo de

revisão de matérias, estes realizaram uma simulação de exame nas disciplinas de Matemática e

Português.

É nosso desejo ter contribuído para uma melhor disposição e concentração na aplicação de

todo o trabalho efetuado ao longo de um triénio, pelo menos.

PREPARANDO AS PROVAS FINAIS

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-Diga-me mestre, com toda a sinceridade; não acha que nos deveríamos casar? Imagine como deveriam nascer os nossos filhos!... Lindos iguais à mãe e talentosos iguais ao pai!... -Não, pelo amor de Deus! – Respondeu o terrível humorista- Imagine se os filhos nascessem feios como o pai e inteligentes como a mãe!... Entrou certa noite Bocage no café Nicola, do Rossio, e mandou fazer um bife. Era o primeiro ali-mento que tomava naquele dia o pobre poeta. Momentos depois, aparece o criado trazendo no fundo de um prato uma diminuta porção de carne, que não merecia nem o nome de um quarto de bife. Bocage pegou no prato, examinou atentamente o seu conteúdo e o devolveu ao criado, dizendo: -Isso mesmo, José. É exatamente desta carne que eu gosto, podes mandar fazer o bife.

CULTIVANDO...

… O RISO

… O DESCANSO

Boas férias!!

«A arte do descanso é uma parte da arte de traba-lhar.» (John Steinbeck)

«Se a ociosidade fosse banida do mundo em breve desapareceriam as artes de cupido.» (François Rabelais)

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“A minha escola foi a escola da minha vida". O IDF foi exatamen-

te isso para mim... A escola da vida! Lá conheci pessoas inesque-

cíveis, que estarão para sempre no meu coração. Estudei no IDF

do 5º ao 12º ano. Eu era a aluna número 310. Eu e mais duas

amigas éramos chamadas de "As Três Mosquiteiras". Éramos

inseparáveis, fazíamos trabalhos de grupo juntas, íamos juntas à

cantina... E continuámos a ser as melhores amigas ainda hoje...

Carlinha, Tatiana e Yanira. Eu era a "Maria Rapaz", gostava de

Hip Hop, calças largas, chapéu e ténis... Criei um grupo de dan-

ça, as "Afro Girls" e ensaiávamos quase sempre na escola. Nunca fui aquela aluna "nerd", certi-

nha... Pelo contrário... O professor Pedro, a professora Marina e a professora Isaura que o

digam... Mas apesar de ser "terrível", eles gostavam de mim... Gostavam e gostam, vá. Graças ao

árduo trabalho dos professores, lá conseguiram "domar a fera" depois de muitos anos... Acredito

que é na escola que passamos uma das melhores fases da nossa vida, é onde começamos a

sonhar com o futuro e vamo-nos tornando quem gostaríamos de ser. Aprendi a ter respeito pelo

próximo, respeito pelas diferenças de opiniões, pelas diferentes formas de pensar... Aprendi a par-

tilhar, a fazer amigos, a ser responsável... Enfim, cresci! A semana de África era uma das mais

esperadas pelos alunos; havia palestras e atividades por tudo quanto era canto.... Aiii, que sauda-

des!...

Yanira Tiny

Hoje festeja-se mais um aniversário da minha segunda casa, o

IDF,lugar onde cresci, ganhei maturidade, conheci pessoas e fiz

delas família.

Foram anos passados neste instituto e com eles foram acompa-

nhadas as mudanças. Hoje sinto-me uma mulher, mulher essa que

passou por várias aventuras e pronta para novos obstáculos.

Embora longe, guardo e sempre guardarei boas e menos boas

memórias que criei na escola, até porque parte disso transformou-me

na pessoa que sou.

Bom, só me resta dizer que desejo as melhores felicitações para a escola e sucesso para todos

aqueles que estão a passar pelo que passei. Verão que vale a pena!

Cátia Vera Cruz

ERA UMA VEZ… IDF

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O ano letivo de 2015/2016 foi um ano de transição para a comunidade escolar do IDF. Transição esta que

se deve ao facto da nossa escola deixar de ser um Instituto Diocesano e passar a ser uma Escola Portugue-

sa.

No dia 27 de setembro de 2015 foi oficializada a passagem do IDF para Escola Portuguesa, embora esta

já assim pudesse ser considerada desde o primeiro dia deste mês. O último ano letivo serviu para que nos

pudéssemos adaptar a esta mudança e dizer adeus a 28 anos de “Instituto Diocesano de Formação João

Paulo II”.

Além da adaptação ao novo modelo escolar, eu pessoalmente, tive também que me adaptar à realidade

do secundário, sendo esta ainda mais difícil na minha opinião. Tive que me habituar à mudança de horário

de trabalho, ao maior nível de exigência imposto pelos professores e também à minha participação no jornal

da escola.

Embora seja difícil lidar com mudanças, tenho esperança que a nossa escola beneficie desta transição

para que todos possamos continuar ter um ambiente de trabalho agradável e espero também que a nossa

nova “escola portuguesa” nos proporcione tão boas ou melhores memórias que o ancião IDF.

Amauri Couto 10º CTA

ERA UMA VEZ… IDF

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SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

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São Tomé e Príncipe