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Curso de Ciências Contábeis Artigo Original
SPED – SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL SPED - PUBLIC SYSTEM OF BOOKKEEPING DIGITAL Rostan Cordeiro Lins1, Itamar da Silva Rodrigues2 1 Aluno do Curso de Ciências Contábeis 2 Professor do Curso de Ciências Contábeis RESUMO
O Sistema Público de Escrituração Digital – SPED é um projeto governamental de fiscalização digital que da uma resposta às
intenções de modernização do sistema tributário brasileiro, objetivando a uniformização das informações produzidas pelos
contribuintes, tornando-se a maior ferramenta das administrações tributárias ao combate as ilegalidades tributárias e reduzindo os
excessivos gastos desnecessários, contendo os altos custos das operações e das produções de informações fiscais, otimizando as
atividades, não apenas das autoridades fiscais, mas também dos próprios contribuintes e usuários de dados tratados no sistema
tributário fiscal nacional. Entretanto, sendo uma mudança radical e onerosa nas atividades das empresas para adaptarem-se aos seus
moldes, tanto empresas como profissionais envolvidos apresentam dificuldades em sua adoção, onde desta forma mostra-se como um
desafio real a ser atingido, necessitando de preparação e programação além tempo. Contudo, para aqueles que “largarem” à frente em
sua implantação e utilização, facultados ou não, terão vantagens sobre os demais concorrentes por terem uma melhora significativa em
suas atividades, causada pela redução dos custos, padronização, tempestividade e confiabilidade na produção de suas informações
entre outros benefícios, facilitando o controle da administração, convertendo-se em uma ferramenta essencial e estratégica para
empresas e usuários do SPED e, para o profissional contábil, a oportunidade para a uma valorização maior da classe, onde este
encontra-se como expoente principal, desde sua implantação, passando por sua condução ate a sua plena consolidação na
companhia. Após análise e fundamentação literária em matérias dispostos no próprio site do SPED, como manuais de orientação para
cada módulo do Sistema Público de Escrituração Digital, tendo ainda embasamento na exploração nas próprias leis, normas e
instruções normativas, legislação em geral, publicadas em sites governamentais, como também visitas em sites de “especialistas”
como blogs, colunas ou sites especializados como partais dos CRC’s, canais de hangout e palestras, a fim de objetivar o domínio
regulador e compulsório do fisco através do Sistema Público de Escrituração Digital frente aos contribuintes e conclusivamente uma
ascendente etapa da modernização tributária/fiscal nacional.
Palavras Chaves: Sistema Público de Escrituração Digital; Fiscalização Eletrônica; Documentos Eletrônicos.
ABSTRACT
The Public Digital Bookkeeping System - SPED is a government project of digital surveillance that's a response to the Brazilian tax
system modernization intentions, aiming at standardizing the information produced by the taxpayers, becoming the greatest tool of tax
administrations to combat illegalities tax and reducing excessive unnecessary expenses, containing the high costs of operations and tax
information production, optimizing the activities not only of the tax authorities, but also of their own taxpayers and users of data proces-
sed in national tax tax system. However, being a radical and costly change in the activities of enterprises to adapt to your molds, both
companies and professionals involved have difficulties in its adoption, which in this way proves to be a real challenge to be achieved,
requiring preparation and programming addition time. However, for those who "largarem" ahead in its implementation and use, provided
or not, will have advantages over other competitors to have a significant improvement in its activities caused by cost reduction, standar-
dization, timeliness and reliability in the production of their information among other benefits, facilitating the control of management,
becoming an essential and strategic tool for companies and users of SPED and, for accounting professional, the opportunity for a grea-
ter appreciation of the class, where it is as an exponent principal, since its implementation, through his conduct until its full consolidation
in the company. After analysis and literary grounding in materials prepared in SPED own website as guidance manuals for each module
Public Digital Bookkeeping System, and has basis in exploration in their own laws, rules and regulatory instructions in general legisla-
tion, published on government websites as well as visits to the "experts" sites such as blogs, columns or specialized sites like partais of
CRC's hangout channels and lectures in order to objectify the regulatory domain and compulsory Inland revenue through the Bookkee-
ping Digital Public System front taxpayers and conclusively an upward step in the tax / national tax modernization.
Keywords: Digital Bookkeeping Public System ; Electronic surveillance ; Electronic Documents.
Contato: rosthanlins@hotmail.com.br
2
1 - INTRODUÇÃO
Embora o Sistema Público de Escrituração
Digital seja tratado nos meados dos anos dois mil,
a idéia de compartilhar informações fis-
cais/tributárias entre a união, estados, municípios
e Distrito Federal, desde os anos de 1960, como
pode ser verificado no artigo 199 e em seu pará-
grafo único da Lei nº 5.172 de 25 de outubro de
1966 do Código Tributário Nacional.
Logo, entende-se que as intenções das
administrações tributárias em ter um projeto de
domínio sobre os contribuintes vêm sendo
pleiteado antecedentemente da era digital, sendo
esta, um dos principais impecílios para o entrave
ou “engavetamento” do projeto, pois os altos
custos para manter as múltiplas Unidades
Federativas, Municípios e o Distrito Federal em
constante consonância e padronização,
inviabilizavam tais intenções.
Mas com a prosperidade tecnológica,
principalmente da internet e com a tendência e a
necessidade econômica-social do mercado
brasileiro ter de “crescer”, evoluir, tanto
internamente quanto para o cenário internacional,
houve a necessidade de o governo brasileiro estar
um passo a frente aos entes que compõe a
estrutura mercadológica brasileira e com os quais
se correlacionam internacionalmente, tendo as
empresas como principal alvo, no que se refere ao
combate à sonegação fiscal, o governo toma
iniciativa e lançam varias medidas que moldam e
possam permitir o desenvolvimento e aplicação do
projeto do Sistema Público de Escrituração Digital
– SPED.
Dentre essas medidas, destacam-se a
Emenda Constitucional nº 42 de 19 de dezembro
de 2003, onde instituiu-se o inciso XXII ao art.37
da Constituição Federal na Constituição Federal,
regendo as Administrações Tributárias da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
atuarem de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais. E o Decreto 6.022 de 22 de janeiro de
2007, onde este instaura Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED com o intuito de
modernizar a fiscalização das autoridades
tributárias nacionais sob todos os contribuintes.
2 - MÉTODO DE PESQUISA
A pesquisa pode ser caracterizada em
pesquisa exploratória e descritiva, sendo focados
os objetivos da pesquisa, onde para
desenvolvimento da obra é necessário à utilização
de revisões e consultas bibliográficas, artigos e
trabalhos científicos, para proporcionar uma
melhor familiarização ao conteúdo com intenção
de suscitar hipóteses, reformular ideais e obter
conclusões onde o desenvolvimento de conceitos
será exposto no corpo deste trabalho científico,
após observando os fatos, registros e interpreta-
los.
3 - DISCUSSÃO
3.1 - CADASTRO SINCRONIZADO NACIONAL
Com a formulação do Cadastro
Sincronizado Nacional, fundamentado na Emenda
Constitucional 42/03 e posteriormente na Lei
Complementar 123/06 e Instrução
Normativa RFB 1183/2011, tendo o número de
inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ) como identificador em todas as esferas do
Governo, onde consiste na integração dos
procedimentos cadastrais de pessoas jurídicas e
demais entidades no âmbito das Administrações
Tributárias da União, dos Estados do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como de outros
órgãos e entidades que fazem parte do processo
de registro e legalização de negócios no Brasil.
Este aparece como solução para
compartilhar os registros e formalizações de
empresas e demais entidades entre os mais
diversos órgãos de registro e formalização,
sincronizando diversos cadastros existentes,
respeitando as demandas dos órgãos e entidades
3
em relação à necessidade de informações
específicas de cada um, apresentando de forma
coesa as mesmas informações cadastrais em todo
território nacional.
3.2 - INFRAESTRUTURA DE CHAVES
PÚBLICAS BRASILEIRA - ICP-BRASIL
Mais um passo importante para fazer com
que o projeto SPED seja instituído de fato, o
Governo adota um conjunto de medidas como,
Normas, Decretos e etc., destaca-se a Medida
Provisória com força de lei nº 2.200-2 de 24 de
agosto de 2001 que visando as inúmeras
transações de tráfegos de dados ou documentos
eletrônicos, onde estes necessitaram da adoção
de mecanismos de segurança capazes de garantir
autenticidade, confidencialidade e integridade
destas informações eletrônicas.
Então através desta Medida Provisória
instaura-se a Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira - ICP-Brasil que é uma cadeia
hierárquica e de confiança que viabiliza a emissão
de certificados digitais para identificação virtual,
garantindo a validade jurídica de documentos
eletrônicos e a utilização de certificados digitais
para atribuir autenticidade e integridade aos
documentos, sendo o Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação - ITI que é um órgão
governamental que desempenha o papel de
autoridade que executa as Políticas de
Certificados e normas técnicas e operacionais, ou
seja, apenas a ele compete emitir, expedir,
distribuir, revogar e gerenciar os certificados das
autoridades certificadoras de níveis imediatamente
subsequentes a ele.
3.3 - ENTIDADES AUTORIZADAS À EMISSÃO
A infraestrutura de certificação digital
adotada pelo Brasil é o de Certificação com raiz
única onde adere à criptografia de Chave Pública,
onde os algoritmos de Chave Pública operam com
duas Chaves distintas, a chave privada e a chave
pública, onde são geradas concomitantemente e
apenas se relacionam com a chave
correspondente, ou seja, a chave pública com a
chave privada correlata.
Essa infraestrutura é encabeçada pelo
Instituto Nacional de Tecnologia da Informação –
ITI onde atua como autoridade máxima denomina-
se Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz), sendo
ela a instituição que gera as chaves das
Autoridades Certificadoras (AC) e que
regulamenta as atividades de cada uma da ACs.
A outra parte dessa infraestrutura são as
Autoridades Certificadoras (AC) que são
entidades, públicas ou privadas, subordinadas à
hierarquia da ICP-Brasil, responsáveis pela
emissão, distribuição, renovação, revogação e
gerenciamento de certificados digitais, onde estas
instituições (ACs) devem ser credenciadas a
Autoridade Certificadora Raiz (AC-Raiz) que
devem ser procuradas por quem deseja obter
certificado digital legalmente reconhecido no
Brasil, como algumas exemplificadas a abaixo:
• Serpro;
• Caixa Econômica Federal;
• Serasa;
• Receita Federal;
• Certisign;
• Imprensa Oficial;
• AC-JUS (Autoridade Certificadora da Jus-
tiça);
• ACPR (Autoridade Certificadora da Presi-
dência da República);
• Casa da Moeda do Brasil.
3.4 - CERTIFICAÇÃO DIGITAL e CERTIFICADO
DIGITAL
Na era digital, as trocas de informações,
envio de mensagens, envio de dados,
documentos, transações comerciais, fiscais,
jurídicas, políticas, etc., passam a ser feitas
através da rede de computadores, pela internet
onde, tornam-se mais frequente e de forma cada
vez mais célere, onde nesse meio virtual não
4
recende idoneidade para esses eventos.
Em vista a essa insegurança virtual a
Certificação Digital é a ferramenta tecnologia que
assume a capacidade de resolver problemas como
a autenticidade, integridade e confiabilidade de
eventos que são processados nesse meio.
A certificação digital permite a utilização da
Internet como meio de comunicação alternativo
para a disponibilização de diversos serviços com
uma maior agilidade, facilidade de acesso e
redução de custos, dentre outros benefícios para
cidadãos, governo, empresas e instituições em
sua adoção.
A criptografia, em suma, é a codificação de
uma sequencia numérica/textual, assim sendo, a
autenticação dos algoritmos criptografados de uma
chave pública é chamada de assinatura digital que
é a forma segura e eficaz de garantir e identificar a
autoria de documentos eletrônicos. De forma geral
funciona como uma identificação virtual para ser
utilizada no meio digital.
Logo, o certificado digital é um documento
eletrônico, assinado digitalmente, de existência
apenas no meio virtual, onde uma pessoa física ou
jurídica é interligada a uma chave pública.
Alguns dados devem constar num
Certificado Digital para que passar a credibilidade
desejável e status de identificação eletrônica,
como algumas das seguintes informações que
devem apresentar:
• Nome da pessoa ou entidade a ser
associada à chave pública;
• Período de validade do certificado;
• Chave pública;
• Nome e assinatura da entidade que
assinou o certificado;
• Número de série.
Após a adesão do certificado digital os
usuários dele poderão transitar seus dados ou
documentos eletrônicos na internet com segurança
capaz de garantir autenticidade, confidencialidade
e integridade às informações eletrônicas.
3.5 - TIPOS DE CERTIFICADOS E PRAZOS DE
VALIDADE
Conforme a ICP-Brasil são oito tipos de
Certificados, sendo dividido em duas categorias, a
categoria A e a S.
A categoria S é utilizada na codificação de
documentos, dados, mensagens eletrônicas, ou
outras atividades, sendo sempre de caráter
sigiloso, a categoria A é usada para atividades de
autenticação e identificação.
Cada categoria subdivide-se numa série de
1 a 4:
• Série A (A1, A2, A3 e 4);
• Série S (S1, S2, S3 e S4).
Onde se diferem pelo uso, nível de
segurança e validade, ver abaixo:
• A1 e S1: O processo de geração das
chaves criptográficas com tamanho mínimo de
1024 bits, feita por software e armazenada em
computador com validade máxima de um ano;
• A2 e S2: O processo de geração das
chaves criptográficas com tamanho mínimo de
1024 bits, feita por software e armazenada em
cartão inteligente (smartcards) ou cartão de
memória (token USB ou pen drive), com validade
máxima de dois anos;
• A3 e S3: O processo de geração das
chaves criptográficas com tamanho mínimo de
1024 bits, feita por hardware e armazenada em
cartão inteligente (smartcards) ou cartão de
memória (token USB ou pen drive), com validade
máxima de três anos;
• A4 e S4: O processo de geração das
chaves criptográficas com tamanho mínimo de
2048 bits, feita por hardware e armazenada em
cartão inteligente (smartcards) ou cartão de
memória (token USB ou pen drive), com validade
máxima de três anos.
3.6 - E-CPF, E-CNPJ, E-PJ
São certificados digitais do tipo A1 e A3
5
podendo ser emitido em nome de uma pessoa
física (e-CPF) ou de uma pessoa jurídica (e-CNPJ)
e o e-PJ (ou e-NFe) é um certificado emitido para
uma pessoa jurídica com os dados de uma pessoa
física que será a sua representante na assinatura
dos documentos eletrônicos, segue as
especificidades abaixo:
• e-CPF - Certificado digital direcionado a
pessoas físicas;
• e-CNPJ - Certificado digital direcionado a
pessoas Jurídica;
• e-PJ - Criado para ser utilizado na
emissão das notas fiscais eletrônicas
proporcionando uma maleabilidade na utilização
por funcionários da empresa e não apenas pelo
seu representante legal.
3.7 - BENEFÍCIOS
Com o Certificado Digital os benefícios de
sua utilização podem ser dos mais diversos
serviços online disponibilizados pelas três esferas
do governo, a Federal, Estadual e Municipal, são
eles dentre outros:
• Economia de tempo;
• Redução de custos;
• Desburocratização de processos;
• Validade jurídica nos documentos
eletrônicos;
• Eliminação de papeis e a autenticação na
Internet com segurança;
• Emitir comprovantes de arrecadação de
pagamento de tributos;
• Retificar possíveis erros no preenchimento
de Darf;
• Parcelar débitos fiscais;
• Realizar todas as transações relativas ao
comércio exterior;
• Emitir nota fiscal eletrônica.
3.8 - CERTIFICADOS DIGITAIS NO NOVO
PADRÃO V2
A Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira - ICP-Brasil emitiu a Resolução nº 65 de
09 de junho de 2009, onde as Autoridades
Certificadoras brasileiras devem emitir
obrigatoriamente Certificados Digitais no novo
padrão V2 e substituição do padrão V1, a partir de
janeiro de 2012, pois os Certificados Digitais
padrão V2 são Certificados Digitais
tecnologicamente mais avançados que a versão
padrão V1, onde as mídias da versão anterior V1
não suportam a capacidade computacional do
novo padrão V2 que passaram de 1.024 para
2.048 bits.
3.9 - EMPRESAS OBRIGADAS
A Receita Federal do Brasil edita varias
instruções normativas que rege sobre
obrigatoriedade de apresentação de declarações
com assinatura digital foram publicadas as
Instruções Normativas RFB nº 995 e 996/2010
alterando a IN RFB nº 969/2009, a RFB nº
1.036/2010, que alterou as instruções normativas
RFB nº 974/2009 e 1.015/2010 efetivando a
obrigatoriedade mediante utilização de certificado
digital válido, para apresentação de declarações à
Receita Federal do Brasil por todas as pessoas
jurídicas, seja elas tributadas com base no lucro
real, no lucro presumido ou no lucro arbitrado,
dispondo principalmente sobre os prazos e
apresentação de declarações e demonstrativos
com certificação digital.
Destaque para resolução do Comitê Gestor
do Simples Nacional - CGSN nº 122/2015 que
estabelece à obrigatoriedade do Certificado Digital
para empresas optantes pelo Simples Nacional,
que para entrega a de forma eletrônica da GFIP e
o eSocial, necessitarão da Certificação Digital,
como exemplificado no resumo abaixo:
• Até 31 de dezembro de 2015, para
empresas com mais de 10 (dez) empregados;
• A partir de 1º de janeiro de 2016, para
empresas com mais de 8 (oito) empregados;
• A partir de 1º de julho de 2016, para
empresas com mais de 5 (cinco) empregados.
6
• A partir de 01/01/2016 os Estados poderão
exigir das empresas enquadradas no simples que
para as entregas das informações relativas à
substituição tributária, diferencial de alíquota ou
recolhimento antecipado do ICMS em caso de uso
da emissão de documento fiscal eletrônico.
3.10 - RENOVAÇÃO E TIPOS DE RENOVAÇÃO
O Certificado Digital é um documento
eletrônico com data de validade, ou seja, expira de
acordo com o tipo de contrato feito com a
Autoridade Certificadora - AC credenciadas que
vão de 1 ano a 3 anos, onde entre esse período
pode ser solicitado a renovação e emissão do
Certificado Digital a ser renovado.
O processo de solicitação de renovação
pode se realizado das seguintes maneiras, pre-
sencial (Renovação Validação presencial) e on-
line (Renovação Validação eletrônica):
a) RENOVAÇÃO COM VALIDAÇÃO
ELETRÔNICA
O procedimento da solicitação da renovação
é on-line e, o titular do Certificado Digital não
precisa da reapresentação dos documentos de
forma presencial, ou seja, para a geração do novo
par de chaves, necessita-se apenas se identifica
de forma eletrônica utilizando o Certificado Digital
válido como comprovação do titular.
No processo de renovação aceita-se apenas
simples mudanças dos dados cadastrais, caso
necessite, como a alteração de e-mail e optar por
um novo tipo de mídia (Cartão/Token), onde
qualquer outra alteração não será considerada
como renovação passando a ser considerado uma
aquisição de um novo Certificado Digital.
b) RENOVAÇÃO COM VALIDAÇÃO
PRESENCIAL
O procedimento da solicitação da renovação
é on-line, mas o titular do Certificado Digital preci-
sa se identificar de forma presencial na Autoridade
Certificadora - AC credenciada, munido de docu-
mentos e comprovantes nessa instituição de vali-
dação do âmbito da ICP-Brasil.
No processo de renovação aceita-se a
alteração de todos dados cadastrais, escolher uma
nova mídia criptográfica, optar pelo tipo A1 ou A3 e
definir a validade para o seu Certificado Digital.
4 - SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO
DIGITAL - SPED
Após o preparo de todo o envolto
tecnológico, legislativo/normativo para poder
receber o projeto do Sistema Público de
Escrituração Digital, este começa a ser
desenvolvido pelo Serpro ainda no governo do ex-
presidente Fernando Henrique Cardoso com a
edição da Lei nº 9989 de 2000 onde tem
fundamentação do Projeto de Modernização da
Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que
consiste na implantação de processos apoiados
por sistemas de informação integrados, tendo
como foco principal a eliminação do forte grau de
descentralização fiscal do Brasil, que encontra-se
multifacetado, ineficiente e moroso fazendo com
que o custo público e privado do cumprimento das
obrigações tributárias tornem-se alto, criando um
claro empecilho ao investimento, geração de
empregos e desenvolvimento.
Dentre as medidas anunciadas pelo
Governo Federal com o intuito de modernizar a
sistemática atual do cumprimento de obrigações
acessórias, impostas aos contribuintes pelas
Administrações Tributárias e órgãos fiscalizadores,
por meio do Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de
2007 e alterado pelo Decreto nº 7.979, de 8 de
abril de 2013, sob a tutela da Receita Federal do
Brasil foi regulamentado e instituído o SPED -
Sistema Público de Escrituração Digital,
pretendendo o aperfeiçoamento do Sistema
Tributário, intenta-se que o Sped possa remover
obstáculos administrativos e burocráticos ao
crescimento econômico e aumentar os processos
de interação entre a administração pública e as
7
empresas em geral.
“O SPED (Sistema Publico de Escrituração
Digital) consiste em um programa de
modernização da sistemática de cumprimento das
obrigações acessórias, em que as empresas se
tornam obrigadas a emitir, de forma padronizada e
em meio digital, seus livros e documentos
contábeis e fiscais.”
Receita Federal do Brasil
O projeto do SPED Brasileiro teve como
base o modelo de supervisão fiscal do Chile e o
México, que serviram como ponto de partida para
a elaboração do projeto. (AZEVEDO; MARIANO,
2009).
4.1 - PREMISSAS DO SISTEMA PÚBLICO DE
ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED
Desde 2006 o Sistema Público de
Escrituração Digital - SPED vem sendo
implementado e constitui-se como um avanço
tecnológico na fiscalização digital dos tributos mais
representativos na arrecadação através de
módulos implantados e sucessivamente exigidos
de modo eficiente e eficaz para fiscalizar os
contribuintes, pois todas as informações prestadas
de forma eletrônica às administrações tributárias,
sendo elas contábeis, fiscais, trabalhistas e
previdenciárias estarão à disposição do fisco para
que possa ser realizados cruzamentos de dados
tributários.
Logo, as empresas terão que se preparar
para a adoção do SPED, onde devem observar,
dentre outras peculiaridades inerentes ao seu tipo
e porte empresarial, as seguintes diretrizes:
4.1.1 - CONHECER O PROJETO
É fundamental conhecer o projeto, seus
aspectos técnicos e legais.
O SPED foi instituído pelo Decreto nº 6.022,
de 22 de janeiro de 2007 e alterado pelo Decreto
nº 7.979, de 8 de abril de 2013 e está sob a tutela
da Receita Federal do Brasil e outros órgãos
fiscalizadores, onde moderniza a forma de
cumprimento e transmissão das obrigações
acessórias às autoridades tributárias.
Analisar quais subprojetos do SPED estará
compulsoriamente inserido em seu regime
tributário/fiscal.
Atualmente o Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED é composto de seis
subprojetos:
• ECD - Escrituração Contábil Digital
• EFD - Escrituração Fiscal Digital
• EFD - Contribuições
• NF-e - Nota Fiscal Eletrônica
• e-Social (2016)
• ECF - Escrituração Contábil Fiscal
4.1.2 - CONHECER O OBJETIVO
O SPED visa à integração das
administrações tributárias de forma padronizada,
simplificando a sistemática atual burocrática,
descentralizada e custosa do cumprimento das
obrigações acessórias. Em suma o SPED tem
como objetivo a unificação de forma padronizada e
digital das informações tributárias, enviadas as
autoridades de todos os entes federativos em uma
única base de dados.
4.1.3 - ESTAR ATENTO AOS PRAZOS
O projeto SPED é composto atualmente por
seis subprojetos, onde cada um deles possui
prazos de obrigatoriedade de entrega diferentes:
• ECD - Escrituração Contábil Digital deverá
ser entregue, pelas pessoas jurídicas a ela
obrigadas, até o dia 31.05.2016, relativamente ao
ano calendário 2015, conforme definido pelo art. 5º
da Instrução Normativa RFB 1.420/2013;
• EFD - Escrituração Fiscal Digital, a
obrigatoriedade da EFD-ICMS/IPI segue a
legislação de cada estado. Mas deve-se observar
o ajuste SINIEF nº 10 de 13/06/2014 que em sua
cláusula primeira altera o § 7º da cláusula terceira
do Ajuste SINIEF 02/09, de 03 de abril de 2009,
com a redação que se segue:
"§ 7º A escrituração do Livro de Registro de
8
Controle da Produção e do Estoque, pelos
contribuintes a ela obrigados nos termos do § 4º
do art. 63 do Convênio S/N, de 15 de dezembro de
1970, será obrigatória na EFD a partir de:
I - 1º de janeiro de 2015, para os
contribuintes relacionados em protocolo ICMS
celebrado entre as administrações tributárias das
unidades federadas e a RFB;
II - 1º de janeiro de 2016, para os demais
contribuintes.";
• EFD – Contribuições será transmitida
mensalmente ao ambiente do Sped até o 10º
(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente
ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos
de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou
parcial, conforme definido pela Instrução
Normativa RFB nº 1.252, de 2012, art. 7º;
• NF-e - Nota Fiscal Eletrônica a
obrigatoriedade dependerá do tipo de atividades;
• e-Social (2016) Os prazos foram definidos
por meio da Circular CEF nº 683/2015, sendo para
empregadores com faturamento no ano de 2014
acima de R$ 78.000.000,00 a partir de setembro
de 2016 e as demais empresas, a partir de janeiro
de 2017;
• ECF - Escrituração Contábil Fiscal tem
prazo final de entrega estipulado
para 30.09.2015, relativamente ao ano
calendário 2014, conforme definido pelo art. 3º
da Instrução Normativa RFB 1.422/2013, na
redação dada pela Instrução Normativa RFB
1.524/2014.
4.1.4 - SABER SE ESTÁ OBRIGADO
O tipo de SPED o qual terá que transmitir
obrigatoriamente depende do tipo e porte da
empresa para saber de qual o tipo de SPED estará
submetido conforme a seguir:
• ECD: Com a revogação da Instrução
Normativa RFB no 787/07, segue-se o art. 3o da
Instrução Normativa RFB no 1.420/2013, estão
obrigadas a adotar a ECD - Escrituração Contábil
Digital, em relação aos fatos contábeis ocorridos a
partir de 1º de janeiro de 2014:
I - As pessoas jurídicas sujeitas à tributação
do Imposto sobre a Renda com base no lucro real;
II - As pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro presumido, que distribuírem, a título de
lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda
Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou
dividendos superior ao valor da base de cálculo do
Imposto, diminuída de todos os impostos e
contribuições a que estiver sujeita; e
III - As pessoas jurídicas imunes e isentas
que, em relação aos fatos ocorridos no ano
calendário, tenham sido obrigadas à apresentação
da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições,
nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252,
de 1º de março de 2012.
IV – As Sociedades em Conta de
Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio
ostensivo.
Para as demais empresas a ECD é
facultativa e, para as microempresas e empresas
de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
estão dispensadas desta obrigação.
• EFD: cada estado tem divulgado em seus
portais a lista das empresas obrigadas a enviar o
arquivo eletrônico com as informações fiscais em
setembro deste ano.
• ECF: São obrigadas ao preenchimento da
ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes
e isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real,
lucro arbitrado ou lucro presumido, exceto:
I - As pessoas jurídicas optantes pelo
Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples Nacional), de que trata a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006;
II - Os órgãos públicos, às autarquias e às
fundações públicas;
9
III - As pessoas jurídicas inativas de que
trata a Instrução Normativa RFB nº 1.536, de 22
de dezembro de 2014; e
IV - As pessoas jurídicas imunes e isentas
que, em relação aos fatos ocorridos no ano-
calendário, não tenham sido obrigadas à
apresentação da Escrituração Fiscal Digital da
Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a
Receita (EFD-Contribuições), nos termos da
Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março
de 2012.
• EFD – Contribuições: São obrigadas à
escrituração fiscal digital em referência:
I - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;
II - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à
tributação do Imposto sobre a Renda com base no
Lucro Presumido ou Arbitrado;
III - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º
e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro
de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de
1983;
IV - em relação à Contribuição
Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de março de
2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as
atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da
Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011,
convertida na Lei nº 12.546, de 2011;
V - em relação à Contribuição Previdenciária
sobre a Receita, referente aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as
pessoas jurídicas que desenvolvam as demais
atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no
Anexo II, todos da Lei nº 12.546, de 2011.
• e-Social: Na Resolução Comitê Diretivo do
esocial nº 1 de 24.06.2015, rege que as empresas
deverão seguir um cronograma que obrigará
empresas com faturamento acima de r$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões reais) a
transmissão a partir da competência setembro de
2016 e as demais empresas em apenas no ano
de 2017, exceto as de tratamento diferenciado,
simplificado e favorecido a ser dispensado às
microempresas e empresas de pequeno porte, ao
Micro Empreendedor Individual (MEI) com
empregado, ao empregador doméstico, ao
segurado especial e ao pequeno produtor rural
pessoa física será definido em atos específicos.
• NF-e: a obrigatoriedade acontece através
de ramos de negócio, divulgados através do portal
da NF-e: www.nfe.fazenda.gov.br.
4.1.5 - CONHECER OS RISCOS
A Receita Federal do Brasil com seu
arcabouço tecnológico e, através do Sistema
Público de Escrituração Digital – SPED
uniformizou as relações entre os bancos, às
pessoas, empresas e as governo cruzando
informações, operações de compra e venda de
mercadorias e serviços em geral, incluídos os
básicos (luz, água, telefone, saúde), Notas Fiscais
Digitais bem como financiamentos em geral, todos
dados e movimentações financeiras de CPF’s ou
CNPJ’s, seja nos municípios, estados ou Distrito
Federal, são confrontados de forma on-line com
registros de imóveis junto aos cartórios, bem como
veículos náuticos e terrestres, etc., junto a
DETRANS, bancos (todas as movimentações
financeiras inclusive poupança e aplicações),
operadoras financeiras, de cartões de
créditos/débitos, previdências privadas e etc.
10
Desta forma o risco para o
contribuinte aumentou após a implantação do
SPED, pois ele assina digitalmente e homologa
todas as informações contábeis e fiscais,
declarando veracidade de todo conteúdo de seu
arquivo na transmissão deles ao ambiente do
SPED.
As penalidades para as empresas que não
se adaptarem ou não cumprirem as obrigações
impostas pelo SPED são das mais diversas como
redigido nas leis 12.873/13, 12.973/14 e 8.137/90
transcritas abaixo:
4.1.5.1 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE
1990
A não utilização das normas definidas pelo
SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que
disciplina os crimes contra a ordem tributária:
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-
tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição
social e qualquer acessório, mediante as seguin-
tes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração
falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo
elementos inexatos, ou omitindo operação de
qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-
mento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou
utilizar documento que saiba ou deva saber falso
ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando
obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,
relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em
desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da
exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)
dias, que poderá ser convertido em horas em ra-
zão da maior ou menor complexidade da matéria
ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-
gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
4.1.5.2 - LEI 12.873, DE 24 DE OUTUBRO DE
2013
As multas que serão aplicadas as pessoas
jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de
direito público e multas relativas às pessoas físicas
que deixar de cumprir as obrigações acessórias
relativas aos impostos e contribuições por ela ad-
ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à
escrituração digital – SPED, como transcrito abai-
xo:
• Penalidades para as pessoas jurídicas de
direito privado:
1. Por apresentação extemporânea
(fora do prazo):
a) R$ 500,00 por mês-calendário ou
fração para PJ tributada pelo lucro presumido ou
Simples Nacional ou PJ em início de atividade ou
que seja imune ou isenta;
b) R$ 1.500,00 por mês-calendário
ou fração para demais PJ.
2. R$ 500,00 por mês-calendário,
caso o contribuinte seja intimado pela RFB e não
cumpra o prazo estipulado pela autoridade fiscal.
3. 0,3% sobre o valor das transações
comerciais ou das operações financeiras, próprias
da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos
quais
seja responsável tributário, não inferior a
R$100,00, no caso de apresentar informações
inexatas, incompletas ou omitidas.
Sendo que as multas serão reduzidas pela
metade quando as obrigações acessórias forem
apresentadas antes de qualquer procedimento de
ofício e para as empresas tributadas pelo Simples
Nacional, terão as multas reduzidas em 70%.
11
No caso da EFD ICMS/IPI, além das pena-
lidades acima, também serão aplicadas as penali-
dades previstas na legislação tributária de cada
unidade federada.
• Penalidades para as pessoas jurídicas de
direito publico, como União, Estados e Municípios,
as multas serão:
1. R$ 500,00 por mês-calendário ou
fração por apresentação extemporânea (fora do
prazo);
2. R$ 500,00 por mês-calendário
quando a PJ for intimada pela RFB e não cumprir
o prazo estipulado pela autoridade fiscal;
3. 1,5% sobre do valor das
transações comerciais ou das operações
financeiras, próprias ou de terceiros em relação
aos quais seja responsável tributário, não inferior a
R$ 50,00, no caso de apresentar informações
inexatas, incompletas ou omitidas.
4.1.5.3 - LEI Nº 12.973, DE 13 DE MAIO DE 2014
A Lei nº 12.973/14 altera o Decreto-Lei
no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, onde rege
as novas penalidades para as empresas, nesse
caso, as obrigadas à entrega da ECF - Escritura-
ção Contábil Fiscal, que apresentar com inexati-
dões, incorreções, omissões ou deixar de apresen-
ta-la, fica sujeito às seguintes multas:
I - equivalente a 0,25% (vinte e cinco centé-
simos por cento), por mês-calendário ou fração, do
lucro líquido antes do Imposto de Renda da pes-
soa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, no período a que se refere a apuração,
limitada a 10% (dez por cento) relativamente às
pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou
apresentarem em atraso o livro; e
II - 3% (três por cento), não inferior a R$
100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou
incorreto.
§ 1o A multa de que trata o inciso I
do caput será limitada em:
I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as
pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior
tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior
a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil
reais);
II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)
para as pessoas jurídicas que não se enquadra-
rem na hipótese de que trata o inciso I deste pará-
grafo.
§ 2o A multa de que trata o inciso I
do caput será reduzida:
I - em 90% (noventa por cento), quando o li-
vro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o
prazo;
II - em 75% (setenta e cinco por cento),
quando o livro for apresentado em até 60 (sessen-
ta) dias após o prazo;
III - à metade, quando o livro for apresenta-
do depois do prazo, mas antes de qualquer proce-
dimento de ofício; e
IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se
houver a apresentação do livro no prazo fixado em
intimação.
§ 3o A multa de que trata o inciso II
do caput:
I - não será devida se o sujeito passivo cor-
rigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes
de iniciado qualquer procedimento de ofício; e
II - será reduzida em 50% (cinquenta por
cento) se forem corrigidas as inexatidões, incorre-
ções ou omissões no prazo fixado em intimação.
§ 4o Quando não houver lucro líquido, antes
do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no
período de apuração a que se refere a escritura-
ção, deverá ser utilizado o lucro líquido, antes do
Imposto de Renda e da Contribuição Social do
último período de apuração informado, atualizado
pela taxa referencial do Sistema Especial de Li-
quidação e de Custódia - Selic, até o termo final
de encerramento do período a que se refere a
escrituração.
12
4.1.6 - CONHECER OS BENEFÍCIOS
O SPED é sem duvida uma revolução das
atividades relacionadas ao governo/contribuintes,
é uma evolução dessa relação onde também gera
benefícios para ambas as partes fora dessa
relação. Dentre outros benefícios, apontam-se
alguns:
4.1.6.1 - BENEFÍCIOS PARA O CONTRIBUINTE
• Redução de custos, agilidade e segurança
para as empresas;
• Simplificação e desburocratização das
obrigações acessórias;
• Redução de erros de escrituração;
• Otimização dos processos de organização,
guarda e gerenciamento de documentos
eletrônicos, facilitando a recuperação, consulta e
intercâmbio das informações;
• Facilitação e simplificação da Escrituração
Fiscal e contábil;
• Fortalecimento do exercício da cidadania,
contribuindo com a redução da sonegação fiscal;
• Redução do consumo de papel, com
impacto positivo em termos ecológicos;
• Padronização dos relacionamentos
eletrônicos entre empresas;
• Surgimento de oportunidades de negócios
e empregos.
4.1.6.2 - BENEFÍCIOS PARA OS
ADMINISTRADORES TRIBUTÁRIOS
• Eliminação das fraudes relacionadas à
autorização e emissão de documentos fiscais;
• Melhoria no processo de controle fiscal,
possibilitando um melhor intercâmbio e
compartilhamento de informações entre os fiscos;
• Redução de custos;
• Diminuição da sonegação e aumento da
arrecadação sem aumento de carga tributária;
• Aumento da confiabilidade dos
documentos fiscais e das informações.
4.1.7 - REVISAR OS PROCEDIMENTOS DA
EMPRESA
A empresa antes da formulação das
informações que abastecerá os sistemas de
geração de arquivos para o Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED e, deverá gerir a
qualidade, veracidade e confiabilidade da
informação produzida pelos diversos setores da
empresa sempre de forma clara e objetiva, onde
estes setores devem estar num completo
alinhamento e consonância no uso dos dados,
para uma melhor transformação deles em
informações, montando uma base de dados coesa
e de forma integrada para evitar desconformidade
na geração de informações no processo de
escrituração fiscal e contábil evitando transtornos
internos e conflitos entre os subprojetos do SPED.
4.1.8 - VERIFICAR DADOS DO SISTEMA
O SPED exige reformular a maneira de a
empresa agir, passando de rotinas manuais para
uma moderna, criteriosa e detalhada
sistematização das atividades da empresa, logo,
requer revisão e conferência das documentações
nessa transição do “papel/manual” para
informações digitais, pois as autoridades
tributárias através de cruzamentos de inúmeros e
diversos dados dos contribuintes e, de forma
detalhada, fiscalizarão, sob o risco de muitas
implicações legais.
4.1.9 - DISPOR DOS RECURSOS
NECESSÁRIOS
É notório que para se adaptar ao Sistema
de Público de Escrituração Digital – SPED
necessitará de investimento em material
tecnológico e humano além de imposição legal,
para atender os interesses do Fisco. Uma
reestruturação integrada entre setores através de
sistemas ERP, softwares avançados, que
permitam gerar as informações contábeis e fiscais
de forma eletrônica e planejada além de
certificação digital adequada, excelente conexão
com a Internet e boa estrutura de informática são
requisitos fundamentais para se adaptar a nova
13
realidade tributação e fiscalização eletrônica.
4.1.10 - IMPLANTAR COM ANTECEDÊNCIA
A Receita Federal do Brasil disponibiliza
gratuitamente Programas Validadores, Manuais de
Orientação e etc., para o conhecimento sobre o
projeto e sua complexidade, as empresas devem
imediatamente deixar conceitos arcaicos,
aprimorando-se para a efetiva modernização
devido as grandes mudanças ocasionadas a
adoção do SPED, precisam reavaliar o impacto
produzido, se autoconhecer e, principalmente,
revisar procedimentos internos, ver a necessidade
de aquisição de novas ferramentas, análise das
informações necessárias, testarem e simularem os
efeitos causados nesse novo processo, realizando
pesquisa para uma solução que apresente o
melhor custo-benefício.
Entretanto, isso requer tempo, para a
adaptação e capacitação das empresas nesse
novo meio digital, é imprescindível antecipar-se a
estas medidas, estar a frente dos prazos para
concluir tempestivamente as obrigatoriedades
impostas.
4.2 - SUBPROJETOS SISTEMA PÚBLICO DE
ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED
O SPED consiste num programa implantado
pelo governo federal, no âmbito da Receita
Federal, que teve início com a implantação de três
subprojetos: Escrituração Contábil Digital,
Escrituração Fiscal Digital e Nota Fiscal Eletrônica.
Atualmente são seis módulos como
resumido abaixo:
• Escrituração Contábil Digital (SPED-
Contábil)
• Escrituração Fiscal Digital (SPED-Fiscal)
• NF-e/NFS-e
• Escrituração Fiscal Digital PIS/COFINS
(EFD PIS/COFINS)
• Escrituração Contábil Fiscal (ECF)
• Sistema de Escrituração Fiscal Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
– eSocial (EFD-Social).
Cada módulo tem suas funções e
particularidades, terão quer ser postos ao
programa “validador” respectivo e através
certificação digital, assinado digitalmente,
conferindo validade jurídica à autoria do arquivo,
onde as informações anteriormente prestadas pelo
contribuinte aos órgãos fiscais e juntas comerciais
por meio de livros impressos, passarão a ser
prestadas no formato eletrônico, no layout
estabelecido pela legislação. Ou seja, o
responsável pela empresa, legitima e corrobora a
veracidade do conteúdo dos documentos e dados
enviados através da assinatura digital.
4.3 - OBJETIVO DO SISTEMA PÚBLICO DE
ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED
Conforme o site da Receita Federal do
Brasil o Sped tem os seguintes objetivos, entre
outros:
• Promover à integração dos
fiscos, mediante a padronização e
compartilhamento das informações contábeis e
fiscais, respeitadas as restrições legais.
• Racionalizar e uniformizar as obrigações
acessórias para os contribuintes, com o
estabelecimento de transmissão única de distintas
obrigações acessórias de diferentes órgãos
fiscalizadores.
• Tornar mais célere a identificação de
ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos
processos, a rapidez no acesso às informações e
a fiscalização mais efetiva das operações com o
cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
4.4 - IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS CAUSA-
DAS PELO SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITU-
RAÇÃO DIGITAL - SPED
A inteligência fiscal obriga as empresas
passar a um novo patamar, sendo necessários
altos investimentos e melhoramento
14
administrativos de suas atividades em vários
setores organizacionais para atendimento ao
SPED, onde o reflexo desta modernização
também envolve os profissionais diretamente
ligados, requerendo empenho e gabaritação dos
profissionais melhorando consequentemente o
nível de seu quadro funcional.
As empresas sofrem grandes transtornos
nessa transição de implantação do SPED,
entretanto para aquelas que “enxergam” e fazem
proveitos dessa modernização podem ter
resultados diferenciais na atual competividade
empresarial e em sua relação com o fisco, seja
pela confiabilidade das informações produzidas
concernente as sua atividades bem como a
celeridade das tomadas de decisões ou pela
correta utilização desses dados pelo meio sócio
corporativo em que se encontra inserida, como
exemplificações, interesse de investidores,
valorização de marcas ou produto e imagem social
dentre outros, como elencados a seguir e disposto
no próprio sítio do Sistema Público de Escrituração
Digital:
• Redução de custos com a dispensa de
emissão e armazenamento de documentos em
papel;
• Eliminação do papel;
• Redução de custos com a racionalização e
simplificação das obrigações acessórias;
• Uniformização das informações que o
contribuinte presta às diversas unidades
federadas;
• Redução do envolvimento involuntário em
práticas fraudulentas;
• Redução do tempo despendido com a
presença de auditores fiscais nas instalações do
contribuinte;
• Simplificação e agilização dos
procedimentos sujeitos ao controle da
administração tributária (comércio exterior,
regimes especiais e trânsito entre unidades da
federação);
• Fortalecimento do controle e da
fiscalização por meio de intercâmbio de
informações entre as administrações tributárias;
• Rapidez no acesso às informações;
• Aumento da produtividade do auditor
através da eliminação dos passos para coleta dos
arquivos;
• Possibilidade de troca de informações
entre os próprios contribuintes a partir de um
leiaute padrão;
• Redução de custos administrativos;
• Melhoria da qualidade da informação;
• Possibilidade de cruzamento entre os
dados contábeis e os fiscais;
• Disponibilidade de cópias autênticas e
válidas da escrituração para usos distintos e
concomitantes;
• Redução do “Custo Brasil;
• Aperfeiçoamento do combate à
sonegação;
• Preservação do meio ambiente pela
redução do consumo de papel.
Tendo a indispensabilidade de profissionais
qualificados por parte das empresas, o mercado
tem pouco contribuído para essa revolução, pois
por se tratar de uma matéria nova e aliada a uma
extensa e complexa legislação tributária
juntamente as inúmeras diversidade de empresas
e negócios e ainda reformulações nas práticas e
normas contábeis, causa uma escassez de vários
profissionais, não apenas área contábil, mas em
diversos ramos de atividades que englobam a
necessidade das empresas de se ajustarem aos
anseios do Sistema Público de Escrituração
Digital, gestores, objetivando a preexistência de
uma segurança fiscal, buscam soluções em
profissionais provindos internamente das próprias
corporações tendo como consequência os altos
custos em treinamentos e outras barreiras para
por num curto espaço de tempo, obter
15
profissionais e setores em condições de
proporcionar agilidade e eficiência frente ao
Sistema Público de Escrituração Digital sob riscos
de altas e pesadas multas e outras sanções
fiscais.
Contudo, é inegável que o SPED traz
desafios e oportunidades para todos que fazem
parte de seu universo, acarretando um
desenvolvimento econômico e social além de
combater os mais diversos ilícitos aziendais que
contribui negativamente para o mercado brasileiro
não só em transações internas como também
transações externas reluzindo mais transparências
nas atividades empresariais e mitigando
fraudadores entre outras organizações criminosas
proporcionando uma competição mais leal entre
empresas, gerando mais empregos e aumento da
arrecadação de tributos.
4.5 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL –
ECD (SPED-CONTÁBIL)
4.5.1 - CONCEITO
A Escrituração Contábil Digital – ECD faz
parte do Sistema Público de Escrituração Digital –
SPED e tem fitos fiscais e previdenciários,
substituindo a escrituração dos livros contábeis na
forma de papel, desta forma a Escrituração
Contábil Digital – ECD é um documento digital
único com leiaute padrão e assinado com
certificado digital e transmitido ao ambiente SPED,
que compreende a versão digital da escrituração
dos livros contábeis.
4.5.2 - OBJETIVO
A Escrituração Contábil Digital – ECD
objetiva a substituição da escrituração em papel
pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja,
corresponde à obrigação de transmitir, em versão
digital, os seguintes livros:
• Livro Diário e seus auxiliares se houver;
• Livro Razão e seus auxiliares se houver;
• Livro Balancetes Diários Balanços e fichas
de lançamento comprobatórias dos assentamentos
neles transcritos
4.5.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR
(PVA)
É um aplicativo que testa o formato e a
consistência das informações de arquivos gerados
pela empresa que devem ser submetido ao
Programa Validador e Assinador – PVA fornecido
pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo
contabilista responsável pela escrituração
certificar-se de que todo conteúdo que deveria
constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza o
recurso de visualização e impressão em papel dos
relatórios visualizados para conferência das
informações presentes no arquivo digital.
Após conferência e validação, através do
Programa Validador e Assinador – PVA, estes
arquivos devem ser assinados digitalmente pelo
contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA
irá consultar os certificados digitais e efetuar a
transmissão do arquivo ao ambiente do SPED
sendo que o PVA utilizará os recursos do
ReceitaNet, que também precisa estar instalado no
computador do contribuinte.
4.5.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO
PVA:
1. Gerar e importar o arquivo para Vali-
dação no PVC.
2. Visualizar a escrituração para confe-
rência das informações.
3. Assinar digitalmente utilizando os
Certificados Digitais dos responsáveis legais e
contabilista.
4. Gerar e assinar o requerimento para
autenticação, dirigido à Junta Comercial, e obter a
guia de recolhimento da taxa.
5. Pagar a taxa cobrada pela Junta Co-
mercial utilizando a guia obtida no item anterior.
16
6. Transmitir a escrituração para o
SPED da Receita Federal do Brasil (RFB) e obter
o respectivo recibo.
7. Utilizar a rotina "Cópias de Seguran-
ça" para criar uma cópia de reserva (backup) no
próprio PVA.
4.5.5 - OBRIGATORIEDADE
Com a revogação da Instrução Normativa
RFB no 787/07, segue-se o art. 3o da Instrução
Normativa RFB no 1.420/2013, estão obrigadas a
adotar a ECD - Escrituração Contábil Digital, em
relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º
de janeiro de 2014:
I - As pessoas jurídicas sujeitas à tributação
do Imposto sobre a Renda com base no lucro real;
II - As pessoas jurídicas tributadas com base
no lucro presumido, que distribuírem, a título de
lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda
Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou
dividendos superior ao valor da base de cálculo do
Imposto, diminuída de todos os impostos e
contribuições a que estiver sujeita; e
III - As pessoas jurídicas imunes e isentas
que, em relação aos fatos ocorridos no ano
calendário, tenham sido obrigadas à apresentação
da Escrituração Fiscal Digital das Contribuições,
nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252,
de 1º de março de 2012.
IV – As Sociedades em Conta de
Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio
ostensivo.
Para as demais empresas a ECD é
facultativa e, para as microempresas e empresas
de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional
estão dispensadas desta obrigação.
4.5.6 - PRAZOS
A Escrituração Contábil Digital deverá ser
entregue anualmente ao ambiente do SPED, pelas
pessoas jurídicas a ela obrigadas, até o último dia
útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-
calendário a que se refira à escrituração, conforme
definido pelo art. 5º da Instrução Normativa RFB
1.420/2013. Para situações atípicas ou especiais
transcrito do mesmo artigo da Instrução Normativa
abaixo:
I – Nos casos de extinção, cisão parcial,
cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá
ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas,
cindidas, fusionadas, incorporadas e
incorporadoras até o último dia útil do mês
subsequente ao do evento.
II – O prazo para entrega da ECD será
encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas,
cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove
segundos), horário de Brasília, do dia fixado para
entrega da escrituração.
III – A obrigatoriedade de entrega da ECD,
na forma prevista no § 1º, não se aplica à
incorporadora, nos casos em que as pessoas
jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam
sob o mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento.
IV – Nos casos de extinção, cisão parcial,
cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de
janeiro a maio do ano da entrega da ECD para
situações normais, o prazo de que trata o § 1º será
até o último dia útil do mês de junho do referido
ano.
V – Nos casos de extinção, cisão parcial,
cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de
janeiro a dezembro de 2014, o prazo de que trata
o § 1º será até o último dia útil do mês de junho de
2015.
4.5.7 - PENALIDADES
4.5.7.1 - LEI 12.973, DE 24 DE OUTUBRO DE
2013
As multas que serão aplicadas as pessoas
jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de
direito público e multas relativas às pessoas físicas
que deixar de cumprir as obrigações acessórias
relativas aos impostos e contribuições por ela ad-
ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à
17
escrituração digital – SPED, como transcrição da
Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013 abaixo:
I - por apresentação extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-
calendário ou fração, relativamente às pessoas
jurídicas que estiverem em início de atividade ou
que sejam imunes ou isentas ou que, na última
declaração apresentada, tenham apurado lucro
presumido ou pelo Simples Nacional;
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por
mês-calendário ou fração, relativamente às demais
pessoas jurídicas;
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário
ou fração, relativamente às pessoas físicas.
As multas serão reduzidas pela metade,
quando a obrigação acessória for cumprida antes
de qualquer procedimento de ofício e para as em-
presas que tenham utilizado mais de uma forma
de apuração do lucro ou tenha ocorrido algum
evento de reorganização societária na última de-
claração, deverá ser aplicada a multa de que trata
a alínea “b” do inciso I do caput.
II - por não cumprimento à intimação da
Secretaria da Receita Federal do Brasil para cum-
prir obrigação acessória ou para prestar esclare-
cimentos nos prazos estipulados pela autoridade
fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-
calendário;
III - por cumprimento de obrigação acessória
com informações inexatas, incompletas ou omiti-
das:
a) 3% (três por cento), não inferior a R$
100,00 (cem reais), do valor das transações
comerciais ou das operações financeiras, próprias
da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos
quais seja responsável tributário, no caso de
informação omitida, inexata ou incompleta);
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por
cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais),
do valor das transações comerciais ou das
operações financeiras, próprias da pessoa física
ou de terceiros em relação aos quais seja
responsável tributário, no caso de informação
omitida, inexata ou incompleta.
Caso pessoa jurídica for optante pelo Sim-
ples Nacional, os valores e o percentual referidos
nos incisos II e III deste artigo serão reduzidos em
70% (setenta por cento) e, no caso da pessoa
jurídica for de direito público, serão aplicadas as
multas previstas na alínea “a” do item I, o ietm II e
na alínea “b” do inciso III.
4.5.7.2 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE
1990
A não utilização das normas definidas pelo
SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que
disciplina os crimes contra a ordem tributária:
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-
tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição
social e qualquer acessório, mediante as seguin-
tes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração
falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo
elementos inexatos, ou omitindo operação de
qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-
mento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou
utilizar documento que saiba ou deva saber falso
ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando
obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,
relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em
desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da
exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)
dias, que poderá ser convertido em horas em ra-
18
zão da maior ou menor complexidade da matéria
ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-
gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
4.5.8 - LEGISLAÇÃO
• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de
2007, e alterações posteriores – Instituiu o
Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.
• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013
Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de
2007, que instituiu o Sistema Público de
Escrituração Digital - Sped
• Instrução Normativa DREI no 11, de 9 de
dezembro de 2013 – Dispõe sobre procedimentos
para a validade e eficácia dos instrumentos de
escrituração dos empresários individuais, das
empresas individuais de responsabilidade Ltda –
Eireli, das sociedades empresárias das
cooperativas, dos consórcios, dos grupos de
sociedades, dos leiloeiros, dos tradutores públicos
e intérpretes comerciais.
• Resolução CFC no 1.299/2010 – Aprova o
Comunicado Técnico CT 04 que define as
formalidades da escrituração contábil em forma
digital para fins de atendimento ao Sistema
Público de Escrituração Digital (SPED).
• Instrução Normativa RFB no 1.420, de 19
de dezembro de 2013, e alterações posteriores –
Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital.
• Ato Declaratório Executivo Cofis no 42, de
25 de maio de 2015 – Dispõe do Manual de
Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil
Digital (ECD).
4.6 - ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – EFD
4.6.1 - CONCEITO
O SPED-Fiscal é um arquivo digital que
consiste num conjunto de escriturações de docu-
mentos fiscais, registros de apuração de impostos
referentes às operações e prestações praticadas
pelo contribuinte do ICMS e do IPI, além de várias
informações de interesse das Secretarias de Fa-
zenda, Tributação ou Finanças dos Estados e do
Distrito Federal e da Secretaria da Receita Federal
do Brasil.
A Escrituração Fiscal Digital obriga o contri-
buinte a informar suas operações de forma mais
detalhada ás administrações tributárias, onde te-
rão a possibilidade de verificar junto a fornecedo-
res a quantidade que determinada empresa adqui-
riu, bem como todas as suas movimentações inte-
restaduais, requerendo um controle e atenção
maior pela existência diversificada da legislação
de uma unidade federativa para outra.
4.6.2 - OBJETIVO
A Escrituração Fiscal Digital -EFD objetiva a
substituição dos livros fiscais atualmente utilizados
na forma de papel, por arquivo digital, simplifican-
do e reduzindo o processo de registro de docu-
mentos fiscais, permitindo assim uma maior inte-
gração entre as administrações tributárias da Uni-
ão, Estados e futuramente dos Municípios.
A EFD substitui a escrituração e impressão
dos seguintes livros fiscais obrigatórios e exigidos
pela legislação do ICMS e IPI:
• Livro Registro de Entradas;
• Livro Registro de Saídas;
• Livro Registro de Inventário;
• Livro Registro de Apuração do IPI;
• Livro Registro de Apuração do ICMS;
• Documento Controle de Crédito de ICMS
do Ativo Permanente (CIAP).
4.6.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR
(PVA)
Segue-se as mesmas diretrizes apontadas
no item 4.5.3 da Escrituração Contábil Digital –
Ecd (Sped-Contábil), com observações do leiaute
orientado pelo Ato COTEPE ICMS nº 29 de 17 de
julho de 2009.
4.6.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO
PVA:
1. Importar o arquivo com o leiaute da
EFD-Contribuições definido pelo orientado pelo
Ato COTEPE ICMS nº 29 de 17 de julho de 2009;
19
2. Emissão de relatórios da escrituração;
3. Validar o conteúdo da escrituração e
indicar dos erros e avisos;
4. Geração do arquivo para assinatura e
transmissão ao Sped;
5. Assinar digitalmente utilizando os
Certificados Digitais dos responsáveis legais e
contabilista;
6. Transmitir a escrituração para o
SPED da Receita Federal do Brasil (RFB).
7. Utilizar a rotina "Cópias de
Segurança" para criar uma cópia de reserva
(backup) no próprio PVA.
4.6.5 - OBRIGATORIEDADE
A Escrituração Fiscal Digital passa a ser
obrigatória, conforme determinou o Convênio
ICMS nº 143 de 15 de dezembro de 2006 e
Protocolo ICMS nº 77/2008 e ampliado para todos
contribuintes de ICMS, a exceção dos optantes do
Simples Nacional, pelo Ajuste SINIEF nº 11, de 28
de setembro de 2012.
4.6.6 - PRAZOS
A obrigatoriedade da EFD-ICMS/IPI segue a
legislação de cada estado, mas em regra, a
periodicidade de apresentação é mensal.
Mas deve-se observar o ajuste SINIEF nº 10
de 13/06/2014 que em sua cláusula primeira altera
o § 7º da cláusula terceira do Ajuste SINIEF 02/09,
de 03 de abril de 2009, com a redação que se
segue:
"§ 7º A escrituração do Livro de Registro de
Controle da Produção e do Estoque, pelos
contribuintes a ela obrigados nos termos do § 4º
do art. 63 do Convênio S/N, de 15 de dezembro de
1970, será obrigatória na EFD a partir de:
I - 1º de janeiro de 2015, para os
contribuintes relacionados em protocolo ICMS
celebrado entre as administrações tributárias das
unidades federadas e a RFB;
II - 1º de janeiro de 2016, para os demais
contribuintes.";
4.6.7 - PENALIDADES
De forma geral, segue a Lei Nº 8.137 de 27
de Dezembro de 1990 que rege sobre crimes
contra a ordem tributária e a Lei 12.873 de 24 de
Outubro De 2013 a qual rege, entre outras, sobre
as multas aplicadas para certos fins.
4.6.8 - LEGISLAÇÃO
• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de
2007, e alterações posteriores – Instituiu o
Sistema Público de Escrituração Digital – SPED;
• Decreto nº 7.212, de 15 de junho de
2010 - Regulamento do IPI;
• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013
Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de
2007, que instituiu o Sistema Público de
Escrituração Digital – Sped;
• Convênio ICMS nº 143, de 15 de
dezembro de 2006 - Institui a Escrituração Fiscal
Digital – EFD;
• Protocolo ICMS nº 77, de 18 de setembro
de 2008 - Dispõe sobre a obrigatoriedade da
Escrituração Fiscal Digital - EFD, nos termos das
cláusulas terceira e oitava-A do Convênio ICMS
143/06, que institui a Escrituração Fiscal Digital –
EFD;
• Protocolo ICMS nº 36, de 5 de abril de
2013 - Altera o Protocolo ICMS 03/11, que fixa o
prazo para a obrigatoriedade da escrituração fiscal
digital – EFD;
• Ajuste SINIEF nº 13, de 30 de setembro
de 2011 - Altera o Ajuste SINIEF 02/09, que
instituiu a Escrituração Fiscal Digital – EFD;
• Ajuste Sinief nº 26, de 17 de dezembro de
2012 - Altera o Ajuste SINIEF 13/11, que altera o
Ajuste SINIEF 02/09, que instituiu a Escrituração
Fiscal Digital - EFD.
4.7 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-E
4.7.1 - CONCEITO
4.7.1.1 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA
A nota fiscal eletrônica consiste na
informatização em substituição, com validade
20
jurídica, dos documentos representativos de
comercializações/transações em todo território
nacional, sendo exclusivamente na forma
eletromagnética para sua emissão e arquivamento
o que reduz custos, padroniza e agiliza o
compartilhamento de informações entre
administrações tributárias, reduzindo
drasticamente adulterações dos documentos
comprobatórias de transações comercias,
combatendo de forma abrangente as ilegalidades
tributárias.
Sendo um dos pilares do sistema SPED e
tendo como uma das intenções das
administrações tributárias ao implantar a nota
fiscal eletrônica, a minimização de fraudes e
controle na mercantilização das empresas além de
outras e a substituição da forma desse controle
fiscal em papel pela forma digital, muda-se
radicalmente a logística das operações, onde não
é de fácil percepção pelos contribuintes.
Na adesão da forma documental digital, o
fisco simplifica e acompanha as transações
comerciais praticamente de forma instantânea o
que dificulta o falseamento de documentos e
operações de interesse do fisco.
4.7.1.2 - NOTA FISCAL ELETRÔNICA DE
SERVIÇO - NFS-E
Intrinsicamente segue as mesmas diretrizes
do modelo da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, porem
devido às peculiaridades de cada município e pela
indisponibilidade de tempo hábil para uma
padronização nacional cada município confecciona
padrões inerentes as suas atividades e legislações
em quanto dure a falta de padrão oficial, onde se
deduz um venturo desuso.
4.7.2 - OBJETIVO
A Nota Fiscal Eletrônica objetiva a
substituição sistemática das atuais operações com
mercadorias entre empresas da emissão do
documento fiscal em papel (modelos 1 e 1-A), pelo
modelo digital através da implantação de um
modelo nacional de documento fiscal eletrônico,
reduzindo custos, simplificando as obrigações
acessórias dos contribuintes e permitindo, ao
mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real
das operações comerciais pelo Fisco.
Destaca-se também, os benefícios da
substituição da nota fiscal em papel pela nota
fiscal eletrônica (forma digital), elencados abaixo:
A) BENEFÍCIO PARA O CONTRIBUINTE
VENDEDOR (EMISSOR DA NF_E)
� Redução de custo de impressão e
aquisição de papel;
� Redução de custo do envio do do-
cumento fiscal;
� Redução de custos no armazena-
mento dos;
� Simplificação das obrigações
acessórias (com dispensa da AIDF);
� Redução de tempo de paradas
dos caminhões de cargas em postos fiscais.
B) BENEFÍCIOS PARA O CONTRIBUINTE
COMPRADOR
� Eliminação de digitação de notas
fiscais de entrada;
� Redução de erros de escrituração
devido à má digitação das notas fiscais manuais;
� Plano de logística por intermédio
das informações antecipadas da NF_e;
C) BENEFÍCIOS PARA OS ADMINISTRADORES
TRIBUTÁRIOS
� Melhoria no processo de controle
fiscal, possibilitando compartilhar informações
entre os fiscos;
� Aumento da confiabilidade da nota
fiscal;
� Diminuição de sonegação e au-
mento da arrecadação;
� Redução de custos no processo
de controle das notas fiscais capturadas pelo fisco
de mercadorias em trânsito.
4.7.3 - DANFE - DOCUMENTO AUXILIAR DA
21
NOTA FISCAL ELETRÔNICA
O DANFE é uma representação digital e
simplificada da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, de
forma geral um resumo impresso em papel dela,
onde contenha os principais dados da NF-e. Mas o
DANFE não substitui a Nota Fiscal Eletrônica, pois
ele é um instrumento de auxilio na verificação e
confirmação da Nota Fiscal Eletrônica através da
internet no ambiente das administrações tributárias
nacionais como a Receita Federal do Brasil e as
Secretarias das Fazendas, tendo os seguintes
objetivos:
• Acompanhar o trânsito de mercadorias;
• Colher a firma do destinatário para
comprovação de entrega;
• Auxiliar a escrituração da NF-e pelo
destinatário não emitente de NF-e.
O DANFE deve apresentar um layout pa-
dronizado conforme o modelo disponibilizado no
Manual de Integração mantido pelo Ministério da
Fazenda e deve constar obrigatoriamente o núme-
ro e a série da NF-e, o tipo de operação (Entrada
ou Saída), número total de folhas do documento,
data e horário de saída da mercadoria, placa do
veículo, transportadora, natureza da operação,
descrição das mercadorias, chave de acesso e o
código de barras que permita a leitura por leitor
óptico.
4.7.4 - OBRIGATORIEDADE
Ao contrario do pensamento de muitos, a
obrigatoriedade da adoção ao modelo digital da
NF-e não é pelo CPF ou CNPJ e sim pelas
atividades desempenhadas e dadas pelo CNAE,
onde o Protocolo ICMS 10 de 18 de abril de 2007
e o Protocolo ICMS 42 de 3 de julho de 2009
designa os contribuintes que exercem tais
atividades previstas.
A obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica -
NFe previstas nesses protocolos podem ser resu-
mida da seguinte maneira:
• MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL -
MEI
Não esta obrigado a emissão da NFe,
conforme a Cláusula Primeira, § 2º, VI, do
Protocolo ICMS 10/07 que diz: “VI – o disposto
neste protocolo não se aplica ao
Microempreendedor Individual – MEI, de que trata
o art. 18-A da Lei Complementar 123/2006”.
• DEMAIS EMPRESAS
Qualquer empresa que tenha atividade de
transformação, como indústrias, fábricas etc. ou
empresas que vendam para pessoas físicas ou
jurídicas são obrigadas a emitir Nota Fiscal
Eletrônica.
4.7.4.1 - CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA
OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO DA NF-E
Conforme Protocolos ICMS 10/07 e 42/2009
estão obrigados a emitir NF-e pela seguinte forma:
a) Em 1º de abril de 2008 – os contribuintes
que exercem as atividades previstas nos incisos I
a V da Cláusula primeira do Protocolo ICMS 10/07;
b) Em 1º de dezembro de 2008 – os
contribuintes que exercem as atividades previstas
nos incisos VI a XIV da Cláusula primeira do
Protocolo ICMS 10/07;
c) Em 1º de abril de 2009 - os contribuintes
que exercem as atividades previstas nos incisos
XV a XXXIX da Cláusula primeira do Protocolo
ICMS 10/07;
d) Em 1º de setembro de 2009 - os
contribuintes que exercem as atividades previstas
nos incisos XL a XCIII da Cláusula primeira do
Protocolo ICMS 10/07;
e) Em 1º de abril de 2010 – os contribuintes
classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação
Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)
constantes no Protocolo 42/09;
f) Em 1º de julho de 2010 – os contribuintes
classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação
Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)
constantes no Protocolo 42/09;
g) Em 1º outubro de 2010 – os contribuintes
22
classificados nas CNAE-Fiscal (Classificação
Nacional de Atividade Econômica-Fiscal)
constantes no Protocolo 42/09;
h) A partir de 1º de dezembro de 2010 -
conforme Protocolo 42/09, os contribuintes que
realizarem:
� Operações destinadas à Adminis-
tração Pública direta ou indireta, inclusive empresa
pública e sociedade de econômica mista;
� Operações interestaduais.
4.7.5 - PENALIDADES
Tais legislações e regras que definem as
penalidades, não são tão fáceis de identificar, não
estão facilmente acessíveis, pois cada estado
pode definir a sua própria legislação, mas preci-
samos saber que o Fisco está munido de várias
legislações ao seu favor, como por exemplo, a Lei
Nº 8.137, que define os crimes contra a ordem
tributária e a Lei 12.873 que rege sobre multas em
seu artigo 57 para quem deixar de cumprir as obri-
gações acessórias exigidas nos termos do art. 16
da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que
as cumprir com incorreções ou omissões será
intimado para cumpri-las ou para prestar esclare-
cimentos relativos a elas nos prazos estipulados
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
4.7.6 - LEGISLAÇÃO
As legislações sobre a NF-e sofrem muitas
modificações e atualizações, através de Ajustes
SINIEF, Atos COTEPE, Convênios, Protocolos,
resultando na evolução do projeto desde seu início
e devido tal, para harmonização das Secretarias
de Fazenda dos Estados e Secretaria da Receita
Federal do Brasil sobre a legislação da NF-e, foi
celebrado o Ajuste SINIEF 07/05, pelos Estados,
Distrito Federal e Ministério da Fazenda,
juntamente com a legislação complementar
contida no Ato COTEPE 72/05.
Mas merece destaque os seguintes protoco-
los:
• Protocolos ENAT 03/2005 atribui ao
Encontro Nacional de Coordenadores e
Administradores Tributários Estaduais - ENCAT a
coordenação e a responsabilidade pelo
desenvolvimento e implantação do Projeto NF-e;
• Protocolo ICMS 10 de 18 de abril de 2007
que, dispõe sobre a obrigatoriedade de emissão
de NF-e;
• Protocolo ICMS 42 de 3 de julho de 2009
que estabelece a obrigatoriedade da utilização da
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição à
Nota Fiscal, modelo 1 ou 1A, pelo critério de
CNAE e operações com os destinatários que
especifica.
4.8 - ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DAS
CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE A RE-
CEITA (EFD-CONTRIBUIÇÕES)
4.8.1 - CONCEITO
Mais componente do Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED a Escrituração Fiscal
Digital PIS/COFINS ou EFD PIS/COFINS segue as
mesmas premissas de todo projeto Sped, um
arquivo na forma digital produzido pelas empresas
seguindo legislação específica e padrão a ser
adotado como novo modelo de escrituração das
contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS
para os regimes de apuração cumulativo e não-
cumulativo sobre as receitas e aquisições
geradoras de créditos.
E visando a amplitude do Sistema Público
de Escrituração Digital a Receita Federal demostra
o lastro dos subprojetos sobre as informações
produzidas pelos contribuintes em geral, inclui-se
nesta a Contribuição Previdenciária sobre a
Receita (CPRB) onde a Escrituração Fiscal Digital
da Contribuição para o PIS e da Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
por consequência alteração, motivada pela
inclusão do INSS sobre a receita, a EFD
PIS/COFINS passa a denominação de
Escrituração Fiscal Digital das Contribuições
incidentes sobre a Receita ou simplesmente EFD-
23
Contribuições, nos termos do artigo 2º da
Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março
de 2012.
Art. 2º A Escrituração Fiscal Digital da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) - (EFDPIS/Cofins), instituída pela
Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho
de 2010, passa a denominar-se Escrituração
Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a
Receita (EFD-Contribuições), a qual obedecerá ao
disposto na presente Instrução Normativa,
devendo ser observada pelos contribuintes da:
I - Contribuição para o PIS/Pasep;
II - Cofins; e
III - Contribuição Previdenciária incidente
sobre a Receita de que tratam os arts. 7º a 9º da
Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.
(BRASIL, 2011a).
4.8.2 - OBJETIVO
A EFD-Contribuições objetiva a simplifica-
ção e redução as obrigações acessórias e proces-
sos dos registros dos documentos fiscais da escri-
turação e os respectivos demonstrativos de apura-
ção das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins
e dos créditos da não cumulatividade, bem como a
apuração da Contribuição Previdenciária incidente
sobre a Receita Bruta, e outras informações de
interesse econômico-fiscais, onde o contribuinte
irá apresentar em forma digital, com transmissão
via internet, os registros desses documentos fis-
cais.
4.8.3 - PROGRAMA VALIDADOR E ASSINADOR
(PVA)
É um aplicativo que testa o formato e a
consistência das informações de arquivos gerados
pela empresa que devem ser submetido ao
Programa Validador e Assinador – PVA fornecido
pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo
contabilista responsável pela escrituração
certificar-se de que todo conteúdo que deveria
constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza
recursos de importação ou criação de uma
escrituração mediante a
digitação/edição/exclusão/adição das informações
dos documentos fiscais e demais operações com
repercussão no campo de incidência das
contribuições sociais e dos créditos da não-
cumulatividade e da Contribuição Previdenciária
sobre a Receita Bruta, referentes a cada período
de apuração das respectivas contribuições
necessárias à escrituração no próprio PVA.
Após conferência e validação, através do
Programa Validador e Assinador – PVA, estes
arquivos devem ser assinados digitalmente pelo
contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA
irá consultar os certificados digitais e efetuar a
transmissão do arquivo ao ambiente do SPED
sendo que o PVA utilizará os recursos do
ReceitaNet, que também precisa estar instalado no
computador do contribuinte.
4.8.4 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO
PVA:
1. Importar o arquivo com o leiaute
da EFD-Contribuições definido pela RFB ou criar
uma nova escrituração, mediante digitação
completa dos dados;
2. Editar via digitação, adição ou
exclusão dos registros criados ou importados;
3. Emissão de relatórios da
escrituração;
4. Validar o conteúdo da escrituração
e indicar dos erros e avisos;
5. Geração do arquivo da EFD-
Contribuições para assinatura e transmissão ao
Sped;
6. Assinar digitalmente utilizando os
Certificados Digitais dos responsáveis legais e
contabilista;
7. Transmitir a escrituração para o
SPED da Receita Federal do Brasil (RFB).
8. Utilizar a rotina "Cópias de
24
Segurança" para criar uma cópia de reserva
(backup) no próprio PVA.
4.8.5 - OBRIGATORIEDADE
São obrigadas à escrituração fiscal digital
em referência:
I - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do
Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;
II - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à
tributação do Imposto sobre a Renda com base no
Lucro Presumido ou Arbitrado;
III - em relação à Contribuição para o
PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2014, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º
e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro
de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de
1983;
IV - em relação à Contribuição
Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de março de
2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as
atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da
Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011,
convertida na Lei nº 12.546, de 2011;
V - em relação à Contribuição Previdenciária
sobre a Receita, referente aos fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as
pessoas jurídicas que desenvolvam as demais
atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no
Anexo II, todos da Lei nº 12.546, de 2011.
4.8.6 - PRAZOS
A EFD – Contribuições será transmitida
mensalmente ao ambiente do Sped até o 10º
(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente
ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos
de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou
parcial, conforme definido pela Instrução
Normativa RFB nº 1.252, de 2012, art. 7º;
4.8.7 - PENALIDADES
4.8.7.1 - LEI 12.873, DE 24 DE OUTUBRO DE
2013
As multas que serão aplicadas as pessoas
jurídicas de direito privado, as pessoas jurídicas de
direito público e multas relativas às pessoas físicas
que deixar de cumprir as obrigações acessórias
relativas aos impostos e contribuições por ela ad-
ministrados, incluindo os arquivos pertinentes à
escrituração digital – SPED, como transcrição da
Lei 12.873, de 24 de outubro de 2013 abaixo:
I - por apresentação extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-
calendário ou fração, relativamente às pessoas
jurídicas que estiverem em início de atividade ou
que sejam imunes ou isentas ou que, na última
declaração apresentada, tenham apurado lucro
presumido ou pelo Simples Nacional;
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por
mês-calendário ou fração, relativamente às demais
pessoas jurídicas;
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário
ou fração, relativamente às pessoas físicas.
As multas serão reduzidas pela metade,
quando a obrigação acessória for cumprida antes
de qualquer procedimento de ofício e para as em-
presas que tenham utilizado mais de uma forma
de apuração do lucro ou tenha ocorrido algum
evento de reorganização societária na última de-
claração, deverá ser aplicada a multa de que trata
a alínea “b” do inciso I do caput.
II - por não cumprimento à intimação da
Secretaria da Receita Federal do Brasil para cum-
prir obrigação acessória ou para prestar esclare-
cimentos nos prazos estipulados pela autoridade
fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-
calendário;
III - por cumprimento de obrigação acessória
25
com informações inexatas, incompletas ou omiti-
das:
a) 3% (três por cento), não inferior a R$
100,00 (cem reais), do valor das transações co-
merciais ou das operações financeiras, próprias da
pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos
quais seja responsável tributário, no caso de in-
formação omitida, inexata ou incompleta);
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cen-
to), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do
valor das transações comerciais ou das operações
financeiras, próprias da pessoa física ou de tercei-
ros em relação aos quais seja responsável tributá-
rio, no caso de informação omitida, inexata ou
incompleta.
Caso pessoa jurídica for optante pelo Sim-
ples Nacional, os valores e o percentual referidos
nos incisos II e III deste artigo serão reduzidos em
70% (setenta por cento) e, no caso da pessoa
jurídica for de direito público, serão aplicadas as
multas previstas na alínea “a” do item I, o ietm II e
na alínea “b” do inciso III.
4.8.7.2 - LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE
1990
A não utilização das normas definidas pelo
SPED incorrerá na violação da Lei 8.137/90, que
disciplina os crimes contra a ordem tributária:
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tribu-
tária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição
social e qualquer acessório, mediante as seguin-
tes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração
falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo
elementos inexatos, ou omitindo operação de
qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro docu-
mento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou
utilizar documento que saiba ou deva saber falso
ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando
obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,
relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em
desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da
exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)
dias, que poderá ser convertido em horas em ra-
zão da maior ou menor complexidade da matéria
ou da dificuldade quanto ao atendimento da exi-
gência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
4.8.8 - LEGISLAÇÃO
• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de
2007, e alterações posteriores – Instituiu o
Sistema Público de Escrituração Digital – SPED;
• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013
Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de
2007, que instituiu o Sistema Público de
Escrituração Digital – SPED;
• Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de
julho de 2010 (D.O.U. 7.7.2010 - Institui a
Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da
Cofins - EFD-Contribuições. (Alterada pela IN RFB
nº 1.085, de 2010 e IN RFB nº 1.161, de 2011);
• Instrução Normativa RFB nº 1.009, de 10
de fevereiro de 2010 (D.O.U. 11.2.2010 - Adota
Tabela de Códigos de Situação Tributária (CST) de
PIS/Pasep e da Cofins;
• Ato Declaratório Cofis nº 34, de 28 de
outubro de 2010 (DOU 1º.11.10 - Aprova o Manual
de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal
Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins (EFD-Contribuições);
• Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1 de
março 2012 (D.O.U. 2.3.2012) - Institui a
Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep, da Cofins
e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita -
26
EFD-Contribuições;
• Ato Declaratório Cofis nº 20, de 14 de
março de 2012 (DOU 16.03.2102 - Aprova o
Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração
Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep,
da Cofins e da Contribuição previdenciária sobre
Receita (EFD-Contribuições).
4.9 - SISTEMA DE ESCRITURAÇÃO FISCAL
DIGITAL DAS OBRIGAÇÕES FISCAIS, PREVI-
DENCIÁRIAS E TRABALHISTAS – ESOCIAL
4.9.1 - CONCEITO
O eSocial (ou EFD-Social) é um sistema
que está sendo criado para recebimento eletrônico
de dados trabalhistas e previdenciários dos
trabalhadores e consiste na geração de um
documento eletrônico nos termos da legislação
brasileira vigente que visa unificar o envio de
informações pelo empregador em relação aos
seus empregados, constando todos os dados
referentes a funcionários e serviços, além de todos
os eventos sociais como a contratação de
empregados, alterações posteriores de cargos,
afastamentos, saídas de férias, atestado de saúde
ocupacional, rescisões de contrato, ações
trabalhistas e dissídios, além da contratação de
prestadores de serviços de pessoas físicas ou
jurídicas.
Sendo mais um dos módulos do Sistema
Público de Escrituração Digital - Sped, tendo uma
ação conjunta entre órgãos e entidades do
governo federal, sendo gerenciado pelo Ministério
do Planejamento na condução do projeto,
promovendo assessoria aos demais entes na
harmonização dos diversos interesses de cada
órgão como:
• Caixa Econômica Federal, Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS);
• Ministério da Previdência (MPS);
• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
• Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB).
Ele possuirá o controle sob a contratação de
pessoa física e jurídica, assim como, no controle
de norma de segurança e medicina do trabalho,
processos trabalhistas e tributários, terá todo o
detalhamento da composição das rubricas e cálcu-
los de incidência do INSS, FGTS, RAT, FAP entre
outros, onde o contribuinte prestará informações
do tipo:
• Eventos trabalhistas: é uma ação ou
situação advinda da relação entre empregador e
trabalhador, como por exemplo, a admissão de
empregado, alteração de salário, exposição do
trabalhador a agentes nocivos etc.;
• Folha de Pagamento;
• Retenções de Contribuições
Previdenciárias;
• Ações Judiciais Trabalhistas
• Outras informações tributárias, trabalhistas
e previdenciárias (previstas na lei nº 8212, de
1991, e em Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho e Emprego - MTE).
4.9.2 - OBJETIVO
O eSocial tem como principal objetivo tornar
mais transparente a relação entre empregador e
empregados, facilitando a fiscalização dos direitos
trabalhistas e previdenciários, eliminando
informações redundantes e burocráticos,
obrigando o cumprimento das obrigações legais.
4.9.3 - OBRIGATORIEDADE
A Resolução Comitê Diretivo do eSocial Nº
1 de 24/06/2015 dispõe o cronograma de
implantação do eSocial conforme abaixo:
I - A transmissão dos eventos do emprega-
dor com faturamento no ano de 2014 acima de r$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões reais) deve-
rá ocorrer
a) A partir da competência setembro de
2016, obrigatoriedade de prestação de
informações por meio do eSocial, exceto as
relacionadas na alínea (b);
b) A partir da competência janeiro de 2017,
27
obrigatoriedade da prestação de informação
referente à tabela de ambientes de trabalho,
comunicação de acidente de trabalho,
monitoramento da saúde do trabalhador e
condições ambientais do trabalho.
II - A transmissão dos eventos para os de-
mais obrigados ao eSocial deverá ocorrer:
a) A partir da competência janeiro de 2017,
obrigatoriedade de prestação de informações por
meio do eSocial, exceto as relacionadas na alínea
(b);
b) A partir da competência julho de 2017,
obrigatoriedade da prestação de informação
referente à tabela de ambientes de trabalho,
comunicação de acidente de trabalho,
monitoramento da saúde do trabalhador e
condições ambientais do trabalho.
§ 1º O tratamento diferenciado, simplificado
e favorecido a ser dispensado às microempresas e
empresas de pequeno porte, ao Micro
Empreendedor Individual (MEI) com empregado,
ao empregador doméstico, ao segurado especial e
ao pequeno produtor rural pessoa física será
definido em atos específicos observados os prazos
previstos no caput.
Com a implementação da Emenda Constitu-
cional nº 72/2013, as administrações tributárias
competentes terão controle também sob os traba-
lhadores domésticos. Logo, o eSocial atingirá to-
das as empresas e empregadores de forma pro-
gressiva, será uma obrigação para as empresas
de todos os portes até para empregadores domés-
ticos.
4.9.4 - BENEFÍCIOS
Com a padronização e concentração das in-
formações num banco de dados único, possibili-
tando ao eSocial a automação e transmissão das
informações de empregadores e empregados no
cumprimento das diversas obrigações trabalhistas,
previdenciárias e tributárias atualmente existentes
a vários órgãos do governo participantes a elimi-
nação de informações redundantes e processos
burocráticos, permitindo uma fiscalização mais
eficiente e, possibilitando ainda, a substituição, ou
a extinção gradual de obrigações como CAGED,
DIRF, RAIS, SEFIP/GFIP dentre outras, reduzindo
a redundância de envio de informações por parte
das empresas.
4.9.5 - LEGISLAÇÃO
• Decreto Nº 8.373 de 11 de Dezembro de
2014 - Institui o Sistema de Escrituração Digital
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas - eSocial e dá outras providências.
• Resolução CG/ESOCIAL Nº 1 DE
20/02/2015 - Dispõe sobre o Sistema de
Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
• Emenda Constitucional Nº 72 de 2 de Abril
de 2013 - Altera a redação do parágrafo único do
art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a
igualdade de direitos trabalhistas entre os
trabalhadores domésticos e os demais
trabalhadores urbanos e rurais.
4.10 - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL –
ECF
4.10.1 - CONCEITO
A Escrituração Contábil Fiscal - ECF,
consiste em mais uma obrigação acessória que
faz parte das etapas do projeto SPED, objetivando
interligar os dados contábeis, fiscais que
influenciem na composição da base de cálculo da
apuração do IRPJ e da CSLL substituindo a
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da
Pessoa Jurídica - DIPJ e a impressão do Livro de
Apuração do Lucro Real, o Lalur.
A ECF possibilita o cruzamento massivo de
informações entre outros módulos do Sistema
Público de Escrituração Digita, tornando mais hábil
e eficiente o processo de fiscalização através do
cruzamento de dados digital.
Sendo composta em 14 blocos, cada um
com sua peculiaridade o que a torna bem
28
complexa, porém estes blocos separam e
classificam as informações originárias, gerando as
informações corretas no momento do lançamento,
vendo que dados constantes na Escrituração
Contábil Digital - ECD são importados para a ECF.
4.10.2 - PROGRAMA VALIDADOR E
ASSINADOR (PVA)
É um aplicativo que testa o formato e a
consistência das informações de arquivos gerados
pela empresa que devem ser submetido ao
Programa Validador e Assinador – PVA fornecido
pela Receita Federal do Brasil (RFB), devendo
contabilista responsável pela escrituração
certificar-se de que todo conteúdo que deveria
constar no arquivo, onde o PVA disponibiliza o
recurso de visualização e impressão em papel dos
relatórios visualizados para conferência das
informações presentes no arquivo digital.
Após conferência e validação, através do
Programa Validador e Assinador – PVA, estes
arquivos devem ser assinados digitalmente pelo
contabilista e os responsáveis legais, onde o PVA
irá consultar os certificados digitais e efetuar a
transmissão do arquivo ao ambiente do SPED
sendo que o PVA utilizará os recursos do
ReceitaNet, que também precisa estar instalado no
computador do contribuinte.
4.10.3 - PROCEDIMENTO PARA UTILIZAÇÃO
DO PVA:
1. Validar o arquivo.
2. Visualizar a escrituração para
conferência das informações.
3. Assinar digitalmente utilizando os
Certificados Digitais dos responsáveis legais e
contabilista.
4. Gerar e assinar o requerimento
para autenticação, dirigido à Junta Comercial, e
obter a guia de recolhimento da taxa.
5. Pagar a taxa cobrada pela Junta
Comercial utilizando a guia obtida no item anterior.
6. Transmitir a escrituração para o
SPED da Receita Federal do Brasil (RFB) e obter
o respectivo recibo.
7. Utilizar a rotina "Cópias de
Segurança" para criar uma cópia de reserva
(backup) no próprio PVA.
4.10.4 - OBRIGATORIEDADE
São obrigadas ao preenchimento da ECF
todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e
isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro
arbitrado ou lucro presumido, exceto:
I - As pessoas jurídicas optantes pelo Regi-
me Especial Unificado de Arrecadação de Tributos
e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional),
de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006;
II - Os órgãos públicos, às autarquias e às
fundações públicas;
III - As pessoas jurídicas inativas de que tra-
ta a Instrução Normativa RFB nº 1.536, de 22 de
dezembro de 2014; e
IV - As pessoas jurídicas imunes e isentas
que, em relação aos fatos ocorridos no ano-
calendário, não tenham sido obrigadas à apresen-
tação da Escrituração Fiscal Digital da Contribui-
ção para o PIS/Pasep, da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-
Contribuições), nos termos da Instrução Normativa
RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012.
4.10.5 - PRAZOS
ECF - Escrituração Contábil Fiscal tem
prazo final de entrega estipulado
para 30.09.2015, relativamente ao ano
calendário 2014, conforme definido pelo art. 3º
da Instrução Normativa RFB 1.422/2013, na
redação dada pela Instrução Normativa RFB
1.524/2014.
De forma geral para aquelas empresas
impostas ao envio da Escrituração Contábil Fiscal
ao ambiente do Sistema Público de Escrituração
29
Digital, deverão entregar a ECF anualmente até o
último dia útil do mês de setembro,
correspondente ao ano do exercício anterior.
4.10.6 - PENALIDADES
A Lei nº 12.973/14 altera o Decreto-Lei
no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, onde rege
as novas penalidades para as empresas, nesse
caso, as obrigadas à entrega da ECF - Escritura-
ção Contábil Fiscal, que apresentar com inexati-
dões, incorreções, omissões ou deixar de apresen-
ta-la, fica sujeito às seguintes multas:
I - equivalente a 0,25% (vinte e cinco centé-
simos por cento), por mês-calendário ou fração, do
lucro líquido antes do Imposto de Renda da pes-
soa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, no período a que se refere a apuração,
limitada a 10% (dez por cento) relativamente às
pessoas jurídicas que deixarem de apresentar ou
apresentarem em atraso o livro; e
II - 3% (três por cento), não inferior a R$
100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou
incorreto.
§ 1o A multa de que trata o inciso I
do caput será limitada em:
I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as
pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior
tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior
a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil
reais);
II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)
para as pessoas jurídicas que não se enquadra-
rem na hipótese de que trata o inciso I deste pará-
grafo.
§ 2o A multa de que trata o inciso I
do caput será reduzida:
I - em 90% (noventa por cento), quando o li-
vro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o
prazo;
II - em 75% (setenta e cinco por cento),
quando o livro for apresentado em até 60 (sessen-
ta) dias após o prazo;
III - à metade, quando o livro for apresenta-
do depois do prazo, mas antes de qualquer proce-
dimento de ofício; e
IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se
houver a apresentação do livro no prazo fixado em
intimação.
§ 3o A multa de que trata o inciso II
do caput:
I - não será devida se o sujeito passivo cor-
rigir as inexatidões, incorreções ou omissões antes
de iniciado qualquer procedimento de ofício; e
II - será reduzida em 50% (cinquenta por
cento) se forem corrigidas as inexatidões, incorre-
ções ou omissões no prazo fixado em intimação.
§ 4o Quando não houver lucro líquido, antes
do Imposto de Renda e da Contribuição Social, no
período de apuração a que se refere a escritura-
ção, deverá ser utilizado o lucro líquido, antes do
Imposto de Renda e da Contribuição Social do
último período de apuração informado, atualizado
pela taxa referencial do Sistema Especial de Li-
quidação e de Custódia - Selic, até o termo final
de encerramento do período a que se refere a
escrituração.
4.10.7 - LEGISLAÇÃO
• Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de
2007, e alterações posteriores – Instituiu o
Sistema Público de Escrituração Digital - SPED.
• Decreto nº 7.979, de 8 de abril de 2013
Altera o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de
2007, que instituiu o Sistema Público de
Escrituração Digital - Sped
•
• Instrução Normativa RFB no 1.420, de 19
de dezembro de 2013, e alterações posteriores –
Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital
(ECD).
• Instrução Normativa RFB no 1.422, de 19
de dezembro de 2013, e alterações posteriores –
Dispõe sobre a Escrituração Contábil Fiscal (ECF).
• Ato Declaratório Executivo Cofis no 60, de
30
26 de agosto de 2015 – Dispõe sobre o Manual de
Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil
Fiscal (ECF).
5 - CONCLUSÃO
Por se tratar de objeto de discurso recente,
mas de aplicabilidade em pleno decurso, mesmo
com suas atualizações, novas inclusões ou ate
mesmo exclusões de módulos inerentes ao projeto
SPED, onde este depara-se com a realidade
tecnológica imposta pelas autoridades tributárias
frente a escassez de qualificação dos
profissionais, não restringindo-se apenas a área
contábil como também as demais áreas envolvidas
para suporte e implementação de tal projeto.
Além de matéria “nova”, o Sistema Público
de Escrituração Digital vem causando exigências
de caráter urgente, o SPED requer alterações na
forma das empresas gerirem suas atividades o
que também faz-se necessitar de profissionais
atualizados sobre o assunto, onde tem-se este
como “ponto crucial” na dificuldade de sua
implementação, o que potencializa o risco iminente
de fortes penalidades fiscais.
Outrora, essa revolução trás enormes
benefícios para a profissão contábil, aonde a
contabilidade nos últimos anos vem passando por
profundas adaptações, em outras vistas, uma
evolução para a profissão, sendo inegável a
requalificação do contador ou dos escritórios de
contabilidade para que faça jus ao momento
especial e, com mesma valia para as empresas
que passam a fazer parte integrante ao projeto
SPED.
O Sistema Público de Escrituração Digital –
SPED “impacta” e causa profundas modificações
no sistema logístico de fiscalização tributária, onde
por um lado facilita as atividades desempenhadas
pelas autoridades tributárias, pois há mais
agilidade na troca e cruzamento de informações,
consequente de uma única base de informação,
seu banco de dados centralizado. Desta forma e,
graças à formalização de produções de
informações em configurações digitais, implicando
na decorrência da desburocratização e
significativamente, o aumento da confiabilidade
destas inúmeras informações, por outro lado, tem-
se um aumento no volume de dados a serem
fiscalizados e, juntamente, os contribuintes, sendo
ele pessoa física ou jurídica, associados a tais
processos.
Adaptar-se ao novo modelo fiscal
compulsivo é imprescindível a todos os
contribuintes. Numa ótica arrecadatória “fecha-se
o cerco” aos contribuintes desleais ou
sonegadores, em uma segunda visão, “mais
branda”, dar-se a necessidades dos mesmos
estruturem-se e, consequentemente, investirem
qualitativamente, seja em tecnologia ou
operacionalmente, mesmo que sejam impelidos
compulsoriamente. É inegável que para moldar-se
ao SPED trás o melhoramento organizacional
empresarial, onde concerne ao próprio contribuinte
extrair o máximo proveito, em seu benefício, desta
situação tecnológica digital e, além de provir novas
oportunidades numa gama de atividades no
envoltório dessa padronização fiscal digital.
É nítido o aumento do poder da fiscalização
através do sistema SPED, sendo ele, bem além de
um conjunto de obrigações assessórias, onde sua
ideologia é de ser um poderoso banco de dados
geral que reúne todas as informações produzidas
pelas atividades comerciais das empresas e, uma
vez tendo em posse todos os dados das
transações financeiras, trabalhistas, entre outras,
reunidas em um único local e, através de um
“supercomputador” capaz de fazer cruzamentos de
grandes volumes informações em milésimos de
segundo, põe em “xeque” todas as intenções de
burlar as autoridades tributárias.
31
AGRADECIMENTOS:
Agradeço primeiramente a minha família pe-
la paciência, aos professores que são alguns dos
exemplos de motivação e conduta de profissionais.
Bem como a todos que de alguma forma
nos ajudaram direta e indiretamente para a reali-
zação deste artigo.
32
6 - REFERÊNCIAS
1. HENRIQUE, N.S. - Arrecadação Brasileira Pós-Sped: A Eficácia da Fiscalização Eletrônica. Revista
Liceu On-line, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 29-47, jan./jun. Disponível em: <http://liceu.fecap.br/LICEU_ON-
LINE/article/view/1430/874>. Acesso em 27/09/2015.
2. ILARINO, S.; SOUZA, M.A. - SPED (SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL):
IMPACTOS DA SUA IMPLANTAÇÃO NA EMPRESA XX1. Revista Científica do Departamento de
Ciências Jurídicas, Políticas e Gerenciais do UNI-BH, São Paulo, v. 3, n. 2, (2010). Disponível em: <
http://revistas.unibh.br/index.php/dcjpg/article/view/86/49>. Acesso em 29/08/2015.
3. JÚNIOR, I.N; OLIVEIRA, C.M.; CARNEIRO, E.E. - Estudo exploratório sobre os benefícios e
desafios da implantação e utilização do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED na opinião de
prestadores de serviços contábeis no Distrito Federal. 8º Congresso USP de Iniciação Científica em
Contabilidade, São Paulo/SP 28 e 29 julho de 2011. Disponível em: <
http://www.ucb.br/sites/000/2/564.pdf >. Acesso em: 29/08/2015.
4. MOTA, I.F.; CIRINO, E.S. - A ERA DO CONHECIMENTO E A ADOÇÃO DO SPED - SISTEMA
PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - COMO IMPACTO NA CONTABILIDADE. Disponível em:
<http://www.fate.edu.br/revistacontabeis/images/stories/documentos/A_Era_do_Conhecimento_e_a_Adoo_
Do_Sped_-_Sistema_Pblico_de_Escriturao_Digital_-_Como_Impacto_na_Contabilidade.pdf>. Acesso em
29/08/2015.
5. SASSO, A.; ROSA, I.C.; BARBOSA, A. - O SPED e seus reflexos na profissão contábil. VI
Encontro de Produção Científica e Tecnológica (EPCT) – Fecilcam, Paraná 24 a 28 de outubro
2011.Disponível em:
<http://www.fecilcam.br/nupem/anais_vi_epct/PDF/ciencias_sociais/03_Soc_Aplic_Completo.pdf >. Acesso
em: 27/09/2015.
6. CARTILHA DA CERTIFICAÇÃO DIGITAL. Disponível
em:<https://www.oficioeletronico.com.br/Downloads/CartilhaCertificacaoDigital.pdf.>. Acesso em:
27/09/2015.
7. INFRAESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS BRASILEIRA (ICP-BRASIL). Disponível
em:<http://www.iti.gov.br/index.php/icp-brasil/o-que-e>. Acesso em: 27/09/2015.
8. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Define crimes contra a ordem tributária, econômica e
contra as relações de consumo, e dá outras providências. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8137.htm>. Acesso em: 23/08/2015.
9. Lei nº 12.873, de 24 de outubro de 2013. Altera o art. 57 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24
de agosto de 2001. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/Lei/L12873.htm>.Acesso em: 23/08/2015.
10. Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto
sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à
Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins e dá
outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/Lei/L12873.htm>.Acesso em: 23/08/2015.
11. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 42, de 19 de dezembro de 2003.Altera o Sistema Tributário
Nacional e dá outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
33
2014/2013/Lei/L12873.htm>. Acesso em: 23/08/2015.
12. MONOGRAFIA. CAMPOS, S.B. - Competências Necessárias à Implantação Eficaz do SPED,
Percepção dos Operadores da Contabilidade do RN. Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Centro de Ciências Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal 2012.
13. MANUAL DE ORIENTAÇÃO DA ECD. Disponível
em:<http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/sped-
contabil/download/Manual_de_Orientacao_da_ECD_2015-03-04.pdf>. Acesso em: 22/09/2015.
14. MANUAL DE ORIENTAÇÃO DA ECF. Disponível em:<
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/ecf/Manual_de_Orientacao_da_ECF_28_02_2015.pdf>.
Acesso em: 26/09/2015.
15. MANUAL DE ORIENTAÇÃO DA ECF. Disponível em:<
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-
contribuicoes/download/Guia_Pratico_EFD_Contribuicoes_Versao_1.20-22_06_2015.pdf>. Acesso em:
30/09/2015.
16. PORTAL DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA. Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em:<
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/listaSubMenu.aspx?Id=33ol5hhSYZk=>. Acesso em: 04/10/2015.
17. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. Resolução nº 1.299 de 17/09/2010 do
Aprova o Comunicado Técnico CTG 2001 (CT 04) que define as formalidades da escrituração contábil em
forma digital para fins de atendimento ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Comunicado
Técnico CTG 2001. Disponível em:<
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2010/001299
18. Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007. Institui o Sistema Público de Escrituração Digital -
SPED. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Decreto/D6022.htm>.
Acesso em: 04/09/2015.
19. Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências.. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8373.htm>. Acesso em:
05/11/2015.
20. MEDIDA PROVISÓRIA No 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. Institui a Infra-Estrutura de Chaves
Públicas Brasileira - ICP-Brasil, transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia, e
dá outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/Antigas_2001/2200-
2.htm>. Acesso em: 21/09/2015.
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