Splash em Modelos - Eugenio Andreola

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Esta obra mostra os resultados e descreve algumas dificuldades encontradas para se produzir imagens de Splash em Modelos, um tema de grande dificuldade tecnica, mas que gera resultados magnificos!

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Splash em ModelosEugênio Martinez Andreola

Trabalho de Conclusão da Disciplina de Fotojornalismo e Pós-produçãoUniversidade do Vale do Itajaí

Professores:Luciano DuqueRobson Souza

Fotógrafo:Eugênio Martinez Andreola

Modelo:Érika Pellegrini

Agradecimentos: Mariana de Medeiros

Maria do Carmo R. M. AndreolaSandra Morgana Bonifácio

2010

“É importante perceber que tanto a fotografia expres-siva (a fotografia “criativa”) quanto a informativa não tem necessariamente a relação direta com o que cha-

mamos realidade”Ansel Adams

O intuito de criar este impresso é o de contar as experiências que foi fotografar Splash em Modelos. A idéia inicial partiu de um exercício propos-to em aula, na disciplina de Fotografia de Moda. O tema era Beleza, deveríamos escolher um conceito e produzir uma imagem. Queria fazer algo diferente que consistia em dois tipos de splash um seco e um molhado, o seco depois de ir trás de professores e pesquisar referências na internet, cogitou-se vários tipos de materiais para se utilizar alguns deles inviáveis aqui na região, por se tratar de uma produção acadêmica, como por exem-plo utilizar somente pó compacto que realmente seria o mais indicado para se usar, por ser de consistência boa para a produção proposta e granulação bem fina, mas aqui na região não se encontra em quantidade suficiente e nas diferentes cores que precisava para o projeto.

A opção mais barata e satisfatória que encon-trei foi utilizar Polvilho Azedo e tingir com tinta co-mestível, a utilizada foi anilina e tinta a base de álcool para papel de arroz, uma vez que o produto iria entrar em contato com a pele com os olhos da modelo, optei por ficar dentro dos produtos orgânicos para dimi-nuir as possibilidades de irritação de pele ou causar alguma reação alérgica. Já para o Splash molhado, a melhor opção foi tinta Guache atóxica diluída em água, cogitou-se uti-lizar leite, para dar uma consistência mais leitosa nos Splashes. Mas a tinta Guache se mostrou satisfatória nos testes realizados, assim poupando um tempo na hora de preparar os produtos a serem utilizados na hora do Splash.

SplashS e c o

O Processo para colorir o Polvilho foi um dos vários desafios encontrados durante toda a produção, pois para chegar a uma cor boa, as tintas comestíveis tem uma diferença de cor de fabricante para fabrican-te, para chegar as cores que eu queria, que eram Ama-relo, Azul, Rosa, Vermelho. Tive que misturar as cores iguais mas de marcas diferentes para garantir uma cor viva, e a mistura de tintas comestíveis a base de álco-ol e anilina. A secagem do polvilho foi feita no forno convencional para acelerar o processo.

Por descuido não tenho imagens que ilustram este processo.

O segundo passo foi testar intensidades, ân-gulos distâncias que o assistente que jogaria o polvi-lho ficaria da modelo em questão. Utilizei uma garrafa Pet, e uma vareta cravada no chão para poder ficar a uma altura confortável do chão. É interessante fazer estes teste antes de ir para o estúdio com a modelo para não gerar stress e cansar a modelo com antecedência.

Quando cheguei no estúdio, achei que a me-lhor escolha para o iluminação era utilizar os Flashes Compactos, disparados por meio de sincronismo Wi-reless, mas logo nas primeiras imagens captadas os Flashes se mostraram lentos. A opção que gerou os resultados melhores foi utilizar Luz Contínua, utilizei 3 Spots de 1000 watt cada. Assim me garantiu com que eu conseguisse utilizar a velocidade máxima de disparos da câmera e ao mesmo tempo um tempo de exposição rápido o suficiente para congelar tanto o polvilho quanto a tin-ta.

Ao longo de toda a produção fomos testando vários ângulos diferentes para jogar o polvilho, alguns deram resultados mais interessantes que outros. Tudo influencia na hora de jogar, se o assis-tente joga o polvilho de dentro de um copo, tigela de vidro ou direto com a mão, geram resultados com uma grande diferença. Outro ponto determinante é o ângulo em que é jogado, se o polvilho é jogado de baixo para cima, de cima para baixo ou na horizontal. Este experimento foi muito legal de se fazer, mas foi extremamente cansativo, levamos quase 9 ho-ras dentro do estúdio.

Exemplo de tigela de vidro utilizada.

Durante as fotos você pode aprovei-tar para fazer outras imagens, utilizando as possibilidades que vão surgindo duran-te uma jogada de polvilho e outra, ou na pausa para limpar a modelo. Pois cada vez que é arremessado o polvilho, entra o assistente e limpa a modelo, a maquiagem é reforçada para as-sim novamente ser arremessado, e também quando mudamos a cor do polvilho troca-mos a cor da maquiagem.

Outra experiência que gera resultados interessantes é misturar a cor dos polvilhos.

SplashTint a

Os splashes de tinta foram os mais interessan-tes de se fazer, mas devido ao adiantar da hora, não pudemos fazer mais imagens, para não sujar todo o chão eu utilizei um pedaço de lona de aproximada-mente 4x4 metros.

Sobre o Fotógrafo: Nascido em Chapecó - SC, em 1987, desper-tou o interesse pela fotografia desde pequeno. Mas os caminhos mudaram com o passar do tempo. Depois já na faculdade entrou em contato novamente com a fotografia no curso de Design, desde então vem se dedicando cada vez mais para aprender e aperfeiçoar esta arte tão envolvente e encantadora que é a fotogra-fia. Graduando em Fotografia pela Univali, um eterno apaixonado pela arte. Atualmente trabalha na Univali como labora-torista, e faz parte com mais dois amigos de um cole-tivo fotográfico, o Coletivo Catarina de Imagem.