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FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
TÍTULO: “ESTUDO DA CORRELAÇÃO DE
ACIDENTES EM RODOVIA”.
RELATÓRIO FINAL
ORIENTADOR: PROF. DR. LUZENIRA ALVES BRASILEIRO
ALUNOS: CAIQUE OLIVEIRA LIMA
LUCAS DESCROVE FRANCO
ÁREA: Engenharia
SUBÁREA: Engenharia Civil
ESPECIALIDADE: Planejamento de Transportes
Ilha Solteira – SP
Dezembro / 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
ÍNDICE
RESUMO DE TRABALHO ......................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................. 5
2.1 Fluxo de veículos .............................................................................................. 5
2.2 Composição do trafego rodoviároo .............................................................. 10
2.3 Acidentes de transito em rodovias ................................................................ 11
2.4 Custos dos acidentes ...................................................................................... 11
2.5 Configuração da rodovia SP-310 .................................................................. 12
3. OBJETIVOS ........................................................................................... 13
4. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................... 14
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 15
5.1. Características do tráfego ................................................................................. 15
5.2 Análises dos dados .............................................................................................. 17 5.2.1 Relações acidentes x aumento do número de fluxo de veículos.........................17 5.2.2 Relação usinas açucareiras x meses do ano ........................................................ 20
6. CONCLUSÃO.........................................................................................23
7. PLANO DE TRABALHO.......................................................................24
8. BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 25
RESUMO DO PLANO DE TRABALHO
A busca por relações entre o aumento do fluxo de veículos, números de
acidentes e suas consequências é um dos grandes desafios dos pesquisadores na
atualidade. Esta relação pode servir para estudos de viabilidade e projetos de construção
e conservação das rodovias. As principais causas de acidentes em rodovias são: falta de
atenção ao volante, embriaguez, alta velocidade, ultrapassagens proibidas e elevado
número de veículos pesados diminuindo o fluxo de veículos. Neste sentido, estudos
estão sendo realizados com ajuda de órgãos nacionais, estaduais, regionais e municipais,
como por exemplo, policia militar, policia rodoviária, DER.
Assim sendo, o objetivo deste trabalho é analisar o número de acidentes com
relação ao aumento do fluxo de veículos na Rodovia SP-310, Feliciano Sales Cunha.
Até o presente momento, realizou-se a pesquisa bibliográfica, seleção, tabulação
e projeção em gráficos a partir de relações estatísticas.
1. INTRODUÇÃO
A engenharia esta diretamente ligada às vias e aos veículos é ela que vai
projetar, construir e manter as vias e os veículos de forma que ofereçam condições
adequadas de segurança aos seus usuários. Estuda alterações e soluções para a melhoria
do tráfego visando sempre à fluidez e segurança do transito.
O volume de tráfego é o principal parâmetro no estudo do tráfego. As contagens
de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número de veículos que passa
através de um determinado ponto da estrada, durante certo período, podendo-se
determinar o Volume Diário Médio (VDM), a composição do tráfego, etc. Tais dados
servem para a avaliação do número de acidentes, classificação das estradas e fornecem
subsídios para o planejamento rodoviário, estudos de viabilidade e projetos de
construção e conservação.
A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem entre si quanto ao
tamanho, peso e velocidade. Sua composição é a medida, em porcentagem, dos
diferentes tipos de veículos que a formam. Os veículos pesados, sendo mais lentos e
ocupando maior espaço na pista, interferem na mobilidade dos outros veículos,
acarretando uma diminuição da vazão de tráfego das vias e risco de acidentes.
As principais causas de acidentes em rodovias são desatenção no volante,
embriaguez, alta velocidade, alto fluxo de veículos, elevado número de veículos pesados
ao longo da rodovia diminuindo o fluxo de veículos, ultrapassagens ilegais, etc.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Fluxo de Veículos
Fluxo de veículos ou volume de veículos é o número total de veículos que
passam em um determinado ponto (nesse caso, em rodovias) durante um dado intervalo
de tempo. O fluxo pode ser expresso em períodos anuais, diários, horários.
A avaliação da qualidade da operação, fluxo, numa via em um dado período é
feita utilizando conceitos de nível de serviço e volume de serviço. Seu nível de Serviço
é definido como uma medida qualitativa das condições de operação, conforto e
conveniência de motoristas, e depende de fatores como: liberdade na escolha da
velocidade, finalidade para mudar de faixas nas ultrapassagens e saídas e entradas na via
e proximidade dos outros veículos. Seis níveis de serviço são definidos: A, B, C, D, E,
F. O nível A corresponde às melhores condições de operação e o nível de serviço F às
piores.
Existem fatores que afetam a velocidade de fluxo de veículos em rodovias, são
eles:
•Ação da Polícia Rodoviária, a qual faz com que a velocidade dos
veículos seja diminuída; contudo, observa-se que o efeito é apenas temporário e
depende do tipo e da técnica de controle de velocidade utilizada pela Polícia.
Normalmente o efeito se estende em 10 ou 15 km ao longo da rodovia;
•Velocidade de Projeto: é o principal elemento físico que pode afetar a
velocidade de viagem de uma rodovia de múltiplas faixas. O alinhamento
horizontal e vertical de uma rodovia influi na velocidade dos veículos.
•Limite de Velocidade, o qual colocado nas rodovias normalmente
afeta a velocidade do fluxo-livre do automóvel. Tipicamente, a média das
velocidades dos automóveis é acima do limite de velocidade para as rodovias de
múltiplas faixas.
•Largura das Faixas e Obstrução Lateral: a largura de faixas menores
que 12 pés (3.60 m) reduzem a velocidade dos veículos, mas larguras maiores de
12 pés não são consideradas para o aumento das velocidades sob as condições
ideais. Obstruções laterais existentes a menos de 6 pés de cada lado da pista
afetam a velocidade de fluxo-livre, obstruções como muros, postes de luz,
pilares de viadutos, etc.
•Canteiro Central: uma rodovia que tiver um canteiro central levantado
ou enterrado e tiver mais de 10 pés é considerado como tendo canteiro central a
menos que esse canteiro tenha menos que 500 pés (150 m) de comprimento.
•Pontos de Acessos: um importante fato de influência na velocidade do
fluxo de veículos é o número de acessos do lado direito da rodovia.
O Índice ABCR é um dos principais indicadores antecedentes da produção
industrial do IBGE. "O movimento de veículos nas rodovias está diretamente ligado à
atividade econômica. O fluxo de veículos pesados tem alta correlação com a produção
industrial e agrícola", afirma o economista das Tendências Jensen. De acordo com ele,
se o nível de produção na indústria ou no campo varia positiva ou negativamente, a
consequência é logo percebida nas estradas, com o aumento ou diminuição do tráfego
de caminhões. "Já o fluxo de veículos leves tem relação com o fator renda. A lógica é
semelhante. Maior ou menor movimento de automóveis é sinal de crescimento, queda
ou mesmo estabilidade do nível de renda", explica o economista.
Através das imagens abaixo pode-se perceber o aumento do fluxo de veículos
em todo o país.
Figura 1 – Fluxo de veículos leves no Brasil de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
Figura 2 – Fluxo de veículos pesados em São Paulo de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
Figura 3 – Fluxo total de veículos no Brasil de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
O sistema de rodoviário do estado de São Paulo é o maior sistema estadual de
transporte rodoviário do Brasil, com 34.650 km. Trata-se de uma enorme rede
interligada, divida em três níveis, municipal (11.600 km), estadual (22.000 km) e
federal (1.050 km). Mais de 90% da população paulista está a cerca de 5 km de uma
estrada pavimentada.
São Paulo possui o maior número de estradas duplicadas da América Latina e,
de acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte, o
sistema rodoviário do estado é o melhor do Brasil, com 59,4% de suas estradas
classificadas na categoria "excelente". A pesquisa também apontou que das 10 melhores
rodovias brasileiras, nove são paulistas.
Pode-se perceber o alto e crescente fluxo de veículos ao longo das rodovias do
Estado de São Paulo nos gráficos abaixo:
Figura 4 – Fluxo de veículos leves em São Paulo de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
Figura 5 – Fluxo de veículos pesados em São Paulo de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
Figura 6 – Fluxo total de veículos em São Paulo de 1999 a 2014
Fonte: Transvias
2.2 Composição do tráfego rodoviário
No que diz respeito a uma rodovia, um dos principais elementos que vai
determinar as suas características futuras é o tráfego que a mesma deverá suportar.
A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem entre si quanto ao
tamanho, peso e velocidade. Sua composição é a medida, em porcentagem, dos
diferentes tipos de veículos que a formam. Os veículos, de uma maneira geral, são
classificados em leves (automóveis, camionetes, motocicletas, bicicletas, etc.) e pesados
(caminhões, ônibus, etc.).
Os veículos pesados, sendo mais lentos e ocupando maior espaço na pista,
interferem na mobilidade dos outros veículos, acarretando uma diminuição da vazão de
tráfego das vias. Assim, o efeito de um caminhão ou ônibus na corrente de tráfego é
equivalente ao efeito de mais de um automóvel.
O conhecimento da composição dos volumes, segundo DNIT/IPR (2006), é
essencial pelas seguintes razões:
• Os efeitos que exercem os veículos entre si dependem de suas características.
A composição da corrente de veículos que passa por uma via influi em sua capacidade.
• As percentagens de veículos de grandes dimensões determinam as
características geométricas que devem ter as vias, e os seus pesos as características
estruturais.
• Os recursos que podem ser obtidos dos usuários de uma via dependem entre
outros fatores, da composição do seu tráfego.
Contagens de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número de
veículos que passa através de um determinado ponto da rodovia, durante certo período,
podendo-se determinar o Volume Diário Médio (VDM), a composição do tráfego, etc..
Tais dados servem para a avaliação do número de acidentes, classificação das estradas e
fornecem subsídios para o planejamento rodoviário, projeto geométrico de estradas,
estudos de viabilidade e projetos de construção e conservação.
Figura 7 – Diversidade de veículos em uma rodovia
Fonte: http://noticiasdebelfordroxo.blogspot.com.br
2.3 Acidentes de trânsito em rodovias
Assume-se que acidente é um evento independente do desejo do homem,
causado por uma força externa, alheia, que atua subitamente e deixa ferimentos no
corpo e na mente. Alternativamente, pode-se considerar um acidente um evento não
intencional que produz ferimentos ou danos. Acidente de trânsito é todo acidente com
veículo ocorrido na via pública.
O problema “Acidentes de Trânsito” tem sido incorporado ao cotidiano da vida
das pessoas, silenciosa e assustadoramente.
Os principais tipos de acidentes em rodovias são: colisão frontal, atropelamento
de pedestre, colisão lateral, colisão traseira, saída de pista, colisão transversal,
capotamento, colisão com objeto fixo, tombamento, atropelamento de animais,
engavetamento, etc.
São muitos os casos de acidentes e crimes acontecendo diariamente nas estradas
em todo o país, e a cada dia aumentam cada vez mais o número de mortos e feridos em
acidentes de trânsitos, segundo pesquisa da Seguradora Líder, responsável pela
administração do consórcio de seguradoras que operam no Seguro Obrigatório de
Veículos Automotores (DPVAT).
A população em geral considera que os culpados por tanta violação das leis de
trânsitos e dos acidentes e mortes causados em consequências deles, são dos policiais,
que muitas vezes “deixam passar” algumas violações, e também dos políticos que não
deixam as estradas e rodovias em condições de tráfego seguro. Mas, não somente
policiais e políticos são responsáveis por tanta violação das leis, por tanto acidente e
morte que vem acontecendo com tanta frequência, pois não são apenas policiais e
políticos que trafegam diariamente nas rodovias, estradas e ruas. Todo o cidadão seja
em seus carros, em suas motocicletas, ônibus seja em qual for à condução motora em
que estiver, possui também toda a responsabilidade do trânsito brasileiro.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a segurança e a prevenção de
acidentes de trânsito em rodovias federais são obrigações das autoridades gestoras e
operadoras de trânsito e transporte: o Ministério das Cidades, por meio do
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran); o Ministério dos Transportes, por
intermédio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT); e o
Ministério da Justiça, por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF); além dos
Departamentos de Estradas de Rodagens (DERs) e Departamentos Estaduais de
Trânsito (Detrans).
2.4 Custos dos acidentes
A função de custos definida para estimativa dos impactos econômicos dos
acidentes nas rodovias brasileiras ficou composta de quatro grupos de componentes de
custos relativos: 1) às pessoas; 2) aos veículos; 3) à via e ao ambiente onde ocorre o
acidente; e 4) ao envolvimento de instituições públicas com o acidente, quer seja o seu
atendimento direto ou outras atividades decorrentes do acidente como processos
judiciais.
Segundo o estudo “Impactos Sociais e Econômicos dos Acidentes de Trânsito
nas Aglomerações Urbanas”, realizado entre os anos 2001 e 2003 pelo Denatran, o qual
foi voltado para a quantificação dos custos dos acidentes de trânsito em áreas urbanas,
concluiu-se por perdas anuais da ordem de R$ 5,3 bilhões em 2001 (preços de abril de
2003). Essa pesquisa estimou, ainda, os custos médios unitários em R$ 3,3 mil, para os
acidentes de trânsito sem vítimas, R$ 17,5 mil para os acidentes com feridos, e R$ 144,5
mil para os acidentes com mortes.
2.5 Configuração da Rodovia SP-310
Feliciano Sales Cunha foi o responsável por abrir a estrada de ligação a São José
do Rio Preto. A rodovia que hoje se estende do interior paulista até o Mato Grosso do
Sul recebeu o nome de Feliciano Sales Cunha (SP-310).
A rodovia é uma das mais movimentadas e perigosas da região do interior
paulista, próxima a cidade de São José do Rio Preto, principalmente pela existência de
trevos em nível com baixa visibilidade.
Ela é localizada próxima a Rodovia Washington Luiz (SP-310), uma das
principais rodovias do estado e do país. A rodovia Washington Luiz muda o nome para
"Feliciano Sales Cunha" após Mirassol.
A rodovia tem o mesmo código que a "Washington Luís" e passa por Monte
Aprazível, Nhandeara, Auriflama até Pereira Barreto e Ilha Solteira, na divisa com o
Estado de Mato Grosso do Sul.
Sendo uma rodovia sem duplicação de faixa e com muitas fazendas e plantações
de cana-de-açúcar ao redor, ocorrem vários acidentes com animais e veículos pesados.
3. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é analisar a relação entre o aumento do fluxo de veículos
e números de acidentes ao longo da Rodovia SP-310 Feliciano Sales Cunha. Esse
estudo é de grande importância para suprir a satisfação e segurança dos usuários que
realizam as viagens por veículos ao longo de uma rodovia (no caso SP-310).
4. MATERIAIS E MÉTODOS
A revisão bibliográfica foi feita utilizando materiais existentes na biblioteca da
FEIS, bem como materiais com acesso através da internet, tais como artigos nacionais e
internacionais publicados diariamente, mensalmente e anualmente.
A coleta de dados foi realizada com a ajuda de órgãos de trânsitos federais e
estaduais, como polícia rodoviária, DETRAN, etc. Os dados foram tabulados e
projetados em gráficos com base em relações estatísticas para analisar e relacionar o
fluxo de veículos, acidentes e consequências geradas na economia.
As relações e analises mensuram os impactos causados pelos acidentes na
rodovia, com vistas a oferecer alternativas para solucionar os gastos e problemas
existentes.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Características do tráfego
A rodovia Feliciano Sales Cunha é caracterizada por uma grande diversidade de
veículos que a utilizam, desde bicicletas até bitrens.
Isso se deve ao fato de ao redor da rodovia existirem varias fazendas, plantações,
principalmente da cana-de-açúcar, cidades e vilarejos de pequenas populações as quais
os cidadãos não fazem o uso de veículos muito sofisticados na maioria dos casos,
usando bicicletas, motocicletas, tratores e cavalos para transitar ao longo da rodovia,
alojamento do movimento sem terra ao longo do acostamento nas propriedades
invadidas, etc.
Observa-se na figura 8, que próximo à rodovia, existem varias usinas de açúcar e
álcool, o que consequentemente aumenta o numero do fluxo de veículos pesados,
aumentando também o numero de acidentes.
Figura 8 – Usinas de açúcar e álcool próximas à rodovia Feliciano Sales Cunha
Fonte: Elaborada pelo autor
Como o trecho que liga a cidade de Mirassol a Monte Aprazível é o mais
próximo à cidade de maior população da região, São José do Rio Preto, percebe-se que
o número de veículos de passeio aumenta a cada ano que passa - como mostra a figura 9
- sendo esse trecho o de maior volume diário médio de trafego de veículos da rodovia
Feliciano Sales Cunha.
Figura 9 – Volume diário médio de trafego no trecho Mirassol-Monte Aprazível
Fonte: Elaborada pelo autor
Devido ao elevado fluxo de carros e ao transporte da cana de açúcar percebe-se
que na maioria dos acidentes os veículos envolvidos são carros, caminhões e
bitrens, como indica a figura 10.
Figura 10 – Números totais de cada tipo de veículo envolvido nos acidentes em
cada ano
Fonte: Elaborada pelo autor
Analisando a rodovia, de 2009 a 2013, percebe-se através da figura 11 que a
rodovia estava em uma crescente do ano 2009 até 2012 no número total de acidentes e
veículos envolvidos neste, o qual diminuiu no ano de 2013. Mas também que cidades
como General Salgado e Auriflama, as quais são vias de acesso para caminhões e
bitrens que transportam cana-de-açúcar, ao contrario do acontecido na rodovia como um
todo, o número de acidentes e veículos envolvidos em 2013 aumentaram.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
2009 2010 2011 2012
PASSEIO
COMERCIAL
TOTAL
Figura 11 – Número de acidentes de 2009 a 2013 nos trechos de cada cidade
Fonte: Elaborada pelo autor
5.2 Análise dos dados
5.2.1 Relações acidentes x aumento do número de fluxo de veículos
Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que, nos últimos
10 anos, o número de carros circulando nas grandes cidades brasileiras aumentou
aproximadamente 1,5 vezes. Com isso o fluxo de veículos em rodovias consequentemente
tende a aumentar junto ao número de acidentes. Esse fato ocorre também em alguns trechos
da rodovia Feliciano Sales Cunha. No entanto percebe-se pela tabela 1 que em 2013 devido à
conscientização do governo junto aos órgãos responsáveis pela rodovia e a implantação de
radares móveis, o número de acidentes e vítimas diminuiu, ainda que não em grande
proporção.
Número de
acidentes/Ano Carros Caminhão
Carreta
Bitrem Outros Total
2009 343 34 95 75 547
2010 443 23 118 69 653
2011 496 93 20 61 670
2012 513 33 124 65 735
2013 450 19 81 60 610
Total (09-13) 2245 202 438 330 3215
Tabela 1 – Número de acidentes envolvendo cada tipo de veículo
Fonte: Elaborada pelo autor
Percebe-se pela tabela que ao longo de toda rodovia:
De 2009 a 2010 houve um aumento de 29,15% no numero de acidentes envolvendo
carros, redução de 32,35% envolvendo caminhões, aumento de 24,21% envolvendo carretas
e bi trens, redução de 8,00% com outros veículos e um aumento de 19,38% no numero total
de acidentes. Pode-se evidenciar isso na figura 13.
Figura 13 – Número de acidentes envolvendo carros na rodovia
Fonte: Elaborada pelo autor
De 2010 a 2011 ocorreu um aumento de 11,96% no número de acidentes
envolvendo carros, aumento de 304,35% envolvendo caminhões, redução de 83,05% com
carretas e bi trens, redução de 11,59% de outros veículos e um aumento de 2,60% no numero
total de acidentes. Percebe-se isso na figura 14.
Figura 14 - Número de acidentes envolvendo caminhões na rodovia
Fonte: Elaborada pelo autor
De 2011 a 2012 houve um aumento de 3,43% no número de acidentes
envolvendo carros, redução de 64,52% com caminhões, aumento de 520,00%
relacionado a carretas e bitrens, aumento de 6,56% envolvendo outros veículos e um
crescimento de 9,70% no número total de acidentes, evidenciado na figura 15.
Figura 15 - Número de acidentes envolvendo carretas e bitrens na rodovia
Fonte: Elaborada pelo autor
De 2012 a 2013 ocorreu uma redução de 12,28% nos acidentes envolvendo carros,
redução de 42,42% com caminhões, redução de 34,68% com relação a carretas e bi trens,
redução de 7,69% envolvendo outros veículos e uma redução de 17,01% no número total de
acidentes, como mostrado na figura 16.
Figura 16 – Número de acidentes envolvendo outros veículos em rodovias
Fonte: Elaborada pelo autor
Em 5 anos totalizaram-se 3215 acidentes, sendo 69,83% deles envolvendo carros
(2245 acidentes), 6,28% caminhões (220 acidentes), 13,62% carretas e bi trens (438
acidentes) e 10,27% outros tipos de veículos (330), evidenciado na figura 17.
Figura 17 – Número total de acidentes envolvendo cada tipo de veiculo de 2009 a
2013
Fonte: Elaborada pelo autor
5.2.2 Relação usinas açucareiras x meses do ano
Através da tabela 2 pode-se perceber que os meses com maiores números de
acidentes são maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e dezembro.
Tabela 2 – Relação número de acidentes x meses em seus respectivos anos
Fonte: Elaborada pelo autor
Essa maior ocorrência nesses meses, deve-se ao período de início e final de corte
da cana de açúcar, março e novembro respectivamente, visto que a região está repleta de
usinas açucareiras ao seu redor, tais como:
• Usina Santa Adélia – Pereira Barreto;
• Pioneiros - Sud Mennucci;
• Univalem – Valparaíso;
• Mundial – Mirandópolis;
• Gasa – Andradina;
• Destivale – Araçatuba;
• Benálcool – Bento de Abreu;
• São José da Estiva – Novo Horizonte;
• José Bonifácio – José Bonifácio;
• Catanduva – Ariranha;
• Moema – Orindiúva;
• São Domingos – Catanduva;
• CBAA- Icém;
• Arálcool- Santo Antônio do Aracanguá;
• Alcoeste- Fernandópolis;
• Unialco – Guararapes;
• Colombo – Ariranha;
A localização de tais usinas açucareiras ao redor da rodovia Feliciano Sales
Cunha (Ilha Solteira - São José do Rio Preto) pode ser vista pelos marcadores (círculos)
na figura 8.
A presença de usinas açucareiras resulta no maior número de tráfego de veículos
pesados como caminhões, carretas, bitrens, gerando um tráfego mais lento e estressante
devido à locomoção em baixa velocidade e um maior desgaste do pavimento.
Tabela Acidentes/Meses 2009 - 2013
2009 2010 2011 2012 2013 Total
Janeiro 22 29 35 24 26 136
Fevereiro 30 15 25 32 21 123
Março 22 20 28 20 28 118
Abril 30 29 31 35 25 150
Maio 40 33 33 30 29 165
Junho 17 32 44 47 45 185
Julho 28 28 28 45 28 157
Agosto 22 44 35 39 29 169
Setembro 41 36 27 39 33 176
Outubro 27 42 35 39 33 176
Novembro 32 35 36 29 23 155
Dezembro 35 34 44 40 45 198
Total 346 377 401 419 365 1908
Analisando as figuras 8 e 11, percebe-se que as cidades de General Salgado,
Nhandeara e Auriflama têm um número elevado de acidentes que não “abaixa” com o
passar dos anos devido à localização próxima de usinas e serem pontos de passagem dos
caminhões pesados, Usinas Arálcool, Colombo e São Domingos na cidade de Santo
Antônio do Aracanguá e a Usina Ibirá em Fernandópolis.
Outro exemplo desse fato são as cidades de Pereira Barreto e Sud Mennucci, as
quais estão ao redor da Usina Santa Adélia de Pereira Barreto.
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que devido ao fato de ao redor da rodovia existirem várias fazendas,
plantações, principalmente da cana-de-açúcar, cidades e vilarejos de pequenas
populações, as quais os cidadãos não fazem o uso de veículos muito sofisticados na
maioria dos casos, usando bicicletas, motocicletas, tratores e cavalos para transitar ao
longo da rodovia e assentamento do movimento sem terra (MST) ao longo dos
acostamentos, nas propriedades invadidas, o risco de ocorrer acidentes é muito alto.
Sendo assim necessárias medidas eficazes para conter esse problema, tais como
fixação de radares de velocidade, balança de pesagem, para verificar se caminhões e bi
trens não estão carregando carga acima do permitido, maior sinalização e melhora do
pavimento da rodovia , já que a mesma tem trechos em condições precárias.
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
7. PLANO DE TRABALHO
1. Revisão bibliográfica.
2. Coleta de dados.
3. Tabulação e gráficos dos dados.
4. Análise e relação entre fluxo, acidentes e economia.
5. Elaboração do relatório de iniciação científica.
Atividade Mês
1
Mês
2
Mês
3
Mês
4
Mês
5
Mês
6
Mês
7
Mês
8
Mês
9
Mês
10
Mês
11
Mês
12
1 X X X
2 X X
3 X X
4 X X X
5 X X
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
8. BIBLIOGRAFIA
1. Impactos sociais e econômicos dos acidentes de transito nas rodovias brasileiras-
Relatório Executivo- Brasília: IPEA/DENATRAN/ANTP,2006.Disponível em:
<>http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/custos_acidentes_transito.
pdf Acessado em: setembro 2014.
2. Transito Brasileiro. Disponível em:
<>http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=118 Acessado em:
outubro 2014.
3. Volume Diário Médio das Rodovias (VDM).DER-Departamento de Estradas de
rodagem. Disponível em:<> http://www.der.sp.gov.br/website/Malha/vdm.aspx
Acessado em: abril 2014.
4. Tipos-de-transportes-x-cargas Disponível em: <>
http://transportesdecarg.blogspot.com.br Acessado em: Dezembro 2014.
5. Índice ABCR. Disponível em: <> http:// www.abcr.org.br. Acessado em:
Novembro 2014.
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