Trabalhando Ciências Humanas nos Anos Iniciais

Preview:

DESCRIPTION

Trabalho realizado pela professora Noeli Schonorrenberger no Encontro de Formação Continuada "Alfabetização e Letramento para Educadores do Campo"

Citation preview

CIÊNCIAS SOCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

(Primeiro, segundo e terceiro Ano)

Parâmetros Curriculares Nacionais, Geografia e História.

Como nós trabalhamos Ciências Sociais nos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental?

Costumamos trabalhar da forma

como fomos ensinados.

Estamos alfabetizados em Ciências

Sociais?

PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES

AUGUSTO JORGE CURY

Sugeresentar em circulo ou em U.

Objetivos desta técnica: desenvolver a segurança,

promover a educação participativa, melhorar a concentração

diminuir conflitos em sala de aula,

diminuir conversas paralelas.

Por que algumaspessoas são eloqüentes e seguras

para falar com os íntimos mas completamente

inibidas para discutir suas opiniões com estranhos

ou em grupos de trabalho? Uma das grandes causas

é o sistema escolar.

Os educadores são escultores da emoção.

Eduquem olhando nos olhos, eduquem com gestos: eles falam tanto quanto

as palavras. Sentar em forma de U ou em círculo aquieta

o pensamento, melhora a concentração,

diminui a ansiedade dos alunos. O clima da classe fica agradável

e a interação social dá um grande salto.

-1827: Ler, escrever, quatro operações,gramática, moral cristã,doutrina da Igreja Católica. (Optativo: Constituição do Império e História do Brasil);

- 1837: História para Ensino Médio: História Universal X História Sagrada;

- 1855: História do Brasil X História Sagrada;

HISTÓRICO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS NO BRASIL

1870 – Concepções cientificistas: - História Natural ( História e Geografia Universal, do Brasil e Regional); - Instrução cívica substitui a instrução religiosa; - Cria-se a História Profana (laica), raramente ensinada; - História: Ações históricas realizada pelos heróicos; - Memorização e repetição oral;

Século XIX – - Nacionalismo civilizatório e patriótico: História, Geografia e Língua Nacional;-Conteúdos: Tradição do passado homogêneo, com feitos gloriosos de célebres personagens históricos nas lutas pela defesa do território e da unidade nacional;- festas, desfiles, eventos comemorativos, celebrações de culto aos símbolos da Pátria;

Começo do Século XX: Surgem propostas alternativas ao modelo oficial (reprimidas pelos governos)

Identificava-se com os principais momentos das lutas sociais: Revolução Francesa, Abolição da Escravatura ...

1930:- Surge os Estudos Sociais: História Geral (América e Brasil são apêndices);- O Brasil é visto como mestiço - Atraso econômico- Necessidade de buscar conhecer a identidade nacional-Tese da democracia racial. - Escolanovistas propõe métodos ativos, mas a prática predomina pela memorização e festas cívicas, seleção de conteúdos visando exames finais;

1950:

Influência dos historiadores profissionais;

1950 – 1960: Predomínio da História

dos Estados Unidos, ciclos econômicos, discurso de homogeneização,

educação para o trabalho, advento do mundo urbano e industrial;

Final da época de 1970: (pós-guerra) Unesco interfere:

História humanística e pacifista, voltando-se aos processos

de desenvolvimentoeconômico das sociedades,

bem como os avanços tecnológicos, científicos e culturais da humanidade;

Estudos Sociais: Visão norte-americana nos currículos brasileiros;

Nível secundário

(História Nova):

Modos de Produção – transformações econômicas e conflitos entre classes sociais;

História tradicional:

Trajetória vitoriosa da classe burguesa na consolidação harmoniosa do mundo moderno;

Lei 5692/71: ideologia com ufanismo nacionalista justifica o projeto nacional organizado pelo governo militar a partir

de 1964;

Estudos Sociais: do concreto para o abstrato:

comunidade, bairro, município, estado, país, mundo.

Para compreender a história o aluno deveria ter a noção de tempo histórico.

;

O ensino limitava-se ao tempo cronológico, calendário, ordenação temporal, sequência passado-presente e futuro;

Fim do exame de admissão;Ensino obrigatório de 8 anos;

Deteriorização da qualidade de ensino;

Licenciatura curta, avanço das entidades privadas de ensino superior;

Anos 70:

Criação da Associação de Historiadores e Geógrafos.

Em decorrência volta a História e a Geografia aos currículos;

acaba a licenciatura de Estudos Sociais;

Anos 80:Reformas escolares: currículos são questionados, mudados;

Êxodo rural;Novas tecnologias (rádio, TV);

Professores tornam-se importantes no saber escolar;

Diálogo entre pesquisadores e docentes;Pós-graduação em História;

Retorno da História a da Geografia ao currículo escolar a partir

das séries iniciais de escolarização;

Novas abordagens com questões voltadas para a História social, cultural

e do cotidiano;

A História, com eixo europocêntrico foi substituída pela História Crítica,

pretendendo desenvolver com os alunos atitudes intelectuais de desmistificação das ideologias, possibilitando a análise

das manipulações dos meios de comunicação

de massas e da sociedade de consumo;

Estudos das ciências pedagógicas, da psicologia cognitiva e social

propõe o construtivismo: (aluno participa

da construção do conhecimento);

Conteúdos para um público ligado a um presenteísmo intenso,

voltado para idéias de mudanças constantes do novo

cotidiano tecnológico;

Professores percebem ser impossível transmitir nas aulas todo o conhecimento

sobre a história da humanidade;Surge a proposta de ensino

por eixos temáticos;

A simplificação dos textos, conteúdos carregados de ideologias, testes ou exercícios sem exigência

de nenhum raciocínio são apontados como comprometedores;

A História tem permanecido distante dos interesses dos alunos;

Importância da história:

Contribuir na formação dos alunos como sujeitos conscientes,

capazes de entender a história como conhecimento, como experiência

e prática de cidadania.

Somos o resultado deste processo

histórico.

Ao tomar conhecimento da História

das Ciências Sociais no Brasil

é possível compreender as dificuldades

em trabalhar este componente curricular.