View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Área de abrangência
Rio Grande do Norte
Paraíba
Alagoas
Sergipe
Bahia
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Região Costeira dos Estados:
As massas de ar úmidas que influenciam a
formação deste clima são provenientes do
oceano Atlântico sendo elas:
•Massas de ar Equatorial Atlântica -MEAS
•Massa de ar Tropical Atlântica –MTA
•Massa de ar Polar Atlântica – MPA
E pela Zona de convergência Intertropical -
ZCIT
Fonte: Moreira, 2007
Massas de ar
Os ventos alísios, que são gerados pela
rotação da terra, e a passagem de
centros de alta pressão sobre o oceano
fazem com que os ventos tenham sua
direção voltada para o continente e
sendo assim eles carregam a umidade
marítima para a faixa leste mais próxima
do litoral do Brasil. Os valores
acumulados de precipitação são baixos,
pois estas massas de ar não causam
chuvas significativas.
FONTE: Disponível em: <www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/massasbr.htm>
Acessado em : 20 de setembro de 2009
No verão, a massa Tropical Atlântica avança sobre as regiões
costeiras. O encontro dessa massa com as escarpas planálticas
(Serra da Borborema, Chapada Diamantina, Serra do Mar e Serra
da Mantiqueira) provoca um fenômeno conhecido como chuvas
orográficas ou de relevo: ao encontrar uma barreira, o ar úmido
se eleva e o vapor d'água condensa, causando assim esse tipo de
chuva, comum na região litorânea
Amplitude térmica
Nessa região a amplitude térmica é menor. Isso ocorre pela
proximidade das águas do mar que se aquecem e se resfriam
lentamente. Na região litorânea a umidade do ar é maior
Temperaturas
Apresenta um clima quente, sendo que no litoral nordeste as
temperaturas são mais elevadas que as do litoral sudeste.
Média oscila entre 23ºC e 26ºC
Média das máximas: 30ºC Máxima absoluta de até 42ºC em Campina Grande (PB)
Média das mínimas: 18ºC Mínima absoluta de até 10ºC em Garanhuns (PE)
Amplitude térmica aumenta quando avançamos para o Sul
Pluviosidade As chuvas no nordeste ocorrem principalmente no outono e inverno e no sudeste são
mais intensas na primavera e verão.
Média anual
cerca de 700 mm em Arcoverde (PE) – chove pouco na primavera e início de verão
cerca de 2500 mm em Recife (PE) - a pluviosidade esta presente em todos os meses do
ano, não apresentado estações de seca, mas a uma redução dos totais pluviométricos no
período que vai de outubro a fevereiro
Arcoverde (PE) Recife (PE)
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir
das características climáticas, botânicas, pedológicas,
hidrológicas e fitogeográficas.
Domínios morfoclimáticos
Domínio dos Mares de
Morros – região leste
(litoral brasileiro), onde se
encontra a floresta
Atlântica
Domínio morfoclimático do clima litorâneo
Mares de morros
Acompanha a faixa litorânea do Brasil, do Nordeste até o Sul do País
com área total de aproximadamente 1.000.000 km².
As características são de morros arredondados que da alternância de
períodos de secas e chuvas, apresentando solos férteis, Mata
Atlântica e rios que são importantes por seu potencial hidrelétrico na
região.
Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência da forte ocupação
humana.
Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processo erosivo (relevo
acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes e formação de
voçorocas.
Mangues
O manguezal caracteriza-se por sua localização associado às margens de baías, desembocaduras
de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou
diretamente expostos à linha da costa, sujeito ao regime das marés. Sua vegetação é bastante
variada, porém típica de regiões litorâneas. São regiões alagadiças e salobras que abrigam
manguezais, gramíneas e plantas rasteiras.
Ecossistemas
Características da vegetação
•Solo salino com deficiência de oxigênio, caracterizado por formações lodosas
permite a existência de vegetais halófilos (toleram salinidade elevada)
•Raízes longas (sustentação em solos lodosos)
•Raízes aéreas (devido a falta de oxigenação)
Flora Possui vegetação típica, que apresenta uma série de adaptações às condições
existentes nos manguezais. Esta vegetação é tão especializada que se pode
verificar a ocorrência de determinadas espécies de plantas nos manguezais de
todo o mundo, como é o caso da Rizhophora mangle, conhecida vulgarmente no
Brasil como mangue vermelho. Associadas ao mangue vermelho, destacam-se a
presença da Laguncularia racemosa e Avicennia schaueriana.
Mangue-vermelho Avicennia schaueriana
Laguncularia racemosa
FaunaA biodiversidade dos manguezais se traduz em significativa fonte de alimentos para as
populações humanas. Nesses ecossistemas se alimentam e reproduzem mamíferos,
aves, peixes, moluscos e crustáceos. Entre essas espécies, destacam-se o bem-ti-vi
(Pitangus sulphuratus), guará (Eudocimus ruber), socó-dorminhoco (Nycticorax
nycticorax), camaleão (Chamaeleonidae sp), guaiamu (Cardisoma guanhumi), chama-
maré, etc.
guará bem-ti-vi guaiamu
Importância
No Brasil, os mangues são protegidos por legislação federal, devido à
importância que representam para o ambiente marinho. Servem de refúgio
natural para a reprodução e desenvolvimento (berçário), assim como local para
alimentação e proteção para crustáceos, moluscos e peixes de valor comercial.
Os manguezais ainda contribuem para a sobrevivência de aves, répteis e
mamíferos, muitos deles integrando as listas de espécies ameaçadas ou em risco
de extinção. Além disso, colaboram para o enriquecimento das águas marinhas
com sais nutrientes e matéria orgânica.
Impacto ambiental
Devido à grande importância econômica dos manguezais, estes ambientes são degradados
diariamente pela ação e ocupação do homem. Essa ocupação desordenada deve-se
principalmente ao fato desses locais apresentarem condições favoráveis à instalação de
empreendimentos.
Oferta quase ilimitada de água, insumo importante para indústria,
Possibilidade de fácil despejo de rejeitos sanitários, industriais, agrícolas e/ou de Mineração.
Proximidade de portos, que facilitam a importação de matéria prima para a transformação e a
exportação de produtos, diminuindo custos de carga e transporte.
Pressão do mercado imobiliário.
As populações caboclas que vivem no litoral também
desenvolvem atividades que causam impactos, como a pesca e
a coleta de siris, caranguejos e sururus. Eles também se
alimentar de aves costeiras (inclusive aves ameaçadas de
extinção), primatas, assim como de alguns répteis tais como
lagartos e tartarugas, e de seus respectivos ovos.
As árvores do manguezal são utilizadas para obtenção de
madeira para construção de barcos, casas, cercados, armadilhas
de pesca, além de servirem para produção de combustível na
forma de carvão.
O solo do manguezal é explorado com a retirada de argila que é
utilizada por olarias para produção de telhas e tijolos de cerâmica.
O processo de exploração do turismo tem como conseqüência a
expansão imobiliária em áreas de manguezal. Estes empreendimentos
podem no entanto levar ao aterro dos manguezais assim como a
extinção da fauna e da flora de maneira irreversível.
Restinga Nos termos da Resolução CONAMA n.º 007/96, vegetação de restinga é "conjunto das comunidades
vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha".
A restinga caracteriza-se por sua localização ao longo do litoral Brasileiro sendo,
um dos ecossistemas associados a Mata Atlântica. A restinga é encontrada nas
áreas compreendidas entre as dunas interiores e a floresta de terras baixas,
revestindo as áreas litorâneas fora do alcance do mar. A Restinga é uma vegetação
mista composta por árvores, arbustos, epífitas, trepadeiras, muitas bromélias de
chão e samambaias. A vegetação cresce em solo arenoso e suporta fatores como a
salinidade, ventos e insolação forte. No interior das matas de restinga podem ser
encontradas árvores que podem chegar a 15m de altura.
Características da vegetação
•Folhas rígidas e resistentes
•Caules duros e retorcidos
•Raízes com forte poder de fixação em solos arenoso
•Arbustos de pequeno porte nas proximidades das praias, de 1,5 a 2 m de altura
Flora
Predominam nas restingas árvores de pequeno e médio porte dependendo de seu estágio,. Da
praia em direção ao interior a vegetação de restinga vai se adensando até chegar a um estágio
de árvores que alcançam 20 metros de altura. Onde o solo permanece mais inundado grande
parte do ano as florestas de restingas são mais baixas com árvores de até 10 metros de altura.
Entre as espéices estão: a caxeta (Tabebuia cassinoides) e a Guaxima-do-mangue; (Hybiscus
pernambucensis).
Entre as bromélias encontram-se Aechmea nudicaulis; Bromelia binotii; Catopsis
berteroniana; Neoregelia compacta; Neoregelia cruenta.
As restingas são verdadeiros mosaicos florísticos, pois possuem várias espécies que se
encontram em outros ecossistemas.
Fauna A fauna é muito rica podendo-se destacar o cachorro-do-mato (Cerdocyon sp), o quati
(Nazua nazua) e o Mão-pelada (Procyon) e inclusive é habitat também do veado-catingueiro
(Mazama gouazoubira). Entre as aves destacam-se o beija-flor Amazilia frimbriata, a coruja-
buraqueira (Speotyto cunicularia) e a belíssimo Tiê-sangue (Rhamphocelus bresilius).
cachorro-do-mato quati veado-catingueiro
A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se
do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de
quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só
comparável à Floresta Amazônica.
Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua
extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a
maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes
cidades, pastos e agricultura
Mata Atlântica
Recommended