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Título: Relatório de Atividades 2017-2018 Autor: Centro de Estudos Judiciários
Ano de Publicação: 2018 Centro de Estudos Judiciários
Largo do Limoeiro 1149-048 Lisboa
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 3
Índice 1. Introdução ...................................................................................................... 7
1.1. Aspetos gerais .......................................................................................................................... 7
1.2. Formação inicial ...................................................................................................................... 9
1.2.1. Primeiro ciclo ................................................................................................................... 9
1.2.2. Segundo Ciclo ................................................................................................................. 10
1.2.3. Estágio de ingresso ........................................................................................................ 10
1.3. Prestígio social e abertura ao exterior ................................................................................. 10
1.3.1. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários ....................................................... 11
1.4. Divulgação externa ................................................................................................................. 11
1.4.1. A página do CEJ .............................................................................................................. 13
1.5. Formação contínua ................................................................................................................ 14
1.6. Parcerias com entidades externas ........................................................................................ 15
1.7. Recursos materiais e humanos ............................................................................................. 17
2. Formação inicial de magistrados ................................................................ 19
2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo) ..................................................................................... 19
2.1.1. Primeiro Ciclo do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais .......................................................................................................................... 20
2.1.1.1. Destinatários e início das atividades ..................................................................... 20
2.1.1.2. Organização por matérias e áreas ................................................................................. 21
2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ......................................... 25
2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais .......................................................................... 28
2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 33.º Curso...................................................... 28
2.2. Fase teórico-prática (Segundo ciclo) ................................................................................... 29
2.2.1. Generalidades ................................................................................................................ 29
2.2.2. Magistratura Judicial..................................................................................................... 30
2.2.2.1. Generalidades ................................................................................................................ 30
2.2.2.2. Particularidades dos dois cursos da magistratura judicial ........................................... 31
2.2.3. Magistratura do Ministério Público .............................................................................. 35
2.3. Estágios ................................................................................................................................. 38
2.3.1. Magistratura Judicial..................................................................................................... 38
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 4
3. Formação Contínua ..................................................................................... 39
3.1. Breve nota introdutória ........................................................................................................ 39
3.2. Ações de formação contínua previstas e realizadas, por tipologia ................................... 39
3.3. Ações de formação contínua realizadas, por jurisdição e tipologia .................................. 40
3.4. Inscrições e presenças – juízes e magistrados do Ministério Público ................................. 41
3.5. Locais de realização das ações de formação contínua ....................................................... 45
3.6. Publicação de livros digitais - e-books ................................................................................. 46
3.7. Outras atividades .................................................................................................................. 49
3.8. Formação contínua - em síntese .......................................................................................... 50
4. Departamento de Relações Internacionais ............................................... 53
4.1. Introdução .............................................................................................................................. 53
4.2. Estrutura e organização interna .......................................................................................... 54
4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária ............................................................................... 54
4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ ..................................................................................... 55
4.3.2. Grupos ‘Programas’; Subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos Humanos’ e
‘Linguística’ ..................................................................................................................... 55
4.3.3. Concurso Themis ........................................................................................................... 56
4.3.4. Catálogo Plus ................................................................................................................. 56
4.3.5. Grupo Programa de intercâmbios (Exchange Programme) ........................................ 57
4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação.................................................................. 58
4.4. Países de Língua Portuguesa ............................................................................................... 59
4.4.1. Brasil .............................................................................................................................. 60
4.4.2. Outros países da CPLP .................................................................................................. 60
4.5. Atividades bilaterais ............................................................................................................. 63
4.5.1. Escolas espanhola e francesa ....................................................................................... 63
4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA) ............................................................................ 63
4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras ..................................................................... 64
5. Gabinete de Estudos Judiciários................................................................. 65
5.1. Recursos Humanos ............................................................................................................... 65
5.2. Atividade desenvolvida ........................................................................................................ 65
5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios ......................................................... 66
5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados ........................................................ 66
5.2.3. Atividades sociais e culturais ........................................................................................ 67
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 5
5.2.4. Comunicação institucional e imagem .......................................................................... 68
5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades ................................................................. 70
6. Divisão do Centro do Documentação ......................................................... 71
6.1. Introdução .............................................................................................................................. 71
6.2. Vertente Arquivo ................................................................................................................... 71
6.2.1. Gestão do Arquivo ......................................................................................................... 71
6.2.2. Apoio aos Utilizadores ................................................................................................... 73
6.3. Vertente Biblioteca ................................................................................................................ 73
6.3.1. Gestão do Fundo Documental ....................................................................................... 73
6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2017 a 31-8-2018)......................................................... 73
6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados
(valores absolutos) ....................................................................................................... 76
6.3.1.3. Abate e reparações de documentos ............................................................................ 77
6.3.2. Apoio aos Utilizadores .................................................................................................. 78
6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos ..................... 78
6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de consulta e
empréstimo de documentos ........................................................................................ 79
6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de empréstimos interbibliotecas
(EIB) ............................................................................................................................... 79
6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de
documentos .................................................................................................................. 80
6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .................................. 80
6.4. Qualidade dos serviços ......................................................................................................... 80
6.4.1. Recolha e Tratamento de Informação Estatística ....................................................... 80
6.4.2. BiblioNet ......................................................................................................................... 81
6.4.3. Formação dos utilizadores internos .............................................................................. 81
6.5. Gestão de publicações ........................................................................................................... 81
6.6. Outras atividades .................................................................................................................. 82
6.7. Infraestruturas ...................................................................................................................... 83
6.8. Recursos humanos ............................................................................................................... 83
7. Departamento de Apoio Geral ................................................................... 85
7.1. Introdução ............................................................................................................................. 85
7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos Estatutos do CEJ ....................................................... 85
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 6
7.2.1. Área de recursos humanos e expediente .................................................................... 85
7.2.2. Área de Contabilidade................................................................................................... 87
7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública ................................................................. 88
7.2.4. Apoio jurídico ................................................................................................................ 89
7.2.4.1. Apoio jurídico ................................................................................................................ 89
7.2.4.2. Apoio geral .................................................................................................................... 92
7.3. Outras atividades .................................................................................................................. 93
7.4. Divisão de Informática e Multimédia ................................................................................... 94
7.4.1. Informática .................................................................................................................... 94
7.4.2. Multimédia .................................................................................................................... 97
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 7
1. Introdução
1.1. Aspetos gerais
[1] Na partilha de competências que a Lei n.º 2/2008, de 14 de agosto, estabelece compete ao
diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) elaborar e submeter à apreciação do Ministro da
Justiça, até 31 de dezembro, o relatório anual de atividades, preceituando a mesma Lei que a
aprovação daquele está cometida ao Conselho Geral.
A prestação de contas que se apresenta, para além do cumprimento de imperativo legal,
constitui, sobretudo, a demonstração e a divulgação da desoneração da missão que incumbe ao
Centro de Estudos Judiciários, na pessoa do seu diretor, nas múltiplas variáveis e envolventes, no
que respeita à formação de magistrados, desde o recrutamento até à “entrega do formado” ao
respetivo Conselho Superior, à formação contínua, bem como todo o apoio técnico-
administrativo de recursos humanos e materiais, que lhe está associado.
Adotando a mesma estrutura que tem sido seguida em anteriores relatórios anuais de atividades,
por se ter mostrado apropriada, quer quanto aos temas a considerar, inscritos na matriz essencial
das atribuições do CEJ, quer quanto aos respetivos conteúdos expositivos em que aquelas se
concretizaram ao longo do ano, o relatório anual de atividades relata, nos sete capítulos a seguir
enunciados, a síntese da atividade desenvolvida entre 1 de setembro de 2017 e 15 de julho de 2018:
1. Introdução
2. Formação Inicial
3. Formação Contínua
4. Departamento de Relações Internacionais
5. Gabinete de Estudos Judiciários
6. Divisão do Centro de Documentação
7. Departamento de Apoio Geral
[2] Nos termos do que se prevê na Lei Orgânica do Ministério da Justiça, o Centro de Estudos
Judiciários é uma estrutura do Ministério da Justiça, com a missão de formação profissional de
juízes, magistrados do Ministério Público, assessores dos tribunais e outros profissionais da
justiça, a que acresce o estabelecimento de relações de cooperação e o desenvolvimento de
estudos e investigações (Artigos 7.º, alínea a), e 18.º do Decreto-Lei n.º 123/2011, de 26 de
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 8
dezembro).
Essas atribuições são inscritas e desenvolvidas normativamente na Lei do CEJ (Lei n.º 2/2008, de 14
de janeiro), que consagra o quadro orgânico próprio para o seu cumprimento: a) O diretor; b) O
conselho geral; c) O conselho pedagógico; d) O conselho de disciplina.
[3] No período a que respeita este relatório – 1 de setembro de 2017 a 15 de julho de 2018 – o
Conselho Geral aprovou o Plano Anual de Atividades, compreendendo as rubricas que se indicam,
pela ordem que nele se mencionam:
1. Parcerias com outras entidades.
2. Abertura ao exterior e enraizamento na comunidade jurídica
3. Publicações; e-books e transmissão à distância
4. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários
5. Organização e execução do 33.º curso de formação de magistrados para os tribunais
judiciais, com o plano de estudos aprovado pelo Conselho Pedagógico, assente no
seguinte travejamento:
a. Evitar modelos académicos ou universitários no 1.º ciclo, sendo a formação virada
para a aquisição de competências, numa aprendizagem contínua e global, com
reforço da ética e deontologia;
b. Dotar competências para o saber fazer, saber ser e saber estar;
c. Necessidades de docência.
6. Organização, execução e acompanhamento do 2.º ciclo da formação inicial do 32.º curso
de formação para os tribunais judiciais e do 4.º curso para os tribunais administrativos e
fiscais, considerando, nomeadamente, os objetivos legais, os meios de os concretizar, os
planos individualizados do merecimento dos auditores, os critérios para a colocação
destes, e as necessidades e missões dos coordenadores regionais.
7. Organização da fase de estágio do 4.º curso para os tribunais administrativos e fiscais, em
razão do encurtamento do 2.º ciclo e da antecipação e encurtamento da fase de estágio, a
decorrer entre 1 de junho e 31 de dezembro de 2018.
8. Organização e execução da Formação contínua, com discriminação das ações
programadas e calendarizadas, por tipologia, incluindo os cursos on-line, metodologia,
destinatários, e objeto.
9. No Departamento de relações internacionais, enunciaram-se os objetivos nas relações
bilaterais, com destaque para o Conselho da Europa e a Academia de Direito Europeu, e
multilaterais, no âmbito da Rede Europeia de Formação Judiciária e de outras redes de
formação, e a particular ação do CEJ com os Países de expressão oficial portuguesa,
incluindo a preparação da formação de futuros magistrados do Ministério Público de Cabo
Verde.
10. No âmbito da Organização interna e controlo de qualidade foram inscritos objetivos no
quadro das competências do Departamento de Apoio Geral, em especial em matéria de
apoio jurídico, e de recursos humanos, financeiros e patrimoniais, na Divisão de
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 9
informática e multimédia, em matéria de gestão processual e webpage, do Gabinete de
Estudos Judiciários e da Divisão do Centro de Documentação, em matéria do trabalho e
consolidação documental, de prevenção de documentos, e da Biblioteca.
Do que foi o cumprimento da execução do plano, nas suas diversas áreas, dá-se testemunho
circunstanciado nas páginas subsequentes.
1.2. Formação inicial
1.2.1. Primeiro ciclo
[4] A formação inicial de magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de
formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo
que o primeiro ciclo desse curso se realiza na sede do CEJ, com a ressalva dos estágios
intercalares de curta duração, que decorrem nos tribunais – tal como se estabelece nos n.os 1 e 2
do artigo 30.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
Em 18 de janeiro de 2017 foi aberto concurso para ingresso para curso de formação de
magistrados para os tribunais judiciais.
Findo o concurso, o primeiro ciclo do 33.º Curso de formação de futuros magistrados para os
tribunais judiciais decorreu entre 15 de setembro de 2017 e 15 de julho de 2018.
Tratou-se de um curso destinado a preencher um total de 126 vagas, sendo 42 na magistratura
judicial e 84 na magistratura do Ministério Público.
[5] Note-se que em junho de 2017 – e para assegurar as acrescidas necessidades de formação do
referido 33.º Curso de formação teórico-prática de futuros magistrados para os tribunais judiciais
–, o CEJ já havia selecionado, por procedimento concursal, mais duas novas docentes a tempo
inteiro, tendo convidado quatro outros magistrados a desempenhar funções docentes a tempo
parcial, e em acumulação de funções, dois para a Jurisdição Penal, um para a Jurisdição de Família
e um para a Jurisdição do Trabalho e da Empresa, todos da magistratura do Ministério Público.
As duas docentes a tempo inteiro são originárias da magistratura judicial (uma para a Jurisdição
de Família e das Crianças e outra para a Jurisdição do Trabalho).
Fez-se também entrar no corpo de docentes do CEJ duas magistradas que tinham ficado
graduadas como suplentes no procedimento concursal de 2016, uma – Juíza – para a Jurisdição
Civil e outra – Procuradora da República – para a Jurisdição Penal.
Em abril de 2018, o CEJ selecionou, por procedimento concursal, mais sete novos docentes, todos
a tempo inteiro, três para a Jurisdição Civil (dois Juízes de Direito e um Procurador), dois para a
Jurisdição da Família e das Crianças (um Juiz de Direito e um Procurador) e dois para a Jurisdição
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 10
do Trabalho e da Empresa (um Juiz de Direito e um Procurador), visando colmatar a saída dos
Docentes que terminavam as suas segundas comissões de serviço.
1.2.2. Segundo Ciclo
[6] Durante o período temporal a que se reporta este Relatório de atividades, decorreram
atividades de formação do 2.º Ciclo nos tribunais, relativamente ao 32º Curso para os Tribunais
Judiciais e ao 4º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais.
1.2.3. Estágio de ingresso
[7] Orientações
A preparação do estágio do 4.º Curso TAF foi feita em especial pelo diretor-adjunto afeto à
magistratura Judicial, com a colaboração de dois coordenadores regionais.
[8] Magistratura judicial
No período a que se refere o presente Relatório, e seguindo o manual de Organização do 2.º Ciclo,
o Guia de Boas Práticas respetivo e o Guia de Estágio do 4.º Curso TAF, que continuaram a ser
documentos inovadores na história do CEJ.
Estão em estágio 41 juízes oriundos do 4.º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais,
estágio que decorre desde 1 de junho de 2018 e até 31 de dezembro de 2018.
1.3. Prestígio social e abertura ao exterior
[9] Tem sido uma das preocupações permanentemente presentes o reforço do prestígio e
reconhecimento social do Centro de Estudos Judiciários assente na sua constante e progressiva
abertura ao exterior.
A par de parcerias estratégicas estabelecidas e que se mantiveram, releva acrescentar o
protocolo celebrado com o Instituto dos Notários de Portugal, através do qual foi organizado e
levado à prática um curso de formação, dirigido a mais de uma centena de notários, em matéria
de inventário, com vista a superar as carências que nesse domínio estes técnicos do direito
referiam sentir e obter respostas positivas na tramitação e resolução de tais tipos de processos.
Continuou também a publicação de inúmeros materiais formativos, incluindo livros digitais, com
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 11
relevo para todas as profissões jurídicas.
Neste âmbito importa salientar a realização de conferências e a publicação de edições com a
colaboração de entidades externas, entre as quais se podem destacar a Ordem dos Advogados, a
Ordem dos Notários, as Faculdades de Direito e o Conselho Superior da Magistratura, e com
outros organismos do Ministério da Justiça (INPI, DGAJ).
1.3.1. As Conferências do Centro de Estudos Judiciários
[10] Pode afirmar-se com segura certeza que as Conferências do Centro de Estudos Judiciários
estão consolidadas no espaço de referência do CEJ, como ponto de cultura e reflexão de temas e
matérias de inestimável importância para a toda a comunidade jurídica, mas em particular para a
formação dos futuros magistrados, que nelas participam com entusiamo e empenho.
Para isso concorrem, por um lado, a atualidade, a diversidade e relevância dos temas e, por outro
lado, o prestígio e a autoridade intelectual e científica dos conferencistas, tendo intervindo, este
ano, as personalidades que a seguir se mencionam e que dissertaram sobre os temas que,
relativamente a cada um, se indicam: Eduardo Lourenço, Tempo da Justiça, Francisco Seixas da
Costa, Portugal no Mundo, Joana Carneiro, Música Prazer e Rigor, Manuel Sobrinho Simões,
Hereditariedade e Ambiente no que Somos e Para Onde Vamos, Mário de Carvalho, Ideias, Justiça, o
contrário e outros assuntos, Isabel Mota, Justiça Intergeracional, e Lídia Jorge, A Justiça como
processo, ou a luz de Kafka.
Complementarmente à sua emissão em direto, as mesmas encontram-se disponíveis on-line, em
http://www.cej.mj.pt/cej/estudos-e-publica/conferencias.php, estando em preparação, para
edição em livro, o conjunto das conferências realizadas durante o ano, pela sua qualidade
excecional.
1.4. Divulgação externa
[11] O uso de metodologias inovadoras de formação contínua de magistrados judiciais e do
Ministério Público, aqui se incluindo a formação à distância, e a disponibilização de ferramentas
relacionadas com o saber fazer específico dos magistrados, prosseguiu no período em apreço.
Importa assinalar que tais metodologias são suportadas no plano europeu, sendo possíveis do
ponto de vista técnico e tecnológico, mercê das parcerias estabelecidas.
Apesar de melhorias assinaláveis na qualidade da receção da emissão ainda não foi possível
corresponder uma absoluta qualidade em todos os diversos locais onde há solicitações de ações
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 12
de formação, mercê dos problemas sofridos nas plataformas do Ministério da Justiça.
O CEJ continuou a organizar muitas das suas ações de formação em articulação com a Justiça TV,
beneficiando da parceria estabelecida com esta entidade, embora, sempre que a transmissão foi
feita para os tribunais, tenham ocorrido, algumas vezes, as dificuldades de transmissão ou
receção acima referidas.
[12] Para além da transmissão em direto para a Internet, o CEJ iniciou há seis anos uma biblioteca
de recursos digitais, que se projetou e consolidou como uma das mais importantes criadoras de
conteúdos de formação jurídica em língua portuguesa.
A página de e-learning reflete o esforço que tem vindo a ser feito (http://elearning.cej.mj.pt/).
A final, sob o n.º 7.4.2. insere-se um mapa com o número de acessos à plataforma de e-learning,
que evidencia a evolução havida.
[13] A monitorização que o CEJ realiza dos acessos dá-lhe indicações que permitem compreender
quais são os temas que mais interessam à comunidade jurídica ou que esta procura na página.
Para além disso, como tem sido sublinhado, o CEJ tem incorporado nas suas missões oferecer à
comunidade jurídica conteúdos gratuitos.
Assim, a produção destes vídeos encontra-se associada a livros digitais, que permitem ao leitor,
desde que tenha uma ligação à Internet, abrir de imediato as conferências e outros recursos
multimédia.
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Ainda neste contexto, releva sublinhar a possibilidade que tem sido oferecida aos consumidores
das publicações digitais do CEJ de poderem optar pela visualização em 3 suportes diferentes,
Flash, Quicktime e iPod.
Com essa opção visa-se adequar e flexibilizar a oferta formativa de acordo com o tipo de
audiência, permitindo aos senhores magistrados, advogados e outros profissionais da
comunidade jurídica acompanharem as publicações do CEJ nos seus computadores, tablets e
telemóveis, independentemente dos programas operativos.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 13
1.4.1. A página do CEJ
[14] A página do CEJ, com as suas limitações técnicas, quer para os técnicos que as administram e
carregam, quer para os utilizadores, constitui a janela de exposição e divulgação das atividades e
publicações do CEJ.
[15] Pela sua relevância e inovação, importa assinalar a publicação de Newsletters do Tribunal
Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e do Tribunais de Justiça da União Europeia (TJUE) sobre
a jurisprudência mais relevante proferida por aqueles tribunais, no período a que respeita cada
número.
Com inicio em outubro de 2017 foram editadas 10 newsletters do TEDH, à cadência de uma por
mês.
No TJUE a edição e publicação iniciou-se já em 2018, tendo sido publicadas 5 newsletters, que
constituem uma relevante contribuição dos juízes e juristas portugueses em exercício naqueles
tribunais na seleção e organização de peças jurisprudenciais que divulgam, de forma criteriosa,
expedita e atual, a jurisprudência selecionada do direito europeu e internacional, constituindo
uma ferramenta de inegável valia para os magistrados e toda a comunidade jurídica portuguesa.
[16] É disponibilizada, também, a publicação de uma agenda mensal, enviada pela Internet e
alojada igualmente na página do CEJ.
A página do CEJ assinala milhares de visitas mensais, provenientes maioritariamente de Portugal,
mas com origem em diversos outros países, factos que podem ser observados no mapa e nos
gráficos apresentados no capítulo relativo à Divisão de Informática e Multimédia (DIM), dos quais
decorre o acréscimo de pesquisas e de usuários, o que evidencia a relevância deste instrumento
de divulgação da missão do CEJ.
[17] Mesmo não sendo tecnicamente possível o descarregamento de vídeos acessíveis na página,
os materiais formativos são muito consultados e descarregados, sejam os dossiês de formação,
guias jurídicos, manuais de formação e outros elementos.
O CEJ tem procurado exercer de modo exigente a sua tarefa de formação, não apenas de juízes e
de magistrados do Ministério Público, mas também de advogados e de outros profissionais do
Direito.
A elaboração e publicação de e-books, muitos deles assentes nas comunicações de recentes e
relevantes ações de formação, como sucedeu com a relativa a Julgar sob perspetiva de género –
Entre a igualdade e a constitucionalidade ou O Fenómeno "Alienação Parental" - Mito(s) e
Realidade(s), é uma das ferramentas mais apreciadas pela comunidade jurídica, tendo sido
concluídos e publicados na sua página na Internet e durante o período compreendido por este
relatório, 43 e-books, mais um do que no ano transato, todos de descarregamento gratuito (infra
3.6). O quadro da página seguinte demonstra o número de descarregamentos de e-books (dos
dez mais descarregados).
Manteve-se a publicação e periodicidade da Revista do CEJ, com renovado prestígio científico,
bem como do Prontuário de Direito do Trabalho, que na palavra de um dos mais reputados
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 14
especialistas da área, se afirma, cada vez mais, como uma revista de excelência no panorama
científico nacional no domínio do direito laboral.
Downloads de E-books (setembro de 2017 a julho de 2018)
Ebook Nº de descarregamentos
Direitos dos Contratos 1585
Guia Prático das Custas Processuais – 4ª edição 1500
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I (31.º Curso) 1075
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo III (3o.º Curso)
1063
Família e Crianças: as novas leis – resolução de questões práticas 1051
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo I (3o.º Curso)
933
Direito das Garantias 912
Direito Registal 909
Balanço do Novo Processo Civil 901
Insolvência e Revitalização 897
1.5. Formação contínua
[18] As atividades de formação contínua, definidas, essencialmente, em articulação com os
Conselhos Superiores das Magistraturas e em número de 90, quando tinham sido 78 em 2017,
visaram responder às solicitações apresentadas, indo de encontro aos interesses dos
magistrados.
Das ações programadas, foram executadas 86 (72 em 2017), nas datas assinaladas, salvo, casos
excecionais, em que o foram em datas diversas, deslizando-as no tempo, de modo a
compatibilizá-las com outras atividades ou a enquadrá-las no plano de cursos de formação.
Das ações programadas 04 foram adiadas fundamentalmente por razões que tiveram que ver
com a realização de Cursos na dependência de outras entidades, tendo ainda sido realizadas mais
duas ações sobre matérias que se reputaram relevantes, como foi o caso de dois workshops sobre
“Cooperação Judiciária Civil”.
Apesar dos esforços realizados e da melhoria de resultados, não foi ainda possível superar a
discrepância significativa entre os candidatos inscritos 9730 (10606 em 2017) e presentes 6251
(5849, em 2017), o que correspondeu a 64,24% (55,4%, em 2017) dos inscritos, matéria a que o CEJ
continua atento e que tem debatido com os Conselhos Superiores.
Releva assinalar que cada ação é objeto de avaliação pelos presentes à mesma, sendo em regra
assinalada a pertinência e qualidade da ação, o que, em reforço do merecimento constitui fator
de estímulo para a melhoria da oferta e qualidade das ações, e a consolidação da missão do CEJ,
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Relatório de Atividades 2017.2018 15
nesta área de intervenção.
[19] Continuou a preparação de dossiês de formação contínua, onde cada magistrado interessado
pode encontrar um conjunto vasto de informações relativas a cada uma das matérias das ações
de formação: legislação nacional, europeia e internacional; jurisprudência europeia; jurisprudência
do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça, do
Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Constitucional; e estatísticas da justiça.
Também a Plataforma e-learning do CEJ tem-se constituído como o repositório das atividades
realizadas, com a consequente nota de uma melhor disponibilização dos materiais e de um
benefício ambiental significativo, mercê da eliminação do uso do papel em apresentações e
outros textos. Por outro lado, foi definida uma metodologia de contacto direto do CEJ – através
dos seus docentes organizadores dos colóquios – com os magistrados inscritos nas ações de
formação, para que estas correspondam aos reais problemas e interesses formativos dos
magistrados em funções nos tribunais.
Os conteúdos formativos estão acessíveis on-line, prosseguindo orientação já consolidada, de
modo a permitir a sua utilização por magistrados que não possam assistir presencialmente às
ações de formação.
1.6. Parcerias com entidades externas
[20] No período considerado não ocorreram alterações significativas no domínio das parcerias do
CEJ com entidades externas, pelo que se reproduz, no essencial, o que se assinalou no ano
transato.
Como elemento inovador importa destacar o protocolo celebrado com o Instituto dos Notários
de Portugal, ao abrigo do qual foi realizada uma ação de formação, sob a coordenação do CEJ,
sobre o regime do processo de inventário, para mais de uma centena de notários, ministrado por
magistrados e outros especialistas, que foi unanimemente reconhecido de inestimável vali e
utilidade para os destinatários.
Prosseguiram os contactos de Governos e Conselhos Superiores estrangeiros, em especial de
países de língua oficial portuguesa, com o CEJ para ser a entidade formadora dos seus altos
quadros jurídicos e das magistraturas.
Neste âmbito assinalam-se os contactos e projetos já desenvolvidos com instituições similares de
Macau, Moçambique, Timor-Leste, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola.
Com mais detalhe, serão assinalados na parte em que o Departamento de Relações Internacionais
relata as suas atividades, as ações desenvolvidas em matéria de formação de magistrados dos
PALOP, Macau e Timor-Leste, continuando a destacar, pela relevância, a execução do Projeto de
Apoio à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP e em Timor-Leste, designado PACED, com
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Relatório de Atividades 2017.2018 16
financiamento da União Europeia, com o objetivo geral de contribuir para a afirmação e
consolidação do Estado de Direito naqueles Países, através da prossecução do objetivo específico
de prevenir e lutar eficazmente contra a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime
organizado, especialmente no que toca ao tráfico de estupefacientes.
Do mesmo modo, foi possível continuar a colaboração com outras entidades, em especial, a
Ordem dos Advogados, a Ordem dos Notários e a Câmara dos Solicitadores.
Consolidaram-se metodologias para um sistema de garantia de qualidade. Para além dos
inquéritos aos inscritos nas ações de formação contínua, como antes se assinalou,
desenvolveram-se ferramentas de garantia de qualidade da formação presencial e a distância,
nomeadamente através de processos de diálogo entre docentes e inscritos, na avaliação pelos
pares e na avaliação dos resultados.
[21] Institucionalmente ou através dos seus docentes, coordenadores e formadores, o CEJ
participou em diversas iniciativas, de que sumariamente se destacam as seguintes, sem embargo
de maior desenvolvimento nos locais respetivos:
▪ O CEJ integra a direção da Rede Europeia de Formação Judiciária (EJTN) e tem vindo a
colaborar na definição do plano estratégico e do plano anual de atividades. No âmbito
destas, assinala-se a organização de diversos seminários em Lisboa e a colaboração de
docentes e magistrados portugueses, como oradores, em diversos programas realizados
em Portugal e no estrangeiro;
▪ Academia de Direito Europeu (ERA): para além de desenvolvimentos do projeto Better
applying the EU Regulations on Family and Succession Law: Development of training
materials and organisation of interactive seminars, realizado em parceria com o CEJ, tem
havido colaboração na organização de encontros, nomeadamente os seguintes:
International Surrender of Persons – a transcontinental approach, Special Investigation
Techniques to Tackle Internet Crimes e Competition Law;
▪ Conselho da Europa e Tribunal Europeu dos Direitos do Homem: participação no
programa HELP (European Programme for Human Rights Education for Legal
Professionals);
▪ Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau: colaboração na organização e
participação em ações de formação;
▪ Guarda Nacional Republicana: colaboração na docência da sua escola e na organização
de concursos na área penal e processual penal;
▪ Participação na Comissão de Acompanhamento do Regime de Internamento
Compulsivo;
▪ Associação Portuguesa de Direito do Trabalho (APODIT): participação em colóquios;
▪ CITE: programa e formação acerca de discriminações no local de trabalho;
▪ Projeto Justiça para Tod@s: participação em todas as fases do programa;
▪ Polícia Judiciária: colaboração em formações para inspetores.
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Relatório de Atividades 2017.2018 17
1.7. Recursos materiais e humanos
[22] Uma nota final, muito sintética, sobre questões orçamentais, financeiras e de recursos
humanos, que são mais desenvolvidas nos locais próprios.
Não obstante a contenção de recursos humanos e materiais, tributárias das constrições
orçamentais gerais, com o empenho e apoio dos senhores funcionários, foi possível cumprir os
objetivos a que o CEJ se propôs, quer os cursos de formação inicial como os planos de formação
contínua, encerrando o ano orçamental de 2017 sem dívidas a fornecedores.
Continuou a fomentar-se a formação dos funcionários e iniciaram-se e concluíram-se os
procedimentos concursais abertos.
Foram realizadas obras de conservação no edifício, bem como foram renovados equipamentos de
informática e multimédia de apoio à formação.
Os serviços da Biblioteca satisfazem com grande celeridade pedidos de informação bibliográfica e
de digitalização de textos de magistrados de todo o país.
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Relatório de Atividades 2017.2018 19
2. Formação inicial de magistrados
2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo)
Após a conclusão dos respetivos concursos de admissão ao Centro de Estudos Judiciários
iniciaram funções, no dia 15 de setembro de 2017, 126 Auditores de Justiça, 42 para a magistratura
judicial e 84 para a magistratura do Ministério Público, no âmbito do 33.º Curso de Formação de
Magistrados para os Tribunais Judiciais.
Este primeiro ciclo da fase de formação teórico-prática terminou no dia 15 de julho de 2018.
No que se refere ao Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais concluíram-no,
com êxito, 40 Auditores de Justiça no âmbito da magistratura judicial (ocorrendo duas
desistências ao longo do curso) e 79 no que se refere à magistratura do Ministério Público (já que
se verificou uma desistência durante o mesmo, tendo ainda havido três exclusões a final e uma
transferência para a magistratura judicial por desistência de uma auditora desta última
magistratura).
As metodologias formativas assentaram nas seguintes ideias-chave: desenvolvimento pelas
equipas de docentes de materiais disponibilizados na plataforma de e-learning para a formação
inicial; realização das sessões presenciais; aprofundamento dos materiais e disponibilização de
elementos por parte dos Auditores de Justiça também na plataforma.
Deste modo, obtiveram-se os seguintes resultados:
▪ Os docentes funcionaram em equipa e os materiais formativos representam o saber
fazer de toda a equipa.
▪ Alguns terão divulgação externa na coleção de e-books “Formação Inicial”;
Todos os docentes têm acesso a todos os elementos avaliativos feitos pelos auditores.
Ao longo do curso, designadamente com a realização de reunião com representantes dos
Auditores e com o recurso a inquéritos, foram diagnosticadas as situações de maiores
necessidades de formação dos Auditores e também corrigidas opções formativas iniciais.
Os resultados finais, quer em termos avaliativos, quer de conhecimentos adquiridos foram muito
positivos.
A conclusão a retirar com base nestes elementos é a da justeza e adequação das opções tomadas
quanto à reforma da Lei do CEJ, à organização dos ciclos de estudo e quanto ao novo sistema de
avaliação dos auditores.
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Relatório de Atividades 2017.2018 20
2.1.1. Primeiro Ciclo do 33.º Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
2.1.1.1. Destinatários e início das atividades
Os 126 Auditores de Justiça foram admitidos a frequentar o curso no âmbito do concurso de
ingresso aberto pelo Aviso n.º 873/2017, publicado no Diário da República, 2ª Série, de 18 de janeiro
de 2017.
Do universo de vagas colocadas a concurso, 3 delas foram ocupadas por candidatos do anterior
concurso, autorizados a frequentar o curso seguinte, ao abrigo do n.º 4 do artigo 28.º da Lei n.º
2/2008, de 14 de janeiro.
Frequentaram ainda o 32.º Curso, no âmbito da cooperação na formação judiciária com os Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa, 3 Auditores de Justiça Cooperantes da República de São
Tomé e Príncipe (um juiz e dois procuradores).
Tendo em conta a circunstância de a formação estar programada de acordo com módulos de
formação comum a ambas as magistraturas e módulos de formação específica de acordo com a
opção de magistratura correspondente, os Auditores de Justiça foram integrados em duas
espécies de grupos, com composição diferenciada:
1. Para efeitos de formação na magistratura escolhida (formação específica), os
Auditores de Justiça foram integrados em nove grupos de 14 elementos cada,
identificados por números, distribuídos aleatoriamente por escalões definidos em
função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso de ingresso,
independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e de forma a
permitir uma constituição qualitativa o mais homogénea possível de todos os grupos;
2. Para efeitos de formação comum, os Auditores de Justiça foram integrados em seis
grupos identificados pelas letras A a I, igualmente distribuídos de forma aleatória por
escalões definidos em função das classificações obtidas pelos candidatos no concurso
de ingresso, independentemente da sua via de acesso (académica ou profissional) e
de forma a permitir uma constituição qualitativa o mais homogénea possível de todos
os grupos.
Os Auditores cooperantes provenientes dos PALOP foram integrados em três grupos.
O início das atividades teve lugar no dia 14 de setembro de 2017, pela manhã, com uma sessão de
“Boas Vindas”, apresentada pela Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que se seguiu uma
sessão de apresentação geral do Curso.
No dia 15 de setembro de 2017 teve lugar a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual
participaram Suas Excelências o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do
Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da Justiça e a Procuradora-Geral da República; a
conferência de abertura esteve a cargo do Conselheiro, jubilado, Dr. Álvaro Laborinho Lúcio.
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Relatório de Atividades 2017.2018 21
Sem prejuízo da realização do estágio intercalar junto dos Tribunais, as atividades teórico-práticas
do Primeiro Ciclo decorreram na sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de setembro de 2017
a 15 de julho de 2018, num total de cerca de 36 semanas.
Cento e dezanove auditores terminaram o primeiro ciclo com aproveitamento, tendo havido três
exclusões, uma desistência e uma transferência para a magistratura judicial no grupo dos
auditores da magistratura do Ministério Público e duas desistências no grupo dos auditores da
magistratura judicial.
2.1.1.2. Organização por matérias e áreas
Quadro geral
O primeiro Ciclo do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais, cujo Plano
de Estudos foi aprovado pelo Conselho Pedagógico em 7 de julho de 2017, integrou duas
componentes formativas, a denominada componente profissional e a componente geral e de
especialidade.
Todas as matérias integrantes destas áreas de estudos foram de frequência obrigatória.
Tendo em atenção a natureza das matérias a abordar e a diferenciação funcional das duas
magistraturas, o programa das matérias abaixo indicadas integrou módulos, divididos em
unidades letivas, de formação comum e de formação específica:
Na componente formativa profissional:
▪ Direito Civil e Processual Civil e Comercial;
▪ Direito Penal e Processual Penal;
▪ Direito da Família e das Crianças;
▪ Direito do Trabalho e da Empresa.
Na componente formativa geral e de especialidade:
▪ Direito Constitucional;
▪ Direito Europeu e Internacional;
▪ Inglês Jurídico;
▪ Tecnologias de Informação e Comunicação;
▪ Ética e Deontologia;
▪ Psicologia Judiciária;
▪ Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) e do Tribunal de
Justiça da União Europeia (TJUE) em matéria de Direitos Fundamentais.
▪ Imagem e Voz
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Relatório de Atividades 2017.2018 22
As matérias da componente profissional foram integradas em unidades orgânicas designadas por
Jurisdições: a Jurisdição Cível, a Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de Família e das Crianças
e a Jurisdição do Trabalho e da Empresa.
As matérias integradas nas componentes formativas, geral e de especialidade, foram ministradas
em módulos formativos próprios e tiveram, nalguns casos, avaliação própria, mediante provas de
aferição de conhecimentos, que ditaram uma apreciação de natureza qualitativa, integrada de
forma relevante, mas sem peso percentual específico (e sem caráter por si só excludente), na
avaliação global de cada auditor.
Em cada um dos programas foram estabelecidos os respetivos conteúdos pedagógicos, as
metodologias, os métodos de avaliação, bem como a distribuição das cargas horárias na
abordagem de temas de formação comum e específica, em conformidade com as linhas gerais do
Plano de Estudos, sem prejuízo do cumprimento dos objetivos gerais e específicos legalmente
assinados ao primeiro ciclo da formação inicial dos Auditores de Justiça.
O modelo avaliativo atualmente em vigor foi interpretado e aplicado no sentido de acentuar o
papel formativo dos docentes e uma ideia de aprendizagem contínua dos auditores, em que
formadores e formandos estejam mais preocupados com a formação dos futuros magistrados
para o seu próximo desempenho funcional, e menos com a avaliação destes e a sua classificação
ou graduação.
Nessa medida, o processo avaliativo centrou-se numa prognose da ocorrência dos requisitos
éticos e técnicos que caracterizam um desempenho profissional exemplar.
A avaliação continuou a estar centrada na realização de objetivos claros, atinentes ao conjunto de
requisitos técnicos e morais que caracterizam os bons magistrados, sendo que «o regime de
avaliação deve contribuir para a orientação identitária dos Magistrados, em especial, pela sua
independência e responsabilidade, capacidade de decisão e de fundamentação».
Consequentemente, e mantendo a necessária individualização dos docentes enquanto
avaliadores responsáveis pela concreta avaliação, nos termos legais estabelecidos em cada
momento, o método de avaliação contínua foi convolado para uma avaliação global, em que
todos os fatores de avaliação relevaram para a aferição daqueles requisitos éticos e técnicos que
foram considerados e em que os juízos formulados por todos os docentes que interagiram
funcionalmente com cada um dos auditores foram ponderados, sempre com salvaguarda da total
transparência do processo avaliativo.
As atividades formativas foram organizadas numa lógica de aquisição de competências para o
saber fazer, numa perspetiva de cumprimento da ética profissional e de respeito pelo cidadão,
enquanto destinatário da atividade dos tribunais, em que têm papel essencial vários aspetos a
desenvolver:
▪ Formação adequada nos domínios da ética e deontologia profissionais e dos
direitos humanos;
▪ Estudo e assimilação de boas práticas profissionais;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 23
▪ Preparação para a especialização;
▪ Exercitação das capacidades de compreensão e valoração da prova, e de
ponderação e decisão, segundo o direito e o bom senso;
▪ Elaboração de materiais de formação comuns dentro de cada área formativa e
dirigidos a todos os auditores;
▪ Mobilização dos formandos para o seu próprio processo formativo;
▪ Valorização da ponderação e análise crítica das matérias e materiais formativos
pelos auditores.
Acresce que, para atingir níveis satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos referidos, mostrou
ser de particular relevância os procedimentos utilizados e tendentes a reforçar a perspetiva
formativa prática, os contactos com a atividade dos tribunais, o aprofundamento do modelo de
estágio intercalar já existente (previsto no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008), a utilização em
sessão das gravações resultantes do projeto de vídeo-gravação de audiências judiciais já em curso
(e referenciado desde o Plano de Atividades para 2012-2013), o estudo integrado (e não estanque)
das matérias das componentes formativas geral e de especialidade numa lógica de
interdisciplinaridade e complementaridade com as áreas da componente profissional (embora,
neste ponto, com a vantagem de significar a desnecessidade de autonomização de várias
daquelas matérias, tratadas no âmbito das áreas da componente profissional, daí resultando um
ganho em termos de gestão da carga horária).
Todas as anteriores considerações implicaram que a organização das atividades formativas fosse
estruturada segundo os critérios que se passam a descrever.
a) Para efeitos da lecionação das áreas da componente formativa profissional, que
constituem o núcleo central da formação, organizou-se o 33.º Curso Normal de
formação teórico-prática em 9 grupos de 14 elementos, com duas composições
alternativas: ou como grupos mistos, para os módulos de formação comum
(identificados pelas letras A a I); ou como grupos específicos, para os módulos
especificamente dirigidos a determinada magistratura (sendo os Grupos 1, 3 e 5
compostos por auditores destinados à magistratura judicial e os Grupos 2, 4, 6, 8, 10
e 12 compostos por auditores destinados à magistratura do Ministério Público).
b) O horário semanal-tipo comportou, em regra, a seguinte distribuição de carga
horária pelas quatro áreas da componente profissional, em número de unidades
letivas (UL’s), de 90 minutos cada, e no conjunto da formação comum e específica:
3 ou 4 UL’s para as Áreas de Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil
(doravante, e por facilidade, Jurisdição Civil) e de Direito Penal e Direito Processual
Penal (ou Jurisdição Penal); e 1 ou 2 UL’s para as Áreas de Direito da Família e das
Crianças (ou Jurisdição de Família) e de Direito do Trabalho e da Empresa (ou
Jurisdição do Trabalho).
c) A planificação de sessões das diferentes jurisdições, que integrou o Plano de
Estudos aplicável, obedeceu à divisão da programação geral pelo tempo letivo
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Relatório de Atividades 2017.2018 24
disponível, o que correspondeu a 35 semanas ou módulos letivos, acrescendo-lhes
duas semanas dedicada ao estágio intercalar (que teve lugar em momento em que
os auditores já adquiriram, pelo processo formativo, a maturidade adequada a uma
melhor perceção prática da atividade judiciária, e que se concretizaram no período
compreendido entre os dias 7 a 18 de maio de 2018) e ainda os períodos dedicados
às atividades próprias de abertura e encerramento do primeiro ciclo.
d) A área do Direito contraordenacional, substantivo e processual, integrada na
componente profissional da formação, continuou a ser repartida entre a Jurisdição
Penal e a Jurisdição do Trabalho, nos termos já constantes do anterior Plano de
Estudos.
e) As áreas da componente profissional, quando necessário e com salvaguarda de uma
gestão equilibrada da carga horária de cada concreto grupo de auditores,
designaram sessões suplementares para períodos disponíveis do normal horário
letivo diário, com vista à realização de trabalhos escritos ou outras exercitações
práticas.
f) As matérias integradas nas componente formativa geral e de especialidade, cuja
ministração não justificou uma lecionação autónoma relativamente às áreas da
componente profissional, por essa autonomia gerar uma duplicação temática face a
estas áreas, foram incorporadas nas correspondentes áreas da aludida componente
profissional – sem prejuízo da participação, quando entendido necessário como
complemento de formação, em ações de formação contínua pertinentes (v.g., em
matéria de Instituições e Organização Judiciárias, Organização e Métodos e Gestão
do Processo ou Investigação Criminal e Gestão do Inquérito) ou em sessões
ou conferências especificamente organizadas.
g) Foi mantida a opção de abordar as matérias relativas à Medicina Legal e Ciências
Forenses durante o segundo ciclo, em função dos bons resultados verificados com
os Cursos anteriores, nos quais se tornou possível ministrar estas matérias de modo
descentralizado e em pequenos grupos nos departamentos do Instituto de
Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra.
h) Mereceram uma lecionação autónoma as seguintes áreas integrantes da
componente formativa geral e de especialidade:
− Direito Constitucional (DFDC);
− Direito Europeu e Internacional (DEI);
− Língua estrangeira (Inglês);
− Psicologia Judiciária (PJ)
− Jurisprudência do TEDH e TJUE em matéria de Direitos Fundamentais (JDF)
− Ética e Deontologia
i) As sessões relativas a Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) não foram
ainda dadas, uma vez que o IGFEJ e a DGAJ não asseguraram as condições técnicas
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Relatório de Atividades 2017.2018 25
para o efeito, estando o CEJ a insistir pela sua realização, tendo a formação
deslizado para o 2.º Ciclo;
j) A abordagem das matérias relativas às áreas de DFDC, PJ, JDF e a primeira parte de
DEI foi realizada em Plenário. As restantes – TIC, Inglês, Ética e Deontologia e DEI
(partes relativas à cooperação judiciária em matéria civil e em matéria penal) foram
objeto de trabalho em grupos específicos ou mistos.
k) Finalmente a assinalar que as atividades integrantes deste 1.º Ciclo compreenderam
ainda duas semanas dedicadas à participação dos auditores nas atividades do
Programa AIAKOS da Rede Europeia de Formação Judiciária e que tiveram lugar de
23 a 27 de outubro de 2017 e de 20 a 24 de novembro de 2017.
2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
Matérias da componente formativa profissional
Todas as matérias da componente profissional foram ministradas em unidades letivas (sessões
com a duração de 1,5 horas) de frequência obrigatória tendo como objeto temas de formação
comum e temas de formação específica de cada uma das duas magistraturas de destino dos
Auditores.
O tratamento das questões substantivas foi, preferencialmente, feito na ótica do seu tratamento
processual, sendo a abordagem casuística orientada no sentido de proporcionar a consolidação
sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos jurídico e
judiciário na análise e resolução de casos.
O método de avaliação do aproveitamento dos Auditores utilizado nas matérias da componente
profissional foi o da avaliação contínua (artigo 43.º, n.º 3, da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro), que
integrou para além da componente da intervenção oral, simulações de despachos e exercitações
escritas ao longo de todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação foi expresso através da
atribuição de uma menção qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma notação
quantitativa final, numa escala de 0 a 20 valores.
6. Direito Civil e Processual Civil e Comercial
A formação em matéria de Direito Civil e Processual Civil e Comercial desenvolveu-se ao longo de
todo o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres,
num total de 24 UL de formação comum e 60 UL de formação específica para a magistratura
judicial e 42 UL de formação específica para a magistratura do Ministério Público, à qual
acresceram dois módulos autónomos – Insolvência e Processo Executivo – com a duração global
de 14 UL.
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Relatório de Atividades 2017.2018 26
7. Direito Penal e Processual Penal
A formação em matéria de Direito Penal e Processual Penal desenvolveu-se ao longo de todo o
primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num
total de 58 UL de formação comum e 30 UL de formação específica para cada uma das
magistraturas.
8. Direito da Família e das Crianças
A formação em matéria de Direito da Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo de todo o
primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num
total de 32 UL de formação comum e 31 UL de formação específica para cada uma das
magistraturas.
9. Direito do Trabalho e da Empresa
A formação em matéria de Direito do Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo de todo o
primeiro Ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres, num
total de 39 UL de formação comum e 23 UL de formação específica para cada uma das
magistraturas.
Assim, e em termos percentuais, a distribuição da carga horária da formação profissional foi a
seguinte:
▪ Para a Magistratura Judicial: Penal 28,30%, Civil 31,50%, Família e Crianças 20.20%, e
Trabalho e Empresa 20%.
▪ Para a Magistratura do Ministério Público: Penal 30,60%, Civil 27,10%, Família e Crianças
21,30%, e Trabalho e Empresa 21%.
Matérias da componente formativa geral e de especialidade
a) Direito Constitucional
A matéria de Direito Constitucional, conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por Docentes
Universitários, em sessões destinados a ambas as magistraturas. Tiveram lugar seis unidades
letivas (9 horas) de formação integralmente comum, no decurso do primeiro trimestre.
b) Inglês Jurídico
Nesta matéria pretendeu-se proporcionar aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua
estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no plano da conversação oral, quer no plano da
leitura e prática da expressão escrita, em termos de lhes fornecer uma base indispensável à
compreensão das realidades jurídicas e judiciárias, em especial nos cada vez mais frequentes
contactos internacionais.
Os vários temas abordados foram selecionados em função da sua ligação à prática judiciária, com
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Relatório de Atividades 2017.2018 27
leitura de textos visando o alargamento vocabular e o desenvolvimento da capacidade de
expressão.
Tiveram lugar nove unidades letivas (13,5 horas) de formação. As sessões foram ministradas a
grupos de Auditores, sendo o aproveitamento avaliado através de provas escritas de aferição de
conhecimentos.
c) Tecnologias de Informação e de Comunicação
Na matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos que a
generalidade dos Auditores de Justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na
ótica do utilizador, visou-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações
informáticas de uso mais frequente nos tribunais, em especial quanto à aplicação informática
Citius, quanto a registos comercial e predial on-line e custas judiciais.
As matérias em referência foram ministradas em três unidades letivas (4,5 horas), no primeiro
trimestre, por formadores da Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ), em sessões de
sala para dois grupos de Auditores de Justiça, e o aproveitamento foi apurado com base em
créditos de frequência.
d) Direito Europeu e Direito Internacional
Na matéria de Direito Europeu e Direito Internacional foi estabelecido o objetivo de proporcionar
aos Auditores de Justiça a familiarização com os Institutos de Direito Europeu e Internacional e
com os procedimentos da sua aplicação prática, o aprofundamento dos conhecimentos nos
domínios das instituições e do Direito ao nível Internacional e Europeu, o conhecimento dos
mecanismos de Cooperação Civil e Penal Europeus e Internacionais, numa perspetiva da sua
utilização e aplicação prática.
A primeira parte da matéria, conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por docente
universitário, em sessões plenárias destinadas a ambas as Magistraturas, em seis unidades letivas
(9 horas) que decorreram durante o 1.º Trimestre.
As segundas e terceiras partes (cooperação judiciária em matéria civil e penal) e que decorreram
no segundo e terceiro trimestres, foram ministradas em grupos de 14 ou 28 auditores, em sessões
dirigidas por magistrados e docentes universitários num total de 18 unidades letivas (27 horas).
A avaliação incidiu apenas sobre as matérias de cooperação judiciária internacional em matéria
civil e penal através do método de exercícios escritos.
e) Psicologia Judiciária
As matérias correspondentes à área de Psicologia Judiciária, conforme ao Plano de Estudos,
foram objeto de abordagem em seminário que decorreu no 3.º Trimestre e a que correspondeu
uma carga horária de 8 unidades letivas (12 horas).
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Relatório de Atividades 2017.2018 28
f) Jurisprudência do TEDH e do TJUE em matéria de Direitos Fundamentais
Esta nova área de Estudos, instituída pela primeira vez com o 32.º Curso Normal de Formação, foi
ministrada em Plenário por magistrados e docentes universitários, durante o 2.º trimestre, sendo
dirigida a ambas as magistraturas, tendo compreendido um total de 14 unidades letivas (21 horas).
g) Ética e Deontologia
As matérias abrangidas nesta área, conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas por
magistrados. Compreenderam uma sessão plenária com a duração aproximada de 2 UL tendo as
restantes sessões – 8 UL - decorrido em pequenos grupos compostos por auditores direcionados
a ambas as magistraturas.
h) Imagem e Voz
As matérias abrangidas nesta área, conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas por
formadores externos tendo compreendido um total de 5 UL as quais decorreram em grupos de
composição variável.
2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais
Com o estágio intercalar no primeiro Ciclo, introduzido pela Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro,
pretendeu-se que os Auditores de Justiça tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua
formação teórico-prática inicial, com o exercício das funções inerentes à magistratura escolhida,
visando uma primeira abordagem das matérias com maior incidência na prática judiciária.
Os Auditores de Justiça foram colocados sob a orientação de Magistrados Formadores junto de
Tribunais, maioritariamente, do Distrito Judicial de Lisboa, do Porto e de Coimbra.
Nessa fase, os Auditores de Justiça assistiram às diligências processuais, em particular no domínio
da produção da prova e realização de audiências de julgamento, em termos semelhantes aos que
irão reger o segundo Ciclo da fase teórico-prática, com as adaptações impostas pela sua curta
duração.
Neste período de estágio, os Magistrados Formadores, em conjugação com os Coordenadores
Distritais, elaboraram uma informação sobre o desempenho do Auditor, cujo teor foi considerado
na avaliação global do primeiro Ciclo.
O estágio intercalar junto dos Tribunais teve lugar no período de 7 a 18 de maio de 2018.
2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 33.º Curso
Mantiveram-se em vigor os critérios e parâmetros de avaliação fixados por despacho do Diretor
do Centro de Estudos Judiciários, de 31 de maio de 2013.
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Relatório de Atividades 2017.2018 29
Ao longo do período de atividades do primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do aproveitamento
e adequação dos Auditores de Justiça, em conformidade com os critérios enunciados no artigo
43.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
O Conselho Pedagógico na sua sessão de 12 de julho de 2018 aprovou as classificações propostas
pelo Diretor e as listas graduadas referentes do primeiro Ciclo do 33.º Curso, tendo, em face das
mesmas, ocorrido três exclusões de auditores destinados à magistratura do Ministério Público
(média final inferior a 10 valores).
Em resultado das classificações obtidas, constata-se a seguinte distribuição das classificações
finais pelos níveis de aproveitamento definidos:
1. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura Judicial:
Avaliação igual ou superior a 14,0 valores: 18 auditores (notas finais entre 14,075 e
15,575 valores);
Avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,0 valores: 14 auditores (notas finais entre
12,575 e 13,950 valores);
Avaliação inferior a 12,50 valores: 8 auditores (notas finais entre 10,775 e 12,475
valores)
2. Quanto aos Auditores destinados à Magistratura do Ministério Público:
Avaliação igual ou superior a 14,0 valores: 8 auditores (notas finais entre 14,075 e
14,575 valores);
Avaliação superior a 12,50 e inferior a 14,0 valores: 43 auditores (notas finais entre
12,525 e 13,900 valores);
Avaliação inferior a 12,50 valores: 28 auditores (notas finais entre 10,025 e 12,400
valores).
No final do mesmo período, os Auditores Cooperantes tiveram aproveitamento global positivo, o
que foi comunicado aos organismos competentes dos respetivos países de origem de língua
oficial Portuguesa.
2.2. Fase teórico-prática (Segundo ciclo)
2.2.1. Generalidades
Transitaram para o 2.º Ciclo do 32.º Curso de formação para os tribunais judiciais 27 e 54 auditores
de justiça, respetivamente para a magistratura judicial e para a magistratura do Ministério
Público, tendo, a final, apenas desistido uma das auditoras da magistratura do Ministério Público,
obtendo aprovação todos os restantes.
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Relatório de Atividades 2017.2018 30
Para o 2.º Ciclo do 4.º Curso TAF transitaram 41 auditores, tendo todos obtido aprovação.
A preparação do 2.º ciclo de formação do 32º Curso para os Tribunais Judiciais foi feita pelos
Diretores-adjuntos de cada uma das magistraturas, com a colaboração dos coordenadores
distritais, dos quais, 4 a tempo inteiro na magistratura do Ministério Público (todos Procuradores)
e 4 a tempo parcial na magistratura judicial (todos Juízes Desembargadores).
A preparação do 2.º ciclo de formação do 4.º Curso TAF foi feita pelo Diretor-adjunto respetivo,
com a colaboração dos dois coordenadores distritais, laborando no CEJ em tempo parcial (ambos
Juízes Desembargadores).
Quanto aos formadores nos tribunais, esclareceu-se e confirmou-se o processo de nomeação
perante os Conselhos Superiores e iniciou-se, quanto a novos formadores, uma nova metodologia
de designação.
As novas orientações quanto à organização dos 2.0s ciclos passaram pela divulgação pública dos
métodos de trabalho dos auditores e por um novo sistema de avaliação dos Auditores de Justiça.
2.2.2. Magistratura Judicial
2.2.2.1. Generalidades
No período a que se refere o presente Relatório, foram aprovados os manuais de Organização do
2.º Ciclo – 32.º Curso Normal e do 4.º Curso TAF –, bem como os Guias de Boas Práticas respetivos.
Para o 32.º Curso, o período de formação teve início no dia 1 de setembro de 2017 e terminou no
dia 15 de julho de 2018.
Para o 4.º Curso TAF, o período de formação teve início no dia 1 de setembro de 2017 e terminou
no dia 31 de maio de 2018 (cfr. artigo 6.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro).
Excecionalmente, o período de formação poderia ser prorrogado em função do aproveitamento
do Auditor de Justiça, mediante deliberação do Conselho Pedagógico, sob proposta do Diretor do
Centro de Estudos Judiciários, o que não aconteceu este ano.
No decurso desta fase de formação, pretendeu-se que os Auditores de Justiça, sob orientação e
assistência permanente de um Juiz Formador, adquirissem e aprofundassem os conhecimentos
necessários à aplicação prática do Direito no exercício da atividade judicial em diversas jurisdições.
Para a prossecução de tais objetivos, a atividade do Auditor de Justiça centrou-se na assistência a
julgamentos e outras diligências, normalmente mas não necessariamente, presididas pelo próprio
Juiz Formador, e na simulação de sentenças e despachos judiciais de todo o tipo, com especial
atenção à organização e gestão do expediente diário e da agenda.
Visou-se, desta forma, garantir que, no final do 2.º ciclo de formação, o Auditor de Justiça esteja
apto a assumir competências próprias enquanto Juiz Estagiário, já dotado de conhecimentos
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Relatório de Atividades 2017.2018 31
teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato, desempenhar funções como juiz em todas as
vertentes da intervenção que lhe é própria.
Constituiu objetivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas e
deontológicas, que permitam ao futuro Juiz o exercício da magistratura com perfeita noção das
responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre com sentido de
responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais.
2.2.2.2. Particularidades dos dois cursos da magistratura judicial
No 32.º Curso, a formação decorreu predominantemente em tribunais ou juízos de competência
especializada cível e crime, mediante programação efetuada pelos respetivos Coordenadores
Regionais em articulação com os Juízes Formadores e de acordo com orientações prévias e
uniformes.
A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos aconteceu, sempre que as condições
o permitiram, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão constante quanto
possível com as jurisdições civil e criminal, ou obedecendo a um esquema de rotatividade
quinzenal ou mensal entre uma e outra jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos
pendentes.
Sem prejuízo do regular acompanhamento dos julgamentos e demais diligências do Juiz
Formador, o Auditor de Justiça assistiu a julgamentos do tribunal coletivo e à correspondente
deliberação, por forma a conhecer outras formas de condução das audiências e adquirir hábitos
de trabalho conjunto com outros colegas de profissão.
Os Auditores de Justiça completaram a sua formação com estágios em tribunais ou juízos de
Família e Menores, Trabalho, Execução de Penas, Execuções, Comércio e Instrução Criminal.
O acompanhamento das atividades de formação junto da Magistratura Judicial desenvolvidas no
2.º Ciclo (atividades nos tribunais) foi feito pessoalmente pelo Coordenador de cada uma das
quatro Delegações Regionais do Centro de Estudos Judiciários para a magistratura judicial (no
caso do 32.º Curso) e pelo Coordenador de cada uma das duas Delegações Regionais do Centro de
Estudos Judiciários para a magistratura judicial da Jurisdição Administrativa e Tributária (no caso
do 4.º Curso TAF), em articulação com os Juízes Formadores.
No 4.º Curso TAF, a formação decorreu em Tribunais Administrativos e Fiscais, mediante
programação efetuada pelos respetivos Coordenadores Regionais em articulação com os Juízes
Formadores e de acordo com orientações prévias e uniformes.
A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos aconteceu, sempre que as condições
o permitiram, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão constante quanto
possível com a jurisdição administrativa e fiscal, ou obedecendo a um esquema de rotatividade
[mensal/bimensal ou outro que, em função das particularidades e especificidades do tribunal, veio
a ser definido pelo Coordenador Regional, ouvidos os Juízes Formadores] entre uma e outra área
da jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos pendentes.
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Relatório de Atividades 2017.2018 32
Todos os trabalhos elaborados, incluindo os de mero expediente, foram organizados
cronologicamente e divididos entre decisões de fundo, decisões de questões incidentais (“meio
fundo”) e de mero expediente.
Depois de vistos e rubricados pelo Juiz Formador, foram arquivados numa pasta (Dossier), que
permaneceu na posse do Auditor de Justiça e que foi analisada pelo Coordenador Regional
sempre que o entendeu e, designadamente, por ocasião das deslocações ao tribunal ou juízo em
que se encontravam colocados.
Dessa pasta constava uma listagem de todos os trabalhos, organizada à medida que iam sendo
realizados, tendo tal lista sido provisoriamente entregue ao Coordenador Regional com cada
remessa de trabalhos e, completa, no final da fase de formação do 2.º ciclo junto da magistratura
judicial.
À semelhança dos trabalhos e com idêntica finalidade, foram igualmente inseridos por cada
Auditor de Justiça na plataforma “moodle”.
A lista dos trabalhos foi organizada separadamente para os despachos de fundo, de "meio fundo"
(isto é, na falta de melhor terminologia, aqueles que envolvam a apreciação de pretensão das
partes e decisão fundamentada) e despachos de mero expediente.
Da lista do 32.º Curso constavam, quanto aos primeiros, o número e tipo de processo (comum ou
especial no crime, forma de processo na ação declarativa comum ou tipo do processo especial,
providência cautelar, execução, oposição à execução, etc.), o tipo de despacho elaborado
(liminar, pré-saneador, saneador, saneador sentença, sentença, decisão de incidente, decisão da
matéria de facto ou outro, na área cível; ou, na área criminal, sentença, homologação de
contagem de pena, apreciação de questão incidental do tipo do pagamento de multa em
prestações, declarações de contumácia, decisões jurisdicionais em inquérito, etc.), o tipo de
questão objeto de apreciação e decisão (na área cível e no caso de sentença se foi apreciada
questão relativa a responsabilidade civil, contrato promessa, impugnação pauliana, empreitada,
compra e venda, arrendamento urbano, etc.; e na área penal o tipo de crime ou ilícito
contraordenacional em causa ou da questão incidental decidida) e as datas de recebimento dos
trabalhos para elaboração e da subsequente entrega ao Juiz Formador.
Da lista do 4.º TAF, constavam, quanto aos primeiros, o número e tipo de processo, o tipo de
despacho elaborado (liminar, pré-saneador, saneador, saneador sentença, sentença, decisão de
incidente, decisão da matéria de facto ou outro, etc.), o tipo de questão objeto de apreciação e
decisão (na área administrativa e no caso de sentença se foi apreciada questão relativa a
responsabilidade civil, contratos, como empreitada ou prestação de serviços, etc.; e na área
tributária o tipo de imposto ou taxa em causa ou da questão incidental decidida) e as datas de
recebimento dos trabalhos para elaboração e da subsequente entrega ao Juiz Formador.
Quanto aos despachos de mero expediente, aqui incluídos os despachos de recebimento de
acusação ou outros meramente tabelares, bastava a referência ao tipo de processo, ao tipo do
despacho e às datas de recebimento e entrega.
O acesso ao dossier e à lista de trabalhos foi igualmente disponibilizado ao Juiz Formador sempre
que este o solicitou.
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Relatório de Atividades 2017.2018 33
A realização de um determinado número de trabalhos não é o objetivo primeiro da formação – do
simples facto de o auditor ter feito muitos trabalhos não quer dizer logo e necessariamente que
tenha feito uma boa formação – e o Auditor de Justiça não fica desobrigado das atividades de
formação pelo facto de o atingir e ultrapassar.
No entanto, a qualidade da formação também passa pela quantidade e diversidade das decisões a
simular durante o 2.º ciclo, tanto ao nível das sentenças e outros despachos de fundo, como ao
nível do expediente diário.
Neste contexto, e no 32.º Curso, os Auditores de Justiça, na jurisdição cível, elaboraram, no
mínimo:
− 10 sentenças em ações contestadas, aqui se incluindo os casos de saneador
sentença;
− 5 sentenças em ações não contestadas;
− 6 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares;
− 7 despachos saneadores com enunciação dos temas da prova;
− 100 despachos de mero expediente.
Na jurisdição penal efetuaram, no mínimo:
− 15 sentenças;
− 4 sentenças em recursos de contraordenação;
− 2 decisões instrutórias;
− 3 decisões de aplicação de medida de coação no seguimento de interrogatório
judicial;
− 100 despachos de mero expediente.
No 4.º Curso TAF, os Auditores de Justiça, na área administrativa da jurisdição, elaboraram, no
mínimo:
− 13 sentenças em ações contestadas, aqui se incluindo os casos de saneador
sentença;
− 5 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares;
− 8 despachos saneadores com enunciação dos temas da prova;
− 75 despachos de mero expediente.
Na área tributária da jurisdição, os Auditores elaboraram, no mínimo:
− 16 sentenças (impugnação, oposição, ação administrativa especial, etc);
− 5 sentenças em recursos de contraordenação;
− 5 decisões, finais ou não, proferidas em providências cautelares (admitindo-se neste
item para além da apresentação de decisões proferidas em processos
especialmente regulados nos artigos 135.º a 147.º do CPPP, a apresentação de
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 34
decisões finais proferidas em processos especialmente regulados nos artigos 89º-A
da LGT e/ou nos artigos 276.º a 278.º do CPPT);
− 75 despachos de mero expediente.
As visitas aos locais de formação ocorreram em datas ajustadas entre os Coordenadores
Regionais e os Juízes Formadores, que foram comunicadas com a antecedência possível aos
Auditores de Justiça.
Tiveram lugar, preferencialmente, nas quatro semanas subsequentes à receção dos trabalhos
pelo Coordenador Regional, que, nessa oportunidade, foram comentados e debatidos com os
respetivos Auditores de Justiça em conversa pessoal, na qual também tiveram oportunidade de
suscitar quaisquer questões relativas à formação.
Sem prejuízo das deslocações periódicas aos tribunais onde decorre a formação do 2.º ciclo, os
Coordenadores Regionais estiveram permanentemente disponíveis para acompanhar e debater
com os Auditores de Justiça e Juízes Formadores todos os assuntos relativos à formação,
incluindo os assuntos de natureza organizativa e pedagógica.
Os Auditores de Justiça que frequentaram o 2.º ciclo de formação foram avaliados e classificados,
de acordo com os parâmetros previstos nos artigos 52.º a 54.º da Lei n.º 2/2008.
O juízo sobre a aptidão para o exercício de funções na magistratura judicial assentou em dois
pilares de importância indissociável: adequação (urbanidade, sociabilidade, cortesia, maturidade e
sensatez) e aproveitamento (capacidade de investigação, de organização e método, nível de
cultura jurídica, capacidade de ponderação e decisão, uso da língua portuguesa e atitude na
formação).
O primeiro significa que não é só a aptidão cognoscitiva e prática que interessa à finalidade
formativa, sendo também o desenvolvimento de qualidades humanas e duma consciência social
que permitam a observância de fins e valores indispensáveis a um qualificado desempenho das
futuras funções, com rigoroso respeito dos direitos fundamentais, designadamente de cidadania,
decorrentes da Constituição e da Lei.
É igualmente importante o incremento de conhecimentos de cultura geral que permitam
contextualizar as situações da vida real com que se depare, ou seja, desenvolver a capacidade
para apreender o contexto não jurídico do caso sob apreciação – v.g. afetivo, familiar,
sociocultural – e aperceber-se das concretas consequências da decisão a proferir.
No que respeita à aquisição dos conhecimentos teórico-práticos essenciais ao exercício de
funções como Juiz de Direito, reveste-se de especial importância para a formação a assistência a
audiências de julgamento e outras diligências, a aprendizagem dos modos de relacionamento
com os intervenientes processuais, o aprofundamento das competências ao nível da apreciação
da prova produzida e da fundamentação da respetiva decisão, o aprimorar da seleção da matéria
de facto e da técnica de enunciação das questões a decidir e dos temas da prova, o treino diário
do despacho de mero expediente, bem como o rigoroso cumprimento dos horários estabelecidos
no início do ano com o Juiz Formador.
Reveste-se igualmente de importância decisiva a capacidade de construção de um discurso
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Relatório de Atividades 2017.2018 35
argumentativo suficientemente fundamentado, mas objetivamente simples e dirigido apenas à
solução do caso concreto, despojado de considerações teóricas e/ou filosóficas que não sejam
necessárias a esse fim, isto é, pondo de parte um cariz predominantemente académico em favor
duma visão prática que permita uma rápida e justa composição do litígio.
A avaliação do desempenho dos Auditores de Justiça durante o 2.º ciclo processou-se em regime
de avaliação contínua e baseou-se nos elementos colhidos diretamente pelo Coordenador
Regional e nas informações de desempenho prestadas pelos Juízes Formadores e, na sequência
de reuniões periódicas, constando de relatórios intercalares e finais elaborados por aquele.
A classificação final foi atribuída a cada um dos Auditores de Justiça por deliberação conjunta dos
quatro Coordenadores Regionais para o 32.º Curso e dos 2 para o 4.º Curso TAF – que durante o
ano acompanharam os trabalhos e a evolução de todos os Auditores de Justiça e não apenas os
da sua área geográfica – em reunião presidida pelo respetivo Diretor-adjunto.
Foi desenvolvido pelos seis Coordenadores, em articulação com o Diretor-
-Adjunto, um aturado trabalho no sentido de encontrar critérios justos e equilibrados de aferição
dos vários auditores, o que dificilmente poderia ir ao encontro das expectativas ou considerações
subjetivas de cada um.
Com as alterações introduzidas na Lei n.º 2/2008 pela Lei n.º 45/2013, de 3/7, em particular no
citado artigo, foi reforçado o modelo legal de avaliação, no sentido de tomar a articulação entre
os dois coordenadores ainda mais estreita, através da consagração do conceito de «avaliação
global» e da previsão de uma verdadeira e plena decisão colegial de todos os avaliadores, que se
alcança através do procedimento estabelecido no artigo 53.º-A do Regulamento Interno do CEJ.
Este modelo de avaliação, que tem como pedra de toque o aprofundamento da colegialidade da
decisão avaliativa, assenta num integral acesso de todos os avaliadores a todos os elementos de
avaliação – por isso é possível afirmar que cada auditor se encontrava em pé de igualdade com os
demais e que os Coordenadores tinham uma visão de conjunto do trabalho de todos e cada um
dos auditores, estando em condições de atribuir as notações com o pleno conhecimento das
diferenças relativas entre aqueles.
Neste contexto, fica sem sustentação qualquer pretensão de prejuízo de um ou outro auditor por
ter feito a sua formação numa ou noutra região e sob a orientação de um ou outro coordenador
ou formador.
2.2.3. Magistratura do Ministério Público
No que diz respeito ao Ministério Público, a preparação das atividades do 2.º Ciclo de formação
inicial do 32.º Curso Normal de Formação, cujo início teve lugar em 15 de setembro de 2016,
envolveram a atualização do Manual de Organização de 2.º Ciclo, a redefinição do número e área
de competências dos Coordenadores Regionais, a nomeação de dois coordenadores regionais
adicionais (assim se preenchendo integralmente o quadro a que se reporta o artigo 84.º, n.º 2, da
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 36
Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro) e a seleção dos magistrados formadores, em circunstâncias que
ficaram descritas no anterior Relatório Anual.
No decurso do presente ano letivo, ainda em sede de atividades preparatórias, e logo no início do
2.º Ciclo, o Diretor-adjunto e os quatro coordenadores regionais realizaram reuniões
preparatórias, que tiveram lugar em Portimão, Lisboa, Coimbra e Porto, e para as quais foram
convocados todos os formadores nos tribunais, durante as quais se deu a conhecer a filosofia
subjacente à atualização do Manual e se trocaram impressões sobre os métodos de trabalho a
utilizar e os procedimentos que deveriam ser observados por formandos, formadores nos
tribunais e coordenadores para a otimização deste período formativo.
De igual forma, e com os mesmos fins, cada um dos coordenadores regionais realizou uma
reunião preparatória, com os mesmos objetivos, com os auditores de justiça que tinham a seu
cargo.
Todas as atividades de 2.º Ciclo decorreram como inicialmente planeado tendo os senhores
auditores de justiça tido, em regra, o seguinte tempo de permanência nos diversos tribunais de
competência especializada:
a) Na jurisdição de família e menores, um período de 4 a 6 semanas, conforme as
necessidades individuais de formação.
b) Na jurisdição laboral, 1 semana.
c) Na jurisdição cível, um período mínimo de 4 a 6 semanas conforme as necessidades
individuais de formação.
d) Na jurisdição de execução de penas, 1 semana.
e) Na jurisdição de comércio, 1 semana.
f) Na jurisdição de julgamento penal, 6 semanas.
g) Nos DIAP, o tempo remanescente, com um mínimo de 20 semanas.
Visou-se que o Auditor de Justiça tivesse contacto com as diferentes espécies de processos em
cada uma delas, por forma a aperceber-se dos aspetos essenciais da sua tramitação,
designadamente a sequência dos atos e fases processuais, a intervenção dos demais sujeitos
processuais, com especial destaque para as diferentes funções e intervenções processuais do
Ministério Público.
Para tanto, incumbiu-lhes assistir os respetivos formadores em atos de inquérito e de instrução
criminal, intervir em atos preparatórios do processo não exclusivos da função jurisdicional,
mormente os de mero expediente, o elaborar de projetos de peças processuais, quer
formalmente decisórias, quer de direção processual e expediente, o assistir às diligências
processuais, ou outras, que os formadores entendessem úteis para a formação, contactar as
entidades (e respetivos profissionais) que colaboram com o tribunal no quadro institucional e
multidisciplinar da administração da justiça e da execução das suas decisões, aproveitando para
conhecer o conteúdo das suas funções, a dinâmica da sua atividade, as condições em que a
exercem, num processo de compreensão prática do funcionamento da justiça e de exercitação
das relações interpessoais e interinstitucionais. Para além disso, estiveram ainda presentes nas
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 37
reuniões de coordenação da Comarca e acompanharam os turnos agendados a cargo do
respetivo formador.
Os auditores foram ainda convidados a enviar todos os trabalhos realizados, quer se tratassem de
primeiras versões quer de reformulações, numa pasta mensal, ao coordenador regional.
Essa pasta devia conter ainda uma demonstração estatística dos trabalhos realizados nas várias
jurisdições e ainda das visitas formativas (em suporte Excel, e conforme ao modelo que consta
em anexo ao Manual do 2.º Ciclo) divididas pelas seguintes áreas: a) Penal inquérito; b) Penal
classificado; c) Execução de penas; d) Civil; e) Família e crianças; f) Trabalho; g) Comércio; h)
Totais.
Acrescia ainda uma menção das visitas formativas realizadas (independentemente da realização
do respetivo relatório) bem como a listagem ordenada e sequencial das diligências assistidas,
referenciando-se o tipo de jurisdição que esteve em causa, a natureza da diligência, a data em que
esta se realizou, o número de processo e, quando tal o justificasse, uma sintética avaliação crítica
da mesma diligência ou um pequeno relatório a propósito dela.
Os trabalhos mensais (cujo mínimo tendencial de 15 foi largamente ultrapassado) foram
apresentados com capa ou folha de rosto de modelo idêntico ao fornecido em anexo ao Manual e
dele constando o número de trabalho, a identificação do Auditor de Justiça, a data de
recebimento e de entrega do trabalho, as observações do formador, seguidas do trabalho
propriamente dito.
Atento o tempo disponível para cada uma das áreas entendeu-se dever fixar apenas objetivos
mínimos globais para a área penal os quais se traduziam em 20 acusações (em processo comum e
por crimes variados), 20 Arquivamentos (com arguido conhecido), 10 Suspensões provisórias do
processo, 5 Acusações em processo sumário, 5 Requerimentos de julgamento em processo
sumaríssimo, 5 Acusações em processo abreviado, 10 Requerimentos ao Juiz de Instrução, 5
Motivações (ou respostas) de recurso e ainda 25 Promoções em processo classificado, fase pós-
condenatória (e.g. revogação de pena declarada suspensa na execução, necessidade de cúmulo
jurídico, das quais 5 relativas a liquidação de pena).
Objetivos que todos os Auditores que obtiveram aprovação em 2.º Ciclo (na medida em que, no
decurso do curso se verificou uma desistência) largamente ultrapassaram.
O 2.º Ciclo compreendeu ainda estágios de curta duração junto de entidades e instituições não
judiciárias, com atividade relevante para o exercício da magistratura do Ministério Público ou
ações formativas de carácter prático organizadas em parceria com tais entidades ou instituições,
que decorreram nos respetivos serviços, designadamente nos diversos órgãos de polícia criminal.
Foi ainda solicitada a elaboração de um trabalho a ser executado em grupo e que obedeceu a
regras específicas quanto ao seu conteúdo e extensão, comunicadas em tempo oportuno pela
Direção de estágios, e que tiveram a sua apresentação e discussão, na presença de todos os
auditores, no mês de maio, no decurso de uma semana temática realizada na sede do Centro de
Estudos Judiciários.
Na avaliação global final, realizada em junho de, foram ponderados os resultados das reuniões
intercalares de avaliação realizadas em fevereiro e junho em Portimão, Lisboa, Porto e Coimbra,
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 38
sob a orientação do Diretor-adjunto, nos termos do artigo 52.º, n.º 4, da Lei n.º 2/2008, as
informações prestadas em relatório escrito pelos magistrados formadores, a apreciação individual
que os Coordenador regionais fizeram da prestação dos auditores objetivada, quer nos seus
trabalhos escritos, quer nos contactos diretos que com eles estabeleceram e constante do
relatório individual que ambos elaboraram relativamente a cada Auditor e que foram submetidos
à apreciação do conjunto de coordenadores e do Diretor-adjunto.
Com base em tais elementos foi elaborado pelo Diretor-adjunto o projeto de classificação e
graduação final dos auditores de justiça, com proposta de aprovação de todos eles, que foi
submetido ao Diretor do CEJ.
Esse projeto foi aprovado, sem alterações, na reunião do Conselho Pedagógico do Centro de
Estudos Judiciários em julho de 2018.
Na mesma reunião o mesmo Conselho deu parecer aos Planos Individuais de Estágio
relativamente a cada Auditor, elaborados pelos coordenadores regionais e que viriam a ser
subsequentemente aprovados pelo Conselho Superior do Ministério Público.
2.3. Estágios
2.3.1. Magistratura Judicial
Como se viu, neste período em causa, o CEJ apenas desenvolveu atividade formativa de estágio
de novos juízes para os tribunais os tribunais administrativos e fiscais, a qual permitiu reforçar os
quadros da magistratura em 41 novos juízes para os ditos tribunais.
As atividades decorreram sob a orientação direta dos respetivos magistrados formadores, sob a
supervisão global do Diretor-Adjunto coadjuvado pelos seus dois coordenadores regionais.
Embora nesta fase os estagiários já exerçam competências processuais próprias, fazem-no ainda
com a assistência de formadores e sob um regime de observação partilhado entre o CEJ e o
Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), numa lógica de
aprofundamento das suas competências e capacidades tendo em vista um adequado
desempenho profissional futuro.
Tal como previsto, o estágio foi desenvolvido e continua a ser executado de acordo com os
Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados pelo Centro de Estudos Judiciários, numa
articulação entre Diretor, Diretor-Adjunto e respetivos coordenadores distritais, os quais
mereceram oportunamente o parecer favorável do Conselho Pedagógico e a sua homologação
por parte do CSTAF.
Os 41 juízes estagiários terminam o seu estágio de ingresso no dia 31 de dezembro de 2018, por
força do artigo 6.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 39
3. Formação Contínua
3.1. Breve nota introdutória
O presente documento pretende fazer uma súmula da execução do Plano de Formação Contínua
de 2017-2018, aprovado em reunião do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários, em 12 de
julho de 2017.
O Plano em apreço teve início a 27 de outubro de 2017, com a primeira sessão do Colóquio sobre
“Arte e Justiça”, e terá a sua conclusão a 19 de setembro de 2018, com o workshop sobre
“Cooperação Judiciária Civil”.
3.2. Ações de formação contínua previstas e
realizadas, por tipologia
O Plano de Formação Contínua 2017-2018 ampliou o modelo implementado no ano transato, em
termos de tipologias e formatos de formação, com o propósito de aumentar a motivação e a
participação de todos os intervenientes.
Este Plano de Formação previa a realização de um total de 90 ações de formação, divididas em 5
tipologias, tendo sido realizadas 86, como indicado no quadro da página seguinte.
Para além das ações de formação contínua previstas, tipificadas e calendarizadas, o CEJ levou
ainda a efeito dois workshops (incluídos no quadro acima) subordinados ao tema da “Cooperação
Judiciária Civil”.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 40
Tipologia Total de ações de formação
previstas Total de ações de formação
realizadas
Tipo A Colóquios de 1 dia 39 37
Tipo B Seminários de 2 dias 12 11
Tipo C Cursos de
Especialização, de 3 e 4 dias
6 6
Tipo D Workshops de 1 dia 27 26
Tipo E Cursos online 4 4
Outras ações de formação
Iniciativas várias 0 0
Extra Plano Seminário e workshops 2 2
Total 90 86
Das ações de formação previstas apenas não se realizaram:
Colóquios:
A2 “Ética e deontologia”
A6 “Comunicar a Justiça - Confiança na Justiça”
Seminário
B10 Curso intensivo para magistrados do Ministério Público em Direito
Administrativo e Direito Fiscal
Workshop
D7 Direito a Férias
3.3. Ações de formação contínua realizadas, por
jurisdição e tipologia
O total de ações de formação realizadas foi de 86, distribuídas pelas seguintes jurisdições e
tipologias:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 41
Tipologia
JURISDIÇÃO
Total Tribunais Administrativos
e Fiscais
Tribunais Judiciais Outras
Ações de Formação
Penal e Processual
Penal
Civil e Processual
Civil
Família e Crianças
Trabalho e Empresa
A 6 6 4 4 6 11 37
B 2 2 2 2 2 1 11
C 2 1 1 1 1 0 6
D 2 9 10 2 1 4 28*
E 1 1 0 0 1 1 4
Total 13 19 17 9 11 17 86
* Dois workshops extra plano
3.4. Inscrições e presenças – juízes e
magistrados do Ministério Público
As inscrições de juízes e magistrados do Ministério Público nas diversas ações de formação
contínua promovidas pelo CEJ decorreram junto dos Conselhos Superiores. A maioria das ações
de formação realizadas teve também a participação de Advogados e de outros profissionais da
área forense que se inscreveram junto do CEJ utilizando a ficha de inscrição disponibilizada para o
efeito aquando da divulgação do programa.
As ações de formação contínua das previstas no Plano de Formação tiveram um total de 9730
inscrições (4688 inscrições de juízes de jurisdição comum, 748 juízes da área administrativa e
fiscal e 3844 inscrições de magistrados do Ministério Público).
A participação efetiva resultou num total de 6251 magistrados. Para além destes participantes, e
como foi referido anteriormente, as ações de formação tiveram também a procura de advogados
e outros profissionais – 450 presenças. De entre os diversos profissionais que frequentaram as
ações de formação promovidas pelo CEJ, há também a registar a participação de técnicos da
Procuradoria-Geral da República, do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR, de técnicos da
Autoridade Tributária e de inspetores da Polícia Judiciária.
Nos totais indicados estão incluídas todas as inscrições e presenças nas ações de formação, muito
embora não viessem calendarizadas e/ou previstas no Plano de Formação.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 42
O Quadro abaixo reflete o total cronológico de inscritos e presentes em cada tipologia de ação de
formação contínua realizada ao longo do Plano de Formação 2017-2018, ordenado de forma
cronológica.
Estatísticas_Total_Inscrições_Presenças Ano de 2017 - 2018
Código da ação Ação Total
inscri-ções
Presen-ças
Ausên-cias
MJ inscri-ções
MP
inscri-ções
TAF Inscri-ções
OUTRO Inscri-ções
A1_2017/2018 Julgar sob perspetiva de
género - entre a igualdade e a constitucionalidade
179 132 47 123 46 0 5
A10_2017/2018 A reforma do processo de
trabalho 119 96 23 79 36 0 2
A11_2017/2018 Humor, direito e liberdade
de expressão 361 293 68 204 150 7 0
A12_2017/2018
O fenómeno "alienação parental" - mito(s) e
realidade(s) 236 178 58 149 81 0 3
A13_2017/2018 Direitos das pessoas com
deficiência 109 83 26 67 41 1 0
A14_2017/2018 Intervenção tutelar
educativa 200 126 64 107 79 0 2
A15_2017/2018 As novas contraordenações
administrativas 87 56 31 15 24 48 0
A16_2017/2018 Perda ampliada de bens e
recuperação de ativos 384 225 159 135 249 0 0
A17_2017/2018 Propriedade intelectual e
industrial 143 95 48 105 37 1 0
A19_2017/2018 Imagem e voz 132 69 63 81 45 6 0
A2_2017/2018 (Adiada)
Ética e deontologia 99 0 0 68 31 0 0
A20__2017/2018 Arte e justiça 45 32 13 23 20 2 0
A20_3_2017/2018 Arte e justiça 47 28 19 29 16 2 0
A20_4_2017/2018 Arte e justiça 49 27 22 36 13 0 0
A21_2017/2018 Psicologia judiciária (Penal) 420 317 103 225 186 0 9
A22_2017/2018 Psicologia judiciária
(família) 159 109 50 90 69 0 0
A23_2017/2018 Direito europeu do trabalho
(TEDH/TJUE) 65 40 25 54 11 0 0
A24_2017/2018 Justiça e poesia – entre a
emoção e a razão 87 69 15 63 20 1 1
A25_2017/2018 Regimes especiais do contrato de trabalho
101 68 41 70 37 0 1
A26_2017/2018 Ausências ao trabalho 87 61 26 63 22 0 1
A27_2017/2018 A indemnização por
sacrifício 138 74 64 88 15 33 1
A28_2017/2018 Contencioso dos planos
urbanísticos 58 36 22 5 18 35 0
A29_2017/2018 Cooperação judiciária penal 414 303 111 218 196 0 0
A3_2017/2018 Tráfico de seres humanos 200 156 44 80 114 0 3
A30_2017/2018 O TJUE e a Carta dos
direitos fundamentais da União Europeia
182 120 62 145 22 13 1
A31_2017/2018 Impugnação direta, indireta
ou incidental e omissões regulamentares
48 27 21 7 8 33 0
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 43
A32_2017/2018 Proteção ambiental e licenciamento único
ambiental 27 17 10 6 14 7 0
A33_2017/2018 Direito de informação
administrativa e proteção de dados
55 43 12 17 10 26 1
A34_2017/2018 Direito fiscal internacional e europeu e jurisprudência do
TJUE 59 40 19 6 18 35 0
A35_2017/2018 Insolvência e processo
tributário 201 143 67 74 59 68 0
A36_2017/2018 Tributação indireta (IVA e
IEC) 77 49 28 4 20 53 0
A4_2017/2018 Transporte de passageiros
e mercadorias 197 142 65 179 18 0 0
A5_2017/2018 Violência doméstica e de
género e mutilação genital feminina
217 174 63 92 117 2 3
A6_2017/2018 (Adiada)
Comunicar a justiça - confiança na justiça
160 0 0 123 35 2 0
A7_2017/2018 O direito dos animais 349 188 161 187 152 2 4
A8_2017/2018 Amor e direito – reflexos
jurídicos e judiciários 159 106 53 97 56 4 1
A9_2017/2018 Direito probatório,
substantivo e processual penal
630 525 105 270 266 2 46
B1__2017/2018 Contratação pública 200 176 24 10 30 68 92
B10_2017/2018 (Adiada)
Curso intensivo para magistrados do ministério
público em direito administrativo e direito
fiscal
15 0 0 0 15 0 0
B2_2017/2018 Prevenir ou promover - uma solução para cada criança
106 74 32 67 38 0 1
B3_2017/2018 Execução fiscal 134 119 16 11 25 44 54
B4_2017/2018 Direito do urbanismo 103 46 57 25 29 40 9
B5_2017/2018 Direito societário e
comercial 282 200 82 249 11 6 12
B6_2017/2018 Conferência com a OIT 30 22 8 18 6 0 6
B7_A_2017/2018 Curso breve de inglês
jurídico 38 31 7 16 10 0 12
B7_B_2017/2018 Curso breve de inglês
jurídico – Porto 19 13 6 17 2 0 0
B9_2017/2018
Boas práticas na aplicação dos regulamentos europeus
sobre direito da família e sucessões
90 55 35 75 15 0 0
C1_2017/2018 Temas de direito civil e
processual civil 321 224 97 257 38 12 14
C2_2017/2018 Temas de direito penal e
processual penal 502 41 85 205 216 0 81
C3_2017/2018
Temas de direito administrativo
82 48 34 9 5 53 15
C4_2017/2018 Temas de direito do
trabalho e de processo do trabalho
113 88 25 63 33 0 17
C5_2017/2018 Temas de direito tributário 123 103 20 14 20 54 35
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 44
C6_2017/2018 Temas de direito da família
e das crianças 181 129 52 97 60 2 11
D1.A_2017/2018 Violência doméstica 13 9 4 7 6 0 0
D1.B_2017/2018 Violência doméstica 25 20 5 15 10 0 0
D1.C_2017/2018 Violência doméstica 31 19 12 15 14 0 1
D10_2017/2018 Ferramentas de gestão (Citius, bases de dados,
Word, Excel) 43 23 20 22 20 1 0
D11_2017/2018 Cibercrime / prova digital 42 29 13 22 20 0 0
D12_2017/2018 Regime geral do processo
tutelar cível 43 26 17 21 20 0 1
D2_2017/2018 Direito internacional da
família 41 26 15 20 21 0 0
D3.A_2017/2018 Concurso de crimes e
cúmulo jurídico de penas 51 42 9 22 20 1 4
D3.B_2017/2018 Concurso de crimes e
cúmulo jurídico de penas 20 9 11 17 3 0 0
D4.A_2017/2018 Contraordenações nos
tribunais administrativos 29 16 13 3 1 25 0
D4.B_2017/2018 Contraordenações nos
tribunais administrativos 31 18 13 4 3 24 0
D5.A_2017/2018 Gestão do stress 26 12 14 15 10 1 0
D5.B_2017/2018 Gestão do stress 8 5 3 5 3 0 0
D5.C_2017/2018 Gestão do stress 12 8 4 10 2 0 0
D5.D_2017/2018 Gestão do stress 11 6 5 10 1 0 0
D6.A_2017/2018 Negligência médica -
aspetos penais 20 15 5 6 13 1 0
D6.B_2017/2018 Negligência médica -
aspetos penais 30 21 9 15 15 0 0
D7_2017/2018 (Adiada)
Direito a férias 14 0 0 10 4 0 0
D8_2017/2018 Objeto da prestação de trabalho e mobilidade
funcional 10 7 3 9 1 0 0
D9._2017/2018 Cooperação judiciária civil 26 17 9 23 3 0 0
D9.B_2017/2018 Cooperação judiciária civil 25 13 12 23 2 0 0
D9.C_2017/2018 Cooperação judiciária civil 19 13 6 19 0 0 0
D9.D_2017/2018 Cooperação judiciária civil 14 12 2 14 0 0 0
D9.E_2017/2018 Cooperação judiciária civil 10 10 0 9 1 0 0
D9.F_2017/2018 Cooperação judiciária civil 12 5 7 10 2 0 0
E1_2017/2018 Recuperação de ativos 29 18 11 15 14 0 0
E2_2017/2018 Inglês jurídico b-learning 26 21 5 22 0 2 1
E3_2017/2018 Curso breve de direito e Contencioso aduaneiro
13 7 6 3 4 6 0
E4_2017/2018
Direitos laborais como direitos fundamentais (com o Conselho da Europa) em regime de e-learning com
sessão presencial obrigatória a 26 de janeiro
14 8 6 9 5 0 0
Totais 9730 6251 3479 4688 3844 748 450
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 45
3.5. Locais de realização das ações de
formação contínua
Em virtude de o CEJ ter a sua sede domiciliada em Lisboa, as ações de formação contínua foram
maioritariamente realizadas na cidade de Lisboa.
Contudo, apreciados os resultados decorrentes da experiência de anos anteriores, e com a
concordância dos Conselhos Superiores e a contento de um número cada vez maior de
interessados nas ações de formação contínua promovidas pelo CEJ, manteve-se a prioridade de
descentralizar os locais de realização e receção de muitas dessas ações de formação, abrangendo
todas as tipologias.
Para esse efeito, aumentou-se o número de ações de formação contínua realizadas pelo CEJ (ver
quadro supra) e apostou-se na melhoria da qualidade da transmissão pelos vários media
utilizados: videoconferência e Canal CEJ (meios próprios) e “Justiça TV”. Em resultado desse
esforço, o número de participantes pôde crescer, por comparação aos últimos anos.
Também com o apoio dos Conselhos Superiores, procurou-se que os juízes e magistrados do
Ministério Público assistissem às ações de formação nos tribunais onde exerciam funções ou,
quando tal não era possível, nos tribunais mais próximos, o que resultou numa redução de custos
e recursos envolvidos, tanto a nível económico-financeiro como nas respetivas agendas.
Os Colóquios (tipo A) realizados – 37 –, com exceção da “Arte e Justiça”, foram transmitidos à
distância.
Os Seminários (tipo B) realizados – 11 – foram também transmitidos a distância, com exceção do
curso “Boas Práticas na Aplicação dos Regulamentos Europeus sobre Direito da Família e
Sucessões” e dos Cursos de Inglês Jurídico.
Todos os Cursos de Especialização Tipo C – 6 – foram transmitidos à distância.
Os 28 workshops (tipo D) foram realizados nas seguintes localidades: Aveiro; Braga/ Guimarães;
Coimbra; Évora; Faro; Funchal; Leiria; Lisboa; Ponta Delgada; Porto; Setúbal; Vila Real; Viseu.
Os locais escolhidos para a receção da transmissão de cada ação de formação foram, na maioria,
tribunais judiciais. Todavia, manteve-se a aposta na transmissão de algumas ações de formação
específicas para tribunais das respetivas jurisdições.
Importa, ainda assim, reafirmar a delegação do CEJ no Porto, pelas condições que reúne, como
um ativo centro de formação no norte do País (numa das ações – “Amor e Direito” – parte da
formação decorreu a partir do Porto sendo a restante a partir de Lisboa).
Foi possível disponibilizar espaço físico para realização das ações de formação nas seguintes
cidades:
Lisboa, Porto, Setúbal, Évora, Braga, Aveiro, Faro, Guimarães, Funchal, Viseu, Vila Real, Ponta
Delgada, Leiria, Coimbra.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 46
Quanto aos locais de transmissão, foi igualmente possível dilatar os locais de visionamento
presencial, a partir de:
Beja, Bragança, Guarda, Seia, Leiria, Portalegre, Viana do Castelo, Loulé, Penafiel, Castelo Branco,
Vila Nova de Gaia, Mirandela, Évora, Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Ribeira Grande, Vila
Franca do Campo, São Roque do Pico e Chaves.
Comprova-se o Canal CEJ como o melhor meio de transmissão das ações de formação contínua,
tendo sido testada com êxito a utilização de uma segunda câmara de gravação, facto que permite
perspetivar um maior aproveitamento dos recursos existentes e pensar-se num alargamento das
ações a transmitir.
Quanto à transmissão por videoconferência, continuaram a subsistir falhas pontuais, com origem
em constrangimentos na rede do Ministério da Justiça. Tentando obviar esses condicionalismos, o
IGFEJ passou a disponibilizar um técnico de apoio junto dos locais (tribunais) de receção.
Relativamente à transmissão por streaming, expandida o ano passado, estão em uso 8 pens 4G,
que têm permitido uma melhoria na qualidade da receção, nos locais em que estão colocadas.
Com respeito às transmissões pela “Justiça TV”, verificaram-se algumas dificuldades no início do
ano letivo que, entretanto, foram sendo debeladas e aperfeiçoadas com a aquisição, por parte
dos próprios, de novos dispositivos de emissão/receção.
3.6. Publicação de livros digitais - e-books
Foram concebidos e publicados, entre setembro de 2017 e julho de 2018, os seguintes e-books:
Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial
FORMAÇÃO INICIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Direito de Associação – o controlo da legalidade 4/18
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Designação do e-book Mês/Ano
Direito Registal 10/17
Direitos das Pessoas com Deficiência – 2016 11/17
Direito dos Contratos 11/17
Direitos das Pessoas com Deficiência – 2017 12/17
Direito das Garantias 5/15
A tutela geral e especial da personalidade humana 4/17
Direito do Consumo 2015-2017
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 47
CADERNO ESPECIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Trabalhos Temáticos de Direito Civil e Processo Civil - Cabo Verde
9/17-1/18
Total (Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial) 9
Jurisdição da Família e das Crianças
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Designação do e-book Mês/Ano
Psicologia Judiciária 6/18
O Fenómeno "Alienação Parental" - Mito(s) e Realidade(s)
7/18
Parentalidade e Género 7/18
A Internet e as crianças – riscos e potencialidades 7/18
Total (Jurisdição da Família e das Crianças) 4
Jurisdição Penal e Processual Penal
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Designação do e-book Mês/Ano
Crime de Incêndio Florestal 4/18
O domínio do imaterial: prova digital, cibercrime e a tutela penal de direitos intelectuais
5/18
Psicologia Judiciária 6/18
Urbanismo: vertente penal e contraordenacional – 2014 7/18
Cibercriminalidade e Prova Digital 7/18
Direito da União Europeia - Garantias Processuais 7/18
FORMAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO
Designação do e-book Mês/Ano
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo I
10/17
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo II
10/17
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume II – Tomo III
10/17
Total (Jurisdição Penal e Processual Penal) 9
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 48
Jurisdição do Trabalho e da Empresa
FORMAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO
Designação do e-book Mês/Ano
O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração
12/18
CADERNO ESPECIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Direito das Relações Laborais na Administração Pública 6/18
Total (Jurisdição do Trabalho e da Empresa) 2
Jurisdição Administrativa e Fiscal
FORMAÇÃO INICIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Contencioso da Nacionalidade – 2.ª edição 11/17
O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração
12/17
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Designação do e-book Mês/Ano
Temas de Direito Tributário 2017 - Procedimento Tributário e Custas Processuais
10/17
Temas de Direito Tributário 2017 - Insolvência, Taxas, Jurisprudência do TEDH e do TJ
11/17
Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal 1/18
Responsabilidade civil dos poderes públicos 4/18
Contratação Pública 4/18
A prova no processo tributário - 2017 5/18
A Responsabilidade Civil Médica (decorrente de actos médicos praticados em hospitais públicos)
6/18
Temas de Direito Tributário 2017 - IVA e Tributação do Rendimento
6/18
Direito do Urbanismo - 2014-2017 7/18
CADERNO ESPECIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Direito das Relações Laborais na Administração Pública duplicado
6/18
Total (Jurisdição Administrativo e Fiscal) 12
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 49
Outras
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Designação do e-book Mês/Ano
Humor, Direito e Liberdade de Expressão - 2017 5/18
Julgar sob Perspetiva de Género - Entre a Igualdade e a Constitucionalidade
7/18
Referências bibliográficas - Manual das normas portuguesas NP 405
FORMAÇÃO THEMIS
Designação do e-book Mês/Ano
Trabalhos Themis 2018 - 33.º Curso de Formação de Magistrados
7/18
CADERNO MEMÓRIA
Designação do e-book Mês/Ano
Cadernos Associação Cultural C.E.J. Fac simile do N.º 2 – Edição de 1986
CADERNO ESPECIAL
Designação do e-book Mês/Ano
Juízes e Ministério Público: Os Estatutos nos países de língua portuguesa
11/17
CADERNO ESTUDOS SOCIOGRÁFICOS
Designação do e-book Mês/Ano
“Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 33.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2017-2019)
2/18
Total (Outros) 7
3.7. Outras atividades
O Departamento da Formação desenvolveu outras iniciativas, nomeadamente:
- Newsletter TJUE/CEJ;
- Newsletter TEDH/CEJ;
- Boletim bibliográfico de novidades de publicações;
- Catálogo de publicações do CEJ;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 50
- Programas das ações de formação por ano letivo;
- Relatório de execução e plano de atividades;
- Elaboração do cartaz de Homenagem ao Conselheiro Carlos Lopes do Rego;
- Magistratura do Ministério Público – Guia de Procedimentos – 2.º Ciclo;
- 33.º Curso – 2.º Ciclo de Formação – Magistratura Judicial ‒ Organização Segundo o
Plano de Atividades;
- Layout para sorteio do curso normal.
O Departamento da Formação foi igualmente chamado a colaborar noutras atividades,
designadamente:
- Layout da Revista da DGRSP “Sombras e Luzes”;
- Plano de Estudo – Manuais orientadores do 2.º ciclo;
- V Curso Breve em Direito dos Estrangeiros: O Contencioso de Asilo, Imigração e
Nacionalidade;
- Formação "Processo Civil adaptado ao Processo de Inventário" - Instituto dos Notários
de Portugal.
3.8. Formação contínua - em síntese
As ações de formação contínua e respetivas matérias levadas a cabo foram distribuídas da
seguinte forma pelas diferentes jurisdições:
10.
Matéria Nº de ações de
formação
Jurisdição
Cível 17
Penal 19
Família 9
Trabalho 11
Administrativo e Fiscal 13
Genéricas 17
Total 86
No decurso do ano letivo 2017-2018, o CEJ empenhou-se na prossecução do aproveitamento dos
meios de formação a distância, de modo a facilitar a autoformação e a conjugação entre a vida
particular e as necessidades de formação.
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Relatório de Atividades 2017.2018 51
A adesão a esta metodologia tem vindo a aumentar paulatinamente, consubstanciada no
incremento do número de utilizadores/formandos do universo a que a formação se dirige e que se
reflete no aumento quer das ações de formação quer das temáticas.
O modelo de formação adotado foi baseado quer em dossiers de formação prévios a cada ação de
formação (com jurisprudência, legislação e outros elementos documentais relevantes), quer
numa escolha criteriosa e variada de formadores, tendo-se mantido a preocupação em trazer ao
CEJ magistrados dos tribunais superiores e em associar académicos e profissionais na sua área de
reconhecido mérito.
A página web do CEJ, e, subjacentemente, a Plataforma Moodle, foi utilizada como repositório
científico dos textos, apresentações e outros documentos relativos a cada uma das ações de
formação, o que possibilitou uma maior abertura da formação ministrada pelo CEJ à comunidade
jurídica, para além de serem disponibilizados todas as intervenções em vídeo dos oradores que
autorizaram.
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Relatório de Atividades 2017.2018 53
4. Departamento de
Relações Internacionais
4.1. Introdução
As competências funcionais do Departamento de Relações Internacionais (DRI) do Centro de
Estudos Judiciários tal como estão enunciadas no artigo 4.º dos Estatutos do CEJ, aprovados pela
Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto, constituem a base legal daqueles que são os objetivos
estratégicos do Departamento, a saber:
Dinamizar em todas as suas vertentes a intervenção internacional do Centro de Estudos
Judiciários, contribuindo ativamente para a afirmação e reforço do prestígio do CEJ, enquanto
instituição de formação judiciária de qualidade reconhecida;
Potenciar os recursos humanos disponíveis, incrementando a participação de magistrados
nacionais em ações de formação de âmbito internacional, dentro e fora do país, e a participação
de magistrados estrangeiros em ações de formação realizadas em Portugal;
Contribuir decisivamente, na área da formação de magistrados e de outros profissionais da
Justiça, para o reforço das relações de cooperação e de amizade que unem Portugal a terceiros
países, em particular àqueles a que nos ligam especiais laços históricos e culturais.
Em linhas gerais, pode afirmar-se que a intervenção do DRI ocorre sempre que uma atividade
formativa ou um compromisso institucional do CEJ de alguma maneira assumem contornos
internacionais, de forma bilateral ou multilateral, quer as mesmas tenham por destinatários
diretos magistrados portugueses, quer se traduzam em ações de cooperação com congéneres
estrangeiras ou com delegações que nos visitam.
Norteado por aqueles objetivos estratégicos, e tendo sempre em conta os
custos orçamentais que as mesmas poderiam envolver, o Departamento desenvolveu durante
o ano letivo de 2017/2018 as atividades programadas para as diversas áreas em que ocorre a sua
intervenção, e que em síntese poderão referenciar-se a quatro domínios fundamentais: a
participação na Rede Europeia de Formação Judiciária (EJTN), a cooperação com países de língua
oficial portuguesa, o relacionamento bilateral estabelecido com instituições de formação
estrangeiras congéneres do CEJ e a cooperação com outras entidades vocacionadas direta ou
indiretamente para a formação, como a Academia de Direito Europeu (ERA).
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Relatório de Atividades 2017.2018 54
Com o presente relatório visa-se assim constituir a memória descritiva das diversas atividades
que, no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante o referido ano
letivo, abrangendo consequentemente o período compreendido entre 1 de setembro de 2017 e 31
de julho de 2018. Nele importa destacar, como tópicos nucleares, aquelas quatro grandes áreas de
intervenção, fazendo ainda uma breve referência inicial à estrutura e organização interna do
Departamento.
4.2. Estrutura e organização interna
Funcionando o DRI na dependência direta do Diretor do CEJ, o respetivo quadro formal foi
composto entre 2012 e 2015 por um/a Coordenador/a e por uma Técnica Superior, que
asseguravam a planificação das atividades e a execução das diversas competências legais que ao
Departamento estão cometidas. Porém, considerando o aumento exponencial de trabalho a
cargo do DRI, nomeadamente no que toca à formação a assegurar aos PALOPs e as múltiplas
solicitações que lhe eram (e são) continuamente endereçadas por outras entidades, v.g. a REFJ,
exigindo a disponibilidade permanente e simultânea de várias pessoas, no CEJ e/ou no
estrangeiro, houve necessidade de aumentar o número de colaboradores do DRI, de forma a
poder continuar a assegurar a imagem de prestígio internacional que é apanágio do CEJ.
Nesse sentido, desde 27 de outubro de 2015 que o DRI passou a contar com a colaboração ativa
do Dr. Diogo Alarcão Ravara, juiz docente na área de direito do trabalho e com a Dra. Maria
Perquilhas, juíza docente na área de família e crianças, na qualidade de ‘responsáveis de projeto’.
O DRI continua igualmente a contar, desde 2016, com a técnica superior Dra. Ana Inácio, que
constitui equipa com a Dra. Cristina Messias.
Para além disso, e sempre que a especificidade do tema ou a sobreposição de agendas o exige, é
ainda solicitada a colaboração de outros docentes e/ou técnicos superiores, considerando a sua
especialização na matéria em causa e as respetivas capacidades linguísticas. A título de exemplo,
refira-se o Juiz-Desembargador Carlos de Melo Marinho, que participou já numa reunião do sub
grupo de Civil da REFJ e colaborou ativamente em diversas atividades desta rede (seminários e
programa Aiakos). Também a Dra. Margarida Valada, docente de inglês jurídico, tem participado
ativamente nas reuniões do subgrupo de Linguística, da REFJ, e o Dr. Fernando Silva, do Gabinete
de Estudos Jurídicos do CEJ, na componente pedagógica do projeto PACED (formação de
formadores).
4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária
No quadro da Rede Europeia de Formação Judiciária (REFJ), organização que congrega as
diversas instituições de formação judiciária de todos os Estados-membros da União Europeia, e
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 55
que conta ainda com a Academia de Direito Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros
efetivos, a participação de CEJ desdobrou-se em três vertentes essenciais: a) na estrutura
organizativa da Rede; b) nas ações de formação promovidas pela REFJ e pelos seus membros; c)
nos programas de intercâmbio para magistrados.
Para além de tais aspetos, importa referir que o CEJ desempenha ainda um papel ativo na difusão
de todas as atividades formativas promovidas no âmbito da REFJ em que foi admitida a
participação de juízes e procuradores nacionais, designadamente veiculando as mesmas junto das
magistraturas através do CSM, PGR e CSTAF, e solicitando às mesmas entidades a centralização e
a graduação das candidaturas apresentadas.
4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ
Em reunião da Assembleia Geral, em Amesterdão, decorrida em junho de 2016, o CEJ foi
novamente eleito para integrar o ‘Steering Committee’ no período 2017-2019.
Para o mesmo período, foi igualmente eleito para integrar os Grupos ‘Programas’, ‘Programa de
Intercâmbios’ e ‘Metodologias’. No âmbito do Grupo ‘Programas’, que se subdivide em subgrupos
que trabalham as diferentes áreas formativas, o CEJ está ainda representado nos subgrupos
‘Civil’, ‘Justiça Criminal’, ‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’.
Desde então e no período em causa, o CEJ fez-se representar e participou ativamente em todas as
reuniões ordinárias dos diferentes órgãos estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que faz
parte.
Salientam-se as reuniões do Grupo ‘Programas’ e do ‘Steering Committee’, em que o CEJ foi
anfitrião e que decorreram nos dias 20, 21 e 22 de novembro 2017.
4.3.2. Grupos ‘Programas’; Subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal,
‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’
Da participação nas atividades formativas inseridas no âmbito do Grupo ‘Programas’ salientam-se
de seguida as que tiveram lugar no CEJ.
No âmbito do subgrupo Justiça Criminal, destaca-se a realização em Lisboa do seminário europeu
sobre Cybercrime, problems of jurisdiction and international cooperation in criminal matters, nos
dias 5 e 6 de março de 2018, coordenado pelo Juiz de Direito e Docente do CEJ Dr. Alexandre
Oliveira e com a intervenção de dois conferencistas nacionais, e a presença de 40 magistrados
oriundos de diferentes Estados--Membros.
No quadro das atividades do subgrupo Linguística, há a referir a realização do seminário
Vocabulary on Human Rights EU Law, que teve lugar no CEJ na semana de 02 a 06 de Julho 2018 e
que contou com a presença de 52 magistrados oriundos de diferentes Estados--Membros.
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Relatório de Atividades 2017.2018 56
4.3.3. Concurso Themis
O concurso Themis, também promovido pela REFJ, traduz-se numa competição envolvendo
equipas provenientes de instituições de formação europeias, compostas por três auditores de
justiça com não mais de dois anos de percurso formativo, a quem incumbe a redação prévia de
um trabalho que deverá incidir sobre um assunto à sua escolha inserido num dos quatro grandes
temas propostos (Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, Cooperação Judiciária
Internacional em Matéria Civil, Interpretação e Aplicação dos artigos 5.º e 6.º da Convenção
Europeia dos Direitos do Homem, e Ética e Deontologia). Cada uma dessas áreas temáticas
constitui o objeto das quatro meias-finais do concurso, sendo aí apresentada oralmente pelas
equipas concorrentes e depois discutida com os membros do Júri.
Na 14.ª Edição do Themis, o CEJ participou nas seguintes meias-finais, com equipas constituídas
por auditores de justiça do 33.º Curso Normal:
▪ Meia-final B: Vilnius, 07-10 maio 2018, duas equipas, com trabalhos sobre ‘Emotional
Parenthood And its possible legal consequences’ e “Fixing” the body, endangering the
soul? Challenges of intersex children under the fundamental rights’’. Uma destas equipas
logrou a qualificação para a Grande Final THEMIS a decorrer em Paris, de 28 a 31 de
outubro 2018;
▪ Meia-final C: Salónica, 04-07 junho 2018, uma equipa com um trabalho sobre o tema
Technology and new means of Communication in European Civil Procedure – regulations
(EC)1393/2007 and (EC) 1206/2001;
▪ Meia-final D: Budapeste, 03-06 julho 2018, duas equipas com trabalhos sobre The
independence of the judiciary in the democratic balance of the 21st century e Rebuilding the
bridge between the judicial system and the Community.
Esta 14.ª Edição do Themis contou com um total de 41 equipas nas 4 meias-finais.
4.3.4. Catálogo Plus
No Catálogo Plus da REFJ inserem-se todas as atividades de formação interna que as diversas
instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação de magistrados judiciais e do
Ministério Público dos restantes países-membros.
O DRI, por regra, introduz neste Catálogo todas as atividades constantes do seu programa de
formação contínua que se vislumbrem de interesse na perspetiva do magistrado estrangeiro,
excluindo por isso todas aquelas em que a componente é de exclusivo reporte à aplicação da lei
nacional.
Desde 2011, no denominado ‘Catálogo Plus’, a REFJ passou a financiar também a interpretação
simultânea e a participação de dez magistrados estrangeiros em tais atividades formativas (ao
invés do que sucede com as ações do Catálogo Geral, cujas despesas de deslocação são
exclusivamente suportadas pelos próprios), desde que os respetivos países de origem incluam
também ações de formação abertas à participação de estrangeiros e que como tal sejam
admitidas pela Rede, designadamente tendo em conta a relevância da temática a abordar.
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Relatório de Atividades 2017.2018 57
Nessa medida, o CEJ propôs e logrou ver incluídas no ‘Catálogo Plus’ de 2017/2018 três ações de
formação contínua.
A primeira decorreu nos dias 21 e 22 de setembro de 2017, sobre o tema Conference with ILO; a
segunda teve lugar já em 2018, nos dias 8 e 9 de março sobre o tema Preventing or Promoting – a
solution for each child e a terceira, também em 2018, nos dias 3 e 4 de maio novamente sobre o
tema Conference with ILO.
Em cada uma destas ações de formação estiveram presentes 10 magistrados estrangeiros, assim
garantindo a participação de outros tantos magistrados portugueses em iniciativas formativas
semelhantes promovidas por congéneres nossas que tiveram lugar ao longo do ano.
4.3.5. Grupo Programa de intercâmbios
(Exchange Programme)
O Programa de Intercâmbios da REFJ comporta a realização de diferentes ações de intercâmbio,
nelas assumindo particular relevância os estágios propriamente ditos destinados a magistrados
judiciais e do Ministério Público em funções, junto de colegas estrangeiros em exercício numa
jurisdição afim e com a duração de uma ou duas semanas, e os estágios orientados para
formadores, com a duração de uma semana junto de instituições de formação judiciária de outro
Estado-Membro da União Europeia.
Cerca de dois mil magistrados europeus participam anualmente nas atividades das diferentes
valências do Programa de Intercâmbios. Em estreita articulação com o CSM, a PGR e o CSTAF, o
CEJ tem promovido, em 2018, a participação de:
▪ 27 magistrados portugueses em estágios de duas semanas, em língua inglesa, junto de
colegas estrangeiros de jurisdições afins;
▪ 10 magistrados portugueses em estágios de uma semana, em língua inglesa, junto de
colegas estrangeiros de jurisdições afins;
▪ 3 magistrados em estágios de longa duração (4 meses) na EUROJUST;
▪ 1 magistrado num estágio de longa duração (12 meses) no Tribunal Europeu dos Direitos
do Homem;
▪ 2 magistrados num estágio de longa duração (12 meses) no Tribunal de Justiça da União
Europeia;
▪ 7 magistrados formadores em estágios de uma semana, em língua inglesa, junto de
colegas de outras instituições congéneres;
▪ 8 magistrados em visitas de estudo de 2 dias ao Tribunal de Justiça da União Europeia
(TJUE);
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Relatório de Atividades 2017.2018 58
▪ 20 magistrados em visitas de estudo de 2 dias ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
(TEDH); ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE); às instituições de Bruxelas e à
Agência dos Direitos Fundamentais
Quanto ao número de magistrados estrangeiros que vieram a ser colocados pelo DRI para
realização de estágios em Portugal, assinalam-se as seguintes participações:
▪ 12 magistrados colocados em diferentes tribunais do país, para um estágio
individual de duas semanas em língua portuguesa;
▪ 11 magistrados para um estágio individual de uma semana, nos tribunais e em inglês;
▪ 7 magistrados formadores para um estágio em grupo, no CEJ, de uma semana e em
língua inglesa.
No que respeita à formação inicial, em 2013 a REFJ implementou o designado programa ‘AIAKOS’
que pretendeu institucionalizar de forma generalizada em todo o espaço europeu as visitas de
intercâmbio dos candidatos às carreiras na magistratura, dando desta forma resposta às
preocupações da Comissão quanto ao incremento da formação em Direito Europeu e aos
intercâmbios de profissionais do foro junto de instituições congéneres de outro Estado-Membro.
As visitas de intercâmbio no âmbito do programa AIAKOS ocorrem habitualmente no último
trimestre de cada ano.
Assim, na semana de 23 a 27 de outubro de 2017, o CEJ acolheu 39 auditores de justiça
estrangeiros (3 belgas, 1 búlgaro, 1 croata, 1 checo, 1 finlandês, 17 franceses, 4 alemães, 3 gregos, 3
espanhóis, 4 polacos e 1 eslovaco), enquanto 40 auditores de justiça do 33º Curso se deslocaram,
em diferentes grupos, às nossas congéneres de Bélgica, Bulgária, República Checa, França,
Finlândia, Alemanha, Grécia, Polónia, Croácia, Eslováquia, Espanha e Suécia, na semana de 20 a 24
de novembro 2017.
4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação
Para além da REFJ, o CEJ é igualmente membro da Rede de Lisboa, da Rede Ibero-Americana de
Escolas Judiciais (RIAEJ), e da RECAMPI (Rede de Capacitação de Ministérios Públicos Ibero-
americanos).
A Rede de Lisboa, estrutura participada pelas instituições de formação judiciária de todos os
países membros do Conselho da Europa, encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão Europeia
para a Eficácia da Justiça), não dispondo de órgãos próprios com capacidade para promover
autonomamente quaisquer atividades formativas entre os respetivos membros. Nessa medida,
qualquer iniciativa que nesse âmbito venha a ter lugar está dependente da promoção e do
suporte financeiro que à mesma venha a ser concedido pelo Conselho da Europa.
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Relatório de Atividades 2017.2018 59
Deste modo, e no âmbito do Conselho da Europa, o CEJ participa nas atividades do Programa
HELP (European Programme for Human Rights Education for Legal Professionals), no quadro das
quais decorre anualmente uma Conferência da Rede HELP. O Programa HELP tem como
finalidade apoiar os Estados-Membros do Conselho da Europa na implementação da Convenção
Europeia dos Direitos do Homem ao nível nacional, o que se pretende conseguir através das
conferências anuais da Rede HELP onde representantes das instituições nacionais de formação
dos 47 Estados-Membros do Conselho da Europa discutem formas de promover e melhorar a
formação na área dos Direitos Humanos e aprofundar a cooperação entre as diversas instituições
envolvidas.
Nesse contexto, o CEJ fez-se representar na Conferência anual da Rede HELP que teve lugar em
Estrasburgo nos dias 20 e 21 de junho de 2018 pelo Dr. Diogo Ravara.
No âmbito da parceria HELP in the 28, concebida para aprofundar a temática dos Direitos
Humanos, o CEJ acolheu entre janeiro e abril de 2018, a segunda edição do curso de b-learning
sobre “Os direitos dos trabalhadores enquanto Direitos Humanos” (formalmente integrado no
plano anual de formação contínua do CEJ) e destinado a um grupo integrado por magistrados
portugueses, por inspetores do trabalho e técnicos do Ministério do Trabalho com
responsabilidades no acompanhamento da implementação da Carta Social Europeia ao nível
nacional e do reporte ao Comité Europeu dos Direitos Sociais, tendo a preparação do mesmo
ficado a cargo do Dr. Diogo Ravara.
Ainda no âmbito da parceria HELP, o CEJ acolheu, nos dias 07 e 08 de maio, a realização de um
curso de Formação de Formadores HELP que contou com a participação de magistrados
portugueses e espanhóis, assim como de outros participantes provenientes da Bulgária, Irlanda,
República Checa e Roménia.
Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a inexistência de recursos financeiros próprios e a dispersão
geográfica são fatores que limitam fortemente a realização de qualquer iniciativa conjunta que
possa ter lugar no âmbito das mesmas.
4.4. Países de Língua Portuguesa
O relacionamento estreito com os países integrantes da CPLP e com as instituições de formação
judiciária que deles fazem parte sempre constituiu uma das prioridades do CEJ e um meio de
afirmação do prestígio internacional da instituição, pelos particulares laços históricos e culturais
que a todos unem. Aos mais diversos níveis, têm sido desenvolvidas atividades de natureza
formativa e de cooperação com os países de língua portuguesa e respetivas instituições judiciárias
e magistraturas.
Nesse âmbito, e utilizando as listas de endereços que para o efeito organizou, o DRI tem ainda
estabelecido contactos com juízes e procuradores desses países de forma regular,
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 60
designadamente mantendo-os informados sobre as atividades inseridas no plano anual de
formação contínua e dando-lhes também a conhecer o catálogo de edições disponíveis no sítio do
CEJ.
4.4.1. Brasil
As relações de amizade e de cooperação com o Brasil têm tido tradução nos vários protocolos
estabelecidos com diferentes escolas de formação, de âmbito federal ou estadual, e nas visitas de
grupo que várias dessas instituições nossas congéneres têm solicitado ao CEJ e cuja promoção
sempre assegurámos.
4.4.2. Outros países da CPLP
No âmbito do relacionamento com os PALOP, a atuação do CEJ continua a desenvolver-se em
estreita colaboração com a DGPJ, entidade que tem centralizado ao nível governamental a
cooperação para a área da Justiça com os países africanos de expressão portuguesa, com Macau
e com Timor-Leste, bem como com o “Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”.
No que aos PALOP diz respeito, relembramos que em setembro de 2016 foi celebrado um
protocolo tripartido entre o “Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”, o Centro de Estudos
de Judiciários e a Escola da Polícia Judiciária, no sentido de ser implementado o Projeto de Apoio
à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP e em Timor Leste, designado PACED, com
financiamento da União Europeia.
Tem sido objetivo geral do PACED contribuir para a afirmação e consolidação do Estado de Direito
nos PALOP e em Timor Leste, através da prossecução do seguinte objetivo específico - prevenir e
lutar eficazmente contra a corrupção, o branqueamento de capitais e o crime organizado,
especialmente no que toca ao tráfico de estupefacientes.
O Centro de Estudos Judiciários tem colaborado desde o princípio neste projeto como entidade
formadora, tendo por escopo a capacitação de técnicos do sistema bancário e financeiro,
investigadores, magistrados do Ministério Público e Juízes.
A formação tem sido ministrada especificamente nas áreas do tráfico de estupefacientes,
corrupção e branqueamento de capitais, sendo abordados transversalmente os instrumentos
legais, nacionais e internacionais e o tema da prova, à luz do direito vigente em todos os países
dos PALOP e Timor Leste.
A primeira fase do projeto teve lugar no CEJ, em novembro de 2016, sendo concretizada através
de uma ação de formação de formadores com a duração de 20 dias úteis, e com 24 destinatários,
sendo eles 6 técnicos bancários, 6 investigadores, 6 magistrados do Ministério Público e seis
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 61
Juízes, oriundos em igual número e profissão de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São
Tomé e Príncipe e Timor Leste.
A segunda fase do projeto teve início em 2017, com as primeiras ações de formação nacionais a
terem lugar em Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ao longo dos meses de maio, junho e
julho, por períodos de 3 semanas (Angola) ou uma semana (os demais).
As ações em referência foram dinamizadas por dois formadores internacionais docentes do CEJ,
na qualidade de tutores e pelos formadores nacionais que tinham participado na ação de
formação de formadores no CEJ, em Novembro de 2016.
No segundo semestre de 2017 decorreram ainda outras formações nacionais em Timor-Leste,
Moçambique e Guiné Bissau, por períodos de 2, 3 e uma semana, respetivamente.
Já no primeiro semestre de 2018, tiveram lugar em Angola e Moçambique segundas edições das
formações nacionais, em três regiões diferentes daqueles países e para o segundo semestre de
2018 estão previstas novas formações nacionais em Timor-Leste, Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Fora do contexto do PACED, teve início no CEJ em 18 de setembro de 2017 mais um curso de
formação inicial de magistrados do Ministério Público de Cabo Verde, o denominado “II Curso
Especial de Formação de Magistrados do Ministério Público de Cabo Verde”.
Assim, e de acordo com o Memorando de Entendimento estabelecido entre a Procuradoria-Geral
da República de Cabo Verde e o Centro de Estudos Judiciários, o CEJ concebeu, planificou e levou
a efeito uma nova ação de formação de 7 auditores de justiça de Cabo Verde, futuros magistrados
do Ministério Público daquele país, tendo a seleção dos auditores ficado “a cargo da
Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde”.
Este curso de formação (inicial) teórico-prático do CEJ foi especialmente concebido para
magistrados do Ministério Público de Cabo Verde, tendo em atenção o direito vigente naquele
país.
O final da formação ocorreu em 31 de janeiro de 2018.
A formação em causa assumiu as seguintes vertentes:
1. Entre 18 de setembro e 21 de dezembro de 2017, formação teórica e teórico-prática dos
formandos ministrada no CEJ, por formadores escolhidos pelo CEJ, com especial
incidência em:
− Direito e processo penal;
− Direito e processo civil;
− Direito e processo do trabalho;
− Direito da família e das crianças;
− Ética e deontologia profissionais.
2. No mesmo período, visitas de estudo a instituições judiciárias e outras, por parte dos
formandos, nomeadamente:
− Às instalações do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL);
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 62
− ao INMLCF;
− às instalações da Polícia Judiciária-Lisboa;
− à Procuradora-Geral da República;
− à Casa Pia – Belém;
− ao Centro Educativo Navarro Paiva;
− às instalações da Autoridade para as Condições do Trabalho.
3. Entre 04 a 31 de janeiro de 2018, formação teórico-prática dos formandos, em
regime de “estágio de observação” nos tribunais da comarca de Lisboa-Seixal ou Lisboa-
Oeste, orientada por formadores escolhidos pelo CEJ, nas áreas de:
− Direito e processo penal;
− Direito e processo civil;
− Direito e processo do trabalho;
− Direito da família e das crianças.
A metodologia formativa utilizada recorreu à plataforma informática do CEJ, onde foram
inseridos os materiais formativos mais relevantes, tendo sido desenvolvida uma plataforma
formativa exclusivamente dedicada a este curso.
A direção executiva do curso coube à coordenadora do DRI e o respetivo secretariado à técnica
superior do departamento Ana Inácio.
O CEJ organizou ainda entre os dias 4 e 13 de dezembro de 2017 um curso de formação sobre
“Execução de Sentenças para os Tribunais Aduaneiros de Moçambique”, destinado a um número
compreendido entre 13 e 15 juízes, procuradores e funcionários dos Tribunais Aduaneiros de
Moçambique.
A pedido do “Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais em África
Ocidental” (GIABA), entre os dias 29 de Janeiro e 2 de Fevereiro de 2018, o CEJ organizou
igualmente um curso de “Instrução, Investigação e Julgamento de Crimes de Branqueamento de
Capitais e Financiamento do Terrorismo à Luz do Direito Internacional e das Normas do GAFI”,
destinado a juízes, procuradores e investigadores de Cabo Verde e da Guiné Bissau.
Entre 22 e 28 de Junho de 2018, decorreu ainda no CEJ um novo curso de “Elaboração de
Sentenças e Outros Actos Judiciais no Processo Tributário”, por solicitação dos Tribunais Fiscais e
Aduaneiros de Moçambique.
Para além destas atividades e do relacionamento institucional, o CEJ acolheu ainda, no período
em causa, todos os magistrados oriundos de países de língua portuguesa que individualmente se
nos dirigiram, manifestando interesse em participar em ações de formação ou simplesmente o
desejo de melhor conhecer a instituição.
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Relatório de Atividades 2017.2018 63
4.5. Atividades bilaterais
4.5.1. Escolas espanhola e francesa
As tradicionais relações de intercâmbio com as escolas de formação judiciária de Espanha e de
França, de que o CEJ foi pioneiro ao nível europeu, encontram-se hoje enquadradas no Programa
de Intercâmbios da REFJ, como já se referiu.
Deste modo, as visitas de intercâmbio de auditores de justiça entre aquelas instituições são hoje
objeto de financiamento por parte da REFJ, e a partir do final de 2013 passaram a inserir-se no
âmbito do Programa AIAKOS, a um nível multilateral.
Mantêm-se, todavia, as relações privilegiadas ao nível bilateral com o Centro de Estudios Judiciales
de Madrid, com a Escuela Judicial de Barcelona e com a École Nationale da la Magistrature francesa
(ENM), visando a elaboração e a promoção conjunta de módulos e ações de formação judiciária
em torno de diferentes temáticas ao nível do direito europeu.
No âmbito das relações bilaterais com a ENM, destacamos a realização de um estágio
internacional de uma auditora de justiça francesa, que se deslocou a Portugal no período de 29 de
janeiro a 26 de fevereiro 2018 com o objetivo de contactar com diversas instituições judiciárias e
universitárias. O estágio foi preparado pela Embaixada de França em conjunto com o CEJ e,
durante três dias, a auditora de justiça francesa tomou contacto particular com a formação inicial
e contínua ministradas pelo CEJ.
4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA)
No período em análise e reportando-nos a 2017, o CEJ organizou, conjuntamente com a ERA, e
acolheu nas suas instalações a realização de vários seminários, nomeadamente um seminário
sobre “Anti-discrimination Law” que decorreu nos dias 06 e 07 de novembro, que contou com a
participação de três conferencistas nacionais, além de 19 outros magistrados portugueses (para o
efeito isentados da taxa de inscrição), um seminário sobre o tema “Family & Succession Law” que
decorreu nos dias 29 e 30 de novembro de 2017, dirigido a 37 magistrados judiciais nacionais da
jurisdição de Família (para o efeito isentados de taxa de inscrição), e no qual participaram três
conferencistas nacionais, um seminário sobre “Trafficking Human Beings” que decorreu nos dias
04 e 05 de dezembro de 2017, com a intervenção de quatro conferencistas nacionais, além da
participação de sete magistrados portugueses (para o efeito isentados da taxa de inscrição), e um
seminário sobre “Linguistics - Judicial cooperation in civil matters” que decorreu entre 11 a 14 de
dezembro e no qual participaram quatro magistrados portugueses.
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Relatório de Atividades 2017.2018 64
Ainda em 2017, o CEJ fez-se representar pelo Senhor Diretor e por um dos seus Diretores Adjuntos
no Congresso Jubileu de comemoração dos 25 anos da ERA e na reunião anual do Governing
Board, eventos que decorreram em Trier nos dias 19 e 20 de outubro.
Já em 2018, concretamente nos dias 13 e 14 de março, o CEJ acolheu a realização de mais um
seminário da ERA, desta feita sobre o tema “Investigating Web 2.0”, e no qual participaram 3
magistrados portugueses ao abrigo do acordo de parceria celebrado entre ambas as instituições.
4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras
Procurando permanentemente dar resposta positiva a solicitações no sentido de acolher visitas
de entidades interessadas e de melhor conhecer o sistema português de formação de
magistrados, durante o ano 2017/2018 o CEJ acolheu a visita, entre outras, das seguintes
personalidades e delegações estrangeiras:
▪ 29 setembro 2017: Delegação de oficiais de justiça alemães;
▪ 06 novembro 2017: Delegação de representantes de instituições judiciárias do
Montenegro;
▪ 07 a 15 novembro 2017: Presidente do Tribunal de Recurso de Timor-Leste;
▪ 15 a 18 janeiro 2018: Delegação brasileira (Pesquisa sobre a formação de juízes em
Portugal);
▪ 22 fevereiro 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários dos Tribunais de Stuttgart
e Freiburg);
▪ 28 fevereiro 2018: Delegação de Juízes Desembargadores e Inspetores Judiciais da
República da Guiné-Bissau;
▪ 20 março. 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários do Tribunal de Schweinfurt);
▪ 28 março 2018: Delegação da Bulgária (Projecto “Development of the Potential of
the Judiciary’s Human Resource by Creating an Effective Model for Obtaining Legal
Capacity”);
▪ 12 abril 2018: Delegação da Sérvia;
▪ 15 maio 2018: Grupo MOVEO (Advogados estagiários dos Tribunais de Frankfurt e
Düsseldorf);
▪ 23 maio 2018: Delegação de Juízes do TJUE;
▪ 06 junho 2018: Delegação de Assessores do Supremo Tribunal da Letónia
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 65
5. Gabinete de Estudos Judiciários
5.1. Recursos Humanos
O Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) é uma unidade orgânica nuclear que se encontra na
dependência direta do Diretor do CEJ, na sequência da revogação da alínea c) do n.º 1 do artigo
95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro, pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho.
O quadro de pessoal afeto ao Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano em
análise, apenas um trabalhador com a categoria de técnico superior, o que ocasiona
constrangimentos, limitações e dificuldades ao trabalho desenvolvido por este Gabinete.
5.2. Atividade desenvolvida
De acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, o
Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu no ano letivo de 2017/2018 diversas atividades que
podem que podem sistematizar-se nos seguintes temas:
▪ Estudos e trabalhos de investigação;
▪ Atividades de apoio à formação de magistrados;
▪ Organização e apoio à realização de atividades sociais e culturais;
▪ Comunicação institucional e imagem;
▪ Outras atividades.
Releva destacar neste contexto a ação desenvolvida pelo GAEJ no âmbito do Projeto de Apoio à
Consolidação do Estado de Direito (PACED), em estreita colaboração e sob coordenação do
Departamento de Relações Internacionais (DRI), onde se relata, com mais detalhe, toda a
atividade desenvolvida.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 66
5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios
a) Estudos concluídos neste ano de atividades
▪ Quem São os Futuros Magistrados - Caracterização Sociográfica dos Auditores de
Justiça do 33.º Curso de Formação de Magistrados (2017-2019), (e-book apresentado
em sessão pública realizada no CEJ, a 28 de fevereiro de 2018;
▪ Formação Inicial de Magistrados – 32.º Curso de Formação de Magistrados:
Inquérito sobre a Estrutura e Organização do 1.º Ciclo do Curso de Formação
Teórico-Prática – Relatório de Avaliação;
▪ Formação Inicial de Magistrados – 4.º Curso de Formação de Juízes para os
Tribunais Administrativos e Fiscais: Inquérito sobre a Estrutura e Organização do 1.º
Ciclo da Formação Inicial de Magistrados – Relatório de Avaliação;
No âmbito do PACED, o GAEJ produziu 32 relatórios relativos às ações de formação nacionais
realizadas no âmbito da 2.ª fase do projeto. Estes relatórios consistem em relatórios de inquéritos
de avaliação de expectativas, de avaliação da formação. Ainda neste ponto, foi o GAEJ que coligiu
os elementos e elaborou os 8 dossiers gerais de cada uma das ações de formação nacionais
previstas na 2.ª fase do PACED e e já realizadas (Angola – 2, Moçambique – 2, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
b) Outros documentos
O GAEJ assegurou a compilação dos diversos contributos que compõem o Plano de Atividades e o
Relatório de Atividades
Ainda no âmbito dos estudos, foram realizados pelo GAEJ diversos pequenos estudos de
investigação, nomeadamente de caráter estatístico, elaborados ad hoc, em função das
necessidades de informação de apoio à decisão da Direção do Centro de Estudos Judiciários, do
Departamento de Formação ou do Departamento de Relações Internacionais e de apoio a
necessidades específicas de docentes ou na sequência de pedidos de entidades externas e após
autorização da Direção.
5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados
Nesta área e no âmbito específico do PACED, o GAEJ assegurou:
▪ A gestão de conteúdos e administração de utilizadores do curso especificamente
criado para esta ação de formação na plataforma Moodle do CEJ;
▪ A tutoria na vertente pedagógica nas ações de formação nacionais realizadas em
Moçambique (duas ações, a primeira entre 1 e 25 de setembro de 2017, a segunda
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 67
entre 1 e 30 de julho de 2018), na Guiné-Bissau (de 2 a 11 de novembro de 2017) e em
Angola (de 29 de abril a 27 de maio de 2018);
▪ O apoio administrativo e técnico-pedagógico aos tutores da vertente jurídica
designados pelo CEJ nas mesmas ações de formação nacionais e na ação realizada
em Timor-Leste (de 18 a 22 de setembro de 2017).
5.2.3. Atividades sociais e culturais
O GAEJ organizou, em conjunto com o DEF, as exposições:
▪ “E Depois do Adeus – História de Uma Canção de Abril”, cedida pela Sociedade
Portuguesa de Autores, que esteve patente na Sala Bocage, de 26 de abril a 18 de
maio;
▪ “Florbela Espanca – Perdidamente”, igualmente cedida pela Sociedade Portuguesa
de Autores, que esteve patente em vários espaços do CEJ, de 21 de março a 16 de
abril.
Ambas as exposições compõem-se de telas que reproduzem documentos diversos (livros,
manuscritos, filmes, discos, entre outros) e despertaram interesse tanto internamente, como
externamente, sendo visitadas por um número de visitantes que não foi possível apurar,
principalmente visitantes internos ao CEJ.
Ainda no âmbito sociocultural, o GAEJ organizou a receção de três visitas de cariz histórico-
cultural ao CEJ, no âmbito das Comemorações dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em
Portugal (uma iniciativa conjunta da Assembleia da República. Ministério da Justiça, Direção-Geral
do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Câmara Municipal de Lisboa e Centro Cultural de Belém).
Estas visitas às instalações do CEJ (anteriormente ocupadas pela cadeia do Limoeiro), intituladas
“O Limoeiro, Um Carrasco e um Lobo - Os Últimos Suspiros da Pena de Morte em Lisboa”, realizaram-
se nos dias 10 de outubro e 30 de novembro de 2017 e 10 de março de 2018 e contaram com a
participação total de cerca de 70 pessoas.
Ainda relacionado com a mesma iniciativa, o GAEJ fez uma apresentação sobre o mesmo tema no
Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté (Charneca da Caparica) no dia 10 de janeiro de 2018.
O GAEJ organizou ainda uma outra visita de cariz histórico e cultural e centrada na história do
Limoeiro, com um grupo informal de visitantes, no dia 21 de junho.
Com um pendor mais informativo e formativo - particularmente centradas nos processos de
recrutamento, seleção e formação de magistrados e dirigidas a estudantes de Direito e aspirantes
ao ingresso nas magistraturas - o GAEJ organizou a receção, acompanhou e guiou as seguintes
visitas:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 68
▪ Nos dias 26 de outubro de 2017 e 4 de abril de 2018, dois grupos de cerca de 50
visitantes cada, integrados em visitas solicitadas pela ELSA-FDL (European Law
Students' Association - Núcleo da Faculdade de Direito de Lisboa);
▪ No dia 16 de novembro de 2017, um grupo da Associação de Estudantes de Direito
da Universidade do Minho (cerca de 60 visitantes);
▪ No dia 23 de fevereiro de 2018, um grupo da Associação Académica de Coimbra
(cerca de 50 visitantes).
▪ No dia 27 de março de 2018, um grupo da ELSA-UAL (European Law Students'
Association - Núcleo da Universidade Autónoma de Lisboa), com cerca de 20
visitantes;
▪ No dia 18 de abril de 2018, um grupo da Universidade Europeia, com cerca de 20
visitantes;
▪ De cariz um pouco diferente, dadas especificidades dos públicos, o GAEJ
acompanhou e guiou nos dias 11 (manhã e tarde) e 18 de abril, três grupos de alunos
do ensino básico do Agrupamento de Escolas do Mundão, visita organizada em
parceria com a ComDignitatis - Associação Portuguesa para a Promoção da
Dignidade Humana (cerca de 150 visitantes).
No total foram recebidas doze visitas, abrangendo cerca de 470 visitantes.
Nestas atividades compete ao GAEJ acompanhar os visitantes ao longo de todo o percurso no
CEJ. Estas visitas obedecem ao seguinte modelo que é, contudo, adaptado caso a caso aos
objetivos da visita e ao público desta:
▪ Uma primeira parte, reforçada nas visitas de cariz cultural e histórico, em que se
visitam alguns dos locais mais emblemáticos do Limoeiro e se faz uma apresentação
da história do local onde se situa o CEJ, desde o período tardo-romano até ao séc.
XX, com especial enfoque nas condições de vida dos reclusos na cadeia;
▪ Uma segunda parte, com maior peso nas visitas de cariz formativo e informativo,
centrada no recrutamento, seleção e formação de magistrados e o papel do CEJ
nestes processos.
O GAEJ apoiou ainda, quando solicitado, as atividades do projeto Justiça para Tod@s ou em visitas
dinamizadas por docentes e que foram decorrendo ao longo de todo o ano letivo.
5.2.4. Comunicação institucional e imagem
O GAEJ tem desenvolvido ao longo dos últimos anos um trabalho ao nível da comunicação
institucional e imagem do CEJ que tem vindo a ganhar relevância e peso na atividade desta
unidade orgânica.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 69
À semelhança de anos transatos, o GAEJ assegurou:
▪ A compilação, organização, formatação e composição gráfica de documentos de
como o Plano de Atividades, o Relatório de Atividades, os Planos de Estudos e
documentos similares;
▪ Contribuição com conteúdos para a Agenda do CEJ (newsletter eletrónica) e
distribuição da mesma pela comunicação social e por subscritores particulares;
▪ A ligação com a comunicação social, particularmente na divulgação de eventos e
outras informações sobre o CEJ, bem como rececionando pedidos de informação e
respetivo encaminhamento;
▪ Na organização d’As Conferências do CEJ, nomeadamente na conceção da nova
imagem e respetivos suportes de divulgação, bem como na divulgação das mesmas
junto da imprensa e de outras entidades que nisso manifestaram interesse;
▪ Coorganização, conceção da imagem e material de comunicação (cartazes,
folhetos, e-cards, expositores roll-up e convites) de outros eventos realizados pelo
CEJ.
No dia 2 de novembro de 2017, o GAEJ assegurou a realização de uma sessão de apresentação
sobre o CEJ, o recrutamento, a seleção e a formação de magistrados na Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa, no âmbito da JOB SHOP Nova Direito - a Feira das Saídas da FDUNL.
No dia 28 de novembro, foi assegurada a representação do CEJ no Recruiting Lounge da Jobshop
17/18 da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica.
Por proposta do próprio GAEJ, este organizou duas edições do Open Day CEJ, a 6 de dezembro e 1
de abril. Este evento consiste em abrir as portas do CEJ ao público em geral mas, em particular,
aos estudantes de Direito das faculdades e universidades de todo o país e aspirantes ao ingresso
nas magistraturas, mostrando-lhes o CEJ, a sua organização e atividades, com particular destaque
para os processos de recrutamento, seleção e formação inicial, bem como a história do Limoeiro.
Visou-se com este evento contribuir para aumentar a imagem e o prestígio do CEJ, dando a
conhecer os seus espaços e atividades incluindo alguns aspetos que, normalmente, não são tão
conhecidos.
Este evento revelou-se um sucesso na adesão. As 240 vagas previstas foram rapidamente
ocupadas, tendo estado presentes cerca de 150 convidados.
Em termos organizacionais, as visitas decorreram conforme o planeado, com grande interesse e
recetividade por parte dos visitantes, mas sobressaíram – pelo interesse e interação que
despertaram junto dos visitantes – os momentos de interação dos visitantes com magistrados e
com Auditores de Justiça (que, após apelo do GAEJ, se voluntariaram para o fazer) em que estes
partilharam, em tom muito informal, as suas experiências profissionais e formativas no CEJ e no
concurso de ingresso na formação inicial de magistrados.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 70
5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades
O trabalhador afeto ao GAEJ integrou o grupo de trabalho especialmente criado para assegurar a
organização e realização do concurso de ingresso no curso de formação inicial teórico-prática de
magistrados. Ainda na esfera deste concurso, coube ao GAEJ analisar as propostas recebidas de
várias entidades para a realização do Exame Psicológico de Seleção, tendo elaborado, a pedido da
Direção, uma informação de sistematização e de síntese das mesmas.
O GAEJ realizou ainda trabalho na prestação de informação estatística relativa à atividade do CEJ
a outras entidades oficiais.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 71
6. Divisão do Centro do
Documentação
6.1. Introdução
A Divisão do Centro de Documentação recolhe, trata, organiza, disponibiliza e preserva os
recursos informativos relevantes para as atividades formativas que decorrem no CEJ.
Tendo como orientação os objetivos que foram definidos no Plano de Atividades para a unidade
orgânica em análise, o presente relatório visa dar a conhecer a evolução da organização do
arquivo, do fundo documental e da gestão das publicações periódicas, a gestão dos diversos
espaços, com vista à melhoria da sua organização e condições de armazenagem, bem como, uma
melhoria da prestação de serviços à comunidade envolvente.
6.2. Vertente Arquivo
6.2.1. Gestão do Arquivo
▪ Os inventários iniciados e concluídos, entre 1-9-2017 e 31-8-2018:
− UMRP: Conselho da Unidade de Missão para a Reforma Penal
− Lei Orgânica do CEJ
− Disciplina militar
− Proposta de alteração ao Código CIVA
− Processos de cobrança
− Código das custas judiciais
− Processo administrativo de recuperação de empresas
− Regime jurídico de proteção das pessoas singulares sobre endividadas
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 72
− Curso de Assessores
− GOE: Grupo Orientador de Estágios (processos dos candidatos)
− Revisão do Código Civil
− Revisão do Processo de trabalho
− Trabalhos dos cursos (conclusão)
▪ Foram já revistos, segundo as normas internacionais de arquivística, para eventual
inserção no ATOM:
− Planos de atividades
− Relatórios de atividades
− Balanço Social
− Lei orgânica
− Boletim de informação estatística
− Avaliação sociográfica
− Apuramento dos resultados dos inquéritos
− Provas escritas
− Orientação de estágios
− Estágios de atividades teóricas práticas
− Planos do Curso
− Planos de formação continua
− Avaliação das ações de formação
− Programas das ações de formação
− Formação especial dos PALOP
− Guia dos candidatos
− Relatórios dos estágios de contacto da formação inicial
▪ Transferência de documentação pertencente a outros serviços: Biblioteca (1),
Departamento de Formação (2), Gabinete Jurídico (3), Direção (1), Departamento de
Relações Internacionais (1), Coordenadores Regionais do MP de Lisboa e Évora (2)
acompanhados das respetivas guias de remessa para o Arquivo do CEJ;
▪ Foram, ainda, concretizadas as ações inerentes à valorização, inventariação, classificação
e conservação do património arquivístico do CEJ;
▪ Com base na versão 1 da Lista consolidada para a classificação e avaliação da informação
pública disponibilizada no site da DGLAB, foi solicitado aos serviços, no âmbito do Grupo
de Trabalho de Arquivos do Ministério da Justiça (GTAMJ) que validassem e/ou
acrescentasse nos processo de negócio, tendo em vista uma revisão Plano de
Classificação Documental do Ministério da Justiça (PCA MJ), maio de 2018.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 73
▪ No âmbito do Grupo de Trabalho de Arquivos do Ministério da Justiça, foi solicitado que
revíssemos o preenchimento da FRD e Relatório de impacto da nova lei de acesso aos
documentos administrativos (LADA) – maio de 2018.
6.2.2. Apoio aos Utilizadores
Serviços de referência e leitura, consulta de documentos e de pesquisas específicas
disponibilizados aos serviços internos e ao cidadão. Resposta a 18 pedidos internos de consulta de
documentos à guarda do Arquivo. Resposta a 3 pedidos externos, no âmbito Lei n.º 26/2016, de 22
de agosto. Verifica-se um aumento dos pedidos, que passou de 14 para 21, relativamente ao ano
anterior.
6.3. Vertente Biblioteca
6.3.1. Gestão do Fundo Documental
6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2017 a 31-8-2018)
As publicações dão entrada na Biblioteca por compra, produção própria, oferta e permuta. No
que respeita à aquisição de publicações por compra, em 2017/2018, baseou-se, tal como nos anos
transatos, nas necessidades dos utilizadores internos do CEJ e no enriquecimento de
determinadas áreas temáticas mais necessitadas de atualização.
As obras que deram entrada por oferta, resultaram de doações efetuadas por entidades externas
e autores.
As obras que entraram por permuta basearam-se em protocolos estabelecidos com outras
instituições, em troca da Revista do CEJ, do Prontuário de Direito do Trabalho, ou outras
publicações.
De salientar ainda, a produção interna (monografias e multimédia) que foi significativa e teve
muita procura, tanto por utilizadores internos, como externos.
O quadro a seguir representa na sua globalidade, as publicações entradas na biblioteca, nas
quatro modalidades acima mencionadas e por tipo de documento.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 74
Documentos N.º
Monografias 632
Multimédia 81
Publicações em série 35
Total 748
O quadro seguinte apresenta o total das publicações entradas na Biblioteca por produção própria,
oferta e permuta.
a) Por oferta, permuta ou produção própria
Documentos N.º
Monografias 546
Multimédia 81
Publicações em série 12
Total* 639
*Dos quais 77 foram produzidos pelo CEJ (e-books)
Permutas:
O Centro de Documentação mantém permutas de publicações com as seguintes entidades:
1. Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica
2. Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia
Judiciária: Revista de investigação criminal
3. Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar
4. Autoridade da Concorrência – Revista de concorrência e regulação
5. Biblioteca da Assembleia da República
6. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista
Direito e Justiça
7. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da
Faculdade
8. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da
Faculdade de Direito de Lisboa
9. Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e
Boletim da Ordem dos Advogados
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 75
10. Biblioteca do Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros – Boletim de Ciência e
Técnica Fiscal
11. Biblioteca Geral da Universidade Portucalense Infante D. Henrique – Revista
Jurídica
12. Centro de Direito Biomédico: Lex Medicinae
13. Centro de Direito da Família: Lex Familiae
14. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica de Ciências Sociais
15. Conselho da Justiça Federal (Brasil) – Revista CEJ
16. Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA):
Revistas Legislação – Cadernos de Ciência de Legislação e Cadernos INA
17. ERA - ERA-Forum : scripta iuris europaei
18. Editora da Meritum - Biblioteca da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e
da Saúde da Universidade FUMEC (Brasil) - Revista de Direito da Universidade
FUMEC
19. Escola de Direito da Universidade do Minho – Scientia Ivridica
20. Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia
21. Fundação CEFA – Fundação para os Estudos e Formação Autárquica
22. Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)., do Ministério da Solidariedade
e Segurança Social (MSSS) : Sociedade e Trabalho
23. Mediateca da Universidade Lusíada – Minerva : revista de estudos laborais;
Lusíada. Direito
24. Observatório da Imigração: Revista Migrações
25. Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: Revista do Ministério
Público
26. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal de Contas
27. Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito
28. Tribunal Supremo de Angola
b) Aquisições onerosas
Documentos N.º Valor
Monografias 141 2.784,80€
Multimédia -- --
Publicações em série* 23 1.172,50€
Total 109 3.957.30€
* Renovação de assinaturas
No período em apreço ocorreu uma diminuição significativa das aquisições das monografias, por
compra, relativamente ao ano passado, de 4.452,24€ para 2.784,80€.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 76
Continua a constatar-se um aumento significativo de documentos produzidos a nível interno,
nomeadamente de e-books.
No que diz respeito às publicações periódicas registaram-se alterações no número de títulos
assinados pela biblioteca, passando de 20 para 19, sendo que de algumas publicações foram
renovados 2 anos.
Assinaturas renovadas:
1. AB Instantia (Ano 2016 e 2017)
2. Anatomia do crime
3. Cadernos de direito privado
4. Cadernos de justiça administrativa
5. Cadernos de justiça tributária
6. Coletânea de jurisprudência
7. Coletânea de jurisprudência. Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça
8. Direito das sociedades em revista
9. O direito
10. Propriedades intelectuais
11. Questões laborais
12. Revista de direito civil
13. Revista de direito e de estudos sociais
14. Revista de direito intelectual
15. Revista de direito público
16. Revista de finanças públicas e direito fiscal
17. Revista de legislação e de jurisprudência (Ano 146 e 147)
18. Revista portuguesa de ciência criminal (Ano 2016 e 2017)
19. Revista portuguesa de direito do consumo
Divulgação das novas aquisições:
Elaboração de uma publicação mensal que consiste num Boletim bibliográfico de novas
publicações que entram ao longo do mês na Biblioteca e a respetiva divulgação através dos e-
mails do Centro de Documentação (biblioteca-dc@mail.cej.mj.pt ou cejbiblioteca@gmail.com).
6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos
em base de dados (valores absolutos)
No dia 1 de setembro de 2018 a base de dados bibliográficos registava um total de 38199 registos
bibliográficos, correspondente a um aumento de 1709.
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Relatório de Atividades 2017.2018 77
Documentos Agosto 2017 Agosto 2018
Monografias 14301 14849
Analíticos (revistas/livros 21113 22187
Multimédia 800 875
Publicações em série* 276 288
Total 36490 38199
Nesta área concretizaram-se ainda as seguintes tarefas:
▪ Assegurou-se o tratamento dos artigos das publicações periódicas, nacionais e
estrangeiras, entradas na Biblioteca;
▪ Continuação do tratamento técnico documental das publicações periódicas,
nacionais e estrangeiras, existentes em depósito, já com cota, mas não inseridas
no catálogo informatizado;
▪ Continuou-se o tratamento dos artigos de monografias, nomeadamente, Estudos
em Homenagem, Comemorações, Colóquios, Jornadas, etc. que, pela sua
importância, mereçam um tratamento autónomo;
▪ Continuou-se o tratamento técnico dos e-books, resultantes da formação inicial ou
das ações de formação continua.
Em julho/agosto foi executado um grande trabalho de arrumação das monografias na sala de
leitura, tendo sido enviadas para depósito as obras menos consultadas e edições anteriores,
deixando espaço para crescimento nas respetivas cotas, mas permitindo sobretudo aos
utilizadores uma mais rápida localização da(s) obra(s).
Esta restruturação da arrumação na sala de leitura implicou por sua vez uma grande
arrumação/distribuição das cotas das monografias no depósito. E foram ainda acondicionados no
depósito todo o material não-livro que se encontrava arrumado na Sala de Estudo.
6.3.1.3. Abate e reparações de documentos
Neste âmbito, realizaram-se 37 reparações de documentos (monografias e publicações
periódicas), sem custos acrescidos, como se pode verificar no quadro seguinte:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 78
Reparações Total
Volumes 38
Custo (€) 0
* Reparações realizadas internamente
Realizou-se o abate de documentos duplicados, disponíveis on-line ou em mau estado de
conservação, num total de:
Abates Total
Monografias 7
Publicações em série 7
Total 14
6.3.2. Apoio aos Utilizadores
A biblioteca está aberta à Direção, a toda a comunidade docente, aos auditores de justiça, bem
como a utilizadores externos. Os pedidos dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo de
empréstimo, que nos fornece, no período em análise, o total de 3968 registos.
6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de
documentos
Documentos N.º
Monografias 2472
Analíticos (revistas/livros) 1484
Multimédia 12
Total 3968
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 79
6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de
consulta e empréstimo de documentos
Documentos N.º
Auditores 1837
Dirigentes 38
Docentes 729
Funcionários 38
Externos 757
Entidades 294
Leitura de presença 275
Total 3968
Da análise destes quadros verificamos que a atividade deste serviço serve, essencialmente,
auditores de justiça e os docentes. Continua a verificar-se uma grande afluência dos utilizadores
externos. De registar que houve um aumento relativamente ao ano transato de 721 empréstimos,
apesar da informação disponibilizada na plataforma de e-learning para o 34.º Curso de Formação
dos Tribunais Judiciais.
6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de empréstimos
interbibliotecas (EIB)
Temos ainda que reportar 17 pedidos de empréstimos interbibliotecas, acionados para os nossos
utilizadores internos, em que as monografias e/ou publicações em série vieram ao CEJ, e 221 que
foram acionados via e-mail.
EIB N.º
Utilizador Interno 139
Utilizador Externo 62
Interbibliotecas 20
Total 221
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 80
6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de
documentos
Digitalizações N.º
Utilizador Interno 210
Utilizador Externo 205
Interbibliotecas 103
Total 518
6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas
Pesquisas N.º
Utilizador Interno 142
Utilizador Externo 98
Interbibliotecas 69
Total 309
6.4. Qualidade dos serviços
6.4.1. Recolha e Tratamento de Informação Estatística
Com o objetivo de aferir e melhorar a qualidade dos serviços prestados, através da avaliação do
grau de satisfação dos utilizadores da Biblioteca, foi elaborado e distribuído um questionário, via
Google Drive, durante os meses de junho/julho, junto dos utilizadores internos e externos. Com
este método de questionário tivemos um recorde de respostas, 92. Encontra-se em fase de
tratamento.
Esta recolha de informação é muito importante e relevante como forma de apoio à gestão, pois
permite ter dados quantitativos e qualitativos sobre a utilização dos serviços e instalações,
permitindo igualmente apurar o grau de satisfação dos utilizadores.
No questionário são avaliados os serviços prestados, os recursos de informação existentes, os
equipamentos e instalações disponíveis.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 81
6.4.2. BiblioNet
Em novembro de 2017 foi realizado um contrato de atualização de software, assistência técnica e
manutenção de sistema de gestão de biblioteca BiblioNet, por um ano, no valor de 694,95€.
6.4.3. Formação dos utilizadores internos
No dia 9 de outubro foi realizada uma sessão de formação dirigida aos Auditores de Justiça e
Cooperantes do 33.º curso Normal e ao II Curso Especial de Cabo Verde. Esta intitulava-se
Apresentação da Biblioteca e Demonstração do OPAC, como os seguintes objetivos :
▪ Reconhecer as normas gerais de acesso e utilização do CEDOC - Biblioteca
▪ Dominar estratégias de pesquisa, recuperação, seleção e validação da informação em
diversos contextos.
6.5. Gestão de publicações
O CEJ edita monografias, isoladamente ou em parceria, abrangendo temáticas diversificadas nas
áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas publicações em série: a Revista do CEJ e o Prontuário
de Direito do Trabalho.
Assim sendo, a Divisão do Centro de Documentação:
Procedeu à preparação, distribuição e controle da Revista do CEJ n.os 1 e 2 (2017) e do Prontuário
de Direito do Trabalho n.os 1 e 2 (2017) através das ofertas institucionais e permutas, como se pode
verificar no quadro seguinte.´
Títulos N.º
Revista do CEJ n.º 1 (2017) 157
Revista do CEJ n.º 2 (2017) 134
Prontuário de Direito do Trabalho n.º 1 (2017) 157
Prontuário de Direito do Trabalho n.º 2 (2017) 98
Total 546
O quadro seguinte indica outras publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que foram
oferecidas, permutadas ou vendidas:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 82
Publicações/tipos N.º
Monografias 254
Periódicos 346
Total 600
6.6. Outras atividades
▪ Foi elaborado um estudo dos Indicadores de desempenho e utilização de serviços e
recursos da Biblioteca. Foram analisados três itens: aquisição, tratamento técnico e
empréstimo, num período que medeia entre o ano letivo 2008/2009 e o ano letivo
2016/2017.
▪ Comemorou-se o Dia internacional dos arquivos a 9 de junho de 2018 com uma exposição
intitulada Conservar a memória do CEJ, patente entre 9 a 22 de junho, que incluía visita aos
arquivos mediante marcação.
Imagem 1 – Fundos custodiados pelo CEJ
Imagem 2 – Fundo CEJ
▪ A Chefe de Divisão participou, como oradora, no workshop “Ferramentas de gestão do
CITIUS e de pesquisa em base de dados, que decorreu no CEJ, no dia 22 de junho.
▪ A Exposição bibliográfica relacionada com a temática do colóquio Direito à informação
administrativa e proteção de dados, patente de 25 de junho a 13 de julho.
▪ Foi elaborado um Plano de emergência para o Arquivo e Biblioteca do Centro de
Documentação. Consiste num Plano de Emergência Interno, que pretende definir um
conjunto de normas, procedimentos e recomendações com o objetivo de assegurar a
proteção e salvaguarda da documentação.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 83
6.7. Infraestruturas
Desinfestação da Biblioteca, Arquivo e depósitos da biblioteca e das publicações em janeiro de
2018.
6.8. Recursos humanos
Em 2017-2018, no mapa de pessoal verificou-se uma alteração significativa na sua composição: 1
Chefe de Divisão; 2 Técnicas Superiores; 2 Assistentes Técnicas. Pois em 2 de abril, entrou por
mobilidade mais um Técnico Superior.
O quadro anexo evidencia as ações de formação de que foi beneficiário o pessoal da Divisão.
DATA CURSO INSTITUIÇÃO FORMADORA
FUNCIONÁRIA
26 setembro Atom SGMJ Paula Tomás
e Isabel Wheelhouse
2 e 3 de outubro Koha/Unimarc SGMJ Isabel Ferreira
e Carla Seixas
14 de novembro Koha/Empréstimos SGMJ Paula Tomás
e Isabel Ferreira
17 de novembro Arte e justiça CEJ/MNA Paula Tomás
23 de novembro Koha/Unimarc SGMJ Carla Seixas
15 de junho Propriedade intelectual e industrial CEJ Paula Tomás
27 de junho a 29 de junho
Divulgue-se! O serviço educativo nos arquivos
BAD Isabel Wheelhouse
6 de julho Direito à informação administrativa
e proteção de dados CEJ Paula Tomás
12 a 13 de julho Linguagem corporal e
microexpressões em contextos profissionais
INA Paula Tomás
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 85
7. Departamento de Apoio Geral
7.1. Introdução
O Departamento de Apoio Geral (DAG) foi criado pelos Estatutos do CEJ aprovados em Anexo à
Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto, publicada no Diário da República, 1ª Série, n.º 167, de 29 de
agosto.
Nos termos do artigo 5º dos referidos Estatutos, o DAG é a unidade orgânica genericamente
responsável pela conceção, organização e manutenção do sistema de informação do CEJ, pelo
apoio jurídico e pelo apoio, nas áreas da informática e multimédia e da gestão financeira,
patrimonial e de recursos humanos, às atividades do CEJ.
Foi ainda prevista a criação de uma unidade orgânica flexível, denominada divisão, e de duas
unidades flexíveis com o nível de secção.
Estas unidades orgânicas flexíveis foram criadas por despacho da Diretora do CEJ, de 15 de
setembro de 2008.
Assim, tendo em conta as atribuições definidas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários,
bem como o Plano de Atividades para o ano 2017/2018, apresenta-se o relatório das atividades
realizadas pelo Departamento de Apoio Geral.
7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos
Estatutos do CEJ
7.2.1. Área de recursos humanos e expediente
▪ Foram executadas todas as tarefas inerentes ao processamento de vencimentos, bolsas
de formação e outros abonos dos trabalhadores do CEJ e auditores de justiça e procedeu-
se à liquidação dos respetivos descontos.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 86
▪ No âmbito do processamento de vencimentos, foram elaborados, mensalmente, os
ficheiros RIGORE para envio aos serviços da contabilidade, unidade orgânica competente
para o pagamento das remunerações.
▪ Procedeu-se, mensalmente, ao preenchimento e envio dos ficheiros relativos às entregas
de contribuições para a ADSE, CGA e Segurança Social.
▪ Foi elaborada, mensalmente, e transmitida por via eletrónica, à Autoridade Tributária e
Aduaneira, a Declaração Mensal de Remunerações.
▪ Foi feito o envio mensal da relação de descontos efetuados pelos trabalhadores, docentes
e auditores de justiça às respetivas entidades.
▪ Foi efetuada a emissão mensal dos Documentos Únicos de cobrança (DUC) relativos a
penhoras.
▪ Foram mantidos atualizados os processos individuais dos trabalhadores e auditores de
justiça do CEJ.
▪ Foi efetuado o controlo da pontualidade e assiduidade dos trabalhadores, bem como a
criação de horários e justificação de ausências, de acordo com as normas legais aplicáveis,
através do sistema informático em uso no CEJ.
▪ Foram elaboradas declarações e outros documentos, designadamente notas biográficas.
▪ Foi prestada a colaboração solicitada na tramitação dos procedimentos concursais.
▪ Foram asseguradas as ações necessárias em matéria de gestão e administração de
recursos humanos do CEJ.
▪ Foram assegurados os reportes de informação obrigatórios, em matéria de recursos
humanos, designadamente:
− O registo trimestral e semestral de Recursos Humanos no Sistema de Informação da
Organização do Estado (SIOE-RH);
− O envio trimestral, ao IGFEJ, do mapa de controlo de efetivos, nos termos do disposto no
n.º 3 da Resolução de Conselho de Ministros n.º 22/2012, de 9 de março;
▪ Foram processadas as remunerações e ajudas de custo aos formadores nos tribunais,
designadamente honorários, ajudas de custo e transportes e enviados os respetivos
ficheiros para a área da contabilidade, tendo em vista os registos em Gerfip e posterior
pagamento através do homebanking.
▪ Foram processadas as despesas com transportes relativamente aos formadores da
formação contínua, aos membros dos júris das provas escritas e orais do 33º Curso de
Formação Inicial de Magistrados e enviados os respetivos ficheiros para a área financeira,
tendo em vista os registos em GERFIP e posterior pagamento através do homebanking.
No que se refere ao expediente apresenta-se na página seguinte o gráfico do registo de entradas
e saídas entre 1 de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018:
O elevado número de entradas em janeiro é representativo das candidaturas aos concursos ao 5º
Curso Formação dos Tribunais Administrativos e Fiscais e ao 34º Cursos de Formação da
Magistratura Judicial e do Ministério Público.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 87
7.2.2. Área de Contabilidade
Referem-se também as atividades mais relevantes, orientadas para a atividade principal do CEJ,
que foram as seguintes:
▪ Foi elaborada e remetida ao Tribunal de Contas a Conta de Gerência do ano de 2017
▪ Foram elaborados, nos prazos estipulados, os seguintes reportes periódicos obrigatórios
permanentes, mensais, trimestrais e anuais:
− Compromissos Plurianuais [SCEP] – informação permanente;
− Fundos disponíveis – informação mensal;
− Pedido de Libertação de Créditos – Informação mensal;
− Necessidades relativas a despesas com o pessoal – Informação mensal;
− Pagamentos em Atraso – Informação mensal;
− Envio de faturas registadas através do e-fatura – Informação Mensal;
− Deslocações em Território Nacional e Estrangeiro – Informação Mensal;
− Previsão Mensal da Execução – Informação mensal;
− Fluxos financeiros para as Autarquias Locais (cooperação técnica e financeira) –
Informação trimestral;
− Unidade de Tesouraria – Informação Trimestral;
0
200
400
600
800
1000
1200
SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
ENTRADAS SAIDAS
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 88
− Contrapartidas Financeiras Mensais – Informação Trimestral;
− Conta Geral do Estado – Informação Anual;
− Transferência para organizações internacionais – Informação Anual.
No âmbito da execução do orçamento foram efetuados:
− 455 Cabimentos,
− 664 Compromisso;
− 536 Autorizações de Despesa;
− 742 Autorizações de Pagamento;
− 79 Alterações Orçamentais.
− Foi garantida a legalidade de todas as despesas.
− Foram efetuados diversos pedidos de abertura de crédito especial
− Foi registada no Sistema de Gestão de Receitas, da Direção Geral do Orçamento, liquidada
e cobrada toda a receita própria.
− Foram emitidas faturas de todos os serviços prestados.
− Foram enviadas à Unidade de Compras do Ministério da Justiça, os levantamentos de
necessidades solicitados, no âmbito dos procedimentos centralizados, bem como os
relatórios de execução dos respetivos contratos.
− Foi feita a transição do POCP para o SNC-AP.
7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública
Área patrimonial:
▪ Foi assegurada a manutenção das instalações e da viatura afeta ao CEJ.
▪ Foram elaborados autos de abate relativos a equipamentos obsoletos e sem reparação,
para abater ao inventário.
▪ Foram registadas todas as entradas e saídas de material de stock em armazém.
▪ Foram efetuados todos os reportes obrigatórios mensais.
▪ Foram providenciadas as autorizações necessárias à condução dos veículos afetos ao
Centro de Estudos Judiciários por trabalhadores que não exercem as funções de
motorista.
▪ Foram satisfeitas 187 requisições internas de material
▪ Foram produzidas 39 informações
▪ Foram emitidas 1.189 faturas
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 89
▪ Foram realizados 165 carregamentos de passes de transporte aos Senhores Docentes.
Contratação pública:
▪ Foram remetidas à Secretaria de Estado da Administração Pública as comunicações ao
abrigo da Portaria n.º 16/2013, de 17 de janeiro, relativas a um contrato de assistência
técnica e à aquisição de serviços de formação contínua, cujas ações se realizam
permanentemente.
▪ Foram enviados à Unidade de Compras do Ministério da Justiça os levantamentos de
necessidades relativos aos procedimentos centralizados, bem como os relatórios de
execução dos respetivos contratos.
▪ Foram realizados 3 ajustes diretos e 47 ajustes diretos simplificados, sendo de destacar o
levantamento da alcatifa e a pavimentação dos gabinetes do 2º piso, pintura da escada
exterior e instalação de equipamento de som e vídeo nas salas de aula.
▪ Foram enviados 2.069 ofícios.
7.2.4. Apoio jurídico
7.2.4.1. Apoio jurídico
O apoio jurídico, materializado em funções de serviços jurídicos e de contencioso e tendo como
principal objetivo contribuir para o controlo da legalidade dos procedimentos institucionais e para
a prossecução dos princípios e valores que orientam a atuação do Centro de Estudos Judiciários,
tem como principais atividades:
▪ Assegurar o apoio jurídico necessário à tomada de decisão por parte da direção do Centro
de Estudos Judiciários, mediante a emissão de estudos, pareceres e informações, com a
profundidade e o rigor necessários;
▪ Analisar e preparar projetos de diplomas legais, de regulamentos e outros instrumentos
normativos;
▪ Promover estudos de avaliação e impacto legislativo relativos à aplicação de legislação,
que não se inscrevam nas atribuições e competências de outras unidades orgânicas;
▪ Contribuir para a fixação da interpretação dos diplomas próprios que regem a atividade
do Centro de Estudos Judiciários, bem como preparar normas e instruções destinadas a
assegurar a sua aplicação, sem prejuízo das competências de outras unidades orgânicas;
▪ Acompanhar os processos jurisdicionais e graciosos em que o Centro de Estudos
Judiciários seja interveniente através da elaboração, atempada e com a fundamentação e
a qualidade adequadas, de peças processuais e jurídicas;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 90
▪ Elaborar informações e prestar esclarecimentos visando assegurar a correta execução das
decisões judiciais;
▪ Prestar o apoio técnico-jurídico necessário à prossecução das atribuições das demais
unidades orgânicas do Centro de Estudos Judiciários.
Seguidamente são abordadas as áreas mais relevantes de atuação e uma síntese dos principais
trabalhos desenvolvidos, destacando-se, desde já, a emissão de inúmeras informações e
pareceres no âmbito, designadamente, do procedimento e atividade administrativa, do direito à
informação administrativa e proteção de dados, da gestão documental, do regime de ingresso
nas magistraturas, a formação de magistrados e a natureza, estrutura e funcionamento do Centro
de Estudos Judiciários, e do regime do trabalho em funções públicas.
a) Concurso de ingresso no 34.º curso de formação inicial para magistrados dos tribunais
judiciais e concurso de ingresso no 5.º curso de formação inicial para juízes dos tribunais
administrativos e fiscais
Foi prestado apoio jurídico no âmbito do regime aprovado pela Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro,
destacando-se o contributo para a elaboração dos avisos de abertura e demais expediente, a
revisão do guia de boas práticas relativo ao concurso de ingresso à formação inicial de
magistrados (Concurso de Ingresso – Guia de Boas Práticas), bem como a assessoria prestada
durante o decurso dos concursos, a qual envolveu, além da emissão de inúmeros pareceres e
informações, o acompanhamento de todas as fases dos concursos – realçando que, após a
publicitação das listas provisórias dos candidatos admitidos e não admitidos, foram analisadas
inúmeras reclamações – e a elaboração de despachos e de atas.
No âmbito dos concursos, destaca-se, ainda, o tratamento das seguintes temáticas:
▪ Acesso aos documentos administrativos;
▪ Frequência do curso de formação inicial em regime de comissão de serviço;
▪ Legalização de documentos estrangeiros;
▪ Regime jurídico do reconhecimento de graus académicos superiores estrangeiros.
Finalmente, salienta-se o apoio jurídico em sede de impugnações administrativas apresentadas
pelos candidatos aptos mas não habilitados à frequência do curso e candidatos excluídos.
b) Concurso de ingresso no 33.º curso de formação inicial para magistrados dos tribunais
judiciais
Foi prestado apoio jurídico em sede de impugnações administrativas apresentadas por candidatos
aptos mas não habilitados à frequência do curso e por candidatos excluídos.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 91
c) Curso de formação específico para o exercício de funções de presidente do tribunal e de
magistrado do Ministério Público coordenador
Foi assegurado o apoio à gestão da fase formativa do curso de formação específico para o
exercício de funções de presidente do tribunal e de magistrado do Ministério Público
coordenador previsto nos artigos 97.º e 102.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, e determinado
pelo Despacho n.º 2724/2017, de 10 de março, de Sua Excelência a Ministra da Justiça.
d) Procedimento extraordinário e urgente de formação de administradores judiciais
Continuação da prestação de assessoria jurídica no âmbito deste procedimento, prosseguindo o
acompanhamento dos processos jurisdicionais em que o Centro de Estudos Judiciários é
interveniente.
Foram, ainda, encetadas as diligências necessárias à entrega à entidade responsável pelo
acompanhamento, fiscalização e disciplina dos auxiliares de justiça do acervo documental
respeitante ao procedimento.
e) Processos jurisdicionais
Assegurou-se a intervenção do Centro de Estudos Judiciários em 27 processos da jurisdição
administrativa:
Dos referidos processos, 6 encontram-se em fase de recurso e 11 findaram durante o período de
referência.
No âmbito do tratamento dos processos em que o Centro de Estudos Judiciários é parte, e ainda
pendentes na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, foi prestada a colaboração necessária e
foram desenvolvidas várias diligências em articulação com aquela Secretaria.
52%
22%
11%
7% 4%
4%
Ação administrativa especial
Procedimentos de massa
Processos cautelares
Ação administrativa
Ação de execução para pagamento de quantia certa
Intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 92
f) Mediação e resolução extrajudicial de conflitos
Operou-se a mediação e a resolução de conflitos em 7 processos.
g) Protocolos
Foi prestado apoio jurídico no âmbito da elaboração e celebração dos seguintes protocolos:
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a Lusa-Agência de Notícias de Portugal,
S.A.;
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a ComDignitatis – Associação
Portuguesa para a Promoção da Dignidade Humana;
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos Judiciários e a Fundação para a Ciência e a
Tecnologia, I.P.
h) Outras atividades
Designação para o exercício das funções de secretariado:
▪ Das reuniões dos presidentes dos júris de seleção das provas orais e das provas de
avaliação curricular dos concursos de ingresso no 34.º curso de formação inicial para
magistrados dos tribunais judiciais e no 5.º curso de formação inicial para magistrados dos
tribunais administrativos e fiscais;
▪ Do júri da fase avaliativa do curso de formação específico para o exercício de funções de
presidente do tribunal e de magistrado do Ministério Público coordenador previsto nos
artigos 97.º e 102.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, que estabelece as normas de
enquadramento e de organização do sistema judiciário, determinado pelo Despacho n.º
2724/2017, de 10 de março, de Sua Excelência a Ministra da Justiça.
7.2.4.2. Apoio geral
No período em referência, foi prestada assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento de
outras competências do Departamento de Apoio Geral, designadamente em matéria de
contratação pública e de recursos humanos. Referem-se, seguidamente, os principais trabalhos
desenvolvidos.
a) 2.1. Contratação pública
Designação para os júris dos procedimentos de formação do contrato de fornecimento de
eletricidade e do contrato de aquisição de serviço de outsourcing de impressão.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 93
b) 2.2. Recursos humanos
b.1) Informações e pareceres
Foi prestada assessoria jurídica através da emissão de informações, pareceres e projetos de
despacho, em todos os processos e estudos em que essa assessoria foi solicitada,
designadamente no âmbito do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na
Administração Pública (SIADAP), estabelecido pela Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro
(comissão de avaliação do desempenho e comissão paritária).
b.2) Recrutamento e seleção
Foram assegurados os trabalhos inerentes ao procedimento concursal comum para o
preenchimento de dois postos de trabalho na categoria de assistente técnico da carreira geral de
assistente técnico, incluindo a integração do júri designado, aberto pelo Aviso n.º 4826/2017,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2017, e aos procedimentos a
observar na avaliação do período experimental, incluindo a integração dos respetivos júris.
Foi, ainda, prestado apoio jurídico e administrativo nos procedimentos de seleção para
recrutamento de docentes abertos pelos Avisos n.º 12645/2017, de 23 de outubro, e n.º 5090/2018,
de 17 de abril.
b.3) Regulamentação interna
Procedeu-se à alteração do Regulamento do Fundo de Maneio.
b.4). Informação legal, Internet e Intranet
Procedeu-se à divulgação, junto das unidades orgânicas/trabalhadores competentes, das
novidades legislativas e jurisprudenciais, com direta influência no desenvolvimento da atividade
do Centro de Estudos Judiciários. Promoveu-se, ainda, a atualização da área «Documentos de
Publicitação Legal» da página eletrónica do Centro de Estudos Judiciários, bem como da área
«Legislação» da Intranet, disponibilizando-se, designadamente, versões atualizadas de diplomas
legais com relevância no desenvolvimento da atividade deste Centro.
7.3. Outras atividades
No ano de atividades 2017/2018 foram, ainda, desenvolvidas outras atividades das quais se
destacam:
▪ Resposta a vários Questionários\Inquéritos, nomeadamente de satisfação de entidades
públicas e privadas designadamente da Secretaria-Geral do Ministério da Justiça e
empresas prestadoras de serviços ao CEJ.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 94
▪ Reporte trimestral e anual das ações e valores despendidos em publicidade institucional,
na Plataforma eletrónica sobe Publicidade Institucional do Estado.
▪ Foram elaboradas inúmeras propostas, informações e pareceres, sobre assuntos
transversais a todas as unidades orgânicas, tendo em vista decisão superior.
▪ Foram elaborados e remetidos, a diferentes entidades, inúmeros ofícios relativos a todas
as áreas funcionais do CEJ;
▪ Foi elaborado e enviado à Secretaria-Geral do Ministério da Justiça o Balanço Social
Consolidado, com base no Balanço Social oportunamente remetido pelo GAEJ.
▪ Foi preparada informação diversa, sobre execução orçamental, recursos humanos e
compras públicas e remetida às diferentes entidades, designadamente o Instituto de
Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a Direção-Geral do Orçamento, a Secretaria
- Geral do MJ e a Direção-Geral do Emprego e da Administração Pública.
▪ Foram secretariadas todas as reuniões dos Conselhos Geral e Pedagógico e elaboradas as
respetivas atas.
7.4. Divisão de Informática e Multimédia
A Divisão de Informática e Multimédia (DIM) é constituída por seis elementos, o chefe de divisão
e cinco elementos da área de informática e multimédia.
De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e implementadas,
ao longo do ano de atividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos sistemas
informáticos, de multimédia e de telecomunicações e a sua adequação às necessidades do CEJ.
Dispomos de um serviço interno de apoio a utilizadores (helpdesk) que no período em apreço
recebeu 1045 pedidos. Estes pedidos são solicitados pelas várias unidades orgânicas, que incluem
intervenções nas áreas de software, hardware, rede estruturada e wifi,
e-learning e multimédia.
7.4.1. Informática
Ao longo do período em análise salientam-se diversas tarefas realizadas pela DIM na área do
hardware e software, nomeadamente:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 95
▪ Acompanhamento e resolução de problemas existentes na rede física estruturada e na
rede sem fios nos edifícios, principal e da direção;
▪ Suporte, administração e backup das aplicações em funcionamento no CEJ, em particular
da aplicação em funcionamento na biblioteca, Bibliosoft e da aplicação de controlo de
assiduidade, PI;
▪ Manutenção da base de dados entidades, que permitiu a consolidação das bases de dados
de entidades, existentes em cada unidade orgânica. Esta aplicação permite o acesso e
atualização dos dados de forma centralizada;
▪ Desenvolvimento de dois novos módulos na aplicação que gere o concurso de ingresso no
CEJ e o percurso académico de auditores no CEJ durante o 1.ºciclo;
▪ Desenvolvimento de módulo aplicacional para junção de documentos e posterior envio da
Declaração Mensal de Remunerações;
▪ Manutenção e atualização de bases de dados e aplicações de desenvolvimento interno;
▪ Manutenção e atualização do sítio de internet, resultando numa frequente
disponibilização na internet de toda a informação relativa às atividades das unidades
orgânicas do CEJ;
▪ Manutenção da intranet e atualização dos conteúdos da responsabilidade da DIM;
▪ Início do processo de migração dos documentos existentes em pastas partilhadas para
uma intranet do CEJ desenvolvida pelo IGFEJ em software SharePoint;
▪ Apoio no concurso de ingresso para o 34.º curso de formação de magistrados para os
tribunais judiciais e 5.º curso de formação de magistrados para os tribunais administrativos
e fiscais;
▪ Preparação dos cento e vinte e seis portáteis pertencentes aos auditores que integram o
33º. Curso de formação para magistrados;
▪ Acompanhamento do processo de impressão e cópia no CEJ, permitindo deste modo
rentabilizar os equipamentos existentes e recomendar equipamentos a adquirir, assim
como respetivos consumíveis;
▪ Realização do concurso para contração de cinco equipamentos de impressão e cópia em
regime de outsourcing pelo período de 36 meses;
▪ Configuração dos novos equipamentos de impressão e sua disponibilização na rede.
No período em análise o sítio de internet teve um total de 349 918 sessões. A percentagem
referente a utilizadores portugueses é de 95,23 e o seu tempo médio por sessão de 4 minutos e
48 segundos, como se pode visualizar na tabela seguinte.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 96
País Nº Sessões Duração
média
Segundo os indicadores de disponibilidade do sítio de internet, o número de utilizadores foi de
134278, obtendo o seu pico máximo no mês de março, como se pode observar no gráfico
seguinte.
9103
8967 8751
10758
15767
12782
16396
11361
11518
9566
12338
6971
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18
Nº de Utilizadores
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 97
7.4.2. Multimédia
Nesta área a DIM continuou a prestar serviço regular de apoio às sessões da formação inicial e
ações da formação contínua, bem como o acompanhamento e apoio a outros eventos
promovidos pelo CEJ. Destacam-se a realização de algumas tarefas essenciais:
▪ Filmagem, edição e pós-produção em formato digital de várias ações do plano de
formação contínua, nas suas várias tipologias: conferências, seminários, colóquios,
workshops, cursos de especialização e cursos on-line, e sua disponibilização no sítio de
e-learning (consultar gráfico “Vídeos produzidos por mês”);
▪ Com a colaboração da DIM foram emitidas por videoconferência, canal CEJ ou através da
Justiça TV as ações de formação a distância previstas no plano de formação contínua do
ano 2017/2018;
▪ Apoio na produção de e-books de suporte às ações de formação para as áreas Civil,
Família, Trabalho, Penal, Administrativo e Fiscal e outras;
▪ Serviço regular de apoio audiovisual às aulas da formação inicial e formação contínua,
bem como o acompanhamento e apoio a outros eventos promovidos pelo CEJ, de acordo
com protocolos institucionais, através da disponibilização de videoprojectores e
equipamentos de audiovisual;
▪ Participação na produção de publicações físicas do CEJ (Revista e Prontuário);
▪ Elaboração de documentos específicos (avaliação, cálculo, formulários) em diversas
aplicações (Acrobat, Excel e Google Docs) para apoio a formação presencial e a distância;
▪ Criação na plataforma de e-learning de diversos cursos correspondentes às ações de
formação do plano de formação contínua do ano 2017/2018;
▪ Criação na plataforma de e-learning das áreas para apoio à formação do 33.º curso de
formação de magistrados para os Tribunais Judiciais.
No gráfico da página seguinte pudemos consultar o número de acessos mensal à plataforma de
e-learning realizado por utilizadores registados.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2017.2018 98
No período em análise foram produzidos 950 vídeos. No gráfico junto visualizamos o número de
vídeos produzidos mensalmente.
set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18
44 678
58 605 55 730
47 036
67 294
57 243
47 820 50 052
28 299
44 255
4 179 657
set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18
46
11
34
73
117
69
168
103 95
71
163
0
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