View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Uma história marcadapor desafios, trabalho
e conquistas
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 1Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 1 10/09/2013 08:43:5910/09/2013 08:43:59
2
Galeria de ex-diretores executivos
Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de SáProf. Dr. Marcos Felipe Silva de Sámandato: 04/11/88 a 03/11/92
Prof. Dr.Ayrton Custódio Moreiramandato: 04/11/92 a 03/11/96
Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel1ºmandato: 04/11/96 a 01/11/002ºmandato: 4/11/00 a 26/03/03
Prof. Dr. Milton César Fossmandato: 27/03/03 a 09/11/05
Prof. Dr. Jair Lício Ferreira Santosmandato: 10/11/05 a 16/04/09
aaleria de ex-diretores executivosG
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 2Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 2 10/09/2013 08:43:5910/09/2013 08:43:59
3
Apresentaçãopresentação
CONSELHO CONSULTIVO DAFAEPA
PRESIDENTE DORIVAL LUIZ BALBINO DE SOUZA
VICE-PRESIDENTE DR.AFONSO REIS DUARTE
SR. RONALDO DIAS CAPELI - DIRETOR DO DRS XIII
DR. DOMINGOSASSAD STOCCO – PRESIDENTE DAOAB
DR. CÍCERO GOMES DASILVA- PRESIDENTE DACÂMARAMUNICIPAL
PROF. DR. MARCOS FELIPE SILVADE SÁ
PROF. DR. BENEDITO CARLOS MACIEL
PROF. DR. MILTON CÉSAR FOSS
PROF. DR. JAIR LÍCIO FERREIRASANTOS
PROF. DR. JOSÉANTUNES RODRIGUES
PROF. DR. JOSÉ EDUARDO DUTRADE OLIVEIRA
SR. MARCOS CESÁRIO FRATESCHI
DR. RUY SALGADO RIBEIRO
SRª MARIANAAUDE JÁBALI
TEN. CEL. PEDRO LUIZ PEGORARO
SR. JOSÉ CARLOS CARVALHO
SR. MAURÍLIO BIAGI FILHO
PROF. DR. SANDRO SCARPELINI – Diretor Executivo da FAEPA
MEMBROS CONVIDADOS
PROF. DR. GERALDO DUARTE – Diretor Científico da FAEPA
SRª SILVANAPISCHIOTTIN PERONI – Coordenadora Téc.Adm. da FAEPA
PROF. DR. CARLOS GILBERTO CARLOTTI JÚNIOR – Diretor da FMRP-USP
ExpedienteEsta revista é uma publicaçãocomemorativa em alusão ao 25º
aniversário da Fundação deApoio
ao Ensino, Pesquisa eAssistência do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (FAEPA)Endereço: Rua Galileu Galilei, 18001º e 2º andaresRibeirão Preto - SPFone: (16) 3505-8100Site: www.faepa.brCoordenação Editorial
Célia Bíscaro, Dr. Geraldo Duarte, Dr.Sandro Scarpelini e Silvana PischiottinPeroni.Jornalista Responsável
Ana Cândida Tofeti – MTb 25.921Textos e edição
Outras Palavras ComunicaçãoEmpresarialFone: (16) 3931-1313www.outras.com.brColaboração: Lucas Lourenço - MTb50.318Projeto Gráfico/Diagramação
Jaque dos SantosFotos:Arquivo FAEPAImpressão
São Francisco Gráfica e EditoraTiragem: 200 exemplares
pppresentaçãoA
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 3Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 3 10/09/2013 08:44:0610/09/2013 08:44:06
4
CONSELHO DE CURADORES E DEADMINISTRAÇÃO DAFAEPA
PRESIDENTE Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior
VICE-PRESIDENTE Prof. Dr. Hélio César Salgado
DIR. EXECUTIVO FAEPA Prof. Dr. Sandro Scarpelini
TITULARES
Prof. Dr.AfonsoDinis Costa Passos
Sr.AntonioMarcosDomingos
Prof. Dr. BenedictoOscar Colli
Sr. Carlos Roberto de Castro
Prof. Dr. CláudioHenrique Barbieri
Prof. Dr. GeraldoDuarte
Prof. Dr. Jaime EduardoCecílio Hallak
Prof. Dr. Luiz Ernesto deAlmeidaTroncon
Prof. Dr. LuizGonzagaTone
Prof. Dr.Marcos Felipe Silva de Sá
SrªMarianaAude Jábali
Prof. Dr. OsvaldoMassaiti Takayanagui
Profª Drª SilvanaMartinsMishima
Profª DrªWilmaTerezinhaAnselmoLima
Sr. GuilhermeAugusto SouzaAlcântara (Aluno FMRP-USP)
SUPLENTES
SrªAna Flávia Nonato de Souza
Sr.André BrandolimBartholomeu
Prof. Dr.AfonsoDinis Costa Passos
Prof. Dr.Amaury Lelis Dal Fabbro
Prof. Dr. Carlos Eli Piccinato
Profª Drª Claudia Ferreira da Rosa Sobreira
Prof. Dr. EdsonGarcia Soares
Prof. Dr. Francisco José CandidoReis
Prof. Dr. EduardoMagalhães Rego
Prof. Dr. JurandyrMoreira deAndrade
Prof. Dr. Pedro Fredemir Palha
Dr. Rui SalgadoRibeiro
Prof. Dr. SilvioTucci Júnior
Sr. StéfanoMalaguti Ferreira (Aluno FMRP-USP)
Prof. Dr.WilsonMarques Júnior
MEMBRO CONVIDADO
Srª Silvana Pischiottin Peroni (Coord. TécnicaAdm. FAEPA)
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 4Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 4 10/09/2013 08:44:0710/09/2013 08:44:07
5
DestaqueseestaquesDTransparência e compromissoFAEPAemNúmeros (2012)Número de empregados 2.789
Origem das receitas
Serviçosmédico-hospitalares - SUS R$ 228.733.637 80,10%
Programas especiais - financiamento público R$ 12.683.704 4,44%
Serviçosmédico-hospitalares - particular e convenios R$ 23.766.542 8,32%
Projetos de pesquisa - financiamento privado R$ 3.420.002 1,20%
Prestação de serviços, locações e outras R$ 16.953.736 5,94%
Total R$ 285.557.621 100,00%
Destinação das despesas
Pessoal e benefícios R$ 158.187.071 58,13%
Consumo R$ 58.426.827 21,47%
Demais depesas operacionais R$ 49.404.902 18,16%
Investimentos: bens e obras R$ 6.093.527 2,24%
Total R$ 272.112.327 100,00%
Responsabilidade Social
A FAEPA mantém apoio a entidades
de assistência social que se aliam a
órgãos públicos com o objetivo de
garantir a saúde, além da integração à
família e à comunidade de pessoas em
situação de vulnerabilidade social. Ao
longo destes 25 anos, várias foram as
instituições e projetos beneficiados.
Em 2012 a Fundação apoiou as
seguintes entidades: Liga de Assistência
aos Pacientes do HCFMRP-USP (LAP),
Centro Renovado Cristão (Crecei)
Missão HIVida, Lar Francisco de Assis –
Casa de Apoio ao Acamado (Hospital de
Retaguarda), e Associação de Apoio ao
Psicótico.
A FAEPA ainda realiza e
participa de campanhas preventivas
que visam melhorar a qualidade de
vida da comunidade como: doação de
sangue, Dia Mundial Sem Tabaco, Dia
Nacional de Luta Contra Queimaduras,
Campanha Coluna Frágil e Campanha
Contra o Câncer de Pele.
Órgãos de controle
Curadoria de Fundações do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo, Ministério da Justiça, Conselho Municipal de Assistência Social,
Conselho Nacional de Assistência Social, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo, Secretaria
Municipal de Saúde e Auditoria Externa Independente
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 5Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 5 10/09/2013 08:44:0710/09/2013 08:44:07
6
HistóriaisistóriaH
Fundação deApoio ao Ensino,
Pesquisa eAssistência doHos-
pital das Clínicas da Faculdade
deMedicina deRibeirão Preto
daUniversidade de São Paulo
(FAEPA) iniciou suas atividades em 1988.
O objetivo inicial da Fundação era auxiliar
oHospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina deRibeirão Preto daUniversidade
de São Paulo (HCFMRP-USP) nos processos
de gerenciamento, agilizando o atendimento
às demandas crescentes, fundamentais para o
desenvolvimento e a qualidade dos trabalhos
da Instituição hospitalar.
De acordo comoProf. Dr.Marcos
Felipe Silva de Sá, atual Superintendente
doHCFMRP-USPe o primeiroDiretor
Executivo da FAEPA, a Fundação teve como
modelo a Fundação Zerbini, do Incor de
São Paulo. Uma equipe de professores que
atuava emRibeirão Preto visitou a Funda-
ção Zerbini para conhecer os parâmetros de
convênio estabelecido entre aquela Fundação
e oGoverno do Estado de São Paulo. “Isto
aconteceu emummomento de confluência
de várias situações quemotivavam a criação
de umnovo formato de gestão naUSP, com
a reforma estatutária, que se concretizou em
1988 noHCFMRP-USPcom a implantação
do SUS, que também iniciou em1988”,
explica.
“OHCFMRP-USPera totalmente
financiado peloGoverno do Estado, uma
Autarquia Estadual. Com a criação do SUS, o
Governo Federal passou a efetuar o paga-
mento por serviços prestados pelos hospitais,
complementando seus orçamentos”, afirma
Silva de Sá. Esta foi a grandemotivação
para a criação da FAEPA, pois a pretensão
era que ela pudesse fazer a gestão destes
recursos provenientes doGoverno Federal.
“Queríamos a garantia de que estes recursos
viessem realmente para oHCFMRP-USPe
não se perdessem na burocracia doGoverno
Estadual e tivessem outro destino. Eviden-
temente que para tal haveria a necessidade
de anuência doGoverno do Estado de São
Paulo, o que ocorreu em1993, quando se
estabeleceu um convênio de cooperação entre
oHCFMRP/ FAEPAassinado pelo então
GovernadorAntônio Fleury Filho”, esclare-
AUm sonho realizado
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 6Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 6 10/09/2013 08:44:0810/09/2013 08:44:08
7
ce. Este convênio é renovado a cada cinco
anos e possibilitou à Fundação gerenciar o
faturamento dos serviçosmédico-hospitalares
prestados no âmbito doHCFMRP-USP. Ele
tem permitido a adoção de novosmecanis-
mos gerenciais comvistas ao aprimoramento
dos serviços doHCFMRP-USP. “Os recursos
doGoverno Federal passaram a ser repassa-
dos diretamente para a FAEPA, garantindo a
liberação da verba demaneiramais ágil e a
destinação integral aoHospital”, completa.
O Superintendente lembra que todo este
processo sofreu resistências internas por parte
de alguns funcionários, docentes e alunos que
eram contrários à ideia. “Estávamos acaban-
do de sair da ditadura e, por uma questão
ideológica, acredito que havia preconceito
contra estemodelo de gestão de parceria entre
Nos primeiros meses de
atividades, fisicamente a
Faepa se resumia a uma
escrivaninha dentro da
minha sala como docente
“
”Prof. Dr.Marcos Felipe
Silva de Sá
Fatos quemarcaram os 25 anos daFAEPA
1988Início dasatividades
1993Convênio de Cooperaçãocom oHCFMRP-USPe
como SUS
2008ConvênioHERibeirão
2010Início da gestão
HEAB
2009ConvênioCRSMRP-Mater
2011/2012Mudança para novasede no edifícioGalileuOffice
2011Qualificação comoOrganização Social
1991Reconhecimento deUtilidade Pública pelo
Município
1998Reconhecimento deUtilidade Públicapelo Estado
1999Reconhecimento deUtilidade Pública pela
Federação
2000Convênio com aPrefeituraMunicipal de Ribeirão Pretoe aFMRP-USP: Programa
Saúde daFamília
o público e o privado.Vejo que nos dias de
hoje,mesmo os grandes opositores da ideia
já a aceitammuito bem. Estemodelo de
parceria permeia todos os níveis de governo,
municipais, estaduais e federal”, opina o
Superintendente.
De 1988 até este convênio ser forma-
lizado, em 1993, a Fundaçãomanteve-se,
exclusivamente, comos recursos obtidos dos
atendimentos prestados naClínicaCivil. “Nos
primeirosmeses de atividades, fisicamente
a FAEPAse resumia a uma escrivaninha em
minha sala de docente. Posteriormente, con-
seguimos, pormeio do Superintendente do
HCFMRP-USP, Prof.Antonio Carlos Pereira
Martins, um espaço no subsolo, onde funcio-
nou até recentemente”, lembra o professor.
Hoje, a FAEPAtem sob sua responsabilidade
a gestão de várias unidades hospitalares em
parceria comoGoverno do Estado de São
Paulo, unidades de atenção básica em parce-
ria com a PrefeituraMunicipal de Ribeirão
Preto e diversos convênios comoMinistério
da Saúde para gestão de programas específi-
cos daquela pasta Federal.
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 7Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 7 10/09/2013 08:44:0910/09/2013 08:44:09
8
Hospital das Clínicasosospital das ClínicasH
HCFMRP-USP iniciou suas
atividades em junho de 1956, no
prédio onde atualmente funcio-
na a Unidade de Emergência.
Em pouco tempo, as crescentes demandas
assistenciais levaram à construção de uma
sede própria, que foi inaugurada em 1978,
ao lado da Faculdade deMedicina de Ri-
beirão Preto da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP), no Campus Universitário
MonteAlegre.
Atualmente é umHospital de grande
porte, de alta complexidade, constituindo-se
referência terciária para a região nordeste do
Estado de São Paulo, composta por cerca de
3,3 milhões de habitantes. O HCFMRP-USP
tem como atividades principais proporcio-
nar assistência médico-hospitalar e servir
de campo de ensino e de pesquisa na área
da saúde. Para isso, conta com três prédios,
sendo que duas unidades estão no Cam-
pus Universitário – HC-Campus e Centro
Regional de Hemoterapia e a terceira na área
central da cidade - Unidade de Emergência.
O HCFMRP-USPproporciona atenção
à saúde para o tratamento de alta comple-
xidade em nível ambulatorial e hospitalar,
que compreende cuidados de prevenção,
tratamento e reabilitação, de natureza clíni-
OReferência internacional em atenção à saúde
HCFMRP-USPÉREFERÊNCIANOATENDIMENTOTERCIÁRIONONORDESTEDOESTADODESÃOPAULO
ca ou cirúrgica, serviços complementares
de diagnóstico e tratamento em diversas es-
pecialidades médicas. O Hospital também
desenvolve atividades voltadas à atenção e
promoção da saúde e à qualidade de vida.
Dentre elas pode-se destacar: Projeto Beira
de Leito, Centro de Medicina Genômica,
Protocolo de Cirurgia Segura, Semana de
Alerta sobre a Síndrome Fetal do Álcool,
Mutirão de Consultas de 1ª vez da Pneu-
mologia, entre outras.
Devido ao comprometimento de todos
os profissionais nas práticas de gestão e
valores institucionais, o Hospital é certifica-
do com o Selo da Qualidade CQH e possui
vários outros prêmios e certificações.Além
disso, é reconhecido pelos dirigentes públi-
cos da Saúde como instituição de referência
em atenção à saúde de nível terciário, com
serviços de reconhecida excelência para a
promoção da assistência médica ao SUS.
“OHCFMRP-USP representa
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 8Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 8 10/09/2013 08:44:1010/09/2013 08:44:10
9
HCFMRP-USPem números (2012)
Inauguração: junho de 1956Área Construída (campus eUE):
132.038 m²Número de leitos: 873
Média de cirurgias e partos/mês:2.772Média de internações/mês:2.962Média de consultas/mês:53.285
aproximadamente 64% dos leitos instala-
dos emRibeirão Preto para o SUS, além
de atendimento ambulatorial nas diversas
especialidades médicas, bem como serviços
complementares de diagnóstico e tratamen-
to.AUnidade de Emergência também é de
fundamental importância nos atendimentos
às urgências, para onde são encaminhados
os pacientes politraumatizados e clínicos
em estado grave. Posso afirmar que, sem
dúvidas, o HC é o grande parceiro do
Departamento Regional de Saúde-DRS
XIII, da Rede Regional deAtenção à Saúde-
-RRAS 13 e da Secretaria de Estado da
Saúde” afirma Ronaldo Dias Capeli, Diretor
da DRS-XIII.
Pioneirismo na regulação
Como forma de organizar o fluxo de
pacientes entre Hospital e região, foi desen-
volvido, internamente, um sistema informa-
tizado de gestão da agenda de consultas ele-
tivas, colocado à disposição da Regional de
Saúde e das secretarias municipais de saúde
da região de abrangência do Hospital das
Clínicas, com funcionalidades que permi-
tem ao gestor o conhecimento da demanda
e do perfil epidemiológico dos pacientes,
com possibilidade de priorizar os enca-
minhamentos de acordo com os critérios
estabelecidos. “Este sistema foi pioneiro no
Estado de São Paulo, está em funcionamen-
to desde 2000, com versões periodicamente
atualizadas. O sistema também funciona nos
mesmos moldes para os atendimentos de
urgência e emergências”, explica o Prof. Dr.
Marcos Felipe Silva de Sá, Superintendente
do HCFMRP-USP.
Ensino e Pesquisa
OHCFMRP-USP é campo de ensino
para os alunos dos cursos deMedicina, En-
fermagem, Terapia Ocupacional, Fisiotera-
pia, Nutrição, Fonoaudiologia e Informática
Biomédica da USPde Ribeirão Preto. Em
2012, ofereceu 659 vagas de residência
médica em 44 programas, 11 vagas de
residência multiprofissional, 85 vagas de
aprimoramento em 24 programas de áreas
não médicas, além de cursos de especiali-
zação.
Mantém desde 2011 o Núcleo de
Telessaúde (Nutes), por meio do qual o
Hospital passou a integrar a rede Universi-
tária de Telemedicina, projeto doMinistério
da Ciência e Tecnologia, que tem como
principal objetivo a formação profissional a
distância; e também a UniversidadeAberta
do SUS – UNASUS, que é um programa
doMinistério da Saúde com a finalidade
de capacitação e educação permanente dos
profissionais do SUS por meio de cursos à
distância.
Integrado desde 2006 à Rede Nacio-
nal de Pesquisa Clínica, o HCFMRP-USP
implantou em 2007, a Unidade de Pesquisa
Clínica (UPC). Em 2012, foram submeti-
dos ao Comitê de Ética em Pesquisa, 1270
projetos. Participa, ainda, da Rede Brasileira
deAvaliação de Tecnologias em Saúde (Re-
brats) e dispõe de umNúcleo deAvaliação
de Tecnologia em Saúde (Nats).
O HC representa
aproximadamente 64% dos
leitos instalados em Ribeirão
Preto para o SUS
“
”RonaldoDias Capeli
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 9Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 9 10/09/2013 08:44:1110/09/2013 08:44:11
10
HERibeirãoEERibeirãoH
ituado no fim daAvenida
Independência, próximo
ao residencial João Rossi,
o Hospital Estadual de Ri-
beirão Preto “Professor Doutor Carlos
Eduardo Martinelli” (HERibeirão) é
referência no atendimento de média
complexidade na região. Nove especia-
lidades realizam cirurgias em esquema
ambulatorial e pacientes portadores de
casos de urgência clínica de médica
complexidade são internados na Uni-
dade. Desde 2008, a gestão é exercida
pela FAEPA, do HCFMRP-USP.
São 5,3 mil m² de construção, com
50 leitos de enfermaria, dois de isola-
mento de contato, quatro salas de cirur-
gia, dois leitos para indução anestésica,
seis leitos de recuperação, uma sala de
exames de Raios-X, uma de ultrassom,
três salas de exames endoscópicos, sala
de observação médica, dez consultórios
ambulatoriais, duas salas de pré-con-
sulta, uma de pós-consulta e dois leitos
de observação.
Há ainda o Centro Integrado de
Reabilitação (CIR), com atendimentos
também de média complexidade em
fonoaudiologia, fisioterapia e terapia
SHospital Estadual de Ribeirão Preto
HERIBEIRÃOÉESPECIALIZADONOATENDIMENTODEMÉDIACOMPLEXIDADE
ocupacional, somando 16 consultórios,
além de salas de exames e de oficinas
de atividades. Só no ano passado, cerca
de 6 mil exames foram realizados no
local.
Esta estrutura foi criada para
atender a demanda de 26 municípios
do DRS-XIII, em especial dez deles
que não possuem hospitais: Barrinha,
Brodowski, Cássia dos Coqueiros,
Dumont, Guatapará, Luiz Antônio,
Pradópolis, Santa Cruz da Esperança,
Santo Antonio daAlegria e Serra Azul.
Também são atendidos pacientes
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 10Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 10 10/09/2013 08:44:1210/09/2013 08:44:12
11
HERibeirãoem números (2012)
Inauguração: 2008Área Construída:5,3 mil m²
Número de leitos: 50Média de cirurgias ambulatorias/mês:369
Média de internações/mês:153Média de consultas/mês:5.542
de municípios que possuem hospital,
porém sem a estrutura do HERibeirão,
municípios com capacidade hospitalar
esgotada, além de pacientes advindos
do HCFMRP-USP (Campus e Unidade
de Emergência), que precisem de cirur-
gias de complexidade média.
Aliás, ter um hospital que supre
a demanda por média complexidade,
além dos benefícios óbvios à popu-
lação, faz com que o HERibeirão
desafogue atendimentos antes direcio-
nados, exclusivamente, ao Hospital das
Clínicas.
Outra função de extrema importân-
cia do HERibeirão é sua disponibilida-
de para atividades de ensino, pesquisa
e extensão ligadas à FMRP-USP, ao
HCFRMP-USP e à Escola de Enferma-
gem - USP. Desde o começo de 2013,
por exemplo, o ensino de cirurgia para
o último ano de internato dos alunos da
HCFMRP-USP foi totalmente transfe-
rido do HCFMRP-USP para o HERibei-
rão e para o Hospital Estadual Américo
Brasiliense. Para se ter ideia da impor-
tância do HERibeirão para o ensino, só
em Cirurgia Geral, cada um dos cirurgi-
ões residentes realizou, sob supervisão,
em média 100 intervenções de pequeno
e médio porte por mês em 2012.
Diversos projetos de humaniza-
ção do atendimento, além de outros
projetos sociais com a comunidade,
fizeram com que este Hospital fosse
reconhecido, em 2010, pelos usuários
do SUS, como o melhor hospital entre
os 623 que atendem a rede pública de
saúde no Estado de São Paulo. No ano
de 2011, o hospital voltou a ser con-
siderado um dos melhores do Estado,
recebendo o prêmio em quarto lugar.
HERibeirão foi
reconhecido em 2010 pelos
usuários do SUS como
melhor hospital entre os
623 que atendem a rede
pública em São Paulo
“
”
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 11Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 11 10/09/2013 08:44:1410/09/2013 08:44:14
12
naugurada em 8 demarço de 1998,
pela FundaçãoMaternidade Sinhá
Junqueira, aMater -Maternida-
de doComplexoAeroporto, foi
transformada emCentro de Referência da
Saúde daMulher de Ribeirão Preto -Mater
(CRSMRP-Mater) emmarço de 2009. Para
a expansão das atividades foi estabelecido
um convênio entre oGoverno Estadual e
oHCFMRP-USPcom interveniência da
FAEPA. Localizado em uma região perifé-
rica de Ribeirão Preto, com grande concen-
tração populacional e em crescimento, o
CRSMRP-Mater é referência para atenção à
saúde dasmulheres de Ribeirão Preto e dos
26municípios doDRSXIII, abrangendo
uma população estimada em 1,2milhão de
habitantes, com o compromisso de atender
exclusivamente pacientes do SUS.
Instalada em 2.500m2 de área cons-
truída, CRSMRP-Mater oferece 40 leitos,
sendo 34 para assistência obstétrica, quatro
para clínica cirúrgica ginecológica e dois para
cirurgia ginecológica regime de hospital-dia.
AInstituição conta, ainda, com cinco salas
cirúrgicas, sete leitos pré-parto, dois leitos
de recuperação, cinco leitos pediátricos de
Unidade de Cuidados Intermediários (UCI)
e quatro leitos de observação no pronto
ICentro de Referência da Saúde da Mulher
CRSMRP-MATERATENDEEXCLUSIVAMENTEPACIENTESDOSUS
atendimento.
Além do importante papel assis-
tencial, o CRSMRP-Mater também se
destaca como centro de formação de pro-
fissionais nas áreas de medicina e enfer-
magem, pois funciona como cenário para
desenvolvimento de programas de ensino
e pesquisa materno-infantil e ginecoló-
gica, envolvendo os Departamentos de
Ginecologia e Obstetrícia e de Puericul-
tura e Pediatria, da FMRP-USP além
do Departamento Materno-Infantil da
CCRSMRP-MaterRSMRP-Mater
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 12Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 12 10/09/2013 08:44:1410/09/2013 08:44:14
13
Escola de Enfermagem de Ribeirão Pre-
to - USP. O Hospital sempre teve como
foco a humanização da assistência ao
pré-natal, parto e puerpério (pós-parto)
e as práticas de incentivo ao aleitamento
materno.
O CRSMRP-Mater também
participa ativamente de projetos sociais
com o intuito de orientar e informar
as mulheres, realizando cursos para
gestantes, com especial atenção às
gestantes adolescentes e puérperas, nos
quais são desenvolvidos temas como:
benefícios da amamentação, nutrição,
planejamento familiar e cuidados com
o recém-nascido e a mãe. “Ao longo
de oito anos coordenando as atividades
deste Centro, tive a oportunidade de
participar efetivamente da transforma-
ção da CRSMRP-Mater em um Centro
de Referência para assistência à saúde
da mulher em Ribeirão Preto e região.
Tenho absoluta certeza que o principal
fator deste crescimento foi o compro-
misso e a seriedade das equipes atuantes
no CRSMRP-Mater. Somos reconheci-
dos pela qualidade da assistência presta-
da à população feminina e suas famílias,
destacando-se a humanização à efetivi-
dade, a resolubilidade e a segurança”,
afirma a Profª Drª Silvana Quintana,
diretora geral do CRSMRP-Mater.
PrêmiosPelo seu engajamento e dedicação aos
cuidados à saúde das mulheres, o CRSMRP-
-Mater já recebeu prêmios importantes.
Entre os principais estão: Prêmio Qualidade
Hospitalar, concedido pelo Ministério da Saú-
de para as instituições que receberam as me-
lhores notas na avaliação sobre a qualidade
da prestação de serviços na área hospitalar do
SUS. Recebeu também menção honrosa do
Prêmio GalbaAraújo, para hospitais que pra-
ticam e incentivam o parto humanizado. Foi
o primeiro hospital de Ribeirão Preto e região
a receber do Ministério da Saúde, o título de
Iniciativa HospitalAmigo da Criança, pelas
práticas de incentivo ao aleitamento materno,
sendo o segundo do País a ser aprovado na
primeira visita da equipe de avaliadores.
CRSMRP-Materem números (2012)
Inauguração:
8 de marçode 1998
Início GestãoSES / HCFMRP-USP/ FAEPA:
01/03/2009Área Construída:2,5 mil m2
Número de leitos:49Média de partos por mês:260
Média de internações por mês:365Média de consultas por mês:850
Média de exames externos por mês:200
Tenho absoluta certeza
que o principal fator
deste crescimento foi o
compromisso e seriedade
das equipes atuantes,
“
”Prof. Drª SilvanaQuintana
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 13Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 13 10/09/2013 08:44:1610/09/2013 08:44:16
14
HEABEEABH
mérico Brasilense, cidade da
região de Araraquara com pou-
co mais de 34 mil habitantes,
abriga uma das mais respei-
tadas unidades hospitalares do Estado.
Trata-se do Hospital Estadual Américo
Brasiliense (HEAB), desde agosto de 2010
sob gestão da FAEPA, do HCFMRP-USP.
Com 54 mil m² de área construída em
meio a uma extensa área verde, o HEAB
atende 24 municípios do Departamento
Regional de Saúde III, além de demandas
pontuais de outras regiões. Ao todo, o raio
de ação da unidade é de quase 1 milhão de
habitantes, que se dirigem ao hospital para
tratamentos de média complexidade.
São dez leitos de Unidade de Terapia
Intensiva, oito leitos de semi-intensiva, 34
de cirurgia, e 52 leitos de clínicas, totali-
zando 104 leitos. Além destes, o hospital
possui quatro leitos para atendimento
inicial na Sala de Estabilização Clínica, um
destes em ambiente de isolamento, e três
salas cirúrgicas. Ao todo, são 29 especia-
lidades clínicas e cirúrgicas, entre elas a
cardiologia, dermatologia, reumatologia,
endocrinologia, geriatria, infectologia,
nefrologia, neurologia, pneumologia,
radiologia, cirurgia geral, cirurgia vascular,
AHospital EstadualAmérico Brasiliense
HEAB É REFERÊNCIAPARATRATAMENTOS DE MÉDIACOMPLEXIDADE NO INTERIOR DE SÃO PAULO
cirurgia torácica, urologia e a ginecologia.
Outra prática do HEAB é a humani-
zação das abordagens em saúde. Para isso,
o hospital desenvolveu a Comissão de
Humanização, composta por representan-
tes de várias categorias profissionais, exter-
nos e internos da unidade. Por tal cuidado,
no ano passado, o Secretário Estadual de
Saúde, Giovanni Guido Cerri, por meio
do Núcleo Técnico de Humanização da
Secretaria de Estado da Saúde, indicou o
HEAB como referência em práticas de
humanização nos hospitais paulistas.
Depois desta indicação, o HEAB
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 14Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 14 10/09/2013 08:44:1710/09/2013 08:44:17
15
HEABem números (2012)
Inauguração:julho de 2008Área Construída:54mil m²
Número de leitos: 104Média de cirurgias/mês:2.190
Média de internações/mês:4.240Média de consultas/mês:12.159
passou a participar do Projeto Humaniza
SES: Hospitais de Referência em Huma-
nização. O grupo é formado por outros
oito hospitais, que constantemente trocam
experiências entre si e estipulam práticas a
serem desenvolvidas na Política Estadual
de Humanização.
Alguns projetos acadêmicos de
grande porte são desenvolvidos no HEAB,
dentre eles a reabilitação inicial a pacientes
com acidente vascular cerebral e a unidade
de cuidados paliativos. Médicos residentes
do HCFMRP-USP de diversas especialida-
des atuam no hospital, tais como residentes
de cirurgia geral, vascular, urologia, gine-
cologia, geriatria, ortopedia, e medicina da
família. Há ainda espaço para estágio de
alunos da FMRP-USP do 4º ao 6º ano nas
clínicas de medicina social, pneumologia,
cuidados paliativos e cirurgia.
Qualidade
Em 2013, dentre os avanços do
HEAB, está a intensificação do Programa
de Acreditação em Qualidade Hospitalar,
lançado ano passado. O intuito é melhorar
os processos internos de trabalho, para ga-
rantir ainda mais a segurança de pacientes
e colaboradores, de acordo com a Orga-
nização Nacional de Acreditação (ONA)
- organização não-governamental que
visa promover a implantação de processos
permanentes de avaliação e certificação de
qualidade em serviços de saúde.
Ao prestar um serviço de qualidade
ao SUS, ao respeitar os seus trabalhadores
e pelo compromisso pleno com o cuida-
do integral e humanizado, o HEAB foi
reconhecido com o Prêmio de “Melhor
Hospital do Interior” e “2º Melhor do
Estado” de acordo com pesquisa realizada
pelo Governo do Estado ouvindo exclusi-
vamente os usuários do sistema.
“O HEAB foi
reconhecido com o
Prêmio de Melhor
Hospital do Interior e o 2º
melhor do Estado”
“
”
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 15Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 15 10/09/2013 08:44:1710/09/2013 08:44:17
16
P
USP, por meio da FMRP e
FAEPA, mantêm convênio
com a Prefeitura Municipal,
com interveniência da
Secretaria Municipal de Saúde, para
atuação em Núcleos de Saúde da
Família (NSF), modelos no Estado
na área da assistência primária.
Atualmente há dez equipes atuando na
região de abrangência do Distrito de
Saúde Oeste de Ribeirão Preto.
A FAEPA e a FMRP-USP
mantêm os docentes especialistas
que coordenam as equipes. São eles
os responsáveis pela supervisão e
formação de médicos residentes no
âmbito do Programa de Residência em
Medicina da Família e Comunidade,
o primeiro do Estado de São Paulo
desta natureza. Todos os anos, dez
novos médicos desta especialidade
são formados, mediante bolsas de
estudos concedidas pela Secretaria
do Estado da Saúde ou Ministério
da Saúde (MS), contribuindo assim
na multiplicação de profissionais
treinados para atender a expansão das
equipes no município e região.
As atividades dos NSFs em
AAtuação em Núcleos de Saúde da Família
Parceriasarcerias
NSFS:MARCONAMUDANÇADOPERFILASSISTENCIALEATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDE
Ribeirão Preto tiveram início em
1999, utilizando a infraestrutura
disponível no Centro de Saúde
Escola da FMRP-USP. A partir
da assinatura do convênio, em
2001, o funcionamento passou
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 16Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 16 10/09/2013 08:44:1810/09/2013 08:44:18
17
a ser integralmente nos moldes
preconizados pelo Ministério da
Saúde, com equipes compostas por
agentes comunitários, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e médicos
generalistas.
De acordo com o Prof. Dr.
Amaury Lelis Dal Fabbro, docente do
Departamento de Medicina Social e
um dos idealizadores do Programa, os
Núcleos são um marco na mudança
do perfil assistencial, na formação
de recursos humanos e na produção
de conhecimentos e tecnologias de
atenção primária à saúde, sendo hoje
o espaço de articulação das políticas
do Estado de São Paulo nas áreas da
saúde e educação. Exemplo disso
são as várias atividades realizadas
dentro do programa, como o Mestrado
em Saúde da Comunidade, do
Departamento de Medicina Social
da FMRP-USP, formação de pessoal
de nível médio, cursos do Polo de
Educação Permanente em Saúde do
Ministério da Saúde e estágios para
profissionais da região.
“Estudos comprovam que nas
áreas onde o projeto dos Núcleos
foi implantado, os índices de
desenvolvimento em saúde e de
satisfação dos atendidos melhoraram
NSFsem números (2012)
Famílias cadastradas/ano: 3.830Acolhimentos/ano:49.262Consultas/ano: 30.119
Visitas domiciliares/ano:322.133
“Estudos comprovam que
nas áreas onde o projeto dos
Núcleos foi implantado, os
índices de desenvolvimento
em saúde e de satisfação
dos atendidos melhoraram
significativamente
“
”
significativamente. Os atendimentos
vão desde o pré-natal até os idosos.
Não trabalhamos por demanda e sim
por visitas mensais, momento em
que são feitas ações de prevenção,
diagnóstico e tratamento, inclusive de
acamados, proporcionando também
orientações para os cuidadores.
Acredito que este é o grande
diferencial dos NSFs em relação às
UBS”, ressalta o Prof. Dr. Amaury. O
especialista explica, ainda, que grupos
de vivência e prática de exercícios
físicos para a terceira idade também
fazem parte das atividades dos NSFs,
prevenindo muitos problemas de
saúde.
Prof. Dr.AmauryLelis Dal Fabbro
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 17Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 17 10/09/2013 08:44:1910/09/2013 08:44:19
18
PPesquisaesquisa
ções permanentes voltadas à
pesquisa e desenvolvimento
são destaques dentro do
rol de atividades exercidas
pela FAEPA. Nesta área, a Fundação
trabalha em várias frentes. A principal
delas é o programa de apoio financeiro
aos pesquisadores que atuam no âmbito
do HCFMRP-USP e da FMRP-USP
para aplicação na execução de projetos
de pesquisa, que beneficiou nos últimos
três anos cerca de 600 solicitantes (200
solicitantes por ano), resultando em um
investimento médio anual de mais de
R$ 500 mil.
Adicionalmente, a FAEPA tem
disponibilizado sua infraestrutura
gerencial para viabilizar a participação
destas instituições e seus pesquisadores
em programas voltados ao
desenvolvimento da pesquisa científica
e do complexo industrial da saúde no
País, patrocinados por agências públicas
nacionais e internacionais de fomento,
ou por meio de acordos e parceiras com
a iniciativa privada.
Ao ser contemplado na chamada
pública Finep “Implantação de
Unidades de Pesquisa Clínica em
ADesenvolvimento científico e tecnológico
Hospitais Universitários”, tendo a
FAEPA como proponente, o HCFMRP-
USP criou, em 2006, uma Unidade de
Pesquisa Clínica (UPC), com a missão
de dar suporte para que pesquisas em
seres humanos realizadas no âmbito
do Hospital das Clínicas estejam em
conformidade com as normas nacionais
FAEPAVIABILIZA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMASVOLTADOS À PESQUISA
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 18Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 18 10/09/2013 08:44:1910/09/2013 08:44:19
19
e internacionais de Boas Práticas em
Pesquisas Clínicas (GCP/ICH) e com as
normas bioéticas em vigência no Brasil.
A UPC conta com profissionais
qualificados e experientes na condução
de ensaios clínicos multicêntricos e
acadêmicos em diversas especialidades
médicas. Disponibiliza, ainda,
treinamentos regulares e dispõe de
instalações adequadas, tais como:
núcleo de coordenação e gerenciamento
de projetos; farmácia de pesquisa
clínica; laboratório de apoio para
separação e armazenamento de material
biológico; unidade de atendimento
ambulatorial e internação para pesquisas
de fase I a IV, biodisponibilidade
e bioequivalência e equipamentos
calibrados.
Com a criação do Núcleo de
Avaliação em Tecnologias de Saúde
(NATS), a UPC, que já integrava a
Rede Nacional de Pesquisa, passou a
fazer parte também da Rede Nacional
de Avaliação Tecnológica em Saúde
(REBRATS). Os resultados positivos
alcançados pela Unidade estimularam
a implantação de Núcleos Satélites de
Apoio de Pesquisa Clínica no complexo
HC, o que resultou na aprovação de
outro projeto enviado à Finep para a
construção de um prédio específico para
a UPC-HCFMRP-USP, o que deverá
ocorrer nos próximos anos.
A FAEPA mantém também
termos de cooperação com organismos
internacionais e entidades privadas
como:
Ao-Asif Foudation (Suíça) –
convênio mantido desde 1998 que
possibilitou ao HCFMRP-USP tornar-se
Centro de Referência Nacional e da
América Latina para treinamento de
recursos humanos na área de tratamento
cirúrgico de fraturas;
Westat, An Employee-Owned
Research Corporation – cujo contrato
primário vincula-se ao National Institute
of Health, Eunice Kennedy Shriver
National Institute of Diabetes and
Digestive and Kidney Diseases, com
patrocínio do National Institute of Child
Health and Human Development. Os
projetos desenvolvidos no âmbito deste
acordo são voltados à prevenção da
transmissão do HIV no parto;
Fundação Waldemar Barnsley
Pessoa – projetos que contam
com a anuência do Ministério
Público-Curadoria de Fundações
e Secretaria Municipal de Saúde e
tratam principalmente do fomento
de estratégias previstas em políticas
públicas de saúde.
A FAEPA mantém
também termos
de cooperação
com organismos
internacionais e entidades
privadas
“
”
Pesquisaem números (2012)
Pesquisadores apoiados/ano: 200Investimento médio anual:
R$ 500 mil
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 19Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 19 10/09/2013 08:44:2110/09/2013 08:44:21
20
Clínica CivillC
a Lei de Criação da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP) foi previsto o
funcionamento de uma clínica (conhecida
como Clínica Civil) para o atendimento de
pacientes pagantes. O principal objetivo
desta iniciativa foi a fixação dos docentes que
trabalhariam o tempo integral com dedica-
ção exclusiva à Instituição. De acordo com
o Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá, atual
Superintendente do HCFMRP-USP, este
formato era diferente de outras faculdades
públicas, como a Pinheiros em São Paulo, por
exemplo, e permitia que os docentes tivessem
uma porcentagem de seu tempo para atendi-
mentos de pacientes particulares dentro do
ambiente da própria universidade. Foi um
modelo avançado para a época e se constituiu
em um grande atrativo para os professores
que vieram, em sua maioria, da cidade de
São Paulo, onde lecionavam mas tinham suas
clínicas particulares, fora da universidade,
para complementar seus salários. “Somente
a nossa Faculdade tinha uma clínica neste
formato. O projeto do atual HCFMRP-USP,
feito nos anos 60, ainda na época do Dr.
Paulo Romeu, nosso primeiro Superintenden-
te, já previa a construção de uma ala separada
NFonte de recursos para melhorias
RECURSOS OBTIDOS NACLÍNICACIVIL SÃOINVESTIDOS EM BENEFÍCIO DOS PACIENTES DO SUS
nas enfermarias para internação de pacientes
particulares”, lembra o Superintendente.
Na discussão da elaboração do novo
Estatuto da USP, em 1988, foi aprovada a
liberação de oito horas semanais para que
todos os docentes, de qualquer área do
conhecimento, pudessem fazer trabalhos de
assessoria, seguindo um modelo já exitoso
da FMRP-USP, com mais de três décadas
de existência. Como o novo Estatuto da USP
foi aprovado no mesmo ano do início do
convênio da FAEPAcom o SUS, o sistema
de gerenciamento dos recursos na Clínica
Civil, desde então, é feito pela FAEPA, que
arrecada, desconta as despesas, destina uma
parte para o Hospital, uma parte para a USP e
a outra é repassada aos docentes que atendem
sob total controle da Universidade. Com
estes recursos o HCFMRP-USP investe em
benefício dos pacientes do SUS, na compra
de equipamentos e materiais de consumo, na
contratação de recursos humanos e em cons-
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 20Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 20 10/09/2013 08:44:2210/09/2013 08:44:22
21
Clínica Civilem números (2012)
Inauguração: junho de 1956Número de leitos: 22
Número de consultórios:18Número de profissionais credenciados:240
Número de Especialidades:70Média de internações/mês:82
Média de consultas/mês:3.081Média de cirurgias /mês:99
truções de novas áreas ou reformas de áreas
já existentes. Por seu lado, a USP reinveste na
FMRP-USP, na compra de equipamentos e
materiais didáticos, contratação de docentes
e técnicos especializados e criação de novos
programas de ensino.
Segundo o Superintendente, o docente
só é autorizado a atender na Clínica Civil se
ele tiver um bom relatório de desempenho,
que é feito de dois em dois anos. Neste rela-
tório, a Universidade de São Paulo leva em
consideração vários requisitos como: alunos
de pós-graduação e teses que o docente
orientou, trabalhos publicados, número de
horas dedicadas para a graduação, cursos de
extensão, entre outros. “É importante ressaltar
que esta avaliação não é local, não é corpora-
tiva. Tem uma comissão dentro da USP que
cuida disso. Poder atender na Clínica Civil
é visto como uma recompensa pelo bom
desempenho, pois permite aumentar a receita
do docente”, opina Felipe de Sá.
Outro fator importante da Clínica
Civil é que ela permite ao médico praticar
um atendimento diferenciado aos pacientes.
Isto é muito importante na formação dos
profissionais da área da saúde, pois exige que
ele faça o atendimento e acompanhamento
de um paciente do começo ao fim, e todo
este “aprendizado” nas relações médico-
-paciente pode ser levado ao atendimento do
sistema público tornando este mais huma-
nizado. Nos dias de hoje temos definido um
Termo deAjuste de Conduta (TAC) com o
Ministério Público, pelo qual estabelecemos
um limite de atendimentos particulares no
HCFMRP-USP (Clínica Civil) de 6% do
total.Atualmente os números não chegam
a 3% da quantidade total de atendimentos a
particulares e convênios. “O atendimento par-
ticular não atrapalha o do SUS e ainda deixa
recursos para serem investidos no Hospital e
na Universidade.” conclui o Superintendente.
Atualmente o número de
atendimentos a pacientes
particulares e de
convênio não chegam a
3% da quantidade total
“
”
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 21Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 21 10/09/2013 08:44:2410/09/2013 08:44:24
22
ExtensãoxxtensãoE
m suas ações direcionadas ao
desenvolvimento das ciên-
cias da saúde, a FAEPA tem
realizado o gerenciamento
administrativo e financeiro de eventos
técnicos e científicos organizados pelos
profissionais que atuam no HCFMRP-
-USP e FMRP-USP. Nestes 25 anos
foram mais de 400 jornadas, simpósios,
cursos e conferências apoiados.
Um exemplo claro desse gerencia-
mento é o Centro de Treinamento de Su-
porte à Vida (CTSV – www.cursosls.com.
br). Esse centro congrega vários cursos
oferecidos como extensão à comunidade
de profissionais de saúde, com qualidade
referendada por convênios com a Ameri-
can Heart Association e o American Colle-
ge of Surgeons, que realizam fiscalização
contínua sobre os cursos oferecidos.
Nos últimos cinco anos, merecem
destaque, ainda, três eventos feitos pela
própria FAEPA. O primeiro, realizado
na ocasião do aniversário de 20 anos da
Fundação, abordou o histórico e o pano-
rama da FAEPA na época, bem como o
papel e os aspectos legais das fundações
de apoio.
Em maio de 2010, foi organizado
EEventos técnicos e científicos de destaque
MAIS DE 400 JORNADAS, SIMPÓSIOS, CURSOS ECONFERÊNCIASAPOIADOS PELAFAEPA
um simpósio sobre a conjuntura da Aten-
ção à Saúde Pública em Ribeirão Preto,
contemplando questões relacionadas à
dengue, à importância da regulação do
fluxo de pacientes e aos investimentos na
área. Entre os convidados estavam auto-
ridades municipais, estaduais e nacionais
da área da saúde, professores da FMRP-
-USP, professores da FEA-RP e represen-
tantes do Ministério Público.
O evento mais recente, em novem-
bro de 2012, foi a Jornada de Pesquisa
Clínica do HCFMRP-USP, que reuniu
grandes pesquisadores e um número
significativo de estudantes, cumprindo o
objetivo de permitir a troca de experiên-
cia e aprimoramento profissional na área
de pesquisa acadêmica.
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 22Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 22 10/09/2013 08:44:2410/09/2013 08:44:24
23
EventosvventosE
Centro de Convenções de
Ribeirão Preto (CCRP), geren-
ciado pela FAEPA, iniciou as
suas atividades em 2001 e tem
sua história alicerçada na excelência do
atendimento e na avançada infraestrutura
de padrão internacional. Ao longo desses
12 anos, o CCRP vem incrementando a
economia local, movimentando o trade
turístico e o comércio, gerando empregos
diretos e indiretos, projetando a cidade em
âmbito nacional e internacional.
O local, que hoje é referencial para
a realização de eventos, funcionava como
serviços de apoio na época em que o
Hospital das Clínicas era todo no Centro.
Quando o Hospital foi para o campus, o
HCFMRP-USP fez um termo de cessão
à FAEPA para viabilizar a obra do CCRP,
atendendo a uma antiga demanda do meio
acadêmico e de eventos da cidade.
O CCRP já recebeu mais de 1,4 mil
atividades de natureza técnica, educacio-
nal ou científica (simpósios, conferên-
cias, congressos, workshops, seleção e
treinamento de recursos humanos, ciclo
de palestras, feiras, fórum de debates,
mesas redondas, convenções) e atividades
culturais e sociais (exposições, shows,
OA
Centro de Convenções Ribeirão Preto
CCRPÉREFERENCIALPARAAREALIZAÇÃODEEVENTOSE JÁRECEBEUMAISDE 1400ATIVIDADES
apresentações de teatro, dança, música,
desfiles, formaturas, festas de bodas e de
15 anos). Entre os eventos realizados está
a Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da
Maternidade Sinhá Junqueira, que já está
lançando a sua 23ª edição. O evento é um
dos três maiores da especialidade no País,
e recebe todos os anos no mês de março
aproximadamente mil profissionais de
todos os cantos do Brasil e do exterior.
Para o presidente da Jornada e
diretor Clínico da Maternidade, o médico
Luiz Alberto Ferriani, a opção pela
realização do evento no CCRP se deu
por vários fatores, principalmente pelo
conforto que proporciona aos congres-
sistas. “A Jornada começou pequena e
cresceu gradativamente. Há cinco anos
optamos por realizá-la no CCRP pelo
conforto, pela preocupação constante com
segurança e por ser um local que está em
constante revitalização”, explica Ferriani.
Ele afirma ainda que outros pontos fortes
do CCRP são: a localização central e de
fácil acesso, bem como a versatilidade.
“O CCRP permite programação simultâ-
nea para grandes públicos, para pequenos
grupos de estudos e ainda eventos sociais
em um só local, com total infraestrutura
de apoio e serviços”, conclui.
O CCRP tem uma área construída de
15 mil metros quadrados, com capaci-
dade para acomodar até 2,5 mil pessoas.
Está localizado na Rua Bernardino de
Campos, 999, no Centro, ponto de grande
concentração de hospitais, laboratórios e
consultórios médicos.
Outras informações podem ser obti-
das pelo site www.ccrp.com.br
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 23Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 23 10/09/2013 08:44:2510/09/2013 08:44:25
24
N
EntrevistanntrevistaE
o cargo de Diretor Executivoo cargo de Diretor Executivo Ndesde 2009, o Prof. Dr. Sandro
Scarpelini analisa a FAEPAde
ontem, de hoje e indica os princi-
pais projetos traçados para o amanhã.
Qual a proporção do trabalho da
FAEPAcom as áreas da assistência, do
ensino e da pesquisa?
A FAEPA vem cumprindo nestes 25
anos a sua missão de dar apoio à assistên-
cia, ensino e pesquisa na área de saúde. É
importante deixar claro que desde a sua
concepção o objetivo é apoiar e não reali-
zar, mesmo na área da assistência, nós ge-
renciamos o atendimento e não o fazemos
diretamente. É claro que no âmbito destas
três vertentes umas acabam se sobressaindo
ante as outras, de acordo com as demandas
e a realidade do momento. A assistência é o
que mais ocupa espaço dentro da FAEPA,
algo em torno de uns 70%. Isto cresceu nos
últimos anos em razão dos convênios com
o Governo do Estado para a gestão de três
hospitais. A área do ensino é a segunda,
com cerca de 20% e, em terceiro, a pesqui-
sa, com aproximadamente 10%.
Gestão Moderna eprojetos para o futuro
Na área do ensino quais são os
apoios de destaque dados pela FAEPA?
São vários. A contratação de
profissionais para complementação do
corpo docente da FMRP-USP é uma
delas. Atualmente, cerca de 20 docentes,
chamados de docentes colaboradores,
são contratados pela FAEPA para atuar
junto à FMRP e ao HCFMRP-USP. Isso
ajudou muito, principalmente em uma
época que a USP ficou quase uma déca-
da sem contratar novos profissionais. É
importante enfatizar que fazemos uma
seleção criteriosa, por meio de prova
escrita e análise de currículo. Todos os
profissionais precisam ter doutorado
e experiência acadêmica. A criação de
novos cargos que são necessários para
atender o aumento da demanda e o
surgimento de novos projetos é muito
demorada e a FAEPA facilita este pro-
cesso. Tanto que aproximadamente 25%
dos funcionários que trabalham dentro
do HCFMRP-USP são contratados pela
FAEPA. Nos hospitais que gerencia-
mos, além da assistência, temos ensino
também. Desde o primeiro ano do curso
médico, no qual fazemos uma visita
monitorada, até a residência médica, que
é realizada nestes hospitais.
A FAEPA vem cumprindo
nestes 25 anos a sua
missão de dar apoio
à assistência, ensino
e pesquisa na área da
saúde
“
”Prof. Dr. Sandro Scarpelini
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 24Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 24 10/09/2013 08:44:2610/09/2013 08:44:26
25
E na área da pesquisa?
AFAEPAnão realiza pesquisa, mas
apoia de diversasmaneiras.AFundação faz a
intermediação de vários contratos com órgãos
financiadores como Finep, CNPQ,Minis-
tério da Saúde, instituições privadas, entre
outros, para a viabilização dos projetos,
fazendo inclusive todo o gerenciamento
da verba e a prestação de contas, que é
bastante detalhada e específica.Auxiliamos
também os pesquisadores na divulgação
científica, seja na edição de livros ou nas
publicações em veículos especializados,
pois este serviço tem custo na maior parte
das revistas científicas. Não basta o traba-
lho ter mérito e ser aprovado. Nesta área,
outra grande colaboração da FAEPA é a
criação de infraestrutura para facilitar as
pesquisas realizadas no Hospital, principal-
mente após a inauguração da Unidade de
Pesquisa Clínica.
Nos últimos anos que fato mais con-
tribuiu para o crescimento da FAEPA?
Acredito que o convênio como governo
do Estado para administrar os três hospitais
é o que colocou a FAEPAemoutro patamar,
contribuindomuito para o seu crescimento
rápido em todos os sentidos. Praticamente
duplicamos o número de funcionários, de or-
çamento e de atividades. Tudo isso aconteceu
de seis anos para cá: em 2008 com oHERi-
beirão, em 2009 com oCRSMRP-Mater, e
em 2010 com oHEAB.
Esta parceria de hospitais estaduais
com ONGs e fundações para gerenciá-los
é comum no Estado de São Paulo?
NoEstado de São Paulo, 20 hospitais
são administrados pormeio de parcerias com
este formato. Destes, três são com a FAEPA.
OHCFMRP-USPnão integra esta lista, pois
tem convênio com oGoverno Federal por
meio doMinistério da Saúde, que repassa
os valores dos serviçosmédico-hospitalares
prestados ao SUS, sob intermediação do
Estado.
O que melhorou na qualidade destes
hospitais a partir do convênio com a
FAEPA?
É difícil enumerar porque são mui-
tos os aspectos que evoluíram, tanto que
nos últimos quatro anos ganhamos vários
prêmios, entre eles o de melhor hospital do
Estado (HERibeirão) e segundomelhor do
Estado (HEAB) na avaliação feita pelos
próprios usuários.Apoio logístico, financei-
ro, agilidade nas compras e aquisições de
equipamentos são fundamentais para isso.
SEDEATUALDAFAEPAOCUPA 1º E 2ºANDARESDOEDIFÍCIOGALILEUOFFICENAZONASUL
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 25Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 25 10/09/2013 08:44:2710/09/2013 08:44:27
26
Também fazemos as compras por licitação,
mas é menos burocrático do que no setor
estatal.
E no início, qual foi o grande marco
na história da FAEPA?
O convênio com o SUS foi o que
alavancou inicialmente as atividades da
FAEPA, foi o fator desencadeador do seu
crescimento, pois a verba dos atendimen-
tos que ia para o Estado para depois ser
repassada para o HCFMRP-USP passou a
vir direto para a FAEPA, o que nos garan-
tiu mais agilidade e a certeza de que os
investimentos seriam totalmente aplicados
no HCFMRP-USP. Seguimos o modelo do
Hospital das Clínicas de São Paulo, que já
havia conseguido firmar convênio com o
SUS. O nosso saiu três anos após a institui-
ção da FAEPA, mas ela foi criada já com
esta expectativa. Nos primeiros 15 anos esta
foi a principal fonte de recursos da FAEPA,
depois disso outros convênios com agências
financiadoras, com a Prefeitura, entre outros,
foram realizados.
O que a mudança de sede repre-
sentou para a Fundação e porque ela foi
necessária?
Com o crescimento que tivemos nos
últimos anos, o espaço físico dentro do
HCFMRP-USP não era mais suficiente.
Não proporcionava condições adequadas
para o trabalho. Nos últimos cinco anos o
orçamento da FAEPA cresceu cerca de 70%
e para administrar tudo isso foi necessá-
rio ampliar o quadro de trabalhadores e,
consequentemente, o espaço físico. O que o
movimento do HCFMRP-USP representava
para a FAEPA até cinco anos atrás era 98%,
hoje está em 60%. Nossas atividades se
diversificaram e ampliaram muito, exigindo
demais dos funcionários, principalmente da
parte contábil, já que a prestação de contas
para cada tipo de convênio é diferente e
todas muito detalhadas.
Desde quando a FAEPA está em
nova sede? Ainda tem profissionais da
FAEPA trabalhando no HCFMRP-USP?
No final de 2011, o Conselho de
Curadores e de Administração da Fundação
aprovou a compra de um imóvel e em 2012,
após adaptações da área, a sede administra-
tiva da FAEPA foi instalada na Rua Galileu
Galilei, nº 1800, 1º e 2º andares. Mesmo
assim a Fundação continua mantendo um
grupo de profissionais no HCFMRP-USP
no Campus, principalmente para atender os
usuários do Programa de Auxílios a Projetos
e os funcionários que exercem suas funções
no HCFMRP-USP.
Quais são os principais projetos da
FAEPA para os próximos anos?
A FAEPA tem demandas que
acabamos respondendo, mas que não são
projetos nossos, como é o caso do Hospital
de Serrana, o qual estamos analisando
para celebrar convênio com o Governo do
Estado nos moldes dos outros hospitais
que já estamos à frente da gestão. Temos
projeto de tirar parte da Clínica Civil do
bloco principal do Hospital das Clínicas,
liberando mais espaço para os atendimen-
tos do SUS. Construiremos um prédio
bem próximo dali, na rua Catão Roxo,
inclusive já estamos com o local definido,
projeto aprovado e licitação aberta para a
iniciarmos a construção em breve. Outro
projeto é investir mais na UPC. O objetivo
é fomentar ainda mais as pesquisas no
âmbito do Complexo, e para isto estamos
buscando recursos junto à Finep para
podermos, também em breve, iniciar a
construção de um novo prédio para a
UPC, que hoje ainda funciona dentro do
HCFMRP-USP.
O convênio com o SUS
foi o que alavancou
inicialmente as atividades
da FAEPA
“
”
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 26Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 26 10/09/2013 08:44:2910/09/2013 08:44:29
27
C
O
onselheiros e ex-diretores registram os aspectos da história da FAEPAque, na
opinião deles forammais marcantes nestes 25 anos de atividades. Comentam
também a importância da Fundação no cenário atual da Saúde.
O que dizem os conselheiros e diretores
Opiniãopinião
””
Comprometimento
“A FAEPA estabelece algo muito importante, “A FAEPA estabelece algo muito importante, ”que é manter os administradores próximos àque é manter os administradores próximos à ”instituição. Se nós não tivéssemos este sistema,
poderíamos ter uma administração composta por
pessoas sem comprometimento. A FAEPA reúne
um grupo de pessoas, profissionais e líderes da
sociedade com fim único de fazer com que as
coisas andem da melhor forma possível dentrocoisas andem da melhor forma possível dentro
”dos hospitais administrados por ela.”dos hospitais administrados por ela.””Dorival Luiz Balbino de Souza, empresário e atualPresidente do Conselho Consultivo
”
”Contribuições
Um ponto marcante da FAEPA para a FMRP-USP foi a viabilizaçãoUm ponto marcante da FAEPA para a FMRP-USP foi a viabilização
”de cenários de ensino nas atenções primária e secundária. A ampliação dasde cenários de ensino nas atenções primária e secundária. A ampliação das ”atividades da FAEPA permitiram que os alunos dos cursos de graduaçãoatividades da FAEPA permitiram que os alunos dos cursos de graduação ”tenham acesso ao CRSMRP-Mater, HERibeirão, com o Centro Integrado de
Reabilitação (CIR) e ao HEAB. A FAEPA proporcionou várias contribuições
para a Saúde de maneira geral, entre elas:
Manter um corpo de docentes FAEPA para contribuir com as
atividades fins da Faculdade, permitindo o desenvolvimento de novas áreas
do conhecimento, como exemplo, na atenção primária e na urgência e
emergência;
Viabilizar cenários de ensino externos ao HCFMRP-USP, como os
Núcleos de Saúde da Família, Centro de Saúde Escola, HERibeirão, HEAB e
CRSMRP-Mater;
Contratar profissionais para o ensino, como exemplo, médicos para
supervisão do Pronto Atendimento no Centro de Saúde Escola;
Dar suporte financeiro a pesquisas dos docentes da Faculdade, além de
suporte para publicações, participação em congressos e outros apoios;
Agilizar o uso de verbas no HCFMRP-USP;
Administrar a Clínica Civil e de Convênios, permitindo a fixação de
profissionais na Faculdade.profi ssionais na Faculdade.
”Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior, Presidente do Conselho de Curadores e deAdministração da FAEPAe Diretor da FMRP-USP.
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 27Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 27 10/09/2013 08:44:2910/09/2013 08:44:29
28
”
”Inovação
Fundação vem exercendo importante“A Fundação vem exercendo importante
”papel na operacionalização da gestão e execuçãopapel na operacionalização da gestão e execução ”das atividades e serviços de saúde de médiadas atividades e serviços de saúde de média ”complexidade de próprios do Estado: HERibeirão,
CRSMRP-Mater e o HEAB. Assim, preenche
importantes lacunas do Sistema Único de Saúde
(SUS), na área de abrangência da Rede Regional
de Atenção à Saúde – RRAS 13, cabendo destacar
o modelo diferencial de atendimento cirúrgico
eletivo de média complexidade, dentro dos
modelos de cirurgia ambulatorial, com serviço de
alta produtividade, com inovações tecnológicas,
rotatividade e qualidade.
Destaco ainda a importância das instituições
gerenciadas pela FAEPA como campo de práticas
para atividades de ensino relacionadas à assistência
para formação de profissionais para o SUS. A
cooperação técnica do HCFMRP-USP ajuda na
promoção de diversos convênios para prestação de
serviços e aperfeiçoamento do SUS”.
Ronaldo Capelli, Diretor do DRS XIII
”
”Imprescindível
A história da FAEPA é um contínuo de fatos marcantes e desde o início, A história da FAEPA é um contínuo de fatos marcantes e desde o início,
”seus progressos foram recebidos com entusiasmo. Sua criação, permitindoseus progressos foram recebidos com entusiasmo. Sua criação, permitindo ”que projetos do HCFMRP-USP e da Faculdade fossem viabilizados de formaque projetos do HCFMRP-USP e da Faculdade fossem viabilizados de forma ”mais ágil, foi um passo enorme. Foram projetos de vital importância no campo
da assistência, do ensino e da pesquisa. A FAEPA nunca se contentou com a
inércia e o seu crescimento com absorção de mais atribuições vem definindo
seu perfil de imprescindibilidade para o HCFMRP-USP e para a FMRP-USP.
Uma boa forma de avaliar a importância de uma Instituição é imaginar
o que ocorreria na eventualidade de sua falta. Falando sobre ensino, a
FAEPA é simplesmente fundamental, visto que atua positivamente na criação
e manutenção de cenários para o ensino de graduação, pós-graduação,
assistência e formação de profissionais de saúde nos diferentes níveis de
especialização. Com a rede de atendimentos nas unidades geridas pela
FAEPA é possível o ensino nos vários níveis de complexidade e o Programa de
Docente Colaborador é um verdadeiro salva-vidas aos programas pedagógicos
da FMRP-USP. Sem a FAEPA, teríamos dificuldades extremas para o exercício
da docência em sua plenitude, algumas intransponíveis no momento!
Sobre a pesquisa, a FAEPA estimula a criação e mantém convênios
com as principais agências de fomento do país e várias outras no exterior, a
exemplo do National Institutes of Health (NIH). Além disto, viabiliza convênios
com a indústria para o desenvolvimento de pesquisas nas suas várias fases. Os
investimentos na Unidade de Pesquisa Clínica atestam seu papel efetivo neste
campo e a necessidade imperativa de crescer e expandir neste domínio. Hoje,
sem a FAEPA, teríamos que ter outra Instituição similar, ela é imprescindível!
Na assistência é onde a FAEPA desenvolve a maioria de suas atividades
de apoio e gestão, dando-lhe extrema visibilidade. Sem a FAEPA, a assistência
perderá, no mínimo, sua qualidade, correndo-se o risco de inviabilização.
Mais uma vez, a FAEPA é imprescindível para a assistência à saúde noMais uma vez, a FAEPA é imprescindível para a assistência à saúde no
”Complexo de Saúde do HCFMRP-USP!Complexo de Saúde do HCFMRP-USP!”Prof. Dr. Geraldo Duarte, atual Diretor Científico da FAEPA
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 28Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 28 10/09/2013 08:44:3010/09/2013 08:44:30
29
”
”Estabilidade
“Foi marcante consolidar a estabilidade “Foi marcante consolidar a estabilidade
”financeira da Fundação, aliada ao bomfi nanceira da Fundação, aliada ao bom
”entrosamento com a superintendência do Hospitalentrosamento com a superintendência do Hospital ”da Clínicas. Não só atualmente, mas desde os seus
primeiros momentos, a Fundação contribuiu de
forma importante para o bom gerenciamento das
atividades do Hospital das Clínicas, tornando a
administração mais ágil e eficiente. Além disso, a
Faepa tem programas de muito valor, destinados
ao auxílio na participação de congressos, no
envolvimento de projetos dentro do Hospital
das Clínicas, sem falar do programa de docente
colaborador, considerado modelo para outrascolaborador, considerado modelo para outras
”instituições.”instituições.”
”Prof. Dr. Milton Cesar Foss, atual membro do ConselhoConsultivo e Diretor Executivo (gestão 27/03/2003 a09/11/2005)”
”Ponto Forte
“A Faepa é fundamental para que a Faculdade de Medicina de“A Faepa é fundamental para que a Faculdade de Medicina de
”Ribeirão Preto e o seu Hospital das Clínicas possam dispor hoje de umRibeirão Preto e o seu Hospital das Clínicas possam dispor hoje de um
”conjunto de cenários para o ensino de graduação, pós-graduação econjunto de cenários para o ensino de graduação, pós-graduação e ”formação de profissionais de saúde com diferentes níveis de especialização,
dos mais completos e invejáveis. O amplo complexo de saúde que se
constituiu em torno do HC e da FMRP-USP é composto por unidades de
saúde que atendem em todos os níveis de complexidade previstos pelo SUS
(primário, secundário e terciário).
Não houvesse a Fundação, HC e FMRP-USP não disporiam de
mecanismos legais para gerir esse complexo.Tudo isso só é possível em face
da possibilidade de a FAEPA firmar convênios com o governo municipal,
estadual ou federal, bem como com instituições privadas interessadas
em atividades vinculadas à saúde da população. Todo esse conjunto de
atividades é desenvolvido com um corpo administrativo bastante enxuto.
No ano 2000, quando o Ministério da Educação enviou uma Comissão
para avaliação da FMRP-USP, o relatório final desta comissão destacava
como um dos pontos fortes da Faculdade: “A FAEPA, sem dúvida alguma, é
mecanismo propulsor importante dessa Instituição”.mecanismo propulsor importante dessa Instituição”.
”Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel, Presidente do Conselho de Curadores e deAdministração (gestão 14/03/2009 – a 13/03/2013 e Diretor Executivo da FAEPA(gestão 04/11/1996 a 01/11/200 e 04/11/200 a 26/03/2003 e atual Membro do ConselhoConsultivo
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 29Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 29 10/09/2013 08:44:3110/09/2013 08:44:31
30
”
”Excelência
“Se não fosse a atuação da FAEPA,“Se não fosse a atuação da FAEPA,
”o HC certamente não teria o nível deo HC certamente não teria o nível de ”excelência que tem hoje. O trabalhoexcelência que tem hoje. O trabalho ”realizado por todos os envolvidos é
grandioso e fundamental para dar
mais transparência, agilidade e bom
desempenho na área da assistência, ensino
e pesquisa em saúde. As fundações são
instrumentos que aproximam a gestão
pública da população e abrem caminhos
para um maior entendimento, agregando
valores oriundos de pessoas representativas
nos vários setores da sociedade. É uma
ponte entre o público e o privado e, no caso
da FAEPA, também entre a academia e ada FAEPA, também entre a academia e a
”comunidade.”comunidade.””Mariana Jábali, membro do Conselho Consultivo edo Conselho de Curadores e de Administração”
”Qualidade
A Fundação tem atuado de forma muitoA Fundação tem atuado de forma muito
”relevante para a qualidade dos serviços oferecidosrelevante para a qualidade dos serviços oferecidos ”pelo HC desde a sua fundação. Todos ospelo HC desde a sua fundação. Todos os ”momentos são importantes, mas prefiro destacar
um que representou mais pela emoção dos fatos
do que pela importância institucional em si:
a conclusão da compra do terreno contíguo à
Unidade de Emergência. Foi uma área estratégica
para a viabilidade de prestação de serviços ao
nível da crescente demanda, as negociações eram
antigas – iniciadas bem antes de minha gestão, e
a condução das mesmas era difícil e delicada. A
conclusão da compra veio como uma recompensa
para todos os envolvidos pessoalmente, um alívio
com o sentimento de dever cumprido. A Fundação,
que responde rápida e eficientemente às novas
solicitações, passou, nestes 25 anos, de facilitadora
da gestão institucional para Organização Social
imprescindível na hierarquia administrativa daimprescindível na hierarquia administrativa da
”saúde regional”.saúde regional”.”Prof. Dr. Jair Lício Ferreira Santos, membro do ConselhoConsultivo e Diretor Executivo (Gestão 10/11/2005 a16/04/09)
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 30Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 30 10/09/2013 08:44:3110/09/2013 08:44:31
31
”
”Atuação democrática
A instituição da FAEPA foi cuidadosamente estudada no âmbitoA instituição da FAEPA foi cuidadosamente estudada no âmbito
”do Campus da USP de Ribeirão Preto envolvendo o HCFMRP-USPdo Campus da USP de Ribeirão Preto envolvendo o HCFMRP-USP ”e a FMRP-USP. Tive o privilégio de participar como Diretor Científicoe a FMRP-USP. Tive o privilégio de participar como Diretor Científi co ”da FAPESP de uma das reuniões apresentando as vantagens do sistema
fundacional de uma Fundação Pública de Direito Privado. Nesta mesma
reunião também foi apresentada a experiência da Fundação Zerbini (apoio
ao INCOR/HCFM-USP) de natureza essencialmente privada, mas de apoio
a uma Instituição Pública. Considero que foi, dentre muitos outros, um
evento marcante para a constituição da FAEPA, fundamentada em amplas
considerações sobre os prós e contras da inovadora proposta, visando
significativo avanço na gestão, em especial, do HCFMRP-USP.
Na atualidade a importância da FAEPA é inquestionável considerando
os resultados e reconhecimento que foram obtidos nestes 25 anos de
existência. Outros afirmam que a dissolução da FAEPA significará o
“fechamento” do HCFMRP-USP e enorme prejuízo à Faculdade de
Medicina. Como fato relevante sobre os 25 anos da FAEPA, destaco que
fui honrado como participante de seu Egrégio Conselho Consultivo nos
últimos oito anos, colegiado que sempre apresentou atuação construtiva,
democrática e franca dos seus componentes.
De forma inequívoca sempre predominou no Conselho Consultivo
o interesse institucional, a procura do consenso, o atendimento às
reivindicações correntes e o apoio efetivo às “lutas” para solucionar
dificuldades internas e, principalmente, externas junto aos poderes estatais
do executivo, legislativo e judiciário. Foi de fundamental significado o
Conselho Consultivo ser constituído por membros da comunidade do
Campus em direta associação a distinguidos convidados externos comCampus em direta associação a distinguidos convidados externos com
”significativa representação da sociedade local.signifi cativa representação da sociedade local.
”Prof. Dr. Flavio Fava de Moraesex-Reitor da USP e Membro do Conselho Consultivo de FAEPA(Gestão 2004-2008 e 2009-abril/2013)
””
Eficiência
FAEPA foi um exemplo de gestãoA FAEPA foi um exemplo de gestão
”integrada para entidades públicas deintegrada para entidades públicas de ”saúde. Desde sua concepção, buscousaúde. Desde sua concepção, buscou ”agilidade e eficiência administrativa,
contribuindo com o HCFMRP-USP.
Na maturidade de seus 25 anos, revela
sintonia com avanços de modelos e
tecnologias para melhor prestar seustecnologias para melhor prestar seus
”serviços.serviços.”Marcos Frateschi, membro do ConselhoConsultivo
Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 31Revista_Faepa_VALE_ESSE CONSOLINI.indd 31 10/09/2013 08:44:3210/09/2013 08:44:32
Recommended