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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E A RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
Por: Luana de Souza Rocha Lima
Orientador
Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E A RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão em Instituições
Financeiras
Por: Luana de Souza Rocha Lima
4
DEDICATÓRIA
...aos amores da minha vida: meus pais,
irmão, namorado e amigos, que sempre
estão ao meu lado...
5
RESUMO
O debate mundial sobre a importância da preservação ambiental
e diminuição das desigualdades sociais para a sobrevivência das populações
surgiu na década de 70 e, desde então, vem ganhando espaço nos diferentes
segmentos da sociedade. Tal fato contribuiu para avanços importantes,
principalmente no que se refere à socialização de informações e aumento do
senso crítico da sociedade em geral, o que levou a uma reflexão sobre os
papéis de cada setor da sociedade. Dessa forma, pode-se dizer que o marco
do movimento socioambientalista na década de 90 foi a cobrança de maior
responsabilidade por parte da iniciativa privada, além de sua função essencial
de gerar riquezas e lucro. A motivação para essa conscientização das
empresas, para tanto, parece ser um misto de cobrança da sociedade,
sensibilização para o tema e interesse em melhorar a imagem e aumentar seus
lucros. As instituições financeiras, frente a este cenário, têm significativo papel
quando da adesão de medidas responsáveis perante a sociedade e ao meio
ambiente, não somente pela sua capacidade de gerar riquezas e lucros através
de “investimentos socialmente responsáveis”, além das melhorias para o
desenvolvimento comunitário, por exemplo, como também para a ampliação da
adesão das organizações e empresas a critérios de Responsabilidade
Socioambiental.
Este trabalho tem por objetivo analisar a incorporação da
responsabilidade socioambiental pelas empresas, especificamente as do setor
bancário, bem como avaliar motivo que fez e faz com que as instituições
financeiras implementem ações sustentáveis, além dos resultados práticos
para a sociedade.
6
METODOLOGIA
Os métodos utilizados para confecção deste trabalho e resolução
do problema proposto foram pesquisas bibliográficas utilizando alguns
recursos, tais como, a leitura de livros, jornais, revistas, artigos e sites da
internet. Após a coleta de dados e fundamentação em trabalhos de autores que
tratam dos temas sustentabilidade e responsabilidade socioambiental em
empresas, além da exploração documental de indicadores de performance da
CAIXA, a colocação do assunto foi feita de forma clara e objetiva, em
consonância com a bibliografia das áreas envolvidas.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceituação 10
CAPÍTULO II - O Papel das Instituições Financeiras 16
CAPÍTULO III – Gestão Ambiental e Instituições Financeiras 21
CAPÍTULO IV – Responsabilidade Socioambiental na CAIXA 25
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 33
ÍNDICE 35
FOLHA DE AVALIAÇÃO 37
8
INTRODUÇÃO
A preocupação com o meio ambiente é crescente nos dias de hoje por
parte das empresas e da atual sociedade como um todo. Um exemplo disso é a
participação das instituições privadas na solução de necessidades públicas,
que passa a ser integrada aos objetivos e às metas organizacionais nesse
setor.
As mudanças no ambiente, no mercado e introdução de novas
tecnologias geram mudanças nas organizações. Da mesma maneira que as
organizações modificam e transformam o ambiente no qual atuam.
As exigências de um mercado globalizado e de alta competitividade em
todos os segmentos, além do questionamento da população quanto ao
comportamento sustentável das empresas, incentivou sobremaneira a
mudança no perfil das instituições financeiras com relação às questões
socioambientais.
Neste contexto, surge no ambiente organizacional uma tendência a
vincular valor à imagem institucional por meio da divulgação de ações de
cidadania, de responsabilidade social e de questões ambientais, sinalizando
para o fato de que as instituições financeiras podem, e devem, assumir um
papel mais amplo na sociedade.
As atitudes responsáveis das empresas, além de gerarem inúmeros
benefícios para a sociedade, melhoram a imagem da mesma perante o público
e o governo. É possível perceber nos discursos institucionais e campanhas
publicitárias de alguns bancos a preocupação de verificar o destino dos
financiamentos oferecidos às empresas e indústrias pertencentes à suas
carteiras de clientes ou a não aprovação de linhas de crédito para empresas
que não são socialmente responsáveis.
9
O presente trabalho tem como objetivo pesquisar o papel das
instituições financeiras frente às questões socioambientais, ressaltar a
importância da disseminação do conceito de responsabilidade social
corporativa nos bancos e entender como isto pode ser implementado na
sociedade e no meio ambiente de um modo geral, tendo como exemplo a
Política Ambiental da CAIXA.
10
CAPÍTULO I
CONCEITUAÇÃO
"A natureza pode suprir todas as necessidades do homem,
menos a sua ganância"
Gandhi
Para que tenhamos um entendimento correto dos impactos
socioambientais causados por instituições financeiras e de como elas atuam ou
podem atuar de maneira responsável na relação ambiente-sociedade de
maneira ética, faz-se necessário inicialmente, dedicarmos um espaço para
conceituação de termos que serão abordados no presente trabalho, a seguir.
1.1 – Impactos Ambientais
Segundo o Artigo 1º da Resolução n.º 001/86 do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Impacto Ambiental constituiu em
"qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que afetem diretamente ou indiretamente: a saúde, a
segurança, e o bem estar da população; as atividades sociais e econômicas; a
biota; as condições estéticas e sanitárias ambientais; a qualidade dos recursos
ambientais".
Deste modo, juridicamente, o conceito de impacto ambiental se
refere exclusivamente aos efeitos da ação humana sobre o meio ambiente.
Portanto, fenômenos naturais, como: tempestades, enchentes, incêndios
florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de poderem provocar
as alterações ressaltadas não se caracterizam como impacto ambiental.
Percebemos, portanto, que a definição de Impacto Ambiental está
associada à alteração ou efeito ambiental considerado significativo por meio da
avaliação do projeto de um determinado empreendimento, podendo ser
11
negativo ou positivo (Bitar & Ortega, 1998). Em outras palavras, tomamos
como definição o conceito proposto por Sánchez (1998), como sendo impacto
ambiental a “alteração da qualidade ambiental que resulta da modificação de
processos naturais ou sociais provocada por ações humanas”.
Mundialmente falando, a conceituação de impacto ambiental data
do período da revolução industrial e esta tem sido alterada de forma dinâmica,
devido aos diferentes tipos de atividades humanas que podem dar origem a
formas de matérias e, ou, energias que afetam o meio ambiente. No entanto, a
adoção de sistemáticas para a avaliação de impactos ambientais teve início
somente na década de sessenta.
1.2 – Sustentabilidade
A definição mais comumente aceita de desenvolvimento
sustentável foi criada em 1987, na Comissão de Brundtland, composta por
representantes de 21 governos, líderes empresariais e representantes da
sociedade, membros da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento da ONU, que determina o desenvolvimento sustentável como
aquele “que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”.
Em outras palavras, é o equilíbrio na convivência entre o homem
e o meio ambiente. Isso significa cuidar dos aspectos ambientais, sociais e
econômicos e buscar alternativas para sustentar a vida na Terra sem prejudicar
a qualidade de vida no futuro.
Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o
questionamento do estilo de desenvolvimento adotado, quando se constata que
este é ecologicamente predatório na utilização dos recursos naturais,
socialmente perverso com geração de pobreza e extrema desigualdade social,
politicamente injusto com concentração e abuso de poder, culturalmente
12
alienado em relação aos seus próprios valores e eticamente censurável no
respeito aos direitos humanos e aos das demais espécies.
O grande marco para o desenvolvimento sustentável mundial foi,
sem dúvida a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 (a Rio 92),
onde se aprovaram uma série de documentos importantes, dentre os quais a
Agenda 21, um plano de ação mundial para orientar a transformação
desenvolvimentista, identificando, em 40 capítulos, 115 áreas de ação
prioritária.
Sustentabilidade é toda ação destinada a manter as condições
energéticas, informacionais e físico-químicas que sustentam todos os seres,
especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida humana, visando a
sua continuidade e ainda a atender as necessidades da geração presente e
das futuras de tal forma que o capital natural seja mantido e enriquecido em
sua capacidade de regeneração, reprodução, e coevolução (Leonardo Boff,
2012).
1.3 – Responsabilidade Socioambiental
A questão da responsabilidade social tem sido tema recorrente
no mundo dos negócios. Há uma crescente preocupação por parte das
empresas brasileiras em compreender seu conceito e dimensões e incorporá-
los à sua realidade.
A degradação causa impactos diretos sobre a qualidade de vida
e, em situações extremas, coloca em risco a própria sobrevivência da espécie
humana. Isso é verdadeiro tanto em países desenvolvidos como naqueles em
vias de desenvolvimento. Isso provocou o aumento do interesse pelas
questões ambientais não apenas entre ativistas e cidadãos e cidadãs melhor
informados. Esse interesse difundiu-se igualmente entre a comunidade
13
científica, estimulando avanços tecnológicos e científicos. Não há dúvidas que
se conhece atualmente mais sobre os problemas ambientais do que se
conhecia no passado.
Esta conscientização se deu de forma lenta e gradual e de
maneira diferenciada entre os agentes participantes deste processo de
transformação, diretos e indiretos.
Se hoje temos esta preocupação clara e constante com relação
aos problemas ambientais decorrentes do processo de crescimento e
desenvolvimento econômico, industrial e populacional, devemos lembrar que
por muito tempo estas questões não foram levadas em consideração e que os
recursos naturais foram (e são, em muitos casos) extraídos e utilizados até os
dias de hoje de forma indiscriminada.
Já sabemos que há crescentes evidências de correlações entre
desequilíbrios ambientais e efeitos sobre a saúde humana, por exemplo. Não
obstante, esse conhecimento mais sistematizado não tem sido suficiente para
deter o processo de degradação ambiental em curso.
O uso desenfreado dos recursos ambientais pelo homem, seja por
ignorância, dolo, negligência, indiferença e etc. fez com que os governos
adotassem medidas reativas, na espera de obtenção de resultados através da
correção/penalização do infrator por impactos ambientais negativos causados
em vez de medidas preventivas objetivando evitar futuras degradações
ambientais.
Onde será que está o gargalo entre perceber que um problema
relevante existe e implementar ações que efetivamente resolvam esse
problema?
Com o passar dos anos, a questão da degradação do meio
começa a ser entendida como um problema de caráter generalizado, cabendo
14
a cada governo adotar mecanismos funcionais, com tomadas de decisões e
implementação de ações que aperfeiçoassem o processo produtivo, reduzindo
o impacto ambiental, com foco voltado para a sociedade, sem deixar de lado a
lucratividade das empresas, o que deu origem ao zoneamento industrial e
estudos prévios de impacto ambiental.
De um modo geral, o que se vê hoje em dia é que a população
mundial está cada vez mais ciente de que o padrão atual de desenvolvimento
econômico, apesar de seus benefícios perceptíveis, está intimamente
associado à degradação do meio ambiente. Fato curioso, uma vez que esta
consciência quanto ao uso racional e sustentável dos recursos existentes surja
num momento em que a humanidade consome em um ritmo cada vez mais
intenso estes recursos, além da percepção de que a degradação ambiental é
um problema com características globais, não podendo desta forma ser tratada
de maneira isolada por cada país.
Este novo modelo de preocupação com as questões do meio
ambiente, entende que os impactos ambientais associados não afetam apenas
o ambiente físico e biológico, como também abrange as dimensões política,
social e cultural, tratando questões como a pobreza , distribuição de renda,
exclusão social, acesso à educação, relação com as minorias (étnicas,
religiosas, portadores de necessidades especiais e pessoas com orientações
sexuais diversas), como também a preservação de culturas locais, que são
aspectos que contribuem de maneira decisiva para melhoria ou depreciação
da qualidade de vida das pessoas, bem como no exercício pleno da cidadania.
Dentro deste novo contexto de responsabilidade socioambiental,
as instituições financeiras começam a assumir o compromisso de atender às
expectativas de seus colaboradores, clientes e sociedade em termos de
respeito à lei, aos valores éticos, às pessoas, à comunidade e ao meio
ambiente.
15
Para alguns autores, a definição ideal para Responsabilidade
Socioambiental é a “decisão de participar mais diretamente das ações
comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos
ambientais decorrentes do tipo de atividade que exerce” (Melo Neto & Froes,
1999).
16
CAPÍTULO II
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
2.1- As Empresas Brasileiras e o Meio Ambiente
O bom desempenho das empresas que adotam boas práticas
ambientais comprova a real possibilidade de se obter lucro com
responsabilidade ambiental. No Brasil a situação ambiental é crítica em alguns
setores, apesar de algumas empresas realizarem trabalhos de seriedade
indiscutível, ajustando seus processos produtivos e produtos.
Vale ressaltar que a incorporação da variável ambiental nas
empresas brasileiras deu-se somente a partir da década de 1990, quando se
consolidou a legislação pertinente. Tal fato representa um marco no processo
de indução do comportamento ambiental responsável.
2.1.1- Categorias e Características
À medida que as empresas incorporam a variável ambiental,
podem ser classificadas em quatro categorias em relação à responsabilidade
ambiental:
ü Categoria 1
Aquelas que nada fazem com relação ao meio ambiente.
ü Categoria 2
As que pouco atua, apesar de gerarem impactos, cumprindo os padrões
mínimos da legislação.
ü Categoria 3
17
As que procuram ter uma atuação mais significativa, seguindo, via de regra,
padrões corporativos.
ü Categoria 4
Aquelas que estão procurando obter certificação segundo normas ambientais
para o seu Sistema de Gestão Ambiental (BS 7750 e ISO 14001).
Vale ressaltar ainda, que as razões para o design ambiental dos produtos e
melhoria dos processos internos de produção das empresas são:
1. maior satisfação dos clientes,
2. melhoria da imagem da empresa,
3. conquista de novos mercados,
4. redução de custos,
5. melhoria do desempenho da empresa,
6. redução dos riscos,
7. melhoria da administração da empresa,
8. maior permanência do produto no mercado,
9. maior facilidade na obtenção de financiamentos,
10. certificação e demonstração aos clientes, vizinhos, acionistas.
2.2- Bancos e o Meio Ambiente
A atividade bancária é o elo entre a poupança e o investimento de
uma economia. A intermediação financeira é a característica básica das
atividades bancárias, emoldurando todos os demais serviços prestados pelo
setor. Essa intermediação é possível porque existem agentes econômicos
superavitários (com excedentes financeiros) e agentes econômicos deficitários
(necessitados de recursos financeiros). Os bancos, então, direcionam os
recursos dos primeiros para os segundos.
A captação de poupança e a concessão de crédito ou
financiamento são realizadas em montantes e prazos variados. Elas geram
18
rentabilidade para os agentes econômicos diretamente envolvidos, mas
também possibilitam o aumento dos níveis de renda e de emprego de toda a
sociedade.
A QUESTÃO É: como essa atividade de intermediação financeira
dos bancos pode causar impactos sobre a natureza? Se os bancos não
exploram diretamente os recursos naturais não renováveis (tais como
minerais), nem tampouco os recursos naturais renováveis (como a caça, a
pesca ou a atividade florestal). Se a emissão de poluentes atmosféricos ou
hídricos pelos bancos é insignificante quando comparada com a das atividades
agropecuárias e industriais. Apesar de ser capaz de produzir volumes
consideráveis de resíduos sólidos, em especial papel, não acreditamos ser
essa a razão pela qual os bancos começam a ser crescentemente
questionados pelos seus potenciais impactos sobre a base natural, sobre o
meio ambiente, do planeta. Então qual a razão? A responsabilidade ambiental
dos bancos é indireta; é uma co-responsabilidade. Nem todos os agentes
econômicos possuem todos os recursos financeiros de que precisam para as
suas despesas correntes, seu capital de giro ou seus investimentos. O aporte
financeiro para atender a essas necessidades pode ser feito pelos bancos.
Empresas devedoras que possuem sistemas produtivos
poluidores ou degradadores podem ter seu desempenho operacional
comprometido. Gastos com pagamentos de multas ambientais ou com
reparação de danos causados ao meio ambiente podem incrementar os custos
da empresa poluidora. Dependendo da gravidade do problema, esses gastos
podem ser significativos, comprometendo a capacidade da empresa em honrar
seus compromissos.
O apoio financeiro em situações como essa pode, além de
comprometer o retorno do capital emprestado, provocar desgaste à imagem da
instituição bancária, em especial pela vinculação do dano ambiental ao
financiamento concedido.
19
A co-responsabilidade já é uma realidade para muitos bancos,
que podem ser responsabilizados – pelos gestores públicos ou pela opinião
pública – por degradações ambientais de seus clientes. Bancos oficiais e
privados começam a dar maior importância as suas concessões de créditos em
atividades que podem gerar impactos significativos sobre o meio ambiente. E
isso já vem ocorrendo há algum tempo.
2.2.1 – Institucionalização do Compromisso entre Bancos e Meio Ambiente
Com o propósito de incentivar ações ambientais concretas no
setor financeiro, diversos acordos nacionais ou internacionais têm sido
estruturados para estimular as instituições financeiras a aprofundar as relações
entre desempenho ambiental e competitividade empresarial. Exemplos a
seguir.
ü PROTOCOLO VERDE
Programa do Governo Federal cujo objetivo é induzir a
incorporação da variável ambiental no processo de gestão e concessão de
crédito oficial. Os bancos signatários deste protocolo são a CAIXA
ECONÕMICA FEDERAL, o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia, o Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social e o Banco do Nordeste. O processo de
implementação do Protocolo Verde, iniciado em 1995, consiste em:
- Adotar sistemas internos de classificação considerando o impacto do projeto
sobre o meio ambiente e suas implicações em termos de risco de crédito;
- Promover a educação ambiental dos empregados das entidades signatárias;
- Identificar mecanismos de diferenciação nas operações de financiamento, em
termos de prazos, juros e carências, com base na mensuração dos custos
decorrentes de passivos e riscos ambientais;
- Promover a criação de linhas especiais de crédito para investimentos em
proteção ambiental.
20
ü PNUMA/IF
Iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) para o setor financeiro, onde mais de 100 bancos e seguradoras de
todo o mundo, assinaram a “Declaração das Instituições Financeiras sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento” se comprometendo a buscar uma interação
positiva entre o desenvolvimento econômico, Social e a proteção ambiental.
ü PRINCÍPIOS DO EQUADOR
O International Finance Corporation (IFC), instituição vinculada ao
Banco Mundial que fornece financiamentos a projetos da iniciativa privada,
criou uma série de diretrizes socioambientais, conhecidas como "Princípios do
Equador". Ao adotar tais princípios os bancos signatários procuram garantir
que os projetos que financiam sejam desenvolvidos de forma socialmente
responsável e reflitam as práticas de gestão ambiental.
Toda instituição bancária signatária dos "Princípios do Equador",
se compromete a utilizar mecanismos para apurar o Rating Socioambiental das
empresas, classificando suas propostas de operações de crédito em:
A (alto risco), B (médio risco) e C (baixo risco).
As propostas de financiamento e empréstimos deverão incorporar
vários requisitos para fins de análise e concessão de crédito. Entre esses
requisitos, destacam-se:
- gestão de risco ambiental;
- adoção de Sistemas de Segurança e saúde Ocupacional;
- avaliação de impactos sócio-econômicos;
- eficiência na produção, distribuição e consumo de recursos hídricos e energia.
21
CAPÍTULO III
GESTÃO AMBIENTAL E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Se o capital é o principal motor da atividade econômica, as
instituições financeiras têm um papel intransferível a desempenhar na transição
para modos mais sustentáveis de produção. Isso se dá através da atuação
destas instituições como indutoras do comportamento socioambiental
responsável dos agentes econômicos. As variáveis ambientais começam,
embora ainda timidamente, a serem incorporadas nas análises de pedido de
crédito ou financiamento.
Fica cada vez mais claro que estratégias empresariais
abrangentes envolvem a adequada combinação de aspectos específicos.
3.1 - Administração de Risco
A legislação ambiental vigente permite responsabilizar os bancos
pelos danos ambientais causados por empreendimentos financiados; isto
ocorre com fundamento na responsabilidade civil objetiva e solidária pautada
nas diretrizes ambientais impostas ao setor econômico, dentre elas:
- Constituição Federal
- Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente)
- Lei 9.605/98 (lei de Crimes Ambientais)
- Lei 8.947/95 (Lei da Biossegurança)
- na Teoria do Risco Criado
- no Princípio do Poluidor – Pagador
Ressalta-se ainda que as multas e embargos poderão ter sérios
rebatimentos sobre a capacidade de pagamento do tomador, ocasionando
prejuízos financeiros e comprometimento da imagem da instituição bancária
22
envolvida, situações que estão levando os bancos a considerarem o risco
ambiental como parte do risco financeiro.
3.2 - Programas de Ecoeficiência
Adoção de medidas e ferramentas gerenciais que possibilitem
ações ambientais concretas em todas as áreas funcionais da empresa por meio
do estabelecimento de metas e indicadores ambientais em programas de
eficiência no uso dos recursos, gerando benefícios econômicos e ambientais
por meio da racionalização de processos e redução do desperdício.
3.3 - Imagem Institucional
As práticas de responsabilidade ambiental estão sendo utilizadas
pelos bancos como estratégia de competitividade e diferenciação, para atração
de investidores/clientes que se identificam com instituições que adotam a ética
ambiental nos negócios.
3.4 - Negócios Sócio-Ambientais
O processo de desenvolvimento ambientalmente sustentável cria
demanda por uma nova categoria de negócios, e consequentemente, por
produtos e serviços bancários, voltados para o financiamento das seguintes
áreas: mercado de créditos de carbono (Protocolo de Kyoto); Fundos Éticos de
Investimentos; tecnologias de produção mais limpa; saneamento ambiental;
fontes de energias renováveis; gestão de fundos de recursos hídricos de bacias
hidrográficas; linhas de crédito para projetos ambientais; intermediação de
recursos internacionais para operações estruturadas.
Fica evidente, então, que a gestão do meio ambiente não é uma
atividade exclusiva do IBAMA entre outros órgãos públicos ambientais. Vários
23
agentes, públicos e privados, estão envolvidos na busca de um padrão
sustentável de desenvolvimento.
Pode ocorrer de um projeto, mesmo licenciado pelo órgão
ambiental oferecer riscos para a instituição financeira, pois a instituição
financeira não esta isenta de riscos uma vez que não é possível obter garantias
de que a empresa irá cumprir com os compromissos ambientais assumidos
com o órgão licenciador.
Para uma instituição financeira se precaver de um possível
prejuízo financeiro, social e ambiental e evitar assim o comprometimento de
sua imagem ela deve desenvolver um novo olhar sobre os empreendimentos e
negócios que financia, de forma a não comprometer as possibilidades de
negócio e transformar os possíveis riscos em oportunidades.
Os bancos passam a exercer, indiretamente, um efetivo papel de
“protetor” do meio ambiente.
As instituições financeiras podem constatar que um determinado
cliente não está atendendo às exigências previstas nas licenças ambientais.
Diante deste fato, o risco ambiental e, consequentemente o risco global do
projeto aumenta.
Os bancos poderão então solicitar uma regularização da situação
e, dependendo da gravidade da situação, determinar a suspensão do
financiamento pleiteado.
Para os bancos que operam com créditos públicos, o atendimento
aos dispositivos legais de meio ambiente não deve ser encarado como uma
atitude meramente legal e formal, ou apenas uma questão de preservação da
imagem da instituição financeira junto à opinião pública.
24
São necessárias, também, iniciativas que possibilitem a análise
dos custos ambientais, previamente e no decorrer da implantação dos projetos,
com o objetivo de aumentar a qualidade dos mesmos. Dessa forma, estariam
reduzindo os riscos e propiciando o equilíbrio e a proteção do meio ambiente.
25
CAPÍTULO IV
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA CAIXA
4.1 – A CAIXA e a postura socialmente responsável
A CAIXA, por missão institucional, tem uma importante atuação
na área ambiental, por meio de programas de desenvolvimento urbano e
ambiental. Em especial os de habitação, urbanização de favelas, saneamento
ambiental (abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem,
tratamento de resíduos sólidos urbanos, gestão de recursos hídricos),
financiamento a energia solar para o aquecimento de água, kit de conversão de
combustível para GNV – Gás Natural Veicular, inovações tecnológicas, entre
outras ações.
A CAIXA acredita na compatibilidade entre lucratividade e
sustentabilidade ambiental, tem potencial para ampliar sua atuação no
mercado e ocupar um espaço de destaque. Para tal pode usufruir da sua
experiência na operação de programas, da capacidade técnica instalada em
suas redes de agências e de desenvolvimento urbano, e de seu
posicionamento estratégico no relacionamento com as três esferas de governo
e organismos internacionais.
4.2 – Iniciativas de Ecoeficiência na CAIXA
São notórias as crescentes oportunidades que o mercado de
negócios ambientais vem propiciando para uma instituição financeira como a
CAIXA. Seja para atender às demandas por tecnologias de produção mais
limpa para o setor produtivo ou aos novos hábitos e exigências que os
consumidores gradativamente têm adotado.
26
Entre as iniciativas de ecoeficiencia na CAIXA, pode-se destacar:
- A eficiência energética com a instalação de sensores de presença, instalação
de lâmpadas e luminárias mais eficientes, instalação de torneiras com
arejadores e temporizadores (economizam até 60% de água) e otimização do
uso de sistemas centrais de ar condicionado.
- O PROGED - Programa de Racionalização de Gastos e Eliminação de
Desperdícios, que já economizou mais de meio milhão de folhas, somente na
substituição de papel pelo meio digital na emissão de relatórios e similares que
resultou numa economia de R$ 1.394.000,00 até 2004.
- A utilização de papel reciclado em publicações, materiais promocionais,
cartões de visitas e material de consumo.
- A coleta seletiva, que arrecadou 2,2 toneladas de papel e 32.000 cartuchos
de impressão em 2004 e 2005.
4.3 – Política Ambiental na CAIXA
A proposta da Política Ambiental da CAIXA fundamentou-se no
entendimento de que os bancos têm um papel intransferível a desempenhar,
no sentido de financiar uma transição para modos mais sustentáveis de
produção.
Neste contexto de maior engajamento dos bancos nas questões
ambientais a CAIXA, que funciona nos negócios e serviços como indutora do
comportamento socioambiental responsável ao incorporar a variável ambiental
em suas políticas de crédito, precisava deixar mais claro seus princípios de
respeito ao meio ambiente e sua contribuição para a solução racional dos
problemas ambientais. Com esse objetivo foi desenvolvida a Política Ambiental
Corporativa, aprovada em 26 de maio de 2004 pelo Conselho Diretor
(Resolução Nº. 894/2004) e regulamentada pelo MN OR 063.
27
A Política Ambiental trouxe à tona a necessidade de coesão e
melhor articulação, uma vez que a política imprime uma dimensão transversal e
trans-setorial às ações ambientais e propicia melhor visibilidade interna e
externa.
Essa Política, por meio de suas diretrizes, princípios e ações, visa
orientar os negócios e os processos da CAIXA para fortalecer sua atuação na
área ambiental, criando importante diferencial competitivo para a instituição,
num mercado cada vez mais exigente e globalizado.
4.3.1 – Diretrizes
- Cumprir a regulamentação ambiental aplicável às nossas atividades e
serviços empresariais;
- Buscar eficiência no uso dos recursos, gerando benefícios econômicos e
ambientais por meio da racionalização de processos e redução do desperdício;
- Considerar a gestão ambiental como uma prioridade corporativa e buscar
sempre o gerenciamento integrado, o processo de aperfeiçoamento contínuo e
a educação dos empregados;
- Dispor de produtos e serviços para atender o mercado ambiental;
- Promover a disseminação dos princípios e diretrizes entre empresas
terceirizadas, clientes e fornecedores, contribuindo para a transferência de
tecnologias e de métodos de gestão ambientalmente saudáveis;
- Incorporar, paulatinamente, à nossa política de concessão de créditos,
critérios que considerem o risco ambiental como parte do risco financeiro.
4.3.2 – Princípios
- Os bancos têm um papel intransferível a desempenhar na transição para
modos mais sustentáveis de produção, negócios e serviços, funcionando como
indutores do comportamento socioambiental responsável, ao incorporar a
variável ambiental em suas políticas de crédito;
28
- O respeito ao meio ambiente é o balizador das práticas administrativas e
negociais da CAIXA;
- Desenvolvimento sustentável depende de uma interação positiva entre o
desenvolvimento econômico e social e a preservação ambiental, a fim de
equilibrar a satisfação dos interesses das gerações atuais e futuras;
- Desenvolvimento sustentável é responsabilidade coletiva dos governos,
empresas e cidadãos;
- A CAIXA acredita na compatibilidade entre lucratividade e sustentabilidade
ambiental.
A Política Ambiental na CAIXA está dividida em cinco campos
operacionais estratégicos, que são Ecoeficiência Corporativa, Comunicação e
Marketing, Produtos e Serviços, Recursos Humanos, Tecnologias e Processos.
Esses campos foram definidos para garantir a transversalidade da
variável ambiental nos processos internos e externos inerentes às atividades
da CAIXA, bem como para facilitar a implementação da Política Ambiental
diante da complexidade organizacional, refletida pelas dimensões, atribuições e
estrutura da Empresa.
Relacionamos, a seguir, a estratégia utilizada em cada um dos
cinco campos operacionais.
4.3.3 – Ecoeficiência Participativa
- Construir indicadores ambientais por unidade, pessoas e processos, através
de uma avaliação do desempenho ambiental da empresa;
- Identificar os aspectos ambientais dos produtos, serviços e programas da
CAIXA que possam ter impactos ambientais significativos e impliquem em
responsabilidade civil;
- Gerenciar os insumos e resíduos (papel, toner, lâmpada, etc) decorrentes das
atividades da CAIXA;
29
- Buscar a utilização ecoeficiente de recursos nos projetos de construção,
reforma e manutenção de unidades;
- Estabelecer relacionamento com fornecedores e clientes baseado na prática
de responsabilidade ambiental.
4.3.4 – Produtos e Serviços
- Identificar oportunidade de novos negócios no mercado ambiental;
- Ampliar o portfólio de produtos e serviços da CAIXA para atender ao
crescente mercado ambiental;
- Posicionar-se no mercado internacional, atuando como intermediadora de
recursos destinados a projetos e operações estruturadas de cunho
socioambiental;
- Atuar como o principal agente de fomento ao desenvolvimento sustentável do
Governo Federal.
4.3.5 – Recursos Humanos
- Desenvolver uma cultura organizacional de responsabilidade ambiental;
- Fortalecer a nossa capacidade técnica e institucional para atuar como o
principal agente de fomento ao desenvolvimento sustentável do Governo
Federal;
- Disseminar conhecimentos ambientais, a exemplo de palestras e cursos
temáticos, por meio de parceria interinstitucional nas várias esferas de poder;
- Capacitar o corpo funcional nos conceitos e práticas da Gestão Ambiental
como agentes multiplicadores em educação ambiental.
4.3.6 – Tecnologia e Processos
- Incorporar critérios sócio-ambientais na sistemática de concessão de crédito;
- Revisar processos buscando métodos e técnicas de produção ecoeficientes;
- Prospectar e desenvolver inovações tecnológicas para a ecoeficiência de
produtos e processos;
30
- Promover a melhoria contínua dos processos internos e externos;
- Monitorar e auditar no intuito de acompanhar a evolução da responsabilidade
ambiental da CAIXA.
4.3.7 – Comunicação e Marketing
- Informar toda a empresa sobre a Política Ambiental;
- Mobilizar e envolver o corpo funcional com a Política;
- Comprometer o público interno com os objetivos e metas estabelecidas;
- Divulgar interna e externa os resultados alcançados;
- Dar visibilidade às ações sócio-ambientais da CAIXA aos clientes, sociedade
e governo;
- Inserir a CAIXA nos principais fóruns de articulação e discussão de questões
sócioambientais, bem como buscar a adesão formal aos pactos e tratados
nacionais e internacionais (PNUMA IF, A3P).
4.4 – Ecoatitude
A CAIXA acredita na importância da disposição individual para a
mudança institucional, por intermédio de ecoatitudes. A empresa prega que
neste processo preparação de um modelo operacional socioambientalizado,
cada empregado pode contribuir para as oportunidades e desafios do futuro.
Para a CAIXA, ter Ecoatitude é preocupar-se com tudo o que diz
respeito à vida das pessoas, tornando-a melhor de todas as formas possíveis;
é preocupar-se com o mundo onde os projetos que financiamos serão
concretizados; preocupar-se com o ar que se respira, com a água que e bebe,
com os recursos naturais de que dispomos, com a terra em que se planta e se
constrói; mudar hábitos simples e incentivar mudanças grandiosas, é trabalhar
ativamente na construção de um mundo com um futuro melhor.
31
CONCLUSÃO
As maiorias dos bancos no Brasil e no mundo, ao lançarem suas
Políticas Ambientais, percebem-na como um diferencial competitivo que agrega
valor ao negócio, à imagem e à marca, favorece a redução de riscos, motiva o
corpo funcional e oportuniza acesso a novos mercados.
Para que o homem e as instituições se relacionem
harmoniosamente com o ambiente é preciso que conheçam as consequências
de suas atividades sobre o meio ambiente e apliquem esses conhecimentos
em prol de uma sociedade mais justa e ambientalmente saudável.
Com pequenas atitudes, é possível ajudar na preservação do
meio ambiente, e também mudar significativamente a vida cotidiana, trazendo
benefícios de ordens éticos, sociais, culturais e econômicos.
Como foi visto, o desenvolvimento sustentável agrega valor para
as empresas por que incorpora na gestão empresarial uma nova visão do
mundo, mais aderente às necessidades e anseios do cidadão e atenta aos
limites e capacidades do meio ambiente.
Cabe destacar que o espaço de ação das empresas em prol do
desenvolvimento sustentável adquire duas formas principais: a primeira é o
argumento dos valores éticos, que apela diretamente para os valores pessoais
dos seus empregados e pode ser um poderoso fator de motivação. Este
argumento afirma que a empresa deve possuir uma obrigação moral com a
sociedade; a segunda é o argumento de valor econômico, que no contexto da
sustentabilidade é facilmente demonstrável pelos benefícios para eficiência e
desempenho da empresa, por exemplo: baixo risco, poder da marca, redução
de custos, motivação dos empregados e lucros potenciais.
32
Entretanto é bom lembrar que as pressões financeiras do dia-a-
dia, muitas vezes parecem contrárias a esses princípios. Ainda assim o
assunto merece importância e necessita ser repensado.
O estudo da CAIXA neste trabalho demonstra o novo foco das
grandes instituições financeiras frente ao negócio: o meio ambiente e a
sociedade que nele vive, e a necessidade da integração de uma nova atitude,
de uma Ecoatitude.
Frente ao tema, percebemos que o gesto de cada um, do
consumidor, do investidor, do cliente, do empregado, trazido para o coletivo é
aquilo que provavelmente será a grande revolução no mundo.
33
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<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/responsabilidade-social-
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Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. cap. 32, p.499-508.
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em: julho/2012.
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<http://www.fundacaofia.com.br/PENSA/anexos/biblioteca/2822007151357_Te
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Boff.
34
<http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/6614/servicos_do_portal/noticias/itens/
sustentabilidade_tentativa_de_definicao,_por_leonardo_boff.aspx/> Acesso
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MELO NETO, Francisco Paulo de & FROES, César. Responsabilidade Social &
Cidadania Corporativa – A Administração do terceiro setor. 1. Ed Rio de
Janeiro: Ed. Qualitymark, 1999.
SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. p. 80.
SCIELO. A responsabilidade social é uma questão de estratégia? Uma
abordagem crítica <http://www.scielo.br/pdf/rap/v42n1/a02v42n1.pdf/> Acesso
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UNESCO/PNUMA. Jovens Rumo à Mudança: o Caminho de Estilo de Vida
Sustentável o Guia. Brasil: PNUMA, 2002.
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corporativa.
<http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/cadernos_posgraduacao/cadernosv4
n1adm/cdposv4n1adm_2k12.pdf> Acesso em: maio/2012.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CONCEITUAÇÃO 10
1.1 – Impactos Ambientais 10
1.2 – Sustentabilidade 11
1.3 – Responsabilidade Socioambiental 12
CAPÍTULO II
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 16
2.1 – As Empresas Brasileiras e o Meio Ambiente 16
2.1.1 – Categorias e Características 16
2.2 – Bancos e o Meio Ambiente 17
2.2.1 – Institucionalização do Compromisso 19
CAPÍTULO III
GESTÃO AMBIENTAL E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 21
3.1 – Administração de Risco 21
3.2 – Programas de Ecoeficiência 22
3.3 – Imagem Institucional 22
3.4 – Negócios Sócio-Ambientais 22
CAPÍTULO IV
RESPONSABILIDADE SOCIO-AMBIENTAL NA CAIXA 25
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4.1 – A CAIXA e a postura socialmente responsável 25
4.2 – Iniciativas de Ecoeficiência na CAIXA 25
4.3 – Política Ambiental na CAIXA 26
4.3.1 – Diretrizes 27
4.3.2 – Princípios 27
4.3.3 – Ecoeficiência Participativa 28
4.3.4 – Produtos e Serviços 29
4.3.5 – Recursos Humanos 29
4.3.6 – Tecnologia e Processos 29
4.3.7 – Comunicação e Marketing 30
4.4 – Ecoatitude 30
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33
INDICE 35
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