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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
POLUIÇÃO AMBIENTAL, A NECESSIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PUNIÇÃO PARA OS INFRATORES.
Por: Elizabete Ramos de Souza
Orientador: Professor Francisco Carrera
Niterói – R.J. Agosto de 2010-08-18
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE POLUIÇÃO AMBIENTAL, A NECESSIDADE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PUNIÇÃO PARA OS INFRATORES.
Apresentação de Monografia à
Universidade Candido Mendes Como
Condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Gestão Ambiental.
Por: Elizabete Ramos de Souza
Niterói – R.J. Agosto de 2010-08-18
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela oportunidade de fazer
o curso e aos meus professores do Curso de
Gestão Ambiental pelo entusiasmo na
transmissão das Matérias.
4
DEDICATÓRIA
Ao meu filho que me deu exemplos de que
devemos ter perseverança para
conseguirmos superar os obstáculos que
sempre encontramos pela vida.
5
RESUMO
Esta monografia trata da poluição ambiental provocada pelos resíduos
sólidos e a importância da reciclagem e educação ambiental para reduzir este
impacto.
Quando os resíduos produzidos em todos os estágios das atividades
humanas, principalmente os produzidos pelas indústrias, tais como petrolífera,
metalúrgica, alimentícia quando incorretamente gerenciados, tornam-se uma grave
ameaça ao Meio Ambiente.
De acordo com a legislação Brasileira, os geradores desses resíduos são
responsáveis pelo seu tratamento e principalmente pelo destino desses materiais.
O objetivo dessa monografia é apresentar a classificação dos resíduos e
identificar o tratamento adequado, como o armazenamento e a reciclagem, para
reduzir os impactos ambientais gerados pelos mesmos.
6
METODOLOGIA
Esta monografia apresenta como metodologia a pesquisa bibliográfica, e
explicativa.
Os dados utilizados para a elaboração do presente trabalho foram
elaborados por meio de pesquisa bibliográfica. Foram utilizados artigos científicos e
pesquisa em sites da Internet, livros, como também trabalhos e anotações
relacionados com as matérias deste curso.
7
INTRODUÇÃO
Produzidos em todos os estágios das atividades humanas, os resíduos, em
termos tanto de composição como de volume, variam em função das práticas de
consumo e dos métodos de produção. As principais preocupações estão voltadas
para as repercussões que podem ter sobre a saúde humana e sobre o meio
ambiente (solo, água, ar e paisagens). Os resíduos perigosos, produzidos sobretudo
pelas indústrias, são particularmente preocupantes, pois, quando incorretamente
gerenciados, tornam-se uma grave ameaça ao meio ambiente.
A compreensão da problemática do lixo e a busca de sua resolução
pressupõem mais do que a adoção de tecnologias. Uma ação na origem do
problema exige reflexão não sobre o lixo em si, no aspecto material, mas quanto ao
seu significado simbólico, seu papel e sua contextualização cultural, e também sobre
as relações históricas estabelecidas pela sociedade com os seus rejeitos.
As mudanças ainda são lentas na diminuição do potencial poluidor do
parque industrial brasileiro, principalmente no tocante às indústrias mais antigas, que
continuam contribuindo com a maior parcela da carga poluidora gerada e elevado
risco de acidentes ambientais, sendo, portanto, necessários altos investimentos de
controle ambiental e custos de despoluição para controlar a emissão de poluentes, o
lançamento de efluentes e o depósito irregular de resíduos perigosos.
Nos Estados Unidos, de acordo com Leripio (2004) , o grande volume de lixo
gerado pela sociedade está fundamentado no famoso "american way of life" que
associa a qualidade de vida ao consumo de bens materiais. Este padrão de vida
alimenta o consumismo, incentiva a produção de bens descartáveis e difunde a
utilização de materiais artificiais e é o que vem acontecendo atualmente no Brasil.
Esta Monografia baseia-se na hipótese de que a falta ou destinação
incorreta de resíduos de um modo geral, gera sérios e irreparáveis impactos
ambientais, como também da necessidade de Educação Ambiental e Punição para
os infratores.
O primeiro capítulo apresenta alguns conceitos sobre resíduos sólidos.
O segundo capítulo mostra os problemas que os resíduos podem causar.
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No terceiro capítulo aborda-se a questão da RECICLAGEM COMO UMA
OPÇÃO NO REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS.
No quarto capítulo tratamos sobre o tema da Educação Ambiental e punição
mais rígida para os infratores.
9
CAPÍTULO I
ALGUNS CONCEITOS SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS
O lixo urbano é resultado da atividade diária do homem em sociedade. Dois
fatores básicos regem sua produção e origem: o aumento populacional e a
crescente industrialização.
Conhecer alguns conceitos sobre o assunto é fundamental para que
pessoas envolvidas em projetos de Educação Ambiental possam participar de
maneira consciente do programa de resíduos sólidos e despoluição Ambiental.
A sociedade atual tem como uma de suas características o consumo
energético crescente e diferenciado por camada social. O aumento do poder
aquisitivo faz com que o consumo dos recursos naturais extrapole o necessário para
a sobrevivência, colocando em risco esses recursos.
Os resíduos - sólidos, líquidos e gasosos - começam a chamar atenção da
sociedade para a necessidade de soluções, uma vez que envolvem aspectos
sanitários, econômicos e sociais.
Os resíduos sólidos, gerados cada vez mais em grandes quantidade,
principalmente nos centros urbanos, demandam elevados custos para solucionar e
atenuar os problemas ocasionados por eles.
Os problemas causados pela disposição inadequada de resíduos sólidos no
meio ambiente, resultam na poluição do solo, das águas tanto superficiais como
subterrâneas, do ar e alteram as paisagens. Além disso, podem causar problemas
de saúde no homem, seja através de agentes patogênicos ou substâncias químicas,
seja influindo no seu bem estar (Sisinno 2000).
A poluição do solo causada por resíduos sólidos, pode ser exemplificada
pelas substâncias químicas inadequadamente dispostas e acumuladas pelos
vegetais terrestres cultivados em solos utilizados anteriormente como depósito final
para resíduos. Os compostos produzidos a partir de matéria orgânica retirada do lixo
mas que, por não terem sido processados de forma adequada, podem apresentar
teores de metais pesados em concentrações elevadas ( Pereira Neto & Stentiford,
1992 in Sisinno,2000).
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A contaminação das águas superficiais e subterrâneas por substâncias
vindas de depósitos de resíduos é outro problema que envolve saúde pública. O uso
destas fontes poderá ficar comprometido por longo tempo e a exposição poderá
ocorrer por ingestão de água ou consumo de animais e vegetais aquáticos
originados de corpos d’água superficiais contaminados. Vegetais irrigados com água
contaminada por chorume também poderão causar problema de saúde ao homem.
Resíduos coletados de forma imprópria e depositados de maneira inadequada, como
em valas, rios, canais, poderão comprometer o escoamento das águas em épocas
de chuvas fortes e causar transtornos como enchentes e surtos de leptospirose.
Populações que vivem em locais próximos à disposição de resíduos, podem
sofrer distúrbios respiratórios causados pela poeira em suspensão e o cheiro
desagradável e irritante de substâncias voláteis, causando cefaléia e náuseas. A
poluição do ar também poderá ser responsável por problemas de visão, como
irritação e inflamação da mucosa ocular (Acurio et al., 1977 in Sisinno 2000).
A poluição visual afeta a paisagem e o bem estar das populações que
habitam nas proximidades das áreas de disposição de resíduos urbanos e
industriais.
O destino final do lixo é um dos agravantes da degradação do meio
ambiente. Muito se fala em coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos como
alternativas para redução do volume de lixo a ser disposto em aterros ou lixões. A
reciclagem permite a diminuição da quantidade de lixo produzido e o
reaproveitamento de diversos materiais, ajudando a preservar alguns elementos da
natureza no processo de reaproveitamento de materiais já transformados. Os
programas de coleta seletiva que se consolidaram vêm se traduzindo também em
alternativas de geração de renda para a manutenção e sobrevivência de muitas
famílias. As campanhas educativas contribuem para mobilizar a comunidade, para
sua participação efetiva e ativa na implantação da coleta seletiva de resíduos
sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou reutilizáveis diretamente na fonte de
geração. Vale ressaltar o papel da sociedade em geral no desenvolvimento de
projetos de Educação Ambiental, que envolvem a todos nós, levando a idéia de que
a reciclagem por si só não pode ser considerada a solução, mas que a mudança de
hábitos e atitudes pode levar a sociedade a tomar medidas mais abrangentes, com
ações que minimizem a quantidade de resíduos na própria fonte geradora,
consumindo menos e reutilizando embalagens descartáveis.
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Desta forma, devemos acreditar na Educação Ambiental como processo
educativo, permanente e contínuo, que visa desenvolver uma filosofia de vida ética e
moral, e respeito com a natureza e entre os homens, propiciando conhecimentos e o
exercício da cidadania para uma atuação crítica e consciente dos indivíduos e
grupos.
1.1 – Classificação dos resíduos
De acordo com o site http://www.ambientebrasil.com.br, os resíduos são
classificados:
Quanto às características físicas:
- Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras,
guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina,
cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
- Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos,
legumes, alimentos estragados, etc.
Quanto à composição química:
- Orgânico: é composto por pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos,
cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos,
aparas e podas de jardim.
- Inorgânico: composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros,
borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas,
parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
Quanto à origem:
- Domiciliar: originado da vida diária das residências, constituído por restos
de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados,
jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas
descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resíduos
tóxicos.
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- Comercial: originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de
serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares,
restaurantes, etc.
- Serviços públicos: originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo
todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias,
córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc, constituído por
restos de vegetais diversos, embalagens, etc.
- Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias
(algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue
coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em
testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função de suas
características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento,
manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para
aterro sanitário.
- Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários: resíduos
sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos.
Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que
podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.
- Industrial: originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais
como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria
alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por
cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras,
borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande
quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo
seu potencial de envenenamento.
- Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de
atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados
apenas com equipamentos e técnicas adequados.
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- Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícola e pecuária, como
embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo
proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial.
- Entulho: resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos
de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de
reaproveitamento.
1.2 - Classes dos resíduos
No dia 31 de maio de 2004 a ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas publicou a nova versão da sua norma NBR 10.004, que classifica os
resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.
Nas atividades de gerenciamento de resíduos, a NBR 10.004 é uma
ferramenta imprescindível, sendo aplicada por instituições e órgãos fiscalizadores. A
partir da classificação estipulada pela Norma, o gerador de um resíduo pode
facilmente identificar o potencial de risco do mesmo, bem como identificar as
melhores alternativas para destinação final e/ou reciclagem. Esta nova versão
classifica os resíduos em três classes distintas:
- Classe 1 - Resíduos perigosos: são aqueles que apresentam riscos à
saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em
função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade.
- Classe 2 - Resíduos não-inertes: são os resíduos que não apresentam
periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como:
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os
resíduos com as características do lixo doméstico.
- Classe 3 - Resíduos inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos
testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus
constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de
potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em
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contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não
se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito
lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição,
pedras e areias retirados de escavações. O quadro 1 mostra a origem, classes e
responsável pelos resíduos.
Os resíduos das classes 1 e 2 devem ser tratados e destinados em
instalações apropriadas para tal fim. Por exemplo, os aterros industriais precisam de
mantas impermeáveis e diversas camadas de proteção para evitar a contaminação
do solo e das águas, além de instalações preparadas para receber o lixo industrial e
hospitalar, normalmente operados por empresas privadas, seguindo o conceito do
poluidor-pagador.
A indústria elimina resíduo por vários processos. Alguns produtos,
principalmente os sólidos, são amontoados em depósitos, enquanto que o resíduo
líquido é, geralmente, despejado nos rios e mares, de uma ou de outra forma.
Certos resíduos perigosos são jogados no meio ambiente, precisamente por
serem tão danosos. Não se sabe como lidar com eles com segurança e espera-se
que o ambiente absorva as substâncias tóxicas. Muitos metais e produtos químicos
não são naturais, nem biodegradáveis. Em conseqüência, quanto mais se enterram
os resíduos, mais os ciclos naturais são ameaçados, e o ambiente se torna poluído.
Desde os anos 50, os resíduos químicos e tóxicos têm causado desastres cada vez
mais freqüentes e sérios.
As indústrias responsáveis pela maior produção de resíduos perigosos são
as metalúrgicas, as indústrias de equipamentos eletro-eletrônicos, as fundições, a
indústria química e a indústria de couro e borracha. Predomina em muitas áreas
urbanas a disposição final inadequada de resíduos industriais, por exemplo, o
lançamento dos resíduos industriais perigosos em lixões, nas margens das estradas
ou em terrenos baldios, o que compromete a qualidade ambiental e de vida da
população.
Todo material residual é descartado das mais diversas formas no meio
ambiente, causando malefícios ao ecossistema. A destinação desses resíduos é um
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dos maiores problemas na gestão dos resíduos sólidos. É necessário a reutilização
ou a reciclagem para que não haja tanto impacto ambiental.
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CAPÍTULO II
PROBLEMAS QUE OS RESÍDUOS PODEM CAUSAR
Antigamente, os resíduos expostos pelo homem eram gerados pela
necessidade fisiológica. Posteriormente deu inicio a produção agrícola e também
pela produção de ferramentas de trabalho como estacas, couro que eram fabricados
a partir de recursos naturais, não causava tanto impacto ambiental, pois a
destinação desses resíduos não era tão significativa quanto hoje em números
quantitativos. Atualmente o homem se depara com tantos problemas com o acumulo
do lixo que surgiu a necessidade de reciclar os resíduos para tentar minimizar os
problemas ambientais gerados por estes e conseqüentemente evitar que tais
resíduos possam afetar a saúde da população, como:
Evitar jogar o lixo nos córregos, rios, bueiros, que vão se acumulando de
entulhos, resultando em enchentes. Quando o lixo é acumulado por muito tempo em
um local, começa a se decompor por bactérias anaeróbias das camadas mais
profundas, formando assim o chorume, na sua composição que é 10 vezes mais
poluente que o esgoto.
A poluição pelo lixo chegará aos rios e oceanos, poluindo assim as águas e
atingindo várias espécies que ali habitam desestruturando todo ecossistema;
Este material orgânico que é decomposto, além de produzir chorume,
mesmo que não seja queimado vai gerar gás metano (CH4), gás sulfídrico e outros,
podendo causar doenças respiratórias e quando colocado em um ambiente fechado
ou próximo ao outro tornando-se explosivo. Ao ser queimado o lixo, irá diminuir o
seu volume, evitando o proliferação de vetores, porém liberando CO2 (gás
carbônico) na atmosfera, que é muito tóxico, acarretando problemas de saúde e ao
meio ambiente.
Em síntese, o governo federal, através do Ministério do Meio Ambiente –
MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA está desenvolvendo projeto para caracterizar os resíduos industriais através
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de um inventário nacional, para traçar e desenvolver uma política de atuação,
visando reduzir a produção e destinação inadequada de resíduos perigosos.
No Brasil o gerador tem a responsabilidade, por exemplo, de escolher um
centro de tratamento que seja adequado, legal e ambientalmente, ficando essa
escolha sob a sua responsabilidade, e também de escolher um transportador que
seja credenciado.
O operador, por sua vez, tem a responsabilidade de cumprir as obrigações
legais em geral e aquelas decorrentes da licença que ele possui, em particular.
A esperança das empresas que investiram em tecnologia e instalações para
tratamento e disposição de resíduos industriais está na disseminação da ISO 14000,
pois as empresas que aderirem à norma terão que gerenciar adequadamente seus
resíduos, e numa maior atuação fiscalizadora por parte dos órgãos de controle
ambiental.
A soma das ações de controle, envolvendo a geração, manipulação,
transporte, tratamento e disposição final, traduz-se nos seguintes benefícios
principais:
- minimização dos riscos de acidentes pela manipulação de resíduos
perigosos;
- disposição de resíduos em sistemas apropriados;
- promoção de controle eficiente do sistema de transporte de resíduos
perigosos;
- proteção à saúde da população em relação aos riscos potenciais oriundos
da manipulação, tratamento e disposição final inadequada.
- intensificação do reaproveitamento de resíduos industriais;
- proteção dos recursos não renováveis, bem como o adiamento do
esgotamento de matérias-primas;
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- diminuição da quantidade de resíduos e dos elevados e crescentes custos
de sua destinação final;
- minimização dos impactos adversos, provocados pelos resíduos no meio
ambiente, protegendo o solo, o ar e as coleções hídricas superficiais e subterrâneas
de contaminação.
Um resíduo não é, por princípio, algo nocivo. Muitos resíduos podem ser
transformados em subprodutos ou em matérias-primas para outras linhas de
produção.
O número crescente de materiais e substâncias identificados como
perigosos e a geração desses resíduos em quantidades expressivas têm exigido
soluções mais eficazes e investimentos maiores por parte de seus geradores e da
sociedade. Além disso, com a industrialização crescente dos países ainda em
estágio de desenvolvimento, esses resíduos passam a ser gerados em regiões nem
sempre preparadas para processá-los ou, pelo menos, armazená-los
adequadamente.
A manipulação correta de um resíduo tem grande importância para o
controle do risco que ele representa, pois um resíduo relativamente inofensivo, em
mãos inexperientes, pode transformar-se em um risco ambiental bem mais grave.
Muitos empresários bem que gostariam de colaborar, efetivamente, para a
despoluição não só por motivos éticos, mas, principalmente, práticos. O que se joga
fora ocupa espaço e leva embora muita matéria-prima que poderia ser
reaproveitada. Fala-se constantemente em reciclagem de materiais, mas ocorre que
ainda estamos no início de um trabalho que demanda ousadia e paciência.
2.1. Sistemas de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos
Os impactos ambientais causados pela ação do homem resultaram na
adoção de medidas cada vez mais restritivas para uso dos recursos naturais.
No caso do tratamento e da destinação de lixo no solo, foram aprimoradas
as técnicas utilizadas culminando em procedimentos mais planejados, que
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caracterizam o sistema de tratamento e disposição final mais em uso atualmente,
quais sejam: os aterros sanitários, as instalações de compostagens / reciclagens e
os incineradores.
20
CAPÍTULO III
A RECICLAGEM COMO UMA OPÇÃO NO REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS
A coleta seletiva e a reciclagem revelam-se como boas alternativas ao
propiciarem matéria prima semi-acabadas, capazes de diminuir os custos financeiros
e energéticos de processos produtivos e a pressão sobre os recursos naturais não
renováveis. Por outro lado, a não utilização do material reciclado viria a se constituir
em maior quantidade de resíduos a serem incorporados em depósitos, com
capacidade próxima ao esgotamento.
3.1. Reciclagem do Alumínio:
O tempo de decomposição demanda mais de 500 anos.
A reciclagem do alumínio vem crescendo muito no Brasil, permitindo
elevados índices de economia de energia. Alcança 95% do total requerido para a
produção a partir da matéria - prima virgem.
Em termos ambientais, a reciclagem da lata de alumínio só oferece
vantagens: a poluição é reduzida em 97% e a poluição do ar em 95% (em
comparação com a produção a partir da matéria-prima virgem).
3.2. Reciclagem de Latas de Aço:
O tempo de decomposição é de mais de 4 anos.
A reciclagem da lata de aço economiza energia e recursos naturais como
minério de ferro, madeira e carvão vegetal. Para 75 latas de aço recicladas,
preserva-se 1 árvore que seria utilizada como carvão na produção.
A economia originada a partir da utilização de uma lata reciclada
corresponde a 95% do total de energia requerida a partir da matéria prima virgem. A
energia necessária para a produção de uma tonelada de alumínio a partir da bauxita
é de 17.600 kWh; para a produção de uma tonelada de alumínio a partir de latas
recicladas utiliza-se, apenas 700 kWh.
Além da economia de energia, tem-se que a poluição das águas é reduzida
em 97% e do ar em 95%, ao se comparar com a produção a partir da matéria prima
virgem.
3.3. Reciclagem do Vidro:
O tempo de decomposição é de mais de 3 mil anos.
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É 100% reciclável, isto é, não apresenta perda. Com uma tonelada de vidro
reciclável produz-se uma tonelada de vidro reciclado. Na produção de vidro novo
pode-se introduzir o caco de vidro em proporções que variam de 20 % a 80% do
total da decomposição, dependendo do tipo de produto fabricado e da coloração do
material. Para cada tonelada de vidro reutilizado ocorre uma economia de 290 kg de
petróleo gasto na fundição.
O vidro pode ser reciclado infinitas vezes. Incluem-se aqui as garrafas de
refrigerante, cervejas, sucos e águas, molhos e condimentos, vinhos e bebidas
alcoólicas, potes para produtos alimentícios e frasco de perfumaria.
Não podem ser reciclados espelhos, produtos de cerâmica, potes de barro,
cristal, lâmpadas, vidros para janelas, tubos de TV e válvulas.
3.4. Reciclagem do Papel:
O tempo de decomposição varia de 6 meses a vários anos.
O papel perde parte de suas propriedades ao ser reciclado. De maneira
geral, o papel pode ser sempre reciclado, ainda que para usos diferentes e não tão
nobre quanto os originais.
A contaminação provocada pela própria característica de utilização dos
papéis sanitários impede o seu reaproveitamento.
A produção e o consumo de papel vêm apresentando considerável
crescimento nos últimos 15 anos em todo o mundo. Cada tonelada de papel
produzido consome 100 mil litros de água, enquanto a reciclagem do papel gasta
somente 2 mil litros. A economia de energia é de 71%. Embora a produção de papel
reciclado exija uma parte de matéria-prima virgem (celulose), a reciclagem poupa o
corte de 10 a 20 árvores adultas por tonelada produzida.
3.5. Reciclagem do Plástico:
O tempo de decomposição é de mais de 200 anos.
O consumo de plástico vem crescendo em todo o mundo.
As características que o plástico apresenta, como a impermeabilidade, maior
resistência, transparência, (se comparados ao papel e papelão), resistência a
quebra e baixo peso (se comparado ao vidro), entre outras, são as responsáveis
pelo aumento de consumo.
Problemas com a descartabilidade das embalagens plásticas, resistência à
degradação e o volume que ocupa no lixo, são alguns dos aspectos negativos do
consumo do plástico.
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O plástico é produzido a partir de matérias-primas como o petróleo, gás
natural, carvão mineral e vegetal.
3.6. Reciclagem de Embalagens Cartonadas Longa Vida:
A embalagens Longa Vida começaram a serem produzidas no Brasil no
início dos anos 70, permitindo preservar alimentos líquidos e semilíquidos por mais
tempo, sem o uso de refrigerador e conservantes, e sem perigo de contaminação
por bactéria e outros microorganismos. O aumento do uso destas embalagens tem-
se verificado no Brasil , onde em 1997 sua produção foi de 4 bilhões de unidades No
Brasil o volume destas embalagens representa menos de 0,2 % de todo o lixo
doméstico A embalagem Longa Vida é composta de várias camadas de material,
como o papel duplex (75%), polietileno de baixa densidade (20%), alumínio (5%).
Desta forma cria-se um barreira que impede a entrada de luz , água e
microorganismos nos alimentos e bebidas que o envolve.
São três os processos possíveis para reciclagem das embalagens
cartonadas: reciclagem das fibras, prensagem e incineração com recuperação de
energia.
3.7. Reciclagem de Pneus
Os pneus usados podem ser reutilizados após sua recauchutagem. Após a
vulcanização, o pneu recauchutado deverá ter a mesma durabilidade que o novo.
Porém, o número de recauchutagens é limitado, o que significa que eles acabarão
sendo descartáveis, causando um série de problemas, como: o assoreamento de
corpos d’água; a ocupação de grandes espaços nos aterros; risco de incêndio
produzindo fumaça preta intensa e que como subproduto , um material oleoso que
contamina a água do subsolo; a proliferação de insetos com o acúmulo da água nos
pneus, muitos dos quais vetores da dengue, febre amarela e encefalite.
Os pneus descartados podem ser reciclados ou reaproveitados como
“barreiras em acostamentos de estradas, elemento de construção em parques e
playgrounds, obstáculos para trânsito, quebra-mar, e recifes artificiais para a criação
de peixes.” Como é um material de alto poder calorífico, os pneus vem sendo
queimados em fábricas de cimento, tanto no exterior como no Brasil.
Outra experiência que tem dado certo é a incorporação de pedaços da
borracha, ou o pó desta, na pavimentação de estradas. Isso tem dobrado a vida útil
das estradas, além de reduzir o ruído causado do veículo com o asfalto.
3.8. Reciclagem de Pilhas e Baterias
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As pilhas e baterias liberam componentes tóxicos que contaminam o solo, os
cursos d’água e os lençóis freáticos, afetando os componentes bióticos do ambiente.
Os componentes tóxicos encontrados nas pilhas são: cádmio, chumbo e
mercúrio. Todos afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões,
pois elas são bio-acumulativos. O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar
anemia, debilidade e paralisia parcial, e o mercúrio pode também ocasionar
mutações genéticas.
A Resolução CONAMA Nº257/99 disciplina o descarte e o gerenciamento
ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas. O usuário deverá entregar
aos estabelecimentos que comercializam ou à rede de assistência técnica
autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou
importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os
procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada.
Hoje já encontramos nos postos dos correios embalagem para bateria de
celular, que deverão retornar ao fabricante.
24
CAPÍTULO IV
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O crescimento acelerado e sem planejamento das cidades mudou
drasticamente a percepção do ambiente urbano. A natureza, antes vista para ser
explorada e dominada, começou a dar sinais que estava em fase de esgotamento.
O conhecimento científico foi comprovando as fragilidades de nosso planeta
e a interdependência das espécies da fauna e flora de um ecossistema . No final dos
anos sessenta foi constatado que os problemas ambientais eram fatos concretos:
desertos aumentando, poluição atmosférica causando sérios problemas de saúde,
crescente perda da fertilidade dos solos com as erosões, contaminação de rios e
lagos por chuva ácida.
A Educação Ambiental, através das suas propostas, tem como um de seus
principais objetivos a transmissão de informações para que as pessoas
compreendam a complexidade da questão e possam participar de maneira
responsável na solução dos problemas ambientais.
Guimarães, 1995, afirma que “a educação ambiental vem sendo definida
como eminentemente interdisciplinar e orientada para a resolução de problemas
locais. É participativa, comunitária, questionadora e valoriza a ação. É uma
educação crítica da realidade vivenciada, formadora da cidadania. É transformadora
de valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos,
criadora de uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora para as relações
integradas ser humano - sociedade - natureza objetivando o equilíbrio local e global,
como forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida”.
A Educação Ambiental constitui um importante instrumento de mobilização
da comunidade para mudança de hábitos e comportamentos, especialmente em
projetos relacionados à coleta seletiva. Entre seus objetivos, princípios e finalidades
estão:
• Ser um processo contínuo e permanente, iniciando em nível pré-
escolar e estendendo-se por todas as etapas da educação formal e informal,
adotando a perspectiva interdisciplinar e utilizando as especificidades de cada
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matéria de modo a analisar os problemas ambientais através de uma ótica global e
equilibrada;
• Examinar as principais questões relativas ao ambiente tanto do ponto
de vista local como nacional, regional e internacional, para que os envolvidos tomem
conhecimento das condições ambientais de outras regiões;
• Inter-relacionar os processos de sensibilização, aquisição de
conhecimentos, habilidades para resolver problemas e especificações dos valores
relativos ao ambiente em todas as idades, enfatizando, sobretudo a sensibilidade
dos indivíduos em relação ao meio ambiente de sua própria comunidade;
• Levar em conta a totalidade do ambiente, ou seja, considerar os
aspectos naturais e construídos pelo homem, tecnológicos e sociais, econômicos,
políticos, histórico-culturais, estéticos.
Da mesma forma, Ab’Saber (1991), considera que a Educação Ambiental
constitui “um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de
realidades, nada simples. Uma ação, entre missionária e utópica, destinada a
reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais
alcançados. Um esforço permanente na reflexão sobre o destino do homem – de
todos os homens – face à harmonia das condições naturais e o futuro do planeta
‘vivente’, por excelência. Um processo de Educação que garante um compromisso
com o futuro. Envolvendo uma nova filosofia de vida. E, um novo ideário
comportamental, tanto em âmbito individual, quanto na escala coletiva”.
Analisando todo o processo que o resíduo perfaz (geração ao destino final),
temos como instrumento fundamental para o trabalho educativo a promoção da
Educação Ambiental, já que constitui um processo que integra conhecimentos,
valores e participação social, objetivando a promoção da conscientização das
pessoas a respeito da crise ambiental e do papel que cada um desempenha,
procurando despertar um comprometimento do cidadão, já que a crise ambiental e a
crise social se confundem e são frutos de uma crise mais profunda e mais geral
desse momento da história da humanidade. A essência do Consumo Sustentável é
criar nos consumidores uma consciência ecologicamente seletiva, desenvolvendo
dentro do cotidiano novos hábitos de consumo mais responsáveis com menor
volume de desperdício. Deve-se educar primeiramente para a redução, afinal nem
tudo que consumimos é realmente uma necessidade. Devemos passar a observar
nossas necessidades “reais” e as “criadas” pela mídia. Posteriormente, deve-se
26
educar para a reutilização, uma vez que muito dos produtos que consumimos podem
servir para novos usos. A introdução desta prática em nossas vidas também
minimizam os impactos dos descartáveis.
O consumo sustentável deve estar associado também à reciclagem dos
resíduos gerados, ou seja, introduzindo-os novamente no sistema produtivo de
forma que se transformem em novos produtos. É necessário mobilizar a comunidade
para sua participação efetiva e ativa na implantação da coleta seletiva de resíduos
sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou reutilizáveis diretamente na fonte de
geração e descartando-os seletivamente. Por outro lado, para que a coleta seletiva
seja colocada em prática, é preciso incentivar a implantação de projetos que visem à
organização de catadores de resíduos, os quais são os mais afetados pela ausência
de políticas públicas e pelo contato direto com o lixo, estando sujeitos à
contaminação e doenças. Portanto, qualquer programa de coleta seletiva deve
envolver diretamente os catadores que sobrevivem e retiram seu sustento da
comercialização dos materiais recicláveis, muitos trabalhando nos lixões.
É neste contexto que devem surgir os programas de coleta seletiva, no
intuito de colaborar e encontrar soluções relativas à Educação Ambiental e coleta
seletiva possa se consolidar e, deste modo, constituir-se em alternativa ou dar
suporte para que outras cidades consigam se organizar.
Nesse sentido, Galvão (2000) destaca que uma das condições para a
“expansão da reciclagem é o desenvolvimento de ações exemplares de articulação
entre educação ambiental, coleta seletiva e responsabilidade social, envolvendo
escolas, empresas e organizações não governamentais. Tal articulação viabiliza o
ciclo completo da reciclagem, além de beneficiar entidades sociais.”. Não é novo o
fato de que as cidades produzem, diariamente, milhares de toneladas de lixo e que
esse é um problema que vem se tornando cada vez maior. No entanto, estamos
chegando a um ponto em que já não é mais possível prosseguir sem que medidas
mais eficazes sejam tomadas. Os aterros já não conseguem absorver tanto lixo, e a
degradação do meio ambiente está tomando proporções perigosas para nossa
sobrevivência no planeta. Em função disso, o poder público e a própria sociedade
vem buscando soluções que preservem o meio ambiente e a nossa própria vida.
A coleta seletiva vem sendo considerada uma solução no problema do Lixo,
pois através da Coleta Seletiva podemos separar os materiais recicláveis dos não
recicláveis. Isso quer dizer que uma parte do lixo pode ser reaproveitada, deixando
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de se tornar uma fonte de degradação para o meio ambiente e tornando-se uma
solução econômica e social, passando a gerar empregos e lucro.
São muitas as vantagens da reciclagem do lixo. Como:
• A diminuição do consumo de matérias primas virgens (muitas delas
não são renováveis e podem apresentar ainda exploração dispendiosa);
• Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; Melhora a
limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
• Prolonga a vida útil de aterros sanitários;
• Melhora a produção de compostos orgânicos;
• Gera empregos para a população não qualificada e receita para os
pequeno e micro empresários;
• Gera receita com a comercialização dos recicláveis;
• Estimula a concorrência, uma vez que os produtos gerados a partir dos
reciclados são comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-
primas virgens;
• Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma
consciência ecológica.
Em geral, é possível reciclar papéis, vidros, plásticos e metais. Não se
recicla: O Lixo Orgânico, ou seja, restos de comida, cascas de legumes, frutas,
cascas de ovos, etc. Os chamados Rejeitos, que seriam lenços, papel higiênico,
absorventes e guardanapos de papel sujos, fotografias, bem como espuma, acrílico,
espelhos, cerâmicas, porcelanas, tijolos, etc. Resíduos específicos, ou seja, pilhas e
baterias. Resíduos hospitalares, algodão, seringas, agulhas, gazes, ataduras, etc.
Lixo químico ou tóxico, como por exemplo, embalagens de agrotóxicos, latas de
verniz, solventes, inseticidas, etc.
Para se implantar a coleta seletiva de lixo, o primeiro passo é gerar
conscientização. Elaborar um plano para conscientizar os moradores das vantagens
da coleta seletiva. Isso pode ser feito através de palestras, cartazes informativos,
manuais de coleta seletiva. O importante é mostrar que a coleta seletiva,
atualmente, é algo fácil, além de vantajoso. Basta o desejo e a boa vontade de
todos. O próximo passo será elaborar um projeto de reciclagem, onde será
considerada a logística da cidade e a forma como o lixo será coletado. Feito isso, a
administração publica estará apta a adquirir os coletores específicos para o cada
28
caso, e fazer com que sejam devidamente sinalizados. Depois de feita a coleta
seletiva, existem várias maneiras de se dar destino ao Lixo Reciclável:
• Caminhões de Serviço de Limpeza: Algumas prefeituras já
disponibilizam caminhões que recolhem o lixo reciclável em dias específicos.
Consulte, junto ao serviço de limpeza pública, os dias em que esses caminhões
passam no seu bairro.
• Entrega Voluntária: deverão existem vários postos de entrega
voluntária na cidade, que arrecadarão o lixo reciclado. Esses postos ficam em
supermercados, escolas, parques, praças, etc.
• Empresas especializadas em recolhimento de recicláveis: São
empresas que coletam o lixo e o encaminham para as usinas de reciclagem. Isso é
feito através de uma solicitação sua, e da realização de um contrato. Em geral isso é
feito quando a quantidade de lixo á maior.
Novos hábitos começam a fazer parte do nosso cotidiano. É a única saída
viável e inteligente que o ser humano pode tomar neste momento preocupante para
a qualidade de vida e preservação do nosso mundo, já que as fontes naturais não se
recuperam tão rapidamente. O grande problema a ser resolvido é: o que fazer com o
lixo que produzimos? As alternativas que predominam hoje estão longe de ser a
melhor opção.
A solução para o problema do lixo não é uma só. A ciência colabora também
através de pesquisas e estudos que nos revelam novas formas de aproveitamento
dos materiais, indicando novos processos de reciclagem - especialmente os de
maior escala, que podem ser aplicados nas indústrias, uma das principais
responsáveis pela poluição no meio ambiente. O objetivo é divulgar este projeto
como uma forma caseira, prática e simples de ajudar a preservar o meio ambiente e
atrair aquelas pessoas ou empresas que tem a possibilidade de colaborar e fazer
com que esta ideia atinja o maior número de residências possível ajudando a manter
nosso bairro, nossa cidade, o país, enfim, nosso planeta mais limpo.
Imensas quantidades e lixo são produzidas atualmente pela sociedade
moderna, sendo desperdiçados milhões de toneladas de materiais potencialmente
valiosos. Este fato também contribui para aumentar os problemas de caráter
ambiental, através da poluição que é causada a partir dos "lixões" e aterros
sanitários e a diminuição crescente dos recursos naturais. Com isso aumentar
totalmente as condições de vida no planeta, visando o homem em primeiro lugar.
29
A conscientização destes problemas ambientais através de uma campanha
de linguagem simples com imagens, farão a população desejar contribuir para a
melhoria das condições do meio ambiente e da qualidade de vida. Para se conseguir
isto, é necessário conscientizar a todos de sua importância vital no programa de
coleta seletiva. A partir do momento que valorizamos esta ação na fonte que gera o
lixo teremos o sucesso deste programa.
O Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla
menos de 5% do lixo urbano. De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos
35% poderia ser reciclado ou reutilizado, e outros 35%, serem transformados em
adubo orgânico.
O lixo é um problema relativamente recente, já que, há algumas décadas,
era constituído basicamente por materiais orgânicos - facilmente decompostos pela
natureza. Mas com a mudança nos hábitos, o aumento de produtos industrializados
e o advento das embalagens descartáveis, o lixo tomou outra dimensão e sua
"composição" também mudou.
Hoje, em vez de restos de alimentos, as lixeiras transbordam de embalagens
plásticas (mais de 100 anos para decompor), papéis (de 3 a 6 meses) e vidro (mais
de 4.000 anos). Mas o problema não é, propriamente, a característica do lixo
produzido, hoje, nos grandes centros urbanos, mas o destino dado a ele. Muitos
desses materiais podem ser reaproveitados ou reciclados, diminuindo, assim, as
enormes montanhas formadas nos lixões da cidade e, conseqüentemente, a
degradação do meio ambiente. Outro aspecto importante da reciclagem, além da
consciência ecológica, é o fator social. A coleta de material reciclável é, muitas
vezes, a única fonte de renda dos catadores.
Muitas organizações não-governamentais, entidades sem fins lucrativos,
empresas e a própria população têm se mobilizado para, na medida do possível, dar
um tratamento adequado ao lixo produzido na cidade.
Normalmente, a população tem uma enorme vontade de participar porque
está preocupada com a questão do lixo, mas não sabe que não é tão fácil assim.
Tem gente que acha que implantar coleta seletiva é comprar lixeiras coloridas. Só
depois de amontoarem recicláveis, desordenadamente, é que descobrem que têm
de organizar um lugar e juntar uma quantidade muito grande para que alguém venha
recolher.
30
Algumas associações sem fins lucrativos mantida por empresas privadas,
também se dedicam à promoção da reciclagem, seguindo o conceito de
gerenciamento integrado do lixo. As associações têm como objetivo conscientizar a
sociedade sobre a importância dos chamados "Três Rs": redução, reutilização e
reciclagem de lixo, utilizando publicações, pesquisas técnicas e seminários. A
mudança de hábito é a parte mais difícil. Requer um esforço, cujo tempo necessário
varia bastante.
Para implantar um programa de coleta seletiva é preciso ter bastante
dedicação e empenho. Todo o programa é compreendido em, pelo menos, três
etapas: o planejamento, a implantação e a manutenção. E para que a coleta
funcione o programa nunca pode ser tocado por apenas uma pessoa, para o
sucesso dos programas depende da participação e do envolvimento de mais
pessoas - três ou quatro no mínimo. “A única coisa que é indispensável é a vontade
de fazer”. Se não existe um grupo que quer levar o trabalho adiante, não tem como,
a idéia morre. As cidades que tiverem o interesse pelo programa de coleta seletiva
devem gastar o mínimo possível, tentar equilibrar a quantidade de trabalho dos
funcionários envolvidos com o programa e facilitar a participação da população.
Definir que destino o material reciclável tomará, depois de selecionado, é
outra atitude imprescindível. Em geral, eles podem ser doados ou comercializados.
Seja qual for à decisão, o mais sensato é procurar conhecer bem o mercado de
recicláveis.
Se as cidades optarem pela doação, elas podem ser encaminhadas para
associações que vendem ou reaproveitam o material, estimulando a educação
ambiental, diminui-se os lixões, melhorando a nossa qualidade de vida. É importante
haver uma mudança de mentalidade para entender quais são os danos à natureza,
quando o lixo não é devidamente destinado.
A educação ambiental é importante para que o programa funcione.
Moradores, funcionários da limpeza e empregadas domésticas devem, de maneira
específica, ser informados, sensibilizados e mobilizados, seja por meio de cartazes,
palestras, treinamento ou reuniões. Para que o programa seja duradouro é preciso
ser muito bem estruturado.
A implantação: É neste momento que tudo começa a "acontecer" – da
elaboração do material educativo ao treinamento dos funcionários, passando pelo
acordo com compradores ou entidades que receberão o lixo selecionado.
31
Normalmente, quem toma parte num programa ambiental, por conta do lixo,
começa a se envolver em todos os sentidos. Abre os olhos para o que nunca tinha
percebido e começa a tomar consciência de outras coisas, como: a água, a energia
e esgoto.
Toda embalagem reciclável, antes de ser jogada no lixo seletivo, deve ser
lavada para não atrair insetos, nem ficar com cheiro forte, enquanto estiver
armazenada no prédio; Para tirar o grosso da sujeira das embalagens que serão
destinadas à coleta seletiva, aproveite a água servida da pia da cozinha. Isso
também faz parte do comportamento ecológico, porque a água é um recurso cada
vez mais escasso; A compra de lixeiras especiais é dispensável, pelo menos no
momento inicial do programa. Os restos de alimento também podem ser reciclados.
Com poucos recursos é possível transformá-los em adubo; Não jogue as baterias de
celular no lixo comum. As empresas produtoras já estão se responsabilizando pelo
recolhimento; As pilhas usadas, embora tenham substâncias tóxicas, infelizmente
ainda não têm um destino adequado. Por enquanto, têm de ser jogadas no lixo
comum. Evite acumulá-las para não haver contaminação; Não separe o lixo sem ter
planejado primeiro para onde mandar.
4.1. Por que sensibilizar a População para a questão dos Resíduos
Sólidos?
Wells (1995b), afirma que as embalagens jogadas no lixo contribuem para o
desperdício de matéria-prima, e, em função disso, deve-se educar a sociedade, uma
vez que a mesma orienta o consumo. Especificar nos rótulos a forma de reciclagem
e respectivo dispêndio ou agressão (se houver) ao ambiente são formas de lutar
contra o desperdício de recursos.
Ainda de acordo com o Wells acima citado, as matérias-primas mais
utilizadas são:
- Evidro: o Brasil produz, em média, 800 mil toneladas de embalagens de
vidro por ano, usando um quarto da matéria prima reciclada em forma de cacos. O
seu lixo equivale a 2% dos resíduos urbanos.
- papel ondulado: usado para o transporte de produtos. É o material mais
reciclado no Brasil, reaproveitando - se 60% do que é descartado. A sua composição
não deve exceder em 1% de cera e plástico para que seja reaproveitado.
32
- plástico: apenas 15% do que se consome no Brasil são reciclados. Por ser
a sua degradação muito lenta, estuda-se a substituição do plástico por material
biodegradável ou fotodegradável.
- latas de alumínio: mais de 50% da produção nacional são reciclados. O
alumínio degrada-se parcialmente em aterros. A reciclagem promove uma economia
de 94% de energia, desde a extração da bauxita até a fabricação do objeto.
A sociedade é ávida por recursos, capitais e bens. O consumismo intenso
valoriza a acumulação material, a competição exacerbada, o individualismo egoísta,
além de vender uma ilusão alienante de crença na viabilidade desse modelo, que
jamais poderia ser alcançado pelo conjunto da população planetária ou, até mesmo,
pela grande maioria das nações existentes. Segundo ainda Guimarães (1995), “não
há como se pretender que, dentro dessa estrutura, todas as nações atinjam o
mesmo nível de desenvolvimento e o mesmo padrão de consumo dos países
desenvolvidos, sem que isso não resulte em graves consequências ambientais”.
Estabelecidos pela sociedade, e permitir que o mesmo construa o
conhecimento e critique valores a partir da sua realidade, refletindo em novas
atitudes (Mauro Guimarães, 1995) atitudes para com o ambiente, exercendo sua
cidadania planetária comprometida com a qualidade de vida do ambiente como um
todo.
Podemos definir o lixo urbano da seguinte maneira:
- Comercial
- Domiciliar
- Público
RESÍDUOS DE SAÚDE:
- Postos de Saúde
- Hospitais
- Farmácias
INDUSTRIAL:
- Fábricas
- Indústrias
- Usinas
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
- Aterros Sanitários
- Aterros Industriais
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- Usinas de Reciclagem e Compostagem
- Incineração
ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE CONTAMINAÇÃO DOS
RECURSOS NATURAIS:
- Água
- Ar
- Solo
4.2. Aspectos importantes da reciclagem:
- Contribui com a melhoria da saúde pública, evitando de jogar os
resíduos nos lixões, onde prolifera parasitas e desenvolvendo doenças e
contaminação no solo, na água, ...
- Proporcionará proteção ambiental, economia de energia, economia de
recursos naturais, diminuição dos gastos com tratamento de doenças.
- Diminui gasto com a limpeza urbana.
- Estimula a concorrência de produtos recicláveis com os que são feitos
de matéria-prima virgem.
- Evita a poluição do ambiente (água, ar e solos) provocada pelo lixo;
- Aumenta a vida útil dos aterros sanitários, pois diminui a quantidade de
resíduos a serem dispostos;
- Diminui a exploração de recursos naturais, muitos não renováveis como
o petróleo;
- Reduz o consumo de energia;
- É um grande passo para a conscientização de inúmeros outros
problemas ecológicos;
- Contribui para diminuição da marginalidade, pois auxilia a retirada das
pessoas dos lixões gerando mais empregos, e oportunidades de incentivar a
população para o exercício da cidadania.
Reciclagem do lixo desde que surgiu, é encarada como uma forma de
solução para a diminuição de lixo no ambiente, para solucionar muitos dos
problemas causados pela disposição inadequada de lixo e pela grande quantidade
gerada. Entretanto, se a reciclagem for vista apenas neste sentido, as demais
atitudes não serão atingidas. O principal objetivo a ser almejado na busca de
soluções para o problema do lixo deve ser o da conscientização da população.
34
Significa quando é possível reaproveitar um produto, ou seja, reaproveitar a
matéria prima que a constitui para fabricar novos produtos, idênticos ou não ao que
deu origem, fazendo assim a reciclagem.
A reciclagem pode ser artesanal ou industrial. A primeira não sofre muita
transformação sendo uma forma de reutilização dos resíduos, e são mais baratos. A
segunda é capaz de fabricar produtos em longa escala é mais sofisticado e exige
uma transformação maior do produto.
No Brasil o mercado para os recicláveis não é dos mais promissores, mas
está ampliando cada vez mais, e o que faz o mercado da reciclagem progredir, é a
conscientização.
A mudança de pensamento e atitudes em relação aos resíduos,
reivindicando a melhor contribuição das autoridades.
A inviabilidade técnica para reciclagem de alguns produtos não é possível
reutilizar, pois são feitos de vários outros materiais, que inviabiliza o processo; o
marketing atrapalha muito neste caso, cuja a embalagem é sofisticada e não é
possível retirar o rotulo ou separar parte do produto.
Todas essas atividades de reciclagem são de grande importância para levar
a formação de proteção e educação ambiental para crianças, adolescentes e
adultos. E as unidades de tratamento do lixo, serve como laboratório para
aprendizagem e reutilização de produtos.
O lixo gera muitos problemas quando descartado inadequadamente e a
reciclagem da a oportunidade de preservação da natureza.
No Brasil a coleta de materiais recicláveis e industrialização deste é feita de
maneira informal, e pela carência e o potencial que o país tem, não existe nenhuma
lei que institucionaliza esta atividade, com certeza seria útil um programa
institucional a nível nacional que mobilize toda população criar parcerias com o
poder público porque todos juntos alcances seu objeto desejado que é a proteção
ambiental, beneficiando assim toda coletividade.
Os Benefícios específicos da reciclagem são as seguintes:
Papel:
• A cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de 1 hectare de
floresta( 1 tonelada evita-se o corte de 30 ou mais arvores);
• 1 tonelada de papel novo precisa de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de
água e 5 mil Kw/h de energia;
35
• 1 tonelada de papel reciclado precisa de 1200Kg de papel velho, 2 mil litros
de água e 1000 a 2500 Kw/h de energia;
• Com a produção de papel reciclado evita-se a utilização de processos
químicos evitando-se a poluição ambiental, reduz em 74% dos poluentes liberados
no ar e em 35% os despejados na água;
• A reciclagem de uma tonelada de jornal evita a emissão de 2,5 toneladas
de dióxido de carbono na atmosfera;
• O papel jornal produzido a partir das aparas requer 25% a 60% menos
energia elétrica que a necessária para obter papel da polpa da madeira. O papel
feito com material reciclado reduz em 74% os poluentes liberados no ar, e em 35%
os despejados na água, além de reduzir a necessidade de derrubar árvores.
Vidro:
• É 100% reciclável, portanto não é lixo. 1 kilo de vidro reciclado produz 1kg
de vidro novo;
• As propriedades do vidro se mantêm mesmo após sucessivos processos
de reciclagem. Ao contrário do papel vai perdendo a qualidade ao longo de algumas
reciclagens;
• O vidro não pode ser degradado facilmente, então não deve ser despejado
no solo;
• Para a produção de um material feito de vidro são necessários diversos
recursos naturais: areia, barrilha, calcário, carbonato de sódio, cal ,dolomita e
feldspato, sendo este ultimo um fundente muito raro;
• A temperatura para fundição é em média, 1,500°C, necessitando muita
energia e equipamentos especializados;
• A reciclagem do vidro requer menos temperatura para ser fundido,
economizando aproximadamente 70% de energia e permitindo maior durabilidade
dos fornos;
• 1 tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia,
economiza 22% no consumo barrilhas (material importado) e 50% no consumo de
água.
Plásticos:
• São derivados do petróleo, recursos naturais não renováveis com previsão
de esgotamento dentro de 40 anos;
36
• A sua reciclagem economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela
implantação de pequenas e médias indústrias.
• 100 toneladas de plásticos reciclados evita a extração de 1 tonelada de
petróleo.
Metais:
• A matéria prima requer exploração, processos tecnológicos sofisticados e
altos custos energético, econômico e ambiental;
• A reciclagem de 1 tonelada de aço economiza 1.140 kg de minério de ferro,
155 kg de carvão e 18 kg de cal;
• Na reciclagem de 1 tonelada de alumínio economiza-se 95% de energia
(são 17.600kw/h para fabricar alumínio a partir de matéria prima virgem contra
750kw/h a partir de alumínio reciclado), 5 toneladas de bauxita e evita-se poluição
causada pelo processo convencional: redução de 85% da poluição do ar;
• 1 tonelada de latinhas de alumínio, se forem recicladas, economizam
200m³ de aterros sanitários
• 64% das latas no Brasil (1,7 bilhão de unidades) são recicladas, superando
os índices de países como: Japão, Inglaterra, Alemanha, Itália , Espanha e Portugal.
Entretanto, este número pode chegar próximo a 100% dependendo de atitudes de
toda população.
4.3. Redução do lixo
• Uma das atitudes de reduzir a quantidade de lixo é utilizar produtos de
forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto. Por exemplo: Usar
copo de vidro, ao invés do descartável, é mais durável.
• Quando estiver no supermercado, levar sacolas de casa, carrinho de feira;
• Optar por produtos a granel, evitando embalagem desnecessária;
• Utilizar acendedor no fogão, ao invés de fósforo;
• Substitua o guardanapo de papel pelo de pano;
• Evitar desperdício na hora das refeições, aproveitando as “sobras”.
• Assinar jornais e revistas em conjunto.
Além de reduzir a quantidade de lixo gerado, deve-se buscar a redução da
qualidade do lixo a ser descartado, pois muitas substâncias utilizadas na fabricação
de alguns produtos podem causar impactos ambientais graves, tendo conseqüência
também para a saúde humana.
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Quando a toxicidade é difícil saber o teor da composição do material, abaixo
segue uma lista de produto que deve ter preferência:
• Cremes dentais em gel em substituição aos de pasta, pois não contém
dióxido de titânio (prejudicial para o ambiente).
• Produtos biológicos, uma vez que a agricultura biológica não utiliza
químicos nos solos nem nas culturas.
• Papéis reciclados, protegendo assim, os recursos naturais;
• Preferir o papel não branqueado com cloro, uma vez que este é um dos
responsáveis pela formação de dioxinas;
• Preferir papel higiênico não colorido, pois não são utilizados corantes
(cujos resíduos são despejados geralmente nos rios) e são feitos com papel
reciclável;
• Quanto às pilhas, pode-se utilizar pilhas recarregáveis, pois são menos
poluentes e duram mais tempo, entretanto o ideal é evitar usá-las e optar por
aparelhos que se liguem a corrente elétrica.
4.4. Reutilização do lixo
Consiste numa forma de redução do lixo. Pois o produto permanece mais
tempo em uso antes de serem descartadas, no qual não sofre qualquer tipo de
alteração, somente passam por uma limpeza.
Depende muito da criatividade da pessoa, podendo ser reutilizados roupas e
embalagens, modificando apenas sua aparência.
Além disso, outras formas de reutilização:
• Separar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas de ovos e papéis de
embrulho que podem ser reutilizados;
• Usar como rascunho o verso de folhas de papel já utilizado;
• Reutilizar envelopes, colocando etiquetas sobre o endereço do remetente e
destinatário;
• Utilizar coador de café não descartável;
• Pensar em restaurar e conservar antes de pensar em jogar fora;
• Levar seu lanche ou almoço em recipientes reutilizáveis (marmita) e não
em recipientes descartáveis (de plástico e alumínio);
• Não jogar no lixo aparelhos quebrados que podem ser vendidos no ferro
velho, ou desmontados, reaproveitado as peças ;
• Preferir as fraldas laváveis ás descartáveis;
38
CONCLUSÃO
Todos sabem o problema que o lixo pode causar, tanto no meio ambiente,
quanto ao ser humano.
O que todos buscam como único objetivo é a sobrevivência, e isto e natural.
A espécie humana é a única na biota da terra que busca não apenas satisfazer suas
necessidades fisiológicas, também tem um espírito consumista que é estimulado
pelos meios de comunicação que induz sempre em adquirir mais e mais.
O homem com a insaciável “sede” ao poder, acaba explorando em demasia
os recursos naturais, esquecendo que estes se tornam cada dia mais escasso. Mas
inevitavelmente, toda sociedade faz parte desse sistema e se iludem que os
recursos naturais são inesgotáveis ou renováveis.
Começa aos poucos a mudança de atitude, com otimismo no que parece
insignificante com certeza será algo plausível e gratificante.
Torna-se necessário atitudes mais rígidas, ou seja, Punição dos atos
poluidores por lançamento e destinação inadequada dos resíduos sólidos.
Para tratar a questão dos resíduos industriais, o Brasil possui legislação e
normas específicas. Pode-se citar a Constituição Brasileira em seu Artigo 225, que
dispõe sobre a proteção ao meio ambiente; a Lei 6.938/81, que estabelece a Política
Nacional de Meio Ambiente; a Lei 6.803/80, que dispõe sobre as diretrizes básicas
para o zoneamento industrial em áreas críticas de poluição; as resoluções do
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA 257/263 e 258, que dispõem
respectivamente sobre pilhas, baterias e pneumáticos e, além disso, a questão é
amplamente tratada nos Capítulos 19, 20 e 21 da Agenda 21 (Rio-92).
Conforme o decreto federal n° 99.274, de 6 de junho de 1990, da execução
da política nacional do meio ambiente, no art. 33 que expressa : “ Constitui infração,
para os efeitos deste decreto, toda ação ou omissão que importe na inobservância
de preceitos nele estabelecidos ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas competentes. E no art. 34,
III e IV. Serão impostas multas diárias.No que concerne o meio ambiente tem-se
averiguado ao longo do tempo, que nas ultimas décadas o homem começou a se
preocupar e a indagar sobre a poluição que vem sendo cada dia maior em todo
39
sistema global. Ainda existe muitas lacunas na lei, que afinal exige uma
normatização específica referente aos resíduos sólidos.
O processo de evolução da sociedade, o aumento da tecnologia e da
industrialização, passou a exigir mais produtos entrelaçados num espírito
consumista, além disso, um enorme desperdício gerado por este fator.
O dano ambiental causado pela destinação final dos resíduos sólidos vem
causando um enorme problema, pois a um crescente acúmulo de lixo sem o menor
tratamento, e na maioria das vezes depositados em lugares inadequados,
propiciando assim um grave dano ambiental e conseqüentemente um desequilíbrio
em todo ecossistema.
Considerando que, a maior parte das vezes o meio ambiente é lesado e
dificilmente consegue ser recuperado, como por exemplo, uma garrafa de plástico
esquecida em uma praia demorará séculos para se decompor, quando que se fosse
recolhida poderia ter destinação certa para a reciclagem.
Assim sendo, proferido na CF/88, dispõe no seu art. 225 caput, que “todos
tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como uso do povo e
essencial á sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e á coletividade e
o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações”.
Amparada ao mesmo artigo supra, no § 1°. VI é fundamental que seja
instituído uma educação ambiental nas escolas, incentivando os alunos e
comunidade à pratica de preservação ambiental e aos poucos vão-se adquirindo
uma consciência ecológica e tendo uma mudança de atitude mais eficiente.
Dessa forma vale observar a real importância da necessidade atual do poder
público aceitar as condições para implantação de novas técnicas para minimizar o
impacto ambiental, e caminhar a cada dia para melhor qualidade de vida.
Destarte, a destinação final do lixo, qualquer das hipóteses causará um dano
ambiental. Diante disto o mais aconselhável seria a reciclagem, reutilizar os produtos
e evitar a exploração de recursos naturais. Assim sendo é preciso a motivação de
todos nesta luta para preservação do Meio Ambiente, para que as gerações
presentes e futuras possam usufruir de uma vida mais saudável.
Devemos levar em consideração a famosa e indiscutível frase de Einstein
sobre a natureza:
“Quando agredida a natureza não se defende. Apenas se vinga”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Editora, Rio de Janeiro, 2008.
43
TABELAS DE MATERIAIS
Papel Decomposição:
3 a 6 meses
Não é reciclável:vegetal, celofane, encerados, papel-carbono, fotografias, papéis sanitários usados e fraldas descartáveis.
Vantagens da reciclagem: preservação de recursos naturais, economia de água e energia.
Plástico Decomposição:
mais de 100 anos
Não é reciclável:celofane, embalagens plásticas metalizadas e plásticos usados na indústria eletroeletrônica e na produção de computadores, telefones e eletrodomésticos.
Vantagens da reciclagem: em lixões, o plástico pode queimar, indevidamente, e sem controle. Em aterros sanitários, dificulta a compactação e prejudica a decomposição dos elementos degradáveis.
Vidro Decomposição:
de 4.000 a mais de 10.000 anos
Não é reciclável:espelhos, vidros de janelas e de automóveis, tubos de televisão e válvulas, ampolas de medicamentos, cristal, vidros temperados planos ou de utensílios domésticos.
Vantagens da reciclagem: pode ser reutilizado porque sua esterilização tem alto grau de segurança.
Metais Decomposição:
Tampa de Garrafa: 150 anos e alguns não se decompõem. Latas de alumínio: 100 anos
Vantagens da reciclagem: evita a retirada de minérios do solo, minimizando o impacto ambiental acarretado pela atividade mineradora, e reduz o volume de água e energia necessário para a produção de novos produtos.
Lixo orgânico Decomposição:
6 a 12 meses
Vantagens da reciclagem: a compostagem de resíduos orgânicos -adubo com grande capacidade de reposição de sais minerais e vitaminas.
Muitos são os benefícios da reciclagem, por exemplo: economia de energia;
redução da poluição; geração de empregos; melhoria da limpeza e higiene da
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cidade; diminuição do lixo nos aterros e lixões; diminuição da extração de recursos
naturais; menor redução de florestas nativas. Reflita sobre seus hábitos de jogar
fora: reduza o desperdício, reaproveite tudo o que for possível e só depois envie
para reciclagem.
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
CAPÍTULO I – ALGUNS CONCEITOS SOBRE RESÍDUOS ..................................... 9
1.1. Classificação dos Resíduos .......................................................................... 11
1.2. Classe dos Resíduos .................................................................................... 13
CAPÍTULO II – PROBLEMAS QUE OS RESÍDUOS PODEM CAUSAR ................. 16
2.1. Sistemas de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos ............... 18
CAPÍTULO III – A RECICLAGEM COMO UMA OPÇÃO NO REAPROVEITAMENTO
DE RESÍDUOS. ........................................................................................................ 20
3.1. Reciclagem do Alumínio ............................................................................... 20
3.2. Reciclagem de Latas de Aço ........................................................................ 20
3.3. Reciclagem do Vidro ..................................................................................... 20
3.4. Reciclagem do Papel .................................................................................... 21
3.5. Reciclagem do Plástico ................................................................................. 21
3.6. Reciclagem de Embalagens Cartonadas Longa Vida ................................... 22
3.7. Reciclagem de Pneus ................................................................................... 22
3.8. Reciclagem de Pilhas e Baterias .................................................................. 22
CAPÍTULO IV – EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................. 24
4.1. Por que Sensibilizar a População para a Questão dos Resíduos Sólidos?... 31
4.2. Aspectos Importantes da Reciclagem ........................................................... 33
4.3. Redução do Lixo ........................................................................................... 36
4.4. Reutilização do Lixo ...................................................................................... 37
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS ............................................................................ 40
TABELAS DE MATERIAIS ....................................................................................... 43
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