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Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANÁLISE DO IMPACTO NO DESEMPENHO TÉCNICO DE DIFERENTES MEDIDAS DE BOLAS SOBRE HABILIDADES ESPECÍFICAS DO FUTEBOL EM
ATLETAS SUB-11
Roger Diogo Dias
LONDRINA – PARANÁ
2011
2
ROGER DIOGO DIAS
ANÁLISE DO IMPACTO NO DESEMPENHO TÉCNICO DE DIFERENTES MEDIDAS DE BOLAS SOBRE HABILIDADES ESPECÍFICAS DO FUTEBOL EM
ATLETAS SUB-11
Projeto de Pesquisa apresentado à Banca de Qualificação como requisito parcial para a realização do Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Profª. Ms.Matheus Amarante– Orientadora Universidade Estadual de Londrina
______________________________________ Prof. Ms Marcio Teixeira.– Membro 1 Universidade Estadual de Londrina
______________________________________ Prof. Allan James de Castro Bussmann – Membro 2
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 24 de Novembro de 2011.
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que iluminou meu caminho durante esta
caminhada.
Ao professor orientador Matheus Amarante e ao professor Márcio Gouveia
conselheiro e amigo de todas as etapas deste trabalho.
A minha família, pela confiança e motivação.
Aos meus amigos e colegas, principalmente o Bruno Cesar de Jesus pela força e
companheirismo durante esta jornada.
A minha namorada Eveling Pedroso pela confiança, motivação e força nos momentos mais difíceis.
ii
EPÍGRAFE
“E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar…
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.”
Walt Disney
iii
DIAS, Roger Diogo. Análise do Impacto do desempenho técnico de diferentes medidas de bolas sobre habilidades especificas do futebol de campo em atletas sub-11. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011.
RESUMO
Nota-se um descuido refletido na ausência de diferenciação de pesos e circunferências para bolas de futebol de campo de diferentes categorias. Portando, com o intuito de verificar se diferentes bolas possam interferir no desempenho dos atletas o objetivo do estudo será de verificar e quantificar os possíveis efeitos no desempenho de atletas juvenis de futebol de campo, com testes específicos, realizados com bolas, de pesos e circunferências diferenciadas. Para a composição da amostra foi utilizado 10 atletas da categoria infantil, sendo todos do sexo masculino, a qual realizaram três testes, sendo eles: teste de controle de bola em 30 segundos; teste de chute e teste de drible, sendo que todos os testes (pré-treino e pós-treino ) foram realizados com todos os sujeitos por diferentes bolas. Após o pré-treino, a amostra foi segmentado em dois grupos, a qual 5 atletas treinaram com a bola infantil (G1) e 5 com a bola oficial (G2) durante 45 dias, em seguida foi realizado pós-treino. Para a observação da normalidade foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk, utilizou-se o teste ANOVA two-way para medidas repetidas a qual foi aplicado o teste post-hoc de Bon Ferroni, com nível de significância de p < 0,05. De acordo com os resultados deste estudo, apesar de observadas algumas melhorias, porém, nenhuma significativa, tanto entre o grupo treinado com as bolas especificas para a idade, quanto para o grupo que treinou com as bolas oficiais. Porém vale ressaltar que outros estudos sejam feitos para maximizar ou quebrar este paradigma referente à temática proposta.
Palavras-chave: Futebol; bola; infantil.
iv
ABSTRACT
Note that a neglect reflected in the absence of differentiation of weights and circumferences for foot balls of field from different categories. And therefore, in order to verify that different balls may interfere with the performance of the athletes, the goal of this study is to verify and quantify the possible impact on youth athletes performance from soccer field, with specific tests, performed with balls, weights and circumferences differentiated. For the sample composition was used 10 athletes from the infantile category, all of them male, who underwent three tests, which are: ball control test in 30 seconds; kicking test and dribbling test, and all tests (pre-training and post-training) were performed with all subjects with the different balls. After pre-training, the sample was segmented into two groups, which five athletes trained with the child ball (G1) and five with the official ball (G2) for 45 days, then was carried out after training. To observe the normality test was applied the Shapiro-Wilk test, we used the two-way ANOVA for repeated measures that was applied to post-hoc Bon Ferroni test, with a significance level of p <0.05. According to the results of this study, despite some improvements observed, however, no significant both among the group trained with the balls for the specific age, and for the group who trained with the official balls. But it is noteworthy that other studies must be done to maximize or break this paradigm regarding the proposed theme.
Key Words: Football; ball; child.
SUMÁRIO
RESUMO iii
ABSTRACT iv
LISTA DE ANEXOS 15
1.INTRODUÇÃO............................................................................................. 01
2.REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 03
2.1 Futebol...................................................................................................... 03
2.2 Regra oficial da bola................................................................................ 03
2.3 Crescimento e Maturação ....................................................................... 04
2.4 Coordenação motora................................................................................ 05
2.5 Velocidade e precisão .............................................................................. 05
3. MATERIAIS e MÉTODOS ......................................................................... 06
3.1 Amostra .................................................................................................... 06
3.2 Bolas para os testes ............................................................................... 06
3.3 Procedimentos.......................................................................................... 06
3.4 Local ........................................................................................................ 07
3.5 Testes ...................................................................................................... 07
3.6 Equipamentos e instalações .................................................................... 08
3.7 Tratamento estatística ............................................................................. 08
4. RESULTADOS .......................................................................................... 09
5. DISCUSSÃO............................................................................................... 10
6. CONCLUSÃO............................................................................................. 11
7. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 12
1 INTRODUÇÃO
Dentre os esportes realizados com bola, o futebol é o mais popular no mundo.
Por conseguinte, a bola, principal instrumento da modalidade, ao longo da evolução,
adotou diferentes formas, materiais e circunferências nos diversos locais onde o
futebol era praticado. No Brasil, por exemplo, no fim do século XIX, Charles Miller
desembarcou com duas bolas, as quais ficaram conhecidas na época como “bolas
de capotão”, que por sua vez apresentavam uma forma pneumática, cobertura de
couro e uma abertura por onde eram infladas (WIKIPÉDIA, 2011).
Com o passar dos anos, especificamente em 1891, estabeleceu-se o
tamanho, circunferência, peso e material das bolas para todos os jogadores oficiais a
serem realizados e, desde então, a regra não se alterou. Contudo, alterações fazem-
se necessárias, pois, conforme as atuais regras oficiais do futebol verifica-se um
descuido no que se refere ao item II, A BOLA, de onde foi retirada a seguinte
citação: “desde que sejam respeitados os seus princípios, estas regras poderão ser
modificadas para a realização de partidas entre: Jogadores em idade escolar: na
circunferência, peso e material da bola para ambos os sexos”. (ABRAHÃO, 2005)
O que não se encontra em outras modalidades como futsal e basquetebol, a
qual o peso e diâmetro da bola se aproximam da realidade morfofisiológica de seus
participantes, procurando compatibilizá-la as diferenças oriundas dos processos de
crescimento e desenvolvimento (ARENA, 2004).
Já nas categorias infantil e juvenil de futebol de campo pode existir a
possibilidade de haver 36 meses de diferença entre indivíduos da categoria infantil e
24 meses para a categoria juvenil, se atentarmos para o caso, atletas que nasceram
no primeiro mês do primeiro ano da categoria, comparando aos que nasceram no
último ano da mesma categoria. E, o mais agravante, podemos nos deparar com
uma diferença de até 60 meses, se analisarmos um atleta do primeiro ano da
categoria infantil em relação a um outro do segundo ano da categoria juvenil
(ABRAHÃO, 2005). Por conseguinte, será que a bola que os atletas da categoria
infantil utilizam, que é a mesma da categoria juvenil, pode interferir no desempenho
de algumas habilidades especificas no futebol.
Nota-se então, um descuido refletido na ausência de diferenciação de pesos e
circunferências para bolas de diferentes categorias. Esse descaso pode estar
2
fazendo com que um adolescente se depare com uma bola cujas medidas estão
além da sua individualidade, principalmente no componente físico „força‟. Como
agravante, nas idades cronológicas em que as categorias estão definidas ocorrem
diversas transformações corporais próprias do processo de crescimento e
desenvolvimento (ABRAHÃO, 2005).
Devido a uma carência de estudos que comparem diferentes tipos de bolas
em diferentes aptidões físicas. Este estudo tem como objetivo analisar se o efeito do
treinamento com bolas de futebol com diâmetro e pesos diferenciados, junto com
testes de habilidades específicas do futebol de campo, possam trazer algum impacto
no desempenho em 10 atletas, sub-11 da escolinha terra vermelha futebol clube que
tem como sede a cidade de Londrina, Paraná.
3
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Futebol
O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas
de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa
atraente, (BRASILESCOLA, 2011)
Porém dentro de sua historia podemos encontrar várias origens como, na
China antiga, Japão antigo, Grécia, Roma e Idade Média. Mas, o futebol moderno
chega na Inglaterra por um italiano Gioco de Cálcio. Por conseguinte no ano de
1904, é criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association )
Charles Miller, um brasileiro, viajou para Inglaterra aos nove anos de idade
para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894,
trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras,
(WIKIPÉDIA, 2011).
As primeiras bolas eram da marca Shoot, vieram da Inglaterra, trazidos
pelo brasileiro Charles Miller, no ano de 1894. E só na Copa de 62, a bola passou a
ser fabricada com dezoito gomos, ganhando uma forma mais perfeita e estável. A
cor branca que sempre foi usada nos jogos noturnos se tornou também a preferida
nos diurnos depois da Copa de 70. Hoje as bolas são filhas da tecnologia. Como
referência, o modelo da bola utilizada na Copa de 94, a qual foi desenvolvida com
diversas camadas de material sintético que potencializa os chutes e apresenta alta
durabilidade e resistência, (SUA PESQUISA, 2011).
2.2 Regra oficial da bola
A bola deverá ser esférica, de couro ou outro material adequado, Sua
circunferência será de no máximo 70cm e mínimo de 68cm, Seu peso será de no
máximo 450g e no mínimo 410g no início da partida e a sua pressão será
equivalente a 0,6 - 1,1 atmosferas (600 - 1100 g/cm²) ou 8,5 - 15,6 libras ao nível do
mar. (REGRAS OFICIAIS DE FUTEBOL, SPRINT, 1999)
4
As regras oficiais de futebol, no que concerne ao item II – “A bola”, de onde se
retirou a citação: “desde que sejam respeitados os seus princípios, estas regras
poderão ser modificadas para a realização de partidas entre: Jogadores em idade
escolar”. Isso está correlacionado com a dimensão do campo de jogo; na
circunferência, peso e material da bola; na distância entre as balizas do gol; na
altura das barras transversais do gol e na duração do tempo de jogo.
2.2 Crescimento e Maturação
As crianças e adolescentes estão envolvidos, segundo Malina (2004), em três
processos que interagem entre si: crescimento, maturação e desenvolvimento.
Apesar de, aparentemente, estes termos parecerem semelhantes, eles são fatores
diferentes que estão presentes nas vidas das crianças e jovens, aproximadamente
nas duas primeiras décadas de vida.
O futebol geralmente é interpretado como tendo uma influência favorável no
crescimento, na maturação e na aptidão física da criança e do jovem (Malina 1994).
No entanto, a performance motora dos adolescentes do sexo masculino está
significativamente relacionada com o seu estado maturacional, (seabra 2001).
O conceito de desenvolvimento está relacionado à aquisição de competências
qualitativas (Stratton, et al., 2004) e comportamentais, isto é, a aprendizagem de
comportamentos apropriados que são esperados pela sociedade. À medida que a
criança se envolve na vida em casa, na escola, no desporto, ela desenvolve-se em
termos cognitivos, sociais, emocionais e morais, aprendendo a comportar-se de uma
forma culturalmente apropriada (Malina, 2004).
O primeiro fator que as escolinhas de base devem levar em consideração,
está correlacionado com as fases do desenvolvimento físico das crianças, e que os
profissionais responsáveis, tenham o conhecimento dos três processos, sendo eles
crescimento, maturação e desenvolvimento que segundo (Malina, 2004), ocorrem ao
mesmo tempo e interagem entre si.
5
2.3 Coordenação motora
Coordenação motora pode ser definida como sendo a capacidade de realizar
movimentos com o máximo de eficiência e economia de esforços (BARROS, 2004).
No futebol, especificamente, a coordenação também está relacionada à
técnica, portanto, o atleta que possui uma boa capacidade coordenativa geralmente
possui uma técnica de jogo bastante apurada (AOKI, 2002).
As capacidades motoras são consideradas a base de um bom rendimento
esportivo, sendo que o aperfeiçoamento do gesto coordenativo melhora a parte
física do atleta, intensificando o desenvolvimento da força e velocidade (MARQUES,
2001).
Para Gomes (2008), o nível de manifestação das capacidades motoras pode
ser determinado por sistemas sensoriais e motores, que possuem os índices mais
altos de evolução entre os 4 e 5 anos de idade, sendo que dos 7 aos 12 anos,
encerra-se a formação dos sistemas funcionais que determinam a coordenação dos
movimentos. Sendo assim, a idade infantil provavelmente seja a mais favorável para
o treinamento das capacidades coordenativas.
2.4 Velocidade x Precisão
Teixeira (1999) demonstrou que o menor tamanho da bola não modificaria a
velocidade linear do pé no chute do futebol. Apenas quando o tamanho do gol foi
diminuído houve redução na velocidade do chute. Contudo, Teixeira (1999) não
procurou analisar as estratégias do controle e da coordenação adotadas no
desempenho do chute, em função da manipulação da precisão (tamanho da bola e
do gol).
Desta forma, a escassez de informações e de estudos, com tarefas motoras
complexas, torna ainda pouco compreendido o efeito das restrições impostas pela
precisão sobre as estratégias de controle na geração de velocidade e na
manutenção da precisão do movimento, (OKAZAKI, 2009).
6
3. MATERIAIS e MÉTODOS
3.1 Amostra
Para a composição da amostra foi utilizado 10 atletas da categoria infantil
(sub-11), estando na faixa etária entre 9 a 11 anos. Da escolinha de futebol Terra
vermelha, sendo eles todos do sexo masculino.
3.2 Bolas para os testes
Para a realização dos testes foram utilizadas duas bolas, uma bola oficial e
uma bola juvenil. A bola oficial (nº5) com um peso de aproximadamente entre 410 a
450 gramas com uma circunferência entre 68 a 70 centímetros. Já a bola juvenil
(nº4) com um peso de aproximadamente 380 gramas com uma circunferência de 63
centímetros.
3.3 Procedimento
No primeiro momento os 10 atletas foram avaliados pelos seguintes testes:
teste de controle de bola em 30 segundos; teste de chute e teste de drible. Vale
ressaltar que todos os teste (pré pós e de retenção) foram realizados com todos os
sujeitos por diferentes bolas.
Após os testes passaram por um processo de treinamento especifico onde 5
atletas treinaram com a bola juvenil (G1) e 5 com a bola oficial (G2) durante 45 dias
a qual eles realizaram 12 sessões de treinamento específico ao testes ( 2 vezes por
semana ). Após 45 dias foram submetidos ao mesmo teste para as possíveis
melhoras.
Os testes foram feitos de maneira randomizada para que nenhum tipo de
interferência entre um teste e outro.
7
3.4 Local
O primeiro teste foi realizado antes dos 45 dias predeterminados para o
treinamento dos atletas, após os 45 dias de treinamento foi realizado novamente os
mesmo testes.
Os treinamentos serão todos realizados no campo de futebol, localizados na
Universidade Estadual de Londrina.
3.5 Testes
Foi realizado dois testes para a avaliação de habilidades e destrezas gerais
no futebol. Estes testes fazem parte da Bateria de Teste de Mor-Christian, sendo
que tal bateria tem o objetivo de avaliar as destrezas globais do jogo de futebol.
Os Testes utilizados foram de drible e chute. Para o teste de drible o campo
foi marcada um percurso circular com um diâmetro de 18,5 m no campo de futebol.
A linha de início é uma linha de 91,5 cm traçada de forma perpendicular ao círculo.
São colocados cones de 46 cm de altura com intervalos de 4,5 m ao redor do
círculo, (ANEXO 1).
Os procedimentos adotados foram; Uma bola de futebol é colocada na linha
de início. No sinal ´´Pronto, vá``, o examinado dribla a bola ao redor do percurso,
correndo sinuosamente pelos cones até voltar para a linha de início, tentando
completar o percurso o mais rápido possível. Foram dadas três tentativas,
registradas para o 0,1 s mais próximo. A primeira tentativa foi realizada no sentido
horário, a segunda no sentido anti-horário e a terceira, na direção da escolha do
examinado.
O resultado do teste de drible foi a combinação das duas melhores tentativas
das três cronometradas, (ANEXO 2).
As marcações no campo no teste de chute foram: Um gol regulamentar de
futebol a qual foi dividido em áreas de resultados por duas cordas suspensas na
trave, a 1,22 m de cada poste do gol. Além disso, cada área de resultado foi dividida
em áreas de alvo superior e inferior, perdurando-se arcos de bambolê. Foi marcada
uma linha de chute a 14,5 m do gol. (ANEXO 3).
8
Os procedimentos foram: O examinado chutava uma bola estacionária com o
pé preferido, em qualquer ponto ao longo da linha de chute de 14,5 m. Foram dadas
quatro tentativas para a prática, e então foram tentados quatro chutes consecutivos
em cada um dos arcos de bambolê. Isso dava um total de 16 tentativas.
Se a bola fosse chutada para dentro ou rebate de algum alvo pretendido,
foram concedidos oito pontos; são marcados quatro pontos se a bola for chutada
para dentro ou rebate de algum alvo adjacente àquele pretendido. Não foram dados
pontos para chutes entre as áreas de alvo ou para bolas que rolem ou saltem pelas
áreas de alvo. Sendo o resultado máximo de 128 pontos, (ANEXO 4).
Outro teste que será realizado é o de controle de bola, o qual será estipulado
um tempo especifico, no qual cada atleta alternará o controle de bola, podendo
utilizar o pé e a coxa, cada atleta terá 3 tentativas e será considerada como score o
maior valos de toques realizado em uma das 3 tentativas, que será de 30 segundos
em que os 10 atletas deveram bater o máximo de “balãozinho”.
3.6 Equipamentos e instalações
Os equipamentos utilizados foram de quatro arcos de bambolê, quatro cordas
e treze cones, planilhas para os resultados, lápis e as bolas de futebol ( uma juvenil
e uma profissional ). As instalações para esses testes foram de campo gramado com
um gol regulamentar de futebol.
3.7 Tratamento Estatístico
Para a observação da normalidade e esfericidade foi aplicado o teste de
Shapiro-Wilk, respectivamente, foi confirmado à normalidade e esfericidade, os
dados foram descritos em média e desvio padrão. Foi aplicado o teste ANOVA two-
way para medidas repetidas, foi aplicado o teste post-hoc de Bon Ferroni. Adotado
como nível de significância de p < 0,05. A qual se utilizou o programa estatístico
SPSS 17.0 para a análise dos dados.
9
4. RESULTADOS
Os dados apresentados na tabela 1 demonstram os desempenhos nos testes
de chute, drible e controle de bola realizada com a bola grande (oficial), o qual foi
adotado um nível de significância de P < 0,05. Onde, observou-se nenhuma
diferença significativa tanto para o grupo que treinou com a bola pequena (infantil)
(G1), quanto para o grupo que treino com a bola grande (oficial)(G2), nos momentos
pré-treino (M1) e pós-treino (M2).
Os dados apresentados na tabela 2 demonstram os desempenhos nos testes
de chute, drible e controle de bola realizada com a bola pequena (infantil), o qual foi
adotado um nível de significância de P < 0,05. Onde observou-se nenhuma
diferença significativa tanto para o grupo que treinou com a bola pequena (infantil)
(G1), quanto para o grupo que treino com a bola grande (oficial)(G2) nos momentos
pré-treino (M1) e pós-treino (M2).
Observa-se, tanto na tabela 1 quanto na tabela 2, o grupo (G1) que treino
com a bola infantil obteve uma melhora na variável controle de bola, de (10,40 para
15,60) e (10,20 para 16,00), respectivamente. E considerando que as habilidades
necessárias para o controle de bola seja força e coordenação, esse fundamento já
se esperava uma melhora, comparado aos outros dois testes.
Tabela 1. Dados dos grupos referentes à bola grande.
p= pontos; s= segundos; q= quantidade; *P < 0,05.
Variáveis G1 (n = 5) G2 (n = 5)
M1 M2 M1 M2
Chute (p) 20,80 ± 8,67 20,80 ± 6,57 19,20 ± 9,54 18,40 ± 7,26
Drible (s) 16,00 ± 2,60 17,00 ± 2,00 20,20 ± 2,16 19,40 ± 2,07
Controle (q) 10,40 ± 9,37 15,60 ± 10,40 8,20 ± 3,42 8,60 ± 2,50
10
Tabela 2. Dados dos grupos referentes à bola pequena.
p= pontos; s= segundos; q= quantidade; *P < 0,05.
5. Discussão
Tratando-se de crianças no processo de aquisição, a qual sabemos que estas
trazem consigo experiências motoras, quanto melhor for o repertório motor, maiores
serão as possibilidades de desenvolvimento e aperfeiçoamento motor, (VIEIRA
2004). As hipóteses da pesquisa em que houve nenhuma melhora significativa, pode
se dar pelo pouco tempo de intervenção e pela quantidade pequenas de atletas.
Visto que outro estudo como o de (NETO, 2010), onde utilizou-se de 8 atletas e
realizou 10 sessões de treinamento, não encontrou nenhuma diferença significativa
na habilidade, drible.
Devido ao mau tempo o pós-teste foi realizado uma semana após a data
prevista, o que pode ter interferido nos dados. Outro fator que pode ter acarretado
um menor desempenho de modo geral (pré-teste e pós-teste), está correlacionado a
precariedade e a falta de recurso financeiro por parte dos atletas, sendo que a
alguns dos atletas não tinham tênis adequados para a dada modalidade ou estavam
em péssimo estado.
Devemos levar em considerações outros fatores que aproximem a criança de
sua realidade morfofisiológica, como na dimensão no campo de jogo; na distância
entre as balizas do gol e na altura da barra transversal; na duração do tempo de jogo
e na circunferência, peso e material da bola, sempre procurando compatibilizá-la, as
diferenças oriundas dos processos de crescimento e desenvolvimento.
Variáveis G1 (n = 5) G2 (n = 5)
M1 M2 M1 M2
Chute (p) 27,20 ± 7,15 24,80 ± 7,69 29,60 ± 9,63 20,00 ± 4,00
Drible (s) 19,20 ± 1,92 17,00 ± 1,22 20,60 ± 1,51 18,40 ± 2,07
Controle (q) 10,20 ± 3,96 16,00 ± 9,13 7,60 ± 3,43 8,20 ± 3,70
11
Por conseguinte, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas pelas
entidades que regem o futebol, ou mesmo por interessados por esse apaixonante
assunto, com um número de atletas e uma duração maior, à realizada neste estudo,
para que assim possamos verificar e quantificar a incidência dos possíveis efeitos
adversos que a bola pode vir a exercer sobre as estruturas morfofuncionais dos
atletas de categoria infantil.
6. Conclusão
De acordo com os resultados deste estudo, apesar de observada alguma
melhoria, no teste de controle de bola, que já era esperado, porque o controle de
bola necessita muito da força muscular, quando a bola é mais leve proporciona uma
"limpeza", minimizando o efeito da força no teste, ou seja, maximizando o real
objeto de averiguação, o controle de bola.
Mesmo não havendo nenhuma significativa, tanto entre o grupo treinado
com as bolas especificas para a idade, quanto para o grupo que treinou com as
bolas oficiais. É necessário que outros estudos sejam feitos com um tempo maior de
intervenção e com um número maior de atletas para maximizar ou quebrar este
paradigma referente à temática proposta.
12
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15
6 ANEXOS
6.1 Anexo1
Figura 1. Esquema do campo para o teste de Drible de Mor-Christian.
6.2 Anexo 2
TESTE DE DRIBLE
TENTATIVA TEMPO marcar o tempo em minutos e
segundos
Tentativa 1: sentido horário
Tentativa 2: sentido anti-horário
Tentativa 3: sentido
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6.3 Anexo
Figura 2. Esquema do campo e alvos para o Teste de Chute de Mor-Christian.
6.4 Anexo 4
TESTE DE CHUTE
TENTATIVA PONTUAÇÃO
08 pontos para bolas chutadas para dentro do alvo pretendido
(dos aros), mesmo que rebatam nos
arcos. 4 pontos se a bola chutada acertar ou rebater em algum
alvo adjacente àquele pretendido.
0 (zero) pontos para as bolas que passassem entre as áreas de alvo ou fora do gol.
chute 1
chute 2
chute 3
chute 4
chute 5
chute 6
chute 7
chute 8
chute 9
chute 10
chute 11
chute 12
chute 13
chute 14
chute 15
chute 16
17
6.5 Anexo 5
Por falta de colaboração de um dos membros da banca, o Professor Ariobaldo
Frisselli (Dedê), em não assinar a solicitação de agendamento de defesa, o mesmo
foi trocado pelo professor Allan James de Castro Bussmann.
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