Universidade Federal de Pelotas - Fernanda Medeiros Gonçalves · Incidência de Doenças...

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Fernanda Medeiros Gonçalves

Médica Veterinária

Mestre e Doutora em Produção Animal

Ministério da Educação

Universidade Federal de Pelotas

Programa de Pós Graduação em Veterinária

CARNE DE AVES – 15 PRINCIPAIS

EXPORTADORES

CARNE DE AVES – 15 PRINCIPAIS

IMPORTADORES

Evolução da Produção de Aves

1957 1977 2005

ANO PESO, g CA IDADE

1930 1500 3,5 15 sems

1970 1700 2,15 7 sems

1998 2150 1,95 45 dias

2002 2300 1,83 43 dias

2008 2390 1,75 42 dias

2011 2520 1,62 42 dias

Fonte: UBA

COMPLEXIDADE DO NEGÓCIO/CADEIA

TERCEIROS

RAÇÃO

FARELO

ÓLEO

INCUBATÓRIO

INTEGRADOS

OVOS

GRANJAS MULTIPLICADORAS

• LINHAS PURAS • AVÓS • MATRIZES

• MATRIZES

• LEITÕES

ABATE AVES /SUINOS

INDUSTRIAL. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

VAREJO REDES / SUPERM

EXPORTAÇÃO

Cadeia Produtiva

LINHAS PURAS

BISAVÓS

AVÓS

MATRIZES

FRANGOS DE CORTE

POEDEIRAS

• Avó 1

• Matrizes 120

• Frangos 16.200

Multiplicação da Cadeia produtiva - Aves

1 avó dá origem a 16.200 frangos de corte

Período de Produção:

31 a 45 dias de idade

SEM

HORMÔNIOS!!!

Mais de 100 empresas no Brasil

Problema: Doses subterapêuticas promovem

a resistência de microorganismos

Solução: proibição de antibióticos como

promotores de crescimento nas rações

CHESTER?

Quais são os desafios ?

GENÉTICA

NUTRIÇÃO

MANEJO

BEM-ESTAR

SANIDADE

AMBIÊNCIA

ABATE

PROCESSAMENTO

MERCADO

CUSTOS

EXPORTAÇÕES

CONSUMO

MÃO DE OBRA

POLÍTICA

INSUMOS

ÉTICA

FRAGILIDADES

de 2003 a 2007 ocorreram 5 variações do

vírus só na Indonésia (OIE, 2008)

Países: Canadá, Alemanha, China,

Espanha...+ de 60 países (FAO, 2009)

EUA – presença do vírus da IA de baixa

patogenicidade

Brasil – LIVRE!Por enquanto...

Frangos de crescimento rápido, intermediário e lento, com 3 semanas (Lorenz, 2010)

Órgãos dos frangos vem diminuindo, em termos relativos, dando espaço a maior taxa de formação de tecido magro (GAYA et al., 2006).

Padrão de Desempenho Para Frangos de Corte

0

7

14

21

28

35

42

40

177

422

758

1.167

1.607

2.043

40

170

447

871

1.375

1.918

2.480

-

168

528

1.115

1.914

2.828

3.882

-

158

557

1.211

2.049

3.125

4.370

-

0,95

1,25

1,47

1,64

1,76

1,90

-

0,93

1,24

1,39

1,49

1,63

1,76

Idade Consumo CA, g/g

1994 2003 1994 2003 1994 2003

Peso

Rendimento de órgãos em diferentes categorias de peso.

• Fêmea leve: 1,200kg a 1,900Kg;

• Fêmeas pesadas: 2,031kg a 3,540Kg;

• Macho leve: 2,100 Kg a 3,981 kg;

• Macho pesado: 2,677Kg a 4,742 kg.

• Extravasamento de liquido dos vasos sanguíneos e acúmulo na cavidade abdominal.

CONDENAÇÕES POR SÍNDROME ASCÍTICA EM FRANGOS ABATIDOS SOB INSPEÇÃO FEDERAL

ENTRE 2002 e 2006 NO RS (Jacobsen, 2007)

Por que síndrome?

Genética

Nutrição

Sanidade Meio

Ambiente

Manejo

FATOR PREDISPONENTE (é uma síndrome!)

↑ demanda de oxigênio

Mecanismos compensatórios:↑FC,↑ vol. sistólico, ↑ retorno venoso

↑ débito cardíaco = ↑ fluxo sanguíneo = hipertensão pulmonar

↑ pressão no átrio dir. = refluxo de sangue = ↓ retorno venoso

Congestão hepática = perda de líquido vascular: ASCITE

↑ hematócrito

Hipertensão pulmonar: ↑ pressão nos pulmões e na artéria pulmonar

Viscosidade do sangue

↑ eritrócitos e Hb

Hipertrofia AD, VD

Ventilação deficiente, frio, amônia, rápido crescimento, hipóxia, doenças.

Genética: Metabolismo muscular

MANEJO INICIAL ZONA DE CONFORTO TÉRMICO

1516171819202122232425262728293031323334353637

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46

DIAS

TE

MP

ER

AT

UR

A

Fatores predisponentes:

Excesso de energia

Ascite

Dieta peletizada

Excesso de proteína

• Umidade, pressão e calor melhoram a digestibilidade dos ingredientes da dieta (Nir et al., 1995)

• Dieta peletizada = > volume de quimo = > aporte de O2 = ascite (Nir et al., 1998)

Frango em altas altitudes

Oscilação de temperatura (veranico: dia/noite)

Consumo de oxigênio

Produção de calor

Demanda cardíaca

O ↑ ganho de peso e ↑eficiência alimentar propiciam pior resposta adaptativa a temperatura ambiental.

Baixas temperaturas

(inverno)

• Oxigênio é desviado para termorregulação

Sinais clínicos

• Anorexia

• Perda de peso

• Respiração ofegante

• Imobilidade

• Crista e barbela cianóticas

• Abdômen dilatado (?)

Hipertensão pulmonar

• Parâmetros hematológicos – avaliados

em programas de melhoramento

• Hematócrito: ascítico 37,02% ± 10,6/

normal = 27,06% ± 2,6

• ↑ glóbulos vermelhos, VCM (CUEVA et

al., 1974)

• ↑ viscosidade sangüínea

• Diminuir a demanda metabólica e exigência do oxigênio para frangos? (GARCIA NETO & CAMPOS, 2002)

• Maioria das propostas para ↓incidência de ascite determinam perdas em CA e GP (GONZÁLES & MACARI, 2000)

Coração e pulmões não se desenvolvem o suficiente resultando em falha cardíaca.

Aves apresentam convulsão, movimentação de asas e são encontradas em decúbito dorsal (de costas)

Morte sem causa aparente

Síndrome da Morte Súbita

Mais comum em machos;

Início: 10 – 14 dias;

Pico: 3 – 4 semanas de idade;

Mortalidade: Misto 1,5%

Machos 2%

Mortalidade no mundo: 0,4 a 9,0%

Leesson e Summers (2005)

Síndrome da Morte Súbita

Pode começar a 3 dias de idade e se estender até 8-12 semanas;

Maiores perdas: 9-22 dias de idade;

Aves saudáveis morrem andando,

paradas ou se alimentando;

Back e Julian (2008)

SMS (Infarto agudo do miocárdio,

Fibrilação cardíaca – desequilibrio eletrolítico)

Genética Nutrição Ambiente superlotação

Crescimento acelerado (deposição máxima de massa muscular)

2-4 semanas de idade

Pulmão e coração Com menor crescimento relativo

Hipoxemia

Isquemia coronárias

Constatado aumento da atividade da lactato-desidrogenase e Glutâmico-oxaloacético-transaminase (Imaeda, 1999)

Gonzales et al (2009)

Síndrome da Morte Súbita

• Predisposição: Machos;

Alimentação peletizada

Alta temperatura ambiente

Animais mais pesados

• Causas:

Nutricionais Falha cardíaca

Existe uma associação entre quantidade de alimento ingerido e SMS

A SMS pode ser evitada em 75% ao fazer restrição alimentar

Bowes et al (1988)

Anormalidade metabólica

Fibrilação atrial ou ventricular

Falência circulatória

SMS

Crescimento rápido Aumenta a sensibilidade do miocárdio

Limiar de estimulação do miocárdio é aumentado

Gonzales et al (2009)

Captação de Ca do retículo endoplasmático do cardiócito

SMS por Kawada et al (1994)

SMS ocorre como consequência de necrose progressiva do músculo cardíaco, que ocorre após inúmeros ataques cardíacos subletais.

Aves mais pesadas, com papo e moela cheios, vesícula biliar pequena ou vazia;

Desequilíbrio eletrolítico;

Predisposição genética.

Síndrome da Morte Súbita

Necropsia

SDS - Prevenção

Reduzir a velocidade de crescimento (10-15%)

( nutrição e programa de luz)

Dieta com baixa densidade nutricional ou restrição alimentar

• Para cada 1% de aves c/problemas locomotores evidentes, existe mais de 3% com problemas locomotores subclínicos (Pfeifer et al., 2002).

• Alta correlação entre a velocidade de crescimento e a DT (Riddel, 1975)

1958 vs 2013

68 dias 42 dias

• Estímulo mecânico interrompe a diferenciação dos condrócitos pré-hipertróficos em hipertróficos

• Condrócitos pré continuam a proliferar-se

• Lesão pela descalcificação

O que fazer?

• Universidade de Bristol, UK.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6b/Leg-Disorders-in-Broiler-Chickens-Prevalence-Risk-Factors-and-Prevention-pone.0001545.s007.ogv

QUAL O DESAFIO?

Incidência de Doenças Metabólicas em Frangos de Corte no Sul do Brasil e Uso do Perfil Bioquímico

Sanguíneo para o seu Estudo González et al., 2001.

•450 granjas/ 4,5 milhões de frangos;

• Registro da mortalidade total e das mortes por síndromes metabólicas (ascite, morte súbita) entre a 1ª e a 7ª semana de vida;

•Mortalidade total = 4,8%

•Ascite =12,9%

•Morte súbita = 26,4%

• Pico de mortalidade ascite: 5ª semana

• Pico de mortalidade morte súbita: 6ª semana

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