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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM
GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS
CENTRAL-UFRN
NATAL - RN
2017
FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM
GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS
CENTRAL-UFRN
Orientadora: Dra. Fernanda Antunes Carvalho
NATAL, NOVEMBRO DE 2017
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
apresentado como exigência parcial para
obtenção do diploma de Bacharel em
Ciências Biológicas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.
1
FERNANDA GONDIM LAMBERT MOREIRA
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA AS ESPÉCIES DA ORDEM GENTIANALES EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS
CENTRAL-UFRN
Trabalho de conclusão do curso de graduação em
Ciências Biológicas, Centro de Biociências da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em
Ciências Biológicas, sob orientação da professora Dr.ª
Fernanda Antunes Carvalho.
APROVADA EM 23/11/2017
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Fernanda Antunes Carvalho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(Orientador)
_____________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Alice de Moraes Calvente Versieux
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(Membro)
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Éberton da Silva Marinho
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
(Membro)
2
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Iracema, que me mostrou desde meus primeiros anos a simplicidade e
leveza da vida. Em meio as suas pinturas, plantinhas e carinho, me mostrou a alegria das
pequenas coisas. Obrigada por sempre me apoiar e ser um exemplo de amor incondicional e
força em nossas vidas!
Ao meu pai, Octávio, que me ensinou conhecimentos valiosos sobre a natureza, e sobre
como respeitar e admirar cada ser vivo. Seus ensinamentos me guiaram à biologia e continuarão
me conduzindo nesse longo caminho!
As minhas irmãs, Bia, Barbara (Balba Beluga), Deborah e Letícia. Muito obrigada pelo
apoio, carinho, por serem minhas melhores amigas e por sempre estarem disponíveis para me
ajudar! Amo e admiro muito vocês!
À Maria de Deus (Dê), minha segunda mãe, obrigada pela companhia, compreensão e
carinho sempre.
À professora Fernanda Antunes Carvalho, minha orientadora. Todos os ensinamentos,
ajuda, compreensão e apoio foram valiosos para minha formação. Muito obrigada por aceitar
me orientar, e também por me incentivar em continuar adiante!!!
Aos membros da minha banca de avaliação, professora Alice Versieux e professor
Éberton Marinho.
Ao pessoal do LABOTS, muito obrigada pela ajuda. Em especial a Víctor, Maurício e
Gláucia! Obrigada pelas tardes de conversas e descontração, idas à matinha (voltando sempre
com boas histórias) e ajuda!
Às meninas do LIMVE, professora Juliana e professor Ricardo, pelo aprendizado no
início da jornada.
À Carol, pelas conversas e apoio! Muito obrigada!
A toda a turma 2014.1, em especial Gabriel, Guigga, Júlio, Julianne, Nathália Michelly,
Gabi, Neto, Thiago e Romão, pelos momentos de descontração, conversas aleatórias e convívio
durante o curso!
À Simba, meu gatinho gorducho e laranja, que vez ou outra me surpreendia observando
com seus olhinhos amendoados atrás da cadeira. Obrigada pela companhia! E também aos
demais amigos felinos, Felix, Cyndi Lauper e Madonna.
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................................. 3
ABSTRACT .............................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 11
Área de estudo ...................................................................................................................... 11
Coleta de dados ..................................................................................................................... 12
Construção da chave ............................................................................................................. 12
RESULTADOS ....................................................................................................................... 14
Lista de espécies ................................................................................................................... 14
Chave interativa .................................................................................................................... 15
Tratamento taxonômico ........................................................................................................ 20
DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34
ANEXO I: Lista de caracteres (em negrito) e seus estados. ............................................... 37
ANEXO II: Lista dos descritores com seus poderes de discriminação ............................. 39
Normas do periódico Rodriguésia ........................................................................................ 41
3
Chave de identificação interativa para as espécies da ordem Gentianales em um
fragmento de Mata Atlântica no Campus Central-UFRN
Manuscrito formatado de acordo com as normas da revista Rodriguésia.
RESUMO
A taxonomia é a porta de entrada para a informação sobre os organismos. Dentre os
diversos produtos de um estudo taxonômico, as chaves de identificação auxiliam na
identificação apropriada dos organismos que é essencial para todas as áreas da ciência. Desta
forma, o presente trabalho teve como objetivo elaborar uma chave interativa das 14 espécies e
3 famílias da ordem Gentianales da Mata dos Saguis, um fragmento de Mata Atlântica no
campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para a elaboração
da chave foram feitas coletas de material fresco para a análise de caracteres morfológicos e
aquisição de imagens, durante os meses de abril a novembro de 2017. Também foram analisadas
exsicatas depositadas no Herbário UFRN. O banco de dados foi construído no software de
acesso gratuito Xper², versão 2.3.2, compatível com os principais sistemas operacionais. A
publicação virtual da chave foi realizada na versão online do programa (Xper³), uma plataforma
interativa livremente acessível ao público em geral. Ao todo foram utilizadas 147 imagens para
a ilustração de 35 caracteres e 127 estados de caracteres. A chave está hospedada na plataforma
Xper³, e pode ser acessada em:
http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/6233053986250706296/mkey
.html.
Palavras-Chave: Taxonomia virtual, chave de acesso livre, Gentianales, Mata
Atlântica, Rio Grande do Norte
4
ABSTRACT
Taxonomy is the gateway to information for organisms. Among the various products of
a taxonomic study, the identification keys help in the appropriate identification of organisms
that is essential for all areas of science. Therefore, the objective of this paper was to develop an
interactive key of the 14 species and 3 families of the order Gentianales in the Mata dos Saguis,
the Atlantic Forest fragment in the campus of the Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
To prepare the key, fresh material was collected for the analysis of morphological characters
and image acquisition, during the months of April to November of 2017. In addition, exsicates
deposited in the UFRN Herbarium were analyzed. The database was built on the free access
software Xper², version 2.3.2, which is compatible with major operating systems. The virtual
publication of the key was make in the online version of the program (Xper3) which is an
interactive platform freely accessible to the public. In all, 147 images were used to illustrate 35
characters and 127 character states. The key is hosted on the Xper3 platform, and can be
accessed at: http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/62330539862507
06296/mkey.html.
Key words: virtual taxonomy, free access key, Gentianales, Atlantic Forest, Rio Grande do
Norte.
5
INTRODUÇÃO
Existem no mundo cerca de 200.000 espécies de plantas com sementes, sendo 52%
distribuídas na região neotropical (Antonelli & Sanmartín 2011). O conhecimento da flora, bem
como a elaboração de inventários florísticos, mostra-se importante tanto para o monitoramento
de uma determinada área como para a própria avaliação de sua biodiversidade (Cerqueira 2001),
gerando informações que auxiliam medidas de conservação e uso de recursos naturais. Os
estudos que visam aprimorar o nosso conhecimento sobre biodiversidade são de grande
relevância, pois esclarecem os papéis complexos de cada organismo no funcionamento da
biosfera (Burkmar 2013), necessitando, então, serem fundamentados na identificação correta
das espécies (Urbanetz et al. 2010). Uma identificação errônea pode gerar grandes perdas de
conhecimento, recursos, tempo e até vidas, além de possuir grande potencial para repercutir nas
demais áreas das ciências biológicas devido à estrutura bem relacionada entre elas, aumentando,
assim, o impacto desse equívoco (Bortolus 2008).
Durante o processo de identificação, pode-se recorrer aos herbários, que possuem
informações de espécimes já depositados e identificados que podem ser comparados com as
amostras que estão sendo estudadas. No entanto, muitas vezes as identificações nos herbários
não estão atualizadas ou não foram revistas por especialistas e, por isso, erros podem ser
replicados. Sendo assim é essencial a consulta a monografias e revisões taxonômicas (quando
existentes) e especialistas do táxon estudado (Dallwitz et al. 2007). Além disso, estudos de
floras locais são fontes confiáveis para identificação das espécies e apresentam como principal
recurso para identificação das espécies as chaves de identificação.
Tradicionalmente as chaves apresentadas em trabalhos impressos (ex.: floras,
monografias e revisões) são as chamadas chaves dicotômicas. Também chamadas chaves de
acesso único (ou única entrada), nas chaves dicotômicas, uma sequência fixa de decisões é
6
definida pelo autor (Hagedorn et al. 2010). Neste caso, o processo de identificação deve seguir
um caminho previamente definido, possuindo em cada etapa (que inclui um ou mais caracteres)
duas opções contrastantes (estados de caracteres; figura 1) (Brach & Song 2005; Walter &
Winterton 2007). A partir do princípio de que apenas uma única série de escolhas resulta em
uma identificação correta, qualquer desvio desse único caminho deverá resultar em uma
identificação errada ou em uma falha durante o processo que impede que a chave continue a ser
percorrida (Walter & Winterton 2007).
Figura 1- Exemplo de uma chave dicotômica para as espécies da subfamília Papilionoidae
(família Leguminosae) presentes na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte. Modificado de
São-Mateus et al. (2013).
7
Atualmente, com o desenvolvimento acelerado da tecnologia, tem-se tornado cada vez
mais comum a elaboração das chaves de acesso livre e, mais especificamente, das chaves
interativas (Dallwitz et al. 2013). Em uma chave de acesso livre, a sequência de opções é
escolhida pelo usuário a partir de uma série de atributos (caracteres) que estejam disponíveis na
amostra a ser identificada (Dallwitz et al. 2013; Penev et al. 2009a). Em cada etapa, o usuário
pode selecionar a lista de caracteres oferecidos e escolher um estado ou valor que julgue mais
adequado (Hagedorn et al. 2010). As primeiras chaves de acesso múltiplo foram distribuídas
por meio de cartões perfurados (do inglês punched cards) desenvolvidos primordialmente para
o processamento de dados no início dos sistemas de computadores. Nestas chaves, cada cartão
representava um taxon e a identificação dependia da disposição dos pequenos furos que se
alinhavam quando os cartões eram sobrepostos (Walter & Winterton 2007). Com a
popularização da informática na década de 1980, trabalhos como o de Duncan & Meacham
(1986) foram convertidos para os computadores. dando início à uma nova era de identificação
taxonômica via meios digitais. Nas últimas décadas, programas como o Xper®
(http://www.infosyslab.fr/), LUCID® (www.lucidcentral.org), INTKEY® (Dallwitz et al.
2013) e ACTKEY (Brach & Song 2005) foram desenvolvidos para elaboração de chaves de
livre acesso com ilustrações e conceitos: as chaves interativas (Dallwitz et al. 2013).
Chave interativa é o termo utilizado para chaves de identificação de acesso múltiplo
informatizadas (Penev et al. 2009b). Uma chave interativa funciona como um “jogo interativo”
no qual o usuário visualiza os caracteres e seus estados e seleciona aqueles que são mais
parecidos com a sua amostra. Na prática, chaves interativas são bancos de dados que vão sendo
filtrados na medida em que o usuário seleciona os caracteres. Ou seja, taxa cujos atributos não
estão presentes na amostra a ser identificada vão sendo eliminados até que apenas um táxon
permaneça (Dallwitz et al. 2007). Além do maior número de caracteres utilizados e das imagens
ilustrativas, que tornam as chaves interativas mais compreensíveis, outra grande vantagem deste
8
tipo de chave é a possibilidade de selecionar qualquer caráter sem a necessidade de seguir uma
ordem específica. Além de programas especializados como os citados anteriormente,
atualmente tem sido utilizadas plataformas colaborativas que permitem a criação destas chaves
de forma mais dinâmica, como por exemplo o Xper³. (Http://www.xper3.fr/).
O uso de ferramentas digitais para a elaboração de chaves interativas tem grandes
vantagens sobre os demais tipos de chaves nas quais os dados são limitados, impossibilitando
a identificação das espécies dependendo dos caracteres disponíveis na amostra (Brach & Song
2005). Um exemplo clássico deste problema é a identificação dos membros da família
Caricaceae que inclui o mamão (Carica papaya). Tradicionalmente a identificação era toda
baseada nas flores masculinas (Badillo 1971, 1993); no entanto, os frutos são bastante
informativos e a chave interativa tem auxiliado na identificação das espécies pelo público em
geral (Carvalho & Renner 2015; Carvalho 2013). Sendo assim, se o caráter diagnóstico
utilizado em algum passo da chave estiver ausente ou de difícil visualização na amostra a ser
identificada, torna-se difícil ou impraticável a utilização de uma chave de acesso único (Brach
& Song 2005). Ao mesmo tempo, a tolerância a possíveis erros durante o processo de
identificação, a possibilidade de inclusão de imagens e a facilidade de atualização são também
vantagens atreladas às chaves interativas (Dallwitz et al. 2013).
A taxonomia, como portal de entrada para todo o conhecimento biológico, deve buscar
uma organização, atualização e rapidez no processo de geração e divulgação das informações
taxonômicas. Logo, a transmissão destas informações para o meio eletrônico se torna cada vez
mais imprescindível (Bisby et al. 2002; Carvalho & Renner 2015). A quantidade de
informações taxonômicas na internet ainda é insuficiente, e o que está disponível normalmente
não é utilizada pelos não taxonomistas devido à dificuldade de compreensão (Godfray 2002).
Em muitos casos, a taxonomia é reduzida à uma lista de nomes científicos, e as demais
informações sobre os táxons encontram-se dispersas em diversas fontes (que incluem nomes
9
inválidos, sinônimos, etc.) e, portanto, difícil de ser organizada e acessada. Para o entendimento
e a obtenção de um impacto na conservação da biodiversidade, é necessário considerar todos
os aspectos desta, seja em micro ou em uma macro escala, compreendendo sua totalidade
(Hardisty & Roberts 2013).
A partir desse ponto de vista, pode-se levar o conhecimento da biodiversidade para além
de uma coleção de nomes de táxons (Hardisty & Roberts 2013), reunindo a informação
taxonômica em uma única fonte confiável, facilmente acessível e atualizada. O entomólogo e
naturalista Edward Wilson idealizou uma iniciativa em grande escala com este objetivo, The
Encyclopedia of Life, que visa compilar toda a informação disponível sobre as espécies do
planeta em uma única plataforma (Wilson 2003). No entanto, um projeto como este só poderá
ser concretizado a partir da união de projetos que organizam as informações sobre a
biodiversidade em uma escala mais local.
Sendo um dos 25 hotspots mundiais de biodiversidade, a Mata Atlântica é considerada
a segunda maior floresta pluvial tropical das américas (Myers 2000), distribuída desde o litoral
do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, sendo encontrada também em partes da
Argentina e do Paraguai (Silva & Casteleti 2005). Com grandes índices de diversidade e
endemismo, acredita-se que a região possa abrigar de 1 a 8% da biodiversidade mundial, pois
ainda apresenta áreas mal exploradas, como as vegetações localizadas ao longo do rio São
Francisco e associadas às encostas da Chapada Diamantina, duas importantes áreas de
endemismo situadas na região nordeste do país (Silva & Casteleti 2005). No nordeste brasileiro,
as áreas remanescentes estão distribuídas em pequenas ilhas de vegetação rodeadas por áreas
urbanas ou extensas plantações de cana-de-açúcar (Pereira & Alves 2007). Conhecer a flora
dessas áreas é essencial para entendermos a distribuição das espécies, incluindo espécies
endêmicas, ameaçadas, ou ainda, espécies úteis. A compreensão da distribuição das espécies é
igualmente importante para o desenvolvimento adequado de políticas públicas para a
10
conservação, como por exemplo, definição de áreas prioritárias para conservação (Darrigo et
al. 2016; Pereira & Alves 2007).
Considerando o alto nível de degradação da Mata Atlântica e a urbanização mal
planejada comum em áreas urbanas no Brasil, os fragmentos florestais, mesmo de tamanho
reduzido, ainda são detentores de grande variedade florística, mesmo que susceptíveis à ação
antrópica (Nascimento & Braga 2007). Além disso, fragmentos urbanos tem enorme potencial
para fins didáticos e projetos de educação ambiental. Nas escolas, meios de comunicação e
demais aspectos da sociedade é comum observar certa negligência botânica (por vezes
denominada de cegueira botânica), onde pouca atenção é dada à flora existente no cotidiano da
população (Salatino & Buckeridge 2016). Ferramentas mais didáticas e intuitivas, como as
chaves de identificação interativas, relacionadas a áreas presentes no cotidiano dos cidadãos,
são meios eficazes para facilitar a aproximação da comunidade ao conhecimento sobre a flora
que os cerca.
Deste modo, o objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento e elaboração de uma
chave interativa das espécies pertencentes a ordem Gentianales da Mata dos Saguis, um
fragmento de Mata Atlântica no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, visando uma identificação facilitada e segura, bem como tornar o aprendizado da
botânica mais eficaz e acessível aos estudantes do campus e demais interessados.
11
MATERIAIS E MÉTODOS
Área de Estudo
Localizada dentro do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
o fragmento florestal conhecido popularmente como Mata dos Saguis Norte (Latitude
5°50'34"S e Longitude 68 35°12'04"W) é um remanescente de Mata Atlântica que possui cerca
de 1.48 hectares, apresentando áreas de vegetação aberta à fechada, bem como áreas de maior
ou menor ação antrópica. Devido à sua localização dentro de uma instituição de ensino, sua
flora é bem conhecida informalmente e bastante utilizada em diversas aulas práticas da UFRN
dos cursos de Ecologia, Ciências Biológicas, Engenharia Florestal e Zootecnia. Além de
constituir uma importante área verde dentro do campus, a Mata dos Saguis também fornece
diversos serviços ecossistêmicos para a comunidade acadêmica e para a população próxima ao
seu entorno, como por exemplo, a ciclagem de nutrientes, purificação do ar e controle do clima
(Landell-Mills & Porras 2002).
Figura 2- Localização do fragmento Mata dos Saguis: A) Localização da UFRN na cidade do
Natal (contorno vermelho) e sua localização no estado do Rio Grande do Norte (detalhe); B)
Localização da Mata dos Saguis (contorno azul) dentro do campus da UFRN (contorno verde);
C) Área do fragmento. Fonte: Google Earth
12
Coleta de Dados
O levantamento de caracteres morfológicos utilizados para a descrição das espécies e
elaboração da chave interativa foi baseado no material fresco coletado na área de estudo e na
análise de exsicatas anteriormente depositadas no Herbário UFRN. As coletas de material a
fresco foram realizadas durante os meses de abril à novembro de 2017. As fotografias foram
obtidas utilizando câmeras digitais modelo NIKON COOLPIX P520 e Canon PowerShot
SX400 IS, em campo e em laboratório.
Construção da Chave
Para a elaboração da chave foi utilizado o software de livre acesso Xper², versão 2.3.2
(http://www.infosyslab.fr/). O software, desenvolvido em Java e disponível para os principais
sistemas operacionais (i.e. Windows, MacOS e Linux), é gratuito, de fácil utilização e possui
uma interface disponível em diversas línguas, incluindo o português (Ung et al. 2010). Os
arquivos gerados nesse programa possuem compatibilidade com sua versão online
(http://www.xper3.fr/), uma plataforma interativa na qual a chave está publicada e livremente
acessível ao público em geral.
A organização dos caracteres e estados de caracteres, bem como a descrição dos
mesmos, foi baseado em literatura especializada (Vidal & Vidal 2000; Gonçalves & Lorenzi
2011). Os caracteres utilizados na chave foram agrupados em quatro seções principais: Folha,
Flor, Outros Caracteres Vegetativos e Frutos e Sementes. Dados de estruturas que estavam
ausentes durante todo o período de coleta foram obtidos de exemplares depositados no Herbário
UFRN, provenientes do local de estudo ou, em alguns casos, de localidades próximas.
Todas as imagens são de espécies encontradas no local de estudo, sendo utilizadas tanto
para ilustrar as espécies quanto os caracteres e seus estados. Em alguns casos, não foi possível
13
adquirir imagens com boa resolução com o material e/ou equipamento disponível na UFRN e,
por isso, foram utilizadas fotos da internet de domínio público ou com licenças que permitam
o uso das imagens sem fins lucrativos. Todas as imagens foram devidamente referenciadas com
o nome do fotógrafo e/ou link.
Para avaliar o poder discriminatório dos descritores da chave, foram observados três
índices de eficiência dos descritores na distinção de cada espécie: índice Xper, índice de Jaccard
(1901) (𝑆𝐽𝑎𝑐𝑐𝑎𝑟𝑑 = 𝑐
(𝑎+𝑏−𝑐) ) e índice de Sokal & Michener (1958) (𝑆𝑆𝑀 =
(𝑎+𝑑)
(𝑎+𝑏+𝑐+𝑑)), onde:
a= estados dos descritores presentes, sendo possíveis para ambos os taxa; b= estados dos
descritores presentes apenas no primeiro táxon; c= estados dos descritores presente apenas no
segundo táxon e d= estados não aplicáveis a nenhum dos dois taxa analisados). O índice Xper
é determinado de acordo com a dissimilaridade entre os descritores. Dois taxa são distintos caso
não exista estados dos descritores em comum, isto é, se a = 0 o indice Xper será igual a 1
(Xper2... 2017).
Esses índices são avaliações quantitativas que calculam a capacidade de um descritor
distinguir taxa distintos e são calculados através de uma ferramenta de análise disponível no
próprio Xper² (Xper2... 2017). O índice do Xper, que varia entre 0 e 1, avalia a diferença entre
dois taxa para um descritor, dependendo da existência ou não de estados de caracteres em
comum a esses taxa. O índice de Jaccard e o índice de Sokal & Michener por sua vez são
baseados na diferença entre dois taxa para um caractere, que está entre 0 e 1, e dependem do
número de estados de caracteres em comum (Xper2... 2017).
As análises desses índices ajudam o autor da chave a avaliar quais caracteres são mais
úteis (com valores mais próximos a 1, em quaisquer dos índices) e quais são menos eficientes
para distinguir as espécies, podendo então serem reformulados ou descartados.
14
RESULTADOS
Lista de espécies
Ao todo, a ordem Gentianales é representada na Mata dos Saguis por 14 espécies, três
famílias e 13 gêneros (tabela 1). Foram elaboradas duas chaves interativas de identificação,
uma para identificação das três famílias da ordem Gentianales e outra para as 14 espécies.
Dentre as espécies, apenas Catharanthus roseus (L.) G. Don. é exótica e amplamente
empregada como ornamental nas dependências do campus. A tabela 1 apresenta a lista das
famílias e suas respectivas espécies.
Tabela 1. Lista de espécies da ordem Gentianales do fragmento florestal Mata dos Saguis.
FAMÍLIA ESPÉCIE
Apocynaceae 1. Catharanthus roseus (L.) G. Don.
2. Hancornia speciosa Gomes.
3. Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini.
4. Mandevilla scabra (Hoffmanns. Ex Roem. & Schult.) K.Schum.
1. Spigelia anthelmia L.
2. Strychnos parvifolia A. DC.
1. Borreria spinosa Cham. et Schltdl.
2. Chiococca alba (L.) Hitch.
3. Diodella teres (Walter) Small Small & Carter.
4. Guettarda platypoda DC.
5. Mitracarpus strigosus (Thunb.) P.L.R. Moraes, De Smedt Hjertson
6. Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.)
7. Tocoyena formosa K.Schum.
8. Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum.
Loganiaceae
Rubiaceae
15
Chave interativa
A base de dados “Chave interativa da Mata dos Saguis – Gentianales” que foi elaborada
no software Xper2 (figura 3) foi migrada para a plataforma online (Xper³), onde já se encontra
disponível para o público no endereço “http//www.xper3.fr/xper3GeneratedF
iles/publish/identification/6233053986250706296/mkey.html”. O mesmo procedimento foi
realizado para a chave das famílias, disponível no endereço:
http://www.xper3.fr/xper3GeneratedFiles/publish/identification/6349184130900443727/mkey
.html. O usuário, assim que acessar a primeira página da chave, encontrará uma coluna contendo
a lista de descritores, que aparecerá pela ordem de maior ou menor poder de discriminação.
Para auxiliar o usuário sobre a melhor escolha do caráter (descritor), barras posicionadas ao
lado do nome indicam qual descritor é mais discriminante (verde escuro) ou menos
descriminante (verde claro) (figura 4). Quando o usuário encontra o nome da planta que está
identificando, aparecem imagens e um texto com a descrição geral e outras informações (figura
5).
Figura 3- interface do módulo de edição para descrição das espécies (software Xper2 Editor)
16
Para a construção da chave interativa, foram utilizados 17 caracteres vegetativos e 16
reprodutivos, totalizando 33 caracteres e 127 estados de caracteres (ver anexo I). Dentre esses
caracteres, 5 descritores pertencem ao grupo “Outros caracteres vegetativos”, 12 ao grupo
“folhas”, 2 ao grupo “inflorescência”, 8 ao grupo “Flor”, 5 ao grupo “Frutos e Sementes” e
apenas 1 ao grupo “Ecologia e geografia”. A formação de grupos organiza os descritores no
xper² e auxilia no processo de descrição das espécies tornando-o mais rápido. Infelizmente, a
organização em grupos não se mantém no Xper³ onde os descritores estão organizados por
ordem de poder de discriminação.
Para a ilustração dos caracteres, foram utilizadas 185 imagens, sendo 132 utilizadas para
a ilustração de todos os caracteres e seus estados e 53 imagens para a ilustração das espécies e
demais táxons (ex.: figura 6 e 7). Através de ambas as chaves de identificação, o usuário poderá
identificar todas as espécies de Gentianales (bem como todas as famílias) utilizando apenas
caracteres vegetativos. Essa opção é bastante vantajosa perante à falta de flores ou frutos nas
amostras, caracteres quase sempre determinantes em chaves dicotômicas tradicionais. De
acordo com os índices de eficiência dos descritores (Xper, jaccard e Sokal e Michener), os
descritores mais eficientes são “base da lâmina” e “tipo de fruto”. A matriz completa de todos
os descritores por espécies que foi exportada a partir da base completa do xper² encontra-se no
anexo II.
17
Figura 5 - A. Janela de informações sobre a espécie, que surge automaticamente após a sua
identificação pela chave; B. detalhe da janela, na qual foi detalhada as principais informações
de cada espécie.
Figura 4 - Interface da plataforma online do Xper3. O quadro da esquerda mostra os 20
primeiros descritores (de acordo com seus índices de melhor descritor) bem como as
ilustrações de cada carácter e estado de caráter. O quadro da direita mostra a lista de espécies
disponíveis.
18
Figura 6 - Exemplos de ilustrações presentes na chave, que auxiliam o usuário na
identificação das espécies. A. flor de Hancornia speciosa; B. flor de Matelea ganglinosa;
C-D. folha e caule de Strychnos parvifolia; E. Folha de Spigelia anthelmia; F.
inflorescência de Borreria spinosa; G. braquiblasto de Richardia grandiflora e H. fruto
maduro de Tocoyena formosa. Fotos: Fernanda Gondim.
19
Figura 7 - Exemplos de ilustrações presentes na chave. A. inflorescência de Chiococca
alba; B. flores de Diolella teres; C. flores de Tocoyena sellowiana; D. Glomérulo de
Mitracarpus strigosus; E. Folhas e hábito de Mandevilla scabra; F. Flor de Guettarda
platypoda; G. Flor de Catharanthus roseus e H. Flor de Spigelia anthelmia. Fotos:
Fernanda Gondim (A-F); Gláucia Silva (G) e Victor Moreira (H).
20
Tratamento taxonômico
1. Borreria spinosa Cham. et Schltdl. Linnaea 3: 340. 1828
Sinônimos: Borreria densiflora DC. Spermacoce spinosa Sw.
Erva ereta ou prostrada, ramos lisos, glabros, verdes, estípulas interpeciolares,
multifimbriadas, persistentes. Folhas simples, pecioladas, opostas cruzadas, lâmina lanceolada,
elíptica a estreito-elíptica, base aguda, ápice agudo a cuneado, discolor, margem inteira,
superfícies adaxial e abaxial glabras, membranáceas, peninérveas, camptódromas.
Inflorescência terminal, axilar, glomérulo. Flor bissexual, actinomorfa, séssil, brácteas
elípticas, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, branca,
actinomorfa, preforação valvar. Estames homodínamos livres entre si, exsertos, filetes livres,
anteras brancas. Ovário ínfero. Cápsula deiscente, seca, negro a marrom, glabra. Sementes
elipsoides.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Mata dos Saguis,
05.XII.2016, fl. e fr., N. Dávila. 6617 (UFRN).
2. Catharanthus roseus (L.) G. Don., Hist. 4: 95 1837.
Sinônimo: Vinca rosea L.
Erva ereta, ramos lisos, pubescentes, verdes, exudato branco, estipulas axilares. Folhas
pecioladas, opostas cruzadas, lâmina obovada a oblonga, base cuneada a obtusa, ápice
mucronado, pubescentes em ambas as superfícies, discolor, cartácea, amptódroma.
Inflorescência cimosa, monocásio helicoide, terminal. Flores pediceladas, cálice dialissépalo,
corola hipocrateriforme, rosa, prefloração contorta. Estames livres entre si e adnatos às pétalas,
inclusos, anteras amareladas. Foliculos, deiscentes, seco. Sementes negras, elipsoides.
21
Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Maxaranguape, Comunidade
Caraúbas, acesso pela BR 101 e RN 160, 28.VII.2010, fl., D. F. Torres. 2 (UFRN).
3. Chiococca alba (L.) Hitch. Annual Rep. Missouri Bot. Gard. 4: 94. 1893.
Sinônimos: Lonicera alba L.; Chiococca alba subsp. Alba; Chiococca anguifuga Mart.
Arbusto, ramos cilíndricos, lisos a levemente estriados, glabros, marrons, estípulas
Interpeciolares, triangulares e persistentes. Folha simples, opostas dísticas, lâmina ovada a
elíptica, base arredondada, ápice cuspidado, acuminado, cuneado ou obtuso, margem inteira,
superfície adaxial glabra e abaxial pubescente, concolor, cartácea, venação peninérvea,
camptódroma. Inflorescência axilar, racemo. Flor bissexual, actinomorfa, subséssil, Brácteas
elípticas, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, branca,
actinomorfa, prefloração valvar. Estames homodínamos, livres entre si, Inclusos, filetes livres,
amarelos. Ovário Ínfero, unilocular. Drupa globosa, carnosa, branca, glabra, indeiscente.
Sementes elipsoides.
Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Mata dos Saguis,
08.VI.2016, fl. e fr., N. Dávila. 6582 (UFRN).
4. Diodella teres (Walter) Small Small & Carter, Fl. Lancaster Co. 271. 1913.
Sinônimos: Diodia teres Walter
Erva reta a prostrada. Ramos lisos, pubescentes a hirsutos, verdes. Estípulas
interpeciolares, multifimbriadas, persistentes. Folhas simples, sésseis, opostas dísticas, lâmina
lanceolada, elíptica a oblonga, base atenuada, obtusa a aguda, ápice agudo a acuminado,
concolor, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial hirsutas, textura cartácea, peninérvea,
22
venação eucampdódroma. Inflorescência em glomérulos axilares, racemosas. Flor bissexual,
actinomorfa, séssil, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola infudibuliforme, gamopétala,
branca, lilás a ligeiramente rosada, actinomorfa, prefloração valvar. Estames homodínamos,
livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, anteras amareladas. Ovário ínfero, bilocular.
Esquizocarpo, seco, verde, glabro.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 08.VI.2016, fl., N. Dávila. 6575 (UFRN).
5. Guettarda platypoda DC. Prodr. 4: 456. 1830
Sinônimos: Guettarda leai Ridl. Matthiola platypoda (DC.) Kuntze.
Arbusto, ramos rugosos, lenticelados, glabros e marrons, estípulas interpeciolares,
triangulares, persistentes. Folhas pecioladas, simples, opostas dísticas. Lâmina obovada a
elíptica, base cuneada, ápice arredondado a obtuso, faces discolores, margem inteira,
superfícies adaxial e abaxial glabras, textura cartácea, peninérvea, venação camptódroma.
Inflorescências em cimeiras axilares, cimosas. Flor bissexual, actinomorfa, pedicelo subséssil,
cálice gamossépalo, actinomorfo, corola infudibuliforme, gamopétala, actinomorfa, amarela,
prefloração valvar. Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, filetes,
fixado as pétalas, livres, antera dorsifixa, amarelas ou castanhas. Ovário ínfero, plurilocular.
Drupa globosa, carnosa, branca, superfície levemente pubescente, indeiscente. Sementes
globosas.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 27.VI.2016, fl e fr., N. Dávila. 6608 (UFRN).
23
6. Hancornia speciosa Gomes. Mem. Math. Phis. Acad. Real Sci. Lisboa 3(Mem. Corr.):
53 1812.
Sinônimos: Hancornia gardneri (A.DC.) Miers; Echites glaucus Roem. & Schult.
Árvore, ramos lisos a rugosos, lenticelados, glabros, marrons avermelhados. Coléteres
presentes. Folhas simples, margem inteira, pecioladas, opostas dísticas, lâmina oblonga, base
obtusa, ápice acuminado, concolor, glabra em ambas as faces, cartácea, peninérveas, venação
craspedódroma. Látex branco. Inflorescência em dicásios terminais, cimosas. Brácteas
deltóides, oblongas. Flores pediceladas, sésseis, bissexuais, actinomorfas, cálice gamossépalo,
actinomorfo, corola hipocrateriforme, gamopétala, branca, actinomorfa, fauce amarela.
Estames homodínamos, livres entre si e aderidos às pétalas, inclusos, filetes fixados as pétalas,
livres, anteras basifixas, amarelas. Ovário Ínfero, prefloração espiralada. Baga globosa,
carnosa, amarelo-avermelhada, superfície glabra, indeiscentes. Sementes elipsoides, com
presença de arilo, castanho-claras.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 16.VIII.2012, fl., L. M. Versieux. 534 (UFRN).
7. Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K.Schum., Nat. Pflanzenfam.
[Engler & Prantl] 4, Abt. 2: 171. 1895.
Sinônimos: Echites scabrus Hoffmanns. ex Roem. & Schult.; Amblyanthera cuyabensis
(A.DC.) Müll.Arg.
Trepadeira, ramos lenticelados, pubescentes a glabros, marrons a verdes, exsudato
branco, gavinhas presentes, estipulas ausentes. Folhas pecioladas, opostas cruzadas. Lâmina
elíptica, base cordada, ápice acumunado a agudo, superfície adaxial áspera a escabra, 18.
Lâmina abaxial pubescente a velutinosa, cartácea, camptódroma. Inflorescência em racemos
24
axilares. Flores pediceladas, cálice gamossépalo, corola infudibuliforme, amarela, prefloração
contorna ou espiralada, fauce alaranjada. Estames inclusos. Folículos carnosos, marrons,
glabros, indeiscentes. Sementes elipsoides.
Material Examinado: BRASIL, RIO GRANDE DO NORTE, Natal, Parque da Cidade
Dom Nivaldo Monte. 30.IV.2016, fl, A. A. Roque. 1793 (UFRN); Natal, Parque da Cidade
Dom Nivaldo Monte. 11.VI.2016, fl, A. A. Roque. 1804 (UFRN).
8. Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini., Neodiversity 3(2): 19 2008.
Sinônimos: Cynanchum ganglinosum Vell.; Gonolobus cearensis Malme.
Trepadeira, ramos lisos, marrons a verdes, pubescentes, exsudato branco, gavinhas
presentes, estipulas ausentes. Folhas pecioladas, opostas dísticas, lâmina ovada, base cordada,
ápice acuminado a cuneado, discolor, superfície adaxial pubescente, superfície abaxial
pubescente a velutinosa, membranácea, broquidódroma. Inflorescência em cimeiras
subaxilares, racemosas. Flores pediceladas, cálice gamossépalo, corola rotada, esverdeada nas
extremidades, roxa em sua base, ginostégio amarelado. Folículo seco, negro quando maduro,
áspero, deiscentes. Sementes elipsoides.
Material examinado: BRASIL, RIO GRANDE DO NORTE, Baía Formosa, área
pertencente à Fazenda Estrela. 24.V.2016, fr, E. O. Moura. 755 (UFRN).
9. Mitracarpus strigosus (Thunb.) P.L.R. Moraes, De Smedt & Hjertson
Sinônimos: Mitracarpus salzmannianus DC. Prodr. 4: 571 1830.; Mitracarpus
discolor Miq.;
Erva ereta à prostrada, ramos lisos, pubescentes, verdes, braquiblastos presentes,
estipulas interpeciolares, multifimbriadas, persistentes. Folhas opostas dísticas, sésseis. Lâmina
lanceolada a elíptica, base atenuada a cuneada, ápice acuminado a agudo, concolor, pubescente
25
em ambas as faces, membranácea, eucampdódroma. Inflorescência em glomérulos, axilares e
terminais, multifloros. Flor pedicelada, cálice dialissépalo, corola hipocrateriforme, branca,
prefloração valvar. Estames livres entre si e adnatos às pétalas, exsertos, filetes fixados as
pétalas. Cápsula, seca, castanha, glabra, deiscente. Sementes globosas.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 08.VI.2016, fl., N. Dávila. 6571 (UFRN).
10. Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. Nomencl. Bot. (ed. 2) 2: 459. 1841.
Sinônimos: Richardsonia grandiflora Cham. & Schltdl.; Richardia divergens (Pohl ex
DC.) Steud.
Erva ereta a prostrada, ramos lisos, pubescentes, verdes a avermelhados, braquiblastos
presentes, estipulas interpeciolares, multifimbriadas persistentes. Folhas sésseis, opostas
dísticas, lâmina lanceolada a estreito-elípitica, base atenuada, ápice acuminado a agudo,
discolor, superfície adaxial e abaxial glabra, áspera ou escabra, membranácea,
eucampdódroma21. Inflorescência em glomérulo, terminal, cimosa. Flores subsésseis, cálice
dialissépalo, corola infudibuliforme, branca, lilás, prefloração valvar. Estames livres, inclusos,
anteras brancas. Ovário trilocular. Esquizocarpo, marrom, seco, glabro, deiscente. Sementes
elipsoides.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus da UFRN,
26.IX.2007, fl., M. G. Silva. 5939 (UFRN).
11. Spigelia anthelmia L. Sp. Pl. 149 1753.
Sinônimos: Spigelia anthelmia var. nervosa Progel; Spigelia stipularis Prog.
26
Erva ereta, ramos cilíndricos, lisos, glabros e esverdeados, estípulas ausentes. Folhas
simples, sésseis, verticiladas. Lâmina lanceolada a ovada, base atenuada a arredondada, ápice
acuminado, discolor, glabra em ambas as superfícies, textura membranácea, camptódroma.
Inflorescência terminal, cimosa, cimeira do tipo monocásio escorpioide. Flor pedicelada, 25.
Cálice, dialissépalo, corola infudibuliforme, branca, rosa e lilás, prefloração valvar, estames
livres entre si, inclusos, anteras amarelas, ovário ínfero, bilocular. Cápsula, superfície áspera,
seca. Sementes elipsoides.
Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus central
da UFRN, 20. IV.2007, fr, H. Silva, 3 (UFRN).
12. Strychnos parvifolia A. DC. Prodr. 9: 16 1845.
Sinônimos: Strychnos marginata Benth.; Strychnos martii Prog.
Arbusto, ramos lenticelados, glabros, marrons. Estípulas axilares, persistentes,
formando gavinhas ou espinescentes. Folhas simples, opostas dísticas, discolores, lâmina
ovada, elíptica a largo-elíptica, base obtusa a subcordada, ápice agudo, emarginado ou cuneado,
margem inteira, glabra em ambas as faces, cartácea, peninérvea, venação broquidódroma,
gavinhas axilares. Inflorescência em dicásios terminais, cimosa. Flor bissexual, actinomorfa,
subsésseis, cálice dialissépalo, actinomorfo, corola campanulada, gamopétala, actinomorfa,
amarela. Estames homodínamos, livres entre si, inclusos, filetes fixados as pétalas, anteras
livres, amarelas, ovário súpero, prefloração valvar. Baga globosa, indeiscente, amarela a
alaranjada, pericarpo carnoso. Sementes globosas.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 08.VI.2016, fl e fr., N. Dávila. 6605 (UFRN).
13. Tocoyena formosa K.Schum. Fl. Bras. (Martius) 6(6): 347. 1889.
27
Sinônimos: Gardenia formosa Cham. & Schltdl.; Gardenia marítima Vahl ex DC.
Árvore, ramos cilíndricos, estriados, glabros, pubescentes nos ramos jovens, marrons a
acinzentados, estípulas interpeciolares, triangulares, caducas. Folhas simples, pecioladas,
opostas cruzadas, lâmina elíptica a largo-elíptica, margens inteiras, base atenuada, obtusa a
cuneada, ápice cuneado, cuspidado a agudo, discolor, superfícies adaxial e abaxial velutinosas,
cartácea, peninérveas, venação eucampdódroma. Inflorescência em dicásios terminais, cimosas.
Flores actinomorfas, bissexuais, sésseis a subsésseis, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola
hipocrateriforme, gamopétala, actinomorfa, amarela. Estames homodínamos, livres entre si e
aderidos às pétalas, exsertos, filetes fixados as pétalas, livres, anteras amarelas a castanhas.
Ovário ínfero, bilocular, prefloração contorna. Baga globosa, carnosa, indeiscente, superfície
glabra a levemente pubescente, verdes quando imaturas, negras quando maduras. Sementes
discoides.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 12.II.2012, fl., Moura, E. O. 70(UFRN).
14. Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum. Fl. Bras. (Martius) 6(6): 349. 1889.
Sinônimos: Gardenia sellowiana Cham. & Schltdl. Tocoyena selloana K.Schum.
Tocoyena sellowana (Cham. & Schltdl.) K.Schum.
Árvore, altura, ramos lisos, lenticelados e estriados, glabros marrons a acinzentados,
estípulas interpeciolares, triangulares, persistentes. Folhas simples, pecioladas, opostas
cruzadas. Lâmina obovada a elíptica, base atenuada a aguda, ápice cuspidado, agudo a cuneado,
discolor, margem inteira, superfícies adaxial e abaxial glabras, textura cartácea, peninérveas,
venação camptódroma. Inflorescência terminal, cimosa, dicásio. Flor bissexual, actinomorfa,
séssil, cálice gamossépalo, actinomorfo, corola hipocrateriforme, gamopétala, amarela,
28
actinomorfa. Estames homodínamos, livres entre si, exsertos, filetes fixados as pétalas, livres,
anteras amarelas, prefloração contorta. Ovário ínfero, bilocular. Baga globosa, verdes quando
imaturas, negras quando maduras, glabras, indeiscentes. Sementes discoides.
Material Examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO NORTE: Natal, Campus UFRN, Mata
dos Saguis, 22.VIII.2016, fl e fr., N. Dávila. 6620 (UFRN).
29
DISCUSSÃO
A elaboração de chaves interativas para a flora do Brasil ainda é pouco difundida,
embora já existam alguns trabalhos que se destacam como o de Bittrich et al. (2012), sobre
gêneros de plantas com sementes da reserva Ducke (Manaus, AM); Zuquim et al. (2017), para
samambaias da Amazônia; Zanatta et al. (2015) para angiospermas do Cerrado; Peres & Fagg,
(2011), para frutos e sementes também do Cerrado; Carmo & Simões (2017), para espécies da
família Rubiaceae em Camanducaia (Minas Gerais); e Espirito Santo et al. (2013), para espécies
de Bignoniaceae no estado da Bahia. Este último, juntamente com duas dissertações não
publicadas (Sapindaceae lianescentes, Ferraz 2017; e plantas aquáticas e palustres, Souza
2008), são os únicos registrados para a região nordeste do país, todos sobre a flora da Bahia.
Logo, o estado do Rio Grande do Norte não possui registros de publicações de chaves
interativas para as vegetações presentes no estado.
Assim como o observado por Bittrich et al. (2012) a Amazônia e demais vegetações
brasileiras tem suas floras frequentemente desatualizadas dentro de alguns anos, frente ao
grande volume de novas descobertas. O estudo cientifico da biodiversidade do Brasil, bem
como sua geografia, ainda permanece em fase exploratória (Giulietti et al. 2005), apresentando
uma acentuada carência de síntese de dados biogeográficos, especialmente em áreas onde há
poucas instituições com tradição em estudos Botânicos (Fiaschi & Pirani 2009). Martinelli
(2010) reconhece a relevância do Brasil quanto ao nível de desenvolvimento cientifico e
instituições acadêmicas e de pesquisas consolidadas. Contudo, se comparado a outros países
detentores de megadiversidade (como por exemplo a Austrália, China e México), o Brasil ainda
apresenta limitações quanto ao uso da informação, organização e extensão da sua
biodiversidade, havendo ainda necessidade de investir em tais quesitos (Martinelli, 2010).
Logo, é necessário mais investimento no levantamento das informações taxonômicas e na
divulgação das mesmas sendo importante aumentar a intensidade de coletas em áreas remotas
30
e regiões negligenciadas cientificamente, como é o caso do Rio Grande do Norte (ex.: Versieux
et al. 2013).
O impacto social e científico da internet nos dias atuais favorece e estimula o
compartilhamento de dados digitais e, consequentemente, de propostas de projetos de
taxonomia virtual visando o estudo da biodiversidade (Ung et al. 2010). Diante desse aspecto,
a identificação correta dos táxons estudados deve ser priorizada. Nomes científicos são
comumente transferidos de um trabalho para outro sem o cuidado necessário, sendo apenas
taxonomistas bem treinados capazes de encontrar e corrigir esses erros taxonômicos (Bortolus
2008). Uma análise realizada por Bortolus (2008) mostra que parte dos estudos publicados em
revistas relevantes na área da ecologia, por exemplo, são desprovidos de qualquer informação
que garanta a identificação correta dos organismos estudados, a maioria não tem espécimes
depositados em coleções de referência e também não mencionam a participação de
taxonomistas. O trabalho realizado por Cardoso et al. (2017) ilustra bem essa realidade: a partir
da análise de diversas listas sobre a flora amazônica publicada ao longo dos anos, diversos erros
taxonômicos foram encontrados. A inclusão de espécies não amazônicas, um mesmo nome
científico citado mais de uma vez em uma mesma lista, sinônimos (onde taxonomistas nomeiam
uma única espécie com dois ou mais nomes distintos), entre outras falhas são alguns dos erros
encontrados que dificultam a visualização real da dimensão da flora desse bioma (Cardoso et
al. 2017).
Diante do rápido desenvolvimento tecnológico, o uso de chaves dicotômicas
tradicionais tem se tornado obsoleto perante ao grande volume de informações a respeito das
espécies (sobretudo com o advento da filogenia molecular nos últimos anos) já que não é uma
ferramenta passível de constante e fácil edição/atualização, diferentemente das chaves em meio
eletrônico. No entanto, para Griffing (2011) a utilização das chaves dicotômicas está tão
enraizada na botânica que por vezes é tida como uma parte fundamental da ciência, e não é
31
vista apenas como uma ferramenta, desenvolvida especificamente para o auxílio na
identificação e aprendizagem, sendo uma dentre várias alternativas para o processo de
identificação de táxons. Além disso trabalhos impressos (ex.: guias de campo, revisões
taxonômicas e monografias), mesmo que bem ilustrados, geralmente não acompanham os
especialistas em suas idas à campo, ficando retidos em herbários e prateleiras (Kress 2004).
Por outro lado, a grande maioria dos pesquisadores atualmente leva computadores e
smartphones em suas viagens de campo. Logo, estudos que utilizam as ferramentas digitais
disponíveis e possam ser utilizadas de forma interativa nesses meios garante maior
acessibilidade e utilidade da informação. A abordagem virtual dessas informações se torna uma
estratégia eficaz trazendo diversas vantagens para os usuários desses dados taxonômicos
(Bittrich et al. 2012) e aproximando os mais diversos públicos para o conhecimento mais
dinâmico da flora. Para Godfray (2002), a própria taxonomia se torna ideal para a internet, já
que é um tema com amplo volume de informações que requer o uso de ilustrações em
abundância e também necessita de atualizações constantes. Brach & Boufford (2011) discutem,
ainda, a possibilidade de guias de campo se tornarem mais acessíveis em tablets e smartphones
sem a necessidade do uso da internet para encontrar os táxons. Desta forma, facilita-se o
processo de identificação, tornando-o mais acessível não só para os pesquisadores como
também para o público em geral, inclusive em áreas mais remotas (Brach & Boufford 2011)
Parte dos trabalhos de chaves interativas para a flora brasileira são disponibilizados ao
púbico em sites próprios, elaborados para a hospedagem da chave em questão. Neles é fornecido
um link para a chave interativa, como no site “www. frutosatrativosdocerrado.bio.br”,
elaborado por Peres e Fagg (2011). Sites próprios com esse objetivo permitem maior liberdade
para adicionar diversas outras informações (como materiais adicionais e informações sobre a
equipe), além de facilitar o acesso ao público em geral. Contudo, essas chaves podem se tornar
rapidamente inacessíveis mediante problemas de hospedagem. Uma outra opção é
32
disponibilizar as chaves diretamente pelo banco de bases dos sites dos desenvolvedores de
softwares, como no site do LUCID® (http://www.lucidcentral.com/en-
us/keys173;/searchforakey.aspx). Já o grupo da professora Dra. Régine Vignes-Lebbe, Diretora
do LIS (Laboratoire Informatique et Systématique), laboratório responsável pelo
desenvolvimento do do XPER, na universidade Université Pierre et Marie Curie (França), criou
uma plataforma online, mais elaborada e interativa, disponível para os usuários (Xper³,
www.xper3.fr). No Xper³, as chaves podem ser elaboradas e utilizadas na própria interface, que
possui recursos que auxiliam tanto o usuário como o autor da chave. Apesar de garantir o
armazenamento dos dados de uma forma mais segura, uma desvantagem desse tipo de
hospedagem é a limitação da adição de informações extras (como arquivos para download ou
sugestões de links). Do mesmo modo, não é raro encontrar chaves interativas cujos links se
encontram indisponíveis, quer tenham sido disponibilizadas em sites elaborados pelos próprios
autores ou apenas disponibilizada no banco de bases dos sites dos desenvolvedores. Dos
trabalhos anteriormente citados, alguns (ex.: Bittrich et al., 2012; Espirito Santo et al., 2013)
não podem ser acessados a partir dos links disponibilizados nos seus respectivos artigos. Cabe
aos pesquisadores envolvidos realizarem uma manutenção contínua, tanto do conteúdo da
chave (mantendo-a em constante atualização) como dos meios que a tornam disponíveis ao
público.
A chave elaborada para as espécies de Gentianales da Mata dos Saguis estará disponível
para os alunos e servidores do campus universitário, bem como para o público em geral
interessado. O fragmento florestal Mata dos Saguis vem ao longo dos anos sendo revitalizado
e recentemente aberto ao público externo para a realização de trilhas agendadas, a partir de
trabalhos de educação ambiental. A utilização do local como laboratório natural para as
disciplinas de botânica e zoologia confirma a utilidade desse fragmento também para o ensino
dentro da universidade. Chaves interativas testadas por universitários, se mostraram úteis para
33
o aprendizado da botânica desses alunos (Zanatta et al. 2015; Zuquim et al. 2017), aumentando
o interesse nas disciplinas de botânica, além de ser uma ferramenta acessível e atrativa diante
dos novos meios tecnológicos inseridos no cotidiano dos alunos (Peres, 2012; Zanatta et al.
2015). Visando esse objetivo, a chave elaborada neste estudo poderá ser testada em aulas
práticas por turmas de alunos de graduação durante as disciplinas de botânica dos cursos de
Ciências Biológicas, Ecologia, Engenharia Florestal e Zootecnia a partir do início do período
letivo de 2018.
34
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37
ANEXO I: Lista de caracteres (em negrito) e seus estados.
i. Hábito: 1. Árvore, 2. Arbusto, 3. Erva ereta, 4. Erva prostrada, 5. Trepadeira.
ii. Ramos: Casca externa: 1. Lisa, 2. Rugosa, 3. Lenticelada, 4. Estriada, 5. Reticulada,
6. Laminada.
iii. Ramos: Superfície/indumento: 1. Pubescente, 2. Glabra.
iv. Ramos: Cor: 1. Marrons, 2. Avermelhados, 3. Verdes, 4. Acinzentados.
v. Exsudato: 1. Ausente, 2. Branco.
vi. Braquiblastos: 1. Presentes, 2. Ausentes.
vii. Estípula: 1. Ausente, 2. Interpeciolares, 3. Axilares.
viii. Estípula: Tipo: 1. Triangulares, 2. Multifimbriadas.
ix. Pecíolo: Forma: 1. Peciolada, 2. Séssil, 3. Subséssil.
x. Filotaxia: 1. Verticiladas, 2. Opostas dísticas, 3. Opostas cruzadas.
xi. Lâmina: forma:1. Obovada, 2. Lanceolada, 3. Ovada, 4. Linear, 5. Elíptica, 6.
Oblonga, 7. Estreito-elíptica, 8. Largo-elíptica.
xii. Lâmina: base: 1. Atenuada, 2. Cuneada, 3. Arredondada, 4. Cordada, 5. Aguda, 6.
Obtusa, 7. Subcordada.
xiii. Lâmina: ápice: 1. Mucronado, 2. Cuspidado, 3. Acuminado, 4. Agudo, 5.
Arredondado, 6. Emarginado, 7. Cuneado, 8. Obtuso.
xiv. Lâmina: Cor de ambas as faces: 1. Concolor, 2. Discolor.
xv. Lâmina: Superfície adaxial: 1. Glabra, 2. Pubescente, 3. Áspera, 4. Hirsuta, 5.
Velutinosa.
xvi. Lâmina: Superfície abaxial: 1. Áspera, 2. Hirsuta, 3. Pubescente, 4. Velutinosa, 5.
Glabra.
xvii. Lâmina: Textura: 1. Cartácea, 2. Membranácea, 3. Herbácea.
xviii. Venação foliar: Padrão: 1. Camptódroma, 2. Eucampdódroma, 3. Broquidódroma, 4.
Craspedódroma.
xix. Inflorescência: Posição: 1. Terminal, 2. Axilar.
xx. Inflorescência: Tipo: 1. Racemo, 2. Glomérulo, 3. Cimeira: Dicásio, 4. Cimeira:
monocásio escorpióide, 5. Cimeira subaxilar.
38
xxi. Pedicelo: Tipo: 1. Pedicelada, 2. Séssil, 3. Subséssil.
xxii. Cálice: Fusão: 1. Gamossépalo, 2. Dialissépalo.
xxiii. Corola: Tipo: 1. Campanulada, 2. Rotada, 3. Infudibuliforme, 4. Hipocrateriforme.
xxiv. Corola: Cor: 1. Branca, 2. Rosa, 3. Lilás, 4. Amarela, 5. Esverdeada.
xxv. Prefloração: 1. Valvar, 2. Contorna ou espiralada.
xxvi. Estames: 1. Livres, 2. Adnatos às pétalas, 3. Unidos, formando uma única estrutura.
xxvii. Estames: Em relação a corola: 1. Exsertos, 2. Inclusos.
xxviii. Ovário: Número de lóculos: 1. Unilocular, 2. Bilocular, 3. Trilocular, 4.
Plurilocular.
xxix. Fruto: Consistência do pericarpo: 1. Carnoso, 2. Seco.
xxx. Fruto: Cor: 1. Branco, 2. Verde, 3. Negro, 4. Alaranjado ou amarelado, 5. Amarelo
avermelhado.
xxxi. Fruto: Tipo: 1. Drupa, 2. Baga, 3. Folículo, 4. Cápsula, 5. Esquizocarpo.
xxxii. Semente: Forma: 1. Discóide, 2. Elipsoides, 3. Globosas.
xxxiii. Fruto: Deiscência: 1. Deiscente, 2. Indeiscente.
39
ANEXO II: Lista dos descritores com seus poderes de discriminação
GRUPO DESCRITORES Índice
XPER
Índice de
Sokal &
Michener
Indice de
Jaccard
Ecologia e geografia 1. Hábito 69/91
(0.76)
34/91 (0.38) 73/91
(0.81)
Outros caracteres
vegetativos
2. Ramos: Casca externa 34/91
(0.37)
27/91 (0.31) 56/91
(0.62)
Outros caracteres vegetativos
3. Ramos: Superfície/indumento
28/91 (0.31)
44/91 (0.49) 44/91 (0.49)
Outros caracteres
vegetativos
4. Ramos: Cor 29/91
(0.32)
35/91 (0.39) 56/91
(0.62)
Outros caracteres
vegetativos
5. Exsudato 40/91
(0.44)
40/91 (0.44) 40/91
(0.44)
Outros caracteres
vegetativos
6. Braquiblastos 40/91
(0.44)
40/91 (0.44) 40/91
(0.44)
Folhas 7. Estípula 56/91
(0.62)
37/91 (0.41) 56/91
(0.62)
Folhas 8. Estípula: Tipo 16/28
(0.57)
16/28 (0.57) 16/28
(0.57)
Folhas 9. Pecíolo: Forma 53/91
(0.58)
35/91 (0.39) 53/91
(0.58)
Folhas 10. Filotaxia 53/91
(0.58)
35/91 (0.39) 53/91
(0.58)
Folhas 11. Lâmina:forma 46/91
(0.51)
32/91 (0.36) 73/91
(0.81)
Folhas 12. Lâmina:base 60/91
(0.66)
31/91 (0.34) 77/91
(0.85)
Folhas 13. Lâmina:ápice 32/91
(0.35)
30/91 (0.33) 65/91
(0.72)
Folhas 14. Lâmina: Cor de ambas
as faces
40/91
(0.44)
40/91 (0.44) 40/91
(0.44)
Folhas 15. Lâmina: Superfície
adaxial
52/91
(0.57)
28/91 (0.31) 59/91
(0.66)
Folhas 16. Lâmina: Superfície
abaxial
42/91
(0.46)
31/91 (0.34) 58/91
(0.64)
Folhas 17. Lâmina: Textura 32/91
(0.35)
33/91 (0.37) 47/91
(0.53)
Folhas 18. Venação foliar: Padrão 57/91
(0.63)
31/91 (0.35) 61/91
(0.68)
Inflorescência 19. Inflorescência: Posição 30/91
(0.33)
46/91 (0.51) 46/91
(0.51)
Inflorescência 20. Inflorescência: Tipo 69/91
(0.76)
27/91 (0.3) 69/91
(0.76)
Flor 21. Pedicelo: Tipo 60/91
(0.66)
44/91 (0.49) 63/91
(0.7)
Flor 22. Cálice: Fusão 49/91
(0.54)
49/91 (0.54) 49/91
(0.54)
40
Flor 23. Corola: Tipo 63/91
(0.69)
34/91 (0.38) 66/91
(0.73)
Flor 24. Corola: Cor 57/91
(0.63)
34/91 (0.38) 66/91
(0.73)
Flor 25. Prefloração 40/91
(0.44)
46/91 (0.51) 46/91
(0.51)
Flor 26. Estames 45/91
(0.49)
34/91 (0.38) 53/91
(0.58)
Flor 27. Estames: Em relação a
corola
36/91
(0.4)
42/91 (0.47) 42/91
(0.47)
Flor 28. Ovário: Número de
lóculos
15/91
(0.16)
44/91 (0.49) 51/91
(0.57)
Frutos e sementes 29. Fruto: Consistência do
pericarpo
49/91
(0.54)
49/91 (0.54) 49/91
(0.54)
Frutos e sementes 30. Fruto: Cor 43/91
(0.47)
24/91 (0.27) 56/91
(0.62)
Frutos e sementes 31. Fruto: Tipo 77/91
(0.85)
30/91 (0.34) 77/91
(0.85)
Frutos e sementes 32. Semente: Forma 36/91
(0.4)
40/91 (0.44) 52/91
(0.57)
Frutos e sementes 33. Fruto: Deiscência 42/91
(0.46)
48/91 (0.53) 48/91
(0.53)
41
Normas do periódico Rodriguésia.
Foco e Escopo
A Revista publica gratuitamente artigos científicos originais, de revisão, de opinião e notas
científicas em diversas áreas da Biologia Vegetal (taxonomia, sistemática e evolução,
fisiologia, fitoquímica, ultraestrutura, citologia, anatomia, palinologia, desenvolvimento,
genética, biologia reprodutiva, ecologia, etnobotânica e filogeografia), bem como em História
da Botânica e atividades ligadas a Jardins Botânicos. Preconiza-se que os manuscritos
submetidos à Rodriguésia excedam o enfoque essencialmente descritivo, evidenciando sua
relevância interpretativa relacionada à morfologia, ecologia, evolução ou conservação. Artigos
de revisão ou de opinião poderão ser aceitos mediante demanda voluntária ou a pedido do corpo
editorial. Os manuscritos deverão ser preparados em Português, Inglês ou Espanhol. Ressalta-
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42
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Notas Científicas: este formato de publicação compõe-se por informações sucintas e
conclusivas (não sendo aceitos dados preliminares), as quais não se mostram apropriadas para
43
serem inclusas em um artigo cientíifico típico. Técnicas novas ou modificadas podem ser
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Artigos originais e Artigos de
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Os manuscritos submetidos deverão ser formatados em A4, com margens de 2,5 cm e
alinhamento justificado, fonte Times New Roman, corpo 12, em espaço duplo. Todas as
páginas, exceto a do título, devem ser numeradas, consecutivamente, no canto superior direito.
Letras maiúsculas devem ser utilizadas apenas se as palavras exigem iniciais maiúsculas, de
acordo com a respectiva língua do manuscrito. Não serão considerados manuscritos escritos
inteiramente em maiúsculas. Palavras em latim devem estar em itálico, bem como os nomes
científicos genéricos e infragenéricos. Utilizar nomes científicos completos (gênero, espécie e
autor) na primeira menção, abreviando o nome genérico subsequentemente, exceto onde
referência a outros gêneros cause confusão. Os nomes dos autores de táxons devem ser citados
segundo Brummitt & Powell (1992), na obra ““Authors of Plant Names” ou de acordo com o
site do IPNI (www.ipni.org).
Primeira página - deve incluir o título, autores, instituições, apoio financeiro, autor e endereço
para correspondência e título abreviado. O título deverá ser conciso e objetivo, expressando a
idéia geral do conteúdo do trabalho. Deve ser escrito em negrito com letras maiúsculas
utilizadas apenas onde as letras e as palavras devam ser publicadas em
maiúsculas.000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Segunda página - deve conter Resumo (incluindo título em português ou espanhol), Abstract
(incluindo título em inglês) e palavras-chave (até cinco, em português ou espanhol e inglês,em
ordem alfabética). Resumos e Abstracts devem conter até 200 palavras cada.
Texto – Iniciar em nova página de acordo com seqüência apresentada a seguir: Introdução,
Material e Métodos, Resultados, Discussão, Agradecimentos e Referências. O item Resultados
pode estar associado à Discussão quando mais adequado. Os títulos (Introdução, Material e
Métodos etc.) e subtítulos deverão ser apresentados em negrito. As figuras e tabelas deverão
ser enumeradas em arábico de acordo com a seqüência em que as mesmas aparecem no texto.
As citações de referências no texto devem seguir os seguintes exemplos: Miller (1993), Miller
& Maier (1994), Baker et al. (1996) para três ou mais autores; ou (Miller 1993), (Miller &
Maier 1994), (Baker et al. 1996), (Miller 1993; Miller & Maier 1994). Artigos do mesmo autor
ou seqüência de citações devem estar em ordem cronológica. A citação de Teses e Dissertações
deve ser utilizada apenas quando estritamente necessária. Não citar trabalhos apresentados em
Congressos, Encontros e Simpósios. O material examinado nos trabalhos taxonômicos deve ser
citado obedecendo a seguinte ordem: local e data de coleta, bot., fl., fr. (para as fases
fenológicas), nome e número do coletor (utilizando et al. quando houver mais de dois) e sigla(s)
do(s) herbário(s) entre parêntesis, segundo Index Herbariorum (Thiers, continuously updated).
Quando não houver número de coletor, o número de registro do espécime, juntamente com a
sigla do herbário, deverá ser citado. Os nomes dos países e dos estados/províncias deverão ser
citados por extenso, em letras maiúsculas e em ordem alfabética, seguidos dos respectivos
materiais estudados.00000000000000000000000000000000000000000000000000000
Exemplo: BRASIL. BAHIA: Ilhéus, Reserva da CEPEC, 15.XII.1996, fl. e fr., R.C. Vieira et
44
al. 10987 (MBM, RB, SP). Para números decimais, use vírgula nos artigos em Português e
Espanhol (exemplo: 10,5 m) e ponto em artigos em Inglês (exemplo: 10.5 m). Separe as
unidades dos valores por um espaço (exceto em porcentagens e graus). Use abreviações para
unidades métricas do Systeme Internacional d´Unités (SI) e símbolos químicos amplamente
aceitos. Demais abreviações podem ser utilizadas, devendo ser precedidas de seu significado
por extenso na primeira menção.
Ilustrações - Mapas, desenhos, gráficos e fotografias devem ser denominados como Figuras.
Fotografias e ilustrações que pertencem à mesma figura devem ser organizados em pranchas
(Ex.: Fig. 1a-d – A figura 1 possui quatro fotografias ou desenhos). Todas as figuras devem ser
citadas na sequência em que aparecem e nunca inseridas no arquivo de texto. As pranchas
devem possuir 15 cm larg. x 19 cm comp. (altura máxima permitida); também serão aceitas
figuras que caibam em uma coluna, ou seja, 7,2 cm larg.x 19 cm comp. Os gráficos devem
ser elaborados em preto e branco. No texto as figuras devem ser sempre citadas de acordo com
os exemplos abaixo: “Evidencia-se pela análise das Figuras 25 e 26…” “Lindman (Fig. 3a)
destacou as seguintes características para as espécies...”
Envio das imagens para a revista:
FASE INICIAL – submissão eletrônica (https://mc04.manuscriptcentral.com/rod-scielo): as
imagens devem ser submetidas em formato PDF, TIFF, PNG ou JPEG. Os gráficos devem ser
enviados em arquivos formato Excel. Caso o arquivo tenha sido feito em Corel Draw, ou em
outro programa, favor transformar em imagem PDF ou JPEG. Ilustrações que não possuírem
todos os dados legíveis resultarão na devolução do manuscrito.
SEGUNDA FASE – somente se o artigo for aceito para publicação: nessa fase todas as
imagens devem ser enviadas para a Revista Rodriguésia através do site de upload chamado
WeTransfer (https://wetransfer.com). O autor deve enviar um email através do site contendo
os arquivos e o número do manuscrito em questão.
Neste caso, as imagens devem ter 300 dpi de resolução, nas medidas citadas acima, em formato
TIF. No caso dos gráficos, o formato final exigido deve ser Excel ou
Illustrator.00000000000000000000000000000000000000000
IMPORTANTE: Lembramos que as IMAGENS (pranchas escaneadas, fotos, desenhos,
bitmaps em geral) não podem ser enviadas dentro de qualquer outro programa (Word, Power
Point, etc), e devem ter boa qualidade (obs. caso a imagem original tenha baixa resolução, ela
não deve ser transformada para uma resolução maior, no Photoshop ou qualquer outro programa
de tratamento de imagens. Caso ela possua pouca nitidez, visibilidade, fontes pequenas, etc.,
deve ser escaneada novamente, ou os originais devem ser enviados para a revista.)
Imagens coloridas serão publicadas apenas na versão eletrônica.
*** Use sempre o último número publicado como exemplo ao montar suas figuras. ***
Legendas – devem vir ao final do arquivo com o manuscrito completo. Solicita-se que as
legendas, de figuras e gráficos, em artigos enviados em português ou espanhol venham
acompanhadas de versão em inglês.
Tabelas – não inserir no arquivo de texto. Incluir a(s) tabela(s) em um arquivo separado. Todas
devem ser apresentadas em preto e branco, no formato Word for Windows. No texto as tabelas
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devem ser sempre citadas de acordo com os exemplos abaixo: “Apenas algumas espécies
apresentam indumento (Tab. 1) ...” “Os resultados das análises fitoquímicas são apresentados
na Tabela 2...” Solicita-se que os títulos das tabelas, em artigos enviados em português ou
espanhol, venham acompanhados de versão em inglês.
Referências - Todas as referências citadas no texto devem estar listadas neste item. As
referências bibliográficas devem ser relacionadas em ordem alfabética, pelo sobrenome do
primeiro autor, com apenas a primeira letra em caixa alta, seguido de todos os demais autores.
Quando o mesmo autor publicar vários trabalhos num mesmo ano, deverão ser acrescentadas
letras alfabéticas após a data. Os títulos de periódicos não devem ser abreviados.
Exemplos:
Tolbert, R.J. & Johnson, M.A. 1966. A survey of the vegetative shoot apices in the family
Malvaceae. American Journal of Botany 53: 961-
970.00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Engler, H.G.A. 1878. Araceae. In: Martius, C.F.P. von; Eichler, A. W. & Urban, I. Flora
brasiliensis. Munchen, Wien, Leipzig. Vol. 3. Pp. 26-
223.000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Sass, J.E. 1951. Botanical microtechnique. 2ed. Iowa State College Press, Iowa. 228p.
Punt, W.; Blackmore, S.; Nilsson, S. & Thomas, A. 1999. Glossary of pollen and spore
Terminology. Disponível em <http://www.biol.ruu.nl./~palaeo/glossary/glos-int.htm>. Acesso
em 15 outubro 2006.0000000000000000000
Costa, C.G. 1989. Morfologia e anatomia dos órgãos vegetativos em desenvolvimento de
Marcgravia polyantha Delp. (Marcgraviaceae). Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo, São Paulo. 325p.
Notas
Científicas000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
0000000000
Devem ser organizadas de maneira similar aos artigos originais, com as seguintes modificações:
Texto – não deve ser descrito em seções (Introdução, Material e Métodos, Discussão), sendo
apresentado como texto corrido. Os Agradecimentos podem ser mencionados, sem título, como
um último parágrafo. As Referências Bibliográficas são citadas de acordo com as instruções
para manuscrito original, o mesmo para Tabelas e Figuras.
Artigos de
Opinião00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
000000
Deve apresentar resumo/abstract, título, texto, e referências bibliográficas (quando necessário).
O texto deve ser conciso, objetivo e não apresentar figuras (a menos que absolutamente
necessário).
Conflitos de Interesse
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Os autores devem declarar não haver conflitos de interesse pessoais, científicos, comerciais,
políticos ou econômicos no manuscrito que está sendo submetido. Caso contrário, uma carta
deve ser enviada diretamente ao Editor-chefe.
Declaração de Direito Autoral
Os autores concordam: (a) com a publicação exclusiva do artigo neste periódico; (b) em
transferir automaticamente direitos de cópia e permissões à publicadora do periódico. Os
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