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VARIAÇÃO HIGROTÉRMICA ENTRE ÁREA RURAL E URBANA: ANÁLISE
DE UM EPISÓDIO DE BAIXA UMIDADE NO MUNICÍPIO DE IPORÁ-GO
Thiago Rocha1
Universidade Estadual de Goiás-Câmpus-Iporá/GO- thiago1rocha@hotmail.com
Valdir Specian²
Universidade Estadual de Goiás-Câmpus-Iporá/GO- valdir.specian@ueg.br
Washington Silva³
Universidade Estadual de Goiás-Câmpus-Iporá/GO- washiipora@hotmail.com
RESUMO:
Ao construir as cidades o homem transforma a paisagem natural em uma paisagem
artificial, constituída basicamente por materiais de construção e pavimentação. Essa
alteração modifica o regime de trocas de energia entre a superfície e a atmosfera.
Segundo Amorim (2010) esta modificação interfere diretamente no padrão dos
elementos climáticos temperatura e umidade relativa do ar, fato que proporciona uma
característica climática própria à cidade, criando o que chamamos de clima urbano.
Neste sentido, o objetivo deste estudo consistiu em analisar o padrão da temperatura do
ar e umidade relativa do ar entre um ponto representativo da zona urbana e outro da
zona rural no município de Iporá-GO, que está localizado entre as coordenadas
16º16'00" e 16º39'20" de latitude Sul e 50º56'45" e 51º2'30" de longitude Oeste na
região de planejamento do Estado de Goiás denominada de Oeste Goiano e na
microrregião de Iporá. O procedimento utilizado para realização desta pesquisa
consistiu inicialmente no levantamento e leitura de bibliografias que contemplam o
estudo do clima urbano. Posteriormente, foi realizada a instalação de termohigrômetros
data loggers da marca Klimalogg-Pro (modelo 30303.39.000) e coletados dados de
temperatura e umidade relativa do ar durante os meses de junho, julho e agosto de 2015,
correspondendo à estação seca e fria, no horário de 15h. Também, para diagnosticar as
características da atmosfera (atuação de massas de ar durante o período de coleta) foram
1Graduado e Licenciado em Geografia – UEG/Câmpus de Iporá-thiago1rocha@hotmail.com
²Professor Orientador – Curso de Geografia – UEG/Câmpus de Iporá – valdir.specian@ueg.br
³Professor Co-Orientador-Curso de Geografia-UEG/Câmpus de Iporá- washiipora@hotmail.com Este trabalho foi realizado e contemplado com o apoio financeiro da UEG, por meio do Programa de
Auxilio Eventos (Pró-Eventos/PRG).
utilizadas imagens do satélite Goes 13. O horário de 15h foi escolhido porque se trata de
um momento do dia em que os valores de temperatura e umidade relativa do ar são
críticos, principalmente na região centro-oeste, onde a área de estudo está localizada. Os
dados coletados foram organizados em planilhas de cálculo do software Excel 2010 para
a elaboração de gráficos e tabelas. Cabe ressaltar que estes procedimentos
metodológicos também foram adotados por Mendonça (1995), em Londrina-PR; Viana
(2006), em Teodoro Sampaio-SP e Amorin (2005) em Presidente Prudente-SP. Os
resultados demonstraram que, durante o período analisado, os valores de temperatura do
ar, registrados na zona urbana, permaneceram acima dos valores registrados na zona
rural. Cabe ressaltar que no dia 08 de julho e no dia 26 de agosto os valores registrados
entre os dois pontos ficaram bem próximos em razão da atuação de duas frentes frias.
No dia 08, na zona urbana, foi registrado 19,2ºC e na zona rural 18,8ºC e gerou uma
amplitude de 0,4ºC. No dia 26 de agosto, durante atuação da segunda frente fria na zona
urbana foi registrado 34,6ºC e na zona rural 35,2ºC e gerou uma amplitude de 0,6ºC.
Em relação à umidade relativa do ar, os valores registrados na zona rural permaneceram
acima dos valores registrados na zona urbana na maioria dos dias do período analisado,
portanto cabe ressaltar que no dia 08 de julho, na zona urbana, foi registrado 80% e na
zona rural 65%. No dia 26 a zona urbana registrou 33% e a zona rural 32%. Portanto,
pode-se concluir que durante o período analisado, na ausência de atuações de sistemas
frontais, as características da área urbana de Iporá-GO contribuíram para o registro de
maiores valores de temperatura do ar e de menores valores de umidade relativa do ar em
comparação com a zona rural.
Palavras – Chave: Temperatura do ar. Umidade do ar. Clima rural e urbano.
1-INTRODUÇÃO
A atmosfera e os climas terrestres são resultados de forças que agem no globo,
principalmente sob a influência da radiação solar. Apesar do clima ser regido pela ação
da radiação solar e os fatores naturais de superfície, a ação do homem, através das
formas de uso e ocupação do espaço vem provocando alterações no clima, sobretudo em
escalas locais. Ao construir as cidades o homem transforma a paisagem natural em uma
paisagem artificial, constituída basicamente por materiais de construção e
pavimentação.
Essa alteração modifica o regime de trocas de energia entre a superfície e a
atmosfera. Segundo Amorim (2010) esta modificação interfere diretamente no padrão
dos elementos climáticos temperatura e umidade relativa do ar, fato que proporciona
uma característica climática própria à cidade, criando o que chamamos de clima urbano.
De acordo com Lima e Amorin (2011), há uma relação da variação climática
com a presença de cobertura vegetal que contribui de forma significativa ao
estabelecimento do microclimas. O próprio processo de fotossíntese auxilia na
umidificação do ar através do vapor d’água que libera, em geral, a vegetação tende a
estabilizar os efeitos do clima sobre seus arredores imediatos, reduzindo os extremos
ambientais. A dinâmica atmosférica e fundamental para a definição do estado do tempo
sobre um dado lugar, assim como os fatores climáticos locais, que são, aqueles que
condicionam, determinam e dão origem ao microclima, ou ao clima que se verifica num
ponto restrito (rural/cidade/rural), como a altitude, a cobertura vegetal e a superfície do
solo natural ou construído passam a serem instrumentos fundamentais nos estudos do
clima em escala local ou mesoclimática.
Da análise do aspecto do solo construído ou modificado por ação do homem
destaca-se o processo de urbanização que ao substituir por construções e ruas
pavimentadas a cobertura vegetal natural, altera o equilíbrio do microambiente. Isto
produz distúrbios no ciclo térmico diário, devido às diferenças existentes entre a
radiação solar recebida pelas superfícies construídas e a capacidade de armazenar calor
da matéria de construção. O tecido urbano absorve calor durante o dia e libera para
atmosfera durante a noite.
Amorim (2005) declarou que além das diferenças de temperatura e umidade
existentes entre a cidade e o campo é de fundamental importância para compreender os
mecanismos que promovem as diferenças existentes no interior das áreas
rural/urbano/rural, que interferem negativamente na qualidade de vida das pessoas.
Este estudo foi realizado no município de Iporá/GO, que se localiza na região
de planejamento do Oeste Goiano e, esta pesquisa consistiu em analisar o padrão da
temperatura do ar e umidade relativa do ar entre um ponto representativo da zona rural e
outro da zona urbana, por meio de transcecto fixo (rural/urbano) em Iporá-GO.
2-MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Caracterização da área de estudo
O estudo foi realizado no município de Iporá/GO, que se localiza na região de
planejamento do Oeste Goiano e microrregião de Iporá. Sua área total de 1.030 km², e
está localizado entre os paralelos 16º16'00" e 16º39'20" de latitude sul e os meridianos
de 50º56'45" e 51º2'30" de longitude Oeste do eixo de Greenwich (Figura 01).
Figura-01: Mapa localização do município de Iporá/GO. Fonte: SIEG, (2012). Organização: ROCHA,
Thiago, (2016).
2.2 Caracterização dos pontos de coleta
O ponto 1 (P1) está localizado na zona rural, com a Latitude 16º24′21″ e
Longitude 51º10′23″ a 5 Km ao Norte da cidade, apresenta solo coberto por pastagens e
alguns fragmentos de vegetação nativa do cerrado, com duas represas que armazenam
água para o consumo da propriedade e para o gado leiteiro (Figura 02).
O ponto 2 (P2) está localizado na Latitude 16º26′36″ e Longitude 51º07′22″na
área central da cidade, todos os loteamentos estão construídos, ocupados por residências
e prédios comerciais, as ruas nesta área são todas pavimentadas e os pontos comerciais
estão distribuídos por vários seguimentos como lojas de tecidos, calçados, farmácias,
agência bancaria, entre outros, devido a esses motivos nessa área concentra o maior
fluxo de pessoas e veículos (Figura 02).
2.3 Metodologia para a coleta e tratamento dos dados
Para a coleta dos dados foi escolhido os pontos para instalação dos
equipamentos, levando em conta as considerações e as caraterísticas da altitude,
vegetação e o uso e ocupação do solo. Essa metodologia já havia sido adotada por
Mendonça (1995), Viana (2006) e Amorin (2005). Para diagnosticar as características
da atmosfera (atuação de massas de ar) foi utilizado imagens do satélite GOES-13, para
o tratamento dos dados e a elaboração dos gráficos foram utilizado o Software Excel
2010.
Os aparelhos utilizados na coleta dos dados climáticos foram o termo
higrômetro Klimalogg-Pro (modelo 30303.39.00 – Figura 2A), testados e calibrados
(coletas em intervalos de 30 minutos) no laboratório de climatologia da UEG-Câmpus
Iporá/GO. A instalação ocorreu em 13 de setembro de 2014.
Os termohigrômetros foram instalados em mini abrigos confeccionados
artesanalmente, utilizando 20 cm de cano p.v.c. (poli cloreto de polivinila) de 100 mm,
perfurados em intervalos de 5cm para que o ar circulasse dentro do abrigo, na parte
superior do abrigo utilizamos 25cm² de pvc como modelo para proteger das chuvas e
dos raios solares, impedindo que o atingisse diretamente (2B e 2C). Para fazer o
levantamento cartográfico e a legalização de cada ponto foi utilizado um GPs (modelo
Etrex Garmin - Figura 2D).
Figura 02- (A) Klimalogg-Pro, modelo 30303.39.00; (B) Abrigo com cano pvc 100mm; (C) Suporte do
Abrigo de Madeira. (D) GPS- Etrex Garmin. Fonte: ROCHA, (2016).
3-RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa foram realizados durante os meses de junho, julho
e agosto de 2015, correspondendo à estação seca e fria, no horário de 15h. Para
diagnosticar as características da atmosfera (atuação de massas de ar durante o período
de coleta) foram utilizadas imagens do satélite Goes 13. O horário de 15h foi escolhido
porque se trata de um momento do dia em que os valores de temperatura e umidade
relativa do ar são críticos, principalmente na região centro-oeste, onde a área de estudo
está localizada.
3.1- Análise dos sistemas atmosféricos no período dos dias 12 ao dia 17 de Junho de
2015, em Goiás.
Para o mês de Junho, segundo os dados apresentados pelo CPTEC/INPE
(2015), associado às imagens do Satélite GOES 13, nos dias 12,13, 14,15, 16 e 17.
Durante o mês, as condições de tempo foram influenciadas pela atuação de
áreas de instabilidade, duas Frentes Frias e quatro Massas de Ar Frio para o Centro-
Oeste. Sendo que somente a segunda Frente Fria que atuou nos dias 14 e 15, afetou
Goiás que ocasionaram queda na temperatura do ar de acordo com a figura 03.
Figura 03 - Imagem do satélite Goes 13 dos dias 12/13/14/15/16/17 Jun./2015, em Goiás. Fonte:
CPTEC/INPE. Organização: ROCHA (2016).
Na Figura 04 é possível verificar que no período de atuação das frentes frias os
valores de temperatura e umidade apresentaram maior oscilação. Vale destacar que
entre os dias 19 e 18 de junho de 2015 foram registrados os maiores valores de umidade
relativa do ar que superaram os 30%, tanto na área urbana como na área rural.
Figura. 04 – Variações dos valores de Temperatura e Umidade do ar do P1 (Rural) e P2 (Urbana) para o
mês de Junho/2015. Fonte: ROCHA (2016).
3.2- Análise dos sistemas atmosféricos no período dos dias 04 ao dia 09 de Julho de
2015, em Goiás.
Para o mês de Julho, de acordo com os dados apresentados pelo CPTEC/INPE
(2015), associados às imagens do Satélite GOES-13, as condições de tempo foram
influenciadas pela atuação de áreas de instabilidade, três Frentes Frias, uma Massa de
Ar Frio e duas Massas de ar Seco. Sendo que somente a segunda Frente Fria que atuou
em Goiás foi dia 08, ocasionando uma diminuição da temperatura nos pontos analisados
de acordo com a figura 05.
Figura 05 - Imagem do satélite Goes 13 dos dias 04/05/06/07/08/09 Jul./2016, em Goiás. Fonte:
CPTEC/INPE. Organização: ROCHA (2016).
No período entre os dias 4 e 8 de julho de 2015 na fase pré frontal a frente fria
provocou uma diminuição gradual da temperatura e uma elevação gradual da umidade
relativa do ar e durante a fase de domínio da massa de ar fria o valor máximo de
umidade e o valor mínimo de temperatura registrado no mês ocorreu no dia 08 (43% na
área urbana e próximo aos 19°C na área rural). Durante a fase pós frontal os valores de
umidade voltaram a diminuir permanecendo nos demais dias do mês com valores
abaixo de 30% no horário analisado e os valores de temperatura voltaram a elevar
gradualmente chegando ao valor máximo registrado durante este mês e horário no dia
29 (40°C na área urbana). (Figura 06).
Figura. 06 – Variações dos valores de Temperatura e Umidade do ar do P1 (Rural) e P2 (Urbana) para o
mês de Julho/2015. Fonte: ROCHA (2016).
3.3- Análise dos sistemas atmosféricos no período dos dias 24 ao dia 29 de Agosto
de 2015, em Goiás.
O mês de Agosto as condições meteorológicas de tempo foram influenciadas
pela atuação de quatro Massas de Ar Quente e Seco e por duas Frentes Frias. A atuação
de quatro Massas de Ar Quente e Seco ocasionou temperaturas do ar elevadas e baixos
índices de umidade relativa do ar de acordo com os dados apresentados pelo
CPTEC/INPE (2015), associados às imagens do Satélite GOES-13.
As três primeiras Massas de Ar Quente e Seco atuaram em Goiás 24/25 de
Ago.2015, Goiás foi surpreendido com segunda Frente Fria que atuou no dia
27/Ago.2015; de acordo com a figura 07.
Figura 07 - Imagem do satélite Goes 13 dos dias 24/25/26/27/28/29 Ago./2016, em Goiás. Fonte:
CPTEC/INPE. Organização: ROCHA (2016).
Conforme estão demonstrados na figura 08 os valores de temperatura e
umidade relativa do ar registrados em ambos os pontos permaneceram com valores de
temperatura acima dos 30°C e de umidade abaixo dos 25% nos primeiros 25 dias do
referido mês, porém a partir do dia 25 a atuação da frente fria provocou uma elevação
constante da umidade relativa do ar, que chegou ao valor máximo registrado neste
horário (37% na área rural) no dia 27, durante a fase de domínio da massa de ar frio.
Figura. 08 – Variações dos valores de Temperatura e Umidade do ar do P1 (Rural) e P2 (Urbana) para o
mês de Agosto/2015. Fonte: ROCHA (2016).
No caminho inverso os valores de temperatura, registrados na área urbana e
rural de Iporá decresceram gradativamente a partir do dia 25 chegado ao menor valor
registrado (23,6°C na área rural) no mês de agosto, durante o horário analisado. Após a
fase de domínio da massa de ar frio os valores de temperatura e umidade relativa do ar
voltaram ao padrão registrado nos primeiros 25 dias do mês.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante os três meses analisados, na área urbana da cidade de Iporá foi
registrado os maiores valores de temperatura do ar e os menores de umidade e na área
rural menores valores de temperatura e maiores de umidade durante o horário analisado.
Isso indica que a transformação gerada pelo processo de urbanização de Iporá no
ambiente natural promove alterações substanciais nos aspectos climáticos da camada de
ar próxima a superfície.
Também vale destacar que durante a atuação de frentes frias (sistemas
atmosféricos predominantes no período analisado) os valores de temperatura e umidade
relativa do ar registrados na área rural e urbana se aproximam, portanto nessas
condições foram registradas as menores diferenças térmicas entre esses ambientes.
REFERÊNCIAS
AMORIM, M. C. de C. T. Ilhas de calor em Birigui/SP. Revista Brasileira de
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SP. 2011, n. 33, p. 66 - 84. Disponível em: <
http://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/viewFile/1927/1807>. Acesso em: 05
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VIANA, Simone Sacatolon Menotti. Caracterização do clima urbano de Teodoro
Sampaio-SP. 2006. 116 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – UNESP, Presidente
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MENDONÇA, F. de A. O clima e o planejamento urbano de cidades de porte médio
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Acessado em: 25 de maio de 2016.
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. INMET. Boletim
Agroclimatológico Mensal Agosto. 2015. Disponível em:<.
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