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COLÉGIO ESTADUAL "PROFESSOR PAULO FREIRE" - ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
PONTAL DO PARANÁ
ABRIL/2013
2
COLÉGIO ESTADUAL "PROFESSOR PAULO FREIRE" - ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Professor Paulo Freire Ensino Fundamental Médio e Normal foi construído coletivamente com os professores da disciplina da Base Nacional Comum e articulada com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica tendo como base a LDB 9394/96 e toda legislação educacional. Expressa fundamentos teóricos das disciplinas bem como a metodologia, processo avaliativo, conteúdos conforme as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino e as referências.
3
PONTAL DO PARANÁ
ABRIL/2013
3
SUMÁRIO
ARTE.......................................................................................................................... 4
BIOLOGIA................................................................................................................ 20
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................................................. 33
FILOSOFIA............................................................................................................... 49
FÍSICA....................................................................................................................... 70
GEOGRAFIA............................................................................................................ 80
HISTÓRIA................................................................................................................ 102
LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................................... 116
MATEMÁTICA......................................................................................................... 136
QUÍMICA................................................................................................................. 155
SOCIOLOGIA.......................................................................................................... 171
LEM.......................................................................................................................... 180
ENSINO RELIGIOSO............................................................................................... 197 CIÊNCIAS................................................................................................................. 210
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO.................................................. 225
FUNDAMENTOS PSICOLOGICOS DA EDUCAÇÃO............................................ 231
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO................................................ 236
PRÁTICA DE FORMAÇÃO ESTÁGIO SUPERVISIONADO.................................. 243
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMAL AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59
4
BALNEÁRIO PRAIA DE LESTEPONTAL DO PARANÁ – PR
FONE (41)3458-3397FONE FAX (41)3458-4337
E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR – ARTE
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte é de suma importância no desenvolvimento do estudante,
pois possibilita desenvolver os sentidos, capacidade de criação, percepção e
apreciação, bem como o pensamento critico, é também através das artes que se
desenvolve uma visão mais subjetiva do mundo considerando as transformações
sociais, e humanas, analisando o ser considerando o quociente emocional, que é
sem duvida o diferencial atual humano. Considerando que para fins didáticos a arte
se divide em quatro grandes áreas – Música, Dança Artes Cênicas e Artes Visuais.
Segundo Peixoto (2003) “por meio da arte o homem pode aprender a
realidade, não só para suportá-la, mas, principalmente, para transformá-la, ou seja,
para humanizá-la e, dialeticamente humanizar-se.”
O ser humano, diferente dos demais seres vivos, se destaca por
conscientemente sentir e transformar o mundo a sua volta, e também, através deste
sentir, abstrair, reproduzir e simbolizar, criando assim a arte.
O ensino de Arte no Ensino Médio vem de encontro com este conceito, não
deve ser simplesmente um repassar de técnicas produtivas nem tampouco de
conhecimentos históricos, mas levar o estudante a compreender que a arte esta
presente em todas as sociedades e atividades humanas, e que o ser humano produz
diferentes formas de sentir, reproduzir e simbolizar em cada tempo histórico, espaço
político e geográfico ou contexto histórico em que está inserido. E que pode também
lançar mão de várias linguagens para realizar esta reprodução sem perder, em
momento algum, em conceito ou resultado estético. “Estas formas artísticas – como
expressão concreta de visões de mundo – são determinadas, mas também
determinam o contexto histórico, social, econômico e político, isto é, as
transformações da sociedade implicam condições para uma nova atitude estética e
são por ela modificadas.” (DCE, 2008, p. 55).
Isto posta, a disciplina de Arte espera dos estudantes que ao se apropriarem
dos conteúdos propostos e por meio das metodologias desenvolvam um trabalho de
criação e entendimento das diversidades de pensamento, bem como a relação dessa
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diversidade com os fatores históricos, geográficos, políticos e sociais, que aumentem
sua capacidade de pensamento crítico, aprimorem seus sentidos humanos, ou seja,
espera-se que o ensino da Arte ‘contribua para a transformação da realidade
humana. Portanto os encaminhamentos na disciplina de Arte devem levar os
estudantes apreciar produções de arte, em suas varias linguagens, desenvolvendo
tanto a fruição quanto a analise estética/critica, analisando, refletindo e
compreendendo os deferentes instrumentos de ordem material e ideal como
manifestações socioculturais e históricas. Refletindo e preservando as diversas
manifestações de arte utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo
com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em
sua dimensão histórica. Levando, portanto o estudante apreciar produções de arte,
em suas varias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a analise
estética/critica.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA A disciplina de arte tem por objetivo a integração sensibilização e humanização
do educando, bem como a conscientização do mesmo quanto aas formas de
comunicação e expressão artísticas, relacionando as com a realidade social histórica
e cultural através dos tempos espaços e circunstâncias, por isso a forma de elencar
conteúdos é democrática tanto quanto as áreas de expressão artística, como as
épocas e sociedades, esporamos que o educando tenha, além do conhecimento
básico das técnicas o respeito e o entendimento crítico, sem pré-conceitos ou tabus
de todas as formas possíveis de expressão.
3. METODOLOGIAA arte, por ser uma atividade humana presente em todas as dimensões do
conhecimento, deve ser encarada, enquanto disciplina escolar básica, além de um
conhecimento específico, permeada a do currículo básico. A dimensão artística deve
estar presente nas abordagens de todas as disciplinas desse currículo, propiciando a
análise estética, criativa e sensível dos conteúdos estudados.
“Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as series da educação básica.” (DCE –
caderno de Arte – p.69.).
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Sendo assim, no ensino médio blocado, devemos mesmo com a dificuldade
de calendário, propor um trabalho contínuo e integrado as demais disciplinas do
currículo, sem por isso, deixar de lado os conteúdos específicos de Arte. Para tanto,
dividimos aqui as metodologias em três grandes momentos, que devem ser
executados concomitantemente, tendo todo seu valor didático tanto enquanto
metodologia como quando avaliação: teorizar, sentir e produzir (trabalho artístico).
3.1.Teorizar: O trabalho teórico é de suma importância, tanto como inicio de um trabalho
como em todo o processo criativo, ou seja, devemos sempre retomar a teoria tanto
técnica quanto filosófica, o arte educador não deve nunca deixar passar
despercebidos fatos que levem a um melhor entendimento teórico de técnicas, ideias
ou filosofias ligadas às artes ou que por sua vez liguem o trabalho artístico ou
conceitos estéticos a qualquer outra atividade e ou conhecimento humano.
Quando o Arte-Educador trabalhar com a teoria, não deve em momento algum
se valer pura e simplesmente de um único meio ou teoria artística, lembrando que a
arte é uma atividade de proporções muito subjetivas e, por conceito, totalmente
criativa, prendermos o estudante a definições fechadas e, de certo modo,
trabalharmos contra a própria arte, bem como contra a criatividade de produção e
fruição do estudante. Na verdade, partir de uma teoria clássica para a subjetividade
ou vice versa, e um caminho bem mais cômodo ao profissional, já que até pela
própria globalização e tecnologia de informação, no mundo de hoje, nenhum
conceito pode ser considerado verdade absoluta, essa dinâmica
formação/análise/conceituação/formação, além de valorizar a subjetividade criadora
da arte, reforça os conceitos de ser humano presente e ativo na organização tanto
de sua vida pessoal/intelectual como em toda a sociedade, que as filosofias
educacionais tanto buscam como objetivos para as políticas educacionais.
3.2. sentir:O termo sentir está obviamente ligado a sentidos, isto posto, o estudante
precisa ter contato físico com obras (ou cópias) elaboradas por artistas reconhecidos
ou não para desenvolver o sentido artístico bem como a fruição, lembramos que são
cinco os sentidos que identificam o mundo externo ao ser humano, por isso são
cinco os sentidos que devem ser usados na fruição artística, respeitando a
especificidade de cada técnica, trazer esse contato das obras para os estudantes é o
primeiro passo para o sentir, fazer a mediação, propor a análise, a retomada do
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contato o reestudo e a critica; é o caminho que o Arte-Educador deve seguir para
reforçar uma fruição completa ao estudante.
O sentir sua própria criação é também de suma importância para o
desenvolvimento do estudante enquanto ser humano autocrítico, por isso, indicamos
as exposições escolares, espetáculos internos, mostras de artes, teatros, danças e
execuções musicais, bem como a participação dos estabelecimentos em eventos
fora do âmbito escolar, propiciando ao estudante o conhecimento e a interação com
outros estudantes que, apesar de ter os mesmos anseios e dificuldades, podem
contribuir de varias formas para a satisfação educacional estética dos estudantes.
3.3. Produzir:O fazer artístico é tão importante quanto o conhecer e o sentir, e ainda vem a
reforçar estes conceitos, não e necessário ser artista para entender arte, mas por
outro lado, a utilização de algumas técnicas e a tentativa de conseguir um “resultado
estético bacana” (Zeca Baleiro – Bienal *¹), é primordial para o melhor entendimento
e apreciação das vertentes artísticas que nos cercam. Por isso propomos que os
estudantes produzam pelo menos uma obra elaborada de cada linguagem artística
estudada respeitando, é claro, a individualidade criativa de cada um, sem deixar de
observar o conteúdo teórico que se está estudando (elementos formais, composição
e movimentos e períodos). Ressaltamos também a importância de se incentivar os
estudantes a participarem de projetos artísticos extraclasse, (grupos de teatro,
bandas, corais, grupos de dança, escolinhas de arte, etc.) escolhendo, aí sim, a
linguagem e técnica que mais lhe agradar.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas relevantes
como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana, Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e o
adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.Pretende-se que o alunado na Formação de Docentes - Educação Infantil e
Anos Iniciais do Ensino Fundamental apropriem-se dos conhecimentos sobre as
diversas áreas de arte, desenvolva um trabalho de criação, diversifiquem o pensamento
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e a criação artística aprimorando a capacidade crítica, humanizando-se.
Os três aspectos metodológicos abordados “(...) – teorizar, sentir e perceber e o
trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que
as aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos.” (DCE, p.
71-72).
A arte concentra em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos,
possibilitando um diálogo entre as áreas e as disciplinas escolares, favorecendo uma
unidade no trabalho pedagógico e a efetivação do conhecimento por parte do aluno.
4. AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nas Diretrizes
curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do
professor para planejar as aulas e avaliar os estudantes; é processual por pertencer
a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir
formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem
como a auto avaliação dos estudantes.
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada
estudante, com destaque para os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na
Deliberação O7/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. l, art. 8e, a avaliação
almeja "o desenvolvimento formativo e cultural do aluno" e deve "levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas".
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
• trabalhos artísticos individuais e em grupo;
• pesquisas bibliográfica e de campo;
• debates em forma de seminários e simpósios;
• provas teóricas e práticas;
• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,
visando às seguintes expectativas de aprendizagem:
• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
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• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;
• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V;
Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório.
Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a recuperação
tem como princípio básico o respeito à diversidade, de características, de
necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno.
Tendo em vista o caráter processual da aprendizagem, a recuperação é inerente
à prática docente e é condição para a aprendizagem e, desta forma, deve acontecer
durante todo o processo e constar tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no
Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas indicam ao professor se aprendeu ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos
contidos nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou
em equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Arte, e ao
professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou darcontinuidade à sua prática pedagógica.
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5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS5.1. ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Altura; Intensidade; Duração; Densidade.
Ritmo; Melodia; Escalas: diatônica, penta tônico, Cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco-romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
ÁREA TEATRO
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: tragédia, comédia e circo.
Greco-Romana Teatro oriental Teatro Medieval Renascimento
ÁREA DANÇA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
11
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera EixoPonto de ApoioMovimentos articulares Fluxo (livre e interrompido)Rápido e lento
Formação Níveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
7º ANO
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Altura; Intensidade; Duração; Timbre; Densidade.
Ritmo; Melodia; Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ÁREA: ARTES VISUAIS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz .
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
ÁREA TEATRO
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
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Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço.
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia Dell'arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
ÁREA DANÇA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
MovimentoCorporalTempoEspaço.
Ponto de Apoio RotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderado.Níveis (alto médio e baixo)Formação DireçãoGênero: Folclórica, popular e étnica.
Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena.
8º ANO
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Altura;. Intensidade;Duração;Timbre;Densidade;
Ritmo;Melodia;Harmonia;Tonal, modal e a fusão de ambos;Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Industrial CulturalEletrônicaMinimalista Rap, Rock, Techno
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
13
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho. Fotografia, audiovisual e mista...
Indústria Cultural Arte no século XX Arte Contemporânea
ÁREA TEATRO
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
ÁREA DANÇA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
9º ANO
ÁREA MÚSICA
14
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Altura; Intensidade; Duração; Timbre; Densidade
Ritmo; Melodia; Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista. Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música engajada Música Popular Brasileira Música Contemporânea
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo visual Técnica: pintura, grafite, performance... Gênero: paisagem urbana, cenas do cotidiano... .
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip-Hop
ÁREA TEATRO
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
ÁREA DANÇA
15
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
5.1. ENSINO MÉDIO1º ANO ÁREA - MÚSICA:
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
Altura;Intensidade;Duração;Timbre;Densidade.
Ritmo;Melodia;Escalas: diatônica, penta tônica, cromática...Gêneros: popular, folclórico, étnico;Técnicas: vocal, instrumental e mista
Musica Ocidental;Musica Oriental;Musica Popular;Música étnica;Musica contemporânea;Hip- Hop;Musica Engajada;Música Minimalista;Musica Eletrônica;Musica Experimental
ÁREA – ARTES VISUAIS:
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Linha;Forma;Superfície;Volume;Luz;Cor.
Bidimensional;Tridimensional;Figurativo;Abstrato; Técnica: pintura, grafitti, desenho, escultura, modelagem, gravura, historia em quadrinhos,; instalação, móbiles, arte gráficaGênero: paisagem e cenas;
Arte Pré-Histórica;Arte Antiga;Arte Pré-Colombiana;Arte Pré-Cabraliana;Arte africana;Arte oriental; Arte MedievalRenascimentoArte Brasileira;Arte ParanaenseVanguardas Artísticas;Arte Contemporânea;Indústria cultural;Arte aplicada;
ÁREA – ARTES TEATRO:
16
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosPersonagem;
Expressões;
Ação;
Espaço cênico.
Técnicas: Jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica e
pantomima;
Gêneros: tragédia, comédia e
tragicomédia;
Sonoplastia.
Iluminação;
Cenografia;
Maquiagem;
Figurino. Roteiro;
Enredo;
Trilha sonora;
Cinema;
Teatro Greco-Romano;
Teatro popular;
Commédia Dell’arte.
Teatro Brasileiro;
Teatro Paranaense;
Teatro Renascentista;
Teatro Latino-Americano.
Teatro engajado;
Teatro dialético;
Teatro do oprimido;
Teatro pobre;
Teatro de vanguarda;
Indústria cultural
ÁREA – DANÇA:
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosMovimento corporal;
Tempo;
Espaço.
Kinesfera;
Movimentos articulares;
Ponto de apoio;
Rolamento;
Deslocamento
Fluxo;
Eixo;
Giro;
Direções;
Planos;
Salto e Queda;
Aceleração e desaceleração;
Deslocamento;
Improvisação;
Coreografia;
Gêneros; étnica e popular;
espetáculo, salão e folclórico.
Pré-história;
Greco-Romana;
Medieval;
Dança Brasileira;
Dança Paranaense;
Danças populares: break,
funk,...
2.3. CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTE – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS
17
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1º ANO
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
Altura;
Intensidade;
Duração;
Timbre;
Densidade.
Ritmo;
Melodia;
Escalas: diatônica, penta
tônica, cromática...
Gêneros: popular, folclórico,
étnico;
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Musica Ocidental;
Musica Oriental;
Musica Popular;
Música étnica;
Musica contemporânea;
Hip- Hop;
Musica Engajada;
Música Minimalista;
Musica Eletrônica;
Musica Experimental
ÁREA – ARTES VISUAIS:
Elementos Formais
Composição Movimentos e Períodos
Linha;
Forma;
Superfície;
Volume;
Luz;
Cor.
Bidimensional;
Tridimensional;
Figurativo;
Abstrato;
Técnica: pintura, grafitti,
desenho, escultura,
modelagem, gravura, historia
em quadrinhos,; instalação,
móbiles, arte gráfica
Gênero: paisagem e cenas
;
Arte Pré-Histórica;
Arte Antiga;
Arte Pré-Colombiana;
Arte Pré-Cabraliana;
Arte africana;
Arte oriental;
Arte Medieval
Renascimento
Arte Brasileira;
Arte Paranaense
Vanguardas Artísticas;
Arte Contemporânea;
Indústria cultural;
Arte aplicada;
ÁREA – ARTES TEATRO:
18
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosPersonagem;
Expressões;
Ação;
Espaço cênico.
Técnicas: Jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica e
pantomima;
Gêneros: tragédia, comédia e
tragicomédia;
Sonoplastia.
Iluminação;
Cenografia;
Maquiagem;
Figurino. Roteiro;
Enredo;
Trilha sonora;
Cinema;
Teatro Greco-Romano;
Teatro popular;
Commédia Dell’arte.
Teatro Brasileiro;
Teatro Paranaense;
Teatro Renascentista;
Teatro Latino-Americano.
Teatro engajado;
Teatro dialético;
Teatro do oprimido;
Teatro pobre;
Teatro de vanguarda;
Indústria cultural
ÁREA – DANÇA:
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosMovimento corporal;
Tempo;
Espaço.
Kinesfera;
Movimentos articulares;
Ponto de apoio;
Rolamento;
Deslocamento
Fluxo;
Eixo;
Giro;
Direções;
Planos;
Salto e Queda;
Aceleração e desaceleração;
Deslocamento;
Improvisação;
Coreografia;
Gêneros; étnica e popular; espetáculo, salão e folclórico.
Pré-história;
Greco-Romana;
Medieval;
Dança Brasileira;
Dança Paranaense;
Danças populares: break, funk,...
6. REFERÊNCIAS
FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/Bartenieff na Formação e pesquisa em artes cênicas. São Paulo: Annablume, 2OO2.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino - Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PEIXOTO, Maria lnês Flamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003.
VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. As idéias estéticas de Marx. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1978.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL
AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Biologia é uma palavra derivada do grego: Bio= vida; e Logos= estudo. A
biologia é uma ciência que se apresenta de forma muito ampla, já que não estuda
somente os indivíduos e espécies isoladamente, mas sua origem, evolução,
constituição, aspectos comportamentais, sua forma de relacionar com outras
espécies e sua interação com o meio, por isso o estudo da biologia é de extrema
importância para o entendimento do funcionamento do ecossistema, da compreensão
da biotecnologia, seu impacto na sociedade e na vida cotidiana e suas implicações
éticas.
O fenômeno VIDA é o objeto de estudo da disciplina de Biologia, visto que
o homem sempre tentou compreender e explicar este fenômeno partindo de
diferentes concepções de acordo com o momento histórico vivido.
De acordo com as Diretrizes "....os conhecimentos apresentados pela disciplina de
Biologia no Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em
si, mas dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano, que evidenciam o
esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais" (DCE, 2009,
p.38).
Assim os conteúdos estruturantes apresentados advêm da história da ciência,
de como o fenômeno vida foi interpretado e estudado em diferentes períodos
históricos e seus respectivos contextos.
Atualmente espera-se que a disciplina de Biologia contribua para a formação
de sujeitos críticos e atuantes e propõem-se conteúdos que ampliem seu
entendimento a cerca do fenômeno VIDA e toda a sua complexidade de relações.
Outro fator muito importante a ser destacado é a provisoriedade da ciência que
permite uma reavaliação dos resultados permitindo a reavaliação dos seus
resultados, possibilitando o repensar e a mudança de conceitos e teorias elaboradas
nos diferentes momentos históricos, culturais, econômicos, políticos e sociais.
Os conteúdos elencados nesta disciplina serão norteadores para o Ensino Médio e
Ensino Profissionalizante na modalidade Formação de Docentes – Educação Infantil e
Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
2. OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINAFenômeno Vida
2. 1. OBJETIVOS GERAISRelacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para
problemas existentes e incitando à responsabilidade.
· Estimular o posicionamento consciente dos alunos diante de situações de seu
cotidiano.
· Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e
apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem
atemporal.
· Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
· Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá-las a situações
diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia da disciplina de biologia está intimamente interligada com a
disciplina de ciências, concretizando-se esta relação, quer através da aplicação de
conceitos anteriores adquiridos, quer através do aprofundamento e extensão de
temáticas e do desenvolvimento de competências necessárias a uma futura
intervenção e reflexão pedagógica.
O ensino de biologia deve partir do desenvolvimento de uma abordagem
crítica, considerando a prática social do sujeito histórico, os conteúdos já construídos
e respeitando o nível cognitivo dos educandos, bem como suas diferentes formas de
aprendizagem.
Os temas abordados deverão partir de um conhecimento prévio do aluno,
desafiando sua imaginação através de discussões com função informativa, levando-
os a uma aprendizagem colaborativa e cooperativa, já que segundo TORRES e
IRALA (2007) a didática de discussão tem o potencial de promover uma
aprendizagem mais ativa por meio de estímulo ao pensamento crítico; ao
desenvolvimento de capacidades de interação, negociação de informações e
resolução de problemas e ao desenvolvimento da capacidade de auto regulação do
processo de ensino-aprendizagem. Observando-se a variedade dos conteúdos a serem trabalhados na disciplina de
Biologia, várias estratégias e metodologias de ensino poderão ser utilizadas
destacando-se entre elas: a observação, as aulas experimentais, a reflexão teórica,
a problematização, a investigação, o uso de vídeos, imagens, a leitura, a escrita, o
estudo do meio, o laboratório de informática, a tv multimídia, os jogos didáticos
entre outros.
As aulas expositivas terão função informativa, mas sempre abrindo espaço
para a participação dos alunos, já que a aprendizagem acontece de forma contínua
e com a participação direta do sujeito.
Aulas práticas são fundamentais no ensino de biologia, pois permitem aos
educandos o contato direto com os fenômenos, manuseio de equipamentos e
observação de organismos, oportunizando lhes desafiarem sua imaginação e
raciocínio, essa prática será utilizada sempre que possível.
As construções de mapas de conceitos estimulam o aluno a refletir, pesquisar,
selecionar, analisar, elaborar o conhecimento e aprender de uma forma mais
significativa, segundo TORRES e MARIOTT, 2007, p. 164 os mapas conceituais são
dinâmicos, pois à medida que o aluno desenvolve sua compreensão e o
reconhecimento sobre o assunto que está trabalhando, os mapas devem ser
revisitados e retrabalhados para incorporar os novos conceitos.
Na Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, a disciplina de Biologia desenvolverá os conteúdos básicos que fazem
parte do processo de produção de conhecimento cientifico da Biologia, de acordo
com a seriação previamente estabelecida. Para efetivar o trabalho docente, as aulas
serão planejadas, tendo como finalidade trazer a base teórica necessária integrada
com as atividades experimentais. As atividades experimentais deverão ter caráter
reflexivo permitindo aos estudantes, experiências de aprendizagem a partir das
quais desenvolvam análises de situações problema e de estudo de casos. As
atividades experimentais propostas mesmo sendo de caráter teórico prático, devem
privilegiar tanto a produção individual como a em grupo, não visando um único
resultado.
A cada conteúdo específico propõe-se trabalhar os quatro ou pelo menos um
conteúdo estruturante, buscando através de investigação prévia, junto aos alunos,
dos conceitos apropriados nas séries anteriores, intervindo sempre que necessário
através de uma dinâmica interativa diagnóstica.
O professor procurará estar sempre informado e participando do processo de
formação continuada, na produção de material didático-pedagógico e de apoio,
como autor e entre outros para que se consolidem os alicerces do processo ensino-
aprendizagem.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas
relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e
o adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana,
bem como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises
que envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos
específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos
estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada,
favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei n° 9394, de 20 de
dezembro de 1996), "a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais". (Artigo 24,
Inciso V - a).
E de acordo com as Diretrizes Curriculares Básicas do Estado do Paraná, a
avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em cada
série, possibilitando ao professor por meio da interação diária com os alunos, com
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos
conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos
pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem na escola e no seu cotidiano.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que
conte com meios, processos recursos e instrumentos avaliativos diversificados,
como: experimentação, trabalhos escritos, orais ou desenhos individual e/ou duplas
e/ou grupos e/ou coletivo, avaliações de consulta ou sem consulta individual e/ou
duplas e/ou grupos e/ou coletivo, confecção de cartazes, utilização de mídias
tecnológicas, seminários, mesa redonda, visitas extraclasses sempre que possível e
com autorização dos pais, onde os alunos possam expressar os avanços na
aprendizagem na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam,
refletem, analisam, justificam, e se posicionam e argumentando criticamente,
defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será possível para o professor fazer
uma auto avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu
redimensionamento, realizando intervenções coerentes e com os objetivos propostos
para o ensino da disciplina de Biologia.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12,
V; Art. 13. IV; Art. 24, Vê; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a
recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades
de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Ciências, e ao
professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar
continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO MÉDIO:
1º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Classificação dos seres
vivos; critérios
taxonômicos e
filogenéticos;
Sistemas biológicos:
anatomia, morfologia e
fisiologia;
Mecanismos de
desenvolvimento
embriológico;
O que é biologia; Níveis de organização dos seres vivos; Áreas de estudo da biologia; Método científico; Características dos seres vivos; Geração espontânea; Biogênese; Hipóteses sobre a origem da vida: panspermia, criação divina e evolução química;Organismos Autótrofos e heterótrofos;Organismos procariontes e eucariontes; Água e sais minerais; As vitaminas; Os carboidratos;
As proteínas;
Os ácidos nucléicos (DNA e RNA);
História sobre o estudo da célula;
Microscópio ótico e eletrônico;
A membrana plasmática;
Citoplasma; Organelas celulares; Teoria celular; A fotossíntese; Células mononucleadas, binucleadas, multinucleadas e anucleadas; Cromossomos e genes; Duplicação do DNA; Transcrição; Síntese de proteínas; Mutações gênicas e síndromes; Mitose e meiose; Reprodução sexuada e assexuada;Espermatogênese e ovulogênese;Sistema genital feminino e masculino;
Manipulação Genética.
Mecanismos celulares
biofísicos e bioquímicos;
Transmissão das
características hereditárias
Fecundação e nidação; Gravidez e parto; DSTs; Métodos contraceptivos; Desenvolvimento embrionário; Especializações do tecido epitelial; Classificação do tecido epitelial; Tecido conjuntivo frouxo; Tecido conjuntivo denso; Tecido conjuntivo adiposo; Tecido conjuntivo reticular;Tecido conjuntivo cartilaginoso; Tecido conjuntivo ósseo; Tecido estriado esquelético; Tecido muscular liso; Tecido nervoso; Os neurônios e as sinapses; As células tronco e as questões éticas.
2º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
Teorias evolutivas;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Dinâmicas dos ecossistemas; Relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
A diversidade dos seres vivos;Classificação dos seres vivos;Regras de nomenclatura;Os vírus: a interação dos vírus com as plantas e com os animais; Vírus e saúde humana; Reino monera: Diversidade morfológica das bactérias; Tipos de reprodução das bactérias;As bactérias e a saúde humana; Reino protista: os grupos de protozoários; Os protozoários e a saúde humana;As algas: tipos de algas, modo de reprodução o ciclo de vida;Reino fungi: Características dos fungos e classificação;Os fungos e a saúde humana;Reino Plantae: Origem e classificação.Características gerais das plantas.As briófitas e pteridófitas e suas respectivas características e modo de reprodução; A gimnospermas e angiospermas: características e modos de reprodução;Histologia, anatomia, e morfologia das angiospermas. Fisiologia das angiospermas; Os impactos das plantas transgênicas no sistema de produção de alimentos; O reino dos animais: características gerais; Origem e evolução dos animais; Filo Porífera; Filo Cnidária; Filo Platyhelminthes; Filo Nematoda;Filo Mollusca;Filo Annelida;
Organismos geneticamente modificados
Filo Artropoda;Filo EchinodermataOs chordatas: Características gerais;Os peixes, os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos; Sustentação, digestão e respiração : noções gerais; Circulação, mecanismos de defesa e excreção; Coordenação e regulação: sistema nervoso e sensorial;
3º ANOConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Transmissão das características genéticas;
Mecanismo de desenvolvimento
embriológico.
Dinâmicas dos ecossistemas; Relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
Introdução a genética; As leis de Mendel; Experimentos de Mendel; Noções de probabilidade; Genealogias; A herança dos grupos sanguíneos do sistema ABO; Sistema RH; Transfusão de sangue;Pleitropia, interação genica e herança quantitativa;Os genes e mapas cromossômicos; Hereditariedade e cromossomos sexuais; O sistema XY; Anomalias relacionadas aos cromossomos sexuais na espécie humana; Biotecnologia: O mapeamento dos cromossomos, os organismos transgênicos, a clonagem do DNA, terapia genica, vacinas e recuperação de espécies em extinção;Evolução: evidências evolutivas; A teoria de seleção natural; As idéias de Lamarck; Genéticas de populações e especiação; Ecologia: introdução, fluxo de energia e ciclo da matéria;
Manipulação Genética. Organismos
geneticamente modificados
Os componentes estruturais de um ecossistema; Os níveis tróficos; Habitat e nicho ecológico; Relações entre seres vivos de uma comunidade: relações intra- específicas, interespecíficas e ecologia de populações; Sucessões ecológicas; Equilíbrio ambiental.
2.2. CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.1º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Classificação dos seres vivos;
critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia
e fisiologia;
O que é biologia; Níveis de organização dos seres vivos; Áreas de estudo da biologia; Método científico; Características dos seres vivos; Geração espontânea; Biogênese; Hipóteses sobre a origem da vida: panspermia, criação divina e evolução química;Organismos Autótrofos e heterótrofos;Organismos procariontes e eucariontes; Água e sais minerais; As vitaminas; Os carboidratos;
As proteínas;Os ácidos nucléicos (DNA e RNA);História sobre o estudo da célula;Microscópio ótico e eletrônico;A membrana plasmática; Citoplasma; Organelas celulares; Teoria celular; A fotossíntese; Células mononucleadas, binucleadas, multinucleadas e
Manipulação Genética.
Mecanismos de desenvolvimento
embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos;
Transmissão das características hereditárias
anucleadas; Cromossomos e genes; Duplicação do DNA; Transcrição; Síntese de proteínas; Mutações gênicas e síndromes; Mitose e meiose; Reprodução sexuada e assexuada;Espermatogênese e ovulogênese;Sistema genital feminino e masculino;Fecundação e nidação; Gravidez e parto; DSTs; Métodos contraceptivos; Desenvolvimento embrionário; Especializações do tecido epitelial; Classificação do tecido epitelial; Tecido conjuntivo frouxo; Tecido conjuntivo denso; Tecido conjuntivo adiposo; Tecido conjuntivo reticular;Tecido conjuntivo cartilaginoso; Tecido conjuntivo ósseo; Tecido estriado esquelético; Tecido muscular liso; Tecido nervoso; Os neurônios e as sinapses; As células tronco e as questões éticas.
5. REFERENCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino - Biologia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
Lopes, S e Rosso S.. Biologia, volume único, São Paulo: Saraiva, 2005.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino
Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do Ensino de
2º grau - Biologia. Curitiba, 1993.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual, volume único, 8ª edição. São Paulo:
Editora Ática, 2002.
POPPER, K. R. A sociedade aberta e seus inimigos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da Unicamp, 1985.
RAW, I.; SANT‟ANNA, O. A. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker, 2002.
TORRES, P. L. e IRALA, E. A. Aprendizagem Colaborativa. In TORRES, Patrícia
Lupion (Org.). Algumas vias para Entretecer o Pensar e o Agir. Curitiba. SENAR – Pr,
2007.
TORRES, P. L. e MARRIOTT, R. de C. V. Mapas Conceituais. In TORRES, P. L.
(Org.). Algumas vias para Entretecer o Pensar e o Agir. Curitiba. SENAR – Pr, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL
AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337
E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física passou por vários marcos históricos desde a influência
europeia até se popularizar tornando-se obrigatório passando ainda por várias
reformas.
Na década de 80, o sistema educacional brasileiro passou por um processo de
reformulação. Configurando-se em um projeto escolar que possibilitasse a tomada
de consciência dos educandos sobre seus próprios corpos, não no sentido biológico,
mas especialmente em relação ao meio social em que vivem. Dessa forma a
educação do Estado do Paraná, procurou garantir o acesso dos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade, partindo de seu objeto de
estudo e de ensino, Cultura Corporal, garantindo o acesso ao conhecimento e à
reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente
produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de
formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo- se como sujeito, que é
produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Todo esse marco histórico se configurou na atual Educação. Física
fundamentada em reflexões sobre as necessidades atuais permitindo entender a
Cultura Corporal em sua complexidade, formar uma atitude crítica, possibilitando aos
alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando às
práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social. Falar de
Educação Física como uma atividade educativa implica defender a ideia da
totalidade do ser humano não apenas como uma totalidade individual, mas como
uma totalidade social. Para evitar idealizações, é preciso considerar que cultura
escolar está inserida dentro do contexto social. É obrigatório que nos interroguemos
então, diariamente, sobre princípios e valores que orientam esses movimentos de
produção de uma cultura escolar de Educação Física. Conflitos de classe, raça, de
gênero, de idade, por exemplo, afloram também na escola, nas aulas de Educação
Física e não nos é permitido ficar indiferentes a eles, o que seria concorrer para
perpetuá-los.
O desafio permanente da educação Física escolar, considerando o objeto de ensino e de estudo que é a Cultura Corporal, é produzir uma prática que afirmem
valores e sentidos que ampliem a cidadania, condições e consequências de uma
prática educativa. Há que se cuidar, de modo especial, para que não seja
desprezada e desvalorizada a cultura originária dos educandos, mas problematizada e
tomada como fonte de conhecimento. Um dos principais objetivos das aulas é a
prática das habilidades se tornando mais autônoma e mais consciente. Através da
reflexão e conscientização que estão fazendo, os alunos saberão por que e para que
realizar determinadas atividades em oposição à ideia da sua simples repetição.
Espera-se que o professor desenvolva um trabalho efetivo com seus alunos
na disciplina de Educação Física, cuja função social é contribuir para que ampliem
sua consciência corporal e alcancem novos horizontes, como sujeitos singulares e
coletivos.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas
em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente
produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e atividades
que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de
experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em
que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
Os conteúdos elencados nesta disciplina serão norteadores para o Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Ensino Profissionalizante na modalidade Formação de
Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Na formação de docentes O objeto de estudo e de intervenção comum é a
educação. Contudo, esse fenômeno geral será traduzido no binômio ensino
aprendizagem contemporâneo, a partir dos pressupostos que orientam o curso e dos
objetivos específicos da modalidade da disciplina de Educação Física; Isso se amplia
para o ensino fundamental e Ensino Médio.
2. OBJETIVO GERAL
Permitir uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
filosófica e política das praticas corporais, através da sua constituição interdisciplinar,
transcendendo o senso comum e desmistificando formas arraigadas e equivocadas
em relação as diversas práticas e manifestações corporais, priorizando se o
conhecimento sistematizado como oportunidade para reelaboração de ideias e
práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela
humanidade e suas implicações para a vida.
Compreender a Educação Física como participação social e exercício de
cidadania, no entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de
trabalho, adotando atitudes de respeito, solidariedade e cooperação.
Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando
hábitos saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de
convívio.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Mediante a atual concepção da Educação Física, os conteúdos específicos,
desdobrados dos conteúdos básicos e esses dos conteúdos estruturantes, serão
encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada seguindo uma
perspectiva crítica e histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos
físicos, químicos e biológicos e a prática social do sujeito histórico, priorizando na
escola os conteúdos historicamente constituídos.
No processo pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode
transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que
não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar
e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.
Desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do
conhecimento pela práxis significa não abordar o conteúdo apenas teoricamente,
mas proporcionar ao mesmo tempo, a expressão corporal, o aprendizado das
técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento corporal,
tudo isso segundo o princípio da complexidade crescente, em que um mesmo
conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.
A preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento
escolar é uma primeira leitura da realidade, ao pensar o encaminhamento
metodológico para as aulas de Educação Física na Educação Básica.
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, dos jogos, brinquedos e
brincadeiras, das danças, da ginástica e das lutas, contextualizando, discutindo e
promovendo reflexões é uma das metodologias utilizadas na Educação Física para o
desenvolvimento do sujeito de forma global.
3.1 Esporte
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas
esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na
rede pública de ensino. Portanto o esporte deve ser entendido como uma atividade
teórico-prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e
abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o
aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.
O ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade
social, histórica e política. Busca-se um entendimento crítico das manifestações
esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição
técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a
expressão social e histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.
3.2 Jogos e Brincadeiras
As aulas de Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo,
sem a subordinação de um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas
particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em distintos contextos históricos,
de modo que cabe à escola valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais
que identificam determinada sociedade.
Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o
desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do
real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à
escola fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos. Não
obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal.
3.3 Ginástica
Entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer às
possibilidades de seu corpo, tendo como o objeto de ensino desse conteúdo, as
diferentes formas de representação das ginásticas, compreendendo que a mesma é
uma gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas
corporais circenses, a ginástica geral, até as esportividades: artística e rítmica.
Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a
vivência e o aprendizado de outras formas de movimento, não se esquecendo de
oportunizar a participação de todos, por meio da criação espontânea de
movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas práticas,
que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.
3.4 Lutas
As lutas devem fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais
variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e
repletas de simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que
permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas
foram ou são praticadas.
Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as
suas funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao
longo dos anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua
finalidade inicial ligada às técnicas de ataque e defesa, com o intuito de
autoproteção e combates militares, no entanto, ainda hoje se caracterizam como
uma relevante manifestação da cultura corporal.
3.5 Dança
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e
suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se
concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais),
danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
O professor, ao trabalhar com a dança no espaço escolar, deve tratá-la de
maneira especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as
possibilidades de superação dos limites e das diferenças corporais. Dessa maneira, é
importante que o professor reconheça que a dança se constitui como elemento
significativo da disciplina de Educação Física, pois contribui para desenvolver a
criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outros
aspectos. Além disso, é de fundamental importância para refletirmos criticamente
sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas relevantes
como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana, Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e o
adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A Educação física na Formação de Docente – Educação Infantil e Anos Iniciais
do Ensino Fundamental serão trabalhados de maneira a resgatar os aspectos da
cultura, do folclore e da história permitindo o entendimento do corpo, abordando a
cultura corporal com o propósito e compromisso de realizar uma Educação física
transformadora.
A Cultura Afro será abordada no conteúdo básico Capoeira através de
Apresentações de trabalhos em grupo sobre a história da mesma e por fim a prática
de movimentos da capoeira.
O encaminhamento metodológico, seguindo as orientações das diretrizes
curriculares, partirá de uma prática social inicial, passando pelos momentos de
problematização, instrumentalização e catarse, para no final de um conjunto de aulas
observarem o retorno à prática social.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei n° 9394, de 20 de
dezembro de 1996), "a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais". (Artigo 24,
Inciso V - a).
Conforme as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do
Estado do Paraná, a avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem em cada série, possibilitando ao professor por meio da interação
diária com os alunos, com contribuições importantes para verificar em que medida os
alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados durante este processo. É
necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios
avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática
social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos
específicos, as relações e interações estabelecidas no seu progresso cognitivo, ao
longo do processo de ensino e de aprendizagem na escola e no seu cotidiano.
A avaliação em Educação Física à luz dos paradigmas tradicionais, como o da
esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, é
insuficiente para a compreensão do fenômeno educativo em uma perspectiva mais
abrangente.
O objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.
Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse
processo.
A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que evidenciem,
através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos
expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)
conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações
problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor
(PALLAFOX E TERRA, 1998).
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso que
conte com meios, processos recursos e instrumentos avaliativos diversificados,
como: experimentação, trabalhos escritos, orais ou atividades individuais e/ou duplas
e/ou grupos e/ou coletivo, avaliações de consulta ou sem consulta individual e/ou
duplas e/ou grupos e/ou coletivo, confecção de cartazes, utilização de mídias
tecnológicas, seminários, mesa redonda, dinâmicas em grupo, seminários, debates,
júri-simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo
pedagógico, onde os alunos possam expressar os avanços na aprendizagem na
medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam,
justificam, e se posicionam e argumentando criticamente, defendendo o próprio
ponto de vista. Com isso, será possível para o professor fazer uma auto avaliação,
que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu redimensionamento,
realizando intervenções coerentes e com os objetivos propostos para o ensino da
disciplina de Educação Física.
As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das
aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para
hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados;
mas que sirva, também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.
Por fim, os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser
pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar
dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas,
compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V;
Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo
na própria classe aos alunos que com suas perguntas,
indicam ao professor se aprenderam ou não.
Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra
oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das
provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria
o bastante, se bem feito, para ter a validade como
processo de recuperação que refletiria de imediato, na
próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Educação
Física, e ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu
trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Esporte Coletivos; Individuais; Primeiras Regras, relação com os jogos
populares e movimentos básicos: Handebol; Futsal; Voleibol; Basquetebol;Atletismo;Tênis de mesa;
Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares; Jogos de tabuleiro; Jogos cooperativos;
Jogos e brincadeiras com e sem material alternativo; Movimentos básicos: Xadrez;Dama;Trilha;
Dança Danças folclóricas;Danças de rua;Danças criativas;
Vivenciar movimentos: - expressão corporal;- ritmo. Origem das diferenças danças:- regionais.
Ginastica Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral;
Origem da Ginástica Aprender e vivenciar movimentos básicos: saltar; rolar/girar;equilibrartrepar;balançar/embalar;malabares;Construir e experimentar materiais utilizados nas diferentes modalidades ginasticas.
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
Vivenciar movimentos de lutas;Floreios;Ginga;Esquiva;Golpes;Vivenciar jogos de oposição.
7ºANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Esporte Coletivos; Individuais;
Aprender as regras e os elementos básicos do esporte e regras de arbitragem: - Handebol;
- Futsal; - Voleibol; - Basquetebol; - Atletismo; - Tênis de mesa; Discutir e refletir sobre o sentido da competição esportiva;
Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares; Jogos de tabuleiro;Jogos cooperativos;
Diferença entre competição e cooperação;Vivencia de jogos cooperativos.Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.Construir individualmente ou coletivamente jogos e brinquedos.Estudar os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
Dança Danças folclóricas; Danças circulares; Danças criativas;
Conhecer origem e contexto:Break; Fandango;Movimentos corporais:Rítmicos e expressivos;Criação e adaptação de coreografias.
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral;
Aprender posturas e elementos ginásticos.Aprofundar conhecimentos teóricos da Cultura Circense.Aprender movimentos da GR:Saltos;Piruetas;Equilíbrio;
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
Conhecer história e alguns movimentos básicos: JudôKaratêTaekwondoCapoeira.
8ºANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos EspecíficosEsporte Coletivos
RadicaisAspectos positivos e negativos das praticas esportivas.Vivencia pratica dos fundamentos das diversas modalidades esportivas e regras de arbitragem:
- Handebol; - Futsal; - Voleibol; - Basquetebol; - Futebol; - Vôlei de areia;
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos cooperativos;
Organização de Festivais; Xadrez; Dama; Trilha
Dança Danças criativas; Elaboração de Esquetes; Elementos e técnicas de dança; Montar pequenas composições coreógrafas; Conhecer os diferentes: Ritmos, Passos, Postura, ConduçõesFormas de deslocamentos
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica geral;
Vivenciar: Praticas de posturas e elementos ginásticos;Movimentos acrobáticos de solo e equilíbrios em grupo;Manusear elementos da GR e GG;Rolamento;
Lutas Capoeira Aprender movimentos direcionados à projeção;
9ºANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos EspecíficosEsporte Coletivos
IndividuaisHistoria do desenvolvimento do social e econômico dos diferentes esportes.Preenchimento de súmulas; Elaboração de tabelas;Regras de arbitragem;- Handebol; - Futsal;- Voleibol; - Basquetebol; - Atletismo;- Futebol; - Vôlei de areia;- Tênis de mesa
Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos cooperativos;
Elaboração de gincanas;Diferenciação entre: Jogos de estratégia; Jogos competitivos;Jogos cooperativos.
Dança Danças criativas; Organização de Festivais de Dança.
Elementos e técnicas de dança; Montar pequenas composições coreógrafas; Conhecer os diferentes: - ritmos; - passos; - posturas; - conduções; -formas de deslocamentos; - elementos que identificam as diferentes danças.
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica geral;
Origem da Ginástica Técnicas da Ginástica
Lutas Capoeira Origem e aspectos históricos das lutas.
5.2. ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos EspecíficosEsporte Coletivos
IndividuaisRadicais
O Esporte nos seus diferenciados aspectos: • enquanto meio de Lazer; • sua função social; • sua relação com a mídia; • relação com a ciência; • doping, recursos ergogênicos e esporte de alto rendimento; • nutrição, saúde e prática esportiva. Regras oficiais e sistemas táticos. Organização de: - campeonatos; - torneios; - elaboração de Súmulas;Montagem de tabelas (eliminatória simples, dupla, entre outras).Analise de jogos esportivos e confecção de Scalt.Esporte x Indústria Cultural
Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos;
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem individualidades.Jogos x Indústria Cultural.
Dança Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua
Organização de Festival de Dança. Organização de coreografias. Dança X Indústria Cultural.
Ginástica Ginástica artística Ginástica de Condicionamento Físico; Ginástica geral
Função social da ginástica; Vivenciar os fundamentos da ginástica. Relação da ginástica com: - tecido muscular;
- resistência muscular; - diferença entre resistência e força; - tipos de força; - Fontes energéticas;- Frequência cardíaca;- Fonte metabólica;- Gasto energético;- Composição corporal;- Desvios Posturais: LER, DORT;- Interferência da ginastica no mundo do trabalho (ex. laboral);Relação entre a ginastica x sedentarismo e qualidade de vida;Ginastica x Indústria Cultural;Festival de ginastica
Lutas Lutas com aproximação;Lutas que mantém a distância;Lutas com instrumento mediador;Capoeira.
Lutas x Indústria cultural;Diferença entre lutas e artes marciais;Capoeira;Classificação;Estilos (Jogos/Luta/dança);Musicalização e ritmo;Ginga;Confecção de instrumentos;Movimentação;Roda.
5.3. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos EspecíficosEsporte Coletivos
IndividuaisRadicais
O Esporte nos seus diferenciados aspectos: • enquanto meio de Lazer; • sua função social; • sua relação com a mídia; • relação com a ciência; • doping, recursos ergogênicos e esporte de alto rendimento; • nutrição, saúde e prática esportiva. Regras oficiais e sistemas táticos. Organização de: - campeonatos; - torneios; - elaboração de Súmulas;Montagem de tabelas (eliminatória simples, dupla, entre outras).Analise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
Esporte x Indústria CulturalJogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos; Jogos cooperativos;
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem individualidades.Jogos x Indústria Cultural.
Dança Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua
Organização de Festival de Dança. Organização de coreografias. Dança X Indústria Cultural.
Ginástica Ginástica artística Ginástica de Condicionamento Físico; Ginástica geral
Função social da ginástica; Vivenciar os fundamentos da ginástica. Relação da ginástica com: - tecido muscular; - resistência muscular; - diferença entre resistência e força; - tipos de força; - Fontes energéticas;- Frequência cardíaca;- Fonte metabólica;- Gasto energético;- Composição corporal;- Desvios Posturais: LER, DORT;- Interferência da ginastica no mundo do trabalho (ex. laboral);Relação entre a ginastica x sedentarismo e qualidade de vida;Ginastica x Indústria Cultural;Festival de ginastica
Lutas Lutas com aproximação;Lutas que mantém a distância;Lutas com instrumento mediador;Capoeira.
Lutas x Indústria cultural;Diferença entre lutas e artes marciais;Capoeira;Classificação;Estilos (Jogos/Luta/dança);Musicalização e ritmo;Ginga;Confecção de instrumentos;Movimentação;Roda.
5. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2008.
BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,1992.
Coletivo de autores. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez
1992.
DUARTE, Orlando. História dos Esportes. 3ªedição São Paulo: Senac, 2006.
GANDÁRIA, Cristina. Manual de Educação Física. Madri Espanha: 2007.
PALLAFOX, G. H. M.; TERRA, D. V. Introdução à avaliação na educação física escolar. In: Pensar a Prática. Goiânia, v. 1. N. 01, jan./dez 1998, p. 23-37.
WERNECK, H. Se a Boa Escola é a que Reprova, o Bom Hospital é o que Mata. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. p.104.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL
AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FILOSOFIA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Todos sabem que não há um conceito universalmente válido para a Filosofia, pois
eles são tantos quantos são os filósofos que os grandes períodos de sua história nos
oferecem. Porém, um elemento aponta para certa unidade: a tarefa de buscar os
fundamentos, de estabelecer um quadro de mundo, enquanto totalidade. Nesta
concepção, permitimo-nos apresentar a Filosofia como um processo de reflexão e elaboração crítica de uma concepção de mundo enquanto totalidade e o compromisso com sua realização prática, em concordância com Luckesi (1990)
quando afirma ser a postura do homem-sujeito que, num esforço de compreensão de
si mesmo no mundo, em oposição à fragmentação da “pseudo-concreticidade” do
cotidiano, consubstanciada no senso comum, passa a fazer o inventário, a crítica e a reelaboração das concepções e valores que explicam e orientam a sua vida, em todas as relações que estabelece este mesmo homem consigo mesmo, com os outros homens e com o mundo, desde seus aspectos mais simples e imediatos aos mais complexos. Neste sentido, Saviani (1996) propõe a Filosofia
como reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta.
O “ensinar-aprender-fazer Filosofia”, na expressão de Marilena Chauí, é
concebido tendo seu ponto de partida na problematização do vivido, do senso
comum fragmentário, e o seu ponto de chegada (nunca definitivo, pronto e acabado,
porque vai se resignificando e rearticulando dialeticamente) num processo de
elaboração de uma concepção articulada e coerente, possibilitado pela apropriação
do instrumental próprio que advém do corpo de conhecimentos da tradição filosófica,
ou seja, seu aparato lógico-metodológico e conceitual, de sua história e de seus
clássicos. Na medida em que nosso educando vai dominando este instrumental vai
se constituindo, se enriquecendo e se ampliando a possibilidade da releitura e da
transformação da realidade, ou seja, o exercício da consciência filosófica vai se
consubstanciando, como foi dito antes, numa concepção de mundo articulada e
coerente.
Ao entender tal prática, nosso educando vai firmando uma escolha e assumindo-
a em todas as suas consequências (Chauí, 1995), percebendo que a Filosofia
propõe ao homem-sujeito a postura da radicalidade teórico-prática que o afaste do
dogmatismo, porque deverá ir sendo o exercício atento do rigor, da criticidade, da
dialeticidade. De posse teórico-prática, o educando questionará por que Filosofia
Grega e não a Universalista se impõe como saber, e receberá como justificativa que
a limitação dos saberes filosóficos aos conhecimentos europeus é decorrente da
colonização europeia das Américas, o que nos fez herdeiros do legado que a
Filosofia grega deixou para o pensamento ocidental europeu.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (séc. V a.C.) a invenção da
palavra filosofia, ao ter afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos
deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se sábios
(sophos). E que a vida se resume pelo desejo de aprender que a verdade é o que
buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos
(do espírito) para vê-la. Este enfoque nos permitiu dizer que a Filosofia é um fato
grego por possuir certas características, apresentar certas formas de pensar e de
exprimir os pensamentos, estabelecer concepções sobre o que seja a realidade, o
pensamento, a ação, as técnicas que se diferenciam das desenvolvidas por outros
povos e outras culturas. Reconhece-se, evidentemente, que estes outros povos
possuíam e possuem sabedoria e desenvolvimento ao pensamento da Natureza e
dos seres humanos.
A Filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos que surgiu
especificamente com os gregos e que, por razões históricas e políticas, tornou-se
depois o modo de pensar e de se exprimir predominantemente na cultura europeia
ocidental, da qual em decorrência das conquistas e colonizações, também o Brasil
participa em seus princípios fundamentais que chamamos de razão, racionalidade,
ciência, ética, política, técnica e arte.
A Filosofia divide-se temporal e espacialmente em períodos no sentido de buscar
a compreensão para seu próprio evoluir.
Na Antiguidade parte da preocupação com questões de ordem cosmológica, com
a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento, e expande
seus horizontes de discussão incluindo investigações sobre a condição humana: o
princípio originário (arché); as leis que regem o universo; os fenômenos
atmosféricos; o movimento e a estática; o lugar do homem no cosmo; a questão da
ética e da política. (Cf. Paraná, 2008 –p.41).
Na Idade Média, o pensamento, foi predominantemente marcado pelo
Teocentrismo decorrente do crescimento da Igreja como poder eclesiástico, a partir
do período da desestruturação do Império Romano. Teóricos cristãos elaboraram
teorias fundamentadas nas teologias políticas que tinham por objetivo a ordenação,
hierarquização e controle da sociedade sob a proteção da lei divina, sendo assim
retirada do espaço público passando a ser prerrogativa da Igreja. Este período foi
marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo monoteísmo, pelo creacionismo (de
Creador), pela ideia do pecado original, pelo conceito cristão de amor (ágape) e, por
uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade
como criatura divina. Dividida em dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e
Escolástica (séc. IX ao XIV), trata basicamente do aperfeiçoamento dos
instrumentos lógicos para a melhor compreensão dos textos bíblicos e dos
ensinamentos dos Padres (pais) da Igreja. A razão é posta predominantemente em
função da fé, isto é, a Filosofia serve à teologia (...) “não basta crer: é preciso
também compreender a fé”. (Cf. Reale, Antiseri, 2003, p.125).
Na Era Moderna, o pensamento antropocêntrico (centrado no homem) vai,
paulatinamente buscando a autonomia da razão e da constituição da individualidade,
confrontando-se assim, com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma.
Libertando-se da Teologia, a filosofia passa a tratar das questões filósofico-
cientifícas (racionalismo, empirismo, criticismo). É a descoberta da importância do
homem quando compreende as lógicas da natureza, da sociedade e do universo.
Ser moderno significa valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar
passivamente o critério da autoridade ou da tradição; valorizar a experimentação;
separar os campos da fé e da razão; confiar na razão, que, se bem empregada
permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios para o homem. (Cf.
Paraná, 2008 – p.41).
A Filosofia contemporânea é o resultado da preocupação do homem, no que
toca a sua historicidade, sociabilidade e secularização da consciência, demonstrado
pelas inúmeras correntes de pensamento que constituem esse período. Apesar de
no século XIX, a Filosofia ser marcada pelo pluralismo de ideias, o Ocidente
negligencia a filosofia asiática. (Cf. Paraná, 2008, p.42). A partir de fontes históricas
internaliza-se a explicação para esta negligência:
A discussão profícua da Filosofia Ocidental com a Filosofia Asiática foi
interrompida a partir da Baixa Idade Média e consolidada por Georg Wilhelm
Friedrich Hegel (seminarista da Igreja Protestante, Alemanha) e Immanuel Kant
(professor de geografia na Prússia), ambos, filósofos do século XVIII e XIX, quando
se estabeleceu um pensamento excludente em relação à filosofia oriental realçando
nela aspectos que consideravam extravagantes, grosseiros e exagerados. Este
pensamento corrobora o momento histórico do colonialismo que submete, também, a
Filosofia Oriental, a uma relação de conflito e de submissão, desprovida de lógica
apresentando sua essência num sistema primitivo de pensar. O sistema colonialista
europeu necessitava criar a ideia de hierarquia cultural para salvaguardar o valor e a
importância de suas descobertas. Já não era apenas fé em Deus, mas também fé na
ciência, que deveriam ser espalhados pelas culturas submetidas. Poucos filósofos
europeus, como Schopenhauer e Nietzsche, assumiram com coragem seu
compromisso com o pensamento asiático.
No Brasil, no período colonial, tendo como pioneiros os jesuítas, a Filosofia era
utilizada como instrumento de formação moral e intelectual de acordo com a
ideologia da Igreja Católica, desde 1572. (Cf. Paraná, 2008, p.42). E, com a
Proclamação da República, em 1889, passa a fazer parte dos currículos oficiais, até
mesmo como disciplina obrigatória. (Cf. Paraná 2008, p.43).
No entanto, a LBD n. 4.024/61 de 1961, extinguiu a obrigatoriedade do ensino de
Filosofia e, com a Lei n. 5.692/71, durante a ditadura militar, a Filosofia desaparece
dos currículos escolares do Segundo Grau, já que não servia de apoio aos
interesses políticos e econômicos da ideologia vigente. (Cf. Paraná, 2008 – p.43).
A LDB, na forma da lei número 9394/96, nos artigos de números 2, 27, 35 e 36,
destaca que o Currículo do Ensino Médio observará o domínio dos conhecimentos
de Filosofia necessários ao exercício da cidadania. Nesta data, o ensino da
Filosofia, no Nível Médio passa a ser discutido, embora as tendências das políticas
curriculares oficiais fosse a de manter a Filosofia em posição de saber transversal às
disciplinas do currículo (Cf. Paraná, 2008 – p.45).
Dez anos depois, em 2006, a disciplina passa a fazer parte obrigatória nos
currículos do ensino Médio. O parecer CNE/CEB n. 38/2006 tornou a Filosofia e a
Sociologia disciplinas obrigatórias, sendo homologado pelo Ministério da Educação
pela Resolução n.04 de 16 de agosto de 2006.
No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, de 25 de julho de 2006,
tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.
Se reconhecimento legal se deu na correção da LDB em 02 de junho de 2008, pela
lei 11.684 (Cf. Paraná, 2008, p.47).
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Estudar sem pensar é fútil. Pensar sem estudar é perigoso. (Confúcio – filósofo
chinês – séc. VI a.C.)
Em 2006, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de educação
(CNE) aprova Filosofia como disciplina obrigatória no currículo do Ensino Médio após
constatar os benefícios que a mesma oferece aos alunos levando-os a desenvolver
um pensamento independente e crítico, isto é, vivenciar um pensar individual.
O Ensino Médio, considerado como uma fase de consolidação dos jovens tanto
quanto à sua personalidade quanto aos seus desejos encontra na Filosofia uma
importante colaboradora, para a fixação do aluno, enquanto ser pensante e não
apenas “decoreba” momentâneo de pensamento alheio e, por vezes, deslocado da
realidade em que o aluno vive.
Não existe, no entanto, receita pronta para saber-fazer-viver em Filosofia.
Recomenda-se a priorização de práticas que favoreçam a formação de jovens
capazes de desenvolver seu próprio pensamento e crítica, sem a dependência de
livros didáticos que apresentam o risco de ideologias e eventual fanatismo, formando
assim, cidadãos capacitados a enfrentar as diversas situações que poderão surgir
em suas vidas. Afirmativa esta que leva a perceber a Filosofia como fundamental na
vida de todo ser humano por oportunizar a prática de análise, reflexão e crítica em
benefício do encontro do conhecimento do mundo e do homem.
Luckesi, C.C. (1992- Filosofia da educação) afirma que o exercício de filosofar
caminha em três passos sequenciais e num processo dialético onde, o primeiro
passo é inventariar valores que explicam e orientam a própria vida e a vida da
sociedade e que dimensiona as finalidades da prática humana. O objetivo destes
questionamentos é levar o sujeito a tomar consciência das ações, do lugar em que
está, e da direção que toma sua vida e a vida da sociedade. Direção esta que nasce
do senso comum ou do pensamento filosófico e político que se formulou e se
divulgou na sociedade no decorrer do tempo cronológico.
O segundo passo é o momento da crítica dos valores inventariados submetendo-
os a questionamentos em todos os seus focos e movimentos possíveis verificando
lhes a significação e se compõem o sentido que se quer dar à existência.
O terceiro passo do filosofar é o momento da construção crítica de valores que
sejam significativos para compreender e orientar as vidas individuais e dentro da
sociedade como guia da ação na direção mais correta.
Observa-se um processo dialético que parte de uma posição para a superação
teórico-prática na medida em se está inventariando os valores vigentes, está-se
também, ao mesmo tempo, criticando-os e reconstruindo-os, mas não seccionados,
pois que, um nasce dentro do outro. Entende-se então que o exercício do filosofar é
um fio condutor para que se aprenda a filosofia sem que a mesma seja ensinada;
mas apreendida a partir da relação que tenha no aluno o ponto de partida dos
questionamentos infinitos que a filosofia adéqua, mediado pelo orientar/professor
auxiliado pelos pensadores e suas ideias (conteúdos), enfim pelas correntes de
pensamentos que apesar de distantes no tempo são aproximados pelos momentos
históricos. A compreensão da filosofia perpassa por entender pensadores e ler-lhes
as ideias apresentadas e reconstruí-las no momento histórico do aluno. Platão, por
exemplo, torna-se atual com seu Mito da Caverna, quando se percebe, na
atualidade, o fanatismo religioso que impede o conhecimento, o respeito e a
compreensão pela evolução cultural do outro. Epicuro torna-se contemporâneo no
momento em que, entendendo sua história, o aluno o percebe portador de um mal
biológico, conhecido como Cálculo Renal, e pense na possibilidade de ser esta das
causas de sua filosofia sobre a dor e sua retirada do mundo mundano de Atenas. O
aluno se apercebe da eventual intencionalidade no pensamento dos considerados
filósofos conhecidos em âmbito global.
É de Immanuel Kant, filósofo prussiano, a frase, ainda, sob análise: “Não se
ensina filosofia, mas a filosofar” revelando a filosofia como corpo de entendimentos,
mas distante de uma verdade considerada absoluta nos confins da terminalidade
genérica, que exige do aluno apreensão dos conteúdos expressos nas ideias
filosóficas e nas principais correntes de pensamento, permitindo ao aluno dizer que
aprendeu filosofia.
A partir destas colocações, podemos dizer que os objetivos da disciplina de
Filosofia, enquanto campo da ciência que se ocupa da investigação, análise e
reflexões dos ideais de mundo e da existência e inquietações do homem, a respeito
da construção de sua realidade, no Ensino Médio, objetiva a compreensão dos cinco
grandes campos dos quais se ocupa: Lógica, Metafísica, Epistemologia, Ética e
Estética, a partir do momento que seja compreendido que:
No estudo da Lógica investiga-se o desenvolvimento do pensamento e da
articulação argumentativa. A Lógica se encarrega de dar sentido cognitivo às nossas
ideias.
A Metafísica, por sua vez, se encarrega do estudo do campo que está além
do que os ensinamentos da física podem abstrair, ela investiga a noção de realidade
concreta que temos.
No campo da Epistemologia se concentram os questionamentos sobre o
modo de se fazer a investigação científica, funciona como uma teoria da construção
do conhecimento.
A Ética, grosso modo, se encarrega da distinção entre o comportamento e a
ação devida e não devida. Por fim, a Estética, anteriormente chamada de filosofia da
arte é o campo que trata da nossa conceituação de belo.
Simplificando, os objetivos da Filosofia para o Ensino Médio se prestam a:
Capacitar o aluno para um modo especificamente filosófico de formular e
propor problemas nos diversos campos do conhecimento;
Desenvolver uma postura crítica sobre conhecimento, razão, realidade sócio-
histórica - política e o fenômeno educacional.
Capacitação para análise, interpretação e comentários de textos teóricos;
Possibilitar a compreensão das questões acerca do sentido e da significação
da própria existência, das produções culturais e dos processos de ensino e
aprendizagem;
Apresentar ao aluno, as multiplicidades de pensadores, dos cinco continentes e sobrepor-lhes às ideias anteriormente negligenciadas como é o caso
da filosofia asiática.
Buscando um arredondamento para finalizar este tópico, nada mais indicado que
a fala de Jean-Jacques Rousseau, em seu livro O Emílio:
“... a tarefa do educador não é a de ensinar a virtude e a justiça, e sim possibilitar ao educando o discernimento, através do uso da razão, das fontes internas e externas de perturbação, para que possa manter a sua natureza sem ser corrompido”.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Aquele que propõe a um sábio (sopho), ao acaso, uma
questão sobre ciência de que ignora, obterá uma resposta
satisfatória? (Allan Kardec – O Livro dos Espíritos, p.39)
A Filosofia vive nos dias de hoje, sua reintegração ao processo educacional
de forma consistente, visando à formação humanística dos jovens (PARECER
CNE/CEB Nr. 38/2006, pg.2).
O desafio para atender a essa determinação num mundo que se diz ser dos
jovens é gratificante a partir do momento que, na troca de saberes, o educador é
plenificado com saberes novos pela diversidade de informações adquiridas
tecnologicamente e de formas tão diversificadas. A diversidade de informações
promove, no educador, uma constante mutação que permite, mesmo partindo do
coletivo, entender as individualidades. Para isto, no entanto, acontecer de forma
equilibrada, é necessário que o educador se atualize. Para se fazer entender, em
Filosofia, é necessário que desperte a curiosidade da origem do aqui e agora,
momento este absorvido pela juventude no esconderijo do “não sei”, forma
apática de manifestação do não comprometimento e fuga das responsabilidades.
Afinal, do que não se sabe não se avalia e não se julga – apenas se justifica pelo
senso comum. Salvaguardadas algumas exceções, o marasmo intelectual
dominado pela selvageria do imediatismo continua fazendo suas vítimas
protegidas pelo senso comum: “eu faço porque todo mundo faz”, deixando de
perceber que apenas “não faz diferente” porque não se acredita capaz, por
desconhecer e por medo de conhecer, pois, “se não sei, ninguém por cobrar”.
Como apresentar, para estes jovens, um mundo novo e cheio de
deslumbramentos que a Filosofia promove em seu caminhar de inquietações,
dúvidas, surpresas e espantos? . Como ensinar as práticas filosóficas se somente
agora elas estão deixando de ser apenas teóricas? Como explicar que o
comportamento ético de Benjamin Franklin esteve presente tanto na invenção do
para-raios quanto ao assinar a Petição para Abolição da Escravatura da
Pensilvânia pedindo urgência na libertação dos escravos, enquanto praticante da
cidadania e preocupado com a ciência para servir ao povo e a liberdade,
propriedade comum a todos os homens? Do escritor argentino, Júlio Cortázar,
tiramos a explicação de como transmitir a Filosofia: “As escadas se sobem de
frente, pois de costas ou de lado são particularmente incômodas”. Assim, passo a
passo, entremeando os degraus do filosofar, os vãos, nos permitirão a História da
Filosofia com o encanto da interdisciplinaridade. Um momento de um pouco de
tudo da memória respaldando o muito de tudo das perguntas, despertando a curiosidade.
Sendo a curiosidade o ponto de partida que motiva a investigação, temos
que adequá-la ao “modus vivendi” da juventude que nos foi confiada a guarda.
Temos que buscar um método, cujo planejamento oriente desde “os por quês” até
as pretensas conclusões. Temos que nos permitir comparações com situações
similares, buscando-as nos mais recônditos lugares e tempo, temos que
denominá-las à luz da razão do jovem, mesmo que eivados de possibilidades de
erros que é o início de todo e qualquer acerto. Temos que entender-lhes o “ser”
para justificar lhes os argumentos que deverão à luz de uma razão pré-conhecida
e pautada em outros métodos, servir-lhes de parâmetros que contenham lógica para dar-lhes sentido às ideias, buscando entender a realidade metafísica, isto é,
para além das ciências tradicionais que explica a essência dos seres e as razões
de estarmos no mundo, preocupação esta de todos os filósofos e detalhada na
própria História da Filosofia.
O que é real; o que é liberdade; o que é sobrenatural; o que fazemos no nosso
planeta? Existe uma causa primária de todas as coisas? Essas perguntas que
povoam nosso cotidiano são feitas desde os primórdios da civilização racional.
Mas que tempo era este? Por que estas preocupações em um tempo em que uma
simples pergunta demorava a ser respondida? Nos mais distantes países, as
pessoas, faziam essas perguntas? Deixe ver: ... o Google responde e, surpresa:
informa a fonte de onde é retirada a informação. Desta forma, se não
soubermos quem foi a fonte, como viveu e a caminhada de sua história não
teremos parâmetros para declarar nosso pensamento, também como uma forma
de conhecimento, pois somos a somatória de nossas ações (Marcial Salaverry
– poeta brasileiro -1938), mesmo sabendo que o que nos faz sermos nós mesmos
está limitado às possibilidades do conhecimento, fazendo-nos oscilar entre uma
resposta dogmática ou empirista, conforme a Epistemologia oportuniza quando
se estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento,
caminho que não nos podemos nos furtar para entender ao menos as informações
do Google.
O cola e copia ferramenta muito usada por nossos jovens quando da
apresentação de trabalhos escolares, implica no questionamento sobre o dever e
o poder fazer, isto é, implica em Ética que é a distinção entre a ação devida e a
ação não devida e construída por uma sociedade com base nos valores históricos
e culturais. O esconder-se atrás de coberturas de cabeça e rosto, para manusear
e ouvir músicas no Bluetooth, em sala de aula, é um comportamento social que
possibilita prejuízos e que fere a Ética, em vista de se entender ser ela um
conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na
sociedade, da mesma forma que o som emitido pela chamada de um celular
desvia a atenção para assunto que não é comum a todos que se agrupam em
torno do promover o conhecimento. Norteadora do comportamento humano busca
o equilíbrio de ações humanas possibilitando que ninguém saia prejudicado o que
nos conduz ao pensamento de justiça social, dos valores e princípios morais de
uma sociedade e seus grupos. Os grupos norteiam a ética em suas
particularidades e especificidades significando que um fato pode ser ético
somente em alguns países. Num país, por exemplo, sacrificar animais para
pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar
os princípios éticos estabelecidos, isto é, fere a Bioética. A espionagem industrial
fere a ética empresarial, o trabalho escravo fere a ética trabalhista, o “doping”, em
competições, fere a ética esportiva, o nepotismo fere a ética na política, entre
outros. E a sensação ou percepção do que fere a Ética nos aproxima da parte
Estética da ação porque atinge o belo arbitrário do humano.
O belo arbitrário humano é o que nos faz entender porque fazemos
julgamentos sobre o gosto de alguém frente à afirmativa do senso comum que
gosto não se dicute, ao que nos contrapomos por entender que gosto é algo
discutível filosoficamente. Na Grécia, de Platão, ouviríamos a seguinte explicação:
se o gosto fosse algo completamente subjetivo, cada um teria um gosto
completamente particular e, nesse caso, completamente diferente do outro e,
concluiríamos que a ideia de gosto não existiria. (Gadelha & Nonato, p.215). A
Estética deveria ser observada através da soma da lógica com a ética e a
essência do belo seria alcançada identificando-o com o bom, tendo em conta os
valores morais. Cuidando, em príncipio, dos conhecimentos sensoriais ou
sensibilidade, a Estética valoriza a medida da visão espiritual do ser humano que
contemplativamente suscita sentimentos de admiração e ultrapassa os limites do
espaço e do tempo.
A palavra Estética foi adotada pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten
(1714-1762) para nomear o estudo das obras de arte como criação da
sensibilidade, tendo por finalidade o belo e engloba tanto o estudo dos objetos
artísticos quanto os efeitos que estes provocam no observador, abrangendo os
valores artísticos e a questão do gosto.
A Estética pode ocupar-se também do Sublime ou da privação do Belo, ou
seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo como é o caso de
regimes políticos autoritários no qual o Estado, normalmente sob controle de uma
única pessoa, não reconhece os limites de sua autoridade e se esforça para
regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, neste caso, como
privação do Belo.
Desta forma, a metodologia da disciplina de Filosofia contemplará a proposta
nas Diretrizes Curriculares Orientadoras em seu conjunto de leis e decretos
instituídos em prol da educação do Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos
e Formação Docente, assim identificada: Lei 11.645/08 – História e Cultura Afro
brasileira, africana e indígena; Lei 13.381/01 - História do Paraná; Lei 9.795/99 –
Meio Ambiente Lei 11.769/08 – Música, Lei 11.525/07 – Direito das Crianças e do
Adolescente; Decreto 1.143/99 – Educação Tributária ao mesmo tempo em que
envolverá os Desafios Educacionais Contemporâneos, no momento exato em que
a Filosofia desenvolver os respectivos temas, a exemplo do mencionado no final
do item 1- Fundamentos Teóricos da Disciplina, em relação à Filosofia asiática.
Esta metodologia prestar-se-á a comparações de ações atuais em relação a
crianças fora da escola, na atualidade, com a proibição das crianças negras
frequentarem escola, no Brasil, numa época em que ideias do pensamento
evolucionista e filosofia positivista proliferavam entre os intelectuais da época.
Primará esta metodologia em dignificar o professor enquanto representante da
sabedoria e não eles próprios, oferecendo aos alunos de cada curso instrumentos
adequados para, assim, poderem pensar por si próprios sobre temas filosóficos,
não só fazendo com que eles sejam capazes de explicar o que algumas grandes
figuras do passado pensaram acerca desses temas, mas convidá-los a pensar, de
modo com que cada um deles se torne um sujeito consciente, ativo e autônomo
evitando discussões de desabafo ou conceitos de autoajuda. E, como disse Paulo
Freire: aluno e professor não se reduzem a ser um objeto do outro, pois quem
ensina aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender e, o ensino só é
válido se o aprendiz recriar o ensinado.
4. AVALIAÇÃO
Coerente com a metodologia aplicada, a Deliberação 007/99 convida o
sistema de avaliação para ser um método que suplante o fracasso escolar,
iniciando por diagnosticar, previamente, o conhecimento do aluno/educando sobre
determinado assunto. Para esse diagnóstico ser eficaz é necessário coletar dados
essenciais para avaliar o que precisamos. "Dados essenciais são aqueles que
estão definidos nos planejamentos de ensino, a partir de uma teoria pedagógica, e
que foram traduzidos em práticas educativas nas aulas. É necessário ter bem
definido o objetivo a ser alcançado e utilizar instrumentos adequados à realidade
do aluno para que se tenha sucesso no diagnóstico. Os dados coletados devem
refletir o exato momento em que se encontra o aprendizado do educando, pois
somente assim o professor poderá elaborar um trabalho eficiente e direcionado ao
aluno”. (www.luckesi.com.br/artigosavaliacao.htm)
Com os dados refletindo o exato momento em que se encontra o aprendizado
do aluno, o professor poderá elaborar um trabalho direcionado a ele e saber se é
satisfatório ou não e qual caminho a ser trilhado para a sua prática no decorrer do
ano letivo. Portanto, o método avaliativo deve ser em Filosofia, investigativo e
diário, para que possam, aluno e professor, contribuir para a qualidade do ensino.
Esta investigação não deve pautar-se apenas no conhecimento dos conteúdos,
mas no vivenciar do aluno, inclusive em sociedade, isto é, fora dos muros do
colégio. É no contato com o outro que se percebe se o aprendizado foi
fundamental para o crescimento do aluno percebendo-se como foram
processadas as informações recebidas e trabalhadas. No entanto, os conteúdos
didáticos, em Filosofia, são igualmente importantes, enquanto parâmetros de
comparação uma vez que para se filosofar há que se compreender a filosofia em
seu caminhar histórico.
A avaliação em Filosofia tem por objetivos o homem como um todo e para que
isso ocorra deve incorporar o homem como igual e não pensar a inclusão como
uma imposição legal, mas como uma disposição necessária para os que não a
praticam; entender-se como parte de um todo onde, nem todos são atingidos pela
igualdade e responder com responsabilidade aos eventuais desajustes
promovidos pela sociedade dela participando como fator de mudança; fazer-se
voz equilibrada frente aos conflitos buscando, na reflexão o entendimento que
justifique o impasse instaurado.
Para que esses procedimentos se efetivem positivamente é necessário que o
aluno, introjectado de conceitos absorvidos natural e muitas vezes inconsciente
arme-se do já conhecido e o promova em favor de todos. Os conceitos de Ética,
neste caso, prevalecerão.
A avaliação em Filosofia primará pela evolução do pensamento a ser
observado, como já mencionado, pelas ações “a priori” e “posteriori” do aluno
quando convidado a relatar por escrito ou verbalmente sobre um fato existente
seja na forma de elaboração ou interpretação de textos, comentários sobre
apresentação de peças teatrais, filmes, músicas, informações jornalísticas ou
sobre a intencionalidade de oradores de temas diversos, priorizando em todos os
casos a percepção da realidade em seu entorno.
A avaliação constante deve ser do conhecimento do aluno porque se
perceberá enquanto sujeito de uma ação e promoverá a transformação de seu
entorno. Apenas a avaliação normativa não significa que o aluno tenha
compreendido os conceitos com os quais vai trabalhar, e, sim que reproduziram
um conceito memorizado e que será esquecido por não fazer parte de seu
cotidiano. A memorização ou “decoreba” não exige raciocínio, mas, muitas vezes,
atinge o objetivo de vencer uma etapa de estudo, mas não de formação de vida.
E, a isto, a Filosofia não se presta e a própria História da Filosofia, assim o
demonstra.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V;
Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo
na própria classe aos alunos que com suas perguntas,
indicam ao professor se aprenderam ou não.
Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra
oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das
provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria
o bastante, se bem feito, para ter a validade como
processo de recuperação que refletiria de imediato, na
próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Educação
Física, e ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu
trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO MÉDIO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A QUESTÃO DO
FILOSOFAR
ConceitosOrigem da palavra filosofiaFilosofia e ideologiaFunção da Filosofia
FILOSOFIA
MITO
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
TEORIAS DO CONHECIMENTO
A VERDADE
O MÉTODO
A LÓGICA
Significado e função do Mito e suas contradições - Mitologia na visão do mundo antigo - As religiões e seus pensamentos antagônicos entre razão e fé nos séc. XX e XXI –O mito e a realidade - O fanatismo - As explicações mitológicas e cosmológicas do surgimento da Filosofia
Grécia, China, África, Oriente Médio - A natureza – O átomo – O pensar da antiguidade nos séc. XX e XXI – A mutabilidade de Heráclito – A Ironia de Sócrates – A alma em Platão – A lógica em Aristóteles – Os pós-socráticos – Hedonismo e Epicurismo
Ciência e Filosofia – A questão do conhecimento em Sócrates, Platão e Aristóteles - O conhecimento na idade Média: Patrística e Escolástica - O Empirismo e o Racionalismo na Idade Moderna - A teoria do conhecimento nos séculos XX e XXI – A Lógica - O raciocínio Indutivo e Dedutivo – Homem, enquanto ser racional – Cultura, Trabalho, História e Linguagem.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ÉTICA
POLÍTICA
MORAL E
ÉTICA
MUNDO DOSVALORES
LIBERDADE
SENSAÇÕES
ADOLESCÊNCIA
TEORIAS POLÍTICAS
CIDADANIA
O juízo moral - ConceitosConsciência e responsabilidade Moral - Virtudes e Vícios
Valores e Contra valores – Valores materiais e espirituais – Valores Sociais Igualdade na Diversidade – Nietzsche e os Valores – A transvalorização de todos os valores. Os valores dos séculos XX e XXI – O ser e o ter.
Determinismo, liberdade e causalidade – O livre-arbítrio – O questionamento da liberdade enquanto utopia. A liberdade vigiada dos regimes totalitários – A liberdade da democracia e a obrigatoriedade de escolha – A não opção. O amor e a paixão em Filosofia – Os tipos de amor – O amor Platônico – O Narcisismo – A Amizade – Os amores nos séc. XX e XXI. A reflexão sobre os desvios sensoriais – Os prazeres – As substituições dos prazeres – A dor dos prazeres.
O ser adolescente – A adolescência como suposta idade da incerteza – O despertar da sexualidade – As compensações e as perdas – A questão dos gêneros – os preconceitos e a vulgaridade – A substituição de valores
Política e de Poder – A visão de Estado – A política no mundo antigo e no Mundo Medieval – Das regras universais de Platão às divisões da política em Aristóteles –Democracia - Tirania–Teocracia da Idade Média em Santo Agostinho e Tomás de Aquino. A arte de conquistar e manter o poder em Maquiavel – Os contratualistas – O Homem enquanto ameaça do próprio Homem em Thomas Hobbes – O Contrato Social em Jean-Jacques Rousseau – O Pensamento Liberal de Adam Smith – Os anarquistas – As teorias socialistas – O império do capitalismo – O conceito marxista de Estado – O Neoliberalismo
A participação política – a intencionalidade política – O uso de projetos sociais como
formas de manutenção de poder – O poder do voto – O analfabeto político – Os movimentos sociais e de classe. A indiferença e o fatalismo – Um homem incomum: Gandhi.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CIENCIA
ATITUDE CIENTÍFICA
CONCEPÇÕES DA CIÊNCIA
AS MUDANÇAS CIENTÍFICAS
O HOMEM COMO OBJETO DE
INVESTIGAÇÂO
O IDEAL DE BELEZA NA ANTIGUIDADE
“A “raça” ou etnia” - A Família - A atitude científica – o senso comum – O “Creacionismo” (criatura e não criação) versus Evolucionismo. A saturação dos dogmas.
Concepção racionalista, empirista e construtivista – As diferenças entre a ciência antiga e a ciência clássica ou moderna – O saber técnico empirista – O saber teórico da tecnologia – A inseparabilidade da técnica com a tecnologia nos séc. XX e XXI – As mudanças científicas. A observação cientifica – A dúvida metódica – A fenomenologia – O absolutismo
De Aristóteles à Física QuânticaO significado de Evoluir e o Significado de Progredir – As rupturas epistemológicas – As revoluções científicas: o Taylorismo – A reelaboração científica em seus conceitos e a valorização de suas teorias – A classificação das ciências de acordo com o objeto estudado.
Os fenômenos humanos nos períodos humanistas, positivistas, historicista e suas interpretações relativistas e dentro da Filosofia da História – Fenomenologia, estruturalismo e marxismo. Os campos das ciências humanas.
Verdade e perfeição – Conceito de Belo é inato no homem – A beleza em Platão e Aristóteles – Beleza helenística: Corpo e Sensações -
ESTÉTICA
ESTÉTICA
OS CAMPOS ACADÊMICOS DA
BELEZA
FILOSOFIA DA ARTE
CATEGORIAS ESTÉTICAS
ESTÉTICA E SOCIEDADE
Identificação de Deus com a beleza, o bem e a verdade – na Idade Média.
Concepção elitista do belo através da arte; A globalização do conceito de belo - O gosto - O estabelecimento de regras e padrões para apreciação da arte; O Iluminismo e a subjetividade do belo – O Período Neoclássico – A Arte – De Platão a Oscar Niemeyer
O academismo de Courbet, Monet, Manet, Cézanne ou Van Gogh - O juízo subjetivo da Arte em Immanuel Kant - Fichter, Schiller, Schelling, Hegel e Goethe ideal comum pela criação e pela obra de arte em geral, dando ênfase à poesia. - O Absolutismo na arte – O poder do artista – Os realistas e os problemas sociais - A arte nas mais variadas culturas – O sagrado enquanto arte.
O Belo, o feio e o falso – O Ornamento – O sublime e o Pitoresco – A estatuária grega e o culto ao corpo.
A postura social – A arte de fingir - As transformações das categorias estéticas – As perspectivas das imagens e suas técnicas de reprodução – A deformidade da arte ou a Arte de Salvado Dali – Propagandas Subliminares – A arte do convencimento – Cinema: a magia, o sonho e a realidade – A mão criadora – A interpretação pessoal e livre da arte do som – A música e suas provocações -
5.2. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1º ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURANTES BÁSICOS
FILOSOFIA
A QUESTÃO DO
FILOSOFAR
MITO
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
TEORIAS DO CONHECIMENTO
A VERDADE
O MÉTODO
A LÓGICA
ConceitosOrigem da palavra filosofiaFilosofia e ideologiaFunção da Filosofia
Significado e função do Mito e suas contradições - Mitologia na visão do mundo antigo - As religiões e seus pensamentos antagônicos entre razão e fé nos séc. XX e XXI –O mito e a realidade - O fanatismo - As explicações mitológicas e cosmológicas do surgimento da Filosofia
Grécia, China, África, Oriente Médio - A natureza – O átomo – O pensar da antiguidade nos séc. XX e XXI – A mutabilidade de Heráclito – A Ironia de Sócrates – A alma em Platão – A lógica em Aristóteles – Os pós-socráticos – Hedonismo e Epicurismo
Ciência e Filosofia – A questão do conhecimento em Sócrates, Platão e Aristóteles - O conhecimento na idade Média: Patrística e Escolástica - O Empirismo e o Racionalismo na Idade Moderna - A teoria do conhecimento nos séculos XX e XXI – A Lógica - O raciocínio Indutivo e Dedutivo – Homem, enquanto ser racional – Cultura, Trabalho, História e Linguagem.
6. REFERÊNCIAS E FONTES BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL – Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.
BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, 1946.
BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.
BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nr. 9394 –
20/12/1996, Lei nr. 4024 – 20/12/1961, Lei nr. 9394 – 20/12/1996, Lei nr. 9475 –
22/07/1997.
PARANÁ – Currículo para Educação Básica e as Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino – FILOSOFIA,
Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Deliberação 007/99 – Sobre Avaliação/ 2008
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ARISTÓTELES. Dos Argumentos Sofísticos. São Paulo, VICTOR CIVITA, 1993.
BOSSUET, Jacques. In: R. Jolivet. Introdução à filosofia. São Paulo, Saraiva, 1992.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é o método Paulo Freire. 17ª ed. São Paulo:
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CAMARGO, Marculino. Fundamentos da ética geral e profissional. 3. ed. Petrópolis:
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CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
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FREIRE, Paulo & SHOR, Ira. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Trad.
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ROUSSEAU, J. J. O contrato social. São Paulo, Saraiva, 1975.
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TERRA, Ricardo R. A distinção entre direito e ética na Filosofia Kantiana. In: PEREZ,
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VÁSQUES, Adolfo Sanchez. Ética. Rio de Janeiro, Civilização, 1982.
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FÍSICA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O aprendizado da Física contribui como parte de um conjunto mais amplo de
qualidades humanas, para a compreensão do mundo natural e transformado, para o
desenvolvimento de instrumentos, como sentido prático e analítico para a cidadania e
a vida profissional.
A Física também contribui para a formação de uma cultura científica efetiva,
permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais,
redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como
atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações, possibilitando ao
aluno desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu
papel na sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um
diálogo com temas do cotidiano que se articula com outras áreas do
conhecimento.
Portanto, o ensino da Física terá significado real quando a aprendizagem partir
de ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, privilegiando a
interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, tornando-o articulado e
dinâmico.
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento
não ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por fatores
externos. O ensino da Física, em particular, deve acompanhar o contexto do
momento em que vivemos.
O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como
atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações. Não é objetivo da
Física apenas transmitir conhecimentos, mas também possibilitar a formação crítica,
valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações
históricas. Isso ocorre quando o aluno consegue desenvolver suas próprias
potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade, compreender as
etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas do cotidiano que se
articula com outras áreas do conhecimento.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de
ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida.
Portanto, os fenômenos físicos devem ser apresentados de modo prático e vivencial,
privilegiando a interdisciplinaridade.
Assim, objeto de estudo desta ciência - o Universo - sua evolução, suas
transformações e as interações que nele ocorrem, se constituem em três campos de
estudo da Física e completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX:
• A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton na obra: Pilosophiae
naturalis principia mathematica (os Principia);
• A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,
Kelvin, Helmholtz e outros;
• O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de
homens como Ampére e Faraday.
3. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Entender a Física como uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais:- Trabalhar a Física além da matemática aplicada construindo os conceitos físicos através da compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.- Permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, dando ênfase aos aspectos conceituais. - Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, para dar início ao processo de ensino sendo que estes influenciam a aprendizagem dos conceitos do ponto de vista científico.-Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações históricas.
-Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em transformação.
3 - METODOLOGIAS DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico está ancorado nos pressupostos pedagógicos da contextualização e interdisciplinaridade.
Para que esta proposta se viabiliza de forma eficaz, faz-se necessário à
incorporação de aspectos da história da ciência, e particularmente, da Física e de
forma imprescindível das atividades de laboratório. A história da ciência e da Física
possibilita a compreensão da evolução dos conceitos físicos mediante estudos que
contemplam aspectos sociais, políticos e culturais de uma época. Além de mostrar
que a produção da ciência foi feita por pessoas comuns que foram desafiadas a
compreender certos fenômenos, levando às vezes, toda uma vida, destacando a
contribuição de afrodescendentes para o conhecimento científico e tecnológico
universal.
Os conteúdos serão desenvolvidos utilizando-se dos recursos tecnológicos
como:
- Computador, vídeo, retro projetor, filmadora e máquina fotográfica para
desenvolver trabalhos;
- Internet para pesquisa sobre conteúdos trabalhados, testes on-line, debates
em fóruns e atualização;
- Os programas Word, Power Point, Excel serão utilizados para pesquisa,
trabalhos e organização de seminários, elaboração de planilhas, assim como a
utilização da TV Pen Drive;
- Os softwares educativos servirão para pesquisa, trabalhos, debates, testes e
elaboração de aulas com uso de softwares de autoria;
- Ao ministrar os conteúdos, o professor deverá levar em consideração as
características principais dos estudantes na aprendizagem de cada turma e em
casos especiais à característica individual.
O professor deve sempre ter como ponto de partida o conhecimento prévio dos
alunos, suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos e que esse
conhecimento deve ser problematizado. Por isso a Resolução de problemas pode e
deve ser incluída no processo de ensino-aprendizagem, (entende-se por resolução
de problemas o uso de problemas matemáticos na física) e deverão ser usados para
ajudar na compreensão de um conceito, permitindo que o aluno extrapole a simples
substituição de valores e elabore novas hipóteses além das solicitadas pelo
exercício. Nesse aspecto, da matematização da física, a aula não deve ser na
totalidade ou quase toda para cálculos, deixando de lado a compreensão dos
fenômenos físicos, o que é de fato o objetivo da disciplina. Mesmo quando se
trabalhar com substituição de valor numérico, deve-se trabalhar primeiro com uma
expressão matemática literal.
Os Modelos Científicos ajudam no conhecimento científico. São construções
humanas para que se entendam melhor os fenômenos da natureza. Na disciplina de
física o conhecimento científico pode e deve ser tratado por meio de modelos, logo,
cabe ao professor a tarefa de conhecer muito bem o modelo e saber em que
situação estes modelos são válidos.
Na Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, O trabalho do professor é de ser um mediador, responsável por
apresentar problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução. O professor
pode adotar procedimentos simples, mas que exijam a participação efetiva do aluno.
O ensino de Física na Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais
do Ensino Fundamental, o aluno precisa estar em sintonia com o objetivo maior da
educação, que é o da formação de um cidadão crítico, autônomo, capaz de se
relacionar com qualidade na dinâmica social em que está inserido.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas
relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e
o adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverão ser considerados no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre o
processo de ensino-aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno
sobre seu desempenho na Física, mas também o professor sobre sua prática
pedagógica em sala de aula. Desse modo, a avaliação deve subsidiar o trabalho
pedagógico, redimensionando o processo ensino-aprendizagem, sempre que
necessário.
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada
estudante, com destaque para os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na
Deliberação O7/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. l, art. 8e, a avaliação
almeja: o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve levar
em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua
participação nas atividades realizada.
A avaliação deve ser vista como um instrumento dinâmico de
acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor. Diante disso,
não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita limitando seus meios e
estratégias de demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em que o aluno e
frequentemente solicitado a participar e criar, uma prova não é suficiente para
sintetizar o que ele aprendeu e viveu. Logo, é necessário repensar os instrumentos
de avaliação, bem como definir seus objetivos, que devem envolver mais
amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho
cognitivo como as atitudes do aluno serão avaliados. Pode-se afirmar que é elemento significativo do processo ensino-
aprendizagem, envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do
aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a
avaliação vai além de simplesmente quantificar os resultados de um processo ao
término de um período.
Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que
acompanhados de orientação sobre como pode e deve agir para aperfeiçoar seu
desempenho e progredir no aprendizado de Física.
Instrumentos de avaliação:
- Avaliações escritas.
- Trabalhos em grupo e/ou individual, em sala de aula (ou laboratório) e/ou fora dela.
- Estrutura e organização dos conteúdos no caderno, assim como tarefas.
- Atividades propostas em sala de aula e também no laboratório.
Critérios de avaliação:
- Conhecer fontes de informações, sabendo interpretar notícias científicas.
- Conhecer e compreender conceitos e procedimentos apresentados.
- Capacidade de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano.
- Desenvolvimento do raciocínio para analise e execução de atividades.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente. "a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na
própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Física, e ao
professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar
continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
ENSINO MÉDIO:
1ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Movimento Momentum e inércia, 1a
Lei de Newton.
Velocidade, massa, espaço, intervalo de tempo, referencial, espaço e tempo relativísticos.
Movimento Gravitação
Sistema Geocêntrico e Heliocêntrico, Leis de Kepler, Massa inercial e massa gravitacional. Lei da gravitação universal.
MovimentoConservação da
quantidade de movimento e a 3ª Lei de Newton
Conceito da quantidade de movimento, Princípio da Conservação da Quantidade de movimento (PCQM), Colisões: Conservação da quantidade de movimento nas colisões – colisões diretas e obliquas, elásticas e inelásticas,
MovimentoVariação da quantidade de
movimentoConceito de força, forças internas e
externas. internas e externas
MovimentoVariação da quantidade de
movimento Impulso
Força, impulso e intervalo de tempo, aceleração; formulação da 2a Lei de Newton.
Movimento Condições de equilíbrioCentro de gravidade; Equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico; Translação e rotação,
Movimento 1a Lei de Newton
Lei de Hooke Princípio da Inércia e Quantidade de
movimento - Primeira lei de Newton.
Movimento Terceira Lei de Newton Terceira Lei de Newton Tipos de força: força normal, força de atrito, aceleração da gravidade, força peso
MovimentoSegunda Lei de Newton
movimentos circulares: força e aceleração centrípetas.
Movimento Leis de Newton Leis de Newton, forças diversas, velocidade, aceleração,
Movimento
Energia e o Princípio da Conservação de Energia
Trabalho e energia cinética, potência;Energia potencial, gravitacional e elástica.
Forças dissipativas e conservativas, conservação de energia mecânica. Relação massa energia.
Movimento Inércia de rotação Quantidade de movimento angular (momento angular) Velocidade e frequência angulares.
Movimento Variação do momento angular - Torque. Torque, torque e aceleração
angular. Leis da rotação.
Movimento Gravitação Gravitação de Einstein - Teoria da Relatividade Geral; buraco negro.
2ª ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
TermodinâmicaMovimento
Energia e o Principio da Conservação
1a Lei da Termodinâmica
Trabalho e transformações gasosas, teoria cinética dos gazes – gazes ideais, pressão influídos, empuxo, lei de Joule, maquinas térmicas, ciclo de Camot.
TermodinâmicaMovimento
1a Lei da Termodinâmica2a Lei da Termodinâmica
Calorimetria, expansão térmica, Mudança de estado, Transmissão de calor, entropia.
Termodinâmica Lei Zero da Termodinâmica Calor , temperatura, termometria, energia interna
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
EletromagnetismoCarga e corrente
elétricaCarga elétrica, eletrização, força eletroestática, conservação e quantização da carga, Lei de Coulomb, intensidade da corrente elétrica, resistência, geradores, receptores e capacitores.
Eletromagnetismo Força eletromagnética Campo magnético, força magnética, força eletromagnética
Eletromagnetismo Campo elétricoCampo elétrico, linhas de força, diferença de potencial em um campo elétrico
Eletromagnetismo Equações de Maxwell
Indução eletromagnética, Orsted, Faraday, fluxo magnético, Lenz, campo elétrico induzido, ondas eletromagnéticas,
Eletromagnetismo Energia e o Princípio da Conservação da
energia
EletromagnetismoA natureza da luz e suas propriedades
Propriedades da luz partícula e da luz onda, reflexão, refração, difração, Ondas eletromagnéticas
MovimentoTermodinâmica
EletromagnetismoInterações
Dualidade onda-partícula, Efeito fotoelétrico, efeito Doppler
6 - REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Física. Curitiba: SEED-PR, 2008.
MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. Física, de olho no mundo do trabalho. Volume Único. São Paulo: Editora Scipione, 2003.
PARANÁ, Djalma N. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, l999.
CHIQUETTO, Marcos J. Aprendendo Física. Volume 1-2-3. São Paulo: Editora Scipione, l993.
VÁRIOS AUTORES. Física - Ensino Médio. Volume Único - Curitiba: SEED-PR,
2006.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Na história da humanidade foi de extrema importância o conhecimento da
natureza, utilizando-se da observação da dinâmica de funcionamento dos fatores
climáticos. O conhecimento do funcionamento dos aspectos físicos fez com que às
sociedades se relacionassem com a Natureza e assim passaram a modificá-las em
beneficio próprio.
Com o domínio de novas terras e a possibilidade de novas conquistas, a
relação Sociedade - Natureza passou a serem descritiva sendo essa característica
utilizada para organizações políticas e econômicas.
Nas primeiras formas de organização de grupos humanos os coletores, na
Antiguidade Oriental, na Antiguidade Clássica, na Idade Média, até o século XVI, o
conhecimento geográfico do ambiente físico, tanto descritivo quanto filosófico da
Geografia utilizou-se de observação, mas muitas vezes esses conhecimentos eram
especulativos deixando a comprovação ou registro do fato de lado.
A partir do século XVI a descrição do ambiente tinha um caráter cientifico de
descrever e representar detalhadamente alguns elementos do espaço (rios,
montanhas, etc.), um passo bastante importante para a Geografia foi descrever as
relações Homem - Natureza, cabendo não apenas a descrição física, mas também a
relação do Homem com o ambiente e com outros grupos da sociedade.
As relações humanas como formas de poder, organização do Estado,
crescimento populacional passou importante nas discussões sobre Geografia.
As pesquisas em Geografia só foram legitimadas a partir do século XVII, a qual
se utilizava do método indutivo experimental como método cientifico.
Devido aos interesses do capitalismo os europeus organizaram expedições
para catalogar e inventariar criteriosamente as riquezas do Continente Africano,
Asiático e da América do Sul. As pesquisas subsidiaram o surgimento das escolas
nacionais de pensamento geográfico, sendo destaque: a Alemã e a Francesa.
Tabela 1
Escola Nacional do Pensamento Geográfico
Precursor Ideia Principal
Alemã Humboldt (1769 – 1859);Ritter (1779 - 1859);Ratzel (1844 - 1904);
Geografia sistematizada,
institucionalizada e considerada
científica.
As condições naturais do meio em que vivia determinado povo estabeleciam uma relação direta com o seu nível de vida, seu domínio técnico e sua forma de organização social.
Francesa Vidal de La Blache Sociedade – Natureza cria um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade.
Pesquisa etnográfica da individualidade dos lugares.
O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento fundamental para o progresso humano.
A Geografia Clássica criou princípios, regras de procedimento que balizavam
o método:
- Princípio da unidade terrestre: terra como um todo, compreendida numa
visão de conjunto;
- Princípio da individualidade: características próprias de cada lugar se
reproduzem em outro lugar;
- Princípio da atividade: a natureza é dinâmica e esta em constante atividade;
- Princípio da conexão: pressupõe a inter-relação entre todos os elementos da
superfície terrestre;
- Princípio da comparação: condiciona a compreensão dos lugares à
contraposição das características individuais de cada um deles;
- Princípio da extensão: todo fenômeno manifesta-se numa porção variável do
planeta;
- Princípio da localização: todo fenômeno é passível de ser delimitado.
Na Geografia tradicional o método geográfico tinha um caráter simples de
descrição trabalhou com o visível e não com o conceitual. Valorizava a abordagem
enciclopédica e fragmentada dos conteúdos e sua intensa memorização.
No Brasil as ideais geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro
no século XIX. Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos também tinha
como objetivo enfatizar a descrição do território, sua dimensão e suas belezas
naturais.
A partir da década de 30, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender
e descrever o território brasileiro com o objetivo de servir aos interesses políticos do
Estado (exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e das políticas
sociais). Essa concepção não estava restrita ao ensino de Geografia, mas refletia a
concepção mais ampla que dominava todo o desenvolvimento e a abordagem de
conhecimentos na escola.
A partir do século XX os confrontos entre teóricos e ideológicos entre o
capitalismo e socialismo, entre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento,
estimularam leituras críticas às quais interferiram no pensamento geográfico.
As várias mudanças no contexto global fizeram com que a abordagem teórica
conceitual chegasse ao ensino de forma significativa contrapondo-se radicalmente
ao método da Geografia Tradicional, uma analise crítica do espaço geográfico,
denominada de Geografia Crítica.
Depois do golpe de 64 ocorreram várias transformações no ensino,
principalmente nas disciplinas das ciências humanas. Os conteúdos de Geografia e
História foram reunidos e empobrecidos tornando-se Estudos Sociais.
Em 1983 iniciou-se um movimento para o desmembramento de Estudos
Sociais para Geografia e História, o qual resultou o Parecer N. 332/84 do Conselho
Estadual de Educação, permitindo que cada escola pudesse optar por ensinar
Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e Historia separadamente.
A Geografia Crítica em seus fundamentos teórico-metodológicos deu novas
interpretações ao quadro conceitual de referencia e ao objeto de estudo, valorizou os
aspectos históricos e análise dos processos econômicos, sociais e políticos
constitutivos do espaço geográfico, utilizando, para isso, o método dialético.
Método dialético: totalidade, contradição, aparência/essência e historicidade.
Segundo Santos (1985) o espaço pode ser entendido como um produto social
em permanente transformação, os objetos geográficos assumem novas funções.
No Paraná a Geografia Crítica começou a partir da década de 80 e em 1990 a
Secretaria de Estado da Educação, publicou o Currículo Básico para a Escola
Pública do Paraná. Para o Ensino de Geografia baseava-se na compreensão do
espaço geográfico como social produzido e reproduzido pela sociedade humana.
No PCN de Geografia, as criticas recaíram no pensamento Tradicional e
Crítica, ambas foram acusadas de negligenciadas na dimensão sensível de perceber
o mundo, e a Geografia Critica de enfatizar a economia e de fazer política militante.
Discussões sobre cultura (Geografia Cultura) e ambiente (Geografia
Socioambiental), foram abordadas de várias perspectivas teórica, das descritivas as
críticas. Porém a ênfase na abordagem dos temas transversais diminuiu a
importância, nos PCN, das especificidades das disciplinas como campos do
conhecimento.
Assim houve a retomada dos estudos das disciplinas de formação dos
professores, de modo que este seja estimulado a desempenhar também papel de
pensador e pesquisador, participando de grupos de estudos, simpósio de Geografia,
pesquisando e produzindo nos projetos de formação continuada. Restabelecendo as
relações entre o objeto de estudo da disciplina e os conteúdos a serem abordados.
A Geografia comprometida com o cidadão deve ensinar o ato de pesquisar,
pois, ao trabalhar com a realidade, o aluno vai perceber os motivos humanos nos
estudos das informações e que compreender o todo é mais importante que saber
tudo.
A instrução n. 04/2005 da SEED/SUED suprimiu as várias disciplinas criadas
pelas políticas anteriores. As Diretrizes Orientadoras da Educação para rede Estadual
de Ensino se apresentam como documento norteador para um repensar da prática
pedagógica dos professores de Geografia, a partir de questões epistemológicas,
teóricas e metodológicas que estimulam a reflexão sobre essa disciplina.
Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem
como reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos
fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual período
histórico.
A compreensão do objeto de estudo de Geografia o espaço geográfico e os
conceitos básicos como lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade,
dependem do fundamento teórico a que se vinculam, refletem posições filosóficas e
políticas distintas.
Devido a vários geógrafos nos esforços para conceituar, entender e agir sobre
o espaço geográfico aprofundaram assim na dicotomia Geografia Física e Geografia
Humana. Permanecendo até hoje em alguns meios na academia e ambientes
escolares.
Nas diretrizes o objeto da Geografia é o espaço geográfico, como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas
de objetos (naturais, culturais e técnicos) e sistemas de ações (relações sociais,
culturais, políticas e econômicas).
Segundo Santos (1996, p.51) o espaço é formado por um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas de objetos e sistemas de
ações (resultam de necessidades, naturais ou criadas), não consideradas
isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá.
O espaço geográfico adotado nas diretrizes é necessário compreender a
intencionalidade dos sujeitos (ações) que levou as escolhas das localizações; os
determinantes históricos, políticos, sociais, culturais e econômicos de tais ações; as
relações que tais ordenamentos espaciais pressupõem nas diferentes escalas
geográficas e as contradições sócio espaciais que o resultado desses ordenamentos
produz.
Ao considerar que a Geografia é uma ciência institucionalizada recentemente (final
do século XIX), o papel do Estado-Nação, principal gestor do espaço geográfico,
foi e ainda tem uma fundamental importância para suas construções e reformulações
teóricoconceituais. A compreensão dos diferentes papéis historicamente vividos pelo
Estado e sua relação com o espaço geográfico estabelecem relações político-
territoriais nos conceitos de paisagem, região e território.
1.1. Paisagem O domínio do visível, aquilo que a vista abarca, não se auto explicam, pois
fazem parte de uma totalidade sócio espacial determinada por interesses econômicos
e políticos, definidos por relações internacionais.
1.2. Lugar
Consideram-se aspectos subjetivos (afetivo), enfatizam-se as potencialidades
políticas dos lugares em suas relações com outros espaços, próximos e/ou
distantes, relação com o processo de globalização.
1.3. Território Ressignificado e associado às relações de poder presentes nas diversas
escalas geográficas, para além da tutela exclusiva do Estado-Nação.
1.4. Sociedade e natureza Consideram esses conceitos se constituíram e reconstituíram diferentes
momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e econômicas
que definem e redefinem maneiras e ritmos de produzir o espaço e elaborar o
pensamento.
A formação de um aluno segundo as Diretrizes, consciente das relações
sócio espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro
conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos
conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de
um determinado espaço.
Os conteúdos elencados nesta disciplina serão norteadores para as disciplinas do
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Profissionalizante na modalidade
Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
pois atendem as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a
Rede Estadual de Ensino que são únicas para o Ensino Médio e Ensino
Profissionalizante.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
*Ler e interpretar criticamente o espaço;
*Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades
Humanas;
* Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território a
partir do espaço geográfico;
* Perceber as relações econômicas, políticas, sociais que envolvem o mundo
globalizado;
* Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual os
processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos
contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em
profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço compreendendo e
aplicando no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nas diretrizes está proposto que a metodologia de ensino deve permitir que os
alunos se apropriem dos conceitos fundamentais de Geografia e compreendam o
processo de produção e transformação do espaço de Geografia. Sendo trabalhada
de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos
alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos neste documento.
A intervenção intencional própria do ato docente levará a apropriação e
construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico, com
planejamento e avaliação dos conteúdos. "... sugiro que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa, tendo como objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento, estimulando o raciocínio, a reflexão e a crítica onde o aluno se torne sujeito do seu processo de aprendizagem." Vasconcelos (1993)
A contextualização do conteúdo também é um pressuposto metodológico em é
possível construir o conhecimento, possibilitando relacionar com o contexto do
aluno, e situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas,
culturais, nas diversas escalas geográficas.
A finalidade do ensino de Geografia possa contribuir para a formação de um
sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
Temáticas sobre a cultura e a história afro-brasileira e indígena e também
Educação Ambiental pode ser por meio de textos, imagens, mapas e maquetes que
tragam conhecimentos sobre: a questão político-econômica da distribuição espacial
da população afrodescendente e indígena no Brasil e no mundo.
Importante ressaltar na Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais
do Ensino Fundamental. a importância do papel do professor, enquanto pesquisador,
na formação de futuros pesquisadores. Essa iniciação pode ocorrer através da
construção e desenvolvimento, em conjunto com os alunos, de projetos que
busquem estimular e ampliar os conteúdos específicos.
Propõe–se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma
crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos aqui propostos.
Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula, o
professor, quando necessário, pode promover aulas de campo, desde aquela ao
redor da escola, até outras de maior distância, pois a compreensão da realidade será
mais completa quanto maior for o contato do aluno com a concretude do real, o que
lhe permitirá perceber a complexidade do mundo. Durante a visita de campo,
sugerem-se alguns passos a serem seguidos, tais como: observação sistemática
orientada; descrição, seleção, ordenação e organização de informações; registro das
informações de forma criativa ( maquetes, desenhos, produção de textos, etc.) No
retorno à sala de aula, o professor deve problematizar os fenômenos estudados
pelos alunos. Estes, por sua vez, devem buscar fontes que expliquem forma e
função da paisagem da área visitada e identificar as transformações que ocorreram
no trajeto percorrido fazendo uma aproximação com a História (relações espaço
temporais).
O Ensino da Geografia deve propiciar a formação de um aluno consciente das
relações sócio – espaciais de seu tempo contribuindo no resgate e construção da
cidadania, na formação intelectual e ética dos jovens e na consciência de sua
dignidade humana, bem como no exercício da prática interdisciplinar banindo os
conteúdos fragmentados e desenvolvendo convicções sócio – políticas e
pedagógicas através do diálogo, projetos escolares e de estudo, dentro de cada
disciplina, com conteúdos que destaquem a relevância social como requisito
indispensável para a compreensão do espaço geográfico como um “conjunto
indissociável solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como um todo”.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas
relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e
o adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária – Decreto nº 1.143/99 deverão ser considerados no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
3.1. Práticas Pedagógicas
Aula de Campo
Analise da área de estudo (urbana ou rural) possibilitando ao aluno diferenciar
paisagem de espaço geográfico, por exemplo. O professor precisa organizar todas
as etapas para seguir essa prática: delimitar o trajeto, objetivos, definir grupo e etc.
Recursos áudio visuais
Problematizar um conteúdo de Geografia e utilizar filmes, trechos de filmes,
programas de reportagem e etc., fundamentando nas categorias de análise do
espaço geográfico.
Cartografia
Utilizada para leitura e interpretação do espaço. A proposta das Diretrizes que
os mapas e seus conteúdos sejam lidos como se fossem textos, passíveis de
interpretação, problematização e análise crítica.
Literatura
Arte possui uma importante dimensão histórica de leitura do espaço
socialmente produzido e se traduz como um instrumento de percepção e
reconhecimento da realidade.
Obras literárias podem ser entendidas como uma representação social
condicionada a certos períodos históricos e utilizadas, como instrumento de análise
e confronto com outros contextos históricos.
4. AVALIAÇÃO
As Diretrizes Orientadoras da Educação para Rede Estadual de Ensino de
Geografia sugere que a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja
formativa, diagnóstica e processual e deve acompanhar a aprendizagem quanto
nortear o trabalho do professor. Alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a
participação dos alunos.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos;
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade, apresentados numa perspectiva crítica. A compreensão do
objeto da Geografia, espaço geográfico;
As categorias de análise da Geografia, as relações Espaço-Temporal, são
fundamentais para a compreensão dos conteúdos;
As realidades locais e paranaenses deverão ser consideradas sempre que
possível. Os conteúdos devem ser especializados e tratados em diferentes escalas
geográficas com uso da linguagem cartográfica-signos, escala e orientação.
A formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações
sócio espaciais para compreensão e intervenção na realidade. Instrumentos avaliativos:
- interpretação e produção de textos de Geografia;
- interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabela e mapas;
- pesquisas bibliográficas;
- relatórios de aula de campo; apresentação e discussão de temas em seminários;
- construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.
Critérios avaliativos:
- Identifique a configuração sócia espacial da América por meio da leitura dos mapas,
gráficos, tabelas e imagens.
- Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos
critérios adotados.
- Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das
paisagens mundiais.
- Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do
Continente Americano.
- Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influencia
política e econômica na regionalização do Continente Americano.
- Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no
continente Americano.
- Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação das
mercadorias, pessoas e informações na economia regional.
- Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas
questões ambientais.
- Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
- Compreenda as inovações produtivas tecnológicas, sua relação com as atividades
industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais.
- Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais.
- Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações
sócias espaciais.
- Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua
distribuição espacial.
- Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos
em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.
- Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos
naturais para a sociedade contemporânea.
- Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no
Continente Americano.
- Aproprie-se dos conceitos de região, sociedade, território, paisagem, natureza e
lugar.
- Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia-mapas, tabela,
gráficos e imagens;
- Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela
ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista;
- Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;
- Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas em sua espacialidade;
- Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de
energia na sociedade industrializada;
- Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais;
- Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias-
primas e a organização espacial;
- Reconheça as influencias das manifestações culturais dos diferentes grupos
étnicos no processo de configuração do espaço geográfico;
- Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a
sua importância estratégica;
- Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância
política, estratégica e econômica;
- Reconheça a influencia dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades
produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população;
- Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional e sua
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo;
-Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde
as indústrias se instalam;
- Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico;
- Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de
transformação do espaço;
- Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário
moderno.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12,
V; Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e
no Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a
recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades
de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Geografia, e
ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou
dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
Formação e transformação
das paisagens naturais e
Planeta Terra;
econômica do
espaço geográfico;
Dimensão política do
espaço geográfico;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico;
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
culturais;
Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de
tecnologias de exploração e
produção;
A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais;
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre campo e a
cidade na sociedade
capitalista;
A transformação
demográfica a distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos da população;
A mobilidade populacional e
as manifestações sócias
espaciais da diversidade
cultural;
As diversas regionalizações
do espaço geográfico;
A Terra no Universo;
Paisagens e o Espaço geográfico;
Os diferentes lugares do nosso dia a
dia;
Elementos naturais e culturais;
Lugar e paisagem;
Orientação e localização na Terra;
A representação no espaço
geográfico;
A importância dos mapas e da
cartografia;
A linguagem dos mapas;
Os movimentos da Terra;
As consequências dos movimentos
da Terra;
Biosfera e as paisagens
geográficas:
- A litosfera;
- O relevo e suas formas;
- A hidrografia:
As águas continentais e
Oceânicas;
Tipos de climas;
Natureza e sociedade;
O espaço da produção;
O trabalho e a transformação do espaço;
Os problemas ambientais.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOSA formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
do território brasileiro;
A dinâmica da natureza e
O território Brasileiro – características
gerais;
- Limites, extensão, posição geográfica;
Formação territorial;
Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
Dimensão política do
espaço geográfico;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico;
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
sua alteração pelo emprego
de tecnologias de exploração
e produção;
As diversas regionalizações
do espaço brasileiro;
As manifestações sócias
espaciais da diversidade
cultural;
A transformação demográfica
a distribuição espacial e os
indicadores estatísticos da
população;
Movimentos migratórios e
suas motivações;
O espaço rural e a
modernização da agricultura;
A formação, o crescimento
das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a
urbanização;
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a (re)
organização do espaço
geográfico;
A circulação de mão-de-obra,
das mercadorias e das
informações.
- Localização no Brasil no continente
americano e na superfície terrestre;
Regionalização do território brasileiro;
População do Brasil;
Pluralidade cultural do povo brasileiro;
Distribuição da população no espaço
geográfico brasileiro;
Movimentos migratórios;
Mudanças sociais;
O uso da terra no Brasil;
Industrialização do Brasil;
Urbanização do Brasil;
Rural e urbano – espaço que se
completam;
Problemas sociais e ambientais;
Região Centro-sul do Brasil:
- aspectos físicos e impactos
ambientais na região e o
desenvolvimento econômico.
Região Nordeste do Brasil:
- aspectos físicos e impactos
ambientais na região e o
desenvolvimento econômico;
Região Norte do Brasil:
-aspecto físicos e impactos
ambientais na região e o
desenvolvimento econômico;
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão
As diversas regionalizações
do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração
dos territórios do continente
Origem e distribuição dos continentes
e oceanos na superfície terrestre;
Sociedade, consumo e questão
ambiental;
Consumo e consumismo;
econômica do
espaço geográfico;
Dimensão política
do espaço
geográfico;
Dimensão cultural
e demográfica do
espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
americano;
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais o
papel do estado;
O comercio em suas
implicações sócias
espaciais;
A circulação da mão-de-
obra, do capital, das
mercadorias e das
informações;
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(re)organização do espaço
geográfico;
As relações entre o campo e
a cidade na sociedade
capitalista;
O espaço rural e a
modernização da agricultura;
A transformação
demográfica a distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos da população;
Os movimentos migratórios
e suas motivações;
As manifestações sócias
espaciais da diversidade
cultural;
A formação, localização,
exploração e utilização dos
recursos naturais.
A crise ambiental contemporânea;
O mundo desigual;
IDH: uma maneira de conhecer o nível
de desenvolvimento de um país;
Crescimento/ desenvolvimento;
Mundo subdesenvolvido;
A dependência econômica;
A dependência tecnológica;
As condições de vida num mundo
subdesenvolvido;
América Latina:
- Colonização e exploração;
- Desenvolvimento econômico;
- Semelhanças e Diferenças internas;
- Influencia dos E.U.A. na América
Latina;
MERCOSUL;
Continente africano:
Quadro Natural;
África Branca;
África Negra;
As causas do Subdesenvolvimento;
O papel da África no mundo
globalizado;
Continente asiático:
Quadro Natural;
Regionalização da Ásia;
Oriente Médio;
Sul da Ásia;
Sudoeste asiático;
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico;A nova ordem mundial;Os territórios supranacionais e o papel do estado;A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;O comercio mundial e as implicações sócias espaciais;A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população;As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural;Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico;A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e produção;O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
Globalização o mundo interligado;Do local ao global: os fenômenos geográficos em diferentes escalas;A expansão das multinacionais e a globalização da economia;A globalização e os avanços tecnológicos no cotidiano das pessoas;O espaço geográfico conectado por rede e fluxos;Os fluxos de mercadorias informações, capitais, pessoas, refugiados no mundo;Globalização, desigualdade e exclusão social;- América Anglo-Saxônica;Quadro Natural;Formação histórica;Economia atual;Europa Ocidental:Quadro natural;Desenvolvimento histórico;Grupo de países;Economia atual;Japão:Quadro Natural;Desenvolvimento econômico;Economia atual;Austrália e Nova Zelândia; Quadro Natural;Desenvolvimento econômico;Economia atual;
5.2 ENSINO MÉDIO
1ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
A formação e transformação das
paisagens;
A formação, localização,
A formação das paisagens naturais, as transformações naturais e as transformações causadas pelas atividades humanas;A exploração primitiva dos recursos
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
exploração e utilização dos recursos naturais;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego
de tecnologias de exploração e produção;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a
(re)organização do espaço geográfico;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial;
A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção
naturais;A exploração moderna dos recursos naturais-Técnicas e Tecnologia;Os sistemas socioeconômicos modernos: capitalismo: origem e fundamentos - socialismo: origem e fundamentos; Os 03 setores da economia: - setor primário; - setor secundário; - setor terciário; A interdependência dos 03 setores da economia na configuração dos municípios;A importância dos meios de transporte e de comunicação;Porto de Paranaguá;Emprego X Tecnologia desemprego estrutural;Nanotecnologia;Futuro do mercado de trabalho.
2ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;
A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população;
Os movimentos migratórios e suas
motivações;
As manifestações sócias espaciais da diversidade
cultural;
As implicações sócias espaciais do processo de
mundialização;
Urbanização consequência do processo de industrialização;Êxodo rural;Revolução Verde;Problemas urbanos;O crescimento da população mundial após a II Guerra Mundial;Teoria Neomaltheriana e Teoria Reformista;A Migração como consequência de pobreza, desemprego, guerras e perseguições;As diversidades culturais e a mundialização;A hegemonia global da cultura da América Anglo-Saxônica;A circulação de mão-de-obra, capital mercadorias, informações e turismo, como consequência dos avanços
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
dos meios de transportes e comunicações.
3ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico;
Dimensão política do
espaço geográfico;
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico;
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
O espaço rural e a
modernização da
agricultura;
As relações entre o
campo e a cidade na
sociedade capitalista;
Formação, mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios;
O comercio e as
implicações sócias
espaciais;
As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais
e o papel do estado.
A indústria subordinou o
campo à cidade;
O espaço rural como extensão
do espaço urbano –
Agroindústria;
As guerras e os conflitos como
principais motivadores de
mudanças de fronteiras;
O Papel do campo – fornecer
alimentos e matérias-primas;
O papel da cidade financiar e
equipar o campo;
O comercio consequência da
interdependência entre os
estados;
Regionalizações naturais –
regionalizações humanas;
Os espaços centro do poder e
os espaços periféricos do
poder;
A formação dos blocos
econômicos.
2.3. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico;
Dimensão política do
espaço geográfico;
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico;
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico
A formação e
transformação das
paisagens;
A formação, localização,
exploração e utilização
dos recursos naturais;
A dinâmica da natureza e
sua alteração pelo
emprego de tecnologias
de exploração e
produção;
A distribuição espacial das
atividades produtivas e a
(re)organização do
espaço geográfico;
O espaço em rede:
produção, transporte e
comunicações na atual
configuração territorial;
A revolução técnico-
cientifico-informacional e
os novos arranjos no
espaço da produção
A formação das paisagens naturais, as
transformações naturais e as
transformações causadas pelas
atividades humanas;
A exploração primitiva dos recursos
naturais;
A exploração moderna dos recursos
naturais-Técnicas e Tecnologia;
Os sistemas socioeconômicos
modernos: capitalismo: origem
e fundamentos
- socialismo: origem
e fundamentos;
Os 03 setores da
economia:
- setor primário;
- setor secundário;
- setor terciário;
A interdependência dos 03
setores da economia na
configuração dos municípios;
A importância dos
meios de transportes
e de comunicação;
Porto de Paranaguá;
Emprego X Tecnologia
desemprego estrutural;
Nanotecnologia;
Futuro do mercado de trabalho.
6. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade: Uma introdução a analise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987. CARLOS, A. F. A. (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,1999.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1988.
_______. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Liberdade - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.
VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E NORMAL
AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - HISTÓRIA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O ensino de História será apresentado levando em consideração as Diretrizes
Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino, que
tem na disciplina de História elemento fundamental para despertar reflexões a
respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o
ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico.
A História passou a existir como disciplina escolar no Brasil com a criação do
Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo período foi criado o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, que instituiu a História como disciplina acadêmica. Desse
período para os dias atuais muito coisa mudou no que se refere à interpretação da
própria História, nos mecanismos de explicação da História e nas teorias que
embasam a História.
No período imperial a narrativa histórica justificava o modelo de nação brasileira,
centrado na História da Europa Ocidental. A branquidade era vista como ideal a ser
perseguido pela nação, o país se debruçou sobre teorias racistas europeias que
tentavam provar a superioridade da “raça” branca. A disciplina de História tinha como
objetivo legitimar os valores da aristocracia e às pessoas comuns era negado o direito
de participação do processo como sujeitos da História.
Este modelo de Ensino de História foi mantido até o início da República. O
Currículo foi alterado no início do século XX, propôs-se que a História do Brasil
passasse a compor a cadeira de História Universal. Nesse novo modelo, o conteúdo
de História do Brasil ficou relegado a segundo, desta forma mantinha-se a produção
do modelo de nação brasileira anterior.
O período histórico que compreende a década de 1930, 1940 e 1950, os
debates giravam em torno da inclusão da disciplina de Estudos Sociais, vários
estudos foram feitos e a proposta se efetivou em alguns estados brasileiros que
serviram como referencia para a posterior instituição dos Estudos Sociais no Ensino
de Primeiro Grau, Lei n. 5.692, de 1971.
Durante o regime militar, o ensino de História apresentava um caráter político,
embasado em fontes oficiais, factual, heróis como sujeitos da História narrada,
exemplos que os jovens deveriam perseguir e jamais contestar. A sociedade
organizada e hierarquizada, nacionalista, sociedade que não abria espaço para um
ensino com análises críticas, tão pouco a contestação do Estado como principal
sujeito da História.
No final da década de 1980 e início da década de 1990, aconteceram os debates
em torno das reformas democráticas na área da educação e consequentemente
questionamentos quanto ao ensino de História e a construção de uma nova proposta
de ensino de História começam se articular. A redemocratização política brasileira
favorecia os debates quanto à proposta de valorização das ações dos sujeitos,
incluindo o estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes e das
temporalidades.
Inúmeras dificuldades surgiram no encaminhamento metodológico, pois o
Currículo Básico indicou o trabalho didático com outras linguagens da História, sem
que houvesse uma formação adequada aos profissionais da educação. Professores
não conseguiram superar a linearidade, a cronologia e a abordagem político-
econômica da disciplina, o que dificultou a introdução da perspectiva cultural no
tratamento dos conteúdos., que permaneceram até 2002. Frente todas as dificuldade
enfrentadas, no ano seguinte iniciou-se uma discussão coletiva envolvendo
professores da rede estadual, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica para o ensino de História.
As Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede
Estadual de Ensino apresentam uma perspectiva inclusiva, consideram a diversidade
cultural e a memória paranaense, contemplam também as demandas sociais sob os
seguintes aspectos:
O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
O cumprimento da Lei n. 11.645/06 que complementa a Lei n. 10.639/03
que inclui no currículo oficial obrigatoriamente Historia e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, bem como História e Cultura dos povos indígenas do
Brasil.
As Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede
Estadual de Ensino apontam como objeto de estudo de História os processos
históricos, isto é, as ações e às relações humanas praticadas ao longo do tempo, as
significações atribuídas pelos sujeitos, sejam elas conscientes ou inconscientemente.
As relações humanas produzidas por essas ações são definidas como estruturas
sócio históricas, ou seja, são formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, de
se relacionar social, cultural e politicamente.
Por que estudar História? As Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação
Básica para a Rede Estadual de Ensino deixam clara a importância da disciplina na
organização o pensamento histórico dos sujeitos. A aula poderá torna-se
verdadeiramente significativa se algumas questões forem observadas. Segundo
Rusén (Apud D.C.p.46) o que tem de mais simples ao mais complexo no dia-a-dia das
pessoas estão organizados em relação ao tempo, temos necessidades de atrelar o
presente com o passado; as finalidades de orientação da prática social retomam as
interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de métodos
historiográficos apresentados; essas finalidades aparecem em formas de narrativas
históricas.
Segundo as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a
Rede Estadual de Ensino, os processos históricos estão articulados em
determinadas relações causais. Os acontecimentos construídos pelas ações e
sentidos humanos, em determinado local e tempo, produzem relações humanas,
que ensejam um espaço de atividade relativo aos acontecimentos históricos. Isso
ocorre de forma não linear, em relações que produzem outras relações, as quais
constroem novas ações.
A História tem como objetivo a busca da superação das carências humanas,
fundamentada por meio de um conhecimento construído por
interpretações históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que
diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e
projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um
pensamento histórico a partir da produção de conhecimento. É bom que se diga que
esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.
Nestas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede
Estadual de Ensino, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de
História que fará parte do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Formação de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental:
Relações de Trabalho: Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres
humanos estabelecem entre si e com a natureza, seja no que se refere à produção
material como à produção simbólica. As relações de trabalho permitem diversas
formas de organização social. No mundo capitalista, o trabalho assumiu
historicamente um estatuto muito específico, qual seja do emprego assalariado.
Para entender como se formou este modelo e seus desdobramentos, faz-se
necessário analisar alguns aspectos das Relações de Trabalho.
Relações de Poder: Pode-se definir poder como "a capacidade ou
possibilidade de agir ou de produzir efeitos" e "pode ser referida a indivíduos e a
grupos humanos" (BOBBIO in BOBBIO et. al., 2000, p. 993). O poder não apresenta
forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações sociais e
ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete;
portanto, o que existe são as relações de poder. O estudo das relações de poder
geralmente remete à ideia de poder político. Entretanto, elas não se limitam
somente ao âmbito político, mas também nas relações de trabalho e cultura.
Relações Culturais: Ao se propor as relações culturais como um dos
Conteúdos Estruturantes para o estudo da História entendem-se a cultura como
aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram à sua realidade para explicar o mundo. O conceito de cultura é
polissêmico, tal a quantidade de contribuições e reinterpretações articuladas com as
ciências sociais, ao longo dos séculos XIX e XX, as quais ampliaram e permitiram
mudar um campo que se preocupava de modo exclusivo com a cultura das elites.
Faz- se necessário lembrar como precursores de uma História cultural, no século
XIX, os escritos de Burckhardt e Huizinga. Com as mudanças ocorridas nos últimos
trinta anos, os modelos de explicação do passado têm sido questionados. Essa crise
dos paradigmas explicativos ocasionou rupturas profundas na História e permitiu a
inclusão de diferentes propostas e abordagens que incluíam a cultura como ponto de
partida para a análise histórica.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Despertar o senso crítico, desenvolvendo a percepção diante das mudanças e
permanências no processo histórico, buscando entender que as relações de
trabalho, de poder e culturais, articulam-se e constituem o processo histórico;
Compreender como se encontram as relações de trabalho no mundo
contemporâneo, como esta se configurou e como o mundo do trabalho se constituiu
em diferentes períodos históricos;
Perceber que as relações de poder encontram-se em todos os espaços sociais e
constituem-se;
Entender como se constituíram as experiências sociais dos sujeitos ao longo do
tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes
sociais.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No que se refere à disciplina de História, as Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de Ensino, para os anos
finais do Ensino Fundamental orientam para que os conteúdos temáticos priorizem a
História local e do Brasil, estabelecendo relações com a história mundial e, com
outros contextos e espaços (África, América, Ásia e Europa). Para o Ensino Médio e
Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
a proposta é trabalhar com temas históricos, que terão como finalidade a discussão
de temas e problemas vivenciados a nível municipal, estadual, nacional e mundial.
As discussões de temas reais ou de hipótese levantada terão como finalidade a
solução dos mesmos.
As discussões deverão partir de uma problematização da História,
relacionando ao cotidiano dos alunos, buscando nos conteúdos históricos a reflexão
sobre a História acontecida em diversos momentos e espaços, em confronto com a
História que estamos construindo hoje. Oferecendo assim, uma compreensão mais
ampla a respeito dos processos históricos, a fim de que tenham a possibilidade de
fazer escolhas conscientes e mais justas sobre a sociedade.
O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e
específicos terá como fim a formação do pensamento históricos dos estudantes. Isso
se dará quando o trabalho em sala e nas atividades extraclasses, os métodos de
investigação histórica articulada pelas narrativas históricas desses sujeitos. Dessa
forma os alunos terão consciência que a História está narrada em diversas fontes
tais como: na fala de antigos moradores de suas comunidades, em relatos orais de
comunidades indígenas que não conhecem a escrita, nos livros, jornais, canções, em
fotografias, cinemas, fósseis etc.
O Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do
Ensino Fundamental priorizará a construção do conhecimento histórico, para tanto
recorrerá ao uso de vestígios e fontes históricas com o intuito de favorecer o
pensamento histórico e dar uma base para a iniciação aos métodos de trabalho do
historiador. O professor deverá construir seu trabalho pedagógico levando em
consideração: os vestígios e fontes históricas diversas; fundamentação na
historiografia; problematização dos conteúdos; organização do trabalho em
narrativas:
Fontes históricas diversas: trabalhar com as mais variadas fontes e vestígios
históricos, tais como fotografias, oralidades, narrativas, cinema, internet, documentos
escritos etc. Analisar criticamente o processo de construção das fontes escrita,
abordagem fundamental para que o aluno entenda os limites do livro didático.
Fundamentação historiográfica: o trabalho pedagógico deve se basear em
aulas dialógicas com a atuação do professor levando os estudantes a percepção de
como o historiador chegou a determinadas conclusões sobre os diferentes assuntos
estudados, quais os métodos e fontes utilizados, que relações o historiador
contemplou na pesquisa, poderia ter usados outras relações, existem outras
pesquisas com outros enfoques, as ideias historiográficas pesquisadas têm relação
com a vida dos estudantes, de sua comunidade ou município.
Problematização dos conteúdos de História: ensinar História é antes de
qualquer coisa construir um diálogo entre o presente e o passado, ensinar que a
História é um processo que os conhecimentos não estão prontos e acabados e que
jamais são neutros. O diálogo deverá levantar hipóteses sobre o passado, recorrer a
fontes históricas que partam do cotidiano dos alunos é fundamental para que as
experiências do passado possa favorecer a compreensão do presente e possibilite
novas investigações.
Durante todo o ano letivo, a fim de complementar os Conteúdos, trataremos
dos seguintes temas: Educação Ambiental, Sexualidade, Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, com o objetivo de fortalecer o aprendizado, relacionando-os
para uma maior compreensão do cotidiano da sociedade como um todo.
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados
como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das
periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las
por meio de narrativas históricas.
Será estabelecida uma articulação dos conteúdos, a qualquer tempo, com a
História e Cultura Afras Brasileira, Africanas e Indígenas, conforme
orientações previstas nas leis 10639/06 e 11645/08.
O professor disporá, no decorrer das aulas de recursos didáticos tais como:
utilização de documentos históricos, mapas variados, globo terrestre, revistas,
periódicos, jornais, acervo da biblioteca, livro didático, jogos, dentre outros. Com
relação aos recursos tecnológicos, serão utilizados: TV pen-drive, laboratório de
informática, objetos de aprendizagem disponíveis no Portal Dia a Dia, Portal do
Professor e demais sites, vídeos, áudios, trechos de filmes, filmes na integra, análise
de comerciais (propagandas), análise de propagandas de rádio, etc.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação proposta pelas Diretrizes Curriculares, para o ensino de História,
tem como objetivo favorecer a busca da coerência entre a concepção de História
defendida e as práticas que integram o processo de ensino e aprendizagem. A
avaliação deve ser pensada com um único objetivo, proporcionar a todos os alunos
a aprendizagem, a avaliação deve fazer parte de um conjunto de ações
pedagógicas, de um processo, e não como algo externo, dissociado do ensinar e do
aprender.
A avaliação deve priorizar os conteúdos de História efetivamente tratados em
aula, essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, e ter sempre a
clareza que avaliar é sempre um ato de valor. Diante desse fato, professor e aluno
devem entender que os pressupostos da avaliação, como finalidades, objetivos,
critérios e instrumentos, podem e devem permitir rever o que precisa ser melhorado
ou o que já foi aprendido. O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do
desempenho de cada estudante, com destaque para os aspectos qualitativos sobre
os quantitativos. Na Deliberação O7/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. l,
art. 8e, a avaliação almeja: o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve
levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua
participação nas atividades realizada.
Quanto aos instrumentos avaliativos o professor deve utilizar de diferentes
atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em
sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica.
É de suma importância que se considere que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e por ser contínua e diagnóstica aponte as
dificuldades, para reorientar a prática. Procura-se buscar continuamente novas
formas de avaliação que contemplem várias maneiras de expressar os
conhecimentos dos alunos.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V;
Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente. "a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na
própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de História, e ao
professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar
continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS:
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações
Culturais
A experiência
humana no
tempo;
Os sujeitos e suas
relações;
As culturas locais
e a cultura
comum
Definição de História e Periodização;
Fontes Históricas;
Memoria e Família: documentos que contam a
História da família;
Tempo cronológico e as formas de contagem de
tempo nas diferentes sociedades;
Pré-história e pré-história brasileira;
Patrimônio Cultural (Brasil, Paraná e Paranaguá);
Cultura Popular (Brasil, Paraná e Paranaguá);
O surgimento/desenvolvimento da humanidade na
África;
Mitos indígenas, africanos, clássicos e atuais;
Ocupação da América;
Sítios arqueológicos brasileiros;
Sambaquis;
Povos indígenas do Brasil e do Paraná;
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
As relações de
propriedade;
A constituição do
mundo do campo e
do mundo da cidade;
As relações entre
Conceito de Propriedade- sociedades
antigas (indígenas, asiáticas, africanas);
Relações de propriedade no inicio da
colonização brasileira: as capitanias
hereditárias;
Origens do Feudalismo;
Comercio e divisão do trabalho; as rotas
comerciais, da Europa, Ásia, África, relações
comerciais na América, escambo;
Surgimento das cidades – das cidades da
Relações
Culturais
campo e cidade;
Conflitos e
resistências
produção cultural
campo/cidade;
antiguidade clássica às primeiras cidades
americanas; Revolução Industrial;
Êxodo Rural;
Produção cultural regional, estadual,
nacional, fandango, congada, bandeira do
divino, capoeira;
Guerras Clássicas;
As Revoltas camponesas;
A luta pela posse da terra no Paraná e no
Brasil;
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Divisão social do
Trabalho;
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações
Culturais
História das relações
da humanidade com o
trabalho;
O trabalho e a vida em
sociedade;
O trabalho e as
contradições da
modernidade;
Os trabalhadores e as
conquistas de direito.
Revolução Industrial e o surgimento da
classe operária;
Industrialização no Paraná e no Brasil;
Imigração no Paraná e no Brasil;
Classes sociais: local, Brasil e mundo;
Produção e a organização social capitalista;
Produção e organização social socialista;
A desvalorização do trabalho.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações deTrabalho
Relações de Poder
A constituição das instituições sociais;
A formação do Estado;
Industrialização e Imperialismo;A primeira Guerra Mundial;A Revolução Russa;República Velha Brasil – dominação;A Grande Depressão-Fascismo e nazismo;Segunda Guerra Mundial;O primeiro governo Vargas;Guerra Fria;Independência África, Ásia;Guerra e Paz no Oriente Médio;Dutra e Getúlio;De Juscelino a Jango;
RelaçõesCulturais
Sujeitos, Guerras e revoluções.
Crescimento econômico e populismo;Regime Militar: de Castelo Branco a Médice;Nova Ordem Mundial;O fim da URSS;Democratização do Leste Europeu;Nova Ordem Internacional;Brasil: De Color a Dilma.
5.2. ENSINO MÉDIO:1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações
Culturais
Tema 1Trabalho Escravo,
Servil. Assalariado e o
trabalho Livre.
Tema 2Urbanização e
Industrialização
- Conceito de Trabalho;
- O mundo do trabalho em diferentes
sociedades;
- A construção do trabalho assalariado;
- O trabalho na sociedade
contemporânea.
- As cidades na História;
-Urbanização e industrialização do
Brasil;
-Urbanização e industrialização no
século XIX;
--Urbanização e industrialização no
Paraná;
-O Porto de Paranaguá no contexto da
expansão do capitalismo.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Tema 3O Estado e as relações
de Poder
O Estado no mundo Antigo e medieval;
O Estado e a formação do poder dos
Estados Nacionais;
Relações de poder e a violência do
Estado;
Relações
Culturais
Tema 4Os sujeitos, e as
revoltas e as guerras.
O Estado Imperialista e sua Crise;
Relações de dominação. Resistência
nas sociedades gregas e romanas;
Mulheres, plebeus e escravos.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações
Culturais
Tema 5
Movimentos
sociais, políticos e
culturais e as
guerras e
revoluções.
Relações de dominação e resistência na
sociedade medieval europeia: camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes.
Relação de dominação e resistência na
sociedade ocidental moderna;
Relações de dominação e resistência no
mundo de trabalho nos séculos XVIII e XIX;
Movimentos sociais, políticos, culturais na
sociedade contemporânea.
5.3. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações
Culturais
Tema 1Trabalho Escravo,
Servil. Assalariado
e o trabalho Livre.
Tema 2Urbanização e
Industrialização
- Conceito de Trabalho;
- O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
- A construção do trabalho assalariado;
- O trabalho na sociedade contemporânea.
- As cidades na História;
-Urbanização e industrialização do Brasil;
-Urbanização e industrialização no século XIX;
--Urbanização e industrialização no Paraná;
-O Porto de Paranaguá no contexto da
expansão do capitalismo.
6. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - História. Curitiba: SEED-PR, 2008.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Ministério da Educação. 1988.
CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987.
KUENZER, A. (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2007, v
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA DISCIPLINA
Historicamente o processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se
com a educação jesuíta. Essa educação era fundamental na formação da elite
colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar e “catequizar” os
indígenas (Moll, 2006, p 13)”. A concepção de Educação e o trabalho de
escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a
linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensamento, nesse período, não
havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à
alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da Metrópole e da
Igreja.
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se nessa época, às escolas
de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as
aulas eram de gramática, latina e retórica, além do estudo de grandes autores
clássicos. No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O
português "era a língua da burocracia" (Ilari, 2007 s/p), ou seja, a língua das
transações comerciais, dos documentos legais.
O ensino da Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até meados
do séc. XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década de 1960, um processo de
expansão do ensino primário-público, [...] No contexto da expansão da escolarização, o
ensino da Língua Portuguesa não poderia dispensar propostas pedagógicas que
levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço
escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais
diferentes dos até então admitidos na escola. [...] Deve-se aos teóricos do circulo de
Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O
círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal- sistemático por considerar tal
concepção incompatível com uma abordagem histórica e viva da linguagem, uma vez
que "a língua constitui um processo de evolução ininterrupto, que se realiza através
da interação verbal social dos locutores” (Bakhtin, Volochinov, 1999, p. 127).
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos
apresentada pelos alunos - segundo os resultados de avaliações em larga escala e,
mesmo, de pesquisas acadêmicas - as Diretrizes Orientadoras da Educação para
rede Estadual de Ensino de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico,
novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão
crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção
de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à
língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e
produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto
central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado
quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina. Para alcançar tal objetivo, é
importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve
considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso
que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da
norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multi-letramentos, a fim de
constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos
estudantes.
É tarefa da escola, possibilitar que seus alunos participem de diferentes
práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de
inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o
sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no
âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola
pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de
forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.
3. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
- propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de diferentes textos das
diferentes esferas sociais (jornalísticas, literárias, publicitárias, digital, etc.).
- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
- analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
- aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
- aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
No Ensino médio, a aprendizagem terá como primordial finalidade:
I - a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.
A linguagem é considerada aqui como capacidade humana de articular
significados coletivos em sistemas arbitrários de representação, que são
compartilhados e que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida
em sociedade. A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de
sentido. Podemos, assim, falar em linguagens que se inter-relacionam nas práticas
sociais e na história, fazendo com que a circulação de sentidos produza formas
sensoriais e cognitivas diferenciadas. Isso envolve a apropriação demonstrada pelo
uso e pela compreensão de sistemas simbólicos sustentados sobre diferentes
suportes e de seus instrumentos como instrumentos de organização cognitiva da
realidade e de sua comunicação. Envolve ainda o reconhecimento de que as
linguagens verbais, icônicas, corporais, sonoras e formais, dentre outras, se
estruturam de forma semelhante sobre um conjunto de elementos (léxico) e de
relações (regras) que são significativas.
As prioridades para a Língua Portuguesa, no ensino médio, terá a
aprendizagem vista como língua materna geradora de significação e integradora da
organização do mundo e da própria interioridade; o domínio de língua(s)
estrangeira(s) como forma de ampliação de possibilidades de acesso a outras
pessoas e a outras culturas e informações; o uso da informática como meio de
informação, comunicação e resolução de problemas, a ser utilizada no conjunto das
atividades profissionais, lúdicas, de aprendizagem e de gestão pessoal. Importa
ressaltar o entendimento de que as linguagens e os códigos são dinâmicos e
situados no espaço e no tempo, com as implicações de caráter histórico, sociológico
e antropológico que isso representa. É relevante também considerar as relações com
as práticas sociais e produtivas e a inserção do aluno como cidadão em um mundo
letrado e simbólico. A produção contemporânea é essencialmente simbólica e o
convívio social requer o domínio das linguagens como instrumentos de comunicação
e negociação de sentidos.
No mundo contemporâneo, marcado por um apelo informativo imediato, é
importante a reflexão sobre a linguagem e seus sistemas, que se mostram
articulados por múltiplos códigos e sobre os processos e procedimentos
comunicativos, é, mais do que uma necessidade, uma garantia de participação ativa
na vida social, a cidadania desejada.
O ensino de língua portuguesa, Formação de Docentes – Educação Infantil e
Anos Iniciais do Ensino Fundamental deve cumprir a natureza do ser humano, que
quando inicia uso da linguagem, tem sempre o outro na sua relação de uso.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as
contradições, as diferenças, e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade.
Mesmo vivendo numa época denominada "era da informação", convivemos
com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações
educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos
textos que lê.
Sob essa perspectiva, o ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa visa
aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir
com esses discursos. Para isso é relevante que a língua seja percebida como uma
área em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões.
"[...] cada palavra se apresenta como uma área em miniatura onde se entrecruzam e
lutam os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se no
momento de sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais"[...]
Bakhtin/Volochinov (1999), p. 66)
É preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama
de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se
desenvolva nas práticas de uso da língua sejam de leitura, oralidade e escrita.
As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o
interesse dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos
mesmos no processo de construção do conhecimento.
O ensino da Língua Portuguesa deve abordar a leitura, a produção de textos e
a produção gramatical sobre uma mesma perspectiva da língua como instrumento de
comunicação e interação social.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas
relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e o
adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental. Sob essa perspectiva, o
ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos
linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os
discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para
isso é relevante que a língua seja percebida como uma área em que diversas vozes
sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões. A esse respeito,
Bakhtin/Volochinov (1999), p. 66) defende : “[...] cada palavra se apresenta como
uma área em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de
orientação contraditória. A palavra revela-se no momento de sua expressão, como
produto de relação viva das forças sociais”[...].
É preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama
de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se
desenvolva nas práticas de uso da língua sejam de leitura, oralidade e escrita.
Há necessidade que a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa esteja
baseada na concepção interacionista, levando a uma reflexão acerca dos usos da
linguagem oral e escrita. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como
uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes
opiniões.
A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada palavra
se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores
sociais de orientação contraditória”.
A “palavra revela-se, no momento de sua expressão, como produto de
relação viva das forças sociais.” O aprimoramento da competência linguística do
aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de
leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos.
O trânsito pelas diferentes esferas de comunicação possibilitará ao educando
uma inserção social mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio
discurso e interferir na sociedade em que está inserido. Bakhtin (1992, p. 285) afirma
que “quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos,
tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso
é possível e necessário) (...)”.
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito
para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e
ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.
Assim, aqui não se propõe o abandono do conhecimento gramatical e
tampouco impede que o professor apresente regras gramaticais para os alunos, visto
que toda língua é constituída de uma gramática e de um léxico (ANTUNES, 2003).
Vale considerar que, ao utilizar uma língua, usamos normas fonológicas,
morfológicas, sintáticas e semânticas.
Quanto à oralidade, nossa escola toma como ponto de partida os
conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a
falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas
relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem, científica
e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas
diferentes instâncias discursivas.
Na escrita o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que
considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se
decidir sobre o que será escrito, tendo visto que “a escrita, na diversidade de seus
usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes”
(ANTUNES, 2003, p. 47).
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes
gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente
vividas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de
subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos
socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao
educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.
Na leitura, devemos praticar a leitura em diferentes contextos, isso requer que
se compreendam as esferas discursivas em que os textos são produzidos e circulam,
bem como que os alunos e reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso.Através da literatura, buscamos formar um leitor capaz de sentir e de
expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um
envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por
meio de uma interação que está presente na prática de leitura. A escola, portanto,
deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
4. AVALIAÇÃO
Sendo a linguagem um processo dialógico, discursivo, a avaliação deve
considerar ritmos e processos de aprendizagem diferentes nos estudantes e que na
sua condição de contínua e diagnóstica, aponte as dificuldades, possibilite que a
intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo
ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. A avaliação da leitura deve considerar quais
estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o sentido
construindo as relações dialógicas entre os textos e sua relação de causa e
consequência entre as partes do texto. É imprescindível que a avaliação em Língua
Portuguesa e Literatura sejam um processo de aprendizagem contínuo e dê
prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com a
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais. Vista como a mais adequada
no dia-a-dia da sala de aula e com grande avanço em relação à vida tradicional, que
se restringe tão somente ao somativo e classificatório.
A oralidade será avaliada em função... num seminário, num debate, numa
troca informal de ideias, numa entrevista, num relato histórico, as exigências de
adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado, numa análise da
produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da
sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.
O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os
quais convive, como; noticiários discursos políticos, programas televisivos e ou de
sua própria fala, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Na leitura, deverá haver, por exemplo, a identificação dos efeitos de ironia e
humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas como
implícitas, o argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno
ativa os conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas a partir do texto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero
e o suporte textual.
Tendo em vista o multi-letramento, também é preciso avaliar a capacidade de
se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
É importante considerar que é importante considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do
horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões,
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência
textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se
posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu próprio. No
momento da refracção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do
texto foi alcançada, se há relações, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
Análise linguística: É no texto-oral e escrito - que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática
pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser
avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto.
Nesse caso, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem
formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados
pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas, pelo uso
de operadores argumentativos e modalizadores bem como as relações semânticas
entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.).
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
reflete sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
4.1. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V;
Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a
recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades
de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos
alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não.
Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer
prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos.
Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de
recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton
Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Língua
Portuguesa, e ao professor realizar a sua autoavaliação a fim de redimensionar o
seu trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Na
disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como
prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo
Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática
social. Discurso, na sua origem, o termo significa curso, percurso, correr, movimento.
A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, ela é vista como um
acontecimento social, envolvida pelos valores ideológicos, está ligado aos seus
falantes, aos seus atos, às esferas sociais.
Pensemos então, como o Conteúdo Estruturante, Discurso como prática social
se desdobra no trabalho didático - pedagógico com a disciplina de Língua
Portuguesa/Literatura. Primeiramente, é relevante destacar que, no contexto das
práticas discursivas, estarão presentes, na sala de aula, os gêneros que circulam
socialmente, com especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração
formal. Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema (conteúdos
ideológicos), a forma composicional e o estilo (marcas linguísticas e enunciativas:
nível de formalidade, vocabulário, pontuação, modalizadores, operadores
argumentativos, modo e tempo verbal, entre outros).
Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o professor propiciará ao aluno a
análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionando conteúdos
específicos, seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que
explorem discursivamente o texto.
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem, Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE:
Tema do texto; Finalidade; Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE Tema do texto; Finalidade;Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do Gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turno de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc. Sintaxes e concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: operadores argumentativos modalizadores;polissemia.
ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
5.2. ENSINO MÉDIO:
1º ANO - 2º ANO - 3º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA Interpretação textual, observando: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Programação referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.
ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto;Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos linguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
5.3. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA Interpretação textual, observando: Conteúdo temático; Interlocutor;
Finalidade do texto; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo.
ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Programação referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; Vícios de linguagem; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.
ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos linguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
6. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED-PR, 2008.
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. _____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Historicamente, a disciplina de Matemática se configura como um conjunto de
conhecimentos necessários para a formação dos indivíduos, contribuindo para o
desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e cultural. Esses conhecimentos
contribuem para a formação intelectual dos indivíduos, na construção de sua
cidadania, à medida que o torna sujeito ativo dos processos de transformação da
organização social, visando à melhoria da qualidade de vida.
Como disciplina escolar, a aprendizagem da Matemática faz com que o estudante
possa atribuir sentido aos eventos naturais e científicos, o que permite reconhecer
problemas e tomar decisões na busca de soluções.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica
matemática é um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades
sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. Este
direcionamento fará parte dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino Médio
e Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que
apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para atuação profissional, pois envolve o estudo dos
fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e
de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
A constatação da sua importância apoia-se no fato de que a matemática
desempenha papel decisivo, pois permite resolver problemas da vida cotidiana, tem
muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial à
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares; interfere ainda na
formação de capacidades intelectuais, na construção e estruturação do pensamento
dedutivo do aluno.
É preciso formar indivíduos autônomos, completos, dotados de mais ampla
capacidade de aprender e aperfeiçoar continuamente seus conhecimentos, nesse
contexto a educação matemática no ensino fundamental, no ensino médio e no
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, contribui para a formação do cidadão e de profissionais trabalhadores
com domínio da linguagem, para compreensão dos fundamentos das ciências e das
novas tecnologias, do pensamento crítico, da capacidade de analisar os problemas,
distinguir fatos e consequências; adaptar-se em situações novas da linguagem
matemática, saber trabalhar em equipe, ter responsabilidade e disciplina, tanto
pessoal quanto social-cultural-econômico.
O objeto de estudo da matemática, ainda em construção, está centrado na
prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático.
Investiga também como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de naturezas diversas, visando a sua formação
integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica,
de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e
reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do indivíduo.
A História da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
desenvolveram os rudimentos em conhecimentos matemáticos através da
capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar
formas, tamanhos e quantidades que vieram a compor a matemática que se conhece
hoje.
Na Grécia Antiga, a Matemática era parte da Filosofia. Essa civilização
desenvolveu princípios lógicos, regras, postulados e exatidão de resultados, os
islâmicos já desenvolveram uma matemática mais prática, voltada principalmente
para os negócios e assuntos do cotidiano.
Os séculos VIII e IX foram marcados pelas ideias que destacavam o aspecto
empírico da Matemática. Já o século XV, era baseado no pensamento aristotélico,
desenvolveu-se uma Matemática das constatações empíricas baseadas em um
conjunto de premissas que não deveriam ser questionadas, pois eram consideradas
verdadeiras.
As produções matemáticas do século XVII ao XIX procuravam atender às
demandas de algumas áreas de atividades humanas, sobretudo as comerciais e as
da administração pública. Isso fez com que a matemática alcançasse um novo
estágio de desenvolvimento, os números e álgebra passam a fazer parte do
conhecimento escolar, sendo que no cenário educacional brasileiro seu ensino foi
influenciado pelas produções didáticas europeias do século XVIII, na forma de aulas
avulsas em matérias denominadas Aritméticas e Álgebra.
Atualmente, a Ciência Matemática vem sendo reestruturada no currículo escolar
brasileiro embasada na busca de um resgate histórico dos conteúdos que arquitetam
a disciplina, bem como o conhecimento empírico apresentado pelo educando. As
linhas filosóficas e educacionais vêm sofrendo uma adaptação relacionada com
novas maneiras de ensinar matemática.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Direcionar a construção do conhecimento para uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano tornando os estudantes críticos, capazes de agir com autonomia matemática desenvolvendo valores e atitudes na sua formação integral e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias. Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característica da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, algébricos, estatísticos, combinatórios, probabilísticos Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente; Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos. Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções; Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para os problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, da
disciplina de matemática, no desenvolvimento das aulas, a metodologia deve
articular os conteúdos estruturantes, com os conteúdos básicos e estes com os
específicos em relação de interdependências que enriqueçam o processo
pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos
de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal o significado
curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus
conteúdos, mas sim de modo como se articulam (MACHADO, 1993 p. 28).
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades
de natureza prática para lidar com a atividade matemática, o que lhes permite
reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões, conhecer e
registrar questões de relevância social, levando em conta que não existe um único
saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que o outro.
Quando essa capacidade é potencializada pela Escola, a aprendizagem apresenta
melhores resultados.
Devemos sempre considerar o conhecimento empírico matemático que o aluno
traz de sua vida com o conhecimento científico para que ocorra a aprendizagem
através da ação-reflexão-ação.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das
quais destacamos:
História da Matemática;
Resolução de Problemas;
Modelagem Matemática;
Mídias Tecnológicas;
Etnomatemática;
Investigações Matemáticas.
Na sequencia, são apresentadas considerações sobre as tendências
metodológicas que compõem o campo de estudo da Educação Matemática, as quais
têm grau de importância similar entre si e complementam-se uma às outras.
História da Matemática: A História da Matemática deve seguir uma
abordagem vinculando as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as
circunstancias históricas, e as correntes filosóficas que determinam o pensamento e
influenciaram o avanço científico de cada época. Para que os alunos compreendam
a natureza da Matemática e a sua importância para a humanidade. De acordo com
Miguel & Miorim: A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações
dadas aos porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem
significativa, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é
construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
Resolução de problemas: Metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações,
de modo a resolver a questão proposta, e é uma excelente estratégia para o aluno
aperfeiçoar a leitura, a análise e a interpretação de problemas envolvendo a
matemática, e para que a aprendizagem ocorra o mesmo deve entender as etapas
da resolução de um problema proposto: compreendendo o problema, destacando
informações, coletando dados importantes do problema para solucioná-lo,
elaborando um plano de resolução, executando um plano, conferindo resultados,
estabelecendo nova estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável
(POLYA).
Modelagem Matemática: Problematiza situações do cotidiano, valorizando o
aluno dentro do seu contexto social, possibilitando o entendimento de fenômenos
diários, sejam eles físicos biológicos ou sociais. O ensino de matemática através de
um modelo auxilia o aluno a formular, resolver e elaborar expressões que possam
ser utilizadas para a solução de uma questão particular e posteriormente, como
suporte para outras aplicações.
Mídias Tecnológicas: O trabalho com as mídias tecnológicas favorece a
aprendizagem do educando a aprender, valorizando o processo de produção de
conhecimento, através de objetos educacionais, e as ferramentas tecnológicas são
ferramentas atrativas no desenvolvimento dentro da Educação Matemática, com os
recursos tecnológicos os educando argumentam e resolvem atividades através da
experimentação. A utilização de mídias tecnológicas é de suma importância para o
aluno se apropriar do conhecimento matemático.
Etnomatemática: É uma importante fonte de investigação da Educação
Matemática, que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento a respeito
de suas raízes culturais, tendo em vista aspectos como “memória cultural”, códigos,
símbolos, mitos e até maneiras específicas de raciocinar e inferir, através de
situações vivenciadas por ele relacionadas com a matemática e pela troca de
experiências com colegas, professores e a comunidade escolar, pois o aluno é capaz
de interagir e relacionar com sua experiência cultural e as suas relações pessoais e
interpessoais (D’AMBRÓSIO).
Investigação Matemática: É uma prática muito recomendada pelos
estudiosos, como forma de contribuir para a melhor compreensão da disciplina de
matemática, onde o aluno é chamado a agir como um matemático, formulando
conjecturas a respeito do que esta investigando, procurando realizar provas e
refutações, discutindo e argumentando com os colegas e com o professor, esse é um
processo de construção de conceitos matemáticos, e também é considerada uma
prática original na sala de aula, já que investigar é procurar conhecer o que não se
sabe, que é o que se busca em toda a ação pedagógica.
O Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do
Ensino Fundamental priorizará uma prática pedagógica da Matemática que engloba
as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático, e envolve
o estudo de processos de como o estudante compreende e se apropria da
Matemática. Priorizará também, como o aluno, por intermédio do conhecimento
matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação
integral do educando em busca da cidadania.
A abordagem dos conteúdos específicos pode, portanto, transitar por todas as
tendências da Educação Matemática. Desenvolvendo nos alunos o interesse em
aprender conteúdos matemáticos e também devemos oportunizar os educandos à
abordagem de temas relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos:
Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a
Violência contra a Criança a o Adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental – Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 “História do Paraná”, a
Música – Lei n.º 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente – Lei n.º 11.525/07 e a Educação Tributária – Decreto n.º 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ocorrer durante o processo do ensino-aprendizagem, pautada
em encaminhamentos metodológicos que propiciem a interpretação e discussão, que
levem em conta a relação do aluno com o conteúdo, o significado desse conteúdo e
a compreensão alcançada por ele.
É importante que o professor de Matemática ao propor atividades em suas aulas,
insista com os alunos o uso da oralidade, para explicar os procedimentos adotados e
que tenham a oportunidade de expressar oralmente ou por escrito as suas
afirmações, ou seja, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas e
outras, também é necessário que o professor reconheça e transmita o conhecimento
matemático como continuo e não fragmentado. Os conceitos não são concebidos
isoladamente, e a falta de entendimento do aluno pode limitar as possibilidades de
expressar seu aprendizado.
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada
estudante, com destaque para os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação, cap.I, art. 8e, a avaliação
almeja: o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizada.
Para oportunizar a manifestação do conhecimento por parte do aluno será
utilizada a oralidade, a escrita e também atividades demonstrativas, nesse caso
fazendo uso de ferramentas e equipamentos como computador, calculadora e
materiais manipuláveis.
As atividades avaliativas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
Comunica-se matematicamente (oral e escrita);
Interpreta por meio da leitura o problema matemático;
Cria estratégias que possibilitem a solução do problema;
Encontra diferentes formas para resolver um problema;
Realiza o retrospecto da solução de um problema.
4.1.RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art.
13, IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no
Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação
se caracteriza por estudos proporcionais aos alunos com dificuldades de
aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da aprendizagem,
a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a aprendizagem e,
desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar tanto na Proposta
Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo (turma); retomada dos conteúdos contidos nos
trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes;
atendimento individual quando necessário e possível; atividades de aprendizagem
extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Matemática, e
ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou
dar continuidade à sua pratica pedagógica.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,
os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de
uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.
Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.
A seleção dos conteúdos estruturantes apresentada nestas Diretrizes
Curriculares é resultado de discussões com os professores da Rede Pública
Estadual de Ensino, com base em suas práticas pedagógicas e na análise histórica
da matemática como campo de conhecimento e como disciplina escolar.
Os conteúdos estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares para a
disciplina de matemática estão assim divididos:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Tratamento da informação
NÚMEROS E ÁLGEBRA: Conhecer os problemas que impulsionaram a necessidade de ampliação dos
Conjuntos numéricos e dominar os conceitos básicos que surgiram a partir de sua
Ampliação, proporcionando ao indivíduo, uma inserção mais completa na cultura
universal ao longo da História.
Na resolução de alguns problemas exige-se a manipulação de constantes e
incógnitas. Neste caso, as propriedades das operações com os números reais e com
os polinômios são fundamentais nesta manipulação. Deve-se enfatizar que a álgebra
não se deve reduzir apenas a memorização de fórmulas e expressões. Deve-se
enfatizar sim, o que significam estas propriedades, possibilitando o estudo das
relações entre as grandezas. Dar significado aos procedimentos de manipulação
ressaltando a ideia de variação quando uma grandeza varia em relação à outra, ou
seja, são dependentes.
Sistemas lineares e matrizes são instrumentos da linguagem matemática na
modelação de situações-problema, além de representarem técnicas de grande
utilidade para outros domínios da matemática de nível superior.
GRANDEZAS E MEDIDAS: É fundamental considerar as noções de medida com um conteúdo matemático e
proporcionar atividades significativas, para a compreensão da ideia de comparação
da unidade que está sendo usada com a grandeza a ser medida;
GEOMETRIASA utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação
sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade. É inegável a
importância de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e espaciais,
presentes na natureza, através de seus elementos e propriedades, bem como de
poder representá-las por meio de desenho geométrico.
Na resolução de diferentes situações-problema, seguramente se faz
necessária uma boa capacidade de visão geométrico-espacial, o domínio das ideias
de proporcionalidade e semelhança, a compreensão dos conceitos de comprimento,
área e volume, bem como saber calculá-los. Deve-se salientar que a semelhança de
triângulos permitiu o desenvolvimento da trigonometria do triângulo retângulo, criada
para solucionar problemas práticos de cálculo de distâncias inacessíveis. Por outro
lado, as noções de semelhança e congruência nos remetem também aos
fundamentos da própria Geometria. Saber utilizar as coordenadas cartesianas de
pontos no espaço possibilita a descrição de objetos geométricos numa linguagem
algébrica, ampliando consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução
de problemas geométricos, por meio da interação entre essas duas áreas da
matemática.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Propõe-se o conteúdo estruturante Tratamento da Informação pelas
possibilidades de entender e participar das dinâmicas da sociedade, englobando
neste contexto a estatística e a matemática financeira. O desenvolvimento do espírito
crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisão, diante de diversas situações
da vida em sociedade, exige informação. O estudo de estatística e probabilidade
está cada vez mais presente nos meios de comunicações como forma de
apresentação de dados. Pesquisas de opinião, de preços, estudos sobre doenças e
epidemias e outros temas de interesse social, ambiental ou econômico estão
presentes nos noticiários diariamente, permeadas de porcentagens ou indicadores,
como gráficos e tabelas, muitas vezes induz consequências prováveis e manipulam
opiniões nos mais diversos assuntos. Para interpretar com autonomia e crítica deve-
se compreender bem a linguagem presentes nos gráficos e tabelas, ou seja, a
linguagem pictográfica, compreender a importância da amostra para as conclusões
de uma pesquisa e ter claro que a atribuição de probabilidades é, sobretudo, uma
forma de quantificar a incerteza do resultado a ser obtido.
Em diferentes campos, áreas e atividades profissionais, são de grande utilidade
às capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizarem
processos de contagem em situações-problema, calcular probabilidades, representar
frequências relativas e construir espaços amostrais.
Na resolução de problemas de contagem, o importante é a habilidade de
raciocínio combinatório. É fundamental valorizar o desenvolvimento da capacidade
de formular estratégias para a organização dos dados apresentados em
agrupamentos que possam ser contados corretamente, tendo em vista que a mera
aplicação de fórmulas não permite a resolução da maior parte dos problemas de
contagem.
A importância da Matemática Financeira com suas aplicações práticas são
importantes nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou
crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações
financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Conteúdos Básicos
Números, Operações e Álgebra
As quatro operações fundamentais;
Expressões numéricas; Potenciação; Geometria; Divisores e múltiplos dos
números naturais;
Sistema de numeração Números naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números decimais
Frações; Números decimais; Geometria e medidas; Estatística.
Geometria Noções fundamentais; Semirreta e segmento de
reta; Ângulos; Unidades de comprimento; Poligonal; Polígono; Curvas; Unidades de área; Unidades de volume; Unidades de massa.
Geometria plana Geometria espacial
Medidas As quatro operações fundamentais;
Geometria: perímetro e área;
Frações; Números decimais; Estatística.
Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário
Tratamento da Informação
As quatro operações fundamentais;
Potenciação; Geometria; Frações; Números decimais; Estatística.
Dados, tabelas e gráficos Porcentagem
7º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Conteúdos Básicos
Números, Operações e Álgebra
As quatro operações fundamentais;
Expressões numéricas; Potenciação; Geometria; Divisores e múltiplos dos
números naturais; Frações; Números decimais; Geometria e medidas; Estatística.
Sistema de numeração Números naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números decimais
Geometria Noções fundamentais; Semirreta e segmento de
reta; Ângulos;
Geometria plana Geometria espacial
Unidades de comprimento; Poligonal; Polígono; Curvas; Unidades de área; Unidades de volume; Unidades de massa.
Medidas As quatro operações fundamentais;
Geometria: perímetro e área;
Frações; Números decimais; Estatística.
Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário
Tratamento da Informação
As quatro operações fundamentais;
Potenciação; Geometria; Frações; Números decimais; Estatística.
Dados, tabelas e gráficos Porcentagem
8º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Conteúdos Básicos
Números, Operações e Álgebra
As quatro operações fundamentais;
Expressões numéricas; Potenciação; Geometria; Divisores e múltiplos dos
números naturais; Frações; Números decimais; Geometria e medidas; Estatística.
Sistema de numeração Números naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números decimais
Geometria Noções fundamentais; Semirreta e segmento de
reta; Ângulos; Unidades de comprimento; Poligonal; Polígono; Curvas; Unidades de área; Unidades de volume; Unidades de massa.
Geometria plana Geometria espacial
Medidas As quatro operações Medidas de comprimento
fundamentais; Geometria: perímetro e
área; Frações; Números decimais; Estatística.
Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário
Tratamento da Informação
As quatro operações fundamentais;
Potenciação; Geometria; Frações; Números decimais; Estatística.
Dados, tabelas e gráficos Porcentagem
9º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos Conteúdos Básicos
Números, Operações e Álgebra
As quatro operações fundamentais;
Expressões numéricas; Potenciação; Geometria; Divisores e múltiplos dos
números naturais; Frações; Números decimais; Geometria e medidas; Estatística.
Sistema de numeração Números naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números decimais
Geometria Noções fundamentais; Semirreta e segmento de
reta; Ângulos; Unidades de comprimento; Poligonal; Polígono; Curvas; Unidades de área; Unidades de volume; Unidades de massa.
Geometria plana Geometria espacial
Medidas As quatro operações fundamentais;
Geometria: perímetro e área;
Frações; Números decimais; Estatística.
Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário
Tratamento da As quatro operações Dados, tabelas e gráficos
Informação fundamentais; Potenciação; Geometria; Frações; Números decimais; Estatística.
Porcentagem
5.2. ENSINO MÉDIO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra
- Números Reais;
- Equações e
Inequações
Exponenciais,
Logarítmicas e
Modulares;
Revisão de Conjuntos Numéricos; Teoria dos
Conjuntos: símbolos lógicos, relação de pertinência
de inclusão; Subconjuntos; União de Conjuntos;
Intersecção de Conjuntos; Diferença entre conjuntos;
Teorema de Euller; Intervalos Reais; Operações com
intervalos; Equações Exponenciais; Inequações
exponenciais; Definição de logaritmos; Propriedades
dos logaritmos; Mudança de base de um logaritmo;
Equações logarítmicas; Inequações logarítmicas.
Funções
- Função Afim;
- Função
Quadrática;
- Função
Exponencial;
- Função
Logarítmica;
- Função
Modular;
- Progressão
Domínio de uma função; Contradomínio de uma
função; Imagem de uma função; Função polinomial do
1º grau; Zero ou raiz da função do 1º grau; Função
crescente; Função decrescente; Representação
gráfica da função do 1º grau; Estudo do sinal de uma
função polinomial do 1º grau; Função Quadrática;
Raízes ou zeros da função quadrática; Gráfico da
função quadrática; Vértices a função; Ponto de
máximo ou de mínimo de uma função quadrática;
Conjunto imagem da função quadrática; Conceito de
função Exponencial; Gráfico da função exponencial;
Função logarítmica; Função Modular; Gráfico de a
função modular; Sequencias; Classificação de uma
Progressão Aritmética; Termo geral de uma P. A.;
Propriedades de uma P.A.; Soma dos N termos de
uma P.A.; Classificação de uma Progressão
Geométrica; Termo geral de uma P.G.; Representação
de três termos de uma P.G.; Propriedades de uma
Aritmética;
- Progressão
Geométrica.
P.G.; Soma dos N termos de uma P.G. finita; Soma
dos N termos de uma P.G. infinita.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Grandezas e Medidas
- Medidas de
grandezas vetoriais;
- Medidas de
Informática;
- Medidas de
energia;
- Trigonometria;
Vetores; Medidas de informática; Medidas de
energia; Trigonometria no triângulo retângulo;
Relações que envolvem seno, cosseno e tangente;
Arcos e ângulos; Unidades para medir arcos de
circunferência (ou ângulos); Comprimento de um
arco; Ciclo trigonométrico; Arcos côngruos;
Determinação de quadrante.
Funções
- Função
Trigonométrica;
Função seno; Gráfico da função seno; Função
cosseno; Gráfico da função cosseno; Função
tangente; Gráfico da função tangente; Funções
cossecante, secante e cotangente; Domínio das
funções trigonométricas.
Tratamento da
Informação
- Análise
combinatória;
- Binômio de
Newton;
- Estudo das
Probabilidades;
- Estatísticas;
- Matemática
Financeira.
Princípio multiplicativo; Permutação simples e
fatorial de um número; Arranjos simples;
Combinações simples; Permutações com
repetição; Binômio de Newton; Elementos do
estudo das probabilidades; Espaço amostral;
Evento; União de dois eventos; Probabilidade
condicional; Introdução à estatística; Distribuição
de frequências de classes; Frequência relativa;
Frequência percentual; Frequência acumulada;
Medidas de tendências centrais; Moda; Desvio
médio; Variância; Desvio padrão; Porcentagem;
Juros simples e Juros compostos; Lucro;
Desconto; Acréscimos sucessivos.
9º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos Conteúdos Básicos
Números, Operações e Álgebra
As quatro operações fundamentais;
Expressões numéricas; Potenciação; Geometria; Divisores e múltiplos dos
números naturais; Frações; Números decimais; Geometria e medidas; Estatística.
Sistema de numeração Números naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números decimais
Geometria Noções fundamentais; Semireta e segmento de reta; Ângulos; Unidades de comprimento; Poligonal; Polígono; Curvas; Unidades de área; Unidades de volume; Unidades de massa.
Geometria plana Geometria espacial
Medidas As quatro operações fundamentais;
Geometria: perímetro e área; Frações; Números decimais; Estatística.
Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulo Sistema monetário
Tratamento da Informação
As quatro operações fundamentais;
Potenciação; Geometria; Frações; Números decimais; Estatística.
Dados, tabelas e gráficos Porcentagem
5.3. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Revisão de Conjuntos Numéricos; Teoria dos
Números e Álgebra
- Números Reais;
- Equações e
Inequações
Exponenciais,
Logarítmicas e
Modulares;
Conjuntos: símbolos lógicos, relação de pertinência
de inclusão; Subconjuntos; União de Conjuntos;
Intersecção de Conjuntos; Diferença entre conjuntos;
Teorema de Euller; Intervalos Reais; Operações com
intervalos; Equações Exponenciais; Inequações
exponenciais; Definição de logaritmos; Propriedades
dos logaritmos; Mudança de base de um logaritmo;
Equações logarítmicas; Inequações logarítmicas.
Funções
- Função Afim;
- Função
Quadrática;
- Função
Exponencial;
- Função
Logarítmica;
- Função
Modular;
- Progressão
Aritmética;
- Progressão
Geométrica.
Domínio de uma função; Contradomínio de uma
função; Imagem de uma função; Função polinomial do
1º grau; Zero ou raiz da função do 1º grau; Função
crescente; Função decrescente; Representação
gráfica da função do 1º grau; Estudo do sinal de uma
função polinomial do 1º grau; Função Quadrática;
Raízes ou zeros da função quadrática; Gráfico da
função quadrática; Vértices a função; Ponto de
máximo ou de mínimo de uma função quadrática;
Conjunto imagem da função quadrática; Conceito de
função Exponencial; Gráfico da função exponencial;
Função logarítmica; Função Modular; Gráfico de a
função modular; Sequencias; Classificação de uma
Progressão Aritmética; Termo geral de uma P. A.;
Propriedades de uma P.A.; Soma dos N termos de
uma P.A.; Classificação de uma Progressão
Geométrica; Termo geral de uma P.G.; Representação
de três termos de uma P.G.; Propriedades de uma
P.G.; Soma dos N termos de uma P.G. finita; Soma
dos N termos de uma P.G. infinita.
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino -
Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2008.
ALMOULOUD, S. A. Fundamentos da Didática da Matemática. Curitiba: Ed. UFPR, 2007.
BASSANEZI, R. C. Ensino-Aprendizagem com Modelagem Matemática. 3ª Ed. – São
Paulo: Contexto, 2006.
BICUDO, M. A.; BORBA, M. C. (Orgs). Pesquisa em Educação Matemática: Concepção &
Perspectivas. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.
CAMPOS, Fernanda C. A. Hipermídia na Educação: paradigmas e avaliação da qualidade.
COPPE/UFRJ, 1994.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - QUÍMICA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Química é uma importante ferramenta de compreensão das transformações e
de leitura do mundo cientifico moderno, visto que, elo entre a Física e a Biologia,
auxilia na compreensão de todas as atividades humanas derivadas das Ciências Naturais Aplicadas.
O estudo da Química deve tornar o educando apto a desenvolver uma visão
abrangente e atualizada do mundo em que vive o que inclui uma compreensão
mínima de suas técnicas e princípios científicos.
É importante que a abordagem de disciplina esteja fundamentada em uma
visão histórico-filosófica onde cada tema escolhido será trabalhado em função da
sua importância em termos da construção das grandes estruturas conceituais e de
suas relações com as questões fundamentais de cada época. É fundamental a
utilização da "bagagem" de conhecimentos que os alunos trazem para o processo de
aprendizagem, lembrando que cada educando tem uma história de vida diferente,
portanto, traz experiências próprias, diferenciadas. Partindo desse pressuposto,
poderão ser efetuadas leituras diferenciadas daquilo que a escola apresenta. Numa
sociedade dita técnico-científica, onde o discurso científico está representado como
uma forma de poder, cuja importância suprema outra forma de expressão, o estudo
da Química no Ensino Médio e Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos
Iniciais do Ensino Fundamental é elemento primordial para a compreensão histórica
da evolução da humanidade, sua socialização e para a formação da cidadania.
O estudo da Química, assim como o de outras áreas do conhecimento, é
fundamental para o aluno desenvolver a capacidade de raciocinar. Logicamente,
observar, redigir com clareza, experimentar e buscar explicações sobre o que se vê
e o que se lê, possibilitando assim a sua compreensão, reflexão e análise crítica
sobre inúmeros problemas a vida moderna, de maneira a que possa utilizar-se dos
benefícios da aplicação do conhecimento químico em benefício próprio e da
sociedade em que está inserido.
Tendo em vista que a Química encontra-se interligada à história das
civilizações e do seu desenvolvimento, é preciso que na elaboração dos conteúdos
programáticos desta disciplina, tome-se como ponto de partida a trajetória do
homem desde a pré-história, oriundas das necessidades de sobrevivência, de
comunicação, as quais foram evoluindo por meio das descobertas
experimentações. Portanto o ensino da Química deverá estar centrado no estudo da
Matéria e sua Natureza, seja Biogeoquímica e/ou Química Sintética.
O ensino de Química deve proporcionar ao aluno um panorama dos seus
rumos e objetivos, levando-o a entender seus conceitos fundamentais, de forma a
poder compreender melhor os diferentes aspectos da Natureza e suas
manifestações, bem como os benefícios concedidos por ela ao ser humano. Sendo
assim, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substâncias e os materiais.
A abordagem dos conteúdos deverá conscientizar o educando sobre a
importância do equilíbrio do Planeta, bem como da sua própria importância como
elemento responsável pelo meio em que vive.
Fazem parte dos objetivos do ensino da Química: entender os conceitos
fundamentais da Química, de forma a compreender melhor os diferentes aspectos
da Natureza e suas manifestações; conscientizar o educando sobre a importância do
equilíbrio do Planeta e da sua própria importância como elemento responsável pelo
meio ambiente; trabalhar com o aluno o reconhecimento das ideias fundamentais
das Ciências, vindo a compreender as manifestações da Química nos vários
aspectos; descrever as reações e transformações químicas em linguagem
discursiva; compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual; traduzir a
linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química; utilizar a representação
simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do
tempo; traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química
(gráficos, tabelas, relações matemáticas); identificar fontes de informações e formas
de obter informações relevantes para o conhecimento da Química (livros,
computador, jornais, manuais e outros); compreender e utilizar conceitos químicos
dentro de uma visão macroscópica.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Dar condições ao educando, de participação na construção de conhecimentos
científicos a partir da reconstrução dos conhecimentos prévios presentes em sua
cognição;
- Desenvolver pela abordagem de conteúdos significativos a compreensão de conceitos
químicos e/ou percepção de sua relação com o cotidiano, propiciando aos educandos
uma reflexão sobre a teoria e a prática;
- Formar um aluno que ao se apropriar de conhecimentos científicos apresente a
capacidade de refletir criticamente sobre o período histórico atual em análise de textos,
documentários, notícias da mídia e outros;
- Desenvolver na disciplina de Química, a possibilidade do educando, a partir de seus
conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise,
reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A abordagem teórica metodológica mobilizará para o estudo do Químico
presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo
estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e
litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo
estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e
transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos
químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua
Natureza por meio de modelos ou representações. E é imprescindível fazer a
relação do modelo que representa a estrutura microscópica da matéria com o seu
comportamento macroscópico.
Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímicas e Química Sintética, a
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,
para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.
Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem
ser amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas
químicas e modelos.
O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado
descritivamente ou classificatóriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de
maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre
relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida.
Também devemos oportunizar os educandos à abordagem de temas
relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência contra a criança e
o adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
O Curso Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental propõe-se que a aquisição do conhecimento químico propicie ao aluno
uma maior compreensão dos conceitos científicos para que sejam utilizados no
entendimento das dinâmicas do mundo, e consequentemente, mude suas atitudes em
relação a ele, nos problemas ambientais, consumo desenfreado, saúde alimentar,
desperdício, visão de lucro etc.
A História e Cultura Afro-Brasileira, africana e Indígena - Lei nº 11.645/08, a
Educação Ambiental - Lei n.º 9.795/99 e Lei 13.381/01 "História do Paraná", a
Música - Lei nº 11.769/08, o Direito das Crianças e Adolescente - Lei nº 11.525/07 e
a Educação Tributária - Decreto nº 1.143/99 deverá ser considerado no
desenvolvimento dos conteúdos, como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei n° 9394, de 20 de
dezembro de 1996), "a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do.
“aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. (Artigo 24,
Inciso V - a).
E de acordo com as Diretrizes Orientadoras da Educação para Rede Estadual
de Ensino do Estado do Paraná, a avaliação se dará ao longo do processo de
ensino e de aprendizagem em cada série, possibilitando ao professor por meio da
interação diária com os alunos, com contribuições importantes para verificar em que
medida os alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados durante este
processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a
partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos
como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a
prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos
específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso
cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem na escola e no seu
cotidiano.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que
conte com meios, processos recursos e instrumentos avaliativos diversificados,
como: experimentação, trabalhos escritos, orais ou desenhos individual e/ou duplas
e/ou grupos e/ou coletivo, avaliações de consulta ou sem consulta individual e/ou
duplas e/ou grupos e/ou coletivo, confecção de cartazes, utilização de mídias
tecnológicas, seminários, mesa redonda, visitas extraclasse sempre que possível e
com autorização dos pais, onde os alunos possam expressar os avanços na
aprendizagem na medida em que interpretam, produz, discutem, relacionam,
refletem, analisam, justificam, e se posicionam e argumentando criticamente,
defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será possível para o professor fazer
uma auto avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu
redimensionamento, realizando intervenções coerentes e com os objetivos propostos
para o ensino da disciplina de Química.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12,
V; Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e
no Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a
recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades
de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do
processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o
respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de
aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da
aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar
tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua
durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou
individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção
oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos
nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em
equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de
aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos
citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Química, e ao
professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar
continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
ENSINO MÉDIO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
Introdução ao estudo da química; Conceito de química; A química em nosso cotidiano; Constituição da matéria; Matéria e suas transformações; Substâncias químicas;
Mudanças do estado físico da matéria; Substâncias puras, simples e compostas; Processo de separação de substância; Reações químicas;Lei das reações químicas;Representação das reações químicas;
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
Matéria
Velocidade das Reações
Ligação Química
Gases
Funções Químicas
Gases nobres;Ligação Iônica;Ligação covalente;Ligação metálica;Comparando as substâncias iônicas moleculares e metálicas;Geometria molecular e ligações químicas intermoleculares (polaridade de ligações e de moléculas;Alotropia;Soluções que conduzem corrente elétricas;Dissociação iônica e ionização;Conceitos de: ácidos, base, sais e óxidos.Nomenclaturas;O comportamento físico dos gases;Propriedade dos gases: densidade, pressão.Temperatura, fusão e difusão;Lei do gás ideal;Misturas gasosas;Volume molar dos gases.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
Soluções
Termoquímica
Cinética Química
Equilíbrios químicos
Radioatividade
Concentração de soluções;Densidade de solução X concentração comum;Concentração em quantidade de matéria;Titulo, porcentagem e partes por milhão;Diluição de soluções;Dispersões e suspensões;
Misturas de Soluções; Titulação ácido-base; A Energia e as transformações da matéria; Calorimetria; Entalpia e variação de Entalpia; Fatores que influem nas entalpias; Equação Termoquímica; Lei de Hess; O estado-padrão; Entalpia, padrão de combustão; Entalpia, padrão de formação; Energia de ligação; Conceito de velocidade média de uma reação química;Como as reações ocorrem; Efeito concentração, temperatura, catalisador sobre a rapidez;
Teoria das colisões; Lei Cinética da velocidade das reações; Conceito de equilíbrio químico; Conceito de reações reversíveis; Constante de equilíbrio em função das concentrações; Constante em função das pressões parciais; Deslocamento do equilíbrio (princípio de Le Chatelier); Equilíbrios Iônicos em soluções aquosas (constante de ionização);Equilíbrio iônico da água: PH e POH; Indicadores ácido-base; Equilíbrios heterogêneos e análisematemática; A descoberta da radioatividade; Radioatividade é um fenômeno nuclear; Estudos das emissões de alfa, beta e gama;Cinética dos decaimentos radioativos;Leis da radioatividade; Fissão nuclear;Fusão nuclear;Algumas aplicações da radioatividade.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
Química Orgânica
Diferenças entre compostos orgânicos e inorgânicos;Introdução à química dos compostos de carbono;Classificação de cadeias de carbono;O petróleo e os hidrocarbonetos;Nomenclatura de hidrocarbonetos;As principais classes funcionais de compostos orgânicos:- Álcoois;- Aldeídos;- Cetonas;- Ácidos Carboxílicos;- Éteres;- Ésteres;- Aminas;- Amidas;- Compostos halogenados;- fenóis;
- nitro compostos;- nitrilas e ácidos sulfônicos;- compostos organometálicos;- Isomeria;- Reações de substituição;- Reações de Adição;- Polímeros sintéticos;- Noções sobre alguns compostos presentes nos seres vivos;- Química orgânica e o ambiente;- aplicações dos compostos no cotidiano.
6. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Química. Curitiba: SEED-PR, 2008.
CAMARGO, Geraldo de Carvalho. LOPES, Celso de Souza. Química - O Ensino Médio de Olho no Mundo do Trabalho. Vol. Único, Ed.; Scipione. 2005.
TITO, Miragaia P. & CANTO, Eduardo. Químico na Abordagem do Cotidiano. Vol. Único São Paulo: 2005.
SAVIANI, D. A nova lei da educação: trajetórias, limites e perspectivas. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
SILVEIRA, Alceu Totti. Química Geral; São Paulo: FDT, 1991.
VALLE, Cecília. Ciências, Tecnologia e Sociedade. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio São Paulo: Positivo, 2005.
171
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A sociologia é fruto de seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que
trouxeram a necessidade da sociedade e a ciência, serem pensadas. Nesta encruzilhada da
ciência reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, nasceu a sociologia. Portanto, no
auge da modernidade do século XIX surge, na Europa uma ciência disposta a dar conta das
questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade
científica na crueza dos acontecimentos históricos.
A sociologia surge como uma ciência que vai fornecer uma nova visão sobre a
sociedade, verdades que deverão ser refletidas para entendermos as mudanças que
passaram e por que passaram por estas mudanças.
Após a Revolução Industrial é que realmente se dá o surgimento da Sociologia, tendo
como princípio norteador o pensamento Positivista e preocupações a respeito dos graves
problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista.
Pensadores como August Comte (1798-1857) e Émile Durkheim (1858-1977), viam na
educação a capacidade de restabelecer a ordem social e adequar os indivíduos à nova
sociedade.
O pensamento sociológico de Karl Marx (1818- 1883) era crítico e questionava a
sociedade da época em relação às explorações sofridas pelos proletários. Ele propunha a
construção de uma nova sociedade sem classes definidas.
O italiano Antônio Gramsci (1891- 1938) fez análises e definiu conceitos críticos e
172
revolucionários. O pensamento sociológico brasileiro foi influenciado tanto por ideias
conformistas quanto por revolucionárias.
O objeto de estudo de ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se
estabelecem no interior entre indivíduos, e a coletividade. Ao se constituir como ciência o
desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a sociologia tem por base a sociedade
capitalista, contudo não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial
deve fazer parte do trabalho do professor.
O objetivo da disciplina de Sociologia segundo as Diretrizes Curriculares Orientadoras
da Educação Básica e que será desenvolvida no Ensino Médio e no Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental se refere ao exame
científico da realidade cotidiana que o cerca em suas várias manifestações.
Tendo como referência autores clássicos e os contemporâneos, a sociologia propõe o
interpretador “o mundo” em suas mais diversas faces. Nesse sentido a sociologia não é uma
ciência inocente, neutra, pois ao estudar os homens e o mundo que criam ao longo da
história, ela se posiciona, influencia posições e ações.
EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA DA SOCIOLOGIA NO BRASIL
1890 - Por influência de Benjamim Constant a sociologia foi incluída nos curso
superior e secundário, porém devido a sua morte na época da implantação dos
currículos a Sociologia foi deixada de lado.
1925 - A Reforma Rocha Vaz, a Sociologia foi introduzida nas escolas secundárias do
Brasil.
1928 - A sociologia passa a ser ministrada nas Escolas de formação de professores a
Escola Normal, atualmente Magistério.
1931 - Reforma Francisco Campos ratifica a permanência da disciplina no ensino
Médio, fazendo com que ela fique no currículo até 1942.
1933- Criação da Escola de Sociologia e Política em São Paulo
1934 - Criação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo.
1942 - Reforma Capanema retirou a obrigatoriedade do ensino da Sociologia nas
escolas secundárias
173
1961 - Lei n. ° 4.024, a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional garante
retorno da Sociologia nos cursos secundários regulares (científico ou 1971 - Lei
n.°.692, a Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória e passa a figurar entre um rol
de 104 disciplinas optativas. O ensino secundário transforma-se em ensino
profissionalizante, deixando pouco espaço para as ciências sociais, sociologia
praticamente desaparece das escolas.
1982 - Lei n.°.044, altera aspectos da legislação anterior, relativizando o caráter de
profissionalização do ensino de 2.° Grau, abrindo mais espaço para as
Humanas.
1996 - Lei n.°.493 de 20/12, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
anuncia no artigo 36, parágrafo 1. °, inciso III, que os alunos, ao final do Ensino
Médio deverão ter domínio dos conhecimentos de Sociologia e filosofia;
1999 - O MEC publica os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio -
PCEM, propondo uma organização curricular por áreas, incluindo a Sociologia e a
Filosofia na Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
1999 - O Projeto de Lei do Deputado Padre Roque, que obriga a inclusão da
Sociologia e da Filosofia em todas as escolas do país é aprovado na Câmara
Federal.
2.000 - A Universidade Estadual de Londrina aprovou novo formato de vestibular para
julho de 2.002. No novo formato as provas serão elaboradas pela própria e serão
organizadas por áreas de conhecimentos requeridas pelos cursos de graduação,
adaptando-se, dessa forma a LDB e aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
2001 - O presidente Fernando Henrique Cardoso veta a lei que obrigaria as escolas a
incluírem as disciplinas Sociologia e Filosofia como obrigatória, conforme projeto
proposto pelo Deputado Federal Padre Roque e aprovado na Câmara e Senado.
2006 - As disciplinas de Sociologia e Filosofia são obrigatórias no Ensino médio por
força de Leis Estaduais e Federais, deixando de ter o seu caráter facultativo.
Em 2008 é aprovada a alteração do artigo 36 d alei 9.394/96 para incluir a filosofia e a
sociologia como disciplina obrigatória em todas as series do ensino médio.
174
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Possibilitar ao aluno o conhecimento sobre as transformações socioeconômicas,
culturais e políticas ocorridas na sociedade de forma tal que ele possa fazer análise e a
compreensão dessas relações, bem como seus determinantes. Pois assim, o educando terá
elementos que o farão refletir sobre suas condições de vida e relaciona-las aos
condicionantes sociais. Após essa reflexão poderá tomar decisões diante do enfrentamento
de dadas situações, sejam elas pessoais, individuais ou coletivas.
Os fenômenos sociais, tais como as instituições sociais, grupos sociais, classes sociais,
ideologias, desigualdades, educação entre outros são também objetivos de estudos da
sociologia.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A linguagem é a mais importante forma de mediação entre o homem e o mundo,
entendido nas relações sociais, culturais e de poder. Nesse contexto o professor de
sociologia é o mediador do conhecimento científico que possibilitará aos alunos interpretar a
realidade e desenvolver um pensamento crítico, construindo uma concepção livre do senso
comum.
Criando situações de ensino que possibilitem a exposição de professores e alunos a
diferentes pontos de vista, desta forma pode-se ter diferentes visões sobre a sociedade
conservadora e inovadora.
Os conteúdos serão abordados tanto na sua fundamentação teórica como
também em sentido mais amplo utilizando diferentes técnicas e recursos de ensino como
seminários, mesa redonda, filmes, análises de textos verbais e não verbais músicas entre
outros, sempre levando a sociologia pelo caminho da reflexão crítica.
A metodologia para a organização do fazer pedagógico no Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental priorizará nas aulas de
Sociologia o despertar nos alunos dos processos de identificação de problemas sociais que
estão de forma jornalística presentes nos meios de comunicação. Como encaminhamentos
metodológicos básicos para o ensino são propostos:
• Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando
175
possível;
• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos;
• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
Também devemos oportunizar aos educandos à abordagem de temas relevantes como
os Desafios Educacionais Contemporâneos: Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Enfrentamento à violência Contra a Criança e o Adolescente, Educação
Fiscal, Educação Ambiental.
A História e cultura Afro- Brasileira, Africana e indígena- Lei nº 11.645/ 08, A
Educação Ambiental- Lei nº 9755/ 99 e Lei nº 13381/ 01 “ História do Paraná”, a música- Lei
nº 11525/ 07 e a Educação Tributária- Decreto nº 1143/ 99 deverá ser considerados no
desenvolvimento dos conteúdos como uma prática educativa integrada, contínua e
permanente.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e metodológicas de
acordo com as necessidades dos alunos, para atender a diversidade dos sujeitos sociais
presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se propõe a trabalhar com a Educação
Inclusiva que é uma realidade na sociedade contemporânea.
4. AVALIAÇÃO
Segunda a legislação Básica da Educação (LDB nº 9394, de 20 de dezembro de 1996),
“a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais”. (Artigo 24, inciso V- a).
E de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do Estado
do Paraná, a avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em cada
série, possibilitando ao professor por meio da interação diária com os alunos, com
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos, se apropriam dos
176
conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo
professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre
determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o conforto entre esses
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social
desses alunos, o confronto com esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as
relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do
processo de ensino e de aprendizagem na escola e no seu cotidiano.
A recuperação de conteúdos está prevista na LDB nº 9394/96, nos artigos 12, V; Art.
24, V-e; na deliberação nº 007/99-CCE, no Regimento Escolar e no Projeto Político
Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação se caracteriza por
estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de aprendizagem, e com rendimento
escolar insatisfatório.
Portanto a recuperação paralela de conteúdos para os alunos que não obtiverem bom
aproveitamento educacional poderá ser realizada através da retomada do conteúdo a partir
de um encaminhamento diferenciado e de outra proposta de avaliação.
5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS, ESPECÍFICOS
5.1. ENSINO MÉDIO 1º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas;As teorias na compreensão da sociedade contemporânea – August Comt, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx;Instituições Sociais: Familiares, Religiosas e
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O Surgimento da Sociologia;A Produção sociológica Brasileira;Conhecimento Científico X Senso Comum;A Instituição Religiosa;Compreensão do Pensamento Religioso;As Diferentes Religiões e Suas Origens;A Instituição Escolar;Educação e Escola;Teorias acerca da Instituição Escolar;
177
Escolares;Sexualidade;A Questão Social;
A Instituição Familiar;A Família Moderna;Novos Formatos Familiares;A família Brasileira;A Família Adotiva;Sexualidade e as Questões de Gênero;Sexo e Sexualidade;Comportamento Sexual na Sociedade Moderna;
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalho, produção e Classes sociais;
Poder, Política e Ideologia;
Direitos, Cidadania e movimentos Sociais;
CONTEÚDOS BÁSICOS
Mobilidade Social;Relações de Trabalho na Sociedade capitalista;Preconização das Relações de Trabalho;Desemprego conjuntural, Estrutural, Subemprego e InformalidadeGlobalização;Neoliberalismo;Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno;Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;Sistema Político Brasileiro;Conceitos de Ideologia;Sociedade Violenta;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOSAs situações de Estratificação social;O Que é TrabalhoO Processo de Trabalho e Desigualdade Social;Mais Valia;Subemprego;Especialização da Mão -de- ObraEmprego Formal e DesempregoGlobalização Econômica, Cultural e Política;Tipos de Governo- Democracia;O Sistema Político Brasileiro e os Partidos Políticos;Representação Política e Eleições;Diferentes Manifestações Sociais e a Importância da Reforma Agrária;Os Diferentes Movimentos Estudantis e sua Importância;Ser Ético, ser cidadão- Juventude e Cidadania;Declaração Universal dos Direitos Humanos;Socialização da Violência;Ideologia- As Várias Formas de Ideologia;Consumo Necessário, Consumo Supérfluo e Consumo Básico;A Geração Coca-Cola;A Ideologia e a dominação capitalista;Karl Marx- Sociedade Capitalista.
3º ANO
178
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Cultura e Indústria Cultural
CONTEÚDOS BÁSICOS
Desenvolvimento Antropológico do Conceito de Cultura e sua Contribuição na Análise das Diferentes sociedades;Diversidade Cultural;Identidade;Indústria Cultural;Formação da Cultura Brasileira;Questões de Gênero, étnicas;Cultura Afro-brasileira;Cultura Indígena
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A Cultura;De Onde Vêm as Culturas e por que é importante estudá-las;Cultura CientificamenteIdentidade Nacional (nacionalidade);Etnia;Raça/cultura;Cultura: Criação ou Apropriação?Cultura e EducaçãoOs elementos da culturaAculturação: Contato e mudança cultural;Marginalidade cultural;Contracultura;O crescimento do Patrimônio Cultural.
5.2. FORMAÇÃO DE DOCENTES – EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. 1º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
CONTEÚDOS BÁSICOS
O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas;As teorias na compreensão da sociedade contemporânea – August Comt, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx;Instituições Sociais: Familiares, Religiosas e Escolares;Sexualidade;A Questão Social;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O Surgimento da Sociologia;A Produção sociológica Brasileira;Conhecimento Científico X Senso Comum;A Instituição Religiosa;Compreensão do Pensamento Religioso;As Diferentes Religiões e Suas Origens;A Instituição Escolar;Educação e Escola;Teorias acerca da Instituição Escolar;A Instituição Familiar;A Família Moderna;Novos Formatos Familiares;A família Brasileira;A Família Adotiva;Sexualidade e as Questões de Gênero;Sexo e Sexualidade;Comportamento Sexual na Sociedade Moderna;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
179
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO, Vários Autores- Curitiba: SEED-PR, 2006.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia- São Paulo: Editora Ática, 2005.
180
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LEM
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA: O ensino das línguas estrangeiras modernas no Brasil passou a ser valorizado após a
chegada da família real portuguesa ao nosso país.
Na atualidade, após a implantação da Lei Nº 9394/96, que estabelece as Diretriz e Bases
para a Educação Básica Nacional, o ensino de LEM tem por finalidade o desenvolvimento da
capacidade de aprender, através de um processo contínuo que permita ao aluno o acesso a
várias culturas, possibilitando-lhe a inserção social.
Tendo como objetivo de ensino/aprendizagem o discurso como prática social, a disciplina de
LEM deve estar norteada pela função social, visto que traz a possibilidade de trabalhar no
educando, a sua integração como ser social apto para o exercício da cidadania.
A língua concebida como discurso é repleta de sentidos a ela conferidos por nossas
culturas e nossas sociedades, é heterogênea, ideológica e opaca. É uma construção
histórica e cultural. É um espaço de construções discursivas, indissociável dos contextos em
que ocorrem não se limitando a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico.
Através da língua estrangeira se reconhece a diversidade cultural no mundo em que
vivemos, tornando-se possível oportunizar ao educando a vivenciar a cultura do outro e ao
mesmo tempo valorizar a sua própria cultura. Essa compreensão intercultural promove ainda
a aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e comportamento, tornando-o um
cidadão crítico, participativo e consciente sobre o papel exercido na sociedade.
O objeto de estudo da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é a língua em sua
função social contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade,
ou seja: ensinar e aprender uma língua estrangeira moderna é também ensinar e aprender
181
percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, formar subjetividades,
independentemente do grau de proficiência atingido.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Objetiva-se que o aluno seja capaz de:
Vivenciar uma experiência de comunicação oral e escrita pelo uso da Língua
Estrangeira Moderna, no que se refere às novas maneiras de se expressar e de ver o
mundo, refletindo sobre os costumes e maneiras de agir e interagir;
Valorizar o seu semelhante, a natureza e o meio em que vivem através da utilização
de textos, diálogos, atitudes e dinâmicas de grupos;
Ampliar a visão de mundo, tornando-se um cidadão mais crítico, participativo e
consciente sobre o papel das línguas na sociedade;
Construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e
quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
Conhecer a língua que nos cerca no universo da tecnologia, do mundo informatizado
do comércio internacional, das artes (música, cinema, teatro, etc.) e o grande
intercâmbio entre os povos;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social será trabalhada
questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do
uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira
Moderna será o texto, verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso.
Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o
grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,
somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a
182
gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que
permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve
estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser
decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou
construam sentidos aos textos.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a
oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em
Língua Estrangeira mesmo que com limitações.
É importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais emergentes e
assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional tais como: “Sexualidade,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Violência e Educação Ambiental”, superando a visão
de que textos com assuntos já superados sejam suficientes para o desenvolvimento da
consciência cidadã. Destacamos também temas interdisciplinares como História e Cultura
Afro brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08), História do Paraná (Lei nº 13.381/01),
Meio Ambiente (Lei nº 9.795/99), Música (Lei nº 11.769/08), Direito das Crianças e do
Adolescente (11.525/07), Educação Tributária (dec.1.143/99), Projeto de Leitura, eventos
internacionais como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, etc., para a formação de uma
sociedade mais consciente e igualitária.
Sempre é bom lembrar que os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries,
porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
A partir de 2011, os Livros Didáticos foram ofertados a todos os alunos gratuitamente,
no Ensino Fundamental e no Médio possibilitando ao professor a facilidade para planejar
aulas, acesso a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação aos
alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas, exercícios, enfim,
acompanhar melhor as atividades.
Para o curso Formação de Docentes todo o encaminhamento dar-se-á através de
textos diversificados, selecionados pelo professor envolvendo os temas a acima citados e/ou
pertinentes ao interesse dos alunos.
183
Dar-se-á ênfase às seguintes atividades:
Práticas de leitura de textos no gênero discursivo.
Práticas de leitura e escrita de diálogos, bilhetes, mensagens, histórias em
quadrinhos, receitas culinárias, mapas e charges.
Repetições orais de sons, músicas e palavras;
Colagens e/ou desenhos referentes ao vocabulário estudado.
Resolução de “caça-palavras e palavras cruzadas”.
Resolução de “jogos de palavras (forca)”.
Trabalhos em duplas e em grupos.
Organização de cadernos.
Leituras orais de palavras, textos e acompanhamento de músicas;
Apresentação de imagens, “slides" e vídeos na TV pendrive.
Elaboração de mapas; Resolução de contas matemáticas (adição e subtração).
Produção escrita de diálogos e histórias em quadrinhos;
Práticas de leitura de placas informativas e de advertência.
Desenhos da planta de sua casa, da planta de sua cidade.
Análise de imagens e propagandas na TV pendrive referentes ao vocabulário
estudado.
Produção de texto (o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda
dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor).
Práticas de leitura frases no singular, no plural, no presente, no passado e no futuro;
Práticas de leitura e escrita envolvendo preços;
Pesquisa de preços em supermercados;
Práticas de leitura e escrita envolvendo horas e fusos horários;
Práticas de leitura e escrita de receitas culinárias.
Análise de imagens e audição de receitas culinárias na TV pendrive e resolução de
exercícios referentes ao vocabulário estudado.
Dar comandos, direções e informações.
Produção escrita de textos descrevendo a localização de estabelecimentos comerciais
em uma cidade (em grupos).
184
Exercícios práticos e orais no pátio da escola, envolvendo as preposições.
Produção escrita de textos no presente, no passado e no futuro;
Bingo de verbos;
Produção escrita de entrevistas (em grupos).
Análise de imagens e textos (entrevistas) na TV pendrive;
Apresentação de trabalhos.
Produção escrita de instruções de jogos (em grupos).
Pesquisas (lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber
mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na
internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por
diante, também serão consideradas pesquisas).
Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas
feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá
ser feita em Língua Materna.
Além do livro didático, serão utilizados outros materiais disponíveis na escola: dicionários,
livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, revistas, jornais, etc.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos
fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares Orientadoras, na LDB nº
9394/96, no Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico da escola.
Deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes. Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir
sentidos na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;
levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a intencionalidade, etc. Não
se trata, portanto, de testar conhecimentos linguístico-discursivos de um texto – gramaticais,
de gêneros textuais, entre outros –, mas sim, verificar a construção dos significados na
interação com textos e nas produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários
significados são possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados. É através
185
dela que é possível perceber quais são os conhecimentos linguístico-discursivos,
sociopragmáticas ou culturais que ainda não foram suficientemente trabalhados e que
precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com
os discursos em Língua Estrangeira.
É importante priorizar o processo de crescimento e não apenas mensurar o
conhecimento por ele alcançado, sendo concebida como uma prática social. Isso só é
possível através da realização, pelo aluno, de atividades orais, escritas, trabalhos em duplas
ou em grupos, criação de jogos, palavras cruzadas, e na observação do professor para que
os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. de forma contínua e cumulativa.
Destacamos ainda que o processo de recuperação acontecerá paralelamente aos
conteúdos, com atividades diversificadas e desenvolvidas durante todo o ano e para todos
os alunos.
5. CONTEÚDOS
5.1. ENSINO FUNDAMENTAL
6ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como prática social.
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
GÊNERO DISCURSIVO: Alfabeto, soletração, comerciais de TV, siglas, “homepages”, cartão- postal, Mapas, Cartazes Escolares, Carteiras de Identidades, certidão de nascimento; Álbum de família e Lendas, Ficha de Registro; História em Quadrinhos e Cartazes;LEITURA: Intencionalidade do texto; Elementos composicionais do gênero, Intertextualidade, funções das classes gramaticais no texto; Identificação do tema, Marcas linguísticas: pontuação, aspas, travessão, negrito; ortografia, Identificação do tema, Identificação do tema; ESCRITA:Informatividade, Ortografia, Vocabulário Variações linguísticas, Intencionalidade do texto, intertextualidade, funções das classes gramaticais no texto, marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos, ORALIDADE:
186
Papel do locutor e interlocutor; Variações linguísticas; Linguagem formal e informal; Semântica, elementos extralinguísticos: entonação, pausas, turnos de fala, pronúncia.
“ANÁLISE LINGUÍSTICA: Apresentações, pronomes pessoais e demonstrativos e “Verb to be”, no presente, verb to be, short answers”, pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos, adjetivos pátrios, “verb to be, short answers”, artigos, pronomes possessivos, interrogativos, cores, materiais escolares, plural dos substantivos, “verb to be: Present;
Pronomes: “it, this, they, these;
“Question word: how old, who”;
Singular e plural dos substantivos;
Profissões;
Caso Genitivo.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como prática social.
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
GÊNERO DISCURSIVO: Panfletos, cartão-postal, música, cartoons, cardápios, receitas e diário; cartazes, descrição;LEITURA: Identificação do tema, do argumento principal, funções das classes gramaticais no texto, intertextualidade, marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); ESCRITA: Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas, clareza de ideias, tema do texto, intertextualidade, Informatividade, marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (aspas, pontuação, travessão, negrito); tema do texto, ORALIDADE: Variedades linguísticas, exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada de diferentes países, adequação do discurso ao gênero, variações linguísticas, pronúncia;ANÁLISE LINGUÍSTICA: Pronomes Interrogativos:
187
(What, Where, When, How),Pronomes Pessoais e possessivos;Preposições;Uso de “There is, There are, Is there, Are there”; Uso do “can, can´t”, para designar habilidades, pronomes interrogativos, advérbios, “Simple Present” (afirmativa e negativa), “short answers”, Contáveis e não contáveis;preferências: “like, don´t like, prefer, hate”; advérbios de frequência, uso do “after and before”, “Simple Present”, “Simple Present-WH questions” nas formas afirmativas, negativas e interrogativas;advérbios de tempo;
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como prática social.
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
GÊNERO DISCURSIVO: mapas de cidades, cardápios, cartazes escolares, carteiras de identidades, certidão de nascimento; receitas culinárias, agenda semanal e e-mail; convite por e-mail e “folders” turísticos;LEITURA: Identificação do tema, do argumento principal, funções das classes gramaticais no texto; intertextualidade; marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; ortografia;ESCRITA: Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas. clareza de ideias, intencionalidade do texto, intertextualidade, funções das classes gramaticais no texto, marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, ortografia;ORALIDADE: Variedades linguísticas. Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada de diferentes países, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito, pronúncia; elementos extralinguísticos: entonação, pausas, turnos de fala,
ANÁLISE LINGUÍSTICA: Revisão,Preposições, forma imperativa (negativa e afirmativa), “Wh questions, full and short aswers”; Uso do “would you like...?”, “Would you like” afirmativa, negativa e interrogativa e “short answers;
188
How much, how many, some, any”, going to”, pronomes interrogativos: “what, where, what time, who, with”, “Object pronouns: him, her, them”;Verbo + Gerúndio: “like, need;
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Discurso como prática social.
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
GÊNERO DISCURSIVO: cartão-postal, biografia, gráficos, música, folder, mapas, cartazes, placas e slogan;LEITURA: Identificação do tema, do argumento principal; funções das classes gramaticais no texto; marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; ortografia;ESCRITA: Adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas linguísticas, clareza de ideias, finalidade do texto, Informatividade, funções das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, ortografia, ORALIDADE: Variedades linguísticas, exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada de diferentes países, adequação do discurso ao gênero, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, pronúncia;ANÁLISE LINGUÍSTICA: Revisão dos conteúdos estudados nos anos anteriores;“Simple Past, regular and irregular verbs”, preposições, conjunções, “Past Continuous”, “Simple Past” verbos regulares e irregulares, “Past Continuous”, pronomes interrogativos, preposições, conjunções, advérbios e interjeições, “Past Continuous”, advérbios de quantidade, superlativo dos advérbios; pronomes relativos, “direct and indirect questions”, verbos “to have, to can, may, could”;
5.2. ENSINO MÉDIO
1º ANO
Conteúdo Estruturante: A disciplina de LEM deve estar norteada pela função social tendo
como objetivo de ensino/aprendizagem o discurso como prática social, possibilitando
trabalhar no educando, a sua integração como ser social apto para o exercício da cidadania.
189
Conteúdos Básicos: Leitura, Oralidade, Escrita.
Gênero Discursivo: Textos, anúncios, letras de músicas.
Leitura: Identificação do tema, do argumento principal.
Escrita: Adequação do discurso ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas
linguísticas, vozes sociais presentes ao texto.
Oralidade: Variedades linguísticas elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos,
etc.), adequação da fala ao contexto, pronúncia.
Conteúdos Básicos: Leitura, Oralidade, Escrita.
Gênero Discursivo: textos, reportagens, videoclipe, histórias em quadrinhos, letras de
musicas.
Leitura: Identificação do tema, do argumento principal.
Escrita: Adequação do discurso ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas
linguísticas, vozes sociais presentes ao texto.
Oralidade: Variedades linguísticas elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos,
etc.), adequação da fala ao contexto, pronúncia.
Conteúdos Básicos: Leitura, Oralidade, Escrita. Gênero Discursivo: textos, anúncios classificados, publicidade comercial, letras de músicas.
Leitura: Identificação do tema, do argumento principal.
Escrita: Adequação do discurso ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas
linguísticas, vozes sociais presentes ao texto.
Oralidade: Variedades linguísticas elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos,
etc.), adequação da fala ao contexto, pronúncia.
Conteúdos Básicos: Leitura, Oralidade, Escrita.
190
Gênero Discursivo: biografia, cartaz, contos, letras de músicas e textos. Leitura: Identificação
do tema, do argumento principal.
Escrita: Adequação do discurso ao gênero: elementos composicionais, formais e marcas
linguísticas, vozes sociais presentes ao texto.
Oralidade: Variedades linguísticas elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos,
etc.), adequação da fala ao contexto, pronúncia.
CELEM / ESPANHOL - TURMA P1
Conteúdo Estruturante: A disciplina de LEM deve estar norteada pela função social tendo
como objetivo de ensino/aprendizagem o discurso como prática social, possibilitando
trabalhar no educando, a sua integração como ser social apto para o exercício da cidadania.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana decirculação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**
Comercial para radio*
Folder
Paródia
Placa
Publicidade comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anuncio classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:
Esfera escolar de circulação:
Esfera literária de circulação:
Esfera midiática de circulação:
Autobiografia
Biografia
Cartaz
Diálogo**
Exposição oral*
Mapa
Cartaz
Diálogo**
Exposição oral*
Mapa
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*
Telenovela*
191
Resumo Resumo
Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA:Oralidade
ABORDAGEM TEORICO- METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:-Temas do texto;
-Aceitabilidade do texto;
-Finalidade do texto;
-Informatividade do texto;
-Intencionalidade do texto;
-Situacionalidade do texto;
-Papel do locutor e
interlocutor;
-Conhecimento de mundo;
-Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos;
-Adequação do discurso ao
gênero;
-Turnos de fala;
-Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centrada no texto:-Marcas linguísticas: coesão
coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos;
-Adequação da fala ao
contexto (uso de distintivos
formais e informais como
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos:-Orientar sobre o contexto
social de uso do gênero oral
trabalhado;
-Propor reflexões sobre os
argumentos utilizados nas
exposições orais dos alunos;
-Preparar apresentações que
explorem as marcas
linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
-Estimular a expressão oral
(contação de histórias),
comentários, opiniões sobre os
diferentes gêneros trabalhados,
utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como:
entonação, expressão facial,
corporal e gestual, pausas e
outros;
-Selecionar os discursos de
outros para análise dos
Espera-se que o aluno:-Utilize o discurso de acordo com a
situação de produção (formal e/ou
informal);
-Apresente suas ideias com
clareza, coerência;
-Utilize adequadamente entonação,
pausas, gestos;
-Organize a sequência de sua fala;
-Respeite os tumos de fala;
-Explore a oralidade, em
adequação ao gênero proposto;
-Exponha seus argumentos;
-Compreenda os argumentos no
discurso do outro;
-Participe ativamente dos diálogos,
relatos, discussões (quando
necessário em língua materna);
-Utilize expressões faciais e
gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros
elementos extralinguísticos que
julgar necessário.
192
conectivos, gírias,
expressões, repetições);
-Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral ou
escrito;
recursos da oralidade, como;
cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem entre outros.
PRÁTICA DISCURSIVA:Leitura
ABORDAGEM TEORICO- METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:-Temas do texto;
-Conteúdo temático do texto;
-Elementos composicionais
do gênero;
-Propriedades estilísticas do
gênero;
-Aceitabilidade do texto;
-Finalidade do texto;
-Informatividade do texto;
-Intencionalidade do texto;
-Situacionalidade do texto;
-Papel do locutor e
interlocutor;
-Conhecimento de mundo;
-Temporalidade;
-Referência textual;
Fatores de textualidade centrada no texto:-Intertextualidade;
-Léxico: repetição,
conotação, denotação,
polissemia;
-Marcas linguísticas: coesão
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados á esfera social de circulação:-Utilizar estratégias de leitura
que possibilite a
compreensão textual
significativa de acordo com o
objetivo proposto no trabalho
com o gênero textual
selecionado;
-Desenvolver atividades de
leitura em três etapas:
-pré-leitura (ativar
conhecimentos prévios,
discutir questões referentes
à temática, construir
hipóteses e antecipar
elementos do texto, antes
mesmo da leitura);
-leitura (comprovar ou
desconsiderar as hipóteses
anteriormente construídas);
-pós-leitura (explorar as
habilidades de compreensão
e expressão oral e escrita
objetivando a atribuição e
Espera-se que o aluno:-Realize leitura compreensiva do
texto com vista a prever o conteúdo
temático, bem como a ideia
principal do texto através da
observação das propriedades
estilísticas do gênero (recursos
como elementos gráficos, mapas,
fotos tabelas);
-Localize informações explicitas e
implícitas no texto;
-Deduza os sentidos das palavras
e/ou expressões a partir do
contexto;
-Perceba o ambiente (suporte) no
qual circula o gênero textual;
-Reconheça diversos participantes
de um texto (quem escreve, a
quem se destinam, outros
participantes);
-Estabeleça o correspondente em
língua materna de palavras ou
193
coerência, função das
classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos
(aspas, travessão, negrito);
-Partículas conectivas
básicas do texto;
-Elementos textuais:
levantamento lexical de
palavras italicizadas,
negritadas, sublinhadas,
números, substantivos
próprios;
-Interpretação da rede de
relações semânticas
existentes entre itens lexicais
recorrentes no título,
subtítulo, legendas e textos.
construção de sentidos com
o texto);
-Formular questionamentos
que possibilitem inferências
sobre o texto;
Encaminhar as discussões
sobre: tema, intenções,
finalidade, intertextualidade;
-Utilizar de textos verbais
diversos que dialoguem com
textos não verbais, como:
gráficos, fotos, imagens,
mapas;
-Relacionar o tema com o
contexto cultural do aluno e
o contexto atual;
Demonstrar o aparecimento
dos modos e tempos verbais
mais comuns em
determinados gêneros
textuais;
-Reconhecimento das
propriedades próprias de
diferentes gêneros:
-temáticas (o que é dito
nesses gêneros);
-estilísticas (o registro das
marcas enunciativas do
produtor e os recursos
linguísticos);
-composicionais (a
organização, as
características e a sequência
tipológica).
expressões a partir do texto;
-Analise as intenções do autor;
-Infira relações intertextuais;
-Faça o reconhecimento de
palavras e/ou expressões que
estabelecem a referência textual;
-Amplie seu léxico, bem como as
estruturas da língua (aspectos
gramaticais) e elementos culturais.
194
PRÁTICA DISCURSIVA:Escrita
ABORDAGEM TEORICO- METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrados no leitor:-Tema do texto;
-Conteúdo temático do texto;
-Elementos composicionais
do gênero;
-Propriedades estilísticas do
gênero;
-Aceitabilidade do texto;
-Finalidade do texto;
-Informatividade do texto;
-Intencionalidade do texto;
-Situacionalidade do texto;
-Papel do locutor e
interlocutor;
-Conhecimento de mundo;
-Temporalidade;
-Referência textual;
Fatores de textualidade centrada no texto:-Intertextualidade;
-Partículas conectivas
básicas do texto;
-Vozes do discurso: direto e
indireto;
--Léxico: emprego de
repetições, conotação,
-Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade:
-Estimular a ampliação de
leituras sobre o tema e o
gênero proposto;
-Acompanhar a produção de
texto;
-Encaminhar e acompanhar a
reescrita textual: revisão dos
argumentos (ideias), dos
elementos que compõem o
gênero;
-Analisar a produção textual
quanto à coerência e coesão,
continuidade temática, à
finalidade, adequação da
linguagem ao contexto;
-Conduzir à reflexão dos
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos;
Espera-se que o aluno:-Expresse as ideias com clareza;
-Elabore e reelabore textos de
acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo:
-às situações de produção
propostas (gênero, interlocutor,
finalidade);
-à continuidade temática;
-Diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal;
-Use recursos textuais como:
coesão e coerência,
Informatividade, etc.;
-Utilize adequadamente recursos
linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, numeral,
substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
-Empregue palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e
denotativo, em conformidade com o
gênero proposto:
195
denotação, polissemia,
formação das palavras,
figuras de linguagem;
-Emprego de palavras e/ou
expressões com mensagens
implícitas e explicitas;
-Marcas linguísticas: coesão
coerência, função das
classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
-Acentuação gráfica;
-Ortografia;
Concordância verbal e
nominal.
-Oportunizar o uso adequado
de palavras e expressões
para estabelecer a referência
textual;
-Conduzir a utilização
adequada das partículas
conectivas básicas;
-Estimular as produções nos
diferentes gêneros
trabalhados.
-Use apropriadamente elementos
discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros
trabalhados;
-Reconheça palavras e/ou
expressões que estabelecem a
referência textual;
-Defina fatores de contextualização
para o texto (elementos gráficos,
temporais).
6. REFERÊNCIAS
PARANÀ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para rede Estadual de Ensino LEM - Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
196
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1999.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança – por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad, 2003.
Coleção de LEM, CHIN, Elizabeth Young e ZAOROB, Maria Lúcia, Keep in Mind: São Paulo: Editora Scipione, 2011.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FARACO, C. A. Português: língua e cultura – manual do professor. Curitiba: Base, 2005.
FARACO, C. A. (org.) Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2001. Comercial: www.youtube.com
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
197
A transmissão do conhecimento de Ensino Religioso é pertinente, no currículo da
Educação Básica, em vista de a mesma fazer parte integrante da História Social e Política do
povo brasileiro desde os primórdios da colonização face à submissão do Brasil ao Reino de
Portugal cuja meta era voltada para o ensino das Sagradas Escrituras e da doutrina católica.
O ensino religioso, promovido pelos jesuítas, com o objetivo de levar os índios ao abandono
de suas crenças e costumes e, consequentemente, à sua submissão ao conjunto de
preceitos e sacramentos da Igreja Católica, teve sua interrupção determinada por Sebastião
José de Carvalho e MeIo, o marquês de Pombal, ministro de Estado de D. José I, em 1759.
Com a expulsão dos jesuítas, do Brasil, a laicização do ensino se estabeleceu e
passou a ser mantida e definida pelo Estado, a exemplo do que acontecia em Portugal, sob a
influencia do ideal iluminista que promovia o anti-clericalismo. No Período Imperial, no
entanto, o catolicismo passa a ser a religião oficial do Brasil servindo de instrumento
ideológico e a Igreja Católica permanece submissa ao Estado.
Com a imigração alemã, em 1824, a Igreja Evangélica chega ao Brasil com a missão
inclusive de fundar escolas para que o ensino da língua alemã e da Sagrada Escritura
pudesse ser cultuado. No entanto, sinais exteriores como torres e sinos não eram permitidos
por ser o catolicismo a única religião permitida no Brasil.
A população negra que, através do Decreto 1.331, de 17 de fevereiro de 1854, não
seria admitida nas escolas públicas, passa, estupefata, a ter permissão para frequentá-las
apenas no período noturno pelo Decreto 7.031-A, de 6 de setembro de 1878, mas não ficou
livre das “estratégias montadas no sentido de impedir o acesso pleno dessa população aos
bancos escolares.”
Ao ser proclamada a República em 1889, a filosofia positivista de Auguste Comte,
visível e professada pelos componentes das Escolas Militar, da Marinha, de Medicina,
Politécnica e do Colégio Pedro II, na capital da República (Rio de Janeiro) promove uma
reação filosófica contra a doutrina confessional católica, até então única reflexão existente no
país e reformula todo o ensino brasileiro com o ideal de alcançar o Estado Sociocrático
destinado às camadas pobres. Esta meta, porém, não foi alcançada neste período devido ao
baixíssimo nível de instrução do povo, continuando assim, o Ensino Religioso ser aplicado
nas bases da religião católica.
A Constituição de 1934, democrática e social, consagrou o ensino religioso nas
198
escolas públicas de uma forma bem clara:
Art 153 - O ensino religioso será de freqüência facultativa e ministrado de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais.No Estado Novo (1937-1945) por questões políticas, a Igreja Católica e o governo de
Getúlio Vargas se aproximam, mas a nova Constituição nada menciona a respeito do Ensino
Religioso sendo dela retirado, até mesmo, o preâmbulo de invocação “proteção de Deus”,
comum nas demais cartas constitucionais brasileiras. Nesta época os cursos
profissionalizantes se destacam frente à necessidade de mão-de-obra que atendessem as
demandas do mercado, mas não contemplam o Ensino Religioso.
A Carta Brasileira de Educação Democrática (1945) imprime dentro de seus objetivos
que se presta a ... e) evitar que influências dogmáticas deturpem o caráter democrático da escola e atentem contra a expansão da personalidade do educando”.
Em contraposição à constituição ditatorial do Estado Novo, a Constituição de 1946
vigente até 1964, no restabelecimento da democracia inseriu o seguinte dispositivo:
Art 168 - A legislação do ensino adotará os seguintes princípios:
(...)
V - o ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas oficiais, é de matrícula facultativa e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu representante legal ou
responsável;
Essa orientação se manteve até meados dos anos 60 e o Ensino Religioso passou a
ser ministrado por voluntários e sofria a influência da procedência religiosa de seus
ministrantes.
Durante o período militar (1964-1985), o Ensino Religioso continuou a ser ministrado
como o praticado desde a Constituição de 1934 salvaguardando o direito individual de
liberdade e de credo, mantendo o caráter facultativo para estudantes não católicos.
Em 1988, o Art. 210 fixa os conteúdos mínimos para o ensino fundamental, e
determina, com caráter laico:
199
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
A Lei de Diretizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela Lei n. 9.475, de 22 de julho de 1997) estabelece novamente o ensino
religioso como opcional:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição
dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
admissão dos professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Observa-se a preocupação do Estado, em relação ao Ensino Religioso, apesar do
texto expresso na Constituição, quanto à prática de proselitismo que desrespeitaria o direito
fundamental de liberdade religiosa dos não católicos. Assim, o Ensino Religioso torna-se
confessional público, isto é, de acordo com opção religiosa do aluno ou de seu responsável,
ministrada por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas
respectivas igrejas ou entidades religiosas.
Segundo o jurista Daniel Sarmento “A laicidade do Estado não se compadece com o
exercício de autoridade pública com fundamento em dogmas de fé – ainda que professados
pela religião majoritária –, pois ela impõe aos poderes estatais uma postura de
imparcialidade e eqüidistância em relação às diferentes crenças religiosas, cosmovisões e
concepções morais que lhes são subjacentes”. Esta afirmativa é corroborada
pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual
de Ensino quando determina que qualquer religião deve ser tratada como conteúdo escolar,
uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de
organização de diferentes sociedades, e tem sua abrangência pluriconfessional ao
200
determinar que a religião e os conhecimentos religiosos, enquanto patrimônios da
humanidade, construídos históricamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,
econômicos e políticos e se prestem, através do Ensino Religioso, a orientar para a
apropriação dos saberes, sobre as expressões e organizações religiosas das diversas
culturas na sua relação com outros campos do conhecimento.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso deve, portanto, propiciar a compreensão, comparação
e análise das diferentes manifestações do sagrado e seus múltiplos significados.
Objetivando, também, dar embasamento aos estudantes para que compreendam os
conceitos básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas
pelas tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do sagrado. Para tanto
deve oferecer subsídios para que a comunidade estudantil compreenda como os grupos
sociais se organizaram culturalmente e como se relacionaram com o sagrado. Desse modo,
os estudos dos fundamentos religiosos de grupos humanos, através do tempo e do espaço,
contribuirão para superar as desigualdades étnico-religiosas; para garantir o direito
constitucional de liberdade individual e política. Atenderá, assim, um dos objetivos da
educação básica que, segundo a LDB 9394/1996, é a conquista da cidadania.
“O bem-estar e a prosperidade mundial dependem da conduta das crianças e dos
jovens. Somente quando sua conduta for boa, o mundo poderá ter um futuro ideal.” Esta
citação de Sathya Sai Baba, ícone cultural na Índia, fala de um mundo que pretendemos ver
real. O Ensino Relioso, abordando o tema do Sagrado, deve oportunizar a criação de
alicerces para o homem evolutivo e sua melhoria de condições fisicas, mentais e espirituais.
A disciplina de Ensino Religioso prestar-se-á a orientar os educandos para uma visão
holística onde nos apresentamos, todos, interligados e independentes das religiões
professadas, mas voltados para a dimensão da beleza na comprensão e aceitação do outro,
como nosso igual, num permanente espírito de solidariedade e desapêgo que proporciona o
conflito. E, somente o exemplo de imparcialidade, enquanto educador fará com que crianças
e jovens possam cultivar essas qualidades.
Pautados em uma visão holística, a disciplina de ensino Religioso se tem por
objetivos:
201
Valorizar o direito de cidadania do indivíduo, dos grupos e dos povos,
respeitando as diferenças.
Motivar o relacionamento positivo com a família e seus pares.
Praticar as regras instituidas para o bem viver com as pessoas e com a
natureza.
Sociabilizar a interação uns com os outros no sentido de compartilhar o
conhecimento.
Despertar a sensibilidade no convívio com a natureza, com as artes e com o
Transcendente.
Conscientizar sobre o sentimento do amor que sintetiza todos os sentimentos e
todas as leis independente de leis ou credos.
Assumir a possibilidade de transformação em caráter evolutivo como tarefa
pessoal.
Trabalhar com a emoção, poderosa energia, que tanto pode ajudar ou
prejudicar, dependendo da maneira como é administrada.
Entender os autênticos valores que dão sentido à vida.
Priorizar o sentido da vida e protegê-la em qualquer circunstância.
Respeitar a hieraquia social em vista de ter sido estabelecida para o melhor
convívio humano.
Entender e analisar as influências recebidas no meio em que vive aprendendo
a desfrutar de relacionamentos verdadeiros.
Praticar a verdade como base para a construção de um mundo melhor.
Demonstrar fé respeitando a religião de seus semelhantes.
Evitar conflito ao mencionar os saberes.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos" (Eduardo Galeano).
Ao aceitarmos a fala de Eduardo Galeano como verdadeira, aceitamos também o
discurso do cineasta Woody Allen quando diz que “somos a soma de nossas próprias
202
decisões”. Para que este caminhar de compreensão atinja seu objetivo na disciplina de
Ensino Religioso há que se buscar os quatro pilares para a educação integral do ser
humano (Jacques Delors):
Os “quatro pilares básicos para a educação integral do ser humano” (Jacques Delors),
que passamos a considerar também faz parte da educação em ensino religioso que irá
contribuir para o reconhecimento dessa realidade como:
Aprender a conhecer indica o interesse, a abertura para o conhecimento, que
verdadeiramente liberta da ignorância;
- para que isto aconteça precisa-se de motivação e curiosidade que serão instigados
por perguntas, filmes, comparações que leve a pensar.
Aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na
busca de acertar;
- para que isto de realize precisa-se de interesse e curiosidade que farão surgir
criatividade e o espantar-se, frente ao desconhecido; procedimento de pesquisa de campo
com os mais variados tipos de pessoas;
Aprender a conviver traz o desafio da convivência que apresenta o respeito a todos e
o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e
- para que isto se concretize é necessário que se torne prazerosa a ação de
compartilhar de projetos comuns, percepção de interdependência, administrar conflitos e ter
prazer no esforço comum, ações observadas em disputas esportivas, apresentação de
trabalhos.
Aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e
o objetivo de viver.
- para que isso se introjecte é necessário sensibilidade pessoal para desenvolver um
sentido ético e estético, criticidade de pensamento que conduza ao desenvolvimento da
inteligência. Apresentação de filmes (Gandhi, Corrente do Bem, Sempre a seu lado, etc.) que
apresentam temas como lealdade, coerência entre a teoria e a prática são trilhos que
despertam a Ética e a Moral como trilhos sobre os quais deslizam a conduta humana, cuja
meta é a arte de bem viver.
203
Vivenciar a pluralidade é apresentar situações que favoreçam as dimensões afetiva,
física, intelectual, social e religiosa de cada aluno levando-os a discussões de importância
primordial como as das etnias, dos deveres e direitos das crianças e da juventude, respeito e
conservação do meio ambiente, tanto quanto respeito às leis fiscais que promovem o
desenvolvimento, entender-se enquanto ser regional conhecendo a História do Paraná,
multifacetado que é, e também das tradições da História regional da qual o aluno se faz
parte.
4. AVALIAÇÃO
Derivada da palavra latina religionem, anterior ao advento do cristianismo, com o
significado de um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão, o vocábulo
religião tem sido aplicado com um aspecto intelectual baseado na obra Natura Deorum de
Cícero (45 A.C), no sentido de reler as escrituras para melhor interpretá-las e não no sentido
de religar (religere), como se religião fosse um laço de piedade que serve para religar os
seres humanos a Deus, o que demonstraria a impiedade de Deus em ter desligado os
humanos de sua divindade, o que não é próprio de Deus.
Sendo o termo religião interpretado, nos dias de hoje, como um conjunto de sistemas
culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que
relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores, fica o ser humano
desprovido de instrumentação para avaliar suas mais diversas práticas ao mesmo tempo em
que, entendendo e aceitando essa diversidade nos aproxima cada vez mais do humano
eivado de qualidades inerentes à sua formação.
Não obstante a grandiosidade do tema estudado como Ensino Religioso, tendo por
orientador o livro “O Sagrado no Ensino Religioso” e aplicado enquanto disciplina natural nas
escolas públicas, dela não se extrai avaliações reprovativas por ser de caráter facultativo, o
que favorece uma avaliação do homem enquanto sujeito de transformações em si e per-si.
O que se deve perceber é a influência que a apropriação dos conhecimentos exerce
sobre o comportamento individual ou coletivo e se a compreensão dos mesmos atingem
seus objetivos superando todos os tipos de preconceitos..
Verificar se os conteúdos sugeridos pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica
204
de Ensino Religioso do Paraná permitiram o conhecimento e promoveram a compreensão,
no âmbito familiar, social e educativo, quanto a:
Convívio respeitoso com as variadas opções religiosas; liberdade cultural e identidade
do outro;
Adequação de postura em relação às diferentes manifestações religiosas e culturais;
Compreender-se sujeito de transformações sem medo da finitude humana.
Caberá, no entanto, ao professor articular os conteúdos de forma interdisciplinar abordando
aspectos relativos à cultura dos variados povos e/ou etnias, utilizando-se de instrumentos
apropriados que mensurem o quanto o aluno se adornou dos conteúdos abordados no
ensino religioso.
4.1. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art. 13.
IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no Projeto Político
Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação se caracteriza por
estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de aprendizagem e com rendimento
escolar insatisfatório. Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a
recuperação tem como princípio básico o respeito à diversidade, de características, de
necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter
processual da aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para
a aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar tanto na
Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprendeu ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. “Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação”. Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as
aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente;
205
retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse,
sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando necessário e possível;
atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no
desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Ensino Religioso, e ao professor
realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar continuidade à sua
prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS 6º ANO
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
PAISAGEM RELIGIOSA;
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSOTEXTO SAGRADO
ORGANIZAÇÕES
RELIGIOSAS;
LUGARES SAGRADOS;
TEXTOS ORAIS E ESCRITOS;
SÍMBOLOS SAGRADOS
Família e Valores:- respeito para consigo e com o próximo, amizade, solidariedade, amor e confiança;Respeito à diversidade religiosa;Cultura e Diversidade; Declaração dos Direitos Humanos;Lugares Sagrados para as diversas formas de religiosidade tais quais indígenas, afro-brasileiros, católicos, hinduístas, budistas, muçulmanos, espíritas, entre outras;Textos Sagrados, orais e escritos das mais diversas religiões, a exemplo da Bíblia, do Livro dos Vedas, do Corão, do Tao Te Ching, livros Espíritas, etc.Símbolos religiosos representativos como a Cruz, Estrela de Davi, Hilal ou Lua Crescente, etc.
PAISAGEM RELIGIOSA;
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
TEMPORALIDADE
SAGRADA;
FESTAS RELIGIOSAS
Família e Valores:- respeito para consigo e com o próximo, amizade, solidariedade, amor e confiança;Organizações Religiosas;Religiões através dos tempos;Festas religiosas tais como: Candomblecistas, Católicas, Hinduístas, Islâmicas, Judaicas, etc.Ritos sagrados como seguem: Batismo, Crisma, Yom Kipur, a Dança dos
206
TEXTO SAGRADO RITOSVIDA E MORTE
Derviches, Ritos de Incorporação, Ritos de Morte Japoneses, etc.Imortalidade, ancestralidade, reencarnação, etc.;
6. REFERÊNCIAS E FONTES
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Trad. José Luiz Gonzaga Prado. 24. ed. São Paulo: Paulus, 1998. (Cân. 375 §1; Ezequiel 47; 12; Êxodo III, 5).BRASIL – Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, 1946.BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nr. 9394 – 20/12/1996, Lei nr. 4024 – 20/12/1961, Lei nr. 9394 – 20/12/1996, Lei nr. 9475 – 22/07/1997.PARANÁ – Currículo para Educação Básica e as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) – Ensino ReligiosoPARANÁ – Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino Religioso MEMVAVMEM/2008.ALVES, L. A. Sousa – Cultura Religiosa: caminhos para a construção do conhecimento- IBPEX – Curitiba-PR/2009ARMSTRONG, Karen – Uma História de Deus – São Paulo – Cia. das Letras/1993.
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209
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA DISCIPLINA
Desde que o homem primitivo começou a se interessar e a observar os fenômenos
naturais que ocorriam ao seu redor, começar a aprender com eles, procurando satisfazer
210
suas necessidades cotidianas e a sua vida, a ciência biológica já estava presente, embora
não apresentasse o caráter sistematizador do conhecimento, que possuímos hoje.
Foram essas observações que possibilitaram ao homem aperfeiçoar suas técnicas,
fabricar novos instrumentos, aprender a armazenar o excesso de suas produções,
desenvolvendo noções de cálculo para construção de novos espaços para armazenamento
da produção, e também para elaborar calendários a partir dos movimentos celestes... Enfim,
formular teorias, crenças e valores, foi um ponto de partida para o aparecimento de uma
ciência racional, a filosofia. Fazendo com que o homem, no decorrer da história, mudasse a
forma de expressar seu conhecimento referente ao mundo e desta forma, a ciência biológica
passa a ser determinada pela maneira com que ele expressa esse conhecimento.
Portanto, ao se pensar na Ciência como construção humana, falível e intencional,
numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser
humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. O conhecimento da história
da ciência propicia, ao ensinar e aprender Ciências, uma visão dessa evolução ao aprender
seus limites e possibilidades temporais e, principalmente ao relacionar essa história, com as
praticas sociais, as quais estão diretamente vinculadas.
A partir do século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são incontáveis,
mediante os avanços da química, da física e da biologia. Entretanto, a ciência também tem
momentos de efeitos negativos ao incrementar as guerras e influenciar na miséria de muitos.
A importância fundamental dessa ciência foi determinante para a humanidade, e para
que esse conhecimento fosse sintetizado que a disciplina de Ciências foi inserida no
currículo a partir da Reforma Francisco Campos, através do Decreto 19.890/31.
Vimos que ao analisarmos a educação e o currículo de Ciências, em cada momento
histórico, percebe-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os
interesses políticos, econômicos e sociais de cada época, determinando assim, a mudança
de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Na atual concepção, a disciplina de
Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para
compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo; por isso,
estabelecem relações entre os diferentes conteúdos formando uma interligação entre os
Conteúdos Estruturantes, relacionados com os conteúdos Básicos que são (re) relacionados
com os Conteúdos Específicos que são trabalhados pelos professores na sala de aula e no
211
cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, para os jovens
enfim, a prática social, no mundo em que o estudante esta inserido.
Vimos que são vários os determinantes históricos, e temos a oportunidade de utilizar e
entender as diretrizes curriculares que propõem uma abordagem crítica e histórica dos
conteúdos para a disciplina de Ciências que priorize os conhecimentos científicos seja
físicos, químicos ou biológicos e para entender os fenômenos naturais, sem deixar de
considerar as implicações da relação entre a ciência, o avanço tecnológico e a sociedade.
O estado do Paraná adotou a Pedagogia Histórico-Crítica, uma concepção que
segundo Saviani (2007), nasceu das necessidades postas pela pratica de muitos
educadores, pois as pedagogias tradicionais, nova e tecnicista não apresentavam
características historicizadoras; faltava-lhes a consciência dos condicionantes histórico
sociais da educação. Portanto, é na realidade escolar que se enraíza essa proposta
pedagógica. Dentro desta pedagogia destaca-se segundo Gasparin (2005), tem como marco
referencial à teoria dialética do conhecimento para fundamentar a concepção metodológica e
o planejamento do ensino/aprendizagem, como forma de ação docente-discente.
Nessa teoria, o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a partir da base material
(prática social dos homens e processos de transformação da natureza por eles forjados);
porém as organizações culturais, artísticas, políticas, econômicas, religiosas, jurídicas etc.
também são expressões sociais que inferem na construção do conhecimento. Portanto, é a
existência social dos homens que gera o conhecimento, pois este resulta do trabalho
humano, no processo histórico de transformação do mundo e da sociedade, através da
reflexão sobre esse processo. O conhecimento, como fato histórico e social supõe sempre
continuidades, rupturas, reelaborações, reincorporações, permanências e avanços
(GASPARIN, 2005). Dentro dessa diretriz devemos sempre nos ater a uma nova forma de
pensar os conteúdos e estes devem ser elaborados de maneira contextualizada em todas as
áreas que envolvam o conhecimento humano, associando este ao da historia produzidas
pelo ser humano nas suas relações sociais de trabalho. Deve sempre haver harmonia entre
teoria e pratica envolvendo o alunado em uma aprendizagem significativa dos conhecimentos
científicos e políticos advindos na sala de aula, para que estes sejam agentes participativos e
atuantes de uma sociedade democrática e de uma educação política.
Nesta perspectiva, é essencial que o educando entenda que a disciplina de Ciências
212
tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da Investigação da
Natureza, e possa compreender que a ciência é uma atividade humana, complexa, histórica
e coletivamente construída, que sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais,
éticas e políticas, pois, orienta o estudante quanto à importância desta ciência na sua vida,
para que seja possível uma reflexão por parte dos alunos e, consequentemente influi na
tomada de decisões conscientes desses sujeitos como agentes transformadores da
sociedade, em que o mesmo está inserido.
De acordo com as Diretrizes, a disciplina de Ciências tem por objetivo “a superação dos
conhecimentos alternativos que o aluno apresenta, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que
possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.”
2. Objetivos Gerais
Interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força, campo,
energia e vida.
Levar os alunos a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação
da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Mediante a atual concepção de Ciências os conteúdos específicos, desdobrados dos
conteúdos básicos e esses dos conteúdos estruturantes, serão encaminhados
metodologicamente numa abordagem articulada seguindo uma perspectiva crítica e histórica;
considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e a prática
social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos;
procurando estabelecer as relações desses conteúdos com a ciência, a tecnologia e a
sociedade e considerando no tratamento desses desdobramentos, que o progresso industrial
e tecnológico pode trazer consequências benéficas e/ou maléficas para a sociedade,
213
podendo gerar ou não graves problemas para os seres vivos e para o ambiente e
consequentemente, para a humanidade. Também devemos oportunizar os educandos à
abordagem de temas relevantes como os Desafios Educacionais Contemporâneos:
Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento a Violência
contra a criança e o adolescente, Educação Fiscal e Educação Ambiental.
Neste contexto o encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar
restrito a um único método; nesse sentido, algumas possibilidades de encaminhamentos
serão realizadas através da observação; do trabalho de campo; dos jogos de simulação e
desempenho de papéis; visitas extraclasses quando possível, além de projetos individuais
e/ou em grupos e/ou coletivos; textos, redações e cartas relacionadas aos conteúdos de
ciências e de temas relevantes, palestrantes convidados; fóruns, debates, seminários,
conversação dirigida; filmes, dentre outros. Como também, outras atividades que estimulem
os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de
literatura, jogos didáticos, dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais,
exposições e feiras, mídias tecnológicas entre outras, não se esquecendo da importância da
experimentação, os conteúdos serão desenvolvidos de acordo com a série/idade dos alunos
envolvidos.
Com autorização dos pais, onde os alunos possam expressar os avanços na
aprendizagem na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem,
analisam, justificam, e se posicionam e argumentando criticamente, defendendo o próprio
ponto de vista. Com isso, será possível para o professor fazer uma auto avaliação, que
orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando
intervenções coerentes e com os objetivos propostos para o ensino da disciplina de Ciências.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei n° 9394, de 20 de dezembro de
1996), "a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais". (Artigo 24, Inciso V - a).
E de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede
214
Estadual de Ensino do Estado do Paraná, a avaliação se dará ao longo do processo de
ensino e de aprendizagem em cada série, possibilitando ao professor por meio da interação
diária com os alunos, com contribuições importantes para verificar em que medida os alunos
se apropriam dos conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o
processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos
pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem
sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles
no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem na escola e
no seu cotidiano.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que conte
com meios, processos recursos e instrumentos avaliativos diversificados, como:
experimentação, trabalhos escritos, orais ou desenhos individual e/ou duplas e/ou grupos
e/ou coletivo, avaliações de consulta ou sem consulta individual e/ou duplas e/ou grupos
e/ou coletivo, confecção de cartazes, utilização de mídias tecnológicas, seminários, mesa
redonda, visitas extraclasses sempre que possível e com autorização dos pais, onde os
alunos possam expressar os avanços na aprendizagem na medida em que interpretam,
produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, e se posicionam e
argumentando criticamente, defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será possível
para o professor fazer uma auto avaliação, que orientará a continuidade da prática
pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes e com os objetivos
propostos para o ensino da disciplina de Ciências.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
215
“a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação”. Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina.
5. CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Origem e evolução do
Universo;
Universo;
Sistema Solar;
Movimentos Celestes e Terrestres.
-Teorias sobre a origem e evolução do Universo;
- Galáxias;
- Teoria heliocêntrica e geocêntrica;
- Formação do sistema Solar;
- Astros do sistema solar – estrelas, planetas e
satélites;
- Rotação;
216
- Translação;
-Dias e Noites.
Astronomia
Origem e evolução do
Universo;
Universo;
Sistema Solar;
Movimentos Celestes
e Terrestres.
- Teorias sobre a origem e evolução do Universo;
- Galáxias;
- Teoria heliocêntrica e geocêntrica;
- Formação do sistema Solar;
- Astros do sistema solar – estrelas, planetas e
satélites;
- Rotação;
- Translação;
- Dias e Noites;
Matéria
Constituição da
matéria;
Propriedades da
matéria.
- Átomos;
- Formação do planeta Terra;
- Rochas: origem, constituição, tipos;
- Solo: característica, constituição, importância e
tipos;
- Erosão: tipos;
- Água: característica, constituição, importância e
propriedades, composição atômica;
- Ar: característica, constituição, importância e
propriedades;
- Permeabilidade.
Sistemas Biológicos
Níveis de
organização célula;
Célula.
- Características gerais dos seres vivos;
- Células;
- Tecidos;
- Órgãos;
- Sistemas;
- Organismo;
- Seres unicelulares e pluricelulares;
217
- Seres eucariontes e procariontes;
- Fotossíntese.
Energia
Formas de energia;
Conversão de
energia;
Transmissão de
energia.
- Energia Térmica;
- Energia Luminosa;
- Energia Química;
- Energia Eólica;
- Ciclo da água;
- Ciclo do carbono;
- Interferência da energia luminosa nos seres
vivos;
- Mudanças de estado físico.
Biodiversidade
Organização dos
seres vivos;
Ecossistemas;
Interações Ecológicas
Origem da vida.
- Deriva continental;
- Comunidade;
- População;
- Efeito estufa;
- Cadeia alimentar;
- Seres autótrofos e heterótrofos;
- Conceito de biodiversidade.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Sistema Solar;
Movimentos celestes e terrestres.
- Localização do Sistema Solar em nossa
Galáxia;
- Idade do Sistema Sola;r
- O Sol – composição físico-química, radiação;
- A Lua;
- Fases da Lua;
- Movimentos aparentes do céu – dia e noite,
eclipses do Sol e da Lua;
218
- Estações do ano;
- Constelações.
Matéria Constituição da matéria.
- A Terra antes do surgimento da vida;
- Constituição do planeta Terra – atmosfera
primitiva;
- Surgimento da vida na Terra;
- A célula- estrutura química.
Sistemas Biológicos
Níveis de organização
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
- Células;
- Teoria celular;
- Tipos celulares;
- Mecanismos celulares;
- Estrutura celular;
- Órgãos e sistemas animais e vegetais;
- Estrutura e funcionamento dos tecidos.
Energia
Formas de energia;
Conversão de energia
Transmissão de energia.
- Energia Térmica;
- Energia Luminosa;
- Energia Química;
- Sistemas ectotérmicos;
- Fontes de energia;
-Irradiação.
Biodiversidade
Organização dos
seres vivos;
Sistemática;
Ecossistemas;
Interações
ecológicas;
- Diversidade das espécies;
- Classificação dos seres vivos;
- Categorias taxonômicas;
- Filogenia;
- Populações;
- Ecossistemas – dinâmicas e características;
- Efeito estufa;
- Interações Ecológicas – interespecíficas e
intraespecíficas;
- Teorias sobre o surgimento da vida;
219
Origem da vida.
- Biogênese;
- Geração espontânea.
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Universo;
Sistema Solar;
Astros.
- Movimentos das galáxias;
- Aglomerados;
- Quasares;
- Nebulosas;
- Buracos negros;
- Idade do Universo;
- Dimensão do Sistema Solar;
- Composição do Sistema Solar;
- Planetas Anões;
- Anéis;
- Meteoros;
- Meteoritos;
- Cometas.
Matéria
Constituição da
matéria;
Propriedades
da matéria.
- Conceito de matéria;
- Átomos;
- Modelos atômicos;
- Elementos Químicos;
- Íons;
- Ligações químicas;
- Substâncias;
- Reações químicas;
-Lei da conservação da massa;
- Compostos orgânicos;
220
- Estrutura química da célula;
- Divisibilidade;
- Flexibilidade;
- Permeabilidade;
- Condutibilidade;
Sistemas Biológicos
Níveis de
organização;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos.
- Célula;
- Tecido;
- Órgão;
- Organismo;
- Sistema;
- Estrutura celular;
- Respiração celular;
- Reserva energética;
- Tipos de tecidos;
- Alimentos;
- Sistema Reprodutor;
- Sistema Digestório;
- Sistema Cardiovascular;
- Sistema respiratório;
- Sistema excretor;
- Sistema urinário;
- Sistema Locomotor.
Energia
Formas de energia;
Transmissão de
energia.
- Energia Mecânica - fontes, modo de
transmissão, armazenamento;
- Energia Química - fontes, modo de transmissão,
armazenamento;
- Energia química e a célula – ATP e ADP;
- Energia Nuclear - fontes, modo de transmissão,
armazenamento;
221
- Máquinas simples.
BiodiversidadeEvolução dos Seres
Vivos.
- Teorias Evolutivas:
* Lamarckismo;
* Darwinismo;
- Teoria Sintética da Evolução.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia
Universo;
Astros;
Origem e evolução do
Universo;
Gravitação Universal
- Fontes de energia do Universo;
- Densidade do Universo;
- Escala do Universo;
- Lei de Hubble;
- Classificação cosmológica (galáxias, estrelas,
planetas, asteróides, meteoros, meteoritos);
- Idade do Universo;
- Modelos de Universo finito e infinito;
- Modelos de Universo inflacionário;
- Modelos de Universo em expansão;
- Teoria da relatividade e a cosmologia moderna;
- Leis de Kepler;
- Leis de Newton;
- Marés.Constituição da
matéria
Propriedades da
matéria
- Funções químicas inorgânicas – Ácidos, Bases,
Sais, Óxidos;
- Massa;
- Volume;
- Densidade;
- Compressibilidade;
- Elasticidade;
222
Matéria - Indestrutibilidade;
- Impenetrabilidade;
- Maleabilidade;
- Ductibilidade;
- Elasticidade;
- Dureza;
- Tenacidade, Cor, brilho, sabor, textura e odor.
Sistemas Biológicos
Morfologia e
Fisiologia dos Seres
Vivos
Mecanismos de
Herança Genética
- Sistema sensorial;
- Sistema Reprodutor;
- Sistema Endócrino;
- Sistema Nervoso;
- Cromossomos;
- Genes;
- DNA;
- RNA;
- Mitose;
- Meiose.
Energia
Formas de energia
Conversão de
energia
Transmissão
- Energia Elétrica - fontes, modo de transmissão,
armazenamento;
- Eletromagnetismo;
- Conversão de energia potencial em cinética;
- Movimentos;
- Velocidade;
- Aceleração;
- Colisões;
- Trabalho;
- Potência;
- Fontes de energia renováveis e não renováveis;
- Convecção;
223
de Energia - Condução;
- Leis de Newton;
- Sistemas mecânicos;
- Equilíbrio de forças.
Biodiversidade
Organização dos
seres vivos
Ecossistemas
Interações ecológicas
Evolução dos seres vivos
- Extinção de espécies;
- Eras geológicas;
- Sucessões ecológicas;
- Ciclos biogeoquímicos;
- Teorias evolutivas.
5. REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2008.
BARROS, Carlos B. e PAULINO, Wilson R. Coleção Ciências 5ª a 8ª séries. Editora Ática –
2000.
CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental, 5ª a 8ª séries. Editora Ática – 2004.
224
Ciências – 5ª a 8ª séries – Fernando Gewandsznajder – Editora Ática – 2004.
GASPARIM, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 4. Ed. Campinas,
Autores Associados. SP: 2007.
KUCERA, Lia. e GONÇALVES, Jane T. S. et al. Ciências, Uma Produção Humana 5ª a 8ª
séries. Módulo Editora – 1994.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Critica. 10ª Edição – Editora dos Associados –
2003.
SANTOS, César S. dos. Ensino de Ciências: Abordagem Histórico Crítica. Campinas. Autores Associados. São Paulo: 2005.
VALE, Célia. Coleção Ciências 5ª a 8ª séries. Editora Positivo.
VALE, José M. F. Texto Educação Cientifica e Sociedade.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
FONE FAX (41)3458-4337E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
225
A disciplina de Fundamentos Históricos da Educação constitui componente curricular fundamental no processo de formação docente, por ser uma disciplina que contem elementos da historia da humanidade em específico da educação, fazendo a articulação entre as disciplinas específicas da Parte Diversificada entre si favorece o conhecimento e a análise da prática educacional para a construção de uma prática educativa transformadora. É, portanto, responsável pela relação teoria- prática, ao longo da formação docente. O processo de socialização do saber historicamente produzido é uma ação intencional e esta ação é um fenômeno próprio dos seres humanos, presente na produção de sua existência. Esta ação intencional é definida como trabalho. E trabalho é ação de transformação da natureza feita pelo homem para produzir o mundo. Por ser uma ação intencional educação é trabalho. Educação e trabalho estão presentes um no outro. Através do trabalho o homem se educa e educa o outro, então trabalho é educação.
Sendo o trabalho um dos princípios educativos do currículo do curso de formação docentes, a prática docente deve ser entendida como práxis, numa dimensão politica do saber e do fazer educativo. Para SAVIANI (1996), a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade da educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob os aspectos de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se trave entre homens.
Por suas características históricas a disciplina Fundamentos Históricos da Educação é conteúdo integrador e interdisciplinar, que deve efetivar a inserção de estudantes e professores/as na prática educacional da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
• Compreender que a educação é uma construção histórica, que diferentes modelos de sociedade construíram várias formas de pensar a educação e o ensino. Que a forma de educar está pautada num modelo de sociedade, numa cultura, no nosso caso (Brasil), ocidental de orientação liberal, capitalista.
• Entender as finalidades da educação, as diferentes tendências e o momento histórico, bem como as dicotomias presentes nestes, entre elas: individuo e sociedade (coletivo), autonomia e dependência, opressão e liberdade, essência e aparência, transformação e manutenção social (acomodação), universidade e contingência;
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
226
A disciplina de Fundamentos Históricos da Educação esta diretamente envolvida com a prática social, especificamente com a prática escolar e o saber pedagógico, portanto a metodologia parte da prática social, instrumentalizando, sistematizando , sintetizando, reconstruindo saber historicamente produzido e construindo o saber novo, com visão crítica capaz de transformar a prática social. Partindo da metodologia materialista histórica dialética buscando desenvolver uma prática pedagógica a partir da prática social do educando, promovendo acesso aos conhecimentos historicamente produzidos. ”Estabelecer relações sobre uma dada realidade a partir de uma abordagem materialista histórico dialética, implica, segundo FRIGOTTO (2001), compreender esta abordagem nas suas diferentes dimensões: enquanto postura, enquanto método e enquanto práxis.” ALMEIDA (2005). Esta preocupação com o processo de transformação da prática social e pedagógica é o que pretendemos desenvolver no educando. Vivenciando com elementos da teoria o da prática, construir o novo conhecimento um novo pensar sobre a educação.
Estudo teórico prático, pesquisas de campo, seminários, oficinas, filmes, debates que irão fundamentar e instrumentalizar, sistematizar, sintetizar, reconstruir o saber historicamente produzido e construir o saber novo, com visão crítica capaz de transformar a prática social.
Com prioridade aos conteúdos de acordo com as leis: Lei 10.639/03 História e Cultura Afro Brasileira, Lei 11.645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas, e Lei Maria da Penha 11.340/06, Lei 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental. Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola Prevenção ao uso de Drogas.
4 . AVALIAÇÃO
A avaliação diagnóstica é o instrumento para rever o processo ensino aprendizagem, buscando identificar onde aconteceram falhas neste processo, com a finalidade de tomar decisões rumo a solucionar as falhas.
Assim, estudante e professor/a identificam as falham para juntos superá-las. Visando melhoria da aprendizagem e do ensino.
Dentro das suas características, a disciplina de Fundamentos Históricos da Educação irá efetivar a inserção de estudantes e professores/as na realidade educacional de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental,
Portanto, a avaliação é concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse sentido a avaliação está presente em todas as fases do planejamento e da execução do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho tanto de estudantes quanto da escola.
A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o grupo envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis, como também busca
227
criticamente, alternativa para a modificação de sua prática, na tentativa de superar os problemas encontrados.
A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se considera que as decisões serão tomadas pelas/os participantes envolvidos em todos os níveis, ou seja, desde o nível da aprendizagem, em relação às diversas disciplinas, até a avaliação do currículo como um todo.
As decisões tomadas pelas/os participantes quanto ao processo de acompanhamento e avaliação estarão registradas nos projetos específicos de cada série conforme temáticas propostas, anulando a caracterização de atividade terminal do curso para constituir-se num projeto coletivo onde a participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que a prática pedagógica deve ser entendida numa visão de totalidade.
Os conteúdos de Fundamentos Históricos da Educação serão avaliados de forma descritiva, acumulando-se dados sobre a aprendizagem dos/as estudantes ao longo do processo educativo, com nota que expresse o processo de crescimento do aluno em direção a sua profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por parte do professor/a que deverá remeter-se sempre aos objetivos eleitos no planejamento, tendo uma função diagnóstica do processo de ensino e de aprendizagem.
4.1. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no desenvolvimento desta proposta, e ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDOS
EMENTA: Conceitos de história e historiografia. História da Educação: recorte e metodologia. Educação Clássica: Grécia e Roma. Educação Medieval. Renascimento e Educação Humanista. Aspectos Educacionais da Reforma e da Contrarreforma. Educação Brasileira no Período Colonial e Imperial: pedagogia “tradicional”. Primeira República e Educação no Brasil (1889-1930): transição da pedagogia tradicional à pedagogia “nova”. Educação no período de 1930 a 1982: liberalismo econômico, escolanovismo e tecnicismo. Pedagogias não liberais no Brasil: características e expoentes. Educação Brasileira contemporânea: tendências neoliberais, pós-modernas versus materialismo histórico.
228
CONTEÚDOS
• Conceitos de História e historiografia
Conceito de historiografia e as grandes correntes historiográficasA história da história
• Educação e ideologia
História da Educação: finalidade e metodologiaConceito de História da EducaçãoEducação formal e informalEducação autoritária e educação crítica
• Educação clássica: Grécia e Roma
A educação grega: contexto históricoAs práticas e o modelo educativoPeríodos educacionais na GréciaEducação espartana: heroísmo cívico e o ideal do soldado-cidadãoEducação ateniense: o ideal do homem excelente
• A educação romana: contexto histórico
Roma e a Educação Clássica: a antiga Educação Romana
• Educação medieval: Renascimento e Educação Humanística
Contexto histórico da educação medievalA Idade Média e a Educação: a formação do Homem de FéA educação entre os povos primitivosA escolástica
• Renascimento e educação humanista
O renascimento na educaçãoTendências gerais do renascimentoO Mercantilismo e os Aspectos Educacionais da Reforma e a Contra reforma religiosa.
• Educação Brasileira do Período Colonial e Imperial pedagogia tradicional
A fase jesuítica da escolarização colonialO Iluminismo e a fase pombalina da escolarizaçãoOs Liceus e os ColégiosAs Escolas NormaisA formação de professores
229
• Primeira república e a educação e a educação no Brasil (1889 a 1930)
Constituição de 1891. O entusiasmo pela educação e o otimismo pedagógico.Princípios e competências educacionaisAs reformas federais da educação elitista e estaduais da educação popularManifesto dos pioneiros da educação NovaO Estado Novo e a EducaçãoA Era Vargas e a Educação nos governos populistas
• Segunda República
Getúlio Vargas e as propostas educacionais.Constituições de 1932 e 1937.Reformas Capanema Governos PopulistasConstituição de 1946 e o projeto de tramitação da LDB 4024/61.
• Regime Militar
Constituição de 1967 - e as consequências para a educação brasileira.Lei 5.540/68 e LDB 5692/71A educação brasileira durante o regime militar (1964 a 1984)A reforma tecnicista
• A educação brasileira a partir de 1985
República pós-ditadura Constituição de 1988 Construção da nova LDBEN – 9394/96.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lucia de A. História da Educação. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 1996.GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1994.GHIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.______________. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível Curitiba, 2006. ______________, Fundamentos teóricos – metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular, do curso de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal em nível médio / Secretária do Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação e Trabalho. – Curitiba: SEED – PR., 2008. – 242 p. RIBEIRO, Maria Luiza S. História da Educação Brasileira: a organização escolar. São Paulo: Cortez & Morais, 1986.____________. LDBEN 4024/61, 5692/71 e 9394/96
230
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Edições Loyola, 1992.
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE- ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO NORMAL
AVENIDA PADRE JOAQUIM, 59 – BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE.PONTAL DO PARANÁ - PRFONE/FAX (41)3458-4337
E-MAIL: plppaulofreire@seed.pr.gov.br
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
1. Fundamentação teórica
O termo psicologia tem origem grega PSIQUE e significa alma e logos, ou seja, razão e estudo ou anda estudo da alma, pois, para os gregos, a alma seria pensamento, desejo,
231
amor, ódio, sensação e percepção.A disciplina Fundamentos Psicológicos da Educação, procura utilizar os princípios e as
informações que as pesquisas psicológicas oferecem a cerca do comportamento humano, para tornar mais eficiente o processo ensino-aprendizagem. Quanto mais informações os educadores tiverem sobre o processo de aprendizagem dos conteúdos escolares, maiores serão as chances de melhoria das práticas pedagógicas. Compreende-se, assim, a relevância teórica dos estudos psicológicos para a área da educação e a necessidade.
Procura-se transmitir ao aluno um acervo de conhecimentos que abarca uma variedade de teorias de aprendizagem, desenvolvimento e personalidade, muitas das quais, em essência, irreconciliáveis. Com a oferta destas informações supõe-se que ele saberá, futuramente, selecionar aquelas que melhor lhe sirvam no exercício da profissão.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
- Compreender que cada um tem o seu próprio amadurecimento, por isso a importância de respeitarmos os seus limites e com isso colocarmos em prática as diversas teorias da aprendizagem assim ajudando-os a sanar ou amenizar as suas dificuldades de aprendizagem.- Levar os alunos a uma compreensão global do processo de desenvolvimento humano.- Identificar corretamente as teorias psicológicas necessárias para sua formação de educador.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As alternativas metodológicas são instrumentos que dispomos para colocar em prática e executar nossas propostas de trabalho. É de fundamental importância ter uma sala organizada que promova a interação do grupo e seu professor dos diferentes entre si, onde cada um com suas experiências contribuiriam para o crescimento de todos.
É função de o professor prever formas e momentos específicos de integração já que a interação entre alunos se da de forma espontânea. A organização dos trabalhos e das atividades planejadas deve promover situações produtivas de ensino, havendo necessidades de distribuir de forma satisfatória, os trabalhos individuais, em grupo e coletivos.
O trabalho será direcionado as especificidades da turma respeitando o desenvolvimento de cada educando.
Segundo Paulo Freire, não há mágicas em fazer os alunos se tornarem capazes, se a escola não utilizar de uma pratica capaz de ajudá-los a se desenvolverem.
Levando em consideração todos os aspectos citados as alternativas metodológicas serão as seguintes:-Trabalhos individualizados;-Seminários;-Atividades práticas;-Leituras dirigidas;-Debates;-Discussão e trabalhos em grupo;
232
-Pesquisas entre outros.
4. AVALIAÇÃO
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996), "a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais". (Artigo 24, Inciso V - a). E de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras Básicas do Estado do Paraná, a avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em cada série, possibilitando ao professor por meio da interação diária com os alunos, com contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e de aprendizagem na escola e no seu cotidiano.
Pensar a avaliação na proposta do Curso de Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, cuja organização curricular toma como princípios o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia, é um desafio. Ao mesmo tempo apresenta-se como uma possibilidade de mudança dos processos avaliativos norteados por teorias pedagógicas não críticas. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e, sobretudo, outra prática pedagógica. Prática aqui entendida não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis.
Por outro lado, ter o trabalho como princípio educativo e como princípio pedagógico na Proposta de Organização Curricular do Curso de Formação de Docentes – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, significa assumir que o trabalho, tanto na sua forma ontológica, quanto histórica, é produção humana e elemento de mediação da relação homem-homem e homem-natureza. Além disto, é o princípio do trabalho e da tecnologia, entendida como construção histórico-social, integrados ao da ciência e da cultura, que nesta proposta contextualiza as ações metodológicas que perpassam a prática do professor, em relação ao desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem e, portanto, do processo de avaliação da aprendizagem dos alunos.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que conte com meios, processos recursos e instrumentos avaliativos diversificados, como: experimentação, trabalhos escritos, orais ou desenhos individual e/ou duplas e/ou grupos e/ou coletivo, avaliações de consulta ou sem consulta individual e/ou duplas e/ou grupos e/ou coletivo, confecção de cartazes, utilização de mídias tecnológicas, seminários, mesa redonda, visitas extraclasses sempre que possível e com autorização dos pais, onde os
233
alunos possam expressar os avanços na aprendizagem na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, e se posicionam e argumentando criticamente, defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será possível para o professor fazer uma auto avaliação, que orientará a continuidade da prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes e com os objetivos propostos para o ensino da disciplina de Fundamentos Psicológicos da Educação.
41. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art. 13. IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no Projeto Político Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação se caracteriza por estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de aprendizagem e com rendimento escolar insatisfatório. Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a recuperação tem como princípio básico o respeito à diversidade, de características, de necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter processual da aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar tanto na Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente.
"a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação". Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente; retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção oral e/ou escrita, com o coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando necessário e possível; atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina de Filosofia, e ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de redimensionar o seu trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
4. CONTEÚDOS
EMENTA
234
Introdução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da educação; Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia contemporânea: Skinner e a psicologia comportamental; Psicanálise e educação. O sócio construtivismo: Piaget, Vygotsky, Wallon. Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente. Desenvolvimento humano e sua relação com aprendizagem. A linguagem, os aspectos sociais, culturais e afetivos da criança e a cognição.
CONTEÚDOS
1º ANO- Introdução ao estudo da Psicologia- Histórico – Evolução da Psicologia.- Principais Teorias Psicológicas e da aprendizagem- Behaviorismo – Skinner- Gestalt, Kohler, Wertheiner, Kofka- Psicanálise de Freud.- Introdução à Psicologia da Educação e as abordagens de ensino- Desenvolvimento e aprendizagem- Epistemologia genética de Jean Piaget- Psicologia sócia histórica – Vygotsky- Psicogênese de Wallon- Pensamento e linguagem
4.REFERÊNCIAS
PARANA, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para Rede Estadual de Ensino - Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Fundamentos teóricos – metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular, do curso de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal em nível médio / Secretária do Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação e Trabalho. – Curitiba: SEED – PR., 2008. – 242 p.
235
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) constitui componente curricular
fundamental no processo de formação docente, por ser uma disciplina integradora, fazendo a
236
articulação entre as disciplinas específicas da Parte Diversificada entre si favorece o conhecimento
e a análise da prática educacional para a construção de uma prática educativa transformadora. É,
portanto, responsável pela relação teoria- prática, ao longo da formação docente.
O processo de socialização do saber historicamente produzido é uma ação intencional e
esta ação é um fenômeno próprio dos seres humanos, presente na produção de sua existência.
Esta ação intencional é definida como trabalho. E trabalho é ação de transformação da natureza
feita pelo homem para produzir o mundo.
Por ser uma ação intencional educação é trabalho. Educação e trabalho estão presentes
um no outro. Através do trabalho o homem se educa e educa o outro, então trabalho é educação.
Sendo o trabalho um dos princípios educativos do currículo do curso de formação docentes,
a prática docente deve ser entendida como práxis, numa dimensão politica do saber e do fazer
educativo.
Para SAVIANI (1996), a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não
material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade da
educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos
sob os aspectos de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular,
na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de
relações pedagógicas historicamente determinadas que se trave entre homens.
Os saberes necessários para a prática social e pedagógica transformadora devem estar
presentes na formação de docentes.
Por suas características históricas a disciplina Organização do Trabalho Pedagógico (OTP)
de é conteúdo integrador e interdisciplinar, que deve efetivar a inserção de estudantes e
professores/as na prática educacional da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Desenvolver o educando na aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos.
Levar o educando a adquirir uma nova postura, nova prática e novos conhecimentos científicos.
Conhecer teoricamente a proposta e criar condições para implantar essa mudança didático-
pedagógica na escola.
237
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) esta diretamente envolvida com
a prática social, especificamente com a prática escolar e o saber pedagógico, portanto a
metodologia parte da prática social, instrumentalizando, sistematizando , sintetizando,
reconstruindo saber historicamente produzido e construindo o saber novo, com visão crítica capaz
de transformar a prática social.
Partindo da metodologia materialista histórica dialética buscando desenvolver uma prática
pedagógica a partir da prática social do educando, promovendo acesso aos conhecimentos
historicamente produzidos.
”Estabelecer relações sobre uma dada realidade a partir de uma abordagem materialista
histórico dialética, implica, segundo FRIGOTTO (2001), compreender esta abordagem nas suas
diferentes dimensões: enquanto postura, enquanto método e enquanto práxis.” ALMEIDA (2005).
Esta preocupação com o processo de transformação da prática social e pedagógica é o
que pretendemos desenvolver no educando. Vivenciando com elementos da teoria o da prática,
construir o novo conhecimento um novo pensar sobre a educação.
Estudo teórico prático, pesquisas de campo, seminários, oficinas, filmes, debates que irão
fundamentar e instrumentalizar, sistematizar , sintetizar, reconstruir o saber historicamente
produzido e construir o saber novo, com visão crítica capaz de transformar a prática social.
Com prioridade aos conteúdos de acordo com as leis: Lei 10.639/03 História e Cultura Afro
Brasileira, Lei 11.645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas, e Lei Maria da Penha 11.340/06,
Lei 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental. Desafios Educacionais Contemporâneos:
Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação ambiental,
Enfrentamento à Violência na Escola Prevenção ao uso de Drogas.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação diagnóstica é o instrumento para rever o processo ensino aprendizagem,
buscando identificar onde aconteceram falhas neste processo, com a finalidade de tomar decisões
rumo a solucionar as falhas.
238
Assim, estudante e professor/a identificam as falham para juntos superá-las. Visando
melhoria da aprendizagem e do ensino.
Dentro das suas características especiais, a Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) irá
efetivar a inserção de estudantes e professores/as na realidade educacional de Educação Infantil e
séries iniciais do Ensino Fundamental,
Portanto, a avaliação é concebida como um processo contínuo e como parte integrante do
trabalho educativo. Nesse sentido a avaliação está presente em todas as fases do planejamento e
da execução do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho tanto de
estudantes quanto da escola.
A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o grupo envolvido
não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis, como também busca criticamente,
alternativa para a modificação de sua prática, na tentativa de superar os problemas encontrados.
A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se considera que as
decisões serão tomadas pelas/os participantes envolvidos em todos os níveis, ou seja, desde o
nível da aprendizagem, em relação às diversas disciplinas, até a avaliação do currículo como um
todo.
As decisões tomadas pelas/os participantes quanto ao processo de acompanhamento e
avaliação estarão registradas nos projetos específicos de cada série conforme temáticas propostas,
anulando a caracterização de atividade terminal do curso para constituir-se num projeto coletivo
onde a participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que a prática pedagógica
deve ser entendida numa visão de totalidade.
Os conteúdos da Organização do Trabalho Pedagógico (OTP) serão avaliados de forma
descritiva, acumulando-se dados sobre a aprendizagem dos/as estudantes ao longo do processo
educativo, com nota que expresse o processo de crescimento do aluno em direção a sua
profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por parte do professor/a que deverá
remeter-se sempre aos objetivos eleitos no planejamento, tendo uma função diagnóstica do
processo de ensino e de aprendizagem.
4.1. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
239
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as
aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente;
retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção oral e/ou escrita, com o
coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em
classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando
necessário e possível; atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo
rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no
desenvolvimento desta proposta, e ao professor realizar a sua auto avaliação a fim de
redimensionar o seu trabalho ou dar continuidade à sua prática pedagógica.
5. CONTEÚDO
EMENTA: Organização do sistema escolar brasileiro: aspectos legais. Níveis e modalidades de
ensino. Elementos teórico-metodológicos para análise de políticas públicas: Nacional, Estadual e
Municipal. Políticas para Educação Básica – Nacional, Estadual e Municipal. Apresentação e
analise das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação. .Apresentação e análise crítica dos
Parâmetros Curriculares e temas transversais. Financiamento educacional no Brasil. Fundamentos
teórico-metodológicos do trabalho docente na Educação Básica. O trabalho pedagógico como
principio articulador da ação pedagógica. O trabalho pedagógico na Educação Infantil e Anos
Iniciais. Os paradigmas educacionais e sua pratica pedagógica. Planejamento da ação educativa:
concepções de currículo e a organização do trabalho escolar.
CONTEÚDOS
1º ANO Organização do sistema escolar brasileiro: aspectos legais. Níveis e modalidades de ensino.
Elementos teórico-metodológicos para análise de políticas públicas: Nacional, Estadual e
Municipal.
Políticas para Educação Básica – Nacional, Estadual e Municipal.
240
Apresentação e analise das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação.
Apresentação e análise crítica dos Parâmetros Curriculares e temas transversais.
Financiamento educacional no Brasil.
2º ANO Fundamentos teórico-metodológicos do trabalho docente na Educação Básica.
O trabalho pedagógico como principio articulador da ação pedagógica.
O trabalho pedagógico na Educação Infantil e Anos Iniciais.
Os paradigmas educacionais e sua pratica pedagógica.
Planejamento da ação educativa: concepções de currículo e a organização do trabalho
escolar.
6. REFERÊNCIAL TEÓRICOBAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.
CORAZZA, Sandra Mara. Manifesto por uma dida-lé-tica: Contexto e educação. Ijuí, v.6.n.22, p.83-99, Abr./jun, 1991.
_____. Tema gerador – concepção e práticas. Ijuí: Ed. INIJUÍ, 1992.
CORTELLA, Mario Sérgio. A escola e o conhecimento – fundamentos epistemológicos e políticos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
DANIELS, Harry. Vygotsky e a pedagogia. São Paulo: Loyola, 2003.DUARTE, Newton. Educação Escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vygotsky. Campinas: Autores Associados, 1996.
EYNG, Ana Maria (Org.). Planejamento e gestão educacional numa perspectiva sistêmica. Curitiba: Champagnat, 2002.
241
FERREIRA, Naura Syria Carapeto e AGUIAR, Márcia Ângela da S (Orgs). Gestão educação - impasses, perspectivas e compromissos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FLESHNER, E. A. Psicologia da aprendizagem e da aplicação de alguns conceitos de física. IN. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
LEONTIEV, Aléxis et al. Psicologia e pedagogia – bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Centauri, 2003.
LURIA, LEONTIEV, VIGOTSKI e outros Psicologia e pedagogia II – investigações experimentais sobre problemas didáticos específicos. Lisboa, Ed. Estampa, 1977.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita – repensar a reforma, reformar o pensamento. 8 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
______. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: Unesco, 2004.
PARANÁ, Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005
_______. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006,
_________, Fundamentos teóricos – metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular, do curso de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal em nível médio / Secretária do Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação e Trabalho. – Curitiba: SEED – PR., 2008. – 242 p.
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. 32. ed. Campinas: atores associados, 1999.
VIGOTSKI, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
242
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL MÉDIO E
NORMALAVENIDA PADRE JOAQUIM, 59BALNEÁRIO PRAIA DE LESTE
PONTAL DO PARANÁ – PRFONE (41)3458-3397
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARPRÁTICA DE FORMAÇÃO (ESTÁGIO SUPERVISIONADO)
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Estágio Supervisionado constitui um componente curricular fundamental no
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processo de formação docente, pois favorece o conhecimento e a análise da realidade
educacional para a construção de uma prática educativa transformadora. É, portanto, o
principal responsável pela relação teoria- prática, ao longo da formação do educador.
O processo de socialização do saber historicamente produzido é uma ação intencional
e esta ação é um fenômeno próprio dos seres humanos, presente na produção de sua
existência. Esta ação intencional é definida como trabalho. E trabalho é ação de
transformação da natureza feita pelo homem para produzir o mundo.
Por ser uma ação intencional educação é trabalho. Educação e trabalho estão
presentes um no outro. Através do trabalho o homem se educa e educa o outro, então
trabalho é educação.
Sendo o trabalho um dos princípios educativos do currículo do curso de formação
docentes, a prática docente deve ser entendida como práxis, numa dimensão politica do
saber e do fazer educativo.
Para SAVIANI (1996), a compreensão da natureza da educação enquanto um
trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a
especificidade da educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores,
atitudes, hábitos, símbolos sob os aspectos de elementos necessários à formação da
humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz,
deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente
determinadas que se trave entre homens.
Os saberes necessários para a prática social e pedagógica transformadora devem
estar presentes na formação de docentes.
Pelas suas características especiais, o Estágio Supervisionado é um conteúdo
integrador e interdisciplinar, que deve efetivar a inserção de estudantes e professores/as na
prática educacional da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e o retorno
dessas destas práticas para se tornarem o núcleo de reflexão teórica das disciplinas
pedagógicas.
A inserção na prática pedagógica far-se-á num crescendo, que abrangerá desde a
observação e análise de diferentes tipos e formas de educação escolar, até o assumir de
projetos específicos, encargos docentes e outras formas de atuação pedagógica na
instituição escolar.
244
Atendendo à legislação nacional vigente, o Estágio Supervisionado do Curso de
Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – em
Nível Médio, foi organizado para ser desenvolvido durante o Curso, a partir da 1ª série,
totalizando uma carga horária de 800 horas, divididos por 200 horas anuais, considerando
que o mesmo se configura como componente indispensável para a integralização do
currículo.
Na primeira série, as práticas pedagógicas se concentrarão nos “sentidos e significados do trabalho do professor/educador”, em diferentes modalidades e
dimensões. O eixo será possibilitar a observação do trabalho docente pelos alunos. Isso
implicará em visitas às: creches; instituições que tenha maternal e pré-escola, e, escolas,
preferencialmente na 1.ª e 2.ª séries. (SEED, 2006)
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Resgatar a prática social com a finalidade de instrumentalizar e sistematizar o
conhecimento histórico social contido na proposta curricular do Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível
médio, modalidade normal da Secretaria do Estado do Paraná, e no Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual Professor Paulo Freire Ensino Fundamental e Médio,
buscando a transformação da prática social.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de estágio supervisionado esta diretamente envolvida com a prática social,
especificamente com a prática escolar e o saber pedagógico, portanto a metodologia parte
da prática social, instrumentalizando, sistematizando , sintetizando, reconstruindo saber
historicamente produzido e construindo o saber novo, com visão crítica capaz de transformar
a prática social.
Partindo da metodologia materialista histórica dialética buscando desenvolver uma
prática pedagógica a partir da prática social do educando e da escola de estágio.
”Estabelecer relações sobre uma dada realidade a partir de uma abordagem
245
materialista histórico dialética, implica, segundo FRIGOTTO (2001), compreender esta
abordagem nas suas diferentes dimensões: enquanto postura, enquanto método e enquanto
práxis.” ALMEIDA (2005).
Esta preocupação com o processo de transformação da prática social e pedagógica é
o que pretendemos desenvolver no educando. Vivenciando com elementos da teoria o da
prática, construir o novo conhecimento um novo pensar sobre a educação.
A inserção na prática pedagógica far-se-á num crescendo, que abrangerá desde a
observação e análise de diferentes tipos e formas de educação escolar, até o assumir de
projetos específicos, encargos docentes e outras formas de atuação pedagógica na
instituição escolar.
Com prioridade aos conteúdos de acordo com as leis: Lei 10.639/03 História e Cultura
Afro Brasileira, Lei 11.645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas, e Lei Maria da Penha
11.340/06, Lei 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental. Desafios Educacionais
Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos,
Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola Prevenção ao uso de Drogas.
Para o 1º ano a proposta de trabalho para o estágio supervisionado estará dividida e
três etapas:
1. Estudo teórico prático: Palestras, pesquisas de campo, seminários, oficinas,
filmes, debates que irão fundamentar as etapas seguintes, partindo sempre da
prática social:
2. Prática de Ensino: Observação, participação, pesquisa de campo nos Centros
de Educação Infantil e nas Escolas do Município de Pontal do Paraná que
ofertem 1º e 2º anos do Ensino Fundamental;
3. Seminários de apresentação e avaliação da prática de estágio: produzindo
a partir da prática pedagógica uma síntese teórica prática construindo um novo
conhecimento e uma nova prática pedagógica.
CROMOGRAMA
ETAPAS ATIVDADE PERÍODO LOCAL
246
1ª Estudo teórico prático 1º semestre Col. Paulo Freire
2ª Estudo teórico prático
Prática de Ensino
2º semestre Col. Paulo Freire
Centros de Educação Infantil e nas Escolas do
Município de Pontal do Paraná que ofertem 1º e
2º anos do Ensino Fundamental;
3ª Seminários de apresentação e avaliação da prática de estágio
2º semestre Col. Paulo Freire
4. AVALIAÇÃO
A avaliação diagnóstica é o instrumento para rever o processo ensino aprendizagem,
buscando identificar onde aconteceram falhas neste processo, com a finalidade de tomar
decisões rumo a solucionar as falhas.
Assim, estudante e professor/a identificam as falham para juntos superá-las. Visando
melhoria da aprendizagem e do ensino.
A Prática de Formação constitui um componente curricular fundamental no processo
de formação docente, por ser uma disciplina integradora, fazendo a articulação entre as
disciplinas específicas da Parte Diversificada entre si e com as disciplinas da Base Nacional
Comum favorece o conhecimento e a análise da prática educacional para a construção de
uma prática educativa transformadora. É, portanto, a principal responsável pela relação
teoria- prática, ao longo da formação docente.
Dentro das suas características especiais, a Prática de Formação irá efetivar a
inserção de estudantes e professores/as na realidade educacional de Educação Infantil e
séries iniciais do Ensino Fundamental, dando preferência a Escola Pública e fazendo com
que as experiências retomem o núcleo de reflexão teórica das outras disciplinas, abrangendo
a observação e análise de diferentes tipos e formas de educação escolar, até o assumir de
projetos específicos, encargos docentes e outras formas de atuação pedagógica na
instituição escolar.
247
A Prática de Formação funciona como ponto de contato entre a Escola Normal de
Ensino Médio e a Escola de Ensino Fundamental de modo a permitir que a observação e
análise do trabalho pedagógico dessas instituições possam reverter em aprimoramento
dessa prática e aprofundamento das questões ligadas aos conteúdos do Curso Normal. A
reflexão sobre o trabalho pedagógico, sua análise e interpretação constroem a teoria, que
retorna à prática para esclarecê-la e aperfeiçoá-la.
Portanto, a avaliação da Prática de Formação é concebida como um processo
contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse sentido a avaliação está
presente em todas as fases do planejamento e da execução do currículo, como elemento
essencial para análise do desempenho tanto de estudantes quanto da escola.
A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em que o grupo
envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis, como também busca
criticamente, alternativa para a modificação de sua prática, na tentativa de superar os
problemas encontrados.
A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se considera que
as decisões serão tomadas pelas/os participantes envolvidos em todos os níveis, ou seja,
desde o nível da aprendizagem, em relação às diversas disciplinas, até a avaliação do
currículo como um todo.
As decisões tomadas pelas/os participantes quanto ao processo de acompanhamento
e avaliação estarão registradas nos projetos específicos de cada série conforme temáticas
propostas, anulando a caracterização de atividade terminal do curso para constituir-se num
projeto coletivo onde a participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que
a prática pedagógica deve ser entendida numa visão de totalidade.
A Prática de Formação será avaliada de forma descritiva, acumulando-se dados sobre
a aprendizagem dos/as estudantes ao longo do processo educativo, com nota que expresse
o processo de crescimento do aluno em direção a sua profissionalização, recebendo atenção
especial e contínua por parte do professor/a que deverá remeter-se sempre aos objetivos
eleitos no planejamento, tendo uma função diagnóstica do processo de ensino e de
aprendizagem.
Desta forma, a avaliação deve:
248
Funcionar como um processo, pois cada instrumento de medida utilizado está
referenciado a um sistema mais amplo;
Possibilitar uma nova tomada de decisão, que não deve ser estática e classificatória;
Julgar quanto o/a estudante assimilou do conteúdo trabalhado e quanto incorporou
das habilidades previstas para serem desenvolvidas e/ou vivenciadas;
Refletir não apenas um lado do processo, mas suas limitações, o progresso,
verificando a aprendizagem a partir dos mínimos necessários que devem ser
apreendidos pelo/a estudante (mínimo necessário de aprendizagem em todas as
condutas que são indispensáveis para se viver e se exercer a cidadania), bem como a
capacidade de deter informações, estudar, pensar, refletir e dirigir as ações com
adequação e saber;
Avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz do processo
constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da comunidade escolar, das
diretrizes curriculares nacionais de educação básica e das regras da convivência
democrática;
Programar o estágio como processo coletivo;
Organizar os relatórios em grupo e individual;
Refletir sobre o trabalho realizado e o desempenho do estagiário;
Serão avaliadas atitudes pertinentes a:
Assiduidade;
Pontualidade;
Responsabilidade;
Iniciativa;
Participação e envolvimento;
Ética profissional;
Relacionamento;
Organização;
Adequação teórico-prática.
Haverá como instrumento de avaliação da Prática de Formação o registro em caderno Ata
ou similar dos relatórios das atividades curriculares da disciplina, este será um documento
249
que acompanhará a/o estudante durante todo o curso de formação.
4.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS:
A Recuperação de conteúdos está prevista na LDB 9394/96, nos artigos 12, V; Art. 13.
IV; Art. 24, V-e; na Deliberação Nº 007/99-CEE, no Regimento Escolar e no Projeto Político
Pedagógico. Em resumo a legislação vigente diz que a recuperação se caracteriza por
estudos proporcionados aos alunos com dificuldades de aprendizagem e com rendimento
escolar insatisfatório. Como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, a
recuperação tem como princípio básico o respeito à diversidade, de características, de
necessidades e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Tendo em vista o caráter
processual da aprendizagem, a recuperação é inerente à prática docente e é condição para a
aprendizagem e, desta forma, deve acontecer durante todo o processo e constar tanto na
Proposta Pedagógica Curricular como no Plano de Trabalho Docente. “a recuperação de conteúdos é o atendimento contínuo na própria classe aos alunos que com suas perguntas, indicam ao professor se aprenderam ou não. Recuperação de conteúdos não é o ato de se dar outra oportunidade para fazer prova, mas sim a revisão das provas feitas e a análise dos erros cometidos. Isto seria o bastante, se bem feito, para ter a validade como processo de recuperação que refletiria de imediato, na próxima avaliação”. Hamilton Werneck, 1999.
A recuperação de conteúdos será realizada por meio de: revisão contínua durante as
aulas dos conteúdos estudados, com o coletivo da classe (turma) e/ou individualmente;
retomada das avaliações escritas e/ou orais através de correção oral e/ou escrita, com o
coletivo da classe (turma); retomada dos conteúdos contidos nos trabalhos realizados em
classe e/ou extraclasse, sejam individuais ou em equipes; atendimento individual quando
necessário e possível; atividades de aprendizagem extraclasse aos alunos com baixo
rendimento escolar.
Oportunizando ao aluno, no decorrer do ano letivo, adquirir os conhecimentos
necessários para sua real aprendizagem e promoção, além dos demais objetivos citados no
desenvolvimento desta proposta curricular da disciplina.
5. CONTEÚDOS
250
Estágio Supervisionado I
Carga horária: 200h série: 1º ano
EMENTA: Sentidos e significados do trabalho docente. Pluralidade cultural, as diversidades,
as desigualdades e a educação. Condicionantes da infância e da família no Brasil e a
organização da educação. A ação docente, as práticas pedagógicas e a formulação da
didática na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Fundamentos
teórico-metodológicos da pesquisa.
Sentidos e significados do trabalho do professor/educador”, em diferentes
modalidades e dimensões.
Concepção de educação e escola;
Concepção de educador e professor;
Papel do educador.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Constituição da República Federativa do Brasil – 1988;
Estatuto da Criança e Adolescente - Lei 8.069/90
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – L.D.B. 9394/96;
Deliberação 03/01;
Regimento Escolar;
Projeto Político Pedagógico;
Proposta curricular para Educação Infantil e Ensino Fundamental do município de
Pontal do Paraná. Secretaria Municipal da Educação.
Proposta curricular para Educação Infantil e Ensino Fundamental do Estado –
SEED
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
251
Oficinas: Cantiga de roda, contação de histórias, música e teatro, jogos e
brincadeiras infantis.
Observação, participação, pesquisa de campo nos Centros de Educação Infantil e
nas Escolas do Município de Pontal do Paraná que ofertem 1º e 2º anos do Ensino
Fundamental;
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA. J. S. de. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 93, 1995.
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médio para os que vivem do trabalho. In: ZIBAS, D. M. L; AGUIAR, M. A. de S.; BUENO, M.
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MARX, K. O capital: crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1985.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
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avaliação. São Paulo: FTE, 1990.VASCONCELOS, C. dos J. Avaliação: concepção dialético-libertadora do processo de avaliação escolar. São
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Paulo: Libertad, 1990.
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