Vigilância Epidemiológica DengueE2ncia%20Epidem… · Casos de dengue e febre hemorrágica da...

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Santa Rosa - RS, 06/11/2007

Ministério da SaúdeSecretaria de Vigilância em Saúde

Programa Nacional de Controle da Dengue

Márcio Garcia

Vigilância Epidemiológica Vigilância Epidemiológica DengueDengue

Fatores MacrodeterminantesLatitude: 35ºN a 35ºSAltitude: < 2.200mTemperatura: 15-40 ºCUmidade: média/altaChuvasMudanças climáticas

Fonte: Guzmán et al, 1995

Hospedeiro

Vírus

Vetores

Ambiente Físico

Ambiente Social

Antecedentes da doençaImunidade de grupoPopulação suscetívelConhecimento, hábitos e culturaEscolaridadeParticipação social

Densidade populacional

Mobilidade populacional

Situação socioeconômica

Urbanização não-planejada

Moradia inadequada

Abastecimento de água inadequado

Legislação

Qualidade e equidade do Sistema de Saúde Pública

Fatores MicrodeterminantesSorotipo circulanteNível de viremiaPatogenicidadeVirulênciaSeqüência do sorotipoVariação genética

Fonte: Guzmán et al, 1995

Hospedeiro

Vírus

Vetores

Espécies presentesSuscetibilidade à infecção viralCriadourosIdade e densidade de fêmeas adultasFreqüência de alimentaçãoDensidade vetorialCapacidadeResistência a medidas de controle

Exposição ao vetor

Estado de imunidade

Idade

Sexo

Etnia

Enfermidades crônicas

Nutrição

Fatores genéticos de suscetibilidade ou resistência

Determinantes da expansão da Dengue

Rápida dispersão do Aedes aegypti

• Características do vetor

• Baixa cobertura / ineficácia das ações de controle

19961.728 municípios

infestados

20063.929 municípios

infestados

Fonte: SES’s

Determinantes da expansão da Dengue

Aumento da densidade populacional em áreas urbanas

• Entre 2000 e 2004 ocorreu um aumento de 10 milhões

de pessoas no país

• Ano 2000: 81% da população em áreas urbanas

• Em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros

Fonte: IBGE; Anuários estatísticos; planetageo.sites.uol.com.br

Determinantes da expansão da Dengue

Abastecimento de água inadequado

• Falta de acesso a água encanada: 18 milhões de

pessoas em áreas urbanas

• A intermitência no abastecimento afeta 20% dos

distritos abastecidos

Fonte: www.tratamentodeagua.com.br

Determinantes da expansão da Dengue

Aumento na produção de lixo com destino inadequado

• Produção diária de 125 mil toneladas de lixo

• 32% do lixo urbano concentra-se em 13 cidades com

mais de 1 milhão de habitantes

• 63,6% dos municípios brasileiros destinam o lixo

produzido aos lixões

Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento, 2000

Determinantes da expansão da Dengue

Aumento do fluxo de turismo internacional no país

• Incremento no número turistas

- 1970: 250 mil 1998: 4,8 milhões

- Crescimento médio anual de 5,2%

• 2020: previsão de 14 milhões de turistas internacionais

Fonte: Instituto Ecobrasil

Programa Nacional de Controle da Dengue

Objetivos e Metas

• Reduzir a infestação predial pelo Aedes aegypti a

menos de 1% em todos os municípios

• Reduzir a incidência da dengue, 50% em 2003 e 25%

nos anos seguintes, a cada ano

• Reduzir a letalidade por febre hemorrágica de dengue

a menos de 1%

Gestão Integrada no Controle da Dengue

Componentes1. Vigilância epidemiológica2. Combate ao vetor3. Assistência aos pacientes4. Integração com atenção básica (PACS/PSF)5. Ações de saneamento ambiental6. Educação em saúde, comunicação e mobilização 7. Capacitação de recursos humanos8. Legislação

9. Sustentação político-social10. Acompanhamento e avaliação

Vigilância Epidemiológica

Definição

“Conjunto de ações que proporciona o

conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer

mudança nos fatores determinantes e condicionantes

de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de

recomendar e adotar as medidas de prevenção e

controle das doenças ou agravos” (Brasil, Lei

8080/90)

Vigilância Epidemiológica

Definição

“Conjunto de atividades que permite reunir a

informação indispensável para conhecer, a qualquer

momento, comportamento ou história natural das

doenças, bem como detectar ou prever alterações de

seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar

oportunamente, sobre bases firmes, as medidas

indicadas e eficientes que levem a prevenção e ao

controle de determinadas doenças” (Brasil, 2002)

História Natural das Doenças

Pressupostos Fundamentais

• As doenças não acontecem ao acaso

• Fatores preventivos e causais podem ser identificados por meio de investigação sistemática da distribuição das doenças

Hospedeiro

Meio AmbienteAgente

Etapas da Vigilância Epidemiológica

Dados

Informações

Ações

• Detecção de casos• Notificação• Investigação

• Análise da qualidade dos dados

• Construção e análise de indicadores

• Prevenção e controle• Assistência ao paciente• Divulgação das informações

Detecção de Casos

Detecção de casos

• Passiva / Ativa

• Doença de notificação compulsória

“ É a comunicação de determinada doença ou agravo a

saúde, feita a autoridade sanitária, por profissionais de

saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de

medidas de intervenção pertinentes”

• Definições de caso

Definições de caso

Caso suspeito - Dengue Clássico (DC)

• Doença febril aguda (máximo de 7 dias) acompanhada

de pelo menos dois dos seguintes sintomas:- Cefaléia

- Mialgia

- Artralgia

- Dor retroorbital

- Prostração

- Exantema

• Ter estado nos últimos quinze dias em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue e/ou tenha a presença de Aedes aegypti

Caso confirmado - Dengue Clássico (DC)

• Resultado laboratorial positivo para dengue

- Isolamento Viral: 1º a 5º dia da doença

- Sorologia: após o 5º dia da doença

• Período epidêmico: critério clínico-epidemiológico,

exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter

confirmação laboratorial

Definições de caso

Caso suspeito - Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

É todo caso suspeito de dengue clássico que também

apresente manifestações hemorrágicas, desde prova

do laço positiva até fenômenos mais graves (melena,

gengivorragia, hematêmese e outros)

Definições de caso

Caso confirmado – Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

Casos que preencham os seguintes critérios (TODOS)

• Febre com duração de 7 dias ou menos

• Plaquetopenia (<= 100 mil/mm3)

• Tendências hemorrágicas

• Extravasamento de plasma

• Confirmação laboratorial

Definições de caso

Caso de dengue com complicações

É todo caso que não se enquadre nos critérios de FHD e a classificação de DC é insuficiente, dada a

gravidade do quadro clínico-laboratorial apresentado:

- Alterações neurológicas- Insuficiência hepática- Disfunção cardiorrespiratória- Derrames cavitários- Plaquetopenia <= 50 mil/mm3

- Óbito

Definições de caso

Caso descartado

• Diagnóstico laboratorial negativo (dois resultados

(negativos, amostras pareadas IgM)

• Diagnóstico laboratorial diferencial positivo para

outra entidade clínica

• Ausência de diagnóstico laboratorial com

investigações clínica e epidemiológicas compatíveis

com outras patologias

Definições de caso

Infecção por vírus da Dengue

Manifestações da síndrome da dengue

Febre Indiferenciada

Assintomático Sintomático

Dengue Clássica FHD

Sem hemorragia Hemorragia Choque (SCD)Sem choque

FHDDengue Clássica

Fonte: WHO, 1997

Objetivos

• Esclarecer ou confirmar o diagnóstico

• Busca de casos

• Esclarecer circunstâncias que propiciaram a

ocorrência

- Epidemiologia descritiva

- Determinar os possíveis de fatores de risco

Investigação epidemiológica

Quem?

• Dengue clássica ou febre hemorrágica do dengue

• Sexo, idade, escolaridade, renda familiar

Onde?

• Local de residência e de trabalho/escola

Quando?

• Data do início dos sintomas e notificação

Epidemiologia descritiva

Quem?

0,05,0

10,015,020,025,030,035,040,045,0

< 1ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 e mais

Grupo etário

Coe

f. In

c. p

or 1

00.0

00 h

ab.

2005 2006

Incidência de FHD por grupo etário, São Luís/MA, 2005 (n=37) e 2006 (n=96)

Quem?

200320022001200019991998

Idad

e

80

60

40

20

0

DC

FHD

Casos de dengue e febre hemorrágica da dengue, de acordo com a idade, Manaus-AM, 1998 a 2003

Casos notificados de dengue por mês, Brasil, 1994 – 2005*

Quando?

*Barras escuras representam os meses de janeiroFonte: João Bosco

Casos e hospitalizações por dengue, Brasil, 1986 – 2006

Quando?

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

900000

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06

Caso

s no

tific

ados

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Hosp

italiz

açõe

s

Casos notificados Hospitalizações

DENV2DENV1

DENV3

Fonte: Márcia Ooteman

Incidência de dengue por UF, Brasil, 2007

Onde?

Menor que 100,0 (Baixa)

100,0 a 300,0 (Média)

Maior que 300,0 (Alta)

AM

AC

MT

CE

MS

GO

SE

BA

SP RJ

ESMG

PR

PA

AP

RO

RR

TO

MA

PI PB

RN

PEAL

SC

RS

* Fonte: Planilha Simplificada, dados até a s.e 26, sujeitos à alteração

Distribuição dos casos de dengue c/ alterações neurológicas

Onde?

Cacoal - RO

Distribuição de casos – Teste Kernel

Onde?

Sistemas de InformaçãoSINAN-NET

Sistemas de InformaçãoPlanilha de acompanhamento semanal de casos

CASOS ÓBITOS

BRASIL 49.960 75.793 96.918 82.829 44.399 1.300 0 0 0 0 0 0 1.257 352.456 542 68

NORTE 4.705 7.664 7.568 5.848 3.348 280 0 0 0 0 0 0 0 29.413 63 12

RO 234 368 311 130 152 12 0 0 0 0 0 0 0 1.207 1 e 3

AC 204 264 263 251 233 23 0 0 0 0 0 0 0 1.238 1, 2 e 3

AM 90 194 408 210 37 0 0 0 0 0 0 0 0 939 20 1 1, 2 e 3

RR 436 197 120 161 242 43 0 0 0 0 0 0 0 1.199 1, 2 e 3

PA 1.188 1.661 2.163 2.647 1.042 25 0 0 0 0 0 0 0 8.726 41 10 1, 2 e 3

AP 642 815 1.223 536 24 0 0 0 0 0 0 0 0 3.240 1 1, 2 e 3

TO 1.911 4.165 3.080 1.913 1.618 177 0 0 0 0 0 0 0 12.864 1 1 1, 2 e 3

NORD. 8.525 10.699 15.581 19.923 20.367 632 0 0 0 0 0 0 0 75.727 285 17

MA 1.468 2.309 2.609 1.747 1.228 121 0 0 0 0 0 0 0 9.482 51 1, 2 e 3

PI 1.047 722 842 1.273 1.986 146 0 0 0 0 0 0 0 6.016 26 8 1, 2 e 3

CE 2.348 3.234 3.266 5.827 6.348 120 0 0 0 0 0 0 0 21.143 109 2 1, 2 e 3

RN 623 707 1.180 1.204 835 6 0 0 0 0 0 0 0 4.555 9 1 1, 2 e 3

PB 338 690 1.362 1.707 1.776 166 0 0 0 0 0 0 0 6.039 7 1, 2 e 3

PE 1.313 1.901 3.548 5.727 6.015 72 0 0 0 0 0 0 0 18.576 57 2 1, 2 e 3

AL 485 303 924 814 757 1 0 0 0 0 0 0 0 3.284 9 1 1, 2 e 3

SE 70 84 94 253 88 0 0 0 0 0 0 0 0 589 1, 2 e 3

BA 833 749 1.756 1.371 1.334 0 0 0 0 0 0 0 0 6.043 17 3 1, 2 e 3

REG/UF JAN FEV MAR ABR MAIO SETAGO Soro-

tipo

JULJUN TOTAL FHD(4)OUT NOV DEZ M.Ign.(2)

Região/UF Nº Casos suspeitos de DC por mês

FHD

Sorotipo circulante

Sistemas de InformaçãoSIS-FAD

Qualidade dos dados

• Preenchimento dos campos - COMPLETITUDE

• Consistência dos dados

• Duplicidade

• Oportunidade

Construção de indicadores

• Ex. Taxa de incidência

Análises das informações

Softwares utilizadosTabwin

Softwares utilizadosMicrosoft Excel®

Casos 2007 Incidência Estrato

Sul 29.780 107,7 MédiaPR 29.026 276,1 Média

SC (2) 300 5,0 BaixaRS (2) 454 4,1 Baixa

Total Brasil 293.662 155,1 Média

Quadro 5 - Incidência da dengue na Região Sul e por Unidade Federada, 2007*

UFJANEIRO A ABRIL

*Dados até a s.e 17, sujeitos à alteração.

Divulgação de Informações

Boletim Epidemiológico

Divulgação de InformaçõesNotas Técnicas

Divulgação de InformaçõesCongressos

Divulgação de InformaçõesJornais, revistas, internet

Grandes desafios

• Produzir informação precisa e oportuna, de forma sistemática e contínua

• Conhecer a distribuição dos casos

• Identificar sorotipos circulantes

• Vincular a vigilância epidemiológica, laboratorial e entomológica

• Capacidade preditora

• Plano de contingência para emergências

Vigilância da Dengue

Obrigado!

marcio.garcia@saude.gov.br

Tabwin

TABWIN

• É um software (programa) desenvolvido pelo Datasus

• Permite lê e realizar tabulações com bancos de dados

de diversos sistemas de informação

Ex. SIH, SIA, SINASC, SIM, SINAN

• Tabulação direta de arquivos “DBF, DBC, XLS”

Utilidades

• Tabular dados a partir de um banco de dados

• Importar tabulações direto do TABNET

• Permite realizar operações aritméticas e estatísticas

• Elaboração de gráficos e mapas a partir dos dados

de uma tabela

Vantagens

• Simplicidade de operação

• Rapidez nas tabulações

• É possível trabalhar diretamente com arquivos

compactados - “DBC”

• Capacidade de exportação de dados

• Software livre - disponível gratuitamente

Como obter o TABWIN?

Para obter uma versão atualizada:

2. Acesse o site http://www.datasus.gov.br/

3. Clique no link Arquivos, depois em Arquivos de

Programas, depois em Tab para Windows, depois em

Download de Programa, e depois em tab35.zip

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1. Descompacta o arquivo tab35.zip

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Outros links importantes

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• Instruções para instalação e operação

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• Arquivos de conversão “.cnv ”

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Arquivos necessários

Arquivos de definição (“.def ”) são arquivos de texto contendo os critérios de tabulação a serem observados

pelo Tabwin

Arquivos de conversão (“.cnv ”) são arquivos de texto que

traduzem os arquivos de dados para palavras de mais

fácil entendimento

Arquivos “.def ” e “.cnv ”

Tela Principal

Painel de Tabulação

Tabulação

Mapa

Gráficos

Reservas

Definição de caso

Caso confirmado – Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

Tendências hemorrágicas

• Prova do laço positiva

• Petéquias, equimoses e púrpuras

• Sangramentos

- Mucosas

- Trato gastrointestinal

- Outros

Definição de caso

Caso confirmado – Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

Extravasamento de plasma devido ao aumento da permeabilidade capilar

• Hematócrito apresentando um aumento de 20% sobre o basal; ou

• Queda do hematócrito em 20% após o tratamento; ou

• Presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia

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