Ambiente & conservaçao 2º semestre Conservação Restauro UFPel

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Conservação Restauro

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11

AMBIENTE E CONSERVAÇÃO

VOL. 2

22

SUMÁRIOI. Introdução.II. Abordagem Histórica.III. Agentes de deterioração de Acervos Culturais

A. Agentes Físicos:1. Radiação Luminosa: Efeitos. Monitoramento e Controle;

2. Temperatura e Umidade Relativa: Efeitos. Monitoramento e Controle.

B. Agentes Químicos:1. Gases e Material Particulado: Efeitos. Monitoramento e Controle .

C. Agentes Biológicos:1. Microrganismos: Efeitos. Microclima e Desenvolvimento.2. Insetos: Efeitos. Microclima e Desenvolvimento.

I. Bibliografia.

33

III. Agentes de deterioraçãoIII. Agentes de deterioração de Acervos de Acervos

Agentes de deterioração dos acervos

são aqueles que levam os bens a um

estado de instabilidade física ou química,

com comprometimento de sua

integridade e existência.

44

III. Agentes de deterioraçãoIII. Agentes de deterioração de Acervos de Acervos

Embora, com muita freqüência, não possamos eliminar totalmente as causas do processo de deterioração dos distintos materiais do

acervo, podemos diminuir consideravelmente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, o manuseio, as

intervenções e a higiene, entre outros.

55

Principais Agentes de Deterioração:

Fatores internos.

Fatores externos ou ambientais.

66

Fatores internos. (Acervos documentais em papel)

Ligados diretamente a composição do papel:

tipo de colagem.

tipo de fibras.

resíduos químicos.

partículas metálicas.

– Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.

77

Fatores internos. (Acervos em tecidos naturais)

Ligados diretamente a composição do tecido:

tipo de fibras.

Tipo de corantes.

Resíduos químicos.

Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.

88

Fatores internos. (Acervos em madeira)

Ligados diretamente à estrutura da madeira:

Tipo de madeira.

Tipo de plano de corte do tronco.

Resíduos químicos.

Nossa interferência em relação aos fatores internos é limitada.

99

Fatores Externos ou Ambientais.

Agentes Físicos

Agentes Químicos.

Agentes Biológicos

Ação do Homem

1010

Fatores Externos ou Ambientais.

Agentes Físicos

Luz.

Temperadora.

Umidade Relativa.

1111

Fatores Externos ou Ambientais.

Agentes Químicos

Gases Poluentes.

Material

Particulado.

Sustâncias

Químicas.

1212

Fatores Externos ou Ambientais.

Agentes Biológicos

Microrganismos

Insetos.

Aracnídeos.

Roedores

Aves

Quirópteros

1313

Fatores Externos ou Ambientais.

Ação do Homem

Armazenamento.

Acondicionamento.

Manuseio.

Acessibilidade.

Desastres.

1414

Fatores Externos ou Ambientais.

I. Agentes Físicos

Luz.

Temperadora.

Umidade Relativa.

II. Agentes QuímicosGases Poluentes

Material Particulado.

Sustâncias Químicas.

III. Agentes BiológicosInsetos.Aves.Quirópteros.Aracnídeos.Roedores.Microrganismos.

IV. Ação do HomemArmazenamento.Acondicionamento.Manuseio.Acessibilidade.Desastres.

1515

III. A. Agentes Físicos.III. A. Agentes Físicos.

LuzLuz

1616

EFEITOS DA LUZ NOS MATERIAIS:

Pigmentos e corantes: alteração da cor.alteração da cor.

Material celulósico (derivado de fibras

vegetais) ex. papel: descoloridos e descoloridos e

fragilizados.fragilizados.

Material protéico (derivado de animais) ex.

lã, couro, penas: descoloridos e descoloridos e

fragilizadosfragilizados.

Materiais têxteis: deterioro de tintas e deterioro de tintas e

pigmentospigmentos; fragiliza as fibrasfragiliza as fibras

(“amolecimento”).

Agentes FAgentes Fíísicos.sicos.

1717

Fatores de fotodeterioração: Comprimento de onda,

Intensidade de radiação,

Tempo de exposição,

Natureza química do material (pergaminho, papel, couro,...).

Radiação U.V. – mais destrutiva.Radiação I. V. - acelera os processos de

degradação.

1. Luz.1. Luz.

Agentes FAgentes Fíísicos.sicos.

1818

Valores máx. de exposição à luz e UV (exposição diária de 7 horas).

SENSIBILIDADE LUX

(Lm/m²)

UV

(µw/Lm)

MUITO SENSÍVEISMUITO SENSÍVEIS:

têxteis, aquarelas,

guaches, obras em

papel, pergaminho,

fotografia a cores, couro

pintado.

< 50 < 30

SENSÍVEISSENSÍVEIS: pintura a

óleo e têmpera, couro

não pintado, laca, osso,

marfim, corno, fotografia

preto e branco.

< 200 < 75

POUCO SENSÍVEISPOUCO SENSÍVEIS:

metais, pedra, cerâmica,

vidro.

< 300 <75

1919

Valores recomendados e períodos de exposição anual (ICOM)

SENSIBILIDA

DE

INTENSIDA

DE DE LUZ

TEMPO

RECOMENDA

DO

INTENSIDA

DE MÁX.

DE

EXPOSIÇÃ

O À LUZ

Muito

sensível50 lux 250 h/ano 12.500

lux/ano

Sensível 200 lux 3.000

h/ano

600.000

lux/ano

Pouco

Sensível300 lux ---- ----

2020

2. Temperatura (T) e Umidade 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)Relativa (UR)

A água tem um papel importante em várias formas de degradação química e física.

O controle da T e da UR são fundamentais na preservação dos acervos.

Existe uma relação entre a UR e a T de um volume de ar.

2121

2. Temperatura (T) e Umidade Relativa 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)(UR)

–CONCEITOS BÁSICOS

• O vol. de água encontrado sob a forma de vapor num determinado vol. de ar denomina-se UMIDADE ABSOLUTA .

• A Umidade Relativa, expressa em porcentagem (%), define-se como a relação entre a quantidade de vapor de água existente num determinado volume de ar e a quantidade máxima de vapor de água , que esse mesmo volume de ar pode conter a uma dada temperatura.

2222

2. Temperatura (T) e Umidade Relativa 2. Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)(UR)

• A quantidade máxima de água que um

determinado vol. de ar pode conter (Umidade

absoluta de ar saturado) depende da T do ar.

• O ar é capaz de conter mais água nas

temperaturas elevadas de que nas baixas

Temperaturas.

• A deterioração dos materiais tem correlação com

a Umidade Relativa, e não com a Umidade

absoluta

23

Ejemplificar em el pizarrón

marene
exemplo no quadro: 1 metro cubico de ar; 20ºC; pode conter até 17 ml de vapor de água. (Por tanto qual é a U de saturaçao? = 17 ml).1) Se houver apenas 8,5 ml de água. Por tanto: UR= UA/U saturaçao.100 = 8,5/17.100 = 50%.2) Se a T se leva para 25ºC, o mesmo vol. de ar pode conter 23 ml de vapor de água. Por tanto: UR= 8,5/23.100 = 37%.3) Se a T se reduz para 5ºC, esse vol de ar pode conter no máximo 6,8 ml de água. Por tanto (8,5 ml - 6,8 ml= 1,7 ml de água) 1,7 ml de água terao que condensarse, Por tanto: UR=6,8/6,8.100 = 100%.Ou seja esse vol. de ar está totalmente saturado.È por isso que ocorre condensacao nos materias que sao deslocados com rapidez de um ambiente frio para um ambiente quente; a T do ar quente sobre a sup. fria do objeto desce abaixo do ponto de condensacao e se formam gotas de água. (Para que isso nao aconteça, os objetos devem ser gradativamente condicionados às mudanças de T).

2424

- Uma regra geral estabelece que as reações químicas

dobram a cada elevação de temperatura de 10oC.

- No caso especial da celulose, testes artificiais de

envelhecimento indicam que cada aumento de 5oC

quase dobra a taxa de deterioração, mesmo na

ausência de luz, poluentes ou outros fatores.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

2525

Para estimar níveis de UR apropriados à conservação de objetos culturais é necessário a observação de quatro critérios básicos (GUICHEN,

G.; TAPOL, 1998):

• Estudo da técnica de fabricação do objeto; • Identificação da natureza do material de que

o objeto é constituído;• Análise das condições climáticas do local de

exposiçãodos objetos;

• Análise das tipologias de degradação.

Tais critérios são determinantes para que as instituições

responsáveis pela guarda de bens culturais adotem

normas de controle climático.GUICHEN, G.; TAPOL, B. Climate Control in Museuns. Rome:

ICCROM,1998.

2626

O ganho de umidade de uma determinadaescultura, em madeira, causa o seu

inchamento e aperda causa retração; essas variações

volumétricas edimensionais diferem segundo o plano de

corte do tronco.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

2727

- São 3 as direções geométricas da madeiradefinidas pelo corte: o transversal, que é

perpendicularao eixo do tronco; o radial obedece a um

planolongitudinal que se estende pelo eixo do

tronco e otangencial paralelo ao eixo do tronco.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

2828PLANOS DE CORTE: TRANSVERSAL, RADIAL,

TANGENCIAL

2929

Os planos de corte da madeira no bem cultural, determinam as tipologias de degradação, por ex., das esculturas, que se manifestam principalmente das seguintes formas:

-Danos ao suporte:

rachaduras, fissuras,rachaduras, fissuras,

deformações (empenamentos e nós),deformações (empenamentos e nós),

separações dos blocos constituintes das separações dos blocos constituintes das

esculturas, esculturas,

desprendimentos de cravos e ou pinos.desprendimentos de cravos e ou pinos.Agentes FAgentes Fíísicossicos

marene
Todas as esculturas estudadas apresentavam apolicromia com craquelês e desprendimento. A causadesse tipo de dano não deve ser atribuída apenas aoenvelhecimento do pigmento os chamados craquelês deidade (6), mas também ao comportamentohigroscópico da madeira no transcorrer do tempo.Verificou-se que todo o tipo de craquelê resultante dadeformação da madeira (contração ou dilatação) atingetodas as camadas da policromia.Foram identificadas as seguintes tipologias decraquelês :- craquelê paralelo à fibra da madeira: ocorreprincipalmente nas áreas das esculturas com a madeiratalhada no sentido longitudinal e sem ondulações.Craquelê perpendicular à fibra da madeira:ocorre principalmente nas áreas que possuemondulações. -Craquelê de linha: ocorre sobre as áreas ondehá deslocamento das junções de blocos

3030

- Danos ao suporte: rachaduras, fissuras,

deformações (empenamentos e nós), separações dos blocos constituintes das esculturas,

desprendimentos de cravos e ou pinos.

-Danos a camada pictórica:

Craquelês,Craquelês,

Perdas do estrato pictórico.Perdas do estrato pictórico.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

marene
Todas as esculturas estudadas apresentavam apolicromia com craquelês e desprendimento. A causadesse tipo de dano não deve ser atribuída apenas aoenvelhecimento do pigmento os chamados craquelês deidade (6), mas também ao comportamentohigroscópico da madeira no transcorrer do tempo.Verificou-se que todo o tipo de craquelê resultante dadeformação da madeira (contração ou dilatação) atingetodas as camadas da policromia.Foram identificadas as seguintes tipologias decraquelês :- craquelê paralelo à fibra da madeira: ocorreprincipalmente nas áreas das esculturas com a madeiratalhada no sentido longitudinal e sem ondulações.Craquelê perpendicular à fibra da madeira:ocorre principalmente nas áreas que possuemondulações. -Craquelê de linha: ocorre sobre as áreas ondehá deslocamento das junções de blocos

3131

Os efeitos da contração e dilatação na madeira

são sentidos de uma forma mais intensa na direção

perpendicular (tangencial e radial).

As rachaduras e

fissuras, portanto, ocorrem, sobretudo, no sentido do

centro (área da medula) para a região externa abrindo-se em forma de “V” devido à prevalência

da contração tangencial sobre a radial quando perde umidade para o ambiente.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

marene
tipo de madeira usada no barroco e rococómineiro revela que a espécie mais utilizada pelosartesãos dessa época foi o cedro, por ser uma madeirafacilmente encontrada e possuir características (físicas,químicas e biológicas) que facilitam o trabalho deescultura e permitem grande diversificação nas suasaplicações
marene
Nas esculturas analisadas observamos queexiste a predominância da utilização do tronco nosentido vertical. Longitudinalmente, a madeira éformada, principalmente, por fibras que não absorvemumidade; assim sendo, a movimentação mecânicanessa direção é mínima --- portanto, o comprimento deuma escultura não varia muito quando perde ou ganhaumidade

3232

As rachaduras e fissuras podem ser superficiais, ou seja, ocorrendo apenas nas regiões periféricas

da escultura ou mais profundas.

Deformações nas esculturas, de forma côncava ou convexa –

“empenamentos” - , podem ocorrer nos blocos das esculturas cortados em forma de Tábua.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

3333

Esse tipo de corte, devido à anisotropia da madeira, tende a encurvar-se com o lado

côncavo oposto à face policromada, porque durante a troca de umidade com o ambiente o estrato posterior tende a absorver ou eliminar

umidade mais rapidamente que o anterior, com policromia.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

3434

É importante salientar também que as

esculturas feitas com a utilização do cerne e

alburno são mais propensas a deformações, porque a madeira do alburno é mais susceptível às variações de umidade do que a do cerne (e essas diferenças de tensões promovem danos com maior rapidez)

Cerne (interna)

Alburno (externa)

3535

EFEITOS DA UMIDADE RELATIVA

ELEVADA:

Estímulo da atividade biológica.Estímulo da atividade biológica.

Alteração das dimensões físicas.Alteração das dimensões físicas.

Dissolução das colas do papel.Dissolução das colas do papel.

Aceleração de alguma reações químicas, Aceleração de alguma reações químicas,

ex. a degradação ácida, corrosão, etc.ex. a degradação ácida, corrosão, etc.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

3636

EFEITOS DA UR ELEVADA (continuação):

Desbotamento.Desbotamento.

Migração de impurezas.Migração de impurezas.

Manchas em materiais orgânicos.Manchas em materiais orgânicos.

Danos em materiais compostos. Danos em materiais compostos.

Atividade dos sais em pedras, cerâmicas Atividade dos sais em pedras, cerâmicas

e vidros.e vidros.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

3737

EFEITOS DA UR EXTREMADAMENTE

BAIXA:

Ressecamento.

Aumento da fragilidade.

Rachaduras, craquelamentos,

trincagem.

Desprendimento de verniz.

Mudanças irreversíveis nas dimensões

das peças.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

3838

EFEITOS DAS FLUTUAÇÕES DA T E DA UR

DO AR:

Todos os materiais HIGROSCÓPICOS, ex. :• Madeira;• Papel;• Produtos têxteis;• Telas;• Couro;• Marfim; Muitos adesivos; Emulsões fotográficas; Sais,

têm um teor de U particular numa dada UR (teor de “U em equilíbrio”). Quando a UR se reduz, liberam água e encolhem; à medida que a UR se eleva, absorvem

água e incham.

3939

Essas variações contribuem para a deterioração física

dos materiais e acarretando danos visíveis tais

como:

Ondulações no papel;

Franzimento do papel;

Descamação de tintas;

Empenamento de capas de livros;

Rompimento de emulsões fotográficas.

Rachamento, empenamento ou curvamento da madeira.

Encolhimento ou espichamento dos tecidos;

4040

Mudanças de forma do pergaminho;

Rachamento do marfim;

Desprendimento de materiais colados;

Enrolamento de fotografias;

Rachamento de emulsões;

Perda de brilho das cerâmicas;

marene
A cerâmica perde o brilho da superficie com a expansao dos sais em seu interior.
marene
Essa deterioraçao é particularmente notável nos objetos feitos de materiais compostos, porque cada componente se move a uma velocidade diferente e nem sempre consigue adaptar-se aos movimentos dos outros materiais.
marene
As mudanças de UR tambem podem afetar os materiais inorganicos, como metais, pedras e alguns tipos de vidros. Ex. a água existente no ar acima de 45% de UR pode combinar-se com os sais ou com os ácidos em suspensao no ar e provocar a corrosao de metais.

4141

• As oscilações de T e UR nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.

• Em relação à umidade relativa, a ideal seria entre 45 e 50%.

• O rango de Temperatura ideal é de 18ºC a 21ºC.

AMBIENTES IDEAIS PARA ACERVOS EM PAPEL

Agentes FAgentes Fíísicossicos

4242

• As oscilações de T e UR nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.

• Em relação à umidade relativa, a ideal é de máximo de 50%.

• A Temperatura ideal é de menos de 10ºC.

AMBIENTES IDEAIS PARA ACERVOS TÊXTEIS

Agentes FAgentes Fíísicossicos

4343

Existe uma relação estreita entre a T e a UR.

Num espaço fechado, como um museu ou uma vitrine, onde as trocas de ar são lentas,um

aumento da T pode baixar a UR e vise-versa.

Por ex.: se numa sala com 15ºC e 80% de UR,

aumenta a T para 20ºC, a UR diminui para

cerca de 60%.

Agentes FAgentes Fíísicossicos

4444

Gráfico de temperatura e umidade - carta psicrométrica (diagrama

de Mollier)

Um

idad

e ab

solu

ta (

g/m

3)

Umidade relativa (%)

Temperatura (ºC)

4545

Um

idad

e A

bso

luta

em

g

/m3

Umidade Relativa em %

Temperatura em Co25

14,5

Saturação a 100% de HR

Desumidificar

12

26,5

45%

Pode provocar aquecimento

4646

Um

idad

e A

bsol

uta

em g

/m3

Umidade Relativa em %

Temperatura em Co25

14,5

Saturação a 100% de HR

Aquecimento

45%

4747

MONITORAMENTO DA T DA UR

Equipamentos:

• De medição pontual

– psicômetros, higrômetros,

termômetros, termohigrômetros

digitais.

• De medição contínua

– termohigrógrafo, datalogger.

4848

Mede a umidade relativa do ar - de

modo indireto - em porcentagem (%). Compõe-se de dois

termômetros idênticos, um denominado termômetro de

bulbo seco, e outro com o bulbo envolvido em gaze ou cadarço de algodão mantido constantemente

molhado, denominado termômetro de bulbo úmido.

Psicômetro

4949

Termômetro

Indica a temperatura do ar.

5050

Datalogger digital

Termohigrômetro digital

5151

Termohigrógrafopara medição e

registro contínuo.

5252

marene
carta termohigrométrica

5353

Controle da Temperatura e da Umidade Relativa

CONTROLE PASSIVO:

Limitar o número de pessoas num determinado espaço (exposição ou reserva). Evitar colocar objetos na proximidade de focos de luz intensa, janelas, portas ou paredes exteriores e em zonas de correntes de ar. Impedir o aumento de temperatura provocado pela entrada de luz solar direta, colocando persianas ou filtros nas janelas. Controlar a UR em pequenos volumes de ar, criando microambientes, recorrendo por ex. à sílica gel.

marene
É possivel que seja necessario organizar o acervo por materiais que exibam necessidades semelhantes.

5454

Sílica gel com

indicador

de azul cobalto.

Esta sílica, à medida que adsorve água, altera a coloração, passando de azul a rosa.

5555

Controle da Temperatura e da Umidade Relativa

CONTROLE ATIVO:

Humidificadores.

Desumidificadores.

Aquecedores.

Ar condicionado.

Sistemas de climatização.

5656De Guichen, G.l. Climate in Museums: Measurement. 3d ed. Rome: International Center for the Study of thePreservation and Restoration of Cultural Property, 1988.

Natural History Materials

Biological specimens.......................................................40% - 60%

Bone and teeth...................................................................45% - 60%

Paleontological specimens ...........................................45% - 55%

Pyrite specimens ..............................................................<30%

Paintings...............................................................................40% - 65%

Paper .....................................................................................45% - 55%

Photographs/Film/Negatives ........................................30% - 40%

Other organics (wood, leather, textiles, ivory).....45% - 60%

Ceramics, glass, stone ....................................................40% - 60%

marene
Figure 4.2. Relative Humidity Optimum Ranges for Var

Na implementação de uma estratégia de controle ambiental, o objetivo é

providenciar condições que impeçam valores extremos e rápidas oscilações de

T e UR.

Essas oscilações nunca devem ser superiores a 10% em 24 horas.

Mesmo privilegiando a estabilidade dos valores de T e UR importa lembrar algumas informações úteis:

- 70% de UR representa um limiar indicativo para o comportamento de diversos objetos;- abaixo de 40%, a estrutura dos materiais orgânicos pode contrair, aumentar de rigidez e tornar-se quebradiça;- os metais devem estar num ambiente de UR inferior a 30%(no caso de ferros arqueológicos, abaixo dos 15%) para evitar fenômenos de corrosão;

- valores superiores a 65% de UR associados a

temperaturas superiores a 18ºC, favorecem o

desenvolvimento de diversos tipos de organismos e

microrganismos;

- para objetos compostos, as condições ambientais devem

ser determinadas, tendo em conta os materiais

presentes e procurando soluções de compromisso.

6060

!!!!GraciaGracia

s y s y hasta hasta

la la vista!.vista!.

6161

III. B. Agentes QuímicosIII. B. Agentes QuímicosGASES POLUENTES E MATERIAL

PARTICULADOSão impurezas em estado sólido, líquido ou gasoso,

capazes de interagir com os bens culturais acelerando sua degradação.

• Origem externa ao museu

Atividades Industriais.

Trafego de Veículos.

6262

III. B. Agentes QuímicosGASES POLUENTES E MATERIAL

PARTICULADOOrigem interna ao museu

Atividade internas: Ex.: operações de limpeza.

Materiais constituintes do edifício, do equipamento expositivo, do equipamento de reserva, de armazenamento e de acondicionamento.

Materiais constituintes de um bem cultural.

Visitantes.

6363

MATERIAL PARTICULADO

Produzido por processos mecânicos, químicos ou gerado naturalmente.

No pó estão contidas partículas de substâncias químicas cristalinas e amorfas, como: terra, areia, fuligem, resíduos provenientes da combustão e outras atividades industriais, e grande diversidade de microrganismos.

EFEITOS SOBRE OS MATERIAIS.

Modificação da estética.

Ação cortante.Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

6464

MATERIAL PARTICULADO

Efeitos sobre os materiais:

Ação abrasiva.

Potencializa a biodegradação (transporta

água e microrganismos).

Promove a descoloração de materiais

porosos.

Catalisa reações químicas. Ex.:

processos de corrosão.Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

6565

Exemplo de “Manchas d´água”

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

marene
explicar que son las manchas de água. comenzando con: "por exemplo a poeira ...

6666

GASES POLUENTES

Poluentes gasosos mais freqüentes em museus:

Óxidos de enxofre - SOx

Óxidos de nitrogênio - NOx

Ozônio - O₃

Formaldeído - H2CO

Ácido Clorídrico - HCl Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

6767

Óxidos de Enxofre

O Dióxido de enxofre (SO2) reage com o O₂ e

H₂O formando ácido sulfúrico ( H₂SO₄) que deteriora obras de carbonato de cálcio.

O SO2 acidifica, fragiliza e descolora

materiais à base de celulose (papel), e à base de proteínas (lã, seda, couro).

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

6868

Óxidos de Enxofre

Efeitos na celulose que está degradada por causa da acidez :

1. Mudanças na coloração original;

2. Diminuição do grau médio de

polimerização;

3. Perda de resistência mecânica;

4. Hidrólise.

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

6969

O Dióxido de nitrogênio (NO₂) é

convertido em ácido nítrico (HNO₃) em

contato com a água e o oxigênio do ar,

deteriorando o couro, papel, etc., e

provocando o desvanecimento de alguns

pigmentos.

O NO₂ provoca a perda de tinturas têxteis e fragiliza as fibras.

Óxidos de Nitrogênio

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7070

• O Formaldeído na sua forma oxidada, o ácido fórmico (CH2O2 ) corrói metais.

• Os Ácidos grassos (RCOOH) provocam manchas em pinturas, e amarelecimento de papel e documentos fotográficos.

• Os Peróxidos (ROOR) provocam a descoloração de alguns pigmentos e a oxidação de materiais orgânicos.

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7171

• O Ozônio (O3 ) agente fortemente

oxidante, reage com compostos orgânicos, degradando sua estrutura química. Fragiliza materiais à base de celulose, descolora pigmentos e corantes e deteriora vernizes.

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7272

Muitos polímeros orgânicos, incluindo a borracha e as

fibras têxteis naturais e sintéticas, sofrem

alterações químicas por exposição a quantidades

muito reduzidas de Ozônio.

Ozônio

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7373

Estas reações produzem dois efeitos distintos:

a quebra da cadeia de carbonos e a ligação

cruzada das mesmas.

No primeiro caso, o material fica mais fluído e

perde resistência à torção.

No segundo caso, a formação de novas ligações

entre cadeias de carbono paralelas, faz que o

material fique menos elástico e mais quebradiço.

Ozônio

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7474

Exemplo de corrosão na superfície de um objeto de ouro causado por

poluentes atmosféricos

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7575

Os materiais constituintes do equipamento expositivo, de reservas, de

armazenamento e de acondicionamento, podem ser a fonte de diversos tipos de

poluentes:

A madeira pode liberar ácido acético, ácido fórmico, ácido propiônico, formaldeído...

Os derivados de madeira: ácidos provenientes da madeira, formaldeído, ácidos provenientes do adesivo...

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7676

As tintas e vernizes: ácidos orgânicos, peróxidos, formaldeído, amoníaco...

Os papéis e cartões: ácidos...

Os plásticos e polímeros: aditivos, plastificantes, corantes, sulfuretos...

Os têxteis: sulfuretos, aditivos...

Agentes QuAgentes Quíímicosmicos

7777

Danos Produzidos Pelos Materiais em Contato Direto Com

as Obras Têxteis Ressecamento.

Debilitamento.

Perda do grau de polimerização das fibras.

Oxidação.

Manchas.

Descoloração.

Ex.: A madeira e o papel com alta acidez produzem ressecamento e amarelamento; polímeros como o PVC, produzem gases clorados que danificam os tecidos de forma permanente; os poliuretanos ao degradar-se mancham os têxteis; ácidos orgânicos ou sulfuro de hidrogênio (H2S), degradam as tinturas e os têxteis de origem celulósica.

7878

Fatores Determinantes do Efeito dos Gases Poluentes na Interação entre o

Têxtil e os Materiais em Contato

Tempo transcorrido entre a emissão gasosa e o objeto.

Distância entre a fonte emissora de gases e o objeto.

Volume de ar contido na área de exibição ou de armazenagem.

Cinética com que o gás se distribui no espaço e a sua concentração.

Ventilação, umidade relativa e temperatura ambiente.

Presença de catalisadores que promovam determinadas reações químicas.

marene
Por outro lado, a luz é outro fator que deve ser tomado em consideraçao, já que certos materiais são sensíveis a desencadear reaçoes fotoquímicas, acelerando sua degradaçao, e liberando substâncias tóxicas no ambiente.

7979

A acidez pode atacar um documento de 3 formas:

Através dos componentes usados na fabricação do papel;

Por intermédio das tintas usadas para grafar o mesmo;

Por exposição a materiais ácidos e/ou poluentes atmosféricos.

A acidez ataca as colas usadas na fixação das fibras, tornando-as mais permeáveis à umidade e, a seguir, destrói as moléculas de celulose.

ACIDEZ

8080

A constatação visual e táctil da acidez no papel só é possível quando muito pronunciada.

A folha torna-se pardacenta, com cheiro ocre e pouco maleável ao tato, tornando-se

quebradiça.

Nos documentos manuscritos, antes da destruição das fibras, nota-se que os papéis em branco, que ficaram em contato com o material

ácido por muito tempo, mostram traços idênticos ao original.

ACIDEZ

8181

As tintas usadas também podem apresentar

problemas de acidez.

As tintas à base de ferro foram largamente

usadas e causam, graves lesões à

documentação.

As tintas à base de carbono não descoloram com

a mesma facilidade das fabricadas à base de

sulfato ferroso, e apresentam menor perigo de

acidez.

Atualmente, usa-se a anilina para fabricação de

tintas.

ACIDEZ

8282

pH

A medida do pH indica a tendência ácida ou alcalina de um determinado material.

A medida realiza-se numa escala de 0 a 14 valores, sendo 7 o ponto neutro.

ácido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 alcalino

Uma das formas de medir o pH emprega papel reativo que muda de cor conforme a escala acima (aproximadamente).

8383

A Alcalinidade é também um fator degenerador de papéis, ainda que menos

frequente do que a acidez.

- Ela reage sobre o material favorecendo a penetração da umidade e proliferação de fungos.

- Facilita a dissolução do encolamento do papel, e a celulose passa a absorver muita umidade, apodrecendo rapidamente.

ALCALINIDADE

8484

Visando à melhor preservação do documento, o pH deve estar na faixa de

6,0 a 7,0.

Dependendo da idade do material, 5,5 é tolerável.

Se o pH atingir 8,0 ou mais, o material tem que ser submetido a tratamento.

ALCALINIDADE

8585

pH

A medida do pH pode ser determinada de várias formas:

caneta reativa (apenas indica ácido ou alcalino)

papel reativo (indica escala de ácido ou alcalino)

medidores digitais (extrema precisão)

Em alguns materiais a medida do pH é muito fácil (papel, cartão, etc.); para outros é necessário laboratório especializado.

8686

As all materials age, they slowly break down and constantly deteriorate.The basic deterioration of textiles is the gradual breaking down of longchain

fiber molecules into shorter chains. The result is brittleness. Otherforms of natural deterioration are:gradual loss of inherent moisture: Natural fibers come from living

sources with biological functions. As they age and the structure of thefiber changes, fibers become less elastic and resilient.

• effects of impurities: The presence of small amounts of metals, such ascopper, can accelerate deterioration in the presence of bleaching agents,

ozone, ultraviolet radiation, and moisture.• impact of manufacturing: Iron mordants, oils and lubricants used to

facilitate the weaving process, and bleaching are some of themanufacturing processes that can contribute to the deterioration of

textiles.• inherent vice: Sometimes methods of manufacture and the nature ofmaterials cause deterioration that cannot be controlled and may not betreatable. The most striking example of inherent vice is the impact ofthe addition of certain metallic compounds to silks to add weight and

drape to silk fabrics. These compounds bond to the silk fiber and causetheir eventual splitting and powdering. Another example is the

interaction of some metal threads and decorations with textiles. Thenatural deterioration of wool accelerates deterioration of silver metallic

threads causing tarnish. The tarnish can then stain the wool.• oxidation: Fabrics are naturally degraded by the presence of oxygen.

The result is an overall brownish discoloration on white or naturalcoloredtextiles. When treated with water, some of these oxidation

products are dissolved. However, the oxidation process begins againimmediately.

8787

Controlling pests and the environment—light, temperature,

relativehumidity and air pollution—are keys

to the long-term preservation oftextiles.

PONTO 2

8888

Monitoramento dos poluentes.Existem tubos para uma

variada gama de poluentes,fornecendo resultados

qualitativos ouquantitativos. Cada

tubodetecta um só tipo

de poluente.

Tubo colorimétrico para detecção de amônia

8989

CONTROLE PASSIVO DE POLUENTES.

Colocar os bens culturais em caixas,

armários, expositores ou cobri-los recorrendo,

por ex., a tecidos em algodão ou películas em

polietileno;

Evitar, em espaços que contenham bens

culturais (ou na sua proximidade), executar

trabalhos que possam ser fontes de poluentes;

Manter portas e janelas fechadas e

devidamente calafetadas;

9090

CONTROLE PASSIVO (Cont.)

Instalar filtros de poluentes em sistemas de ar

condicionado e tratamento de ar;

Isolar objetos que possam liberar poluentes;

Selecionar materiais de construção, de

equipamento expositivo,de armazenamento e de

acondicionamento, com vista a excluir os que

podem liberar poluentes;

Utilizar, em pequenos volumes de ar,

materiais adsorventes de poluentes, como

carvão ativado.

9191

Carvão ativado em grânulos

9292

CONTROLE ATIVO DE POLUENTES.

Filtros.

Lavadores químicos.

Sistemas de climatização.

9393

ConclusõesOs métodos curativos aplicados no tratamento

dessesacervos analisados demonstram que soluções

isoladasnão terão efeito prolongado.

É importante a aplicaçãode uma metodologia baseada na conservação

preventiva para se obter sucesso no controle deinfestações por insetos, assim como no tratamento

deinfecções ocasionadas por fungos ou outros

microorganismos.

9494

Conclusões

Parâmetros como ventilação,umidade relativa, temperatura, iluminação,

conduta daspessoas que lidam com o acervo, arquitetura doedifício, localização das áreas de guarda dentro

doprédio, deverão ser observados para aplicação de

umapolítica de preservação eficaz.

9595

ObrigaObrigado e do e até a até a

próximpróxima a

semanasemana..