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RACIONALISMO, EMPIRISMO E ILUMINISMO

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Racionalismo

Características Gerais

O Racionalismo é uma corrente filosófica baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade das proposições apresentadas.

Essa corrente filosófica surgiu como doutrina, para realçar que tudo que existe é decorrente de uma causa. Muito tempo depois, os filósofos racionalistas adotaram a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a explicação da realidade.

o Racionalismo é baseado na busca da certeza e da demonstração.

O Racionalismo se tornou o centro do pensamento liberal, que define caminhos para o interesse comum social

O Racionalismo é a base da organização econômica e social, induzindo à soluções racionais de problemas econômicos com base em soluções técnicas e eficazes.

Método Científico

O método científico é o método que estuda a natureza.

Se constitui em um conjunto de regras criadas por cientistas, que baseadas nessas é possível se obter uma resultante satisfatória.

Essa teoria deve ser consistente com os fatos e deve poder prever que em situações e condições idênticas os resultados devem ser os mesmos.

MÉTODO INDUTIVO

Esse método é baseado em uma operação mental, ou seja, uma série de fatos ligados que estabelecerá uma verdade universal ou um ponto de referência com base do conhecimento de alguns dados singulares.

Mas a premissa pode não ser verdadeira.

Exemplo:

Todos os que comem, gostam de comer.

Se Garfield come.

Logo, Garfield gosta de comer.

Método Matemático

É o método onde se reduz os problemas a um conjunto simples de termos, baseados em experiências do senso lógico.

Exemplo: 01. Se p e q são as raízes das equações x²-6x+7=0,

então (p+3) (q+3) vale:(A) 20(B) 24(C) 30(D) 32(E) 34

Dualismo 

Os dualistas compreendem a existência como uma oposição entre formas distintas. Como por exemplo o bem e o mal, o consciente e o inconsciente, a luz e as trevas, a matéria e o espírito, alma e corpo, entre outras, as quais não podem ser reduzidas umas às outras.

A corrente de pensamento dualista pressupõe a diferença fundamental entre corpo e mente, por mais que pareçam não ser diferentes um do outro à nossa percepção sensorial.

René Descartes, defensor desta ideia, não confia no conhecimento revelado através dos sentidos. Assim, para este filósofo há no mundo duas substâncias. Da primeira esfera se destaca o universo do pensamento, da reflexão, da

atividade intelectual e da liberdade de agir; da segunda, o plano da extensão, de tudo que está determinado de

alguma forma, e da atitude passiva.

Idealismo

 corrente de pensamento filosófico que reduz toda a existência ao pensamento.

No idealismo absoluto, o ser é reduzido à consciência, assim mente e corpo seriam uma mesma coisa.

O idealismo toma como ponto de partida para a reflexão o sujeito, não o mundo exterior.

O idealismo metódico de Descartes é uma doutrina racionalista que, colocando em dúvida todo o conhecimento adquirido, parte da certeza do pensar para deduzir.

O idealismo dogmático surge com George Berkeley, que considera a realidade do mundo exterior justificada somente pela sua existência na mente divina ou na mente humana. Para ele, "ser é ser percebido".

Immanuel Kant formula o idealismo transcendental, no qual o objeto só existe através de uma relação de conhecimento. Ele descobre, portanto, o conhecimento dos objetos.

Friedrich Hegel emprega o termo idealismo absoluto para caracterizar sua metafísica.

Monismo

Considera-se então, que no monismo duas correntes distintas de pensamento o caracterizam:

O monismo que reduz o corpo à mente, é conhecido como imaterialismo, e foi defendido por George Berkeley e pelos behavioristas.

O monismo que reduz a mente ao corpo é conhecido como materialismo, e foi e continua sendo defendido por diversos filósofos, psicólogos e cientistas cognitivos.

Isaac Newton

“Se fui capaz de ver mais longe, é porque me apoiei em ombros de gigantes. ”

SIR ISAAC NEWTON

A potência de um Binômio

O binômio de Newton é o que permite escrever o polinômio na forma canônica, correspondente à potência de um binômio.

Cálculo da integral e diferencial

O Cálculo Integral é o contrário do Cálculo Diferencial.Assim como a adição está para a subtração, e a multiplicação para a divisão, o Cálculo Integral está para o Diferencial.Ou seja, se no Diferencial pegávamos um pequeno trecho e diferenciávamos, no Cálculo Integral vamos INTEGRAR, somar, juntar, unir essas minúsculas partes que são os diferenciais.

Leis dos movimentos

1ª Lei de Newton (Princípio da INÉRCIA).Quando num corpo não atua força alguma, ou quando a resultante das forças que atuam é zero, então sua velocidade tende, por inércia, a permanecer constante

O corpo que está em movimento tende a permanecer assim como o corpo em repouso tente a permanecer em repouso.

2ª Lei de Newton (Princípio da MASSA).Quando a resultante das forças que atual em um corpo é diferente de zero (existe resultante), então a velocidade varia e o corpo tem aceleração.

3ª Lei de Newton (Princípio da AÇÃO E REAÇÃO).

Quando um corpo A exerce uma força sobre o corpo B, o corpo B exerce em A uma outra, de mesma intensidade e direção, e de sentido contrário.

Se Michael exerce 20N de força na parede para se manter apoiado, a parede exerce 20N de força para empurrar Michael.

Gravitação universal

Força Peso.Todos os corpo se atraem com uma força, mesmo que seja desprezível. Peso é a força gravitacional com que um planeta atrai um corpo.

A Terra atrai a maça para seu centro.

Biografia

Cientista inglês, que foi um dos principais precursores do Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda, outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação.

Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas, religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Devido a sua modéstia, não foi fácil convencê-lo a escrever o livro Principia, considerado uma das obras científicas mais importantes do mundo. 

Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E, em 1727, morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.

Obras:

Principia (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) - 1687.

Onde contém as leis de atração, mecânica e demonstração sistemática

Opticks - 1704.Apresentou a teoria das cores.

Contribuição Para a Filosofia

Newton é importante para a filosofia por fundamentar a ciência que influenciará os pensadores iluministas. 

Newton também fundamenta o uso do método indutivo pela ciência. Nas leis científicas onde serão utilizados os raciocínios que partem do particular ou singular para o universal. É possível inferir de certas causas e consequências que todas as causas parecidas ou iguais terão as mesmas consequências.

René Descartes

“Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos.”

René Descartes

Plano cartesiano

O plano cartesiano consiste em dois eixos perpendiculares, sendo o horizontal chamado de eixo das abscissas e o vertical de eixo das ordenadas.

O plano cartesiano foi desenvolvido por Descartes no intuito de localizar pontos num determinado espaço.

As disposições dos eixos no plano formam quatro quadrantes.

1º Q2º Q

3º Q 4º Q

Dúvida

O método da dúvida se consiste de quatro regras básicas: Verificar se existem evidências reais e indubitáveis

acerca do fenômeno ou coisa estudada; Analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas

unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;

Sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;

Enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.

Obras:

Regras para a direção do espírito (1628)  Discurso sobre o método (1637)  Geometria (1637)  Meditações Metafísicas (1641)

Biografia:

René Descartes foi um importante filósofo, matemático e físico francês do século XVII. Que fez estudos nas áreas da Epistemologia e Metafísica. Descartes é considerado o pioneiro no pensamento filosófico moderno.

Descartes nasceu na cidade de La Haye (França) em 31 de março de 1596 e faleceu na cidade de Estocolmo (Suécia) em 11 de fevereiro de 1650.

Contribuição para a filosofia

Contribuiu para o racionalismo com o Plano Cartesiano.

“Penso logo existo”. É considerado o filósofo que individualmente mais

contribuiu para o progresso das ciências exatas. Fundador da filosofia moderna. Estudos em Epistemologia e Metafísica.

Francis bacon

“A consciência é a estrutura das virtudes.”

Francis Bacon

Principais ideias

Como filósofo foi muito importante na defesa do uso do método científico (empirismo). Defendia que a obtenção dos fatos verdadeiros se dava através da observação e experimentação (regulada pelo raciocínio lógico).

- Propôs a classificação das ciências em três grupos: Ciência da Imaginação (poesia), Ciência da Memória (História) e Ciência da Razão (Filosofia).

Julgava os sentidos os fundadores da ideia.

Biografia

Francis Bacon foi um importante filósofo inglês dos séculos XVI e XVII. Foi também político e estadista e ensaísta. É considerado um dos fundadores da Ciência Moderna.

Francis Bacon nasceu na cidade de Londres (Inglaterra) em 22 de janeiro de 1561.

Foi eleito para a Câmara dos Comuns Inglesa em 1584. Durante o reinado de Jaime I, atuou como procurador-

geral, fiscal-geral, guarda do selo e grande chanceler.

Obras:

Novum organum Instauratio magna Elementos das leis comuns da Inglaterra Casos de traição Ensaios

Contribuição para filosofia

Considerado o pai do Empirismo por ter formulado os fundamentos dos métodos de análise e pesquisa da ciência moderna.

Para ele a verdadeira ciência é a ciência das causas e seu método é conhecido como racionalista experimental.

Afirma que: "O empírico se assemelham à formiga, pois se preocupa em acumular e depois comer a sua comida. O dogmático é como a aranha que tece sua teia com material extraído de si mesmo, da sua própria substância. A abelha faz o melhor caminho, pois tira a matéria das flores do campo e então por uma arte própria, trabalha e digere essa matéria".

Galileu Galilei

Fundamentos da Mecânica

Criou alguns fundamentos da mecânica baseado em máquinas simples como alavancas, plano inclinado e etc.

Telescópio Construiu um telescópio muito melhor que os

existentes e explorou os céus como nunca fora feito antes.

Além de estudar as constelações Plêiades, Órion, Câncer e a Via Láctea, descobriu as montanhas lunares, as manchas solares, o planeta Saturno, os satélites de Júpiter e as fases de Vênus.

Relógio de Pêndulo

Heliocentrismo Acreditava no heliocentrismo que afirmava: A terra gira em

torno do Sol. Por apoiar esse pensamento foi acusado de herege.

Condenado, foi obrigado a assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese.

Contudo, em 1632, ele voltou a defender o sistema heliocêntrico e deu continuidade aos seus estudos.

Obras As descobertas astronômicas foram publicadas no

livro "Siderus Nuntius" ("Mensageiro das Estrelas"), em 1610.

Istoria e Dimostrazione Intorno Alle Macchie Solari Dialogo Sopre i due Massimi Sistemi del Mondo

(1632) Discorsi  e Dismonstrazioni Matematiche Intorno

Duo Nuove Scienze

Biografia: Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu

Galilei nasceu na Itália no ano de 1564. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre

Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia.

Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.

Galileu Galilei registra a presença de mares, crateras e montanhas na Lua. Publica "História das Manchas e Acidentes do Sol" em 1613. Descobre os quatro satélites de Júpiter – prova de que alguns astros são capazes de orbitar em torno de outros.

Observa que Vênus tem as mesmas fases da Lua e conclui que o planeta, como a Terra, também orbita ao redor do Sol. Em 1614 foi acusado de heresia e em 1616 foi proibido de ensinar e defender sua teoria.

 Em 1632, defendeu o sistema heliocêntrico na obra "Diálogo" sobre os Dois Máximos Sistemas do Mundo: o Ptolemaico e o Copérnico. Em 1633, foi condenado, pela inquisição, a prisão domiciliar permanente em sua casa de campo em Arcetri, no sul de Florença, Itália. Foi obrigado a renegar suas descobertas.

Morreu cego em sua casa em Arcetri, no dia 8 de janeiro de 1642. Em 1922 a igreja reconheceu o erro cometido.

Baruch Espinosa

Cartesianismo Há uma só verdadeira e própria substância, a

divina.

Obras:  Ethica (1677). Tractatus theologivo-politicus (1670)

Biografia:

Baruch (Benedictus, em latim) Spinoza era de família judia de origem portuguesa. Seu pai era um comerciante abastado. Criado dentro do judaísmo, Baruch estudou a Bíblia Sagrada e o Talmude, o livro dos ensinamentos rabínicos.

Entre os anos de 1654 e 1656, dirigiu os negócios de sua família, mas, em junho desse ano, foi acusado de heresia e excomungado, tendo de abandonar a comunidade judaica.

Mudou-se, então, para Leyden e depois para Haia, onde passou a viver de seu trabalho como polidor de lentes.

Em 1633, Spinoza publicou "Princípios da Filosofia de Descartes", obra expositiva dirigida a um jovem discípulo. Certamente já trabalhava, nessa época, na sua "Ética", obra-prima que só seria publicada postumamente.

Vivendo num período em que os princípios de tolerância da sociedade holandesa estavam ameaçados, Spinoza preferiu trabalhar no seu "Tratado Teológico-político". Essa obra foi publicada anonimamente em 1670, causando escândalo.

Em 1673, foi convidado pelo rei Luís 2o a permanecer na França, recebendo uma pensão. Uma cátedra para lecionar na Universidade de Heidelberg lhe foi oferecida e também recusada. Spinoza preferiu a independência para elaborar sua obra. Levou uma vida sóbria, limitada por sua saúde frágil e faleceu em 1677, aos 44 anos.

Em sua obra mais importante, "Ética", o filósofo demonstrou, à maneira dos geômetras, a inteligibilidade de Deus. Segundo ele, espírito e matéria seriam apenas dois atributos da substância única, divina, de infinitos atributos. O pensamento de Baruch Spinoza exerce ainda hoje considerável influência.

Blaise Pascal

Jansenismo O homem não pode salvar a si próprio. Após o pecado original, o homem só pode somente

esperar a graça de Deus, concedida a um pequeno número de eleitos, dom absolutamente gratuito como prova da soberana liberdade divina.

La pascaline Máquina de somar Primeira calculadora mecânica que se conhece.

Vácuo e Pressão Atmosférica

Com as pesquisas no vácuo e com a pressão atmosférica ele desenvolveu uma teoria chama Teorema de Pascal:

Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente em todas as direções e sentidos.

Barômetro de Torricelli

Aperfeiçoou o barômetro de Torricelli.

Obras:

Traité du triangle arithmétique (1654) – matemática. Les Provinciales (1656-1657)- filosófico-religioso. Traité de l'équilibre des liqueurs (1663) – física.  “Dedicatória a Monsenhor Chanceler Acerca da

Nova Máquina Inventada pelo Senhor Blaise Pascal “(1645).

 “Generatio Conisectionum” (1648).  “Oração para o Bom Uso das Doenças" (1659).

Biografia

Pascal teve uma boa educação, baseada em sólidos princípios morais, concomitante ao ensino da história e filosofia.

Prodígio, aos 11 anos escreveu um tratado sobre os sons, baseado nas suas experiências.

Aos 17, inventou a “máquina aritmética”, que evoluiria para a máquina de calcular.

Sua trajetória na ciência se deu, em boa parte, nos estudos do cálculo e das ciências.

Ampliou a teoria de Torricelli sobre a pressão atmosférica, criou ramos da matemática como a geometria projetiva e a teoria probabilística e desenvolveu estudos sobre o cálculo infinitesimal.

Aos 30 anos, Pascal passou a se interessar por questões religiosas, principalmente ligadas aos milagres, depois da cura da sua sobrinha de uma doença considerada incurável.

Pascal envolveu-se com o jansenismo, uma corrente de pensamento que difundia a ideia de que a razão era a “mãe das heresias”. Passou a ter uma vida reclusa, cultivando sempre a contemplação religiosa.

Morreu aos 39 anos de idade, mas teve uma vida intelectual fértil no pouco tempo que viveu.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Século das Luzes ou Iluminismo foi um movimento intelectual que aconteceu no século XVIII na Europa, conhecido por ter sido uma época de grandes desenvolvimentos, no campo das ideias, da ciência, da arte e da cultura.

O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses em comum, como por exemplo, ideias contrárias ao antigo regime e suas implantações. Também suprime toda a história da civilização objetivando encontrar suas respostas na origem dos seres, o ser humano em seu estado natural. Consegue esta vertente filosófica, através dos grandes nomes da filosofia, tais como: Kant, Rousseau, Montesquieu, Locke, Beccaria, Voltaire, dentre outros, a penetrar em toda a vida social da época, culminando com a Revolução Francesa.

Imagem do pintor Delacroix expressando seu sentido da Revolução Francesa.

Em suma, foi uma época em que houve uma reforma no modo de pensar das pessoas, cuja mesmas lutaram a favor e desenvolveram uma sociedade - europeia - melhor com o uso da razão e contra o Antigo Regime.

Materialismo e Empirismo

O materialismo pode ser explicado como a ciência dos corpos:

Corpos físicos: corpos naturais estudados pela filosofia na natureza;

Corpos artificiais: o Estado e as suas instituições, estudados pela filosofia política.

Percebe-se que neste contexto tudo pode ser explicado com o corpo, elemento material e independente do pensamento, e o movimento que pode ser determinado pelas ciências exatas. Trata-se de uma concepção materialista e mecanicista da realidade.

ÉTICA E POLÍTICA Ideias que também surgiram neste período, que falava sobre

política como as de Montesquieu, que dizia que o governo deveria se dividir em 3 poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário. Tais ideias que são usadas hoje em dia e que serviu de molde para a organização do sistema político das nações modernas.

Montesquieu

Rosseau, no campo da ética e da política, dizia que as leis devem ser uma expressão do povo, e que a única forma de governo possível seria a democracia absoluta.

Também dizia que o Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida em sociedade, a qual o predispõe à depravação. O bem-estar dele seria o único móvel das ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos.

Dessa forma, seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão (daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.

Jean-Jacques Rousseau

Tomas Hobbes, no plano ético, prega que o bem é aquilo que desejamos alcançar, assim como o mal é aquilo que não desejamos. Isso se explica pois na concepção hobbesiana o valor fundamental do indivíduo é a conservação da vida, ou seja, a evolução de si mesmo.

Porém, se o bem e o mal são relativos a cada ser, um possível problema a ser enfrentado é o conflito que que seria gerado na convivência das pessoas.

Tomas Hobbes

A resolução para esse problema é dado por Hobbes nas obras O Leviatã e Do cidadão, nos quais um sistema de poder absoluto é apresentado como um meio de manter a ordem na sociedade, evitando o conflito e a destruição mútua da população.

Em O Leviatã, Hobbes compara o Estado a um ser monstruoso criado para por fim na anarquia e ao caos nas relações humanas. Esse nome é derivado de um ser citado no livro bíblico de Jó.

O leviatã:

CRÍTICA AO ABSOLUTISMO

Como os reis da época dizem que o seu poder vinha de Deus, o poder divino, alguns filósofos começaram a contestar tal ideia, como por exemplo John Locke, que negava a origem do poder divino. Ele diz que o poder do rei é baseado no consentimento dos cidadãos, em outras palavras, de certa forma, o rei só tinha tal poder porque o povo deixava em seu uso.

Tais ideias resultaram em tamanha abrangência, que - por exemplo na França com a Revolução Francesa -, o povo tomo as rédeas contra o Absolutismo.

John Locke

CONTRATO SOCIAL

Para Rosseau, o homem nascera livre, mas a sociedade e tudo ao seu redor o corrompera. Sendo assim, o homem sempre foi acorrentado por fatores determinados, como até mesmo seus desejos mundanos e o seu modo de vida alienado, coisa que distanciou da sua própria natureza que é ser livre.

Jean- Jacques Rousseau

E então Rosseau se colocava em pauta: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade?

Segundo ele, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.

Mas com cautela, pois mesmo com a assistência de seu semelhante, o homem, em certos momentos, poderia causar sentimentos que acarretariam em situações desagradáveis, como concorrência, etc. Então, o desejo deveria ser coletivo, se por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão deveria ser coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.

Dia 25 de Abril - Dia da Liberdade (Portugal)

Daí a importância do contrato social, pois os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural), necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso.

O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade. Logo, o povo seria soberano e não o rei, e a sua soberania seria condição para a sua libertação e a volta para a sua liberdade natural.

LIBERDADE E IGUALDADE

Em questões de liberdade, é de uso o tão aclamado liberalismo, que é o reconhecimento da liberdade como um direito natural do homem. Essa liberdade se exerceria nos níveis político, econômico e intelectual, o que levava os iluministas a condenar o absolutismo, o intervencionis mo e a intolerância. Mas não se tratava de uma liberdade absoluta, sendo limitada pelos valores morais e pelo res peito aos direitos dos demais integrantes do corpo social.

A IGUALDADE DOS HOMENS PERANTE A LEI

Dentro desse raciocínio, a lei não poderia privilegiar alguém com base em seu nasci mento ou condição social. Todavia, a igualdade defendida pelos iluministas era apenas civil (ou jurídica), não se estendendo ao plano econômico; e também não eliminava o menosprezo que a burguesia sentia em relação às classes populares. Em suma, a igualdade do homem de acordo com a lei.

CONSTITUIÇÃO E DIREITOS Os princípios discutidos pelos pensadores iluministas no século XIX

orientaram a formação de muitos Estados modernos, inclusive o Brasil. Seus princípios levaram a criações de muitas constituições ao redor do mundo - inclusive a nossa -, e que é de uso até então. Como exemplo de um artigo da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, que leva como fardo as ideias apresentadas na época iluminista:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...

Sobre direitos, dentro do que já foi dito no liberalismo e também há no naturalismo, o homem possui direitos naturais e direitos dentro do grupo social. Estes deveriam ser obrigatoriamente respeitado pelo Estado.

DEMOCRACIA A respeito da democracia, como dito por Rosseau no “O

Contrato Social”, onde ele defende a concepção de que a democracia baseava-se na vontade da maioria, isto é, na soberania do povo, que se manifestava pelo voto.

Os governos eleitos, portanto, deveriam refletir e seguir essa vontade geral. Este exemplo de Rosseau explica basicamente o ideal de democracia dentro da época do Iluminismo, pois fartos do Antigo Regime, a sociedade da época precisava expor suas ideias e vontades e transformar [a sociedade em questão] em algo totalmente democrático e justo, levando o uso da razão.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO Em 1789 o povo de França levou a cabo a

abolição da monarquia absoluta e o estabelecimento da primeira República Francesa. Somente seis semanas depois do assalto à Bastilha, e apenas três semanas depois da abolição do feudalismo, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi adotada pela Assembleia Constituinte Nacional como o primeiro passo para o escrito de uma constituição para a República da França.

A Declaração proclama que todos os cidadãos devem ter garantidos os direitos de “liberdade, propriedade, segurança, e resistência à opressão”. Isto argumenta que a necessidade da lei provém do fato que “… o exercício dos direitos naturais de cada homem tem só aquelas fronteiras que asseguram a outros membros da sociedade o desfrutar destes mesmos direitos”. Portanto, a Declaração vê a lei como “uma expressão da vontade geral”, que tem a intenção de promover esta igualdade de direitos e proibir “só ações prejudiciais para a sociedade”.

JOHN LOCKE Considerado um dos mais importantes pensadores da

doutrina liberal, John Locke nasceu em 1632, na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Quando começou a se interessar por assuntos políticos, Locke inicialmente defendeu a necessidade de uma estrutura de governo centralizada que impedisse a desordem no interior da sociedade. Sua visão conservadora e autoritária se estendia também ao campo da religiosidade, no momento em que ele acreditava que o monarca deveria interferir nas opções religiosas de seus súditos. Contudo, seu interesse pelo campo da filosofia modificou paulatinamente suas opiniões.

Um dos pontos fundamentais de seu pensamento político se transformou sensivelmente quando o intelectual passou a questionar a legitimidade do direito divino dos reis. A obra que essencialmente trata desse assunto é intitulada “Dois Tratados sobre o Governo” e foi publicada nos finais do século XVII. Em suas concepções, Locke defendia o estabelecimento de práticas políticas que não fossem contra as leis naturais do mundo.

Interessado em refletir sobre o processo de obtenção do conhecimento e a importância da educação para o indivíduo, Locke foi claro defensor do poder transformador das instituições de ensino. De acordo com seus ensaios, o homem nascia sem dominar nenhuma forma de conhecimento e, somente com o passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo.

A partir dessa premissa é que o autor britânico acreditava que as mazelas eram socialmente produzidas e poderiam ser superadas pelo homem. O reconhecimento do legado de Locke ocorreu quando ele ainda era vivo. Ele faleceu em 1704, na cidade de Oates, Inglaterra.

TOMAS HOBBES Considerado como um dos teóricos do poder absolutista em

vigor na Idade Moderna, Thomas Hobbes viveu entre 1588 e 1679. Para Hobbes, o Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões. Afirmava que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito, pois cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele atribui a si próprio.

Dessa forma, tal situação seria propícia para uma luta de todos contra todos pelo desejo do reconhecimento, pela busca da preservação da vida e da realização daquilo que o homem (juiz de suas ações) deseja. Deste ponto de vista surgiria a famosa expressão de Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.

A paz somente seria possível quando todos renunciassem a liberdade que têm sobre si mesmos. Hobbes discorre sobre as formas de contratos e pactos possíveis em sua obra Leviatã, apontando ser o Estado o resultado do “pacto” feito entre os homens para, simultaneamente, todos abdicarem de sua “liberdade total”, do estado de natureza, consentindo a concentração deste poder nas mãos de um governante soberano. Seria necessária a criação artificial da sociedade política, administrada pelo Estado, estabelecendo-se uma ordem moral para a brutalidade social primitiva.

JEAN-JAQUES ROUSSEAU

Jean-Jaques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778) foi outro pensador que, para a época, tinha algumas opiniões de caráter mais radical.

Contrário a uma vida luxuosa ele afirmou que a propriedade privada originava a desigualdade entre os homens. Em sua obra “Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens”, Rousseau defendeu que o homem era corrompido pela sociedade e que a soberania popular e a simplicidade deveriam ser princípios básicos na ascensão de uma sociedade mais justa e igualitária. No texto “Contrato Social”, defendia o princípio no qual a vontade geral dos homens promoveria instituições mais justas.

VOLTAIRE Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de

maio de 1778), atacando ferozmente a Igreja e o clero, ele acreditava que Deus não seria conhecido pelos dogmas religiosos.

Somente os homens dotados de razão e liberdade seriam capazes de conhecer as vontades e desígnios divinos. Em seu livro “Cartas Inglesas”, criticou as instituições religiosas e a existência de hábitos feudais ainda presentes na sociedade europeia. Mesmo sendo um grande crítico, Voltaire não defendia a revolução como instrumento de mudança. A seu ver, as monarquias dotadas de princípios racionalizantes poderiam renovar suas práticas e ações.

MONTESQUIEU

Publicando em 1721 a obra “Cartas Persas”, o barão de Montesquieu (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 — Paris, 10 de Fevereiro de 1755) realizou uma crítica sistemática ao autoritarismo político e aos costumes de diversas instituições europeias. No ano de 1748, discutiu as formas de governo fazendo uma análise da monarquia inglesa no livro “O Espírito das Leis”. Na mesma obra pregava que os poderes deveriam ser divididos entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

O rei deveria ser um mero executor das ações tomadas pelos poderes a serem intuídos nessa forma de governo. Além disso, acreditava que uma Constituição deveria ser redigida como lei máxima dos governantes e da sociedade.

David Hume David Hume (1711 –1776) foi um filósofo, historiador e ensaísta

escocês que se tornou célebre por seu empirismo radical e seu ceticismo filosófico.

Hume verifica em primeiro lugar que o homem possui por um lado impressões e por outro ideias. Por impressão, ele entende a sensação imediata da realidade exterior. Por ideia entende a recordação dessa sensação.

Podemos dizer que a impressão sensível é o original e a ideia ou recordação é a cópia pálida.

David Hume

Já o raciocínio dedutivo , segundo Hume, pode ser explicado da seguinte forma: as sensações captadas pelos sentidos de forma repetida levam a crer que aquilo que já ocorreu tornará a ocorrer, sem nenhum fundamento lógico. Isto ocorre graças a crenças e hábitos adquiridos pelo ser.

Por exemplo, amanhã cremos que o sol nascerá, não em termos lógicos, mas pelo hábito de que a cada novo dia o sol nasce.

Immanuel Kant Immanuel Kant nasceu no dia 22 de abril de 1724, em

Königsberg, Prússia. Era filho de um negociante de origem escocesa e considerado o pai da filosofia crítica.

As questões que deveriam ser respondidas na filosofia, na concepção de Kant eram: O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? E o que é o ser humano?

Para responder, ele baseou-se nas ideias de Hume, instituindo o que ficou conhecido como o tribunal da razão. Kant, iluminado, subordina a religião à razão em seu texto Religião nos limites da simples razão.

Outras reflexões de Immanuel se tratam de estética, presente na Crítica do Juízo.

Immanuel Kant

Segundo Kant existem dois tipos de conhecimentos: Empírico: refere-se a dados coletados pelos sentidos, ou seja, que posterior a

experiência. Puro: não depende do sentido, sendo anterior a experiência, ou seja, depende

da racionalidade. Um exemplo é a concepção de que duas linhas paralelas não se cruzam. O conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários, classificados por Kant em:

Juízo analítico: o predicado está incluído no sujeito, como na frase “o triângulo tem três lados”.

Juízo sintético: o predicado necessita ser exposto, como na frase “ o menino é alto”. Por mais que o conceito de menino seja analisado, não extrairemos dele o predicado é alto.

Kant também caracterizou um termo chamado priori para designar as situações onde são acrescentadas informações ao sujeito, mas sem a limitação da experiência, como por exemplo “Duas linhas paralelas jamais se cruzam”. A priori é a razão pela qual a física e matemática trabalham.

O conhecimento, segundo Kant, é o resultado da interação entre o sujeito e o objeto conhecido. Só conhecemos as coisas tal como as percebemos, em nossas estruturas mentais. Desse modo a filosofia Kantiana superou as diferenças entre o empirismo e o racionalismo, edificando um tese na qual o conhecimento seria uma junção destas duas teses: a sensibilidade nos oferece dados do objeto, e o entendimento determina as condições nas quais o objeto é pensado.

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