Avaliação ensino e aprendizagem - disciplina pós metodologia da ação docente-2012

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Slides utilizados para ministrar a disciplina Avaliação da Aprendizagem no curso de pós graduação (especialização) em Metodologia da Ação Docente, no Centro Universitário de União da Vitória - UNIUV.

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AVALIAÇÃO

Professora Simone S. Junges

2012

“A avaliação não é uma tortura medieval. É uma invenção mais tardia, nascida com os colégios por volta do século XVII e

tornada indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX, com a escolaridade

obrigatória” (PERRENOUD, 1999)

Avaliação do processo de Ensino-Aprendizagem

Aula 1

Vocês devem entrar aqui com os olhos voltados

para o futuro e para um mundo cada vez melhor:

com um olhar de curiosidade!

Como as pessoas aprendem?

- Interação com o meio;

- Articulação de funções mentais e capacidades físicas;

- Influências do ambiente de aprendizagem.

NEUROEDUCAÇÃO

PEDAGOGIA

PSICOLOGIA

NEUROLOGIA

Neuroeducação

O Campo Multidisciplinar da Neuroeducação

DORMIR

ROSQUINHAS

TVCERVEJA

SEXOPIZZA

ÃHN???

O ritual da avaliação, segundo Luckesi

Alunos devem expressar a

conduta esperada - compreensão dos

conteúdos ensinados - e recebem uma

“nota”.

1 ou 2 meses de

aula

Os professores formulam provas

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é muito mais do que aplicar provas...

O que é aprender?

Aprender é adquirir conhecimentos que permitam desenvolver competências e habilidades para resolver problemas que surgem no dia-a-dia.

Para alguns autores...

Cognitiva

• Organização,• Armazenamento e• Integração de informações na mente do aluno.

Afetiva

• Experiências que provocam sensações;

• Valoriza sentimentos, atitudes, valores.

Psicomotora

• Automatismos: hábitos e habilidades que resultam de respostas musculares adquiridas por meio de exercício e prática.

Aprendizagem

Aprender como conduta (séc. XIX - XX):Aprender é reagir a um estímulo, da

mesma forma, sempre que esse estímulo surgir.

E R

E R

Aprender como Insight (Gestalt)

• Surgiu na Alemanha, no mesmo período do condutivismo de Skinner;

• Se opunha ao condutivismo mecanicista;• A percepção e a relação do indivíduo com o meio ambiente conferem sentido às formas como totalidade e lhe permitem realizar metas;

• Aprender envolve questões objetivas e subjetivas.

Percepção...

Percepção...

Percepção...

Aprender, segundo Gagné (1971 – 1980)

Processar informações de forma lógica e

racional; a aprendizagem sofre influências

externas (professor, livros)

Em psicanálise... “Não se aprende em ausência de desejo.”

Alícia Fernández

A aprendizagem depende:• Do vínculo com o outro;• Do vínculo com seu corpo;• Do desejo de saber;• Do significado e do sentido do aprender.

Grande influência: Freud (1856-1939)

Piaget (1896 – 1980)Aprendizagem: desenvolvimento da

inteligência (o desenvolvimento permite a aprendizagem)

Idéia central: A inteligência se constrói em níveis sucessivos de conhecimentos e supõe a reorganização do nível anterior; todo estágio supõe um estágio anterior.

Aprender: estado permanente de desequilíbrio.

Vygotsky (1896 – 1934)“A aprendizagem permite o

desenvolvimento”Teoria: Zona de Desenvolvimento Proximal

"Distância entre o nível real de desenvolvimento, determinado pela

capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento

potencial, determinado por meio da resolução de um problema com a orientação

de um adulto ou com a colaboração de outro colega mais capaz".

Bruner (1970)

Para Bruner, é possível ensinar qualquer coisa a qualquer pessoa, em qualquer idade: o momento histórico-cultural-social define o que se pode ou deve ensinar...No entanto, para que a aprendizagem ocorra, é necessário: motivação, estruturação, sequência, e reforço.

Ausubel (1970-1980)

Condições da Aprendizagem significativa

MaterialPotencialmentesignificativo

DisposiçõesSubjetivas paraa aprendizagem

lógica,significado

cognitivo afetividade

Teoria da Aprendizagem MediadaTeoria da Aprendizagem MediadaTeoria da Aprendizagem MediadaTeoria da Aprendizagem Mediada

Inteligência Modificabilidade

Adaptação, modificação,

limite, barreira

Adaptação, modificação, evolução –

sem limites...

Avaliação Dinâmica da Propensão à Aprendizagem (LPAD): avalia a propensão de um indivíduo a tornar-se

modificável

Teoria da Aprendizagem Mediada

COMPETÊNCIACOMPETÊNCIACOMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Aptidão

Poder para...

CapacidadeHabilidade

DestrezaEfetividade

Conhecimento (prático)

Competência

Sacristán, 2011

Avaliar CompetênciasAvaliar CompetênciasAvaliar CompetênciasAvaliar Competências

Avaliar competências é avaliar processos na resolução de

situações-problema.

A arte de ensinar e os Professores

“Com poucas exceções, nós professores (...), embarcamos nessa

carreira com pouco ou nenhum conhecimento sobre a arte de

ensinar: simplesmente ensinamos como fomos ensinados...”

(Duch, Groh, Allen, 2001)

O que é ensinar?

Ensinar envolve compartilhar

experiências, conhecimentos e

saberes com outras pessoas.

•Aprendizagem dos alunos.

•Desempenho dos professores.

•Organização pedagógica das escolas.

AVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃO

AVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃO

AVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃOAVALIAÇÃO

, Avaliar é MEDIR, é VERIFICAR,

é AJUIZAR, mas acima de

tudo,

AVALIAR É MELHORAR.

CONCEPÇÕES

• Deve provocar ação docente (PASSADO)

• Deve estar a serviço do sucesso (FUTURO)

• Estar comprometido com a ética (PRESENTE)

REAL AVALIAÇÃO

• Existe envolvimento do professor: o que sei sobre meu aluno? O que sinto por ele? O quanto me sinto responsável por sua aprendizagem?

• Existe compromisso do professor: eu reconheço o aluno como alguém digno de respeito e interesse. Logo, digno de aprender;

• Existe compreensão do processo: eu compreendo a forma de aprender do meu aluno, ou eu tento enquadrá-lo na forma de aprender que acredito?

EM UMA VERDADEIRA AVALIAÇÃO:

EM UMA VERDADEIRA AVALIAÇÃO:

• Existe envolvimento do professor: o que sei sobre meu aluno? O que sinto por ele? O quanto me sinto responsável por sua aprendizagem?

• Existe compromisso do professor: eu reconheço o aluno como alguém digno de respeito e interesse. Logo, digno de aprender;

• Existe compreensão do processo: eu compreendo a forma de aprender do meu aluno, ou eu tento enquadrá-lo na forma de aprender que acredito?

O peixe, a lebre, a águia e o pato estavam na escola. Na prova de natação o peixe tirou nota 10, a lebre e a águia,

zero, e o pato, nota 5. Na prova de corrida, a lebre tirou 10, a águia e o peixe, zero, e o pato 5. Na prova de voo, a

águia tirou 10, a lebre e o peixe, zero, e o pato 5. A média para passar era 5. Assim, os outros animais que eram

peritos em suas áreas, foram reprovados. O pato que fazia tudo, mas de modo medíocre, foi o único a passar.

EM UMA VERDADEIRA AVALIAÇÃO:

• Existe envolvimento do professor: o que sei sobre meu aluno? O que sinto por ele? O quanto me sinto responsável por sua aprendizagem?

• Existe compromisso do professor: eu reconheço o aluno como alguém digno de respeito e interesse. Logo, digno de aprender;

• Existe compreensão do processo: eu compreendo a forma de aprender do meu aluno, ou eu tento enquadrá-lo na forma de aprender que acredito?

Luís é hiperativo Ana é desorganizada

Pedro é alienado

João é deficiente Carlos é ranzinza Luísa é tímida demais

Maria é mal educada Só José é normalAssinado: a professora

“A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados coletados no decurso do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de desempenho e expressos em juízos de valor (...) acerca do aproveitamento escolar.”

(José Carlos Libâneo, 2003, p. 195)

Enfim...

A avaliação não é objetiva, não é neutra, não é uma

ciência exata como a matemática;

Ideia: se eu consigo quantificar algo, esse algo é exato

– concepção errada: a prova não mostra exatamente

ou perfeitamente o que os alunos sabem!

Para que avaliar?

• Oferecer informações essenciais para a (re)construção ou ajuste do currículo;

• Melhorar o processo ensino-aprendizagem;• Facilitar o diagnóstico;• Interpretar resultados;• Promover, agrupar alunos;• Verificar os conhecimentos dos alunos;• Identificar as causas das dificuldades;• Localizar deficiências;

AVALIAÇÃO

Todas as modalidades de avaliação têm seu lugar e

seu momento, porém devemos dar atenção especial à avaliação

formativa.

Modalidades de Avaliação

Diagnóstica

Formativa

Somativa

Feedback

• Funções da avaliação – diagnosticar, retroinformar e favorecer o desenvolvimento individual, ou seja, realizar uma avaliação diagnóstica

• Pressupostos que devem nortear a avaliação diagnóstica: deve ocorrer no início de uma unidade DE ENSINO, semestre ou ano letivo

MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

• A avaliação formativacaracteriza-se por um caráter processual, isto é, ocorre ao longo do desenvolvimento dos programas, dos projetos e dos produtos educacionais, permitindo as modificações que se fizer necessárias durante o processo

Formativa

Objetivos

Resultados

Deficiências

Reformulações

Reforço

S F

E O

L R

E e M

Ç U

A L

O A

Ç

Ã

O

Somativa

Classificação

Rendimento individual

Rendimento coletivo

Não é a nota ou o conceito que faz a diferença; o que importa é a forma como a

prova é elaborada: quantitativamente ou

qualitativamente

José Eustáquio Romão, 2009

Como avaliamos?

Exame:- Pontual: aqui e agora;

- Classificatório:nota;

- Seletivo: excludente.

Avaliação:- Não-pontual;- Dinâmica: diagnostica parareorientar;

- Inclusiva.

Avaliamos o quê?

• Dados?

• Informações?

• Conhecimentos?

• Dados: conjunto de signos com possibilidade de significados diversos, dependendo do contexto.

• Informações: conjunto de dados organizados em sentença com significado lógico.

• Conhecimentos: informação ou conjunto de informações das quais o sujeito se apropria, dando-lhe significado em sua estrutura cognitiva.

Grandes questões...

• Nossos alunos transformam informações em conhecimentos?

• Como avaliar a construção de conhecimentos?

Avaliação do processo de Ensino-Aprendizagem

Aula 2

Teorias de Aprendizagem

Behaviorismo

Insight (Gestalt)

Processar informações de forma lógica e

racional; a aprendizagem sofre influências externas (Gagné 1971-1980)

Em psicanálise... (Freud: 1856-

1933)

Piaget (1896-1980): O

desenvolvimento permite a

aprendizagem

Vygotsky (1896-1934): A

aprendizagem permite o

desenvolvimento

Bruner (1970): Motivação, estruturação,

sequência, reforço

Ausubel(1970-1980):

Aprendizagem significativa

Competências

Feuerstein(1921 ~)

Aprendizagem mediada

Modalidades de Avaliação

Diagnóstica

Formativa

Somativa

Feedback

Formativa

Objetivos

Resultados

Deficiências

Reformulações

Reforço

S F

E O

L R

E e M

Ç U

A L

O A

Ç

Ã

O

AVALIAÇÃO: critérios

Segundo Depresbiteres (1994, p. 67), “Otermo ‘critério’ quer dizer discernir. Em suaacepção comum, indica uma regra que seaplica para julgar a verdade. No sentidofilosófico, significa uma característica quepermite avaliar uma coisa, uma noção ouapreciar um objeto. Enfim, é o que servede fundamento para um juízo”.

AVALIAÇÃO: critérios

Para Sant’anna (1995, p.80), “critérios são indicadores que determinam a maneira como se realizará a supervisão das atividades educacionais”.

•Para Perrenoud, a avaliação não cria os critérios; ela especifica-os de acordo com os valores do professor.

• Os critérios são importantes pois tornam as regras mais claras.

• Oferecer julgamentos mais justos e mais objetivos;• Esclarecer o que se deseja do aluno;• Homogeneizar procedimentos de avaliação;• Permitir a análise dos desempenhos desenvolvidos;• Oferecer uma orientação mais precisa em caso de problemas e sucessos.

(DEPRESBITERIS, 1994)

AVALIAÇÃO: critérios

Os critérios podem, ainda, ajudar a evitar certos preconceitos:

� Preconceito de comportamento;

� Preconceito da estética;

�Preconceito devido ao cansaço do professor.

(DEPRESBITERIS, 1994)

AVALIAÇÃO: critérios

Os critérios podem, ainda, ajudar a evitar certos preconceitos:

� Preconceito de comportamento;

� Preconceito da estética;

�Preconceito devido ao cansaço do professor.

(DEPRESBITERIS, 1994)

AVALIAÇÃO: critérios

Os critérios podem, ainda, ajudar a evitar certos preconceitos:

� Preconceito de comportamento;

� Preconceito da estética;

�Preconceito devido ao cansaço do professor.

(DEPRESBITERIS, 1994)

• Devem ser razoavelmente estáveis;

• Devem ser atualizados de acordo com as descobertas científicas e outros valores culturais;

• Devem corresponder ao estágio evolutivo do aluno.

(SOEIRO, 1982, citado por DEPRESBITERIS, 1994)

Os critérios estão relacionados com a Os critérios estão relacionados com a Os critérios estão relacionados com a Os critérios estão relacionados com a intencionalidade (justificativa) dos intencionalidade (justificativa) dos intencionalidade (justificativa) dos intencionalidade (justificativa) dos

conteúdos, e não com os instrumentos de conteúdos, e não com os instrumentos de conteúdos, e não com os instrumentos de conteúdos, e não com os instrumentos de avaliação.avaliação.avaliação.avaliação.

Professor, o que o senhor quer mesmo na questão 5?

AVALIAÇÃO: critérios

� Critério absoluto: verifica o desempenho do aluno com relação a objetivos; é apropriado ao processo de ensino-aprendizagem.

� Critério relativo: verifica a posição do aluno em relação ao grupo; é apropriado a um sistema de classificação.

AVALIAÇÃO: critérios

� Critério absoluto: verifica o desempenho do aluno com relação a objetivos; é apropriado ao processo de ensino-aprendizagem.

� Critério relativo: verifica a posição do aluno em relação ao grupo; é apropriado a um sistema de classificação.

Critérios Absolutos e Relativos: uma comparação

Relativos Absolutos

Professor sofre...

Os fungos realmente são bastante nocivos aosinteresses humanos. Fungando, uma pessoa pode estarinalando milhões e milhões de vírus e bactérias doambiente em que se respira. Mas há também autilidade. Uma boa fungada pode definitivamenteretirar aquele catarro preso na garganta, sendo quequanto maior o som emitido pela fungada maior é a suaeficiência e precisão na retirada daquela substânciaindesejada. Há quem diga que fungar é porcaria, maspesquisas científicas revelam que além de seremmétodos eficientes, as fungadas fazem parte do dia-a-dia de pessoas em todo o mundo. É como diz afamosa frase: aquele que nunca deu uma fungada queatire a primeira pedra.

Características de questões tradicionais (MORETTO, 2005):

“Como é a organização das abelhas em uma colméia?”

“É jóia!”

Falta de parâmetros de correção...

Palavras sem sentido preciso...

“Comente a frase de Sócrates: conhece-te a ti mesmo.”

“Essa frase não me diz nada.”

O aluno deve ser estimulado a escrever...

Outra forma de perguntar:Vimos, em nossas aulas de ciências, como é maravilhosa a organização das abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma função específica, para que o todo funcione em harmonia. Partindo desta idéia:

a) Escreva a função de, ao menos, quatro grupos de elementos da colméia;

b) Faça um paralelo entre o funcionamento da colméia e o de nossa escola, no tocante ao cumprimento das funções de cada um.

Exploração da memorização:

Características de questões tradicionais(MORETTO, 2005):

Complete os espaços em branco:As cidades fenícias eram chefiadas por um ________ que governava com o apoio de _______ como os __________, os ________ e os membros do _________.

Memorização pouco significativa

Se a memorização é pouco significativa...

O que pode representar para o aluno?Segundo Vasco Moretto (2005, p. 102-103), lembram uma piada ligada a interpretação de texto:

“A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era a seguinte: ‘Por favor, diga honestamente, qual sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo?’ O resultado foi um fracasso.”

“Razões:

1. Os europeus não entenderam o que é “escassez”.

2. Os africanos não sabiam o que eram “alimentos”,

3. Os argentinos não sabiam o significado de “por favor”.

4. Os norte-americanos perguntaram o significado de “o resto do mundo”.

5. Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre “opinião”.

6. O Congresso brasileiro ainda está debatendo o que é ‘honestamente’”.

• Parametrização: indicação clara e precisa dos critérios de correção.

Características das provas na perspectiva construtivista, na visão de Vasco Moretto (2005)

Questão: Dê as principais características do povo brasileiro.Que tipo de características?

Quantas?

Questão essencialmente sem parâmetros...

Características das provas na perspectiva construtivista, na visão de Vasco Moretto (2005)

• O texto como contexto: o aluno busca informações no texto, e a partir delas responde à questão. Quem dá sentido ao texto é o contexto.

Questão (Psicologia da Infância)

Maurício adora batatas fritas e sempre quer mais.

- Mãe! Quero mais batata!

- Maurício, ainda tem duas em seu prato e não tem mais na panela.

- Duas é pouco e eu quero mais!

A mãe de Maurício sabe que não adianta muito discutir devido à fase

em que seu filho se encontra. Resolve picar em pedaços menores as

duas batatas que restam no prato. Maurício sorri e diz:

-Viu mãe, agora tenho um monte de batatas.

a) Apresente e explique duas características do estágio de desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, em que Maurício se encontra para apresentar tal reação.

b) Indique o provável estágio de desenvolvimento cognitivo de Maurício, devido às características apresentadas.

• Exploração da capacidade de leitura e de escrita do aluno.

Características das provas na perspectiva construtivista, na visão de Vasco Moretto (2005)

A colocação de textos em uma avaliação obriga a

leitura para provocar uma resposta, o que leva o

aluno a escrever, “exercitando-se na lógica e

correção do texto” (MORETTO, 2005, p. 120).

• Proposição de questões operatórias e não apenas transcritórias.

Características das provas na perspectiva construtivista, na visão de Vasco Moretto (2005)

Questões operatórias são as que exigem do aluno “operações mentais mais ou menos complexas ao responder, estabelecendo relações significativas num universo simbólico de informações”. (MORETTO, 2005, p. 121)

Questões transcritórias “são aquelas cuja resposta depende de uma simples transcrição de informações, muitas vezes aprendidas de cor (...) e normalmente sem muito significado para o aluno em seu contexto do dia-a-dia”. (MORETTO, 2005, p. 121)

Mas a prova é apenas um dos instrumentos...

De acordo com Vasconcellos (2008), existem diversos tipos de instrumentos, mas não há uma fórmula mágica que salve

o processo educativo...

Os instrumentos mais utilizados são:

• Trabalhos;

• Pesquisas;

• Provas;

• Mapas conceituais;

• Portfólios;

• Outros (questionários, relatórios,

etc.)

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

A “prova” que não aprova...• Data marcada, duração cronometrada, matéria

determinada, individual, sem consulta;

• Relação de desconfiança, “interpretação faz parte da prova”, “agora é com vocês”;

• Pressão; mais complexa do que no dia-a-dia, cheia de “pegadinhas”;

• Feita para gerar uma nota, peso decisivo na média final;

• Anunciada previamente, como uma ameaça;

• Baseada em conteúdos de validade duvidosa;

• Cumulativa – conteúdos de unidades anteriores;

• Documento-álibi do professor (junto aos pais e escola).

Problema:

A “prova”, realizada dessa forma, deixa de ser uma dimensão da aprendizagem, e passa a ser uma comprovação do que o

aluno (não) sabe.

Trabalhos: possíveis avaliadores

• Professor;

• O próprio grupo;

• Demais colegas da turma;

• Possíveis convidados.

Mapas Conceituais: caso concreto de esquema

• Organização do conhecimento em agrupamentos holísticos;

• Segmentação das representações holísticas em subunidades inter-relacionadas;

• Estruturação hierárquica das representações;

Mapas Conceituais: processo de memorização

Codificação da Informação

Seleção

Inclui 4 processos básicos:

Abstração InterpretaçãoIntegração

busca

extrai favorecepermite

Informações relevantes

Elementos mais

significativos

A compreensão

da informação

A criação de novo

esquema

Mapa Conceitual: impacto visual

“Um bom mapa conceitual é conciso e

mostra as relações entre as ideias

principais de modo simples e atraente,

aproveitando a notável capacidade

humana para a representação visual”. (NOVAK, citado por PEÑA, 2005, p. 47)

Representações visuais

AVALIAÇÃO

SomativaDiagnóstica

FormativaConhecimento

Empírico Teológico Filosófico Científico

Mapa Conceitual: técnica de avaliação

• Os critérios básicos da avaliação por meio dos mapas conceituais correspondem às suas três ideias principais:

1. Organização hierárquica da estrutura cognitiva;

2. Diferenciação progressiva;

3. Reconciliação integradora.

Mapa Conceitual: sugestões de avaliação

1. Eleger um conceito-chave e pedir aos alunos que elaborem um mapa conceitual que mostre os conceitos e relações que possam se conectar a ele;

2. Selecionar vários conceitos de um tema de estudo e pedir que os alunos façam um mapa com eles, mostrando e comprovando as conexões corretas e equivocadas..

Mapa Conceitual: escala de pontuação

• Segundo Peña (2005), eis o que deve ser valorizado nos mapas conceituais:

1. As proposições (conceitos com as palavras de ligação apropriadas);

2. A hierarquização, com os conceitos mais gerais incluindo os mais específicos;

3. As relações cruzadas, ou seja, as relações entre conceitos que pertencem a diferentes partes do mapa;

4. Os exemplos, que mostram que os alunos compreenderam o que é conceito e o que não é.

Quanto ao valor atribuído a cada tópico, cada professor pode experimentar suas próprias escalas numéricas ou negociar com seus alunos...

AVALIAÇÃO - MAPAS

DIFERENCIAÇÃO

fixa-se na

RECONCILIAÇÃOHIERARQUIZAÇÃO

que implica usam-se usam-seque é

Inclusão Seleção Impacto Relações Níveis Modelos Progresso Formas

na como a

Integração

a partir de

um vários

FinalInicialPréviaEspecificação

que são

Diretas Cruzadas

do

gráfico

de

Conceitos relevantes

são

Gerais Específicos

Avaliação do processo de Ensino-Aprendizagem

Aula 3

“O objetivo dos instrumentos de avaliação é levantar dados da

realidade (em cima dos quais se dará o julgamento e os

encaminhamentos necessários)”. (VASCONCELLOS, 2008, p. 128)

Instrumentos de Avaliação

• Como são preparados?

• Como são aplicados?

• Como são analisados?

• Como os resultados são comunicados?

• O que fazer com os resultados?

Instrumentos: elaboração

• Essenciais: ênfase a conteúdos significativos;

• Reflexivas: levam a pensar, contemplam situações complexas (solução de problemas);

• Abrangentes: o conteúdo da avaliação é uma amostra representativa do que está sendo trabalhado;

• Contextualizadas: permite a construção do sentido do que está sendo pedido;

• Claras: objetividade, boa visualização, cuidado estético, correção ortográfica, sem pegadinhas ou frases ambíguas;

• Compatíveis: mesmo nível de complexidade do dia-a-dia.

As avaliações devem ser...

Aplicação

• Ambiente de confiança;

• Regras claras;

• Um momento de aprendizagem;

• Previsão de tempo adequado para sua resolução;

Análise

Para Vasconcellos (2008), a mesma prova tem

resultados diferentes se corrigida em épocas

diferentes, quando é a primeira ou a última do pacote, por professores diferentes, quando o aluno

começa acertando ou errando...

Análise

Comunicação dos Resultados

• Devolução rápida;• Destacar pontos positivos;• Correção em sala;• Providenciar novas atividades envolvendo conteúdos que apresentaram dificuldades;

• Garantir espaço para esclarecimentos sobre a correção.

Tomada de Decisão

• Objetivos não atingidos são retomados;

• Revisão da forma de ensinar determinados conteúdos;

Quando o aluno erra?

A avaliação é composta por questões elaboradas por professores.

Aos alunos cabe interpretar os enunciados e responder as questões de forma pertinente.

“A pertinência das respostas, a adequação entre os conteúdos e habilidades de raciocínio pretendidas pelas questões, caracterizam o ‘acerto’.Ao contrário, quando as respostas não correspondem ao que se indaga, (...) configura-se o ‘erro’”. (RANGEL et al. 2001, p. 7)

O que analisar

• Enunciados claros;

• Identificar os erros;

• Expectativas do professor quanto às respostas do aluno;

A avaliação institucional não é...

Uma ameaçaUma fiscalizaçãoUm julgamentoUma intromissãoUma imposição

A avaliação institucional é...

Um diálogoUm encontro

Uma comprovação Um diagnósticoUm intercâmbio

Uma ajuda

Avaliação Institucional

1. Caráter descendente: decisão de agentes externos (responsáveis políticos, inspeções técnicas, etc.);

2. Caráter ascendente: autoavaliação (iniciativa interna);

3. Caráter espiral: iniciativa interna, com ajuda de avaliadores externos – os avaliadores externos gozam de maior independência. A pretensão da avaliação é responder: Como podemos melhorar o que estamos fazendo?

Avaliação Institucional

1. Caráter descendente: decisão de agentes externos (responsáveis políticos, inspeções técnicas, etc.);

2. Caráter ascendente: autoavaliação (iniciativa interna);

3. Caráter espiral: iniciativa interna, com ajuda de avaliadores externos – os avaliadores externos gozam de maior independência. A pretensão da avaliação é responder: Como podemos melhorar o que estamos fazendo?

Avaliação Institucional

1. Caráter descendente: decisão de agentes externos (responsáveis políticos, inspeções técnicas, etc.);

2. Caráter ascendente: autoavaliação (iniciativa interna);

3. Caráter espiral: iniciativa interna, com ajuda de avaliadores externos – os avaliadores externos gozam de maior independência. A pretensão da avaliação é responder: Como podemos melhorar o que estamos fazendo?

Características

• Deve considerar o contexto: a história e a cultura da instituição;

• Deve estar atenta aos processos, e não apenas aos resultados;

• Deve dar voz aos participantes em condições de liberdade – são os membros da comunidade escolar que dispõem das informações sobre o que acontece na instituição escolar;

• Deve usar métodos diversificados para captar a complexidade dos fenômenos que ocorrem na escola;

• Deve estar atenta aos valores e não apenas aos conteúdos ou indicadores de caráter técnico;

Características• Não deve converter a complexidade em simplificações

abusivas por meio de números e estatísticas – a simplificação torna a compreensão mais fácil, mas também mais errônea e injusta;

• Negociação em que está garantida a defesa dos interesses de toda a comunidade escolar;

• É divulgada por meio de relatórios;

• Impulsiona o diálogo, a participação e a reflexão sobre como melhorar;

• Pretende promover diálogo sobre ensino e educação;

• Está comprometida com a sociedade;

É importante, pois...

• Permite refletir sobre o que se faz;• Facilita a coordenação;• Ajuda a compreender o que acontece;• Favorece o diálogo e a participação;• Permite tomar decisões racionais;• Impede as sobreposições;• Permite corrigir erros;• Ajuda a intensificar o esforço sobre o que é essencial;• Permite aprender novas coisas;• Faz com que a equipe docente seja mais coerente;• Se converte em exemplo para os alunos;• Ajuda a aperfeiçoar a equipe docente e pedagógica;

Portanto, a avaliação deve ser:

“Não é a mais forte das espécies que sobrevive, mas sim a que

melhor responde às mudanças.”Charles Darwin

“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos violenta, mais humana,

a nossa atitude deve ser a de quem, em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano

de avaliar, de compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de

intervir no mundo.”

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