Citeforma - A Escola do futuro

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Pensar a Escola do Futuro

João Filipe MatosInstituto de Educação, Universidade de Lisboa

SEMINÁRIO Inovações no Ensino/Formação | CITEFORMA | 22 set 2016

Design the Future School

Linha Temáticada Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação | Instituto de Educação | Universidade de Lisboa

Seis Propostas para o Próximo Milénio

Italo Calvino, 1986

“A generation ago, teachers could

expect that what they taught would

last their students lifetime. Today,

because of rapid economic and social

change, schools have to prepare

students for jobs that have not yet

been created, technologies that have

not been invented and problems that

we don’t yet know will arise” (OECD, 2011, par. 7)

sumário

1º andamento: ensinar e aprender2º andamento: as tecnologias

digitais, a sociedade e as novas gerações

3º andamento: tendências e oportunidades

Epílogo: 4 ideias

aprendizagem

natural versus artificial

como se aprende?

como se aprende?

como se aprende?

Exemplo de aprendizagem natural: o andar

é imperativo assumir a diferença entre o design

(atividade de ensino)e

o emergente (aprendizagem)

O design cria campos de identificação e negociabilidade que orientam as práticas e as identidades daqueles que estão envolvidos em diversas formas de participação na educação e

formação

a aprendizagem é um fenómeno emergente

DeweyPiagetBrunerPapert

Lave & WengerSiemens

...

Ideia forte

a aprendizagem é uma parte integrante das práticas sociais

Participar numa prática social, na qual o conhecimento reside, é um princípio epistemológico de aprendizagem.

As possibilidades de aprendizagem são definidas:

• pela estrutura social dessa prática

• pelas relações de poder e as condições de legitimidade e de acesso

o conhecimentoentendido não como propriedade

individual......mas como produto colectivo

construído na interação com os recursos estruturantes da ação

os outrosos artefactos que usamosas situações e os problemas

artefactos e mediação

acumulação, elaboração e transmissão de conhecimento social através do uso de artefactos

historicidade dos artefactos tecnológicos

(Adaptado de MSO)

1940’s

1960’s

1970/80’s

1980/90’s

2000’s

E a escola?E a formação?

o a escola é um exemplo de sistema de atividade para produzir aprendizagem

o introduz intencionalmente responsabilidade e hierarquia

o impõe constrangimentos e rotinas, mas abre múltiplas possibilidades e oportunidades de aprendizagem que não existem fora da escola

e a Escola?

According to recent reports from government agencies, foundations, survey firms, and scholarly institutions, most young people in the United States neither read literature (or fully know how), work reliably (just ask employers), visit cultural institutions (of any sort), nor vote . They cannot explain basic scientific methods, recount foundations of history, or name any of their local political representatives.

These kids are different. They study, work, write, and interact with each other in ways that are very different from the ways that you did growing up. They read blogs rather than newspapers. They often meet each other online before they meet in person. They probably don’t even know what a library card looks like; and if they do, they’ve probably never used it. They get their music online—often for free, illegally. They’re more likely to send an instant message (IM) than to pick up the telephone to arrange a date later. And they’re connected to one another by a common culture. Major aspects of their lives—social interactions, friendships, civic activities—are mediated by digital technologies. And they’ve never known any other way of life.

http://www.slashgear.com/gallery/data_files/1/4/6/internet_addiction_250.jpg

historicidade dos artefactos tecnológicos

(Adaptado de MSO)

1940’s

1960’s

1970/80’s

1980/90’s

2000’s

Geração “always-on” (Oblinger, 2004)

Tecnologia

móvel. conectividade permanente. arquivo identitário. extensão da memória

Objetos - conhecimentos

Pares

E a escola?

“We have long ridden the wave of PISA hysteria, telling ourselves that our schools are good. And they are excellent – by yesterday’s standards. Our schools do not meet current or future needs”

SITRA (2015). A Land of People who Love to Learn. Helsinki: Finish Innovation Fund.

“Anything that can will be digitased. What will happen to schools?”

SITRA (2015). A Land of People who Love to Learn. Helsinki: Finish Innovation Fund.

e o futuro da escola?

creativework

que dimensões é necessário desenvolver?

physical work

mental work

creativework

que dimensões é necessário desenvolver?

physical work

mental work

médio prazo

creativework

que dimensões é necessário desenvolver?

physicalwork

mental work

longo prazo

e o futuro da escola?

equacionar duas variáveis

fundamentais

http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/

Espaço e Tempo

http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/

Tempo

que dimensões da educação é necessário rever?TEMPO

Scale-time [fixo]

Sucesso [variável]

Pré - 12º ano3 anos

Pré - 12º ano

Scale-time [fixo]

Sucesso [variável]

Sucesso [fixo]

Scale-time [variável]

3 anos

que dimensões da educação é necessário rever?TEMPO

http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/

Espaço

tempos e espaços

que dimensões é necessário transformar?ESPAÇO

turma 130

turma 230

turma 330

3 x 30 alunos

3 professores

espaços rígidos, unifuncionais

que dimensões é necessário transformar?ESPAÇO

grupo90

90 alunos

3 professores

espaços flexíveis, multifuncionais

que dimensões é necessário transformar?ESPAÇO

grupos de dimensão diferenciada

3 professores

espaços flexíveis, multifuncionais

90 alunos

LEARNING ZONES

Future Teacher Education Lab, Universidade de Lisboa

Future Teacher Education Lab, ULisboa

New Media Consortium

Horizon Report 2016

Horizon Report 2016

Horizon Report 2016

Horizon Report 2015

aprendizagem ubíqua – “em qualquer lugar e em qualquer momento”

Tendência 1

acesso livre a informação de qualidade, aplicações da web 2.0 e web 3.0 (semântica)

Tendência 2

desenvolvimento de novas competências (21st century skills) e da e-cidadania

Tendência 3

aposta no desenvolvimento de novos ambientes de aprendizagem em habitats

digitais

Tendência 4

habitat digital

habitat entendido como relação dinâmica, mutuamente definida, entre uma espécie e um lugar

Wenger, E., White, N. & Smith, J. (2009). Digital Habitats – stewarding technology for communities. Portland: CPsquare

mas Escola e Formação para quê?

…para que futuro?

…para que atividade profissional?

Epílogo – 4 ideias

ideia1 - importância do design

pensar o design das atividades das pessoas em habitats…

e não (apenas) dos artefactos tecnológicos

ideia 2 – colocar o foco na interação

reforçar a atenção ao contexto mais alargado da interação entre os alunos e dos alunos com o mundo social

interação mediada por tecnologias em habitats digitais

• assumir que as escolhas em educação são de natureza essencialmente política e ética

• assumir que a educação é uma construção social e por isso, um campo de conflito e de luta claramente marcado pelas relações de poder onde as tecnologias são um recurso relevante

ideia 3 - refletir sobre a política do conhecimento

• assumir espírito crítico e interrogativo sobre a educação

ideia 4 – lutar contra os “QWERTY da educação“

O fenómeno QWERTY

O fenómeno QWERTY

teclado HCESAR (Portugal, 1937)

teclado HCESAR (Portugal, 1937)

alternativas

O fenómeno QWERTY

O fenómeno QWERTY

pensar o design do futuro da escola passa necessariamente por

lutar contra os “QWERTY da educação”

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