Declaração de Salamanca vs DL 3/2008 de 7 de janeiro

Preview:

DESCRIPTION

Declaração de Salamanca vs DL 3/2008 de 7 de janeiro

Citation preview

Declaração de Salamanca vs

Decreto-Lei 3/2008 de 7 de janeiro

Ana Dinis Abril 2014

Análise Crítica

• “Exige-se hoje uma escola (i)seja para todos, na prática e não apenas na lei; (ii) seja durante mais tempo, quer dizer, requer-se o prolongamento da permanência de todos (isto é, de cada um) na escola; (iii) seja para aprender mais coisas, não apenas do plano dos saberes disciplinares e não-disciplinares, mas também no plano das atitudes, das competências, dos valores, dos requisitos relacionais e críticos necessários à participação social e laboral; (iv) faça tudo isso sem qualquer tipo de discriminação, isto é, sem deixar para trás ou de fora os que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem.(Min. Educ., p. 5)

É isto ao exposto em cima que a Declaração de Salamanca se refere.

Aspetos positivos do DL 3/2008 de 7 de janeiro Obrigatoriedade da aceitação da matrícula, … “as escolas ou os

agrupamentos de escolas, os estabelecimentos de ensino particulares com paralelismo pedagógico, as escolas profissionais, direta ou indiretamente financiados pelo ME, não podem rejeitar a matrícula ou inscrição de qualquer criança ou jovem com base na incapacidade ou nas necessidades educativas especiais que manifestem”.

Participação dos pais e dos encarregados de educação no processo educativo.

Elaboração de um programa educativo individual. Certo é, que este Decreto-Lei, do meu ponto de vista, ainda não trata a inclusão de todos nem tão pouco respeita a diversidade. Se por um lado ajuda aqueles que têm necessidades de caráter permanente, por outro lado não integra os que não têm necessidades de caráter permanente.

Análise Crítica (cont.)

Diversidade

Declaração de Salamanca

Vs

Decreto Lei 3/2008 de 7 de janeiro

“Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias.” (p. VIII). “…. os programas educativos implementados, tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades. (p. VIII).” “Para crianças com necessidades educativas especiais devem garantir-se diferentes formas de apoio, desde uma ajuda mínima na classe regular até programas de compensação educativa no âmbito da escola e tendendo-se, sempre que necessário, ao apoio prestado por professores especializados e por pessoal externo. “(p. ).

Declaração de Salamanca

Diversidade

Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro

“…promoção de uma escola democrática e inclusiva…” (p.154) “…. Importa planear um sistema de educação flexível, pautado por uma política global integrada, que permita responder à diversidade…” (p.154) “No quadro equidade educativa, o sistema e as práticas educativas devem assegurar a gestão da diversidade…” (p.154) “Todos os alunos têm necessidades educativas, trabalhadas no quadro da gestão da diversidade.” (p.154)

Diversidade

InClusão

“Adotar como matéria de Lei ou como política o princípio da educação inclusiva… “(p. IX). “… promover a inclusão de jovens e adultos com necessidades especiais em programas de nível superior ou em cursos de formação profissional e assegurar-se a igualdade de acesso e de oportunidades às raparigas e às mulheres com deficiência.” (p.18) “O percurso com vista à inclusão deve ser cuidadosamente orientado através da recolha de dados estatísticos capazes de identificar o número de alunos com deficiência que beneficiam dos recursos, conhecimentos e equipamentos destinados à educação de crianças e jovens com necessidades especiais, assim como o número daqueles que frequentam escolas regulares.” (p.19)

Declaração de Salamanca

“…as escolas inclusivas – as que servem todas as crianças da comunidade – conseguem obter mais apoio da comunidade e utilizar de forma mais imaginativa e inovadora os limitados recursos disponíveis “(p.13). “O êxito da escola inclusiva depende muito da identificação precoce da avaliação e da estimulação das crianças com N.E.E. “(p.33). “O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem” (p.11). “… a que sancionem a perspetiva da escolaridade inclusiva e apoiem o desenvolvimento da educação de alunos, com necessidades especiais, como parte integrante de todos os programas educativos “(p. X).

InClusão Declaração de Salamanca

“Um aspecto determinante dessa qualidade é a promoção de uma escola democrática e inclusiva, orientada para o sucesso educativo de todas as crianças e jovens.” (, p.154) Art.º. 1º - 2. refere: “… a educação especial tem por objetivos a inclusão educativa e social…” (p. 155) Art.º. 25º – 6-i menciona “…. Em atividades recreativas e de lazer dirigidas a jovens com perturbações do espectro do autismo, visando a inclusão social dos seus alunos” (p.162).

Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro

InClusão

Direito à Diferença

Declaração de Salamanca

Vs

Decreto Lei 3/2008 de 7 de janeiro

“As políticas educativas devem ter em conta as diferenças individuais e as situações distintas” (p. 18). “A adoção de sistemas mais flexíveis e mais versáteis, capazes de melhor atender as diferentes necessidades das crianças … “(p. 21) “As crianças com necessidades especiais devem receber apoio pedagógico suplementar, no contexto do currículo regular e não um currículo diferente” (p.22).

Declaração de Salamanca

Direito à Diferença

Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro

Direito à Diferença

“A educação inclusiva visa a equidade educativa, sendo que por esta se entende a garantia de igualdade, quer no acesso quer nos resultados.” (p. 154)

Individualização

Declaração de Salamanca

Vs

Decreto Lei 3/2008 de 7 de janeiro

“… assumindo que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser adaptada às necessidades da criança…” (p. 7) “função que consiste em apoiar as escolas regulares a responder às necessidades individuais dos seus alunos(…) escolas regulares consiste na adequação dos conteúdos curriculares e dos métodos de ensino às necessidades individuais dos alunos.” (p.12 e 13). “As políticas educativas devem ter em conta as diferenças individuais e as situações distintas. A importância da Língua Gestual como meio de comunicação entre surdos, por exemplo deverá ser reconhecida, garantindo-se que os surdos tenham acesso à linguagem gestual do seu próprio país” (p.18). “Cada escola deve ser uma comunidade, conjuntamente responsável pelo sucesso ou insucesso de cada aluno” (p.24).

Individualização Declaração de Salamanca

“… a escola inclusiva pressupõe individualização e personalização das estratégias educativas, enquanto método de prossecução do objectivo de promover competências universais que permitam a autonomia e o acesso à condução plena da cidadania por parte de todos.”(p.154) “Há medida que aumenta a necessidade de uma maior especialização do apoio personalizado, decresce o número de crianças e jovens que dele necessitam, do que decorre que apenas uma reduzida percentagem necessita de apoios personalizados altamente especializados.” (p.155) Capítulo III - “Programa educativo individual e plano individual de transição” (pág.156-158) Artº. 15º -1. “os instrumentos de certificação da escolaridade devem adequar-se… com programa educativo individual.”(p. 158) Capítulo IV, Artº. 16º, 2. “ a) Apoio pedagógico personalizado; b) Adequações curriculares individuais; e) Currículo Específico Individual” (p.158)

Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro

Individualização

Ritmo de Aprendizagem

Declaração de Salamanca

Vs

Decreto Lei 3/2008 de 7 de janeiro

“…ser capaz de desenvolver uma pedagogia centrada nas crianças, susceptível de as educar a todas com sucesso, incluindo as que apresentam graves capacidades.” (p. 6) “Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem…” (p.11)

Ritmo de Aprendizagem

Declaração de Salamanca

Ritmo de Aprendizagem

Decreto-Lei 3/2008, de 7 de Janeiro

“… a garantia de igualdade, quer no acesso quer nos resultados.” (p. 154) “Os apoios especializados visam responder às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação…em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem….para promover o potencial de funcionamento biopsicosocial.”(p. 155) Artº 9º, 2. “…integra os indicadores de funcionalidade, bem como os factores ambientais que funcionam como facilitadores ou barreiras à actividade e participação do aluno na vida escolar…” (p. 157)

Referências Bibliográficas

Conferência Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade (1994). Declaração de Salamanca E Enquadramento da Acção. Salamanca: UNESCO

Educação, M. d. (2008). Educação Especial - Manual de Apoio à Prática. Lisboa: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

Legislação:

Decreto-Lei 3/2008 de 7 de janeiro

Declaração de Salamanca vs

Decreto-Lei 3/2008 de 7 de janeiro

Ana Dinis Abril 2014

Recommended