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Esta apresentação destina-se a professores que possuam alunos com deficiência.
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Profa.Ms. Eliane Lemos
PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Profa.Ms. Eliane Lemos
Eliane Lemos
Graduada em Psicologia Especialista no
atendimento da pessoa com deficiência
Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento
Professora universitária da disciplina Educação Física Adaptada no curso de EF.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Agenda
Diversidade humana Educação Física (FEF/EFA/AMA) Deficiência Deficiência Física Origens da deficiência física Neurológica e ortopédica Implicações no programa de AF Papel do educador Educação inclusiva Parte prática
Profa.Ms. Eliane Lemos
Somos diferentes?
Quem sou eu? Quem é você? Quem é a pessoa com deficiência?
As semelhanças nos atraem, as diferenças nos fortalecem.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Educação Física
EF EspecialOs alunos com deficiência não podem se engajar de modo irrestrito, de forma segura e com sucesso
EF AdaptadaAções que visam encorajar e promover a atividade física autodeterminada para todos os cidadãos durante a vida, oferecendo assistência e apoio profissional quando requerido.
Diferença básica entre EFE e EFA: constituição dos grupos.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Por que AMA?
Educação Física Adaptada – Atividade Motora Adaptada.
Atividade motora enfatiza as necessidades de vivências relacionadas ao movimento corporal em todo tipo de ambiente.
A palavra educação é freqüentemente usada para enfocar indivíduos na idade escolar, em ambientes de instrução.
A Atividade Motora Adaptada corresponde ao conjunto de atos intencionais que visam melhorar e promover a capacidade para o movimento considerando-se as diferenças individuais e as discapacidades em contextos inclusivos ou não. Desafio: Lidar com as múltiplas potencialidades.
Fonte: Sobama
Profa.Ms. Eliane Lemos
+ FORTE
+ HABILIDOSO
O MELHOR
Conceitos de Performance
+ RÁPIDO
ATLETA DO
SÉCULO
UNIVERSO DE POTENCIALIDADE
S
ESPORTE
PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Profa.Ms. Eliane Lemos
Seja bem vindo ...
... ao universo de possibilidades.
Fonte: CPB
Profa.Ms. Eliane Lemos
Direção do olhar …
Antes a deficiência direcionava o olhar para:
Limitação Déficit Incapacidade Invalidez Morte
Você não consegue!
Profa.Ms. Eliane Lemos
Classificação Internacional de Funcionalidade
Organização Mundial de Saúde (1980)
Deficiência
Mudança funcional no órgão
Incapacidade
Alterações das habilidades da pessoa
Impedimento
Conseqüências econômicas e sociais
Profa.Ms. Eliane Lemos
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS: Lidar com a diversidade
Limitação Desvantagem
Capacidade Possibilidades Potencialidades Essência do indivíduo
Efetivo processo para assegurar
Direitos humanos Direitos sociais
Melhorar a
qualidade de vida
Profa.Ms. Eliane Lemos
Um novo modelo - OMS
O que existe de potência para que você seja membro ativo em todos os sentidos e nas diversas atividades da sociedade?
Você pode!
Profa.Ms. Eliane Lemos
Classificação
DEFICIÊNCIA
Perda ou anomalia de uma estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica.
Pode ser:
Natureza
Inata
Adquirida
Caráter
Temporário
Permanente
Profa.Ms. Eliane Lemos
Onde estão?
Crianças, adolescentes, adultos e idosos (Dados do IBGE)
1,14% em 1990 14,5% em 2000
IBGE - 2000
48%
27%
17%
8%
DV
DF
DA
DM
Profa.Ms. Eliane Lemos
Deficiência Física
O Aparelho locomotor é composto pelos sistemas:
Ósteo-articular Muscular Nervoso Central
COMPROMETIMENTO
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem da deficiência física
Origem
Neurológica
Referem-se às
deteriorações ou
lesões do SNC :
Cerebral PC AVC ou AVE TCE
Medular Poliomielite Espinha Bífida Lesões medulares
degenerativas Traumatismos medulares
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem
OrtopédicaReferem-se aos problemas dos músculos, ossos
e/ou articulações
Muscular Distrofia muscular
de Duchene
Ósseo-articular Malformações Amputação
Origem da deficiência física
Profa.Ms. Eliane Lemos
Acidentes de trânsito Brasil 1/410 Suécia 1/21.400
Ferimentos por arma de fogo
Doenças
Outros
Causas deficiência física
Profa.Ms. Eliane Lemos
Traumas (50% - acidentes de trânsito) Lesão cerebral Paralisia cerebral Lesão medular Distrofias musculares Esclerose múltipla Amputações Malformações congênitas Distúrbios posturais da coluna Seqüelas de queimaduras
Causas da deficiência física
Profa.Ms. Eliane Lemos
Antes de preparar sua próxima aula ...
Desconhecer o quadro clínico pode levar ao
engano . (PC/DM)
Conhecer o quadro clínico te auxiliará na
escolha de atividades adequadas, levando-se em
consideração:
Potencial remanescente
Eficiência (dependem da força de vontade e
autonomia)
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem cerebral
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lesão cerebral
Destruição ou degeneração
das células cerebrais que
afetam o Sistema Nervoso
Central, pode ocorrer por:
Doenças
Traumas
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lesão cerebral
Tipos de lesão cerebral
Paralisia cerebral
Acidente vascular cerebral ou encefálico
Trauma crânio-encefálico
Profa.Ms. Eliane Lemos
Paralisia cerebral
Profa.Ms. Eliane Lemos
Paralisia cerebral
Lesão provocada, muitas vezes, pela falta de
oxigenação das células cerebrais .
Acontece durante a gestação, durante o parto
ou após o nascimento, ainda no processo de
amadurecimento do cérebro da criança
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC – Causas Pré-natal
Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez ;
Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez
(rubéola ,
sífilis, toxicoplasmose );
Mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez;
Pressão alta da gestante.
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC – Causas Peri-natal
Falta de oxigênio ao nascer
Lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos
muito grandes de mães pequenas ou muito jovens
Trabalho de parto demorado;
Mau uso do Fórceps , manobras obstétricas violentas;
Os bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e
pesando menos de 2 quilos ) tem mais chances de apresentar
paralisia cerebral .
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC – Causas Pós-natal
Febre prolongada e muito alta ;
Desidratação com perda significativa de líquidos ;
Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
Ferimento ou traumatismo na cabeça;
Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no
esmalte
cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
Sarampo ;
Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC - Classificação
Fisiológica (ou quanto ao tônus muscular)
Topográfica
Profa.Ms. Eliane Lemos
Tipos mais comuns:
Espástica
Atetóica
Atáxica
Classificação Fisiológica
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC - Espástica
Quando há uma desordem no movimento
voluntário, o que faz com que todo o corpo
participe de um movimento que, normalmente,
envolveria apenas uma parte do corpo.
Pode agravar-se conforme o estado emocional.
Tônus muscular muito alto (tenso)
Profa.Ms. Eliane Lemos
PC - Atetóica
Reflexo que causa um movimento
involuntário do corpo, até mesmo quando
em repouso.
Tônus muscular variante (às vezes mais
alto – às vezes mais baixo)
Profa.Ms. Eliane Lemos
Distúrbio motor que causa problemas na
postura e na coordenação motora,
causando dificuldades no equilíbrio e na
percepção tátil.
Apresenta tônus muscular baixo e
dificuldade de coordenação de movimentos.
PC - Atáxica
Profa.Ms. Eliane Lemos
Classificação Topográfica
Monoplegia/monoparesia
Acometimento de um único membro
Hemiplegia/hemiparesia
Acometimento de um lado do corpo
Paraplegia/paraparesia
Acometimento do tronco e membros inferiores
Profa.Ms. Eliane Lemos
Classificação Topográfica
Diplegia/diparesia
Membros inferiores mais afetados que os superiores
Quadriplegia/quadriparesia
Quatro membros afetados de forma semelhante
Dupla hemiplegia/dupla hemiparesia
Quatro membros afetados, um lado mais comprometido
Profa.Ms. Eliane Lemos
Conceitos
Os sufixos “plegia” e “paresia” geralmente
indicam o nível de funcionalidade.
Plegia é a não-funcionalidade nos movimentos
Paresia é a possibilidade de realizar
movimentos
funcionais
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Experiências de movimento são fundamentais
Estimulação precoce
Descoberta do próprio corpo
Descoberta do outro
AMA deve conter atividades que envolvam jogos
e estímulos sensório-motores.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Jogos com bola devem ser estruturados passo a passo, desenvolvendo as habilidades de arremessar, lançar, receber – estático depois em movimento) Chutar é importante – deambular Utilizar o critério de progressão individualizada estática e depois dinâmica, para introduzir jogos coletivos
Profa.Ms. Eliane Lemos
Acidente Vascular
Cerebral
Profa.Ms. Eliane Lemos
Acidente vascular cerebral - AVC
Lesão de uma área cerebral causada pela interrupção
da circulação sangüínea.
Afeta: Capacidade e o controle motor Sensação e percepção Comunicação Emoções Estado de consciência
Profa.Ms. Eliane Lemos
Causas do AVC
Isquêmica Tumor Mal-formação Trauma Trombose ou êmbolo Arterosclerose
Hemorrágica Hipertensão Mal-formação Aneurisma
Profa.Ms. Eliane Lemos
Quem pode sofre um AVC?
Pode ocorrer em qualquer faixa etária Maior freqüência nas pessoas acima
dos sessenta anos de idade Hipertensão é um fator de risco que
deve ser observado com muita atenção.
Prevenção é o melhor remédio!
Profa.Ms. Eliane Lemos
Motricidade
Após o AVC, os quadros motores se assemelham ao da paralisia cerebral na classificação topográfica.
Quadro mais comum: Hemiplegia em graus variados
Profa.Ms. Eliane Lemos
Motricidade
Situações secundárias: Incontinência urinária e intestinal Perda parcial da memória Problemas psicológicos (depressão e instabilidade
emocional) Hemianopsia – perda de campos visuais Problemas perceptivos e proprioceptivos do lado
afetado
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Tratamento de recuperação de seqüelas motoras
é baseado na cinesioterapia.
A participação ajuda a minimizar sintomas
secundários como a depressão
Manter contato com o fisioterapeuta para auxiliar
na organização do programa de atividades físicas
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades esportivas individualizadas são as
mais indicadas no início.
Natação
Bocha
Boliche adaptado
Lançamentos e arremessos
Implicações no programa de AF
Profa.Ms. Eliane Lemos
Traumatismo crânio-
encefálico
Profa.Ms. Eliane Lemos
Traumatismo crânio-encefálico - TCE
Trata-se de um problema cerebral causado por
traumatismo corrido na cabeça (crânio)
Pode produzir : Diminuição ou alteração do estado de consciência Resulta em limitações do funcionamento: Motor , cognitivo, social, comportamental, emocional
Profa.Ms. Eliane Lemos
Limitações motoras - TCE
Falta de coordenação Falta de planejamento e seqüênciamento dos movimentos Espasticidade muscular Problemas de fala Paralisias Convulsões Alterações perceptivas e sensoriais
Profa.Ms. Eliane Lemos
Epidemia silenciosa
Devido aos acidentes e a outros eventos que ocorrem e não podemos prever
Resultados de acidentes automotivos, esportivos, quedas, violência, etc.
Nas crianças, uma alta porcentagem de morte por lesões é decorrente de traumatismos crânio- encefálicos e de suas complicações.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Motricidade
Quadro motor
Descritos conforme a classificação
topográfica da PC
Mesmas indicações terapêuticas – PC e
AVC
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem medular
Profa.Ms. Eliane Lemos
“ Após o acidente que me paralisou, tive que re-
aprender a ter uma vida normal e conviver com
essa deficiência e com a ajuda da minha família e apoio de alguns amigos cheguei onde estou. O
principal problema que me deparei após o acidente,
não foi a deficiência, e sim o meu estado mental para viver assim.
Um acidente desse gênero realmente afeta qualquer
ser humano.” F.B. - tetraplégico
Lesão medular
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lesão medular
Uma das formas mais graves entre as síndromes incapacitantes, constituindo-se em verdadeiro desafio à reabilitação (física e psicológica)
Dificuldade decorre da importância da medula espinhal, que não é apenas uma via de comunicação entre as diversas partes do corpo e o cérebro
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lesão medular
Centro regulador que controla importantes funções: Respiração Circulação Bexiga Intestino Controle térmico Atividade sexual
Profa.Ms. Eliane Lemos
Causas
LESÕES TRAUMÁTICAS
Fraturas-luxações
Acidentes de trânsito
Esportes
Quedas
Acidentes de trabalho
Ferimentos
Armas de fogo
Armas brancas
Profa.Ms. Eliane Lemos
Causas
LESÕES NÃO TRAUMÁTICAS
DegenerativasEnfermidades e síndromes
MalformaçõesMielomeningocele
OutrosPoliomielite
Profa.Ms. Eliane Lemos
POLIOMIELITE
Profa. Ms. Eliane LemosFoto de Sebastião Salgado - Somália
Profa.Ms. Eliane Lemos
Poliomielite
Doença aguda provocada por um vírus (poliovírus) que se aloja na medula e destrói as células motoras.
Seqüela: Paralisia das áreas motoras afetadas com preservação da sensibilidade.
Também conhecida como Paralisia Infantil
Profa.Ms. Eliane Lemos
Ásia e África
Atualmente, o mundo
registra 1163 casos confirmados,
o que representa um importante
risco de disseminação do
poliovírus frente à vulnerabilidade
promovida pela intensa
mobilização das populações.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Transmissão
A transmissão pode ocorrer de pessoa-a-pessoa, por meio de secreções nasofaríngeas, ou de objetos, alimentos e água, contaminados com fezes de doentes ou portadores.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Medidas de prevenção
Profa.Ms. Eliane Lemos
SPP – manifesta-se em indivíduos que tiveram poliomielite,
em média, após 15 anos ou mais, com um novo quadro
sintomatológico:
Fraqueza muscular e progressiva, fadiga, fores musculares e nas articulações (diminuição da capacidade funcional e/ou no surgimento de novas incapacidades)
Alguns podem desenvolver dificuldade de deglutição e respiração.
Abraspp - Associação Brasileira de Síndrome Pós-Poliomielite www.abraspp.org.br
Síndrome pós-polio
Profa.Ms. Eliane Lemos
Países em risco
Profa.Ms. Eliane Lemos
Países em risco
Profa.Ms. Eliane Lemos
Países em risco
Profa.Ms. Eliane Lemos
Países em risco
Profa.Ms. Eliane Lemos
Países em risco
Profa.Ms. Eliane Lemos
Espinha bífida
Profa.Ms. Eliane Lemos
Espinha bífida
Lesão que ocorre na medula,
provocando paralisia, que pode variar
de uma ligeira seqüela até a perda
total da sensibilidade
e do controle abaixo da lesão.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Espinha bífida
Tipos mais comuns:
Meningocele
Mielomeningocele
Profa.Ms. Eliane Lemos
Meningocele
Protusão da bolsa
subcutânea contendo
principalmente
meninges e líquido;
pode conter raízes
nervosas
Profa.Ms. Eliane Lemos
Mielomeningocele
A bolsa contém tecido
nervoso central, o que
representa medula
espinhal lesada com
raízes nervosas.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Hidrocefalia
Anormalidade de absorção do líquido cefalorraquidiano, causando o aumento do volume;
Drenagem – válvula;
Pode ocorrer atraso mental
Profa.Ms. Eliane Lemos
Paraplegia Paralisia dos membros inferiores e todo ou uma porção
do tronco
Tetraplegia Quando os membros superiores também estão
envolvidos
Quanto mais alta é a lesão:
Maior a perda das funções motoras, sensitiva e autônoma
Maiores as alterações metabólicas do organismo
Nível da lesão medular
Profa.Ms. Eliane Lemos
Seqüelas das lesões medulares
Espasmos Redução da capacidade respiratória Maior probabilidade às infecções Disfunção do sistema de regulação térmica Úlceras de decúbito (escaras) Incontinência urinária Distúrbios de esfíncter retal Diminuição da massa óssea e muscular Aumento da porcentagem de gordura Perda da sensibilidade Prejuízos do retorno venoso
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lesões medulares degenerativas
Ocorrem pela perda gradativa da função das células nervosas da medula, causada por infecções hereditárias. Enfermidade de Wendin Síndrome Wohlfart-Kugelberg Enfermidade de Charcot-Marie-Tooth Ataxia de Friedreich
Profa.Ms. Eliane Lemos
Traumatismos medulares
Considerando que a coluna é parte integrante do SNC, qualquer lesão ocorrida nela causa danos irreparáveis.
Medula é protegida por 24 vértebras
C - Sete cervicais – 8 pares de nervos
T - Doze torácicas – 12 pares de nervos
L - Cinco lombares – 5 pares de nervos
S - Cinco sacrais – 5 pares de nervos
Coccígeas – um par de nervos
Profa.Ms. Eliane Lemos
7 cervicais12 torácicas5 lombares3 a 5 sacrais
C1C2C3C4C5C6C7T1T2T3...
L1L2... S1S2
Tetraplegia
Paraplegia
Nível da lesão medular
Acima do segmento medular T1 tetra ou quadriplegia
Abaixo da T1 causam paraplegia
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Professor deve avaliar: Flexibilidade (falta) Capacidade de sustentar atividade
aeróbica Força e resistência para:
Erguer o corpo Transferir Push up (prevenção de escaras) Impulsionar a cadeira de rodas
Porcentagem de gordura Excessiva – incompatível com uma boa saúde
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades desenvolvidas
Início – pode ter dificuldades para se adaptar ao equipamento
Cadeira esportiva versus cadeira social Treinamento específico deve englobar a propulsão
da cadeira de rodas em situações variadas Para frente, para trás, em curvas, com
obstáculos, em terrenos acidentados, com possíveis inclinações e com superfícies diferentes
Alternar os exercícios com velocidades diferentes, mais acelerado ou mais lento
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades de condicionamento físico
Devem privilegiar o desenvolvimento das variáveis da aptidão física relacionadas à saúde:
ForçaExercícios que visem ao fortalecimento da musculatura não atingida pela lesão.
ResistênciaImpulsionar a cadeira, durante um determinado tempo e a uma intensidade preestabelecida
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades de condicionamento físico
FlexibilidadeDeve ser desenvolvida em todas as articulações do corpo, independentemente de a musculatura permanecer funcional ou não
PosturaManutenção da porcentagem de gordura dentro de níveis considerados compatíveis com a boa saúde
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades aquáticas na lesão medular
Atividade esportiva mais procurada Sensação de independência e liberdade Podem apresentar episódios de grande
espasticidade ao entrar na água, especialmente se a temperatura for baixa.
Relaxamento antes da aula com exercícios de alongamento passivo, puxando-o em sinuosa pela piscina, segurando na base de sua cabeça ou nos seus ombros, mantendo-o em decúbito dorsal.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividades aquáticas na lesão medular
Não pode apresentar dermatites ou processos de
escaras e nem infecções urinárias
Os alunos devem evitar a ingestão de líquidos antes da
natação e urinar e evacuar antes da entrada na piscina
Possível dificuldade de regulação térmica do aluno.
A temperatura da água deve girar em torno dos 30ºC
no caso de alunos tetraplégicos,a fim de não oferecer
riscos de hipotermia.
Quanto mais baixo o nível de lesão e maior o grau de
treinamento, esses valores podem ser alterados.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Aspectos de segurança
Bordas da piscina não devem ser muito alta em relação ao nível da água
Utilizar um tapete emborrachado para que o aluno se sente na borda da piscina
Os alunos devem aprender a realizar flutuações em ambos os decúbitos, com mudança de decúbito, respiração subaquática pelo nariz e/ou pela boca, propulsões básicas coordenadas com a respiração e técnicas de salvamento
Profa.Ms. Eliane Lemos
Benefícios da atividade aquática
Prevenir escaras de decúbito devido a permanência fora da cadeira de rodas
Estimular a circulação sangüínea de modo geral
Ferramenta para condicionamento respiratório
Relaxar o indivíduo
Proporcionar experiências de lazer e superação do medo
Profa.Ms. Eliane Lemos
Considerações finais
Academias e centros de atividades físicas – dirigentes devem ter a consciência de adaptar as instalações para receber esses alunos: Construção de rampas Corredores mais largos Instalar corrimão nas escadas Reformar os pisos e calçadas que
apresentem desníveis Treinar seus recursos humanos para o devido
atendimento da pessoa com deficiência
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atletismo Arco e flecha Bocha Basquetebol sobre rodas Ciclismo Equitação Esgrima Futebol para paralisados
cerebrais Futebol para amputados
Modalidades esportivas
Halterofilismo Iatismo Natação Remo adaptado Tênis de campo Tênis de mesa Voleibol
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem Muscular
Profa.Ms. Eliane Lemos
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
Profa. Ms. Eliane Lemos
Profa.Ms. Eliane Lemos
CLASSIFICAÇÃO
As doenças neuromusculares podem ser divididas em: Miopatias - Distrofias Neuropatias Mielopatias
O termo miopatia designa todos os estados patológicos que atuam primariamente na musculatura estriada.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Distrofia Muscular
Degenerativa de
Duchenne
Profa.Ms. Eliane Lemos
DISTROFIA MUSCULAR
Dentre as miopatias figuram as distrofias musculares, que possuem vários tipos de manifestações.
São afecções de caráter hereditário Distrofia Muscular de Duchenne – DMD:
Incidência: 1/3.500 nascimentos Distrofia Muscular de Becker – DMB:
Incidência: 1/30.000 nascimentos masculinos. Distrofia Muscular de Steinert – DMS:
Incidência: 1/8.000 a 10.000 nascimentos de ambos os sexos.
Distrofia Muscular Facio-Escápulo-Umeral – FSH:
Incidência: 1/20.000 nascimentos de ambos os sexos.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Distrofia muscular de Duchenne
Uma das mais comuns formas da doença, é também a mais severa.
As células musculares se degeneram e são substituídas por tecido conjuntivo e adiposo.
Quem tem DMD geralmente não chega à terceira década de vida, pois morre em decorrência das complicações respiratórias
Profa.Ms. Eliane Lemos
DMD - Transmissão
Acontece por um defeito no gene localizado no braço curto do no cromossomo X.
A mulher tem dois cromossomos X
O homem tem um cromossomo Y, herdado do pai, e um cromossomo X, que recebe da mãe.
Profa.Ms. Eliane Lemos
DMD – Sintomas e prognóstico
Primeiros sintomas:
Marcha alargada
Dificuldade para subir escadas
Tendência a quedas freqüentes
Exames laboratorias: presença de altos níveis de creatino fosfoquinase (CPK) no sangue
Lordose e obesidade são desenvolvidas em virtude da fraqueza da musculatura e de acúmulo de tecido adiposo
Podem aparecer contraturas nas articulações do tornozelo, joelho e quadril
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
A EF exerce um papel importante na manutenção da qualidade de vida, principalmente nos primeiros estágios da doença com a finalidade de: Preservar a marcha Prevenir contraturas Prevenir atrofias musculares
Um programa com atividades que visem a promoção da força e da resistência muscular têm influência positiva no desenvolvimento muscular. Podendo retardar o surgimento de atrofias e contraturas.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Sinal de Gowers
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Atenção particular deve ser dada à musculatura dos MMII, abdome e quadris, responsáveis pela locomoção.
Para aqueles que já se encontram dependentes de cadeira de rodas, os exercícios respiratórios devem ser priorizados e executados diariamente.
As atividades aquáticas são extremamente benéficas.
A preservação da flexibilidade articular também deve ser incluída em atividades de todos os programas.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
A distrofia diminui a força e a resistência
muscular e, conseqüentemente, também a
potência aeróbica.
As atividades aeróbicas de baixa intensidade
auxiliam a prevenir e a combater a obesidade.
A dança e as atividades rítmica podem ser
motivadoras para desenvolver essas capacidades.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Lembrete
"Não existe doença sem cura, existe doença cujo tratamento ainda não foi
encontrado"
Profª Drª Mayana Zatz - Fundadora e Diretora Presidente da Associação Brasileira
de Distrofia Muscular.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Esclerose Múltipla
Profa.Ms. Eliane Lemos
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Entre as mielopatias existe a esclerose múltipla, doença neurológica progressiva desmielinizante.
Cerca de dois terços dos indivíduos que apresentam essa doença relatam o aparecimento de suas primeiras manifestações entre o 20º e 40º ano de vida, embora possa se manifestar também em crianças e idosos.
As mulheres em geral são mais acometidas por esta doença, havendo predominância nos indivíduos da raça branca
Profa.Ms. Eliane Lemos
Sintomas EM
Os indivíduos acometidos por esta doença costumam apresentar sintomas diversos, dependendo da região afetada.
Os mais comuns são: Fraqueza generalizada Visão dupla Fala com pronúncia alterada Murmúrios Marcha cambaleante Paralisia parcial ou completa
Profa.Ms. Eliane Lemos
Importância da atividade física
A EM traz fraqueza muscular. Conforme evolui, o indivíduo se torna pouco tolerante a esforços extenuantes.
A prática de AF de baixa intensidade pode colaborar para a promoção da capacidade aeróbica, dando condições para o indivíduo suportar com maior segurança as atividades mais extenuantes.
Natação e outras atividades aquáticas são indicadas, sobretudo se não forem realizadas em água muito quente, pois o calor lhe dará a sensação de fadiga mais precoce, em virtude do relaxamento oferecido pelo calor da água.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Origem ósseo-articular
Profa.Ms. Eliane Lemos
Distúrbios ósseos e articulares
Profa.Ms. Eliane Lemos
Estruturas do aparelho locomotor
Ossos Cartilagens Músculos Tendões Ligamentos Bursas
Profa.Ms. Eliane Lemos
Osteogênese Imperfeita
Profa.Ms. Eliane Lemos
Osteogêne Imperfecta
Malformação óssea causada por herança genética
Deficiência do colágeno Compromete a estrutura óssea,
tornando-a quebradiça e com densidade diminuída
1:21.000 Brasil – 12.000
Profa.Ms. Eliane Lemos
Conseqüências
Fraturas e micro-fraturas;
Encurvamento dos ossos das pernas, braços e coluna;
Baixa estatura; Escoliose ( desvios na
coluna ); Defeitos na formação
dos dentes; Problemas na audição.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Brincadeira de criança
Futebol, pega-pega, amarelinha,esconde-esconde. Impossívelimaginar uma criança sem
associaràs brincadeiras.
Para a criança com OI, isso representa grandes riscos.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividade física
Movimentação muscular - estimular a vitalidade dos músculos e ossos e assim evitar a perda de cálcio.
Atividade: Caminhada Além de independência e liberdade:
estimular a circulação e fortalecer os ossos.
Dieta rica em cálcio, fósforo, magnésio e vitaminas.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atividade física
As crianças sabem quanta força e que atividades podem realizar sem correr riscos;
Restringir as AF aumentará o risco de fraturas;
Importante que elas brinquem, isso faz parte do desenvolvimento;
Para que ela participe: proteja o ambiente com cobertores, travesseiros ou almofadas.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atenção
Fiquem atentos para os sinais de fraturas: Inchaço Vermelhidão Calor Dor local
Fonte: www.aacd.org.br Dr. Antonio Carlos Fernandes (médico
ortopedista)
Profa.Ms. Eliane Lemos
Nanismo
Profa.Ms. Eliane Lemos
Nanismo
Baixa estatura em relação à idade cronológica (adulto no máximo 132 cm)
Existem mais de 100 tipos de displasias esqueléticas Acondroplasia
mais comum 1:25.000
Profa.Ms. Eliane Lemos
Nanismo acondroplásico
Cabeça de tamanho normal e os membros muito
curtos em relação ao tronco (principalmente na
parte superior dos braços e nas coxas)
Causas:
Distúrbios genéticos (não há tratamento)
Deficiência do hormônio de crescimento e da
tireóide (pode-se recorrer a medicamentos para
amenizar o problema)
Profa.Ms. Eliane Lemos
Atenção
Possíveis lesões de menisco, tendência
ao joelho varo;
Sobrecarga na coluna cervical e lombar
poderá aumentar a lordose;
Desequilíbrio – desproporção;
Possibilidade de malformação cardíaca;
Aumento do peso
Profa.Ms. Eliane Lemos
ATIVIDADE FÍSICA NAS
AMPUTAÇÕES
E ANOMALIAS
CONGÊNITAS
Profa.Ms. Eliane Lemos
CAUSAS
Nas crianças, as causas mais freqüentes das amputações são as malformações congênitas.
Outras causas importantes: Infecção Trauma Neoplasias Problemas vasculares são raros
Profa.Ms. Eliane Lemos
Conceitos
Prótese Substitui o órgão
Órtese Ajuda o funcionamento
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
A atividade física, seja com fins recreativos ou esportivos, colabora com o processo de reabilitação
Exercícios físicos melhoram as condições de controle da prótese, porque diminuem a atrofia muscular e aprimoram a propriocepção.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Avanços tecnológicos - maior gama de possibilidades em relação à prática das atividades físicas e esportivas
As atividades aquáticas - não traumatizam o membro residual (recomendadas)
Nos casos de amputações unilaterais, podem ocorrer distúrbios no equilíbrio na água, em especial nas flutuações dorsais e ventrais. A adaptação nesse caso só é possível com o treinamento, cada um encontra formas diferentes para ajustar seu corpo na água
Profa.Ms. Eliane Lemos
Implicações no programa de AF
Também é possível o uso de nadadeiras ou de palmares nos cotos, para aumentar a força e a velocidade dos movimentos
Essa reabilitação não diz apenas respeito às adaptações físicas, na atividade circulatória e na função muscular remanescente, mas também aos benefícios psicossociais advindos de tal prática.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Dicas gerais em AMA
Procure entender as características individuais de cada um e descobrir como se relacionar com eles;
Potencialize seu aluno Não subestime as possibilidades Evite superproteção, estimule a independência Esclareça suas dúvidas sobre as limitações. Dirija-se sempre que possível ao seu aluno e
apenas quando necessário, peça informações às pessoas que o acompanham.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Papel do educador
Profa.Ms. Eliane Lemos
O seu papel como educador
Maximizar o potencial individual
Focalizar o desenvolvimento das habilidades
Selecionar atividades apropriadas
Providenciar um ambiente favorável à aprendizagem
Encorajar a auto-superação
Profa.Ms. Eliane Lemos
Responsabilidade e Ética
Profissionais que atuam no universo da EFA
assumem um papel transformador com
competência específica da área, sendo atores
vivos que constroem, mantém e alteram
significados sobre:
Área
Si próprios
Atividades pelas quais respondem.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Re-significar ...
É preciso ressignificar a diferença, e para tanto há que se des-adjetivar o substantivo diferença:
Ser diferente não é ser melhor ou pior
A diferença simplesmente é.
Profa.Ms. Eliane Lemos
Mudar de ângulo
A idéia do Caleidoscópio
... é aceitar a idéia de que todos
são importantes e significativos e quanto maior a diversidade, mais complexa
e rica será a situação. Carvalho
Profa.Ms. Eliane Lemos
Processo de inclusão
Passa obrigatoriamente pelo respeito às diferenças individuais ...
Profa.Ms. Eliane Lemos
Educação inclusiva
Benefícios para os alunos:
Desenvolvimento de atitudes positivas em relação aos outros
Ganho nas habilidades acadêmicas e sociais
Preparação para a vida em comunidade (convivência com a diversidade/diferença)
Evitar efeitos prejudiciais da exclusão
Profa.Ms. Eliane Lemos
Educação inclusiva
Benefícios para a sociedade:
Valor social da igualdade Superação dos padrões que
imperavam no passado Quebra do estigma e acesso à
informação
Profa.Ms. Eliane Lemos
Educação inclusiva
Benefícios para os professores:
Melhoria das habilidades profissionais e pessoais
Capacitação profissional
Profa.Ms. Eliane Lemos
E acontece naturalmente quando ...
Considerarmos: Valores Experiências
individuais
Valorizamos a relação:
Adulto-criança Adulto –adolescente
Caracterizada pelo respeito
mútuo, afeto e confiança!
Promovemos Autonomia Espírito crítico Criatividade Responsabilidad
e Cooperação
Profa.Ms. Eliane Lemos
Uma pausa para a reflexão
A inclusão é para todos?
Profa.Ms. Eliane Lemos
Ponderação
Quando não é favorável Extremamente destrutivo, desagregador e/ou
perigoso para outros estudantes Não permite que os colegas alcancem suas
metas por causa da inclusão Não alcança suas metas ou se dispersa por
estar incluído na aula regular de educação física
Não está recebendo um programa de educação física apropriado, orientado para suas necessidades únicas
O ambiente não é seguro para este estudante
Profa.Ms. Eliane Lemos
Pensar juntos
Se chegarmos à conclusão de que não é possível?
Como responder à seguinte pergunta:
“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
O que fazer?
Profa.Ms. Eliane Lemos
Referências bibliográficas
Tese de dissertação de mestrado Sintomatologia depressiva em adolescentes com
lesão medular Lemos, E – Universidade Presbiteriana
Mackenzie, 2000
Atividade Física Adaptada Gorgatti, M.G. e Costa, R.F. Barueri, SP: Manole, 2005
Profa.Ms. Eliane Lemos
Imagens
http://www.endofpolio.org/home.html Fotos: Sebastião Salgado
http.://www.ericohiller.com.brFotos: Erico Hiller
Profa.Ms. Eliane Lemos
Parabéns
Profa.Ms. Eliane Lemos
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