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PIC – Projeto de Iniciação Científica
“Reestruturação societária como ferramenta
de planejamento tributário”
Orientação: prof. Simone Martins
Co-Orientação: prof. Vanessa Sebben
Fonte: SIAE
Sociedade em conta de participação e as
“joint ventures”
Sociedades Não PersonificadasPor prof. Vanessa Sebben
Bibliografia básica: COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial.
Direito de Empresa. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Bibliografia complementar: GALIZZI, Gustavo Oliva. A sociedade em
conta de participação como subespécie do gênero joint venture. In:
Revista de Direito Mercantil (industrial, econômico e financeiro). Ano XLIII,
n. 135, jul.-set. de 2004, 206-217.
Fonte: SIAE
A.SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
A.1 – Definição e características
1. PARCERIA, ASSOCIAÇÃO INTER PARTES2. INEXISTENTE PERANTE TERCEIROS3. FIGURAS DO SÓCIO OSTENSIVO (FACE EXTERNA) E OS SÓCIOS
PARTICIPANTES (FACE INTERNA)4. NÃO POSSUI PERSONALIDADE JURÍDICA5. NÃO ESTÁ SUJEITA A FORMALIDADES6. ESTRUTURA SIMPLES E FLEXÍVEL, DESTINADA A REALIZAR
EMPREENDIMENTOS ESPECÍFICOS, COM PRAZODETERMINADO OU INDETERMINADO
7. FORMAÇÃO DE PATRIMÔNIO ESPECIAL
Fonte: SIAE
A.2 JOINT VENTURES
- ORIGEM NO DIREITO ANGLO-SAXÔNICO- INSTRUMENTO DE REALIZAÇÃO CONJUNTA DE TRANSAÇÕESCOMERCIAIS ENTRE EMPREENDIMENTOS DE NAÇÕES DISTINTAS.- ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE PESSOAS QUE PODEM EXERCER AADMINISTRAÇÃO CONJUNTA (MUTUAL AGENCY)- REPARTIÇÃO DE RISCOS ENTRE OS INTEGRANTES- PRAZO DETERMINADO – ÚNICO PROJETO- “JOINT VENTURE CORPORATION” - SURGIMENTO DE UMASOCIEDADE EMPRESÁRIA- “UNINCORPORATED JOIN VENTURE” – NÃO SE FORMA PESSOAJURÍDICA – PERSONALIDADES SEPARADAS, EM QUE USUALMENTEUMA DAS PARTES SEJA RESPONSÁVEL PELA GESTÃO
Fonte: SIAE
AUTOLATINA = FORD E VOLKSWAGEN
BECEL = UNILEVER E PERDIGÃO
NINTENDO = GRADIENTE E ESTRELA
Fonte: SIAE
A.3 SEMELHANÇAS ENTRE A SOCIEDADE EM CONTA DEPARTICIPAÇÃO E AS JOINT VENTURE
- DIFERENÇAS: PERSONIFICAÇÃO, DEFINIÇÃO RÍGIDA DAS REGRAS,SÓCIOS OCULTO E PARTICIPANTES, FORMA DE GESTÃO, PARTICIPAÇÃOFINANCEIRA
- SEMELHANÇAS: PARCERIA EMPRESARIAL, INFORMALIDADE, PRAZONORMALMENTE DETERMINADO
- POSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO DA SOCIEDADE EM CONTA DEPARTICIPAÇÃO COMO SUBESPÉCIE ESPECIAL DA UNINCORPORATEDJOINT VENTURE – ALTERNATIVA DE REVESTIR JOINT VENTURESINTERNACIONAIS ENTRE SOCIEDADES BRASILEIRAS E ESTRANGEIRAS
Fonte: SIAE
B. A CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES
ART. 983 CC SOCIEDADES SIMPLES (qualquer dos tipos)
TIPOS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS (segundo os tipos dos arts. 1039 a 1092 CC):
- SOCIEDADE EM NOME COLETIVO- SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES- SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES- SOCIEDADE LIMITADA- SOCIEDADE ANÔNIMA
ART. 985 CC SOCIEDADES SIMPLES (Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas)
REGISTRO SOCIEDADES EMPRESÁRIAS (Junta Comercial)
Fonte: SIAE
B.1 EFEITOS DA PERSONALIDADE
- Considera-se a sociedade empresária um “sujeito capaz de direitos”;- A sociedade passa a ter individualidade, os sócios com ela não se confundem;- Autonomia patrimonial;- Benefício de ordem;- Possibilidade de modificar a sua estrutura jurídica (alterar o tipo societário).
B.2 DOUTRINA DO “DISREGARD OF LEGAL ENTITY” OUDESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
- Origem no direito anglo-saxão (caso Salomon vs. Salomon & Co. Ltd. - 1897);- DESCONSIDERAR = TORNAR INEFICAZ A PERSONALIDADE;- ART. 50 CC – Análise pelo juiz, acerca da existência dos vícios: FRAUDE E
ABUSO DE DIREITO/DESVIO DE FINALIDADE;- Exemplos na legislação: art. 28 do Código de Defesa do Consumidor, art. 18
da Lei 8.884/94 e art. 4° da Lei dos Crimes Ambientais
Fonte: SIAE
B.2 DOUTRINA DO “DISREGARD OF LEGAL ENTITY” OUDESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – CASO 1
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. INDEFERIMENTO. Adesconsideração da pessoa jurídica é exceção à regra. Em geral, permanece adistinção entre o patrimônio da pessoa jurídica e o de seus sócios. Inexistindoelementos concretos que autorizem a aplicação da teoria e conseqüentecomprometimento dos administradores, é de ser indeferida por ora apretensão. Caso em que, embora tenha ocorrido o encerramento dasatividades comerciais sem o aparente adimplemento do débito, não háprova contundente de que a empresa executada tivesse a intenção defrustrar a satisfação do direito de credores. Ademais, eventual ausência debens penhoráveis não significa necessariamente fraude ou abuso dapersonalidade jurídica (desvio de finalidade ou confusão patrimonial),circunstâncias que, se demonstradas, autorizariam a constrição dos bensparticulares dos sócios. (AI Nº 70035335652, 12a Câm Cív, TJRS, Relator:Orlando Heemann Júnior, Julgado em 12/04/2010)
Fonte: SIAE
B.2 DOUTRINA DO “DISREGARD OF LEGAL ENTITY” OUDESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – CASO 2
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCONSIDERAÇÃO DEPERSONALIDADE JURÍDICA. HIPÓTESE EM QUE SE AFIGURAPOSSÍVEL A SUA ADOÇÃO. A desconsideração da pessoajurídica é de ser utilizada para o fim de coibir que apersonalidade jurídica seja usada como anteparo para a fraudee para a prática de atos ilícitos. Assim, verificando-se que aempresa está sendo utilizada como instrumento para a prática delesão a direito, possível e necessário se apresenta o decreto dadesconsideração, respondendo o sócio com seu patrimônio particularpela obrigação da empresa. AGRAVO PROVIDO. (Agravo deInstrumento Nº 70028527224, Décima Câmara Cível, Tribunal deJustiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado em18/06/2009)
Fonte: SIAE
B.2 DOUTRINA DO “DISREGARD OF LEGAL ENTITY” OUDESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – CASO 2
DEVEDOR HOTEL SÃO LUIZ S/A
- há mais de cinco anos o local sedia a empresa LCC Participações Ltda., nome
fantasia UMBU Hotel, que tem CNPJ e sócios diferentes;
- matrícula do imóvel sede do Hotel, onde consta ser proprietária do imóvel a
Imobiliária Welp (sócios Anarinha Welp e Gustavo Welp – os mesmos sócios do
Hotel São Luiz S/A);
- a proprietária do Hotel São Luiz reside nas dependências do Hotel Umbu,
informou ao oficial de justiça que desde 2001 a empresa não mais existia, sem
sede e sem bens.
A) SITUAÇÃO DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA (sem
honrar os compromissos);
B) “DESAPARECIMENTO” sem deixar quem responda pela empresa;
C) SITUAÇÃO DE INJUSTIÇA com quem zela pelo ordenamento jurídico, com os
credores e com a segurança jurídica;
D) NÍTIDA INTENÇÃO DE FRAUDAR CREDORES EM BENEFÍCIO INDIVIDUAL.
Fonte: SIAE
B.3 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS PERSONIFICADAS
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
HISTÓRIA: Idade Média, composta pelos membros de uma mesmafamília, que usavam uma só assinatura para comerciar.
FORMATO: sociedade de pessoas, em que todos respondem solidária eilimitadamente pelas obrigações que a sociedade não conseguiradimplir, e todos podem usar a firma social.
REGRAS ESPECÍFICAS: a) não podem ser sócios pessoas jurídicas (art.1.039 CC); b) gerência da sociedade apenas pelos sócios (art. 1.042CC); c) aplicação subsidiária das regras das sociedades simples (art.1040 CC)
NOME: Firma/Razão Social, constituída pelo nome de todos os sóciosou alguns deles, nesse caso seguida pela expressão “& Companhia”ou “& Cia.”. = “V. Sebben, D. Santos, W. da Silva & Companhia.”
Fonte: SIAE
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLESHISTÓRIA: Idade Média, deriva do contrato de “COMMENDA”, séc. XII e
XIII, em que pessoas repassavam valores para um comerciante, emseu nome e risco, empreendesse viagem marítima.
FORMATO: uns sócios se obrigam de forma solidária e ilimitada com acompanhia e gerenciam a sociedade, e outros com responsabilidadelimitada às contribuições de capital, sem gerência.
REGRAS ESPECÍFICAS: a) sócios COMANDITADOS (capital e trabalho,assumindo a direção da sociedade) e sócios COMANDITÁRIOS(capitalistas, respondem só pelas cotas, sem ingerência naadministração), art. 1.045 CC; b) aplicação subsidiária das normas dasociedade em nome coletivo (art. 1.046 CC)
NOME: Firma/Razão Social, constituída pelo nome dos sócioscomanditados ou de um deles, nesse caso seguida pela expressão “&Companhia” ou “& Cia.”.
Fonte: SIAE
SOCIEDADE LIMITADA
HISTÓRIA: Inglaterra (“limited by shares”), de 1862, e França (“sociétéà responsabilité limitée”), de 1863, Brasil (“sociedade por quotas deresponsabilidade limitada”, de 1919.
FORMATO: todos os sócios possuem responsabilidade limitada àtotalidade do capital social.
REGRAS ESPECÍFICAS: a) capital social dividido em quotas para cadasócio (art. 1.055); b) é vedada a contribuição apenas com serviços(art. 1055, § 2°); c) rege-se pelas normas da sociedade simples (art.1.053)
NOME: Firma/Razão Social, constituída pelo nome dos sócios ou dealguns deles, nesse caso seguida pela expressão “& Companhia” ou“& Cia.”, ou denominação, em ambos seguidas da expressão“limitada” ou “Ltda.”
Fonte: SIAE
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
FORMATO: duas categorias de acionistas, a dos COMANDITADOS(DIRETORES OU GERENTES) e a dos COMANDITÁRIOS, sendo queaqueles respondem solidária e ilimitadamente, e estes querespondem apenas pelo valor das ações subscritas ou adquiridas.
REGRAS ESPECÍFICAS: a) capital social dividido em ações (art. 1.090);b) rege-se pelas regras das sociedades anônimas (art. 1090) .
NOME: Firma/Razão Social, constituída pelo nome dos acionistascomanditários ou de alguns deles, nesse caso seguida pela expressão“& Companhia” ou “& Cia.”, ou denominação, em ambos seguidas daexpressão “comandita por ações” ou “C/A”
Fonte: SIAE
SOCIEDADE ANÔNIMA
HISTÓRICO: Banco São Jorge (Gênova, 1407), Companhia Holandesadas Índias Orientais (1604), no Brasil havia o regime de autorização.
FORMATO: para grandes empreendimentos, cada acionista éresponsável apenas pelo preço de emissão de suas próprias ações(responsabilidade limitada).
REGRAS ESPECÍFICAS: a) capital social dividido em ações; b) rege-sepela Lei 6.404/76; c) é administrada por diversos órgãos(Assembléias Gerais e Especiais, Diretoria, Conselho deAdministração e Conselho Fiscal) .
NOME: denominação, seguida da expressão “S/A” ou antecedido daexpressão “Companhia” ou “Cia”.
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