Historia da Arte II - Aula 02

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Aula de História da Arte II - Renascimento

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RENASCIMENTO

Da Idade Média ao Renascimento podemos reconhecer uma passagem do pensamento medieval para o

Humanismo. A frase de Shakespeare “Que obra de arte é o homem” é um marco da mudança de visão do

mundo. Na Idade Média havia a relação Deus-Homem que no Renascimento foi substituída por Homem-

Natureza.

HUMANISMO – O Humanismo Renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a ideia de "o

homem ser o centro do pensamento filosófico", ao contrário do teocentrismo, a ideia de "Deus no centro do

pensamento filosófico". O antropocentrismo surgiu a partir do renascimento cultural.

Origem – por volta de 1330 com o poeta Petrarca

Individualismo e humanismo eram características comportamentais de

todas as artes.

Antes, as artes visuais eram consideradas artes mecânicas, simples

artesanato. Agora, no Renascimento, com a importância dada ao artista como

indivíduo pensante, as artes visuais tornam-se ‘artes liberais’, importante na

formação de um cavalheiro.

“A arte é coisa mental” – Leonardo Da Vinci

Giotto passa a assinar suas obras – muda a concepção de pintura.

Florença / berço da Renascença

Perspectiva

O matemático grego Euclides elaborou os primeiros estudos sobre perspectiva, em 320a.c. ele pensava que as imagens eram formadas por um feixe de raios de forma cônicaemitidos pelo olho humano.

Já o matemático árabe Alhazen desenvolveu outra teoria, que defende que a visãohumana capta os reflexos dos raios de luz refletidos pelos objetos.

Com o cristianismo, o conhecimento grego foi escondido, mas o Imperio Bizantinomanteve os estudos de Alhazen durante a idade média. Traduziu-se para o latin, o quecontribuiu muito para o desenvolvimento da perspectiva no início do Renascimento.

O arquiteto Fillipo Brunelleschi desenvolveu o estudo da perspectiva linear. Todas aslinhas em um plano, numa perspectiva, convergiam para um mesmo ponto. A esseponto denominou-se ponto de fuga. Assim, simulamos a tridimensionalidade no plano.

Uma das primeiras pinturas a usar essa matemática foi o

afresco de Masaccio ‘A Santíssima Trindade’ afresco na

igreja de Santa Maria Novella em Florença.

A obra apresenta três planos: no superior, a

Santíssima Trindade; no plano médio, a Virgem

(a única a olhar para o espectador) e São João;

no plano inferior, os doadores da obra, membros

da Família Lenzi. Na base, o esqueleto, que

representa todos os seres humanos, com uma

inscrição: "Fui outrora o que você é, e sou aquilo

em que você se transformará.".

Proporção Áurea

Também foram os gregos que elaboraram o conceito de proporção áurea.

Descobriram que a divisão de um segmento de reta em duas partes tais que a

proporção entre elas fosse a mais harmoniosa, seria o número 1,6188.

Quem utilizou largamente essa proporção foi o escultor Fídias, responsável pela

construção do Parthenon.

O retângulo cuja a relação entre os lados segue a razão áurea recebeu o nome de

Phi.

Também Leonardo Da Vinci utilizou esses conceitos em suas pinturas. O retrato da

Mona Lisa segue rigorosamente as proporções áureas.

Mona Lisa -

Leonardo Da

Vinci (1452

– 1519)

Mona Lisa -

Leonardo Da

Vinci (1452 –

1519)

Esquema de

proporções

Mona Lisa -

Leonardo Da

Vinci (1452 –

1519)

Esquema de

proporções

m – menor

M – maior

T – totalidade (o

todo)

A última Ceia (afresco do convento de Santa Maria Delle Grazie Milão) Leonardo Da Vinci

A última Ceia (afresco do convento de Santa Maria Delle Grazie Milão) Leonardo Da Vinci

esquema de proporções.

Crucificação – Antonello da Messina (1430-1479)

Crucificação – Antonello da Messina - esquema de proporções.

Estela

funerária de

Hégeso –

Arte Grega

Séc. V a. C.

Estela

funerária de

Hégeso –

Arte Grega

Séc. V a. C.

Esquema de

proporções

A chegada da primavera – Sandro Bitticelle (1444 - !510) - esquema de proporções.

Encontro de Joaquin e Ana no portal de ouro – Giotto di Bondone (1266– 1336) -

Encontro de Joaquin e Ana no portal de ouro – Giotto di Bondone (1266– 1336) -

esquema de proporções.

A procissão de San Marco – Gentile Bellini (1429 – 1501).

A procissão de San Marco – Gentile Bellini (1429 – 1501) - esquema de proporções.

Cristo Morto – Mantegna

The Tribute Money - Masaccio, 1420. Afresco. Capela Brancacci, Florença

Auto retrato – Dürrer

Ressurreição de Cristo – Piero Della Francesca

Oração à N. Srª da Anunciação – Fra Angelico

Madona do rochedo – Leonardo Da Vinci

Batismo

de Cristo

–Verrochio

Batalha de São Romão – Paollo de Uccello

A cidade ideal – Piero della Francesca

Criação do Homem – Michelângelo

O jardim das delícias – Hieronymus Bosch

Anunciação –Donatello

São Jorge e o dragão – Paollo Ucello

Humanismo

Visão do mundo onde o Homem é a medida de tudo.

Passagem da Idade Média, quando imperava o Teocentrismo, para

o Renascimento, quando renasce o pensamento clássico greco-

romano e o as sociedades ocidentais defendem o

Antropocentrismo.

Transição para o Renascimento

Giotto di Bond Afresco em oni, "A Lamentação" (1305)

Lamentação realizado entre 1303 e 1310 – Afresco em Capella

degli Scrovegni, também chamada Capela Arena, em Pádua.

Capela Arena ou Capela Strovegni

Giotto realizou vários

afrescos na capela. Curiosa

é a representação da

Estrela de Belém na pintura

Adoração dos Magos, em

que aparece ela semelhante

a um cometa.

Giotto viu o Cometa Halley

em sua aparição em 1301

no céu italiano e é bem

provável que esse objeto

astronômico tenha

influenciado a estrela da

Adoração.

Redescoberta da perspectiva

Masaccio, “A Santíssima Trindade”, 1426-27

1427

Rafael Sanzio, Escola de Atenas, 1506-1510

Federico Da Montefeltro e sua esposa – Piero della Francesca

Michelangelo, Pietá, 1498

O Casal Arnolfini do

pintor flamengo Jan

van Eick, pintado em

1434. A obra exibe o

então rico

comerciante Giovanni

Arnolfini e sua esposa

Giovanna Cenami.

Michelangelo, “David”, 1504

Bernini, “David”, 1504

Bernini, “David”, 1504

Bernini, “David”, 1624