Mineração no Brasil Colonial

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A Mineração no Brasil Colonial

Profª Talita.E. E.Dr. Delfim Moreira

DESCOBERTA DO OURO

A realização do velho sonho português

Pepita de Ouro

Primeiras DescobertasEm meados do século XVII

Portugal vivia uma crise econômica devido à queda internacional do preço do açúcar.

Entre 1693 e 1695 os bandeirantes paulistas encontram os primeiros vestígios de ouro de aluvião.

Escravos africanos especialistas na mineração foram utilizados na exploração do ouro.

Extração do ouro de aluvião

Utilização da bateia nos dias de hoje

Utilização da bateia durante o “ciclo do ouro”

A EXPLORAÇÃO DAS JAZIDAS Havia duas formas de extração aurífera: a lavra e a faiscação.

As lavras eram empresas que, dispondo de ferramentas especializadas, executavam a extração aurífera em grandes jazidas, utilizando mão-de-obra de escravos africanos. O trabalho livre era insignificante e o índio não era empregado. A lavra foi o tipo de extração mais frequente na fase áurea da mineração, quando ainda existia recurso e produção abundantes, o que tornou possível grandes empreendimentos e obras na região.

A faiscação era a pequena extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, um homem livre de poucos recursos que excepcionalmente poderia contar com alguns ajudantes. No mundo do garimpo o faiscador é considerado um nômade, reunindo-se às vezes em grande número, num local franqueado a todos. Poderiam ainda ser escravos que, se encontrassem uma quantidade muito significativa de ouro, ganhariam a alforria.

Povoamento do SertãoCorrida do ouro – tanto colonos quanto reinóis.

Rápido surgimento de cidades como Vila Rica (Ouro Preto), Ribeirão do Carmo (Mariana), São João del Rei e Sabará.

População da região de Minas Gerais alcança 15% do total de habitantes no Brasil no “século do ouro”.

REGIÕES ONDE FORAM ENCONTRADOS OURO E DIAMANTES NO BRASIL COLÔNIA

ADMINISTRAÇÃO DAS MINAS

O controle da exploração pela Coroa

Intendência das MinasPrincipal órgão administrativo

português, a Intendência das Minas, criada em 1702, era responsável por:◦Distribuir datas (lotes) para a exploração do ouro;

◦Fiscalizar a atividade mineradora;

◦Julgar questões referentes ao desenvolvimento dessa atividade;

◦Cobrar impostos (20%, ou 1/5) pela exploração das jazidas.

Primeira Intendência de Minas Gerais - Mariana

Intendência e Casa de Fundição de Sabará - MG

Casas de FundiçãoA circulação do ouro em pó ou em pepitas

dificultava a cobrança do quinto e facilitava o contrabando.

Para acabar com esse problema, foram criadas, por volta de 1720, as casas de fundição.◦ Ali o ouro era transformado em barras e recebia

o selo real, o que comprovava que o imposto havia sido recolhido.

Quem fosse encontrado com ouro em pó, em pepitas ou em barras não quintadas poderia perder todos os seus bens e até ser condenado ao degredo.

Forno e balança de antiga casa de fundição

Barras de ouro quintado

Santos do pau oco

Intendência dos Diamantes Foram encontradas jazidas de diamantes (1729) no

Arraial do Tijuco (atual Diamantina). Como era difícil controlar o contrabando e a

cobrança de impostos sobre os diamantes, a Coroa decidiu, em 1739, entregar a extração a particulares, mediante um contrato. O contratador deveria entregar a parte relativa à Coroa.

A partir de 1771, porém, a Coroa assumiu diretamente a exploração diamantina, através da Intendência dos Diamantes.

◦ Tal órgão tinha amplos poderes sobre a população de Diamantina, podendo mesmo controlar quem entrava e saía do distrito.

Calcula-se que foram encontrados cerca de 160 kg de diamantes entre 1730 e 1830 em Minas Gerais.

LAVAGEM DE DIAMANTES EM SERRO FRIO, MG, POR CARLOS JULIÃO, C. 1770

Comboio de Diamantes de Minas para o Rio de Janeiro