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REFORMA POLÍTICA: HISTÓRICO E PRINCIPAIS PROPOSTAS

Prof. Murilo Cisalpino - Atualidades

Como surgiu a Proposta de Reforma Política?

. A Proposta de uma Reforma Política surgiu há 20 anos no Governo Fernando Henrique Cardoso

. Na época, discutiam-se diversas reformas, com o objetivo de “modernizar” algumas instituições brasileiras que não tiveram “clima político” para serem debatidas na Constituinte de 1986-88

Exemplos: - Reforma Previdenciaria - Reforma Tributária - Reforma Sindical - Reforma Trabalhista - Reforma do Código Penal - Reforma Política> Algumas dessas reformas foram iniciadas no governo FHC e concluidas,

ainda que parcialmente, nos governos seguintes; outras ainda estão em andamento.

A REFORMA POLÍTICA

. A proposta foi retomada no Governo Lula, com maior intensidade há época do “Mensalão”.

. O governo tentava justificar o episódio afirmando que era a estrutura política do país, especialmente a forma de financiamento de campanhas políticas, o responsável pelo problema.

. No segundo mandato do pres. Luís Inácio, as dificuldades de acordo político sobre o tema e as dificuldades econômicas com a Crise de 2008, a Reforma ficou em segundo plano

. A candidata do PT à presidência em 2010, propôs a retomada da Reforma Política em seu futuro governo

. Entretanto, a falta de um acordo entre a proposta do governo, a proposta do partido da presidente e os interesses da base governista dificultaram a tramitação no Congresso Nacional

. Em 2013, o governo retomou a ideia, alegando que era uma das reivindicações “das ruas” - levantadas pelos movimentos de junho.

A REFORMA POLÍTICA

. A Proposta de Reforma Política apresentada pelo governo desagradou à base governista, à oposição e esbarrou em questões legais

. Governo propôs uma Reforma por uma Constituinte Exclusiva e aprovada por Plebiscito cujo conteúdo seria válido já para as eleições de 2014.

. O TSE vetou o plebiscito, por ser de competência do Congresso Nacional e não da presidência da República. E o Congresso Nacional rejeitou a ideia de uma Constituinte Exclusiva, pelos custos e por implicar na perda de poder por parte do Congresso Nacional.

. Também avaliaram que não haveria tempo hábil para que uma possível Reforma valesse para as eleições de 2014.

A REFORMA POLÍTICA

Qual a situação da Reforma hoje?

. Proposta do PT e alguns movimentos sociais: Reforma por Constituinte Exclusiva e Plebiscito

. Proposta do Governo: Reforma feita pelo Congresso e aprovada por plebiscito

. Proposta do PMDB e outros partidos de situação e de oposição: Reforma feita pelo Congresso com referendo popular.

Obs: A eleição de Eduardo Cunha, no início de janeiro, foi uma derrota dura para o governo também nesta questão, já que reforçou a tese do PMDB e da oposição.

EDUARDO CUNHA ATROPELA O PT E O PLANALTO

- Presidente da Câmara colocou em votação na Câmara a formação de um Grupo Especial Parlamentar para Reforma Política contra a vontade do governo e do PT

- Grupo foi aprovado e formado. O PT não ficou com nenhum cargo importante no grupo. E a oposição ficou com a relatoria, segundo cargo mais importante.

Principais Pontos da Reforma

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA:

- Como é Hoje:- Sistema Misto. Existe um fundo partidário, gerido pelo Estado. Cada partido, com

representação no Congresso, recebe parte desse fundo, anualmente, proporcionalmente a essa representação. Quanto maior o número, maior a participação.

Cada partido com representação também tem direito a tempo de TV e rádio, no horário eleitoral, proporcional à representação

Comitês de campanha e partidos políticos podem receber doações de pessoas físicas e jurídicas

TSE – ATUALIZAÇÃO PARA ELEIÇÕES 2014

Todos os candidatos, partidos políticos e/ou coligações podem receber doações de pessoas físicas e jurídicas para utilização nas campanhas eleitorais.

Estas doações poderão ser feitas mediante: a) depósitos em espécie, devidamente identificados; b) cheques cruzados e nominais; c) trasnferências bancárias; ou d) bens e serviços estimáveis em dinheiro.

A lei eleitoral estabeleceu limites de valores para estas doações, de modo que:

- pessoas físicas poderão doar até 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior ao da eleição. Há uma exeção, que são as doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor da doação não ultrapasse R$ 50.000,00. Estas doações estimáveis não entram no cômputo deste limite de 10% dos rendimentos do ano anterior.;

- pessoas jurídicas poderão doar até 2% (dois por cento) do faturamento bruto do ano anterior ao da eleição;

Proposta em Discussão

1. Grupo de Trabalho liderado pelo PMDB e parte da oposição propõe a manutenção do Financiamento Misto, como está, estabelecendo-se apenas um teto para doações e limitando doações de pessoas físicas a candidatos e pessoas jurídicas a partidos

2. PT : defende financiamento exclusivamente público3. Governo: defende financiamento público mas aceita a negociar

manutenção das doações de empresas para um Fundo Nacional4. Outras propostas: Financiamento exclusivamente privado de

campanha. Empresas não podem doar. Doam somente pessoas físicas diretamente aos candidatos, não aos partidos. Comitês de Campanha ficam obrigados a declarar todas as doações e os nomes dos doadores. Haveria um teto para essas doações.

VOTO

.OBRIGATÓRIO OU FACULTATIVO?

PT e a base governista defendem manutenção do Voto Obrigatório. PSDB e o Democratas não tem posição partidária fechada sobre o assunto. Os parlamentares desses partidos poderão votar nesse tema como quiserem. Outros partidos de oposição defendem Voto Facultativo

Mudanças no Processo Eleitoral do Legislativo

Essa discussão, que já foi forte, hoje ganha contornos periféricos, mas pode vir a se reacender.

Alguns partidos defendem o VOTO DISTRITAL PURO, e o VOTO DISTRITAL MISTO, que poderiam diminuir os gastos eleitorais e ampliar o comprometimento do deputado com seu eleitorada.

Essa posição é defendida, historicamente, pelo PSDB, mas não conta com muito apoio nem na oposição, nem no bloco governista, até o momento.

Acredta-se que, se houverem mudanças na forma de financiamento de campanha ou de formação de lista de candidatos, essa discussão possa voltar a ser importante.

MANDATOS POLÍTICOS

Reeleição ou Não Para Cargos Executivos:

PT e o governo não tem posição definida sobre o assunto.

PMDB defende, majoritariamente, o fim da Reeleição para cargos executivos, Mandato de Cinco anos

PSDB – Idem

Mandato Presidencial: Proposta de Cinco anos sem reeleição, apoiada pelo PMDB, pelo PSDB, DEM e outros partidos de oposição. O governo e o PT não tem questão fechada sobre o assunto, já que ele divide a bancada governista

ELEIÇÕES

HOJE: a cada dois anos. Uma para presidência, governadores e congresso e assembléias, outra para prefeitos e vereadores

Governo e Oposição defendem unificação das eleições> Setores Minoritários: defendem eleições para executivo e legislativos

em momentos diferentes. Principais Argumentos Pró e Contra:Pró-unificação: menos gastos do TSE e órgãos envolvidos, montagem

da estrutura administrativa completa para o período de governo. Essa adaptação implicaria em “mandatos tampões”, estendidos em dois anos, para adaptação necessária

Contra: eleitor perde a oportunidade de mudar o legislativo e impedir monopólio político de um governo que não esteja satisfatório