Seminario nao lugares o proximo e o distante_ lugar antropologico marc auge _ katia 23 04 12

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTESRelações Públicas, Propaganda e Turismo

Pós-Graduação em Ciências da Comunicação 

SEMINÁRIO – MARC AUGÉ· Cyro Couto· Daniela Ferreira de Oliveira· Emiliana Pomarico Ribeiro· João de Deus Dias Neto· Katia Valente- Margarete de Moraes 23/04/2012

 Não Lugares Introdução a uma antropologia da supermodernidadeCap: O próximo distante / O lugar antropológico

Orientação: prof. Dr. Paulo Nassar

NÃO LUGARES

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MARC AUGÉ

MARC AUGÉ

• Etnólogo, coordenador de pesquisas na École de Hautes Études em Sciences Sociales (EHESS), que presidiu entre 1985/1995

• Obras traduzidas no Brasil: A guerra dos sonhos: Exercícios de etnoficção (1998) e Por uma antropologia dos mundos contemporâneos (1997)

• Criador do conceito de “não lugar”

“Não Lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade”

Lançado no Brasil pela Editora Papirus em 1994.

Tão longe, tão perto…

O tema “antropologiado próximo” é cadavez mais comum (Europa). Aeroporto de Guarulhos

Augé: “A antropologia sempre foi uma antropologia do aqui e do agora”

O Etnólogo

• O Etnólogo é aquele que se encontra em algum lugar e que descreve aquilo que observa naquele mesmo momento

• Toda Etnologia supõe um testemunho direto de uma atualidade presente

• O que afasta o Etnólogo da observação direta do campo o afasta da Antropologia

Etnologia/História

Etnologia não é História

Mas o antropólogo deve ter interesses históricos

“Historiadores que têm interesses antropológicos não fazem antropologia” (Augé)

Muito embora isso não o transforme em um historiador!

O aqui

O “aqui” europeu, ocidental, se coloca em oposição ao “distante” (o resto do mundo)

Augé afirma que a etnologia da Europa pode pretender o mesmo grau de sofisticação, complexidade e conceitualização que a etnologia das sociedades distantes

O aqui

• Augé se pergunta se os fatos, as instituições, os modos de reagrupamento (de trabalho, de lazer, de residência), os modos de circulação específicos do mundo contemporâneo são passíveis de um olhar antropológico

• A importância de apreender a vida social (o trabalho assalariado, a empresa, o esporte-espetáculo, a mídia...), cada vez mais importantes.

O aqui

“Não é a Europa que está em questão, mas a contemporaneidade”

O mundo moderno como como objeto de observação etnológica (Lévi-Strauss)

Indo a campo

• O Etnólogo em Campo:

• Delimitar os limites do grupo de estudo• Definição do método• Necessidade de contato efetivo• Representatividade do grupo escolhido

“A atividade do etnólogo de campo é, desde o início, uma atividade de agrimensor do social, de manipulador de escalas, de comparatista”

Indo a campo

• A vantagem de trabalhar sobre o presente é que o etnólogo pode sempre avaliar e reavaliar a representatividade do grupo que está estudando

Indo a campo

• A respeito da contemporaneidade, a questão não está em saber se e como se pode pesquisar num grande conjunto (empresa, por ex.). O importante é saber se há aspectos da vida social tão relevantes do ponto de vista antropológico, como objeto, quanto o são questões como parentesco, dote, casta, na antropologia do distante.

A busca da “diferença”

• Historiadores: enfatizam temas antropológicos: família, vida, privada, lugares de memória gosto do público por formas antigas.

• • O que buscamos, na acumulação de testemunhos,

documentos, etc???• Nossa diferença + o brilho súbito de uma identidade

inencontrável! – Pierre Nora.• • Sartre & Marx -> desaparecimento das referências no pós-

guerra.

Aceleração da História

• A história de acelera – nossa história individual pertence à história.

• • O fenômeno da “superabundância” fatual – só pode ser

apreciado pela superabundância de nossa informação.• François Furet – “Revolução” – re-evoluir (nova modalidade

de ação histórica• • Aceleração da história: fatos não previstos pelos

historiadores, sociólogos, economistas etc.• • A natureza antropológica da densidade fatual ameaça

suprimir todo e qualquer significado.

Revolução

Dinâmica da Revolução:“... que poderemos chamar de política, ideológica

ou cultural, para dizer que seu poder multiplicado de mobilização dos homens e de ação sobre as coisas passa por um superinvestimento de sentido” - (Furet pg. 39 )

Demanda Positiva de Sentido

• Supermodernidade: “o excesso“.• - Mais expectativa de vida (hoje quatro

gerações podem coexistir): mudanças práticas na ordem da vida social.

• Porém: mais memória coletiva, genealógica e histórica.

• Supermodernidade: cara / Pós-modernidade: coroa

• Demanda Positiva de Sentido: ideal democrático

• Espaço em excesso: encolhimento do Planeta.• Superabundância espacial funciona como uma

“isca”: universos simbólicos e fictícios.

Inteligência dos espaçosDe acordo com Marc Augé, “não lugares” sãotanto as instalações necessárias à circulação acelerada das pessoas e bens (via expressas, trevos rodoviários, aeroportos) quanto os próprios meios de transporte”

• Consideráveis Modificações física

• Concentrações urbanas

• Transferência de população

Já na visão sociológica de Mauss – “cultura” localizada no “tempo” e “ espaço”

Temos que descentralizar o nosso “olhar

Reaprender a pensar no espaço na situaçãode supermodernidade

O indivíduo retoma ao passado para explicar suanarrativa do presente (Ego ) para a sua representação de mundo / individualização das referências

Como pensar em situar o indivíduo na sociedade supermoderna? (corrente culturalista)

Alienação necessário do homem (Freud e Lévi- Strauss)

Tripé que pauta a supermodernidade

Mudanças rápidas que afetam a identidade e referências

Superabundância factual

Superabundância espacial

Individualização das referências

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS