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Antero de Quental

FASE LUMINOSA

- Sonetos otimistas

- Presença da Razão

- Racionalidade confiante

- Romantismo humanitarista

- Crença na luta por uma sociedade

melhor

Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada no ano de 1842 e viria a morrer em 1881

FASE OBSCURA

- Sonetos pessimistas

-desencanto, angústia, dor e

frustração

- Interiorização reflexiva

- Inquietação filosófica e

desassossego

CARACTERÍSTICAS DA POESIA

Antero de Quental Razão, irmã do Amor e da Justiça, Mais uma vez escuta a minha prece, É a voz dum coração que te apetece, Duma alma livre, só a ti submissa. Por ti é que a poeira movediça De astros e sóis e mundos permanece; E é por ti que a virtude prevalece, E a flor do heroísmo medra e viça. Por ti, na arena trágica, as nações Buscam a liberdade, entre clarões; E os que olham o futuro e cismam, mudos, Por ti, podem sofrer e não se abatem, Mãe de filhos robustos, que combatem Tendo o teu nome escrito em seus escudos

Exaltação à Razão

•Só será possível atingir o Bem, a Liberdade, a Virtude, em suma, a Justiça, se a Razão e Amor caminharem lado a lado

Almeida Garrett

- Erotismo

- Tom íntimo, de confidência

pessoal

- Individualismo exacerbado

João Batista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nasceu no Porto em 1799. Foi um poeta oitocentista. Faleceu em 1854 na cidade de

Lisboa.

CARACTERÍSTICAS DA POESIA

Este Inferno de Amar

- O Amor e a confissão dos sentimentos contraditórios do sujeito poético em relação à amada.

TEMA

Este inferno de amar – como eu amo!Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?Esta chama que alenta e consome,Que é vida – e que a vida destrói.Como é que se veio atear,Quando – ai se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,A outra vida que dantes viviEra um sonho talvez… foi um sonho.Em que a paz tão serena a dormi!Oh! Que doce era aquele olhar…Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formosoEu passei… Dava o Sol tanta luz!E os meus olhos que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus.Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;Mas nessa hora a viver comecei…Vim cumprir o meu destino...Vim, que em ti só sei viver,Só por ti posso morrer.

Camilo Pessanha

- Pessimismo- Simbolismo- - Perceção intuitiva da realidade- - Aproximação da poesia à música- Visão do mundo marcada pela ótica da

ilusão e da dor

Nasceu a 7 de setembro de 1867, em Coimbra.Faleceu a 1 de março de 1826, na China.

CARACTERÍSTICAS DA POESIA

Imagens que passais pela retina

•A sensibilidade visual•Vontade de morrer, devido à perda das imagens

TEMA

Imagens que passais pela retina Dos meus olhos, porque não vos fixais? Que passais como a água cristalina Por uma fonte para nunca mais!...

Ou para o lago escuro onde termina Vosso curso, silente de juncais, E o vago medo angustioso domina,— Porque ides sem mim, não me levais?

Sem vós o que são os meus olhos abertos?— O espelho inútil, meus olhos pagãos! Aridez de sucessivos desertos...

Fica, sequer, sombra das minhas mãos,Flexão casual de meus dedos incertos,— Estranha sombra em movimentos vãos.

Cesário Verde

- Erotismo

João

CARACTERÍSTICAS DA POESIA

Num Bairro Moderno

Dez horas da manhã; os transparentes Matizam uma casa apalaçada; Pelos jardins estancam-se as nascentes, E fere a vista, com brancuras quentes, A larga macadamizada. 

Como é saudável ter o seu conchego, E a sua vida fácil! Eu descia, Sem muita pressa, para o meu emprego, Aonde agora quase sempre chego Com as tonturas duma apoplexia. 

E rota, pequenina, azafamada, Notei de costas uma rapariga, Que no xadrez marmóreo duma escada, Como um retalho de horta aglomerada, Pousara, ajoelhando, a sua giga.   E eu, apesar do sol, examinei-a; Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos; E abre-se-lhe o algodão azul da meia, Se ela se curva, esguedelhada, feia E pendurando os seus bracinhos brancos.  

Do patamar responde-lhe um criado: "Se te convém, despacha; não converses. Eu não dou mais." E muito descansado, Atira um cobre ignóbil oxidado, Que vem bater nas faces duns alperces.

Subitamente - que visão de artista! - Se eu transformasse os simples vegetais, À luz do Sol, o intenso colorista; Num ser humano que se mova e exista Cheio de belas proporções carnais?!  

O Sol dourava o céu. E a regateira, Como vendera a sua fresca alface E dera o ramo de hortelã que cheira, Voltando-se, gritou-me prazenteira: " Não passa mais ninguém! ... Se me ajudasse?! ..."   Eu acerquei-me dela, sem desprezo; E, pelas duas asas a quebrar, Nós levantámos todo aquele peso Que ao chão de pedra resistia preso, Com um enorme esforço muscular.  "Muito obrigada! Deus lhe dê saúde!" E recebi, naquela despedida, As forças, a alegria, a plenitude, Que brotam dum excesso de virtude Ou duma digestão desconhecida. 

Num Bairro ModernoMilady, é perigoso contemplá-la, Quando passa aromática e normal, Com seu tipo tão nobre e tão de sala, Com seus gestos de neve e de metal.

Em si tudo me atrai como um tesouro: O seu ar pensativo e senhoril, A sua voz que tem um timbre de ouro E o seu nevado e lúcido perfil!

Ah! Como me estonteia e me fascina... E é, na graça distinta do seu porte, Como a Moda supérflua e feminina, E tão alta e serena como a Morte!...

Eu ontem encontrei-a, quando vinha, Britânica, e fazendo-me assombrar; Grande dama fatal, sempre sozinha, E com firmeza e música no andar!

O seu olhar possui, num jogo ardente, Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo; Como um florete, fere agudamente, E afaga como o pêlo dum regalo!

Mas cuidado, milady, não se afoite, Que hão de acabar os bárbaros reais; E os povos humilhados, pela noite, Para a vingança aguçam os punhais.

E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas, Sob o cetim do Azul e as andorinhas, Eu hei-de ver errar, alucinadas, E arrastando farrapos - as rainhas!

Tema Mulher fatal e citadina, Milady, que atrai o sujeito poético

António Nobre

• Narcisismo excessivo• Temas mórbidos ou lúgubres• Tom pessimista e melancólico• Conjugação da biografia

pessoal com a história coletiva• Evocação pela memória

António Pereira Nobre, nasceu no Porto, em 1867 e morreu em 1900, na Foz do Douro, com apenas 33 anos, vítima de Tuberculose.

CARACTERÍSTICAS DA POESIA

O Doido e a MorteRaúl Brandão 1867-

1930

- Misto de Farsa e tragédia

em que a loucura significa

excesso de lucidez perante

a injustiça do mundo e é

um modelo de concisão e

eficácia cénica.

- Este teatro merece ser

chamado existencial.

Poetas Oitocentistas

Amor de Perdição Amor de Perdição é o título de uma novela portuguesa de Camilo Castelo

Branco, escrita em 1861. É o mais famoso romance do autor, e um dos expoentes do romantismo em Portugal.

Cartas entre Simão e Teresa• Declarações de amor entre os

jovens • Única maneira que tinham para

se comunicar • Informar o amado do que

estava a acontecer • A esperança de uma vida em

conjunto

Cartas entre Simão e TeresaPrimeiro bilhete, entregue pela mendiga, Viseu

•1º bilhete----pág 28Ainda em Viseu, Teresa descobre da luta entre simão e os “moços de Baltazar”

•2ª carta Teresa--- pág 72Teresa já se encontra no convento de Viseu

•3ª carta Teresa---Simão planeia libertar Teresa do convento, Viseu

•4ª carta –Simão ---pág 83

Teresa critica o convento de viseu

•5ª carta Teresa---pág 92Teresa expressa o seu desgosto, face à possibilidade de jurar os votos

•6ª carta Teresa--- pág 93Simão perde a esperança e aceita a morte

•7ª carta Simão--- pág. 103

Teresa já no convento do Porto, aceita também a morte

•8ª carta Teresa----pág. 131 Simão, a caminho do Porto, ganhas novas esperanças e incentiva Teresa a sobreviver

•9ª carta Simão---pág 133Simão, na cadeia, chora pelo destino de Teresa

•10ª carta Simão– pág 143Teresa pede a simão que este não vá para o degredo e aceite dez anos de prisão

•11ªcarta de Teresa—pag 171

Cartas entre Simão e TeresaSimão recusa o pedido de Tereza, mas pede-lhe que viva

•12ªcarta de simão– pag172Teresa pede a Simão que viva, uma vez que esta não aguenta mais

•13ªcarta de Teresa– pag 173Despedida de Teresa e anuncio da sua morte

•15ªcarta de teresa– pag183

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