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“A arte sempre foi isto -
interrogação pura, questão
retórica sem a retórica - embora
se diga que aparece pela realidade
social.”
(Samuel Becket)
Biografia
• Samuel Beckett nasceu em 13 e abril de
1906 em Dublim (mesma cidade onde
nasceu Oscar Wild e Bernard Shaw), na
Irlanda;
• Nasceu numa família de protestantes de
classe média;
• Aos 14 anos passa a estudar em um
tradicional internato anglo-irlandês, o
Portora Royal School¹, demonstrando
desde já bom desempenho acadêmico.
• Em 1923, Beckett sai do Portora e
entra no Trinity College²,
graduando-se em Literatura
Moderna com especialização em
francês e italiano em 1927.
• Em 1928 passa uma temporada
lecionando na Ecole Normale em
Paris. Lá conhece James Joyce³,
um poeta modernista muito também
originário da Irlanda que o
influenciará bastante e com quem
serão gastas horas de discussões e
silêncios.
• Em 1930, volta a Dublim para assumir o
cargo de assistente do professor de
Líguas Neolatinas no Trinity College.
• 1931 ganha um concurso de poemas
sobre o tempo; é a primeira obra
individual publicada de Beckett.
• Após quatro períodos letivos lecionando
no Trinity College abandona a carreira e
decide se dedicar à sua vida como
escritor, passando a viver de “bicos”,
sempre mudando de cidade.
• Volta a Paris em 1938.
Primeira produção individual de Beckett a ser
publicada. Poema que venceu o concurso de
poemas sobre o tempo.
• Em 1939 com o início da Segunda
Guerra faz parte da resistência francesa
contra o regime nazista.
• Após a Segunda Guerra, Beckett
escreve uma série de romances,
novelas e peças que tratam sobre a
solidão e incomunicabilidade humana, o
tempo, o fracasso, a espera, o silêncio.
Essa é a época mais produtiva de sua
vida como escritor.
Obra (Teatro)
• A primeira peça escrita por Beckett foi Eleutheria, em 1947 (com nenhuma montagem realizada até hoje).
• Revoluciona a linguagem teatral com a peça Esperando Godot (En attendant Godot), escrita em 1948 e publicada em 1953. É a sua obra mais conhecida e montada.
• Em 1957 escreve Fim de Partida (Fin de Partie), outra de suas importantes obras.
• Por conta da estética, conteúdo e linguagem das peças de Beckett, o crítico Martin Esslinconvencionou chamar esse tipo de teatro pós-modernista de vanguarda no pós-guerra de Teatro do Absurdo.
Fernando Torres e Fernanda Montenegro na montagem de
"Dias Felizes" dirigida por Jacqueline Laurence em 1996
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