Controle biológico no Brasil

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Controle biológico no Brasilsituação atual e perspectivas

José Roberto Postali ParraDepto. Entomologia e Acarologia

USP/Esalq

O Brasil é líder na

Agricultura Tropical,

com uma tecnologia

própria

Neves et al. (2005)

Produção de grãos 2013/2014

193 milhões de toneladas

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

450.000

Área usada Área agricultável não utilizada

Áre

a (

ha

)

76 milhões ha

851 milhões ha

Extensão territorial do Brasil

22%da área agrícola

Área não agrícola

56%

Pastagens26%

Área agrícola9%

Área agrícola não utilizada

9%

APPsCidades

Norman Borlaug“pai da Revolução Verde”Prêmio Nobel da Paz - 1970

Fonte: dados da ANDA/CONAB/IBGE, * 2012 estimativas da RC Consultores – Fertilizantes, CONAB/IBGE – Área & Produção

1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DOS GRÃOS E DA ÁREA CULTIVADA NO BRASIL

Área plantada (mi ha)

Produção de grãos (mi t)

“Aumentar a produtividade

levando-se em conta a qualidade

de processos e produtos, sem

degradação ambiental, e, se

possível, de uma forma

sustentável”

DESAFIO DO NOVO MODELOtecnológico

MIPFeromônios

Parasi

toid

es

Pre

dadore

s

Pató

gen

os

Parra (2014)Scientia Agrícola, 71:5, 420-429, 2014

NE

NC

ND

“Despite three decades of

research, there is very little “I”

in IPM. It is time to start over

with an achievable goal”

Ehler e Bottrell (2000)

MUNDO (EUA)

Formulado como política nacional (governo

Nixon).

Presidente Carter nomeou um Comitê para

coordenar a implementação do IPM (MIP).

USDA, EPA e FDA estabeleceram que 75%

da área plantada nos EUA deveria estar

utilizando o MIP em 2000.

da área utiliza MIP

(controle supervisionado e não MIP na

acepção da palavra).

EUA – IPM (MIP)

Por outro lado, a

agricultura brasileira é

“perversa” para a

utilização de controle

biológico

pouco conhecida

pouco exploradae utilizada

Temos características edáficas e climáticas favoráveis. As pragas têm gerações sucessivas e dão uma perda de

Oliveira et al. (2012)

BIODIVERSIDADE NO BRASIL

A despeito da nossa biodiversidade, há necessidade de se fazer, com o controle biológico, o mesmo que foi feito com a nossa agricultura, ou seja, desenvolver uma tecnologia própria.

CONTROLE BIOLÓGICO

1997

2000

2009

20021998

1998

2006

2006

2006

2008

2012

2009

2010

2011

até metade dos anos 60

Kogan (1998)

PERÍODO NEGRO DO CONTROLE DE PRAGAS

(agroquímicos)

US$9,7 bilhões/ano

2013US$4,6 bilhões - inseticidas

Resistência dos insetos aos inseticidas (mais de 500 pragas resistentes)

Aparecimento de novas pragas (antes secundárias)

Ressurgência de pragas

Desequilíbrios biológicos

Efeitos prejudiciais ao homem, inimigos naturais, peixes, outros animais

Resíduos nos alimentos, água e solo

a partir do final dessa década

PROBLEMAS

Controle Biológico Clássico

Controle Biológico Natural (Conservativo)

Controle Biológico Aplicado (Aumentativo)

procedimentos básicos

Produção massal

Liberações inundativas

(aumentativo)

Parra e Zucchi (2004)

controle biológico aplicado

(soja)

Trichodermaharzianum

(cana-de-açúcar)

Metarhiziumanisopliae

patógenos vs insetos

ÁREA TRATADA NO BRASIL

controle biológico aplicado

(diversas culturas)

Bacillusthuringiensis

(Pinus)

Deladenussiricidicola

(soja)

Baculovirusanticarsia

patógenos vs insetos

ÁREA TRATADA NO BRASIL

cana-de-açúcarDiatraea saccharalisCONTROLE DA BROCA-DA-CANA

Cotesia flavipes39%

Sem controle44%

Controle químico11%

Trichogramma galloi6%

produção massal de

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Dieta artificial

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

Desenvolvimento larval

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

Desenvolvimento larval

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Preparo de gaiola de adultos

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Preparo de gaiola de adultos

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Emergência de A. kuehniella

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Preparo de gaiola de adultos

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Gaiola de adultos

Fundo da gaiola

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

Gaiolas de adultos

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

Limpeza dos ovos

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Ovos de Anagasta kuehniella

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Hospedeiro alternativo A. kuehniella

Ovos isentos de escamas

Ovos de Anagasta kuehniella

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

Recipiente de vidro para parasitismo

Longevidade (dias) de T. pretiosum (25ºC)

Bleicher e Parra (1991)

Sem alimento

Mel 10%

Mel puro

1,3 ± 0,11

2,4 ± 0,21

5,1 ± 0,65

mel

PRODUÇÃO MASSAL DE Trichogramma

OVOS DE Anagasta kuehniella

do controle biológico

Plenamente viável em pequenas áreas, agricultura orgânica, casas de vegetação, pois é possível amostragens com sistemas convencionais (Ex.: pano de batida em soja, feromônios), desde que se leve em conta que deve existir disponibilidade de insumos biológicos de qualidade e uma adequada logística de armazenamento e transporte.

1. “Cultura” do agricultor

2. Amostragem (feromônios, sensoriamento remoto)

3. Transferência de tecnologia

4. Disponibilidade do insumo biológico

5. Qualidade do inimigo natural produzido

6. Logística de armazenamento e transporte

7. Legislação própria

8. Seletividade

9. Tecnologia de liberação (predação) (terrestre ou aérea)

10.Agricultura dinâmica

11. Áreas com plantas transgênicas

com

erc

iali

za

ção

do controle biológico

Nansen et al. (2013; 2014)Applied Spectroscopy, 67:11, 2013

The Journal of Experimental Biology, 217, 2014

Hiperespectrômetrodigital

van Lenteren (2012)

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000

Esp

écie

s

2007 2009 2011

250

200

150

100

50

0

no mundo

(250)

Parra (2010)

no Brasil

Fonte: J.L.Coelho, John Deere, 2001

Grécia

Ucrânia

Bósnia

Croácia

Macedônia

Islândia

Iugoslávia

Noruega

Finlândia

Suíça

Bielorrússia

Áustria Hungria Romênia Holanda Lituânia Itália Polônia Estônia

Rep. Tcheca

França

Irlanda

Bélgica

Albânia

Portugal

Espanha Bulgária

Reino Unido

Alemanha

Letónia

Dinamarca

Suécia

no campo

Ocorrendo em diversas culturas, em diferentes estágios de desenvolvimento

Cônsoli e Parra (1996)

Dias, Parra e Cônsoli (2010)

jrpparra@usp.br

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