Aula 02 politica ambiental

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Disciplina de Impactos AmbientaisProfessor Msc. Leonardo Pivôtto Nicodemo

Sistema de Gestão Ambiental

Direito Ambiental

DIREITO

DIREITO AMBIENTAL

DIREITO DIFUSO

DIREITO PÚBLICO

DIREITO PRIVADO

DIREITO PÚBLICO

Trata de interesses comuns aos cidadãos (coletividade), regulando a relação entre a sociedade e o Estado: direito penal, leis de trânsito, dentre outros.

DIREITO PRIVADO

Trata de interesses particulares, cujo enfoque principal é a propriedade: direito do consumidor, direito comercial, direito de família e contratos, dentre outros.

DIREITO DIFUSO

Os bens agredidos interessam a todos de forma generalizada e cuja individualização do lesado passa a ser quase impossível, uma vez que todos tem direito sobre esses bens. São interesses trans-individuais (ultrapassam o interesse do indivíduo) e metaindividuais (ultrapassam o interesse do Estado).

DIREITO AMBIENTAL

O objetivo é defender o direito de toda a sociedade. É considerado Direito Difuso por pertencer a uma pluralidade de sujeitos não identificáveis, onde os bens protegidos são de todos e são de uso comum: ar, água, biodiversidade, etc.

Segundo Custódio, 1996 (adaptado):

“O conjunto de princípios e regras impostos, coercitivamente, pelo Poder Público competente, e disciplinadores de todas as atividades direta ou indiretamente relacionadas com o uso racional dos recursos naturais, bem como a promoção dos bens culturais, tendo por objeto a defesa e a preservação do patrimônio ambiental (natural e ambiental) e por finalidade a incolumidade da vida em geral, tanto a presente como a futura”.

Direito Ambiental

Hierarquia

Direito AmbientalPrincípios Gerais do Direito

Discricionariedade

LegalidadeFinalidade

Poder de Polícia

HIERARQUIA:

- Respeito as normas: Federal, Estadual, Municipal;

- Evita antagonismo entre normas;- A legislação inferior pode ser mais

restritiva que a superior, nunca o contrário, e a restritiva deverá ser

respeitada.

DISCRICIONARIEDADE:

- Capacidade que o Poder Público possui de limitar

direitos dos cidadãos;- Mecanismo de fiscalização

do Poder Público;- Liberdade não integral,

necessidade de agir sob pena de omissão.

LEGALIDADE:

- Capacidade do Poder Público pautar suas ações em um

permissivo legal;- Só a permissão de praticar ou

não um ato se este vier expressamente autorizado por lei;- Não superveniência do acordo de

vontades.

FINALIDADE:

- Prática de atos que permitam atingir o objetivo da norma, o

interesse público;- Proibição da prática de atos que

não baseados no interesse público;

- Visa impedir a perseguição, o favoritismo e o desvio de

finalidade com a satisfação de interesses privados.

PODER DE POLÍCIA:

- Limita ou disciplina direito;- Restrição ao uso da

propriedade e de atividades em geral;

- Poder sancionador (não há discricionariedade).

Desenvolvimento Sustentável

Direito AmbientalPrincípios do Direito

Ambiental

Poluidor-pagador Prevenção

Participação Informação

CooperaçãoEducação

Princípios

O que vem a ser Princípio de Direito Ambiental ou Princípio Geral de

Direito?

Princípios são pensamentos, idéias, posturas e filosofias que servirão como base para o legislador dar início a elaboração de uma lei ou

norma jurídica.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

É o princípio que procura conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento sócio-econômico

para a melhoria da qualidade de vida do homem. É a utilização racional

de recursos naturais.

PREVENÇÃO

Abrange efetivamente o caráter preventivo, pois é muito mais

fácil, simples e econômico prevenir o dano; a reparação é

incerta e onerosa. A degradação, como regra, é irreparável.

INFORMAÇÃO

Todas as informações acerca das questões ambientais são de

interesse público. Qualquer cidadão pode requerê-las do Poder Público,

que deve sempre pautar pela transparência em suas atitudes. O

EIA/RIMA é o principal efeito de publicidade.

COOPERAÇÃO

Os sistemas ecológicos são complexos, onde ações ou

intervenções podem resultar em efeitos deletérios, não só para o

local da interferência, mas também em locais onde se

organiza a população humana.

COOPERAÇÃO

Este princípio deve ser entendido sob dois focos: o externo (cooperação

entre países) e o interno (cooperação do Poder Público,

coletividade, ONG’s, sociedade civil, empresas privadas, sempre buscando soluções para os

problemas ambientais.

EDUCAÇÃO

A Educação Ambiental possui como características:

EDUCAÇÃO

INTERDISCIPLINARIDADE:É a busca pela superação das

disciplinas, a busca da unidade, ir além das dicotomias e

fragmentações, sempre respeitando as diversidades. É a integração das diferentes áreas do conhecimento.

EDUCAÇÃO

TRATAMENTO SISTÊMICO:Visa o estudo do fenômeno

(conscientização ambiental) no seu aspecto global e sistêmico. O objeto

de estudo é interdependente; é dependente de fatos que só poderão

ser alterados a partir do conhecimento e da educação.

EDUCAÇÃO

MUDANÇA DE COMPORTAMENTOÉ de vital importância, uma vez que

nos referimos “a bens”, os quais são direitos difusos e podem ser

exigidos por todos.

EDUCAÇÃO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E QUALIDADE DE VIDA:

A mudança do paradigma atual depende da nova visão e do conceito de economia,

desenvolvimento, utilização de recursos e progresso, pois o bem maior a ser tutelado

pelo Poder Público e o Privado é a qualidade de vida.

PARTICIPAÇÃO

Enfoca a idéia de que para as soluções dos problemas do ambiente deve ser dada atenção especial à participação de toda a coletividade, que se dá através da cooperação entre Estado e sociedade

na formulação e execução da política ambiental. As audiências públicas de

EIA/RIMA’s são exemplos de aplicações desse princípio.

POLUIDOR-PAGADOR

Aquele que polui fica obrigado a pagar pela poluição ocasionada e reparar danos. O princípio não objetiva tolerar a poluição

mediante um preço, tampouco se limita a compensar os danos causados; busca

evitar o dano ao ambiente. Não confundir com “pagador-poluidor” (pagou, pode poluir). Esta liberalidade não existe.

Direito AmbientalPatrimônio Ambiental

Ar - Atmosfera

Água – Rios, mares e águas subterrâneas

Solo – recurso natural (plantações) ou espaço social (edificações)

Flora - Florestas

Fauna – Espécies animais

Biodiversidade – Patrimônio genético, propriedade industrial

Ambiente Cultural – obras, formas de expressão, costumes

Ambiente Artificial – Espaços Urbanos

A PNMA é a lei ambiental mais importante depois de Constituição Federal. Nela está traçada toda a sistemática necessária para a aplicação da política ambiental necessária, como, por exemplo: conceitos básicos, objeto, princípios, objetivos, diretrizes, instrumentos, etc.

Direito AmbientalPolítica Nacional de Meio

Ambiente

Direito AmbientalPolítica Nacional de Meio

Ambiente

Definição

Objeto

Objetivo Finalidade

DEFINIÇÃO

A PNMA “é o conjunto de instrumentos legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos destinados a promoção do desenvolvimento sustentado da sociedade e economia.”

OBJETO:

Garantir a qualidade ambiental para a atual e futuras gerações.

OBJETIVO:

Preservar, melhorar e recuperar a natureza e os ecossistemas.

FINALIDADE:

Estabelecer e obedecer o equilíbrio entre o desenvolvimento sócio-econômico e a preservação da qualidade do meio, áreas prioritárias definidas, critérios e padrões de qualidade ambiental, bem como uso e manejo dos recursos ambientais.

Direito AmbientalInstrumentos da PNMA

Padrões

Zoneamento Tombamento

AIA Licenciamento

PADRÕES:

- Existem dois tipos: o de emissão e o de qualidade do meio;

- São os valores limites de emissão para fontes novas e para fontes já

instaladas;- Estabelece os parâmetros e a

freqüência do controle de todos os tipos de emissões;

TOMBAMENTO:

- É uma limitação administrativa aplicada devida à importância histórica, cultural ou estética ;

- O poder Judiciário não pode anular o ato, exceto se por vícios.

LICENCIAMENTO:

- Procedimento administrativo (mecanismo para se obter a Licença);

- Estabelece condições, restrições e medidas de controle ambiental.

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL:

- “É o conjunto de estudos ambientais, abrangendo todas as análises relacionadas

à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade. Tem como

objetivo analisar a viabilidade de um projeto. Serve como subsídio para a

concessão da licença requerida ;

- Principais estudos: Estudo (Prévio) de Impactos Ambientais - EIA e respectivo Relatório de Impactos ao Meio Ambiente -

RIMA.

ZONEAMENTO:

- É a conseqüência direta do planejamento (urbano ou industrial);

- É a divisão do território em unidades nas quais uma atividade é proibida ou

autorizada, de forma relativa ou absoluta;

- Deve-se prever a intermediação das áreas, espaços verdes, áreas de lazer;

- Principal mecanismo: Lei Orgânica do Município (Plano Diretor).

Direito AmbientalResponsabilidade

Ambiental

RESPONSABILIDADES

OBJETIVA SUBJETIVA

RESPONSABILIDADE:

Tem sua origem na palavra latina respondere, que significa responder à alguma coisa, o

ainda “necessidade que existe de responsabilizar alguém por seus atos

danosos”, sendo também a tradução para o ordenamento jurídico do dever moral de, a

outro, não prejudicar (Stoco, 1999).

A função da responsabilidade é obrigar aquele que causou o dano a repará-lo.

RESPONSABILIDADE OBJETIVA:

Tem como fundamento a diferenciação da capacidade econômica e

organizacional de uma empresa frente a um cidadão comum, situação na qual o causador do dano é o único capaz de provar e demonstrar que não agiu com nenhuma das modalidades de culpa. A

noção de culpa do agente não é pressuposto fundamental.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL:

A responsabilidade ambiental é objetiva, pois causado o dano

ambiental é obrigatório indenizar/reparar.

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA:

Baseada na culpa, quando esta deverá ser provada para que exista a obrigação de indenizar (ato de

responsabilizar-se).

São as modalidades de culpa: imprudência, negligência e imperícia.

Introdução ao SGANormas Ambientais

Internacionais

ISO

Série ISO 14000

Sistemas de Gestão

É uma federação mundial, (International Standardization Organization), de entidades nacionais de normalização não-governamental que congrega mais de 100 países.

Objetivo principal: criar normas inter-nacionais que representem e traduzam o consenso dos diferentes países do mundo para a homogeneização de procedimentos, medidas, materiais etc.

A norma ISO 14001 define como: “Parte do Sistema de Gestão Global que inclui a estrutura organizacional, planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para o desenvolvimento, implantação, alcance, revisão e manutenção da política ambiental”

Dalia Maimon define SGA como: “Um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização na sua interface com o meio ambiente.”

É a forma pela qual a empresa se mobiliza, interna e externamente, através de procedimentos, planejamento e implantação de atividades, para a conquista da qualidade ambiental desejada.

A ISO 14001 é a norma da organização não - governamental ISO que contém requisitos para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental.

As normas para modelos de demonstração de Sistemas de Gestão servem para facilitar as organizações na estruturação do sistema, determinando os elementos que os compõem.

Introdução ao SGAPreparando o Ambiente na

Empresa As organizações de todos os tipos

estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um comprometimento ambiental sólido, através do controle de impactos ambientais das suas atividades, produtos ou serviços, tendo em consideração a sua política e objetivo ambientais.

Participação da Alta Administração.

Escolha de um responsável ou uma equipe.

Sensibilização.

Treinamento.

Introdução ao SGABenefícios

O SGA promove ordem e consciência:

Através da alocação de recursos;

Designação de responsabilidades; e

Com uma avaliação continuada de práticas, procedimentos e processos.

Introdução ao SGABenefícios

Benefícios:1. Cumprimento da legislação;2. Marketing Ambiental;3. Vantagem competitiva;4. Atendimento aos clientes;5. Desenvolvimento Sustentável.

Dificuldades:1. Problemas culturais;2. Legislação ambiental genérica;3. Parques industriais antigos;4. Falta de incentivos;5. Difícil acesso a tecnologias ambientais

Introdução ao SGAElementos

PDCA

Política Ambiental

Planejamento

Implementação e OperaçãoMonitoramento e ação corretiva

AnáliseCrítica

Melhoria Contínua

O SGA representa um ciclo contínuo de planejamento,

implementação, revisão melhoria e melhoria das ações

da organização para que possam ser cumpridas as obrigações ambientais. A maioria dos modelos de

gerenciamento baseiam-se no princípio de melhoria contínua

no conhecido ciclo da qualidade ou PDCA:

PPlan - Planejar

DDo - Fazer

CCheck - Controlar

AAct - Atuar

POLÍTICA AMBIENTAL:

Declaração da organização, expondo suas intenções e princípios, em relação ao seu desempenho ambiental global, que prevê uma estrutura para ação e definição de seus objetivos e metas ambientais.

Este é o primeiro elemento do contexto da NBR ISO 14001. Representa o compromisso da alta administração e da empresa com o meio ambiente.

Introdução ao SGAPolítica Ambiental

Este é o primeiro elemento do contexto da NBR ISO 14001. Representa o compromisso da alta administração e da empresa com o meio ambiente.

A política fundamenta o SGA, promovendo uma visão unificada dos princípios empregados e deve servir de base para o cumprimento dos objetivos e metas. Todos na empresa devem entendê-la.

Introdução ao SGAPolítica Ambiental

Introdução ao SGAPolítica Ambiental

Política Ambiental Visão: Ideal a ser buscado

Missão: Por que a empresa existe

Valores: Cultura da empresa

Estudo de CasoPolítica Ambiental

A Política Ambiental é a declaração da organização, expondo suas intenções e

princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que prevê uma estrutura para ações e definição de seus objetivos e

metas.

Estudo de CasoMétodo - Política Ambiental

Para a efetiva implantação do SGA, após a sensibilização da alta gerência sobre a necessidade de investimentos no gerenciamento ambiental, a direção do hotel viu-se imbuída em estabelecer uma política voltada a posicionar a empresa na busca da excelência na qualidade ambiental. A metodologia adotada para a elaboração desta política ambiental foi a abordagem dos requisitos ambientais estabelecidos pela embratur para hotéis cinco estrelas, embora o referido hotel em que o estudo foi desenvolvido seja três estrelas. Baseado nestes requisitos foram estabelecidos, em reunião entre o gerente e o dono do hotel juntamente com o eco-time, os quesitos da política ambiental.

Estudo de CasoResultados - Política Ambiental

Implementação e manutenção de um Sistema de Gestão Ambiental;

Aplicar práticas e tecnologias, que minimizem o impacto ambiental e poluição gerada pelas atividades na prestação de serviços hoteleiros;

Manter-se em conformidade com a legislação ambiental referente à atividade da empresa, assim como outras exigências relevantes as quais a empresa possa estar submetida;

Implementar procedimentos que busquem a melhoria contínua de seu SGA;

Capacitar o pessoal operacional do hotel em todas as atividades relacionadas aos aspectos ambientais levantados;

Revisar os objetivos e metas através de auditorias internas anuais;

Estudo de CasoResultados - Política Ambiental

Aperfeiçoar o processo de comunicação interna e externa visando a conscientização dos colaboradores e de práticas de boa vizinhança.

Manter um programa interno de treinamento de colaboradores para redução do desperdício de energia elétrica e do desperdício de água;

Manter um programa interno de separação de resíduos sólidos, em recipientes nas cores internacionalmente indicadas para coleta seletiva;

Manter um local adequado para armazenamento de resíduos sólidos até que sejam devidamente recolhidos;

Dispor de critérios específicos para destinação adequada dos resíduos sólidos;

Manter monitoramento específico sobre consumo de energia elétrica;

Estudo de CasoResultados - Política Ambiental

Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição de produtos e equipamentos que se apresentem com melhor eficiência energética;

Manter monitoramento específico sobre o consumo de água; Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de

equipamentos e complementos que promovam a redução do consumo de água;

Manter registro específico e local adequado para armazenamento de produtos nocivos e poluentes;

Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de produtos biodegradáveis;

Manter critérios de qualificação de fornecedores levando em consideração as “ações ambientais” por eles realizadas.

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