Certificações onde estamos e para onde vamos renato josé de melo professor especialista em...

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Onde estamos

e para onde

vamos? 1

OEm um período de globalização e

elevada competitividade, em que as

exigências de mercado ditam as regras

e condutas de produção, o setor

agrícola tem procurado acompanhar

esse ritmo de mudanças e adequar-se

aos novos modelos e tendências,

apostando na valorização de seus

produtos, tanto em âmbito nacional,

quanto internacional.2

1- DEFINIÇÃO

2- AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

3- CERTIFICAÇÃO NO AGRONEGÓCIO

4- EXIGÊNCIA DO MERCADO COMPRADOR

5- PARA TER SUCESSO NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO 3

CERTIFICAÇÃO

DEFINIÇÃO

4

OÉ um conjunto de atividades

realizadas por uma organização de

terceira parte (organização

independente) para atestar e declarar

que um produto, serviço, pessoa ou

sistema está em conformidade com

os requisitos técnicos especificados.

5

O certificadoé o

documento que

corporifica a certificação

6

OAs organizações de terceira parte

são normalmente denominadas

Organismos de Certificação (OC), ou

Organismos de Certificação

Credenciados (OCC), quando são

credenciadas por um organismo de

credenciamento.

7

8

A certificação demonstra a seus clientes,

concorrentes, fornecedores, funcionários

e investidores que sua organização utiliza

as melhores práticas . Alguns dos

benefícios da certificação :

•Vantagem Competitiva;

• Melhoria da satisfação do cliente;

• Operações com menos burocracia e

redução de perda;9

Atrair novos investimentos,

melhoria da reputação da marca e

remoção de barreiras comerciais;

Evolução da comunicação interna

Melhoria no desempenho do

negócio e gerenciamento dos

riscos

Redução de gastos 10

Qualidade

Meio-Ambiente

Saúde e Segurança Ocupacional

Responsabilidade Social

Gestão de Produtos Médicos Hospitalares

11

12

Boas Práticas de Fabricação

Sistema Integrado de Gestão

Segurança para a Cadeia Logística

Segurança Alimentar

13

O22,8 % do PIB

O32 % DOS EMPREGOS GERADOS

O 14

OUSS 100. Bilhões em exportação em

2013

OSaldo do comercio exterior em

OUSS 82,91 Bilhões

15

Indicadores 2010 2011 2012 2013

PIB da Economia 4.557.090 4.681.626 4.729.895 4.837.950

( Milhões de Reais )

PIB do Agronegócio 988.336 1.031.662 1.007.933 1.078.489

( Milhões de Reais )

Participação do 21,69 22,04 21,31 22,29

Agronegócio no PIB ( % )

Exportações Totais 201.914 256.039 242.580 242.179

( US$ Milhões )

Exportações do Agronegócio 76.439 94.968 95.814 99.968

( US$ Milhões )

Importações do Agronegócio 13.391 17.500 16.406 17.061

( US$ Milhões )

Participação do Agronegócio 37,9 37,0 39,5 41,3

Nas Exportações Totais do

País ( % )

Saldo do Agronegócio 63.048 77.468 79.408 82.907

( US$ Milhoes )

Fonte:

17

18

19

Legal Amazônia, Mata Atlântica

340

Terra Usada

(Mio ha)

Pecuária 21024%

Terras cultivadas 60

850Total100%

38%

7%

Rios, áreas inundadas

809%

Cidades, ruas, infra-structura

607%

750

ha

20

21

Destino 2010 (%) 2011(%)

União Européia 26,7 25,1

China 14,4 17,5

EUA 7,1 7,1

Rússia 5,3 4,3

Japão 3,1 3,7

Arábia Saudita 2,6 2,6

Venezuela 2,8 2,5

Irã 2,7 2,2

Outros 35,3 35,0

Fonte: Agroanalysis, FGV, Fevereiro 2012; 22

23

OAfinal, a certificação é

mesmo uma necessidade?

24

OOs consumidores estão

exigindo, de verdade,

que os produtos sejam

certificados?

25

OQual a tendência desse

movimento?

OComo confiar nos

certificadores?

26

OExiste picaretagem

neste segmento?

27

OEstas e outras

perguntas são

repetidas

insistentemente pelos

interessados na

matéria.

28

É um instrumento demercado que procuraoferecer garantias a respeitoda qualidade de um produtoou de seu processoprodutivo.

29

OA certificação acaba diferenciando

produtos e produtores perante os

consumidores e a sociedade.

OE esta diferenciação pode gerar

agregação de valor ao produto

certificado , bem como ao seu produtor,

especialmente em mercados mais

exigentes ou esclarecidos30

OA certificação é usada há muito tempo

na produção agropecuária, inclusive

definindo características especiais ou

a própria origem do produto, como e o

caso dos queijos europeus, vinhos e

até certas carnes preparadas, como o

presunto, por exemplo.

31

OMas, a partir dos anos 80/90, a

questão ambiental passou a ter maior

visibilidade, e surgiram ,então, os

sistemas de certificação ambiental ,

social ou socioambiental, que

ganharam relevo onde quer que

houvesse uso intenso de recursos

naturais ou mão de obra: o objetivo

era não degradar os recursos naturais

e respeitar os direitos humanos.

32

OAs primeiras certificações

foram para madeira, cacau

e café, mas, hoje, já

existem sistemas para

cana- de- açúcar, pecuária,

pesca, laranja e muitos

outros setores.

33

Custa dinheiro ???OÉ claro que a certificação custa

dinheiro; o produtor tem que fazer

investimentos, pagar os custos de

auditoria e se adaptar as normas de

certificação.

OPortanto, o produtor precisa ter

vantagens financeiras para fazer esse

gasto.

OIsso esta garantido?34

ONem sempre. Para funcionar, a

certificação tem que ser

voluntaria: não há uma lei a

seguir o produtor é que resolve

se faz ou não.

35

OCertificação não é panaceia. Mas,

além de qualificar o produtor (sendo

assim um instrumento de mercado),

ajuda a melhorar a gestão, uma vez

que exige mais organização,

planejamento, melhor uso dos

insumos, reduzindo custos.

36

OSistemas de certificação

modernos incluem, também ,

melhores praticas de produção,

conservação ambiental,

relacionamento com os

trabalhadores da fazenda ou da

agroindústria, cooperativa etc.

37

Opalavra-chave para que tudo

isso funcione é credibilidade, o

que implica transparência nas

regras do jogo, independência

dos certificadores, legitimidade

do sistema e respeitabilidade

internacional.

38

Certificadoras Brasileiras...OPortanto, as certificadoras brasileiras não

podem virar as costas para o mundo,

como se fossem as donas da verdade.

Elas podem até servir assim para o

consumo interno, mas, para o comercio

internacional, é preciso que entremos nos

sistemas mundiais de certificação

também, e que influamos neles.

39

OIsso significa que precisamos de

instituições fortes, bem estruturadas,

tanto do lado dos empresários ,quanto

da sociedade civil. Se existem

diferenças entre os produtores dos

países do Norte e do Sul, também

existem diferenças entre as suas

instituições– como sindicatos,

cooperativas, além de ONGs – e,

principalmente, entre os certificadores.40

Tendência ....OCertificação é uma tendência, mas

temos que inserir nossos modelosnos padrões globais, sem engolirregras que sejam impostas de forapara dentro: devemos criarsistemas de certificação que seapliquem a nossa realidade.

O Roberto Rodrigues

O Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e embaixador

O da FAO para o Ano Internacional do Cooperativismo

O Agroanalysis Abril de 2013

41

Treinamento e capacitação

podem acelerar o processo decertificação?

OSão fundamentais para um produtor

conquistar a certificação. É necessário

capacidade para entender o funcionamento

de um sistema de certificação, as suas

regras e normas, assim como para

implantar as eventuais mudanças de

praticas de gestão, produção, conservação

ou trabalhistas para se adequar as

exigências de certificação. 42

OTambém e necessário preparo para

entrar em cadeias produtivas , fazer

negócios e ter relações comerciais

mais sofisticadas.

43

Mas, os pequenos e médios produtores...

OTem mais dificuldade para construir

esta capacidade internamente e o

apoio externo e fundamental. Isso deve

vir das cooperativas , entidades

publicas de extensão e assistência

técnica, ONGs e organizações de apoio

a pequenos e médios negócios, como o

SEBRAE.

44

MARCA X CERTIFICAÇÃO

OApesar das similaridades,

existem diferenças entre

marcas e certificações. A

marca representa

características distintas do

produto. A certificação, por

outro lado, se foca no

processo de produção. 45

VIABILIDADEOSegundo a FGV

OCultura do café – prêmio de R$ 10,00 –

produção de 700 sc

OÁrea de 35 há - com média de 20 sc

/há.

OAssim, até pequenos produtores

conseguem recuperar os custos

da certificação já no primeiro ano. 46

O . Com o tempo e o aumento da oferta

de produtores certificados, esta se

torna requisito de acesso ao mercado e

perde-se esse diferencial inicial.

Restam apenas os benefícios de

acesso ao mercado-alvo (quantidade

de vendas), e a redução dos custos de

produção.

47

COMO CERTIFICAR?

ONeste cenário em que a

certificação começa a

incorpora-se ao dia a dia de

produtores, empresas e

consumidores, qual o

caminho das pedras para

obtê-la?48

O1 passo- , o produtor precisa

conhecer os critérios da

certificação que deseja e quais as

vantagens que ela trará para o seu

negócio.

O2 passo- implementar os

procedimentos na fazenda,

atividades e processos. 49

O3 passo: o produtor precisa contratar

uma empresa de auditoria, que irá

endossar ou não o processo de

certificação.

O4 passo: – AUDITORIAS PERIÓDICAS.

“Se o produtor não se sujeitar à

fiscalização recorrente, o selo pode ser

suspenso ou até mesmo cassado.”

50

OSob a perspectiva do consumo, estudo do

instituto Akatu revela que 37% das pessoas

estão dispostas a pagar até 25% a mais por

produtos ambientalmente amigáveis.

“Isso mostra que o consumidor já dá

preferência para produtos certificados,

como, por exemplo, o que carregam selos

de responsabilidade sócio- ambiental.51

OO primeiro é o entendimento do querepresenta cada selo. Segundo Amaral,existem inúmeros selos e cada um tem oseu valor, dependendo dos seusobjetivos. “Produtores e consumidoresdevem escolher aqueles que melhor seencaixem em suas expectativas. Éimportante entender e escolher”,

O .

52

OO outro desafio é consolidar

a demanda pelos produtos

certificados. Como muitos

produtos agrícolas são

insumos para outros

produtos, é importante notar

que a indústria alimentícia e

transformadora também deve

estar incluída nesse

processo 53

EXIGÊNCIAS DO MERCADO AQUECEM

ASSESSORIA DE CERTIFICAÇÕES

OA atividade de assessoria na obtenção

de certificações vive um momento

bastante otimista devido às novas

exigências do mercado por produtos

com garantia de qualidade, de

procedência e de respeito aos aspectos

de sustentabilidade.

54

OA busca de selos e

certificações por parte dos

produtores é um reflexo das

exigências dos clientes que

estão dispostos a pagar mais

por produtos e serviços que

tenham além da qualidade,

elementos que valorizem o

local onde são produzidos e

as comunidades envolvidas.55

56

SEGURANÇA ALIMENTAR

DESAFIOS DA NOVA LEGISLAÇÃO AMERICANA

Outubro de 2013 – Agronalysis Daniel RamosDoutorando em Direito Internacional pela USP

e Sorbonne e advogado no L.O. Baptista

Advogados

OO AUMENTO da dependência na

importação de alimentos aumenta

também a preocupação com a segurança

alimentar.57

OÉ nesse contexto que os EUA

publicaram,em janeiro de 2011, o

Food Safety Modernization Act

(FSMA), com o objetivo de

modificar completamente seu

sistema de controle para

segurança alimentar.

58

OCom base no FSMA, a

Autoridade Sanitária Americana

(FDA) pretende dividir o encargo

da fiscalização com produtores

e importadores, além de delegar

parte de suas atribuições de

controle para terceiros.

59

OAssim sendo, alguns pontos chamam a

atenção por seu potencial violador às regras

da OMC:

O1. Caso alguma propriedade produtora no

Brasil recuse-se a receber os representantes

da FDA para verificação in loco, suas

exportações poderão ser impedidas de

acessar o mercado americano.

OA priori, a medida, que já está em vigor,

parece ser contrária ao princípio de

embasamento científico das restrições à

importação. 60

O2. Diversos novos encargos serão

criados para a empresa americana

que pretenda importar alimentos,

passando o importador a ser

responsável por aferir potenciais

perigos na cadeia produtiva do

alimento, inclusive devendo, em

alguns casos, efetuar auditorias

nas propriedades de seus

fornecedores estrangeiros.

61

OEssas obrigações e responsabilidades

gerarão o custos significativos para as

empresas americanas, que podem preferir

adquirir produtos americanos – dado que os

custos da fiscalização sobre os produtos

nacionais são incorridos pela própria FDA..

62

OA participação e supervisão ativa do

setor do agronegócio brasileiro são

indispensáveis para evitar que a

implementação do FSMA inviabilize o

acesso de produtos brasileiros ao

mercado americano.

63

UNIÃO EUROPEIA

Rastreabilidade Alimentar: pilar

fundamental da política de segurança

alimentar da UE

Posteriormente às consequências

políticas e ao abalo da confiança dos

consumidores e da indústria alimentar

causados pela Encefalopatia

Espongiforme Bovina (BSE), mais

conhecida por “Doença das vacas

loucas”, a crise dos anos 90, a UE

embarcou numa grande restruturação da

sua política e regulação da segurança

alimentar. A rastreabilidade dos alimentos

é um pilar fundamental dessa reforma.

64

O que se entende por rastreabilidade alimentar?

OA rastreabilidade é a capacidade para

localizar qualquer alimento, ração,

animal ou substância que será utilizada

para consumo através de todas as fases

de produção, processamento e

distribuição.1 No caso de qualquer

incidente, a rastreabilidade permite a

identificação e a retirada do mercado do

alimento que não se encontra conforme.65

O A estratégia da UE em matéria de segurança dos

alimentos:

engloba a segurança dos alimentos, a saúde e o

bem-estar dos animais e a fitossanidade assegura

a rastreabilidade dos alimentos desde a

exploração agrícola até à mesa do consumidor,

mesmo quando atravessam fronteiras internas da

UE, de forma a evitar obstáculos ao comércio e

garantir uma oferta variada de alimentos prevê

normas muito rigorosas aplicáveis tanto aos

alimentos produzidos na UE como aos alimentos

importados66

O Todos os alimentos, quer sejam produzidos

localmente, quer sejam importados, devem

respeitar normas rigorosas da UE.

O A estratégia da UE no que respeita à segurança

dos alimentos baseia-se em três elementos

fundamentais:

uma legislação exaustiva em matéria de

segurança dos alimentos destinados ao

consumo humano ou animal, bem como de

higiene alimentar pareceres científicos sólidos

nos quais se fundamentam as decisões execução

e controle 67

68

Você tem que tirar...

70

71

Renato José de Melo

Email:

renatofrankelin@yahoo.com.br

www.4consultoria.com