Transtornos de Personalidade

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TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

LUANI MICHELLI ALVES BATISTA

PERSONALIDADE

• Conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidades pessoal e social de alguém.

• Inclui fatores bio-psico-socio-culturais, tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência, sendo um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo

ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE

• Princípio do prazer. Presente ao nascimento, busca satisfazer as necessidades e obter gratificação imediata. Os comportamentos podem ser impulsivos e irracionais.ID

• Também denominado eu racional ou princípio da realidade. Começa a se desenvolver entre os 4 e 6 meses de idade. Ele vivencia a realidade do mundo externo, adapta-se a ele. À medida que se desenvolve e ganha força, o ego procura fazer as influências do mundo externo agirem sobre o id, para substituir o princípio do prazer pelo da realidade. Sua principal função é manter a harmonia entre o mundo externo, o id e o superego.

EGO

• Princípio da perfeição, desenvolve-se entre os 3 e 6 anos de idade. Ele internaliza os valores e princípios morais estabelecidos pelos responsáveis pelo indivíduo. Ele é importante para a socialização, pois ajuda o ego no Controle dos impulsos. Mas quando se torna muito rígido e punitivo, podem ocorrer baixas autoconfiança e autoestima.

SUPEREGO

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

• Padrões mal-adaptativos, globais e persistentes de comportamento profundamente arraigados;

• Característica central: A presença de padrões de interação interpessoais vistos como mal ajustados com relação ao comportamento geral.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O DSM-IV:

- Grupo A: são os indivíduos de aparência excêntrica;

- Grupo B: são os indivíduos com personalidade dramática, emotiva e instável;

- Grupo C: são os indivíduos com personalidade ansiosa e medrosa.

TIPOS DE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

• PARANÓIDE• ESQUIZÓIDE• ESQUIZOTÍPICA• BODERLINE• NARCISISTA• ANTI-SOCIAL• HISTRIÔNICA• OBSESSIVO COMPULSIVA• ESQUIVA• DEPENDENTE

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE: CID F60.0

• Tende a guardar ódio, rancores, recusando-se a perdoar; sempre desconfia; distorce as situações; interpreta erroneamente as ações amistosas de outros;

• Luta pelos seus direitos pessoais; apresenta suspeita em relação a qualquer tipo de fidelidade, seja paterna, conjugal ou de amizade;

• Autovaloriza-se excessivamente; vê em tudo uma relação misteriosa entre si; esta sempre preocupado com eventos conspiratórios.

• Apresenta sensibilidade exagerada a qualquer momento;

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ESQUIZOIDE: F60.1

• Frios e distantes emocionalmente;• Afetividade embotada, poucas atividades de

prazer, capacidade limitada para expressar sentimentos calorosos ou de raiva;• Indiferentes a elogios ou a críticas, com

interesse sexual diminuído;• Há preferência por realizar atividades

solitárias, não possuindo amigos íntimos ou relacionamentos confidentes;• Apresenta preocupação excessiva com

fantasias e introspecção e insensibilidade marcante para com normas.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA (F.21)

• Seus portadores apresentam afeto inapropriado e constrangido; • Retraimento social;• Crenças estranhas e pensamentos mágicos; • Aparência estranha ou excêntrica; • Não têm amigos ou pessoas confidentes; • Ideias paranoides; pensamento vago e

estereotipados.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL (CID-10: F 60.2)

• Indiferença pelos sentimentos alheios; • Atitude persistente de irresponsabilidade e

desrespeito por normas;• Estabelece relacionamentos, mas é

impossível mantê-los por muito tempo;• Pouca tolerância a frustrações, com baixo

limiar para descarga de agressão;• Nunca experimentam sensações de culpa

nem aprendem com experiências, mesmo sendo punidos severamente;

• Têm propensão a culpar os outros ou oferecer respostas plausíveis para a situação.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE BORDERLINE (CID-10: F 60.31)

• Instabilidade na regulação do afeto e dos impulsos. Alguns sinais e sintomas apresentados são: raiva, tristeza, vergonha, pânico, terror e sentimentos crônicos de vazio e solidão. Labilidade do humor;

• impulsividade manifestada de duas formas: atitudes autodestrutivas (automutilação, ameaças e tentativas de suicídio).

• Impulsividade: abuso de drogas, desordens alimentares, participação em orgias e explosões verbais.

• Profundo medo de abandono, ameaçando as pessoas com esforços excessivos para evitá-lo (ex.: relacionamentos conjugais).

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA(F60.4)

• Pessoas dramáticas, teatrais, exageradas, superficiais e lábeis nos relacionamentos.

• Chamam a atenção para si mesmas e são preocupadas excessivamente com a aparência e atração física.

• Controlam pessoas e circunstâncias para conseguirem o que querem (manipuladoras);

• Exigem atenção a todo instante, e acham que outros só lhe darão atenção

• se agirem por extremos caminhos. • Possuem sempre uma imensa vontade de seduzir,

entretanto tendem a evitar relações afetivas autênticas, profundas e íntimas.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE NARCISISTA (F60.8)

• Apresentam um padrão generalizado de grandiosidade, falta de empatia e hipersensibilidade à avaliação alheia;

• Geralmente reagem às críticas com sentimentos de raiva, vergonha ou humilhação;

• Exploram os sentimentos interpessoais para atingir seus objetivos;

• Acham-se muito importantes, exagerando em suas aquisições e talentos, sua vontade de poder, beleza e amor ideal;

• Esperam sempre ser tratados de modo especial devido as suas qualidades, exigindo constante atenção e admiração.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE DE ABSTENÇÃO OU ESQUIVA. (F60.6)

• Padrão de desconforto social, medo de avaliação negativa e timidez que se inicia nas primeiras etapas da idade adulta.

• As pessoas com distúrbios da personalidade de abstenção estabelecem relações com os outros apenas se acreditarem que não serão rejeitados.

• Estão sempre preocupadas com seus próprios defeitos.

• A perda e a rejeição são tão dolorosas, que preferem a solidão a se arriscar em um relacionamento.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE (F60.7)

• Dificuldade de tomar decisões na vida, permitindo que outras pessoas o façam;• Subordina suas próprias necessidades às

dos outros;• Tem dificuldades para fazer exigências;

sente-se inconfortável ou desamparada quando sozinha por medo exagerado de auto cuidar-se. Para tomar uma decisão cotidiana necessita de vários conselhos.

DISTÚRBIO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO

Caracteriza-se por sentimentos de dúvida e de cautela excessivos e preocupações com detalhes, regras, ordem, organização e perfeccionismo que interferem na conclusão das tarefas, além de preocupação com detalhes irrelevantes, como trabalho, excluindo o prazer;

Sempre rígido e teimoso, insiste para que todos se submetam à sua maneira de fazer as coisas.

TRATAMENTO

PSICOTERAPIA FARMACOTERAPIA

Objetiva amenizar e controlar a sintomatologia. Abordagem diferenciada a cada tipo de transtorno de personalidade.

As pessoas acometidas não costumam buscar ajuda médica por conta própria. Tendem a fazê-lo quando a doença já causou grandes problemas a suas vidas, tanto para os relacionamentos quanto ao emprego e em outros círculos sociais.

TRATAMENTO – ORIENTAÇÕES• As psicoterapias são sempre indicadas e muitas vezes são o único

tratamento adequado;• A boa relação com o paciente é o objetivo principal em qualquer

transtorno de personalidade;• Não existe uma indicação precisa para o uso de medicações;• São utilizadas conforme os sinais e sintomas apresentados;• Não há resultados consideráveis no tratamento de manutenção

porque os pacientes não se mantem por longo tempo em tratamento e, segundo, porque não ocorrem mudanças na personalidade, apenas um controle de sintomas.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

• Antipsicóticos: controle da raiva;

• IMAO: impulsividade;

• ISRS: depressão;

• CMZP;

• Se sintomas TDAH – metilfenidato;

• Anticonvulsivantes – Tegretol;

CONCLUSÃO

Os Transtornos de Personalidade constituem um dos capítulos mais controversos dentro da psiquiatria que agora recebe validação graças a instrumentos diagnósticos precisos. Não são doenças mentais propriamente, mas trazem significativo sofrimento e distúrbios para serem considerados como condição psiquiátrica. O conhecimento desta categoria diagnóstica constitui um imperativo para a boa prática da psiquiatria.

FONTES E REFERÊNCIAS

• Ministério da Saúde;

• Psych Central;

• Royal College of Psychiatrists;

• DSM IV - Manual de Diagnóstico e Estatística.

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