Saneamento: visão panorâmica, oportunidade e perspectivas de mudança

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Apresentação sobre o panorama do setor de saneamento básico

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Saneamento: visão panorâmica, oportunidades e perspectivas de mudança

1º Seminário de Regulação e Meio AmbientePorto Ferreira

05 de setembro 2013

Sumário...

1. Panorama do setor de saneamento 2. A nova institucionalidade do

saneamento3. Aspectos legais da regulação

1. Panorama do setor de saneamento

Não há desenvolvimento sem saneamento adequado...

“O objeto que representa a civilização e o progresso não é o livro, o telefone, a

Internet ou a bomba atômica. É a privada.” Mario Vargas Llosa

CNI apontou saneamento como um dos segmentos mais atrasados da infraestrutura...

Nível de Desenvolvimento e Competitividade do Setor

Mais DesenvolvidoMenos Desenvolvido

Fonte: Apresentação Dr. Mascarenhas – CNI (Fórum Estadão, 13/09/2012)

Portos Saneamento Rodovias e Ferrovias Aeroportos Energia Telecom

Situação do saneamento não condiz com projeto de país desenvolvido...

Fonte: SNIS 2011

Índice de atendimento de água Índice de atendimento de esgoto

Somente 56% da população brasileira têm acesso à rede de esgotamento sanitário e 93% tem acesso à água tratada...

Fontes: PNAD/IBGE (2001 e 2011) e PNSB (2009).

85 milhões de brasileiros não tem acesso adequado ao esgotamento sanitário...

Fontes: PNAD/IBGE (2011) e PNSB (2008). Acesso adequado a água: percentual de moradores em domicílios com rede geral de abastecimento de água. Acesso adequado a esgotamento sanitário: percentual de moradores em domicílios urbanos com rede coletora de esgotos e percentual de moradores rurais em domicílios com rede coletora ou fossa séptica.

9

Evolução recente dos investimentos em saneamento...

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do SNIS: soma dos indicadores FN033 (investimentos das prestadoras), FN048 (investimentos dos municípios) e FN058 (investimentos Estados), deflacionados pelo IPCA.

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

3.80 3.25 3.27 3.133.91

4.89 4.76

6.37

8.439.26 8.92

Investimentos em saneamento no Brasil (bilhões R$ - constantes jan/2012)

As 10 maiores obras de saneamento...

Fonte: Valor Econômico.

Investimentos são concentrados...

No ritmo atual, a universalização do esgoto ocorre apenas em 2060 e a da água apenas em 2039...

Água Esgoto Universal. Até 2060

1 - Manutenção do atual patamar de investimentos 2039 2060 R$ 255 bi R$ 255 bi

2 - Duplicação do patamar de investimentos 2021 2031 R$ 220 bi R$ 255 bi

3 - Manutenção do atual patamar de investimentos com incremento de 30% na produtividade

2028 2042 R$ 165 bi R$ 186 bi

4 - Duplicação do patamar de investimentos com incremento de 30% na produtividade

2017 2024 R$ 150 bi R$ 186 bi

Ano de universalização Cenários

Investimentos

Fonte: GO Associados

Setor privado já representa parcela relevante...

Fonte: Elaboração própria/ABCON

Representatividade do

setor privado

% População12,50%

% Municípios4,75%

% Investimentos (2003-2011)5,90%

Concessões privadas representam cerca de 6% do mercado de saneamento...

70%

6%

24% EmpresasEstaduaisEmpresasPrivadasEmpresasMunicipais

Fonte: Elaboração própria/ABCON

Parcerias têm mobilizado investimentos elevados...PPP Empresa Investimento

PPP da Compesa Compesa/Lidermarc/Foz R$ 4,5 bilhões

Área de Planejamento 5 (AP5)

Prefeitura do RJ/Foz do Brasil e Águas do Brasil

R$ 2,4 bilhões

PPP Sistema Produtor São Lourenço

Sabesp * R$ 1,68 bilhão

PPP Rio Manso Copasa * R$ 519 milhões

PPP Alto Tiête Sabesp R$ 300 milhões

PPP Agreste CAB/Casal R$ 175 milhões

Obs: * PPP em processo de escolhaFonte: elaboração própria

Linha do tempo da evolução das alianças estratégicas...

2007 1ª PPP

Jaguaribe(Embasa /Foz) PPP Alto Tietê (Sabesp/Foz)

PPP Capivari (Sanasa/Foz)PPP Rio das Ostras

(Prefeitura do RJ /Foz)PPP Rio Claro (Prefeitura

de Rio Claro /Foz)

2009Locação de Ativos-

Mogi Mirim (Sabesp-Grupo GS);

Locação de ativos Guaratinguetá

(SAEG/CAB)

2010 PPP Mairinque (Sabesp/Foz)PPP Castilho (Sabesp/Foz)

2011AP5

(Prefeitura do RJ/Foz )

2012 PPP

Piracicaba (SEMAE/ Água dos Mirantes

PPP Agreste (Casal/CAB)

2013 PPP da

Compesa/Foz PPP São

Lourenço (Sabesp)

Fonte: GO Associados

Não há um modelo empresarial único para o saneamentos no ranking do Saneamento 2010...

Fonte: Instituto Trata Brasil

4 Estaduais, 3 Municipais estatais,

1 Municipal privada

2. A nova institucionalidade do saneamento...

A evolução do marco legal de saneamento no Brasil...

Lei do saneamentoLF 11.445/07

Lei de concessõesLF 8.987/95

Lei 2.291/86: Extingue o BNHFim do Planasa

Lei de consórcios públicos

LF 11.107/05

Decreto Federal 7.217/10

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Infr

aest

rutu

raSa

neam

ento

Criação da política pública fragmentada após 21 anos... Lei do saneamento traz grandes avanços, mas...

Não aborda a estrutura de financiamento do setor Decreto e PLANSAB tardios

LF 12.305/10

Decreto Federal 7.404/10

A Lei Federal n. 11.445/2007 iniciou uma nova era no setor de saneamento no Brasil...

Planejamento pelo operador

Instrumentos precários

Auto-regulação

Financiamento público

Foco em obras

Monopólio natural

Água como bem livre

Planejamento pelo Poder Concedente

Contrato de programa/concessão

Agência reguladora

Financiamento de mercado

Foco no cliente

Ambiente competitivo

Escassez de recursos hídricos e centralidade da questão da sustentabilidade

1970 - Planasa 2007 – Lei do Saneamento

Em contraste com outros segmentos de infraestrutura há múltiplas esferas de planejamento...

• Nacional: Plano Nacional de Saneamento Básico

• Estadual: Órgãos colegiados (Estado e Municípios) ou secretarias estaduais

• Municipal: Plano Municipal de Saneamento. Obrigatoriedade de elaboração, conforme lei federal 11.445/07

• Comitês de bacias: traz a lógica do saneamento

Evolução da dinâmica de concorrência no setor...

Anos 1970• Surgimento de

empresas estaduais sob o Planasa

Anos 1980• Prevalência

das estaduais

Anos 1990• Estratégias de

privatização e entrada de internacionais

• Debate Público X Privado

Evolução e tendências da concorrência no setor...

Anos 2000• Novo marco e

início de disputa por concessões municipais

Tendências Recentes• Estratégias de

parcerias público-privadas sob várias formas

Institucionalidade do saneamento brasileiro envolve múltiplas esferas do governo...

Fonte: Elaboração Própria

Conselhos MunicipaisAgências Reguladoras

Municipais (EX: Cachoeiro de Itap.)

Autarquias municipais, empresas privadas

Federal

Estadual

Municipal

Planejamento Regulação Operação

Ministério das Cidades-Secretaria de Saneamento

Ambiental

Conselhos Estaduais. Ex:CONESAN (SP)

Agências Reguladoras Estaduais .

Ex: ARSAL (AL)

Companhias Estaduais com controle público ou privado

Pulverização do setor dificulta um planejamento macrossetorial…

Caerd-RO

Sanesul-MS

Corsan-RSCasan-SC

Cesan-ES

Casal-ALCagepa-PB

Caern-RN

Caema-MA

Caesb-DF Copasa-MG

Cedae-RJSabesp-SP

Sanepar-PR

Cosanpa-PA

Embasa - BA

Cosama-AM

Compesa-PE

Cagece-CE

Saneago-GO

Agepisa-PI

Deso-SE

Caesa-APCaer-RR

Deas-AC

Boa regulação é essencial para crescimento...

Segurança jurídica

Estabilidade de regras

Maior crescimento

Maior Investimento

Ambiente regulatório é essencial para o investimento e valorização da empresa…

Fatores de Atração de Investimentos diretos

Fonte: A. T. KEARNEY

Suporte do governo local

Acesso ao mercado de exportações

Custos trabalhistas e qualificação dos trabalhadores

Repatriação dos Lucros

Presença de Competidores

Presença de Fornecedores

Estabilidade Macroeconômica

Ambiente regulatório

Estabilidade Política

Tamanho do mercado

23%

23%

28%

29%

30%

41%

43%

52%

54%

83%

Os menores percentuais de tratamento de esgoto foram registrados em Sergipe (9,3%); Amazonas (4,8%); Pará (4,2%); Rondônia (3,8%); Piauí (2,2%) e Maranhão (1,4%). (Fonte: SNIS)

A maioria dos estados tem agência de saneamento...

Agências estaduais

San.

ASES 1998 1998ARSAM 1999 2000ARPE 2000 2000ARCE 1997 2001AGER 1999 2002ARSAL 2001 2003ADASA 2004 2004AGR 1999 2004ARPB 2005 2005AGENERSA 2005 2005AGESC 2005 2005AGEAC 2003 2007ARSESP 2007 2007ART 2007 2007AGERGS 1997 2008ARSEP 2008 2008ARSAE 2009 2009

RO

Agepan-MS

Agergs-RS

Arsi-ES

Arsal-AL

Arpb-PB

Arsep-RN

Agesc-SC

Fonte: ABAR, ASES, ARSESP, ARSAE, elaboração própria

AP

Ageac-AC

Arsesp-SP

RR

Arsam-AM

PR

Agenersa-RJ

Arsae-MG

Agerba-BA

Arpe-PE

Arce-CE

Arsete-PI

Art-TO

Arcon-PA

Agr-GO/Adasa-DF

Ager-MT

Ases-SE

Arsep-MA

Exemplos de agências de saneamento recentes…

1997 1999 2000 2001 2004

ARSAM (Manaus)

AGR (GO)

AGERSA (Cachoeiro do

Itapemirim)

AGERGS (RS)

ARCE (CE)

ARPE(PE) AMAE (Joinville)

ARSAL(AL)

ARSBAN (RN)ADASA(DF)

2005

AGESC(SC)

2007

ARSESP(SP)

ATR(TO)

Agências costumam ser multissetoriais...

ENERGIA ELÉTRICA

GÁS CANALIZA

DO

TRANSPORTES

RESÍDUOS SÓLIDOS

RECURSOS HÍDRICOS

ARSALADASAAGERGSAGESANAGRARCEARPEARSAEGARSBANARSESPARISATR

Menos de 20% dos municípios têm serviços regulados...

13,0%13,8%

14,5%15,3%

17,6%

2006 2007 2008 2009 2010

Municípios com agências reguladoras ABAR (2010)

Fonte: ABAR

3.Aspectos legais da regulação

2007 2010

Regulamento da LNSB

Criação e Regulamentação da LNSB e PNRS.

Lei Nacional de

Saneamento Básico

Estabelece diretrizes nacionais para o S.B

Falamos tanto sobre S.B, mas afinal o que é?

O art. 3º da LNSB, definiu o conceito de S.B da seguinte forma:

Saneamento Básico = conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de:

abastecimento de água potável

esgotamento sanitário

limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas

abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição

coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente

drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;

Condições de validade da LNSB

(art. 19, §2º da LNSB)

1 – Plano de saneamento básico ou planos setoriais• Dever do Município• Pode ser elaborado com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada

serviço• Atenção: o não cumprimento desse dever gera a negativa de acesso aos recursos

federais para o saneamento básico (art. 16 do regulamento da LNSB)

Prestador do serviço – alternativas jurídico/institucionais para a prestação de serviços públicos

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Art. 30. Compete aos Municípios:.......................................................V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Prestador do serviço – alternativas jurídico /-institucionais para a prestação de serviços públicos

Indireta

Gestão associada

Direta

Prestação de Serviços

Públicos

Descentralizada

Concessão

Consórcio Público

Convênio de Cooperação

Contrato de Programa

Permissão

ComumAdministrativaPatrocinada

Centralizada Prefeitura(i) Autarquia(ii) Empresa Pública(iii) Sociedade de Economia Mista

A lógica da prestação do serviço de saneamento por meio de contrato administrativo

Concessão“Concessão de serviço público é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública transfere à pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de certas atividades de interesse coletivo, remunerada através do sistema de tarifas pagas pelos usuários” (José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, 16a Edição, Editora Lumen Juris, 2006, pp.306)

Contrato de programa“Contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa”Art. 2º, inciso XVI do decreto 6.017/ que regulamenta a Lei nº 11.107/2005.

A lógica da prestação do serviço de saneamento por meio de contrato administrativo

Concessão

Natureza Jurídica: contrato administrativoRemuneração: TarifaReequilíbrio econômico-financeiro: sim, fundamento art. 37, XXI da CF, art. 11, IV da Lei 11.445/2007. Atenção (i): o reequilíbrio econômico-finaceiro é condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, conforme determia no art. 11 da Lei 11.445/2007Atenção (ii): Concessão não é privatização. Nessa última o Poder Público vende o controle sobre as ações da empresa privada, já na concessão nada é vendido, o planejamento e a regulação continuam por conta do Poder Público.

Contrato de programa

Natureza Jurídica: contrato administrativoRemuneração: Tarifa (se o serviço for de água e esgoto)Reequilíbrio econômico-financeiro: sim, fundamento art. 37, XXI da CF, art. 11, IV da Lei 11.445/2007. Atenção: o reequilíbrio econômico-finaceiro é condição de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, conforme determia no art. 11 da Lei 11.445/2007

A regulação na Lei 11.445/2007

Com a vigência da lei Federal nº 11.445/07, ficou estabelecido que os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão delegar a (i) organização, (ii) a regulação, (iii) a fiscalização e a (iv) prestação desses serviços.

Diz o Art. 8o da LNSB: “Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços, nos termos do art. 241 da Constituição federal e da Lei nº, 11.107, de 6 de abril de 2005”

Assim, cabe ao Poder Concedente (Município ou o Estado e Municípios em se tratando de regiões metropolitanas) escolher como o serviço de Saneamento Básico deverá ser regulado.

Princípios e objetivos da regulação

Ainda que caiba ao Poder Concedente a decisão de como se dará a regulação, essa deverá observar os seguintes princípios impostos pelo art. 21 da LNSB: (i) independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira; (ii) transparência; (iii) tecnicidade; (iv) celeridade e (v) objetividade das decisões.

Dentre os objetivos da regulação encontram-se a definição de tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Portanto, a regulação é o mecanismo pela qual se garante o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão e de programa, garantindo as condições efetivas para prestação do serviço de saneamento básico.

REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Aspectos mínimos das normas de regulação a serem editadas pela entidade (art. 23 da LNSB) padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;

requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos prazos;

regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e revisão;

medição, faturamento e cobrança de serviços;

monitoramento dos custos;

avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;

plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;

subsídios tarifários e não tarifários;

padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação;

medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.

Equipe da GO Associados envolvida nesta discussão...

Fernando Marcatofsmarcato@goassociados.com.br

Guilherme Martheguilherme.marthe@goassociados.com.br

Andréa C. de Vasconcelosandrea.vasconcelos@goassociados.com.br

Muito Obrigado!

Para entrar em CONTATOE-mailgesner@goassociados.com.brpedro@goassociados.com.brfsmarcato@goassociados.com.brmsabud@goassociados.com.br

wagner@goassociados.com.brregis@goassociados.com.br

Twitter@gesner_oliveira@fsmarcato

Sitewww.goassociados.com.br

Tel.:+55 (11) 3030-6676

EndereçoAv. Brigadeiro Faria Lima, 20813º andarJardim Paulistano – São Paulo - SP

Slides Não Utilizados

Missão do Regulador: proporcionar condições favoráveis para que o mercado se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade...

Interesse Público

Consumidores Equilíbrio Agentes Regulados

GOVERNOInteresses estratégicos

Remuneração adequadaContratos honradosRegras claras

Modicidade tarifária Qualidade do serviçoGarantia de direitos

• Intervir em preços somente se o custo da regulamentação se justificar, quando a prestadora tem PMS que lhe permite:

aumentar preços acima de níveis competitivos

usar esse poder em práticas anti-competitivas, afetando o mercado com subsídios cruzados, preços predatórios ou “price squeezes”

Regulação é potencialmente cara, pois tenta substituir os mecanismos de mercado

Por que regular preços?

A regulação tarifária é um processo complexo, que requer...

• a identificação e a correta valoração dos diferentes componentes tarifários

• a necessidade de justiça e transparência na definição dos preços

• o entendimento dos vários aspectos técnicos inerentes à prestação do serviço tarifado

• a necessidade de emitir sinais que estimulem o comportamento eficiente dos

prestadores em determinada região

Esse desafio tem sido abordado de diferentes formas pelos diferentes reguladores no Brasil e no Mundo, com diferentes ferramentas.

TARIFA

CONSUMIDOR

Qualidade

PRESTADOR DO SERVIÇO

custos operacionais

remuneração do capital

+

Sustentabilidade

Eficiência

Equidade

Modicidade

Como

estabelecer

tarifas justas ?

Universalização Competitividade

Conciliar as perspectivas do Consumidor e da Prestadora

A definição da política tarifária a ser seguida deve preservar os interesses dos consumidores, garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato para os investidores e estimular a eficiência...

• Promover o acesso aos serviços prestados

• Minimizar o custo regulatório

• Garantir a alta qualidade do serviço prestado

• Garantir que os preços são competitivos com outras jurisdições (países)

• Gerar ganhos compensatórios (lucros)

• Prevenir o exercício do Poder de Mercado pela dominante

• Promover a competição

De forma geral, a administração tarifária deve ter como objetivos centrais...

Por que o correto posicionamento dos preços é importante?

Eficiência AlocativaPreços devem sinalizar a escassez e os custos de produção de forma a que os serviços sejam alocados a quem dará o uso mais valioso ao mesmo

Eficiência ProdutivaOs serviços devem ser produzidos ao menor custo possível.Novos entrantes eficientes devem ser estimulados. Ineficientes devem ser barrados.

Eficiência DinâmicaInvestimentos eficientes, inovação e diversidade de ofertas devem ser estimuladas. O Investidor deve acreditar que irá recuperar o custo de oportunidade de um projeto.

O regulador deve buscar:

É legítimo que operadores regulados tenham lucro justo...

O equilíbrio econômico-financeiro é previsto na Lei Estadual e nas competências da ATR ...

• assegurar a prestação de serviços adequados, assim entendidos os que satisfizerem as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade nas suas tarifas;

• garantir a harmonia entre os interesses dos usuários, concessionários, permissionários e autorizatários de serviços públicos;

• zelar pelo equilíbrio econômico-financeiro dos serviços públicos delegados.

Lei estadual n.º 1758/07

XI - acompanhar e controlar as tarifas dos serviços públicos, objeto de concessão, permissão e autorização, decidir sobre os pedidos de revisão, promover estudos e aprovar os ajustes tarifários;

Art. 5º. Compete ainda à ATR, no âmbito estadual:

XIII - acompanhar e auditar o desempenho econômico-financeiro dos prestadores de serviços públicos, visando assegurar a capacidade financeira dessas instituições e a garantia das suas prestações futuras, bem como instruí-las sobre suas obrigações contratuais e regulamentares, direitos e deveres; XIV - observar a evolução e as tendências das demandas pelos serviços regulados, controlados e fiscalizados nas áreas delegadas a terceiros, públicas ou privadas, a fim de identificar e antecipar necessidades de investimentos em programas de expansão;

Revisão e Reajuste Tarifários...

• Ocorre em ciclos que, em geral, variam entre três e cinco anos, avaliando o resultado da empresa e as demandas futuras

Revisão Tarifária

• Ocorre, em geral, anualmente, e visa recompor a tarifa com relação a perdas inflacionárias e ganhos de produtividade

Reajuste Tarifário

Uma revisão tarifária pode ser decomposta, para fins didáticos, em alguns procedimentos básicos...

Preços

• Decidir se e quais preços regularCapacidad

e Institucional

• Avaliar a capacidade institucional par análise de tarifas

Disponibilidade de dados

• Avaliar a disponibilidade de dados para análise

Metodolog

ia

• Escolher a metodologia para avaliação do nível tarifário

Nível

tarifário • Avaliar o nível tarifário e as mudanças necessáriasMudança

s

Manutençã

o e controle

• Escolher a forma como os preços serão mantidos e controlados até a próxima revisão

Implementa

ção

• Implementar os resultados

Uma revisão tarifária pode ser decomposta, para fins didáticos, em alguns procedimentos básicos...

O Ciclo das Tarifas...

Definição Tarifária no Ano ZERO

A Revisão tarifária é um processo para alinhamento dos preços em níveis mais próximos ao equilíbrio econômico do contrato de Concessão...

• Ajustando os preços a níveis que permitam que a remuneração alcançada pelo prestador seja adequada e justa.

• Os modelos de avaliação e revisão do nível tarifário são, em geral, baseados na avaliação do custo do serviço e na rentabilidade obtida.

• Via de regra, utilizam-se os valores existentes na contabilidade e, com base em um nível de rentabilidade adequado definido pelo regulador, avalia-se a lucratividade da empresa.

O ciclo de revisão tarifária deve ser...

• Transparente

– Na revisão tarifária, regulador e regulado discutem:

• o nível dos preços

• seu alinhamento a custos

• a remuneração dos investimentos

• a lucratividade

– Deve ocorrer em períodos pré-definidos de tempo, entre 3 e 5 anos,

em geral

• Estabelecer tarifas justas• Permitir o cálculo dos custos para prestação do serviço• Avaliar a rentabilidade• Acompanhar as obrigações contratuais• Viabilizar a separação dos ativos, receitas e despesas dos

serviços prestados em regimes ou outorgas diferenciadas• Dar suporte aos cálculos de modelos de produtividade e

outras definições de controle e acompanhamento regulatório

• Definir o valor dos ativos a serem devolvidos ao final do contrato de concessão

A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO é uma das principais áreas a ser endereçada, de forma a tornar as decisões mais fundamentadas e com maior chance de êxito...

• O lucro auferido pelo regulado e, especialmente, se esse lucro está adequado ao custo de capital

• O acerto do regulador em suas intervenções regulatórias, permitindo que essas intervenções em temas como – qualidade – disponibilidade de serviço ou – intervenções, no que se refere a estrutura dos players no mercado, se faça de forma

compatível com a realidade objetiva do mercado regulado

A disponibilidade de informações é fundamental, pois permite ao regulador exercer seu papel, acompanhando...

CONTABILIDADE DO REGULADO = PRINCIPAL FONTE DE DADOS

Que deve ser adequada de forma a contemplar todos os elementos e características demandas pelo arcabouço legal e regulatório.

• Estabelecimento de um conjunto de dados a ser fornecido de forma periódica pelo regulado• Avaliação prévia sobre quais serão os controles que a serão supridos pela informação coletada

Solicitação de informações, de forma a suprir toda e qualquer demanda futura leva a que as informações, em geral, não tenham a qualidade adequada, uma vez que regulador e regulado não têm como priorizar a análise critica dos dados coletados, em virtude de seu volume.

• Considerar a realidade operacional de sistemas e de pessoal do regulado e do regulador, ajustando a demanda as novas realidades

Pode-se resumir, então, que as informações levantadas devem ser um compromisso entre a necessidade dos controles atribuídos em Lei ao Regulador e a real disponibilidade das informações, considerando a realidade concreta.

Cuidados tomados no processo de levantamento de informações permitem conforto e menor nível de questionamento das decisões tomadas...

Contabilidade Fiscal• É a visão legal da contabilidade da

empresa• Os lançamentos e alocações de

contas seguem estritamente as determinações técnicas e legais

• Registros contábeis para fins de Balanço, demonstrações de Resultado, tributos, etc.

Contabilidade Regulatória• Responde às necessidades de

informação do regulador• Possui regras de alocação de

receitas, investimentos e despesas previamente acordados com o regulador

• Permite a definição de preços a serem cobrados, com base em custos

• Procura evidenciar subsídios entre serviços e dar maior transparência a tratamentos não isonômicos

• Geralmente baseada em custos ABC• Pode possuir depreciações

diferenciadas das legais

Contabilidade Gerencial• Utilizada pela administração da

empresa para a tomada de decisões de negócios

• Possui foco no resultado do negócio• Semelhante a contabilidade

Regulatória• Utiliza a depreciação real dos ativos,

e não a Legal ou Regulatória

A Contabilidade Regulatória pode ser entendida como a visão contábil que permite ao Regulador exercer seu papel...

Contabilidade Geral

Contabilidade Fiscal• É a visão legal da contabilidade da

empresa• Os lançamentos e alocações de

contas seguem estritamente as determinações técnicas e legais

• Registros contábeis para fins de Balanço, demonstrações de Resultado, tributos, etc.

O ciclo de revisão tarifária inicia-se com a coleta e análise de informações sobre...

• Custos

• Planos de investimentos

• Previsões de demanda e receitas, etc• Em seguida é escolhida a abordagem de controle tarifário a

ser implementada• Geralmente é realizada a projeção de receitas e fluxo de caixa

esperado ao longo do tempo

Com a modelagem por custos o regulador busca...

Transparência

Eliminação ou Explicitação de subsídios cruzados

Preços de público adequados, que:

• Garanta a qualidade e continuidade do serviço prestado

• Subsidie suas decisões com relação a universalização e outras obrigações

• Garanta o equilíbrio econômico-financeiro do contrato

• Sinalize a justa remuneração dos investimentos

• Estimule os ganhos de escopo e escala obtidos pela operação dos serviços,

bem como novos investimentos que promovam a universalização e a qualidade.

Visão Geral de um modelo de custos...

Fonte: Telcordia

OpexTotal

Capexpor

produto

CapexTotal

WACC

Opexpor

produto

Custo de capital por

produto

Custo total por

produtoVolume

Custos Unitários+ = =/

Estudos dos dados de entrada

Estudo das chaves de alocação

Estudo do WACC

Modelo de custos FAC ou LRIC

x

• Foco nos custos e no retorno do investimento ou no lucro da

prestadora

• Baseia-se na avaliação dos custos e lucro

• O lucro fundamenta-se em uma “taxa de retorno” calculado com

base no custo de oportunidade do investidor

• Depreciação e valor dos investimentos são pontos sensíveis na

modelagem

Características do modelo de “tarifas atreladas a custos”...

A Revisão Tarifária pode ser realizada considerando duas perspectivas...

• Histórica (investimentos já realizados) onde avalia-se– eficiência dos investimentos – eficiência operacional existente

• Futura (necessidades a serem atendidas) onde se vislumbra:– metas de universalização a serem alcançadas– modernizações do serviço como, por exemplo, a

disponibilização de saneamento, faturamento pré-pago, Redes Inteligentes/smartgrid, smartmeetering e outras melhorias que sejam necessárias para a melhoria da qualidade do serviço prestado

Modelo TOP DOWN – HISTÓRICO...

CONTABILIDADE

Custos Totais

Custos por Serviço

Custos Unitários

Parâmetros Financeiros

Drivers

Dados Físicos

Modelo BOTTOM UP – FUTURA...

DEMANDA

Projeto de Rede

Investimentos e Custos eficientes

Custos Unitários

Parâmetros de Projeto

Levantamento de Custos de Mercado

Parâmetros Financeiros

Em Resumo, o Ciclo das Tarifas...

Deve ser: Robusto Transparente Simples Com baixo custo administrativo

Nenhum modelo de definição de níveis tarifários é perfeito ou permanente

RESUMO: A Regulação tarifária pode servir de indutor ou freio para eficiências e investimentos...

•Valores baixos para serviço local•Altos preços para LDN e LDI•Desestímulo a construção da rede

local, decorrente dos baixos preços•Fila de espera pelo serviço•Baixa qualidade na rede local

•Intervencionista•Não possui critério econômico•Estrutura de preços ineficiente•Risco que o objetivo financeiro da

prestadora não seja alcançado.

• Compara desempenho da firma regulada com os de firmas similares em mercados diferentes ou com o de uma firma protótipo.

• Lucros permitidos são baseados no desempenho relativo

• Induz um comportamento eficiente• Assimetria de informações diminui,

porém é crítica para o sucesso• Demanda muito tempo e recursos do

regulador• Necessita adequações a

especificidades

Regulação Discricionária Benchmark (Yardstick ou Empresa de Referência)

A Regulação tarifária pode servir de indutor ou freio para eficiências e investimentos...

• Preços são fixados a qualquer tempo;

• Por solicitação da empresa ou iniciativa do regulador;

• Objetivo: manter taxa adequada de retorno

• Não incentiva: Redução de custos Eficiência Inovação

• Incentiva: Investimentos excessivos

• Alto Custo Regulatório• Assimetria de informações

• Preços são fixados por períodos pré-definidos (3 a 5 anos)

• Em datas fixadas• Objetivo: empresa tenha e

compartilhe ganhos de eficiência.

• Concebido para incentivar Redução de custos Eficiência Inovação

• Desincentiva investimentos• Baixo custo regulatório• Necessita fiscalização para

manutenção da qualidade do serviço prestado

TAXA DE RETORNO PRICE CAP (ou INCENTIVO)

Na modelagem de retorno de investimento, a Concessionaria tem estimulo a manter ou aumentar seus custos, pois é remunerada ...

Tarifa

Revisão Tarifária

Inicial

TEMPO

Custo + Justa Remuneração

Revisão Tarifária1º Ciclo

Intervalo anual ou a cada dois anos

Revisão Tarifária2º Ciclo

A Concessionaria é estimulada a aumentar custos, pois se apodera da remuneração dos investimentos e custos, mesmo ineficientes

TARIFA

O Price Cap parte de um nível tarifário adequado, pré-estabelecido por uma modelagem de retorno de investimento ...

Tarifa

Revisão Tarifária

Inicial

TEMPO

Custo + Justa Remuneração

Revisão Tarifária1º Ciclo

Intervalo de três a cinco anos

Price Cap 1

Price Cap 2Price Cap 3

Revisão Tarifária2º Ciclo

A Concessionaria é estimulada a reduzir custos, pois se apodera dos ganhos até a próxima revisão

Comparação entre a metodologia de “orientação a custos” e o “price cap”...

Fonte: World Bank Regulatory toolkit

Orientada a custos ou a taxa de retorno Price cap

Previne o uso do Poder de Mercado

Sim. A prestadora somente recebe os custos e a taxa de retorno estabelecida pelo regulador

Sim. O fator de produtividade (X) utilizado na fórmula limita a prestadoras de exercer seu poder de mercado, se corretamente definido.

A prestadora pode se valer da cesta de serviços para exercer seu poder de mercado em alguns itens individuais, dentro do limite da cesta. Alguns reguladores impõe limites individuais para prevenir isso.

Eficiência Técnica

Não. O regulador controla os lucros diretamente. Se a prestadora diminui custos, ficando mais eficiente, e aumentando o lucro, os preços serão diminuídos na próxima revisão tarifária. A prestadora não irá se apropriar do beneficio de reduzir custos e, em consequência, não tem incentivo para fazê-lo.

Sim. A prestadora automaticamente se beneficia dos maiores ganhos quando reduz custo ou expande a demanda (e é penalizada quando os custos aumentam). Isso encoraja a busca da eficiência.

Promoção da Competição

Não. Geralmente não permite flexibilidade de preços para que a prestadora possa fixar preços baseados em custos de longo prazo em resposta a competição.

Sim. A prestadora é menos propensa a cruzar subsídios entre serviços. È comum o agrupamento de serviços em cestas separadas de serviços mais e menos competitivos, prevenindo o subsídio cruzado.

Comparada com a regulação por "price cap", a prestadora é incentivada a alocar seus custos entre serviços competitivos e não competitivos, de forma a promover subsídios cruzados na direção dos serviços competitivos.

A prestadora tem flexibilidade de preços suficiente para responder as pressões competitivas, definindo preços que refletem seus custos e as condições da demanda.

Minimiza Custos Regulatórios

Não. O estabelecimento de tarifas atreladas a custos são, geralmente, lentos e custosos.

Sim. Os procedimentos para definir o price cap são menos custosos e menos freqüentes (3 a 5 anos). Entre as revisões, os custos são mínimos.

Garante altos níveis de qualidade

Sim. Quanto maior o valor contábil da prestadora maior o retorno e lucro autorizado pelo regulador. Há o risco da qualidade ficar acima de níveis de eficiência aceitáveis.

Não. Prestadoras tem fortes incentivos para reduzir seus custos operacionais, que podem levar a redução do nível de qualidade do serviço prestado.

Lições e Desafios...

• Modelos complexos são difíceis de implementar• Alto custo para Agência e Regulados• Inexistência de resultados parciais que permitam correções de rumo• Incapacidade de manter grupo de especialistas dedicados ao tema• Sensação de Ausência de Regulação por custos

• Ausência de uma base de dados comparável• Diminuir o custo regulatório da modelagem• Apresentar resultados• Implementar os resultados obtidos• TIME TO MARKET do modelo de custos• Garantir recursos para que serviços de agua e saneamento

estejam universalizados até 2020• Capacitar pessoal para tratar do tema• Implementar sistemas de acompanhamento de custos• Garantir qualidade e auditabilidade dos dados recebidos

LIÇÕES

DESAFIOS

Compartilhamento em regiões metropolitanas

• Indefinição em regiões metropolitanas inibe investimentos...

• Insegurança jurídica para investir

• Dificuldade de obter financiamentos e recursos federais

• Dificuldade de mobilizar capital privado

• Fragilização da regulação e defesa do consumidor

STF não dará solução definitiva para o problema...

Decisão vinculante será de declarar constitucional ou inconstitucional dispositivo que atribui titularidade dos serviços de saneamento ao Estado

A inconstitucionalidade da titularidade estadual significa que o Município é titular necessariamente?

Soluções propostas até o momento não são viáveis...

Congregação de Municípios com competência procedimental do Estado (Eros Grau): limita a competência municipal

Assembléia entre Estado e Municípios (Gilmar Mendes): grande dificuldade de obter consenso político

Titularidade exclusivamente estadual (Maurício Corrêa): torna serviços menos eficiente e diminui legitimidade

• Compartilhamento com Estado como integrador e participação efetiva municipal...

Artigo 25, para. 3º da CF atribui ao Estado a obrigação de zelar pela integração da organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum

Solução ótima passa pelo envolvimento do Município e adequação do planejamento municipal urbano ao plano metropolitano e de saneamento

• Marco regulatório (Lei 11.445) embasa o compartilhamento...

Estado como ente integrador do planejamento metropolitano dispensa lógica de consórcio

Negociação com cada Município e formalização de convênio e contrato metropolitano

Planejamento é distinto da operação

Regulação independente e metropolitana

Obrigação de contratualização independente de decisão do STF

Exemplos de modelos para compartilhmento

• São Paulo, Santos, Ferraz de Vasconcelos, Cotia...

Estado Município

Agencia reguladora

estadual CESB

Convênio

Contrato

Regulação

• Rio de Janeiro...

Estado Município

Agencia reguladora

estadual CESB

Instrumento

Instrumento

RegulaçãoConcessionária privada (AP-05)

Contrato interdependência

Agencia reguladora municipalConcessão

• Diadema...

Estado Município

Agencia reguladora

estadualEmpresa

mista

Convênio

Contrato

Regulação

CESB

Fornecimento de água

• (Hipótese 1) - Campinas...

Estado Município

Agencia reguladora

estadualCompanhia Municipal

Convênio

Contrato

Regulação

• (Hipótese 2) – Participação privada...

Estado Município

Agencia reguladora

estadualEmpresa privada

Convênio

Contrato

Regulação

• (Hipótese 3) – Participação mista...

Estado Município

Agencia reguladora

estadualEmpresa

mista

Convênio

Contrato

Regulação

CESB

Empresa privada