View
2.484
Download
3
Category
Preview:
DESCRIPTION
Apresentação do curso Água como Matriz Ecopedagógica
Citation preview
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Gestão de Águas de Chuva
Paulo Celso dos Reis Gomespcrgomes@unb.br
Brasilia, 14 de agosto de 2008
Técnicas de Minimização dos Impactos Negativos
de Sistemas de Drenagem de Águas Pluviais
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Saúde
É a sensação de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade ( OMS).
A saúde não cabe apenas ao médico, pois é um problema de todo contexto social.
A saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Saúde Pública (Winslow)
É a ciência e a arte de prevenir a doença, prolongar a vida e promover saúde e eficiência física e mental,
através de esforços organizados da comunidade para o saneamento do meio, o controle das doenças infecto-contagiosas, a educação do indivíduo em princípios de higiene pessoal, a organização dos
serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e tratamento preventivo das doenças e o desenvolvimento da maquinaria social de modo a
assegurar a cada indivíduo da comunidade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Saúde Ambiental
Parte da Saúde Pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das
condições em torno do homem que podem exercer alguma influência sobre sua saúde e
o bem-estar. (OMS, 1997)
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Vigilância Ambiental
Processo contínuo de coleta e análise de informações sobre saúde e ambiente, com o intuito de orientar a execução de ações de controle de fatores ambientais que ajudem na prevenção de doenças. (OPAS, 1999)
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Salubridade Ambiental
Estado de higidez (saúde) com capacidade de:
� inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de endemias ou epidemias veiculadas pelo
meio ambiente
� promover condições favoráveis ao pleno gozo de saúde e bem estar da população.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Saneamento Ambiental
Conjunto das ações sócio-econômicas com objetivo de alcançar níveis crescentes de Salubridade Ambiental, por meio de:
� Abastecimento de água potável� Coleta, tratamento e disposição adequada de
resíduos sólidos, líquidos e gasosos� Prevenção e controle do excesso de ruído� Disciplina sanitária do uso e ocupação do solo� Drenagem urbana� Controle de vetores de doenças transmissíveis.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Saneamento BásicoConjunto das ações, fundamentalmente de Saúde
Pública, compreendendo:� Abastecimento de água potável em quantidade
suficiente para assegurar a higiene adequada e o conforto
� Coleta, tratamento e disposição adequada de esgotos
� Coleta, tratamento e disposição adequada de resíduos sólidos
� Drenagem urbana� Controle de vetores
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistemas de Saneamento Básico
� Sistema de Abastecimento de Água
� Sistema de Esgoto Sanitário
� Sistema de Drenagem Urbana
� Sistema de Limpeza Pública (resíduos sólidos)
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistema de Abastecimento de Água
� Finalidade� Fornecer água em
quantidade e qualidade
� Padrão de potabilidade
� Diversos tipos de uso
� Cuidados com a saúde
� Combate a incêndio
� Componentes� Manancial
� Captação
� Adução
� Tratamento
� Reservação
� Distribuição
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistema de Esgoto Sanitário
� Finalidade� Coletar e dispor
sanitariamente os esgotos sanitários
� Águas residuárias industriais
� Cuidados com a saúde e o meio ambiente
� Componentes� Rede coletora
� Interceptor
� Tratamento
� Emissário
� Disposição final
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistemas individuais
� Na ausência de sistemas públicos, a alternativa é a implantação de sistemas de atendimento individual.
� Sistema individuais devem atender às mesmas finalidades do sistema público.
� Aspectos importantes quanto à operação e àmanutenção
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistema de Limpeza Pública
� Finalidade� Coletar e dispor
adequadamente os resíduos sólidos urbanos e industriais
� Cuidados com a saúde e o meio ambiente
� Componentes� Coleta
� Disposição temporária
� Tratamento
� Disposição final
� Varrição
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Disposição Final - Aterro Sanitário
O aterro sanitário é uma obra de engenharia que impermeabiliza osolo com argila compacta, geomembrana (polietileno de alta
densidade) e brita para proteger o lençol freático e evitar que o chorume (líquido que sai do lixo) atinja mananciais de água. O
chorume pode ser 80 vezes mais poluente do que o esgoto doméstico. Nos aterros, os gases que exalam do lixo são drenadose queimados. O chorume escorre para o chamado filtro biológico
anaeróbio, formado por uma camada de brita (capaz de degradar o material orgânico do líquido). Quando passam pelo colchão de
brita, as bactérias do chorume são absorvidas e se fixam. O líquido drenado fica 15 dias no local. O chorume já tratado passa para a estação de tratamento onde receberá a forma final antes de
ser devolvido ao ambiente.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
História da Drenagem Urbana
� No século XIX “Tout à l’égout.”
� A partir de 1940 Melhoria do fluxo
� A partir de 1960 Planejamento da ocupação das planícies de inundação
� A partir de 1970 Medidas compensatórias
� A partir de 1980 “Soluções desejáveis são as que atuam sobre as causas.”
� A partir de 1990 Drenagem urbana sustentável
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Drenagem Urbana- Século XIX
CONCEITO HIGIENISTA
� RELAÇÕES ENTRE SAÚDE PÚBLICA E ÁGUAS PASSÍVEIS DE CONTAMINAÇÃO
� AFASTAMENTO RÁPIDO DE ESGOTOS E ÁGUAS PLUVIAIS
� SISTEMAS UNITÁRIOS OU SEPARADOR ABSOLUTO
� ORIGEM DO MÉTODO RACIONAL
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Drenagem Urbana - 1940
TÉCNICAS TRADICIONAIS:
� CONTROLE DO ESCOAMENTO NA CALHA DO RIO
� “MELHORIA DO FLUXO”: CORTES DE MEANDROS, RETIFICAÇÕES E MUDANÇAS DE DECLIVIDADE DE FUNDO
� RETIRAR RAPIDAMENTE AS ÁGUAS ACUMULADAS
� TRANSFERÊNCIA DO PROBLEMA PARA OUTRAS ÁREAS OU PARA O FUTURO
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Drenagem Urbana - 1960
QUESTIONAMENTO DA ABORDAGEM TRADICIONAL
� PLANEJAMENTO DE PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO
� RESTRIÇÕES À OCUPAÇÃO E AO TIPO DE OBRAS
� SEÇÃO DE ESCOAMENTO
� MINIMIZAR PERDAS DE CARGA HIDRÁULICA
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
SEM RESTRIÇÕES À CONSTRUÇÃO
Ocupar leito secundário
Planície de inundacão
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Drenagem Urbana - 1970
MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
� ATENUAÇÃO DE PICOS VAZÕES
� BACIAS DE RETENÇÃO
� BACIAS DE DETENÇÃO
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
DRENAGEM URBANA - A PARTIR DE 1980 ...
“ Soluções desejáveis são aquelas que atuam sobre as
causas. ”
•controle de fluxos na origem
•redução de volumes escoados
•armazenamentos localizados no lote urbano
•sistemas para infiltração
•novas posturas tecnológicas
•manutenção permanente
•comprometimento dos cidadãos
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL - A PARTIR DE 1990 ...
Reconhecimento da complexidade das relações entre:
-os ecossistemas naturais,
-o sistema urbano artificial,
- e a sociedade
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Coerência interna•controle de cheias e qualidade das águas•gestão de recursos hídricos e saneamento ambiental
Coerência externa•sistemas naturais e sistemas urbanos•planejamento dos recursos hídricos, planejamento urbano e conservação da natureza
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
“Deve-se apostar menos na solução tecnológica e
mais na participação direta dos cidadãos.”
•participação da sociedade
•legitimidade às decisões e ações
•tomada de decisão
•execução das ações
•tecnologias socialmente sustentáveis
•democrática
•educação ambiental
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistema de Drenagem Urbana
ATUALMENTE...
� RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PARA INFILTRAÇÃO
� AUMENTO DA CAPACIDADE DE RETENÇÃO
� UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS DE CHUVA
� REVITALIZAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Sistema de Drenagem Urbana
� Finalidade� Coletar e dispor
adequadamente as águas pluviais
� Cheias e Erosão� Sistema Separador
Absoluto X Sistema Unitário
� Cuidados com a saúde e o meio ambiente
� Componentes� Guia e Sarjeta
� Boca-de-Lobo
� Galeria
� Bacia de dissipação
� Bacia de amortecimento
� Lançamento
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
O Problema dos Mananciais
� a bacia hidrográfica é ocupada de forma desordenada,processo favorecido por legislação omissa/equivocada oupor falta de planejamento urbano ou controle de ocupação;
� nos mananciais superficiais, o impacto se agrava pela falta de tratamento de esgotos e pela poluição difusa rural, etc;
� nos mananciais subterrâneos, ocorre contaminação e perdade áreas de recarga;
� reservatórios urbanos: eutrofização e contaminação; � redução da disponibilidade de água devido à qualidade.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Abastecimento
Carga doméstica e industrial
Drenagem UrbanaMananciais
Ciclo de inundação e contaminação
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Inundações
� Drenagem urbana: escoamento em áreas urbanizadas, geralmente pequenas bacias (a
urbanização amplia as vazões devido à
canalização e à impermeabilização);
� Inundação ribeirinha: processos naturais resultado do aumento da vazão dos rios
durante os períodos secos e chuvosos (as
inundações podem ser ampliadas ou terem
maiores efeitos em função da ação do
homem).
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
� uso do sistema de drenagem para esgotamento sanitário doméstico e industrial;
� ocupação das áreas de inundação pela população depois de anos de cheias menores;
� aumento da produção de sedimentos;
� geralmente, as áreas mais atingidas são de populações pobres;
� não existe tradição em medidas preventivas nas áreas de inundação;
� concepção antiquada nos projetos de drenagem.
Drenagem e Inundações: questões associadas
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
� bacias de pequeno porte, onde se concentra a área impermeabilizada;
� aumento do pico e antecipação da ocorrência;
� aumento do volume do escoamento superficial;
� diminuição da evaporação e da recarga; subterrânea;
� aumento da poluição de origem pluvial;
� aumento da produção de sedimentos.
Impactos
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Efeito da Urbanização Sobre o Escoamento Superficial
� Aumento da vazão média de cheia ( 6 a 7 vezes) DEVIDO À IMPERMEABILIZAÇÃO
� Redução do tempo de concentração e aumento das áreas impermeáveis DEVIDO À CANALIZAÇÃO
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
� Fase 1 : crescimento da urbanização: grande
produção de sedimentos (construções, superfícies desprotegidas);
� Fase 2 : transição com sedimentos e resíduos sólidos;
� Fase 3: quando a área urbana está
estabelecida, a veiculação de resíduos sólidos na drenagem é alta.
Fator agravante: resíduos sólidos
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Fatores Agravantes das Inundações
Canalização de córregos sem a devida análise de impactos a jusante (transferência de inundações de um ponto a outros);
(SEMADS, 2001)
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
A Atual Política de Controle da Drenagem“a melhor drenagem é a que escoa o mais
rapidamente possível a precipitação”
conseqüência direta = inundações
A política se baseia na canalização do escoamento, apenas transferindo para jusante as inundações. A população perde duas vezes: custo mais alto e maiores inundações.
� Canais e condutos podem produzir custos 10 vezes maiores que o controle na fonte;
� a canalização aumenta os picos para jusante
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Princípios Modernos do Controle da Drenagem
� novos desenvolvimentos não podem aumentar ou acelerar a vazão de pico das condições naturais (ou
prévias aos novos loteamentos);
� considerar o conjunto da bacia hidrográfica para controle da drenagem urbana;
� buscar evitar a transferência dos impactos para jusante;
� valorizar as medidas não-estruturais (educação tem
papel fundamental);
� implementar medidas de regulamentação;
� Implementar instrumentos econômicos.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Controle da Drenagem Urbana
� controle na fonte: = OSD (on site
detention); planos de infiltração e trincheiras, pavimentos permeáveis e detenção.
� na micro e macrodrenagem: detenção ou retenção no sistema de drenagem;
� aumento da capacidade de drenagem,minimizando os impactos de jusante.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Controle na Fonte
� pavimento permeável
� trincheiras e planos de infiltração
� detenção
� sem ligação direta com o pluvial
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Dificuldades.....
� Desgaste político do administrador público, resultante do controle não-estrutural (a população espera sempre por obras hidráulicas).
� Falta de conhecimento da população sobre controle de cheias.
� Falta de conhecimento sobre controle de cheias por parte dos planejadores urbanos.
� Desorganização, em níveis Estadual e Municipal, sobre o controle de inundações.
� Pouca informação técnica sobre o assunto em nível de graduação em arquitetura e engenharia.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Além disso não se pode esquecer de
que:
� Não existe solução puramente tecnológica ou econômica.
� Não existe solução simplista.
� Não existe solução instantânea.
� Não existe solução que seja de responsabilidade de um único ator social.
� Não existe solução possível de ser copiada.
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Regras “básicas” para novas urbanizações
� Escolha de um sítio pouco suscetível a impactos de eventuais urbanizações a montante
� Proteção das áreas de cabeceiras
� Desenvolvimento de projeto integrado – com objetivode não alterar a drenagem natural nos trechos a jusante da rede de drenagem
� Integrar soluções de esgotamento sanitário, de coletae disposição de resíduos sólidos e de drenagem urbana
� Promover a gestão da drenagem urbana sempre sob a perspectiva da bacia hidrográfica
Promover ações de educação e informação do usuário
Paulo Celso dos Reis Gomes pcrgomes@unb.br
Efeitos (sobre ou de) novas urbanizações
� Se a nova urbanização está a jusante em baciasurbanizadas – ela pode sofrer inundações
� Se a nova urbanização está a montante – ela podecausar inundações a jusante
� Se na nova urbanização há pequenas bacias – a implantação da nova urbanização podeacarretar problemas na própria área
Recommended