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Carlos Tudisco

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Page 1: Carlos Tudisco
Page 2: Carlos Tudisco

RESPONSABILIDADE JURÍDICA DOS GESTORES DE FROTA

e

AÇÕES POSITIVAS PARA MINIMIZAR RISCOS

Page 3: Carlos Tudisco

O vídeo mostra a parte das testemunhas no julgamento americano envolvendo o motorista, o chefe de

frota, o chefe de segurança e a diretora de RH. Contestam a política de frotas que deixou algumas lacunas

e afirma mais uma vez que o telefone celular é a principal causa de acidentes no Brasil, e maior ainda na

classe corporativa.

Page 4: Carlos Tudisco
Page 5: Carlos Tudisco

RISCOS DE RESPONSABILIZAÇÃO CRIMINAL PARA A EMPRESA E PARA OS GESTORES

• Relembrando o julgamento do vídeo:

JUIZ:

“Qual a política da empresa em relação a enviar SMS enquanto dirige?”

VICE PRESIDENTE NACIONAL DE RH

“A mesma da Legislação.”

JUIZ:

“Alguma vez você viu alguma folha de papel tratando sobre o envio de SMS?”

VICE PRESIDENTE NACIONAL DE RH

“Não...”

Page 6: Carlos Tudisco

RISCOS DE RESPONSABILIZAÇÃO CRIMINAL PARA A EMPRESA E PARA OS GESTORES

• Relembrando o julgamento do vídeo:

JUIZ PARA O MOTORISTA:

“Eles não te proíbem de utilizar o telefone?”

MOTORISTA:

“Eles não podem proibir porque são eles que fornecem os celulares da empresa.”

Esse diálogo não nos lembra de situações parecidas que ocorrem no nosso dia-a-dia?

Page 7: Carlos Tudisco

• RESPONSABILIDADE PENAL

CONCEITO DE “PARTICIPAÇÃO” – CÓDIGO PENAL

BRASILEIRO

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para

o crime incide nas penas a este cominadas, na

medida de sua culpabilidade.

E SE ESSE JULGAMENTO FOSSE NO BRASIL?

Page 8: Carlos Tudisco

• SE O CRIME FOR DE NATUREZA AMBIENTAL - LEI Nº 9.605 DE 1998

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas

penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o

membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de

pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática,

quando podia agir para evitá-la.

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o

disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante

legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

E SE ESSE JULGAMENTO FOSSE NO BRASIL?

Page 9: Carlos Tudisco

JULGAMENTO DE UM RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA

(STJ – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – BRASIL)

E SE ESSE JULGAMENTO FOSSE NO BRASIL?

STJ - PESSOA JURÍDICA. RESPONSABILIDADE PENAL. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE.

DUPLA IMPUTAÇÃO.

[...] a pessoa jurídica tem responsabilidade penal quando houver imputação simultânea com

a pessoa física que atua em seu nome ou em seu benefício.

Precedentes citados: RMS 16.696-PR, DJ 13/3/2006; REsp 564.960-SC, DJ 13/6/2005, e REsp

610.114-RN, DJ 19/12/2005. RMS 20.601-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 29/6/2006”.

Page 10: Carlos Tudisco

RESPONSABILIDADE CIVIL

CÓDIGO CIVIL

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I – [...]

III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do

trabalho que lhes competir, ou em razão dele; [...]”

Art. 933. [...] ainda que não haja culpa de sua parte o empregador responderá pelos atos praticados

pelos prepostos.

Page 11: Carlos Tudisco

RESPONSABILIDADE CIVIL

JULGAMENTO – 17/10/2013

ACIDENTE DE TRÂNSITO – ATROPELAMENTO DE CICLISTA COLHIDO POR TRÁS – CULPA GRAVE DO PREPOSTO DA TRANSPORTADORA CONFIGURADA – PRESUNÇÃO DE CULPA DA EMPREGADORA ARTIGOS 932, III, 933 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 – REPARAÇÃO DEVIDA – DANOS MATERIAIS E MORAIS – DESPESAS MÉDICAS COMPROVADAS – PENSÃO MENSAL

[...] Comprovada a culpa do preposto, a culpa da empregadora é presumida, conforme o disposto nos artigos 932, III, e 933 do Código Civil . Apelação nº 0015276-82.2006.8.26.0286

Page 12: Carlos Tudisco

O QUE PODEMOS FAZER PARA MINIMIZAR ESSES RISCOS?

IMPLANTAÇÃO DE UMA POLÍTICA DE FROTA BEM DEFINIDA

POSSUIR CONTRATOS DE TRABALHO BEM ELABORADOS

DISSEMINAR DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA DENTRO DA

EMPRESA

Page 13: Carlos Tudisco

O QUE PODEMOS FAZER PARA MINIMIZAR ESSES RISCOS?

O QUE SERIA UMA POLÍTICA DE FROTA BEM DEFINIDA?

Documento elaborado em conjunto com outros setores da empresa:

▪ Área técnica do setor de frota

▪ Assessoria Jurídica da empresa;

▪ Departamento de Recursos Humanos;

UM CONJUNTO DE NORMAS DE NATUREZA TÉCNICA E JURÍDICA PARA A UTILIZAÇÃO

DE VEÍCULOS DA FROTA CORPORATIVA

Page 14: Carlos Tudisco

O QUE NÃO DEVE FALTAR EM UMA POLÍTICA DE FROTAS

Normas sobre tempo de revisão e

manutenção (preventiva e corretiva) dos

veículos;

Exemplos:

▪ Escalas de tempo de revisão de itens de segurança

dos veículos;

▪ Obrigatoriedade e procedimentos de comunicação

pelo motorista de defeitos ou avarias nos veículos;

Page 15: Carlos Tudisco

O QUE NÃO DEVE FALTAR EM UMA POLÍTICA DE FROTAS

Normas para a utilização dos veículos

Exemplos:

▪ obrigatoriedade da apresentação de extrato mensal pelo motorista de pontuação da Carteira de

Habilitação;

▪ normas de conduta e segurança que devem ser observadas pelo condutor e pelos gestores para os

casos de acidentes e outros sinistros;

▪ normas para intervalos de alimentação e repouso dos motoristas;

▪ instruções ligadas à prevenção de furtos e roubos;

▪ condutas gerais de segurança (pessoal e do patrimônio);

▪ regras para abastecimento dos veículos;

▪ cuidados a serem observados com os veículos da frota;

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O QUE NÃO DEVE FALTAR EM UMA POLÍTICA DE FROTAS

Normas a serem observadas em situações diversas no trânsito

Exemplos:

▪ qual o procedimento para atender o celular quando o mesmo toca com o veículo em movimento;

▪ procedimentos a serem observados em caso de pane, pneus furados, etc.;

obrigatoriedade da observância das normas de trânsito;

Page 17: Carlos Tudisco

CONTRATO DE TRABALHO BEM ELABORADO - SUGESTÕES

cláusula em que fique ajustado o desconto e a aplicação de penalidades por

infrações de trânsito cometidas no trabalho;

cláusula que preveja a possibilidade de demissão por justa causa do motorista,

caso o mesmo fique impedido de dirigir em razão de infrações de transito que

determinem a suspensão do direito de dirigir ou que ultrapassem a pontuação

máxima da CNH (imprudência, negligência ou imperícia);

cláusula que preveja o ressarcimento de danos causados pelo colaborador à

empresa;

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DIFERENÇA ENTRE POSSUIR OU NÃO UM CONTRATO DE

TRABALHO BEM ELABORADO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE SÃO PAULOOs descontos decorrentes a título de avaria de veículo e multa de trânsito são legais, porquanto autorizados na cláusula oitava do contrato de trabalho.TRT\SP Nº 0002226-42.2012.5.02.0271 – 7ª TURMA – Data da publicação: 30/10/2013

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE SÃO PAULO[...] os descontos como os de multas de trânsito sem prova da culpa ou dolo do empregado e sem sua autorização, afrontam o artigo 2º da CLT, vez que, assim agindo, está a reclamada a compartilhar com o reclamante os riscos da atividade econômica, o que é vedado, sendo devida a devolução dos valores descontados.TRT/SP Nº 0002690-22.2011.5.020006 – 17ª TURMA - Data da publicação: 05/11/2013

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DISSEMINAÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA NO AMBIENTE DA EMPRESA

Ao implantar a política de frotas:

▪ Dar amplo conhecimento das normas;

▪ Colher as assinaturas dos colaboradores nos respectivos documentos;

▪ Fiscalizar;

▪ Aplicar as sanções previstas na Legislação Trabalhista;

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RESUMO:

ATOS FAZEM A DIFERENÇA QUANTO A SEGURANÇA JURÍDICA

▪ Possuir uma política de frota bem definida e documentada ▪ Implantar uma cultura de segurança no ambiente de trabalho ▪ Cuidar e fiscalizar para que seus colaboradores cumpram essa política e as normas gerais de segurança ▪ Aplicar sanções trabalhistas quando necessário não ser conivente com a imprudência ▪ Possuir um contrato de trabalho bem elaborado

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OBRIGADO!Dr. Carlos Tudisco

[email protected]

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