11
1 A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES (Pre-print) Carla Lopes Ferreira * Resumo Atualmente, em todas as áreas a informação virou objeto de grande valor e consumo. Esse valor varia conforme a importância da informação e do uso que ela terá, mas é fato que hoje em dia, há mercados que só se sustentam através do bom uso de determinadas informações, fontes qualificadas, dependendo do que elas proporcionarão à empresa de retorno. Para que a organização obtenha sucesso no gerenciamento de suas informações, na manutenção das mesmas, faz-se necessário que elas sejam mantidas em local seguro, baseadas em padrões de qualidade e políticas próprias, devem fazer parte dos princípios de integridade, confidencialidade e disponibilidade. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância do uso e implantação de estratégias de Segurança da Informação numa organização, pensando que isso possibilitará à mesma que se evite erros graves no futuro e que ameaças prejudiquem a organização, por falta de uma Política de Segurança da Informação institucionalizada e avaliada. Num primeiro momento será apresentado um histórico da Segurança da Informação, para que se introduza à conceituação da mesma. Logo depois serão apresentados aspectos de Política de Segurança, e exemplos de organizações que criaram e utilizam a sua própria, para logo em seguida falar sobre as normas de Segurança da Informação. Palavras-chave: Segurança da Informação. Políticas de Segurança. Sistemas de Segurança. Informação. *Graduanda do curso de Biblioteconomia da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás.

A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Pre-print sobre a segurança da informação nas organizações, para a disciplina de Documentação Empresarial, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG.

Citation preview

Page 1: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

1

A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA

INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES (Pre-print)

Carla Lopes Ferreira *

Resumo

Atualmente, em todas as áreas a informação virou objeto de grande valor e consumo. Esse

valor varia conforme a importância da informação e do uso que ela terá, mas é fato que hoje

em dia, há mercados que só se sustentam através do bom uso de determinadas informações,

fontes qualificadas, dependendo do que elas proporcionarão à empresa de retorno. Para que a

organização obtenha sucesso no gerenciamento de suas informações, na manutenção das

mesmas, faz-se necessário que elas sejam mantidas em local seguro, baseadas em padrões de

qualidade e políticas próprias, devem fazer parte dos princípios de integridade,

confidencialidade e disponibilidade. O objetivo deste artigo é demonstrar a importância do

uso e implantação de estratégias de Segurança da Informação numa organização, pensando

que isso possibilitará à mesma que se evite erros graves no futuro e que ameaças prejudiquem

a organização, por falta de uma Política de Segurança da Informação institucionalizada e

avaliada. Num primeiro momento será apresentado um histórico da Segurança da Informação,

para que se introduza à conceituação da mesma. Logo depois serão apresentados aspectos de

Política de Segurança, e exemplos de organizações que criaram e utilizam a sua própria, para

logo em seguida falar sobre as normas de Segurança da Informação.

Palavras-chave: Segurança da Informação. Políticas de Segurança. Sistemas de Segurança.

Informação.

*Graduanda do curso de Biblioteconomia da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade

Federal de Goiás.

Page 2: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

2

INTRODUÇÃO

A necessidade de implantação de serviços e medidas de segurança da informação vem

crescendo nos últimos anos e se torna cada vez mais comum discutir em qualquer ambiente

(social, profissional, organizacional, acadêmico), estratégias que previnam incidentes quanto à

perca de informação e do uso desta para saciar uma necessidade humana.

Especialmente nas organizações, a informação virou objeto de grande valor e consumo.

Esse valor varia conforme a importância da informação e do uso que ela terá, mas é fato que

hoje em dia, há mercados que só se sustentam através do bom uso de determinadas

informações, fontes qualificadas, dependendo do que elas proporcionarão à empresa de

retorno. Muitas vezes, o próprio negócio das empresas e principal alimento do mercado

competitivo são determinadas informações, o que torna necessário falar de tratamento,

armazenamento e processamento dessas informações.

Pensando no objetivo de se implantar estratégias de segurança da informação nas

organizações, o presente artigo traz o histórico, importantes conceitos, normalização, política

de segurança e exemplos da segurança de informação, afim de demonstrar a importância do

uso desse serviço nas organizações para prevenção de capital e futuros prejuízos por parte de

dano/perda nas informações valiosas de uma organização.

HISTÓRIA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Desde o início da vida humana, pode-se dizer que sempre houve a preocupação com as

informações e com o conhecimento que são passados por elas, sejam elas com os diversos

objetivos e contextos. Antes de Cristo, o homem utilizava técnicas para deixar registros nas

cavernas, logo depois foram se criando formas de escritas e representação das ideias para fins

diversos, mas principalmente com o objetivo de transportar uma informação e registrá-la

(escrita cuneiforme; hieróglifos egípcios, entre outros).

Em 1200 a.C. ocorre a Guerra de Tróia, na qual vários soldados estavam escondidos

dentro de um cavalo que fora presenteado aos troianos, sendo que eles não sabiam que seriam

atacados quando estivessem dormindo pelos gregos. Por volta de 490 a.C., conta-se que o

soldado ateniense Fidípides correu até Maratona, cidade localizada a 42 km de distância para

comunicar ao povo que o seu exército comandado por Milcíades havia derrotado as tropas

persas de Dario. Em 23 a.C. aproximadamente fora criado o Correio Romano, uma carruagem

Page 3: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

3

para transportar informações. No ano 640 é destruída a Biblioteca de Alexandria, construída

por Ptolomeu Filadelfo no início do terceiro século a.C. para reunir os livros do mundo todo e

destruída mais de mil anos depois. Em 1455, Gutenberg cria a técnica de impressão,

utilizando a Bíblia para reprodução, e o seu principal objetivo era a impressão em massa, o

que modificaria a cultura para sempre. A partir disso, várias máquinas e técnicas foram

criadas com o objetivo de facilitar a comunicação entre os seres: calculadora mecânica de

Pascal em 1642; cilindro criptográfico usado na Guerra da secessão – EUA em 1863;

invenção do telefone em 1876; máquina de criptografia com teclado de Hebern – 1917;

ENIAC, primeiro computador criado pelo exército americano – 1946; IBM lança o

Mainframe S/390, primeiro computador multitarefa comercial; 1980 – começo da

popularização dos computadores pessoais; 1984 – Criada a ISSA – Information Systems

Security Association, primeira associação para profissionais de segurança de sistemas; 1986 -

Computer Fraud and Abuse Act é a primeira lei que tipifica crimes de computador; 1995 –

urnas eletrônicas oferece liderança tecnológica na área ao Brasil; 1997 - Receita Federal

começa a receber declarações de Imposto de Renda pela Internet (em 97 foram recebidas

470.000 declarações pela web, como afirma SANTOS (2008)); 1999 - Vírus de macro

Melissa se propaga por e-mails causando prejuízos estimados em US$ 80 milhões (Ibidem);

ataques de vírus e crackers em sites importantes tem sido uma constante nos últimos tempos.

Através de órgãos e instituições publicas foram criadas normas específicas para a

padronização do sistema de informações em geral e juntamente com elas surgiram aplicações

de legislações que levam em consideração conceitos e modelos de segurança.

FUNDAMENTOS EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Como afirma BARROS (2005), escândalos recentes provenientes de alterações de

informações das empresas forçaram a criação de leis e normas que trazem às empresas

motivações adicionais para o tratamento do problema de segurança dessas informações. Na

maioria das vezes em que ocorrem as perdas de informações ou dano das mesmas, as

empresas não possuem um departamento/área específica para lidar com a segurança das

informações e muitos menos um profissional para isso, por isso, muitas vezes sofrem enormes

prejuízos, o que demonstra a necessidade de estratégias de segurança da informação nas

organizações, assim como sistemas de informações que ofereçam esse tipo de segurança,

Page 4: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

4

dependendo do tipo e objetivo da informação. Assim, este tópico objetiva demonstrar

princípios, conceitos, política de segurança da informação e normalização.

O que é Segurança da Informação?

A Segurança da Informação se constitui de medidas que controlam e tratam

informações, criam e sistematizam sistemas e políticas de segurança de informações,

tornando-as acessíveis às pessoas autorizadas, protegendo-as de ataques diversos,

espionagem, falhas, erros de armazenagem, entre outros.

Os sistemas informatizados possibilitam diversas utilidades, assim como a internet, as

redes sociais e o compartilhamento de arquivos de qualquer parte para qualquer lugar,

contudo, o amplo uso desses serviços no mundo, faz com que determinadas informações se

tornem vulneráveis e precisem de certa segurança para circular numa rede e estar disponível

para alguém.

Informações são ativos que, como qualquer outro ativo importante para os negócios,

possuem valor para uma organização e consequentemente precisam ser protegidos

adequadamente. A Segurança da Informação em qualquer organização possibilita que

informações valiosas sejam protegidas, evitando possíveis erros e prejuízos diversos, o que

causaria uma perda grande de capital da empresa, dependendo da informação. As informações

podem ser de diversos conteúdos e suportes: papel, audiovisual, áudio, vídeo, digitais, online,

oral etc.

A maioria das organizações não dispõe de um setor específico para segurança das

informações em sua estrutura, apesar de ser extremamente necessário, o que faz com que

ocorram erros e perdas, fazendo com que a empresa crie e sistematize esse tipo de serviço

depois que prejuízos já tenham acontecido.

Princípios da Segurança de Informação

O tratamento e a manutenção das informações devem ser minuciosos, pois a

implantação de um sistema de segurança da informação numa organização, ou mesmo a

criação e sistematização de um setor dentro da empresa que seja responsável por essa área

pode evitar que problemas ocorram, tais como: vulnerabilidade, ameaças, riscos de

Page 5: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

5

perda/dano, interferência no mercado competitivo, vazamento de informação confidencial,

mal uso entre outros. Os elementos principais de uma informação segura são:

Confidencialidade: garantir que as informações sejam disponibilizadas para as

pessoas certas e autorizadas, e impedir que esse acesso chegue à outros;

Integridade: garantir que a informação não sofra alteração que danifique-a; sem

duplicação, inserção indevida, modificação, sem reordenação ou repetições.

Disponibilidade: garantir o acesso à informação adequada às pessoas

autorizadas, cuidando para que estejam disponíveis quando preciso, em qualquer

momento e lugar.

Requisitos de Segurança

A Norma ISO/IEC 17799 (2000) traz três requisitos de segurança, sendo eles:

1. É derivada da avaliação dos riscos contra a organização. Através da avaliação

de riscos as ameaças aos ativos são identificadas, a vulnerabilidade e a

probabilidade de ocorrência são avaliadas e o impacto potencial é estimado.

2. Exigências legais, estatutárias, regulamentadoras e contratuais que uma

organização, seus parceiros comerciais, empreiteiros e fornecedores de serviços

precisam atender.

3. Conjunto específico de princípios, objetivos e requisitos para processamento de

informações que uma organização desenvolveu para dar suporte a suas operações.

Principais Ameaças

Há diversas ameaças suscetíveis quando uma organização não dispõe de um setor

específico para segurança da informação em sua estrutura e para sua sistematização e

execução ainda não possui suas próprias políticas e diretrizes de segurança. Destacam-se aqui,

algumas possíveis ameaças:

Naturais: incêndios, enchentes, blecautes;

Organizacionais: erros, fraudes, circulação/mudança constante de pessoas; falha

na estrutura, falta de pessoal qualificado para liderar com a segurança das

informações, ausência de política e diretrizes próprias;

Page 6: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

6

Tecnológicos: “bugs”, ataques, invasões, equipamentos obsoletos para

tratamento das informações, desatualização do suporte no qual as informações se

encontram, falta de pessoal qualificado no uso das novas tecnologias;

Sociais: greve, ausência de líderes no setor, detrimento de informações valiosas

com uma pessoa ou poucas (sem preocupação de saída da organização da

pessoa, falecimento, espionagem etc);

Jurídicas: perda/desaparecimento de informações valiosas, ocasionando

processos, prejuízos no capital da organização e má reputação.

POLÍTICAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Levando em conta as diversas ameaças e riscos das informações na organização, é de

extrema importância que haja uma política de segurança estruturada e que seja a base para que

o sistema de segurança funcione continuamente. Entretanto, criar um política de segurança da

informação não é tão fácil e para que a mesma funcione adequadamente, diversos fatores

decisivos tem que estar de acordo: a estrutura organizacional; as normas, regulamentos da

empresa; a forma de monitoria, avaliação e controle da segurança da informação; os sistemas

tecnológicos utilizados e a colaboração de todo pessoal da organização, principalmente os

líderes de cada setor, além disso, uma política tem que ser construída com base na missão,

objetivos e valores da organização.

Segundo uma pesquisa SMICALUK et al (200?), com 17 funcionários de

multinacionais, abrangendo o assunto políticas de segurança, 94% sabe o que é e 88%

conhecem a política da organização da qual trabalham. Estes dados demonstram que

atualmente, muitas empresas já criaram sua própria política de segurança e procuram divulgá-

la aos funcionários de toda a organização, visto que todos devem estar cientes e treinados, já

que uma política de sucesso é aquela que envolve a organização como um todo. Além deste,

diversos outros estudos já vêm sendo realizados sobre esse assunto, e percebe-se na literatura

modelos de políticas que dão certo e exemplos de estratégias de segurança que determinadas

empresas utilizam.

O documento de Políticas de Segurança

Page 7: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

7

O documento que institui a Política de Segurança dentro da organização deve ser

aprovado pelas autoridades devidas da empresa, publicado e divulgado a todos. A Norma

ISO/IEC 17799 (2000) traz as orientações básicas que deve conter numa Política de

Segurança:

Uma definição de segurança de informações, seus objetivos gerais e escopo e a

importância da segurança como um mecanismo que possibilite o compartilhamento de

informações;

Uma declaração de intenção da gerência, apoiando os objetivos e princípios da

segurança de informações;

Uma breve explanação das políticas, princípios e padrões de segurança e das

exigências a serem obedecidas que são de particular importância para a organização,

por exemplo:

o Obediência às exigências legislativas e contratuais;

o Necessidades de educação (treinamento) para segurança;

o Prevenção e detecção de vírus e outros softwares prejudiciais;

o Gerenciamento da continuidade do negócio;

o Conseqüências das violações da política de segurança;

Uma definição das responsabilidades gerais e específicas pela gestão da segurança das

informações, incluindo relatórios de incidentes de segurança;

Referências a documentos que podem apoiar a política (políticas de segurança mais

detalhadas e procedimentos para sistemas de informação específicos ou regras de

segurança que os usuários devem obedecer).

Revisão, avaliação e reestruturação

A Política de Segurança deve ser frequentemente revisada e avaliada. Quaisquer

mudanças, avanços e novidades no ambiente interno e externo da organização irão afetar

indireta ou diretamente a atuação a Política da empresa. É importante que haja pessoas

encarregadas dessas tarefas para que, caso necessário, sejam feitas mudanças no documento e

na execução das ações possíveis.

Exemplos de Políticas de Segurança

Page 8: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

8

Um exemplo de organização que possui uma Política criada, de acordo com leis e

divulgada, é a bolsa de valores BM&FBOVESPA. A BM&FBOVESPA é uma companhia de

capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores

de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Sua Política de segurança abrange

diversos aspectos, dentre eles: estrutura normativa da segurança da informação; divulgação e

acesso à estrutura normativa; aprovação e revisão; atribuições e responsabilidades na gestão

de segurança da informação; comitê gestor de segurança da informação (CGSI); diretrizes de

segurança da informação, dentre outras.

O PRODERJ – Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio

de Janeiro –vinculado à Secretaria de Estado da Casa Civil – é o órgão gestor de Tecnologia

da Informação e Comunicação (TIC) do Governo do Estado, desempenhando o papel de

propor diretrizes e orientações técnicas voltadas para o estabelecimento da política de TIC no

âmbito da administração pública estadual. Possui uma Política de Segurança da Informação

que apresenta os seguintes aspectos: termos e definições da área de segurança e TI; normas de

utilização da internet; normas de contas e senhas para usuários; normas de utilização de e-

mail; normas para gestão de ativos; normas de contas e senhas para administradores e ainda

traz um termo individual que o usuário declara estar ciente e concordar com a política de

segurança e suas diretrizes.

Órgãos governamentais também dispõem de Políticas de Segurança e, dentre eles, pode-

se ressaltar o Ministério da Justiça, que instituiu sua Política através da Portaria Nº 279, de

10 de março de 2006, que estabelece a finalidade da mesma; a freqüência de revisão; os

termos e definições afins; traz os princípios de segurança; conceitos e funções de segurança

organizacional; controle e classificação dos ativos de informação; segurança em pessoas,

dentre outros.

NORMAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Decretos Nacionais

O Decreto no 3.505, de 13 de junho de 2000 “institui a Política de Segurança da

Informação nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal”. E trata de

pressupostos gerais de Políticas de Segurança, tais como: assegurar a privacidade humana;

Page 9: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

9

garantir a confidencialidade de determinadas informações; conscientização dos órgãos e das

entidades da Administração Pública Federal sobre a importância das informações processadas

e sobre o risco da sua vulnerabilidade; objetivos de uma Política etc.

O Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002 ―dispõe sobre a salvaguarda de dados,

informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do

Estado, no âmbito da Administração Pública Federal” e apresenta importantes conceitos e

definições, tais como os princípios de segurança; classificação segundo o grau de sigilo;

gestão de dados ou informações sigilosos; da disponibilização/acesso das informações; dos

sistemas de informação.

Normas Técnicas

A ISO/IEC 17799 Tecnologia da Informação – Código de Prática para Gestão da

Segurança de Informações é uma norma de Segurança da Informação revisada em 2005 pela

ISO (International Standardization Organization) e pela IEC (International Electrotechnical

Commission). A versão original foi publicada em 2000, que por sua vez era uma cópia do

padrão britânico British Standard 7799-1, de 1999. No Brasil, a norma correspondente à ISO

é a NBR ISO/IEC 17799 de 2007. A ISO começou a publicar a série de normas 27000, em

substituição à ISO 17799, das quais a primeira, ISO 2700 e, foi publicada em 2005, no Brasil,

a equivalente é a NBR ISO/IEC 27001 Tecnologia da informação — Técnicas de

segurança — Sistemas de gestão de segurança da informação — Requisitos, publicada

em 2006.

CONCLUSÃO

A partir das discussões e dados apresentados, percebe-se, atualmente, o estudo e

implantação de serviços e Políticas na área de Segurança da Informação. Devido à troca de

informações constante entre as pessoas, e aos riscos e ameaças em que se encontram as

informações de valor, a principal função de impor estratégias de Segurança Informacional

numa organização é tratar essas informações de acordo com seu conteúdo, confidencialidade,

autenticidade, de modo que a informação não se perca e se danifique, causando prejuízos à

organização.

Page 10: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

10

Fica evidente, pois, que estabelecer estratégias nesse campo pode ser até decisivo para o

sucesso da empresa, pois determinadas informações na nossa sociedade dispõem de valor

cultural, social e financeiro, principalmente.

Utilizar estratégias de Segurança da Informação, criar uma Política de Segurança e

regularizá-las conforme as leis nacionais e internacionais diminui riscos e ameaças, cria uma

boa reputação para a organização, auxilia a empresa no mercado competitivo, previne erros e

falhas possíveis no futuro dentre outras vantagens.

REFERÊNCIAS

SILVA JUNIOR, João Carlos da. Segurança da informação. In: SEMANA DE

INFORMÁTICA – CEUNSP, 2., 2005, São Paulo. Segurança da Informação. Disponível

em: <http://www.ceunsp.edu.br/eventos/seminfo/material/joao_carlos_seguranca.pdf>.

Acesso em: 19 jun. 2010. 26p.

SILVA, Moisés Benigno da. A importância da gestão da segurança da informação nas

instituições particulares de ensino superior do grande Recife. Disponível em: <

http://www.moisesbenigno.com/Artigo_MoisesBenigno.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2010. 14p.

INTERNATIONAL STANDARDIZATION ORGANIZATION; INTERNATIONAL

ELECTROTECHNICAL COMMISSION. ISO/IEC 17799: tecnologia da informação –

código de prática para gestão da segurança de informações. Traduzida para o português. 2002.

93p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 17799:

tecnologia da informação - código de prática para a gestão da segurança da informação. Rio

de Janeiro, 2001. 56p.

SANTOS JUNIOR, Paulo Sérgio Trocolli. Segurança em sistemas de informação.

CienteFico, ano IV, v. I, Salvador, Jan-jun, 2004. Disponível em: <

http://www.frb.br/ciente/Impressa/Info/I.7.Santos,PS.Seguran%C3%A7aSI.pdf>. Acesso em:

18 jun. 2010. 11p.

SMICALUK, Adriana et al. Política de Segurança da Informação. Orlei José Pombeiro.

[S.l.], [s.d.] Disponível em: <www.orleijp.eng.br/compSociedade.pdf>. Acesso em: 18 jun.

2010.

Page 11: A IMPORTÂNCIA DO USO DE ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

11

MARCIANO, João Luiz Pereira. Segurança da Informação: uma abordagem social. 2006.

212f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) -Departamento de Ciência da Informação e

Documentação, Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

BARROS, Augusto Quadros Paes de. Tendências do mercado de serviços de segurança da

informação. 2005. Disponível em: <http://www.paesdebarros.com.br/artigo.pdf>. Acesso

em: 20 jun. 2010. 6p.