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SEMINÁRIO DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DO NORDESTE SEMA Salvador - BA Novembro/2009 Evolução e Perspectivas da Arbitragem no Brasil.

Evolução e Perspectivas da Arbitragem no Brasil

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Palestra: Evolução e Perspectivas da Arbitragem no Brasil Palestrante: Hudson Lídio Navarro - Consultor Especial da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE) e Diretor Superintendente da Câmara Mineira de Mediação e Arbitragem (CAMINAS) Evento: I Seminário de Mediação e Arbitragem do Nordeste - SEMA. Realização: CFA - Conselho Federal de Administração e CRA/BA - Conselho Regional de Administração da Bahia.

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  • 1. SEMINRIO DE MEDIAO E ARBITRAGEM DO NORDESTESEMA Salvador - BA Novembro/2009 Evoluo e Perspectivas da Arbitragem no Brasil.

2. O CONTEXTO BRASIL CONCEITO CULTURAL DE JUSTIA LATINOS ANGLO-SAXES Foco no Estado- Sociedade soberana Estado Provedor- Foco no cidadoEstado nica via- Estado garantidorPostura Emocional- Postura pragmticaPrevalncia do legislado- Prevalncia do contratado s/ contratados/ legislado 3. O CONTEXTO BRASIL

  • A evoluo cultural da sociedade-lenta mas irreversvel.
  • Anos 90:
  • gide da Constituio de 88.
  • Foco no cidado. No Estado de Direito.
  • Consolidao dos princpios constitucionais aprimoramento democrtico.
  • Disseminao / democratizao ampla de informao internet, celular, outros.
  • Convivncia da sociedade com movimentos sociais organizados ONGs, MST, greves, estatutos especiais, etc...
  • Fatores de aprimoramento e consolidao democrtica.

4. IMPACTOS NO SETOR PRODUTIVO A EMPRESA DO 3 MILNIO

  • Administrao necessariamente mais transparente.
  • Amplo nvel de interao entre os diversos entes.
  • Postura negocial (cidados, sociedade,ambiente, Estado).
  • Foco na responsabilidade social, ambiental, fiscal....

5. A sociedade contempornea, no mais admite o empresrio descomprometido, o Advogado meramente litigante Conhecer o contexto Postura negocial Objetividade Foco na soluo eficaz Em resultado IMPACTOS NAS RELAES 6. Mediao e Arbitragem Institutos distintos

  • Mediao
  • Busca a construo de acordo
  • Instaurao voluntria
  • Eficcia relativa
  • Acordo:
  • - No homologado tt.exec. extra-judicial
  • - Homologado tit. exec. judicial
  • Qualquer matria

7. ARBITRAGEM - CONCEITO

  • Instrumentoextrajudicial desoluode controvrsias deeficcia plena .
  • - soberania da vontade
  • - autonomia para contratar
  • - prevalncia do contratado

8.

  • Mediao e Arbitragem Institutos distintos
  • Arbitragem
  • Instituto Jurdico Lei prpria 9307/96;
  • Apreciao, Julgamento e atribuio de direitos ;
  • Instaurao voluntria ou compulsria (C.C);
  • Eficcia plena / coisa julgada formal e material;
  • Sentena tt. exec. judicial - h que ser cumprida;
  • Direitos patrimoniais disponveis.

9. Arbitragem Institucional

  • Regulamento de Arbitragem
  • Pea fundamental assegura a eficincia do procedimento arbitral e a eficcia do seu resultado ( Sentena ).
  • oCPCda Arbitragem

10. Natureza da Conveno de Arbitragem: Contratual - Clusula Compromissria: co-obriga as partes - Compromisso Arbitral: aperfeioa a Conveno Conveno de Arbitragem 11. Arbitragem Por que adotar?

  • Celeridade / - 6 meses no cabe recurso
  • Objetividade no julgamento
  • rbitros especialistas / foco
  • Soluo efetiva
  • Relao custo benefcio
  • Conteno de riscos empresariais / sigilo
  • - Contratos societrios / parcerias

12. Por que a dvida? Mitos decorrentes de:desinformao,preconceito, medo do novo, cultura deEstado Provedor 13. Contratos vocacionados para Arbitragem

  • Comerciais: compra / venda, prestao de servios, empreitada, outros;
  • Contratos de natureza tcnica engenharia, tecnologia, saber especfico;
  • Contratos atpicos ( convenes, convnios, outros )
  • Contratos de Franchising;
  • Contratos societrios.

14. Sentena Modelo 15. Panorama de Arbitragem no Brasil

  • Qualidade da lei;
  • Delimitao clara de atribuies;
  • Prevalncia do modelo institucional;
  • Privilgio da independncia.

16. Papel do Judicirio na Arbitragem

  • Emprestar a mo coercitiva do Estado;
  • Assegurar as medidas de carter restritivo de fora;
  • Garantir a eficcia

17. Riscos da Arbitragem no Brasil

  • Modelo hbridos ( ex.: Gois, outros );
  • Relaes incestuosas com o Judicirio;
  • Trfico de influncia;
  • Descaracterizao do instituto;
  • Descrdito.

18. Ponto crtico Arbitragem nas relaes de consumo

  • Atrativos
  • - relaes de consumo
  • canto de sereia;
  • - escala/volume
  • - R$fcil
  • Consequncias
  • desvirtuamento dos institutos (conciliao, mediao, arbitragem);
  • relaes empresas / consumidores viciadas
  • falta derigorprocedimental
  • relaes de interesses Empresas / Instituies;
  • cultura de hiposuficincia;
  • cultura de estado provedor;
  • descrdito

19. Arbitragem no Mundo Ocidental

  • Instituto de prtica consolidada
  • Adoo inclusive nas relaes com o Estado
  • Relaes de consumo transparentes, normatizadas
  • Contratantes conscientes de deveres e obrigaes
  • Prevalncia do Contratado sobre o Legislado

20. Sentena Modelo 21.

  • Sentena Modelo
  • Procedimento Arbitral n. XXXX
  • Requerente: Pessoa fsica-scio
  • Requerido:Pessoa fsica-scio
  • Objeto.:dissoluo societria com apurao
  • de haveres.
  • Empresa de transporte coletivo
  • Existncia de Clusula Compromissria

22. DA DECISO Por tudo quanto dos autos consta: VII A) Atribuo, a ttulo de atendimento ao objeto desta arbitragem, s cotas do REQUERENTE, no capital social da Empresa Y, correspondentes a 35% (trinta e cinco por cento), o valor deR$10.000.000,00 (dez milhes) , correspondentes cifra avaliada pelo i.expertde R$ 11.000.000,00 , subtrada em 10%, referente aorisco do negciorelacionado Ao Civil Pblica do MPE. 23. VII B) Determino a resoluo doaffectio societatisentre as partes, mediante o pagamento pelo REQUERIDO ao REQUERENTE da quantia atribuda, por este rbitro, no item anterior VII A.VII C) FORMA DE PAGAMENTO: A despeito da clusula do Contrato Social da Empresa Y que fixa o pagamento do valor das cotas do scio retirante em 12 (doze) parcelas mensais e consecutivas, e em atendimento ao princpio de preservao da empresa, determino que a quantia seja paga em 44 (quarenta e quatro) parcelas, conforme a seguir: 24. Comeando a primeira em 10 de setembro de 2006 e terminando a ltima em 10 de abril de 2010. Da primeira parcela ser abatido o valor correspondente a R$ 50.000,00 (cinqenta mil reais), referente a cinco parcelas de R$10.000,00 pagas como adiantamento. 25. VII D) Determino que as 44 (quarenta e quatro) parcelas sejam representadas, respectivamente, por 44 Notas Promissrias de emisso do REQUERIDO, com o aval do prprio REQUERIDO, bem como da Empresa Y. VII E) CONDIES DE INADIMPLNCIA: multa de 0,33% (trinta e trs centsimos por cento) aodia, at o limite de 10% (dez por cento) do valor da parcela.correo monetria pelo IGP-M.juros de mora de 1% (um por cento) ao ms calculado sobre o montante atualizado. 26. VII F) Determino que se proceda s alteraes da Empresa Y, para o regular prosseguimento do objeto social da empresa, ressalvando que a transferncia das cotas do REQUERENTE para o REQUERIDO ter reserva de domnio at a efetiva quitao do valor atribudo, por este rbitro, no item VII A, bem como fica suspensa qualquer alienao de bens tangveis (ativos) e intangveis (contratos, concesses) sem a prvia concordncia do REQUERENTE, a no ser que a alienao seja feita no sentido de quitar parte ou saldo remanescente do, j referido, valor atribudo no item VII A. 27. VII G) Condeno o REQUERIDO a pagar todas as custas do Procedimento, taxa de administrao e honorrios do rbitro e dos peritos, exceto aquelas partes dos valores j pagas pelo REQUERENTE. 28. VII H) Registre-se, que os recibos de honorrios periciais foram emitidos pelos peritos, diretamente, em nome das partes. Este rbitro emitir notafiscal de seus honorrios em nome da parte REQUERIDA, e tais documentos sero disponibilizados por meio da Secretaria Geral da CAMINAS. 29. VII I) Concludos os pagamentos pelo REQUERIDO na forma desta sentena, fica o REQUERENTE quitado pelo REQUERIDO, de forma plena, rasa e irrevogvel, para nada mais requerer em relao s suas cotas da Empresa Y e ao presente Processo Arbitral, a qualquer ttulo e em que juzo for. 30. VII J) No caso da ocorrncia de fato gerador de tributo e correlatos, estes devero ser recolhidos na forma dos normativos de regncia. VII L) Conforme Compromisso Arbitral no h condenao em honorrios de sucumbncia. 31. VIII TERMO DE ENCERRAMENTO Em data de10 de agosto de 2007 , dentro do prazo estabelecido para a apresentao do Laudo/Sentena Arbitral, foi ele protocolado junto CAMINAS, assinado pelo rbitro.Diante da manifesta vontade do rbitro, das partes e de seus respectivos procuradores em encerrar esta arbitragem, exara-se, ora, esta sentena para que surta os seus regulares efeitos, como ttulo executivo, nos termos do art. 475-N, inciso IV, do Cdigo de Processo Civil, e assim declarar encerrado o Procedimento Arbitral com o pleno exame de mrito. 32. Em conformidade com o Regulamento da CAMINAS, intime-se as partes para conhecimento do Laudo/Sentena Arbitral e o REQUERIDO para que proceda aos pagamentos determinados, das custas processuais e dos honorrios do rbitro, no prazo fixado. 33. Concluses / Defesas

  • Quanto ao envolvimento dosMESCs , com o Judicirio, podemos e devemos contribuir. Porm, sem abrir mo dos princpios maiores da independncia e da autonomiada vontade das partes.
  • - O Judicirio h que ser preservado em suas funes maiores, nobres.
  • - H que reconhecer que, nas relaes de consumo e interpessoais, o Judicirio tem bons mecanismos: Procons, Juizados de Pequenas Causas, Juizados Especiais, Juntas de Conciliao, Defensorias....
  • Ainda assim, a nosso ver, h espao para parcerias de colaborao criativas nas reas da Mediao e da Conciliao Familiar, por exemplo.

34.

  • Gratos pela ateno!
  • Hudson Navarro
  • Consultoria em MESCs
  • [email_address]