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Exigência de Vistoria Técnica Parte 02 Modalidade de Licitação Concorrência Blog Licitações Públicas

Exigência de Vistoria Técnica - Parte 02

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Page 1: Exigência de Vistoria Técnica - Parte 02

Exigência de Vistoria Técnica

Parte 02

Modalidade de Licitação Concorrência

Blog Licitações Públicas

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IntroduçãoAgora vamos nos dedicar às obras e Serviços de

Engenharia, que são licitada através das

modalidades de licitação Concorrência e Tomada de

Preços.

Como a Modalidade de Licitação Tomada de Preços

atualmente está sendo muito pouco usada,

inclusive há rumores que a mesma será extinta,

quando da promulgação da nova lei de Licitações,

vamos nos ater neste estudo somente a

“Concorrência”.

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Lei 8666/93

Primeiramente vamos ver o que diz a Lei deLicitações sobre o assunto:

Art. 30. A documentação relativa à qualificação Técnicalimitar-se-á a:

I – [...]

II [...]

III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de querecebeu os documentos, e, quando exigido, de quetomou conhecimento de todas as informações e dascondições locais para o cumprimento das obrigaçõesobjeto da licitação (Grifo nosso);

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Instrução Normativa Nº 02 - SLTI

A Instrução Normativa 02 SLTI e suas alterações também versam sobre

esse assunto, conforme veremos:

Art. 19. Os instrumentos convocatórios devem o conter o disposto no art. 40 da Leinº 8.666, de 21 de junho de 1993, indicando ainda, quando couber:I – [...]II – [...]III – [...]IV - a exigência de realização de vistoria pelos licitantes, desde que devidamentejustificada no projeto básico, (grifo nosso) a ser atestada por meio de documentoemitido pela Administração.

Portanto na Letra da lei, a Administração Pública só pode exigir que

ocorra a Vistoria Técnica se for devidamente “JUSTIFICADA” no Projeto

Básico.

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Acórdão 234/2015-Plenário

A vistoria ao local das obras somente deve ser exigida quando for

imprescindível ao cumprimento adequado das obrigações contratuais,

o que deve ser justificado e demonstrado pela Administração no

processo de licitação, devendo o edital prever a possibilidade de

substituição do atestado de visita técnica por declaração do

responsável técnico de que possui pleno conhecimento do objeto. As

visitas ao local de execução da obra devem ser prioritariamente

compreendidas como um direito subjetivo da empresa licitante, e não

uma obrigação imposta pela Administração (grifo nosso), motivo pelo

qual devem ser uma faculdade dada pela Administração aos

participantes do certame.

Page 7: Exigência de Vistoria Técnica - Parte 02

Contratação de Engenheiro?

Neste ponto, fica a seguinte questão, nos casos em

que a obrigatoriedade de haver a Vistoria técnica, é

realmente necessária que o licitante tenha em seu

quadro um Engenheiro devidamente contratado,

como exige alguns editais?

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Acórdão 2.299/2011-Plenário

Qualificação econômico-financeira e Licitação de

obra pública: 1 – No caso de exigência de visita

técnica, não há necessidade de que esta seja

realizada pelo engenheiro responsável técnico

integrante dos quadros da licitante, pois isto

imporia, de modo indevido, contratação do

profissional antes mesmo da realização da licitação.

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Acórdão 2826/2014-Plenário

A exigência de visita técnica antes da licitação é

admitida, desde que atendidos os seguintes

requisitos: (i) demonstração da imprescindibilidade

da visita; (ii) não imposição de que a visita seja

realizada pelo engenheiro responsável pela obra; e

(iii) não seja estabelecido prazo exíguo para os

licitantes vistoriarem os diversos locais onde os

serviços serão executados.

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Acórdão 234/2015-Plenário

•Sendo necessária a exigência de vistoria técnica,

admite-se que as licitantes contratem profissional

técnico para esse fim específico, não sendo exigível

que a visita seja feita por engenheiro do quadro

permanente das licitantes.

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Posição do TCU

•Como podemos ver, a posição reinante no TCU, é

que não há necessidade de ter um Engenheiro em

seus quadros, apenas para a realização da Vistoria

Técnica, por isso aumentaria os custos das

empresas licitantes, o que faria que uma parte

delas, não participasse das licitações restringindo o

caráter competitivo do certame.

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Obras e Serviços de Engenharia

Na grande maioria das Concorrências públicas de obras e serviços de

engenharia, há necessidade de que haja Vistoria Técnica no local onde

serão executados os serviços, porém não há a necessidade das

empresas licitantes terem um engenheiro habilitado em seus quadros,

antes da realização da obra, podendo ser contratado um engenheiro

especificamente para a vistoria Técnica, se realmente for necessário.

A obrigatoriedade ou não de Vistoria Técnica em Concorrências de

Obras e Serviços de Engenharia é Tema muito abordado nas

Jurisprudências do TCU, existindo dezenas de Acórdãos sobre o

assunto, portanto cabe ao Administrador ponderar sobre a sua

inclusão ou não nos editais de licitação e aos licitantes cabe o direito

de (tentar) impugnar ou não os Termos do Edital.

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Vistoria Técnica

A Função da Vistoria Técnica é fornecer aos licitantes,

antes da elaboração de sua proposta de preços, o

conhecimento real das condições do local onde será

executado o objeto licitado.

Outro fato também a ser analisado, é que em uma

Vistoria Técnica, há a possibilidade de vislumbrar algo que

a Administração não constatou, dando assim condições

para que o licitante Impugne o Edital, para que haja a

correção deste vicio.

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Conclusão

Nestes dois Artigos sobre Vistoria Técnica, sendo o

primeiro baseado nas Licitações da Modalidade Pregão e

o segundo (atual) na Modalidade Concorrência, Vimos

que em regra geral no primeiro caso, não há necessidade

de realização de Vistoria Técnica (há exceções) e no

segundo caso, geralmente é necessário que seja feita a

Vistoria Técnica, porém sem a comprovação de ter um

engenheiro em seus quadros, antes da realização da

Obra/Serviço.

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Sobre

Marcos Antonio da Silva é Empreendedor Online, e

atua também na área de Consultoria de Licitações e

Contratos Administrativos e é Responsável pelo

Blog Licitações Públicas..

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