80
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Centro de Ciências Sociais Aplicadas Curso de Administração Trabalho de Conclusão de Curso RENAN GUSTAVO CRIPPA MARCONDES FREITAS GERAÇÃO DE VALOR NAS COMPRAS ORGANIZACIONAIS E AS INFLUÊNCIAS NA RELAÇÃO BUSINESS TO BUSINESS Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Olga M. Coutinho Pépece Maringá PR 2012

Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Curso de Administração

Trabalho de Conclusão de Curso

RENAN GUSTAVO CRIPPA MARCONDES FREITAS

GERAÇÃO DE VALOR NAS COMPRAS ORGANIZACIONAIS E AS

INFLUÊNCIAS NA RELAÇÃO BUSINESS TO BUSINESS

Trabalho de Conclusão do Curso de

Administração da Universidade Estadual

de Maringá.

Orientadora: Olga M. Coutinho Pépece

Maringá – PR

2012

Page 2: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

2

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Curso de Administração

Trabalho de Conclusão de Curso

RENAN GUSTAVO CRIPPA MARCONDES FREITAS

GERAÇÃO DE VALOR NAS COMPRAS ORGANIZACIONAIS E AS

INFLUÊNCIAS NA RELAÇÃO BUSINESS TO BUSINESS

Maringá – PR

2012

Page 3: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

3

GERAÇÃO DE VALOR NAS COMPRAS ORGANIZACIONAIS E AS

INFLUÊNCIAS NA RELAÇÃO BUSINESS TO BUSINESS

PARECER DA BANCA EXAMINADORA

ALUNO : Renan Gustavo Crippa Marcondes Freitas

DATA DA DEFESA: 09/11/2012

Trabalho apresentado nesta data ao Curso de Administração da

Universidade Estadual de Maringá como requisito da disciplina 4061 - Trabalho

de Conclusão de Curso, examinado pela Banca Examinadora composta pelos

professores:

_______________________________________

Professora Doutora Olga Maria Coutinho Pepece (Orientador)

______________________________________

Professor Mestre Vitor Koki da Costa Nogami (Professor Convidado)

PARECER CONCLUSIVO:

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 4: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

4

AGRADECIMENTOS

À Universidade Estadual de Maringá e aos

professores da instituição que me

proporcionaram aprendizado imensurável

durante essa etapa da minha carreira.

À ADECON e FEJEPAR, por me proporcionar

experiências pessoais e profissionais

inesquecíveis.

À minha orientadora, que além desse trabalho,

também me apoiou durante a graduação.

À minha família, provedora de todo o suporte

para essa etapa da minha carreira.

À todos meus amigos que fizeram essa fase da

minha vida ser a melhor possível.

Page 5: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

5

“Ame o que faz e não trabalhará um dia

sequer na vida”.

Confúcio

Page 6: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

6

FREITAS, Renan G. C. M. Geração de valor nas compras organizacionais e

as influências na relação Business to Business. Trabalho de Conclusão de

Curso. (Graduação em Administração) - Universidade Estadual de Maringá.

Orientador: Prof. Dr. Olga M. Coutinho Pepece

RESUMO

Com base na carteira de clientes ativos de uma empresa

distribuidora de equipamentos de proteção individual, o presente estudo tem o

objetivo de investigar quais fatores são geradores de valor na relação entre as

empresas que são expostos na literatura analisada sobre Business to Business

para a elaboração do trabalho. A pesquisa tem caráter descritivo e quantitativo

transversal com coleta de dados por telefone com os compradores das

empresas encontradas na lista de clientes da distribuidora. Os dados coletados

servem às análises para as considerações finais do presente estudo afim de

confirmar quais fatores geram valor no processo de compra de equipamentos de

proteção individual.

Palavras-chave: Business to Business, Geração de valor, Compra

organizacional.

Page 7: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

7

ABSTRACT

Based on an IPE (Individual Protective Equipment) wholesaler client

portfolio, this review has the objective of to investigate what factors can create

value in the relationships between companies that are exposed in the literature

about Business to Business that was used to do this study. The research is a

descriptive and transversal quantitative data collection by phone with buyers of

companies listed at the client’s portfolio of the wholesaler. The data collected are

used for analyses to the finals considerations of the present review to affirm what

factors create value on buying process of IPE.

Keywords: Business to Business, Value Creation, Organizational buying.

Page 8: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

8

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 12

1.1 Contextualização ..................................................................................... 12

1.2 Objetivos ................................................................................................. 13

1.3 Justificativa.............................................................................................. 14

2. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 15

2.1 O ambiente das compras organizacionais .............................................. 15

2.2 Características do mercado organizacional ............................................ 16

2.3 Diferenças entre Marketing B2C e B2B .................................................. 17

2.4 Tipos de compradores organizacionais ................................................... 19

2.5 O processo de compra organizacional .................................................... 20

2.6 Tipos de compra organizacional ............................................................. 23

2.6.1 Recompra direta ............................................................................... 23

2.6.2 Recompra modificada ....................................................................... 24

2.6.3 Compra nova .................................................................................... 24

2.7 Fatores influenciadores da compra ......................................................... 25

2.8 Geradores de valor no processo de compra organizacional ................... 26

2.8.1 Preço ................................................................................................ 27

2.8.2 Marca forte ........................................................................................ 28

2.8.4 Tecnologia ........................................................................................ 29

2.8.5 Valor para intermediários .................................................................. 30

2.8.6 Sustentabilidade ............................................................................... 31

3. Metodologia ............................................................................................... 34

4. apresentação e interpretação dos dados ................................................... 37

4.1 Fatores gerais ......................................................................................... 38

4.2 Preço ....................................................................................................... 44

4.3 Marca forte .............................................................................................. 46

4.4 Sustentabilidade e Marketing verde ........................................................ 50

4.5 Importância e valor do intermediário na distribuição ............................... 54

4.6 Tecnologia............................................................................................... 56

5. Considerações finais .................................................................................... 61

Page 9: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

9

5.1 Fatores geradores de valor ..................................................................... 61

5.3 Limitações do estudo .............................................................................. 63

5.4 Sugestões de estudos futuros ................................................................. 63

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65

apêndice a ........................................................................................................ 68

apêndice b ........................................................................................................ 71

Page 10: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

10

SUMÁRIO DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - De quanto em quanto tempo você compra EPI? ............................ 38

Gráfico 2 - Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI?

......................................................................................................................... 39

Gráfico 3 - Vocês utilizam cotação? ................................................................. 40

Gráfico 4 - Para quantas empresas em média você solicita cotação? ............. 41

Gráfico 5 - Das empresas que você solicita cotações, você costuma comprar os

produtos de quantas empresas? ...................................................................... 42

Gráfico 6 - Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o produto

dessa empresa? ............................................................................................... 43

Gráfico 7 - De 0 a 10 qual a influência do preço no momento da compra? ...... 45

Gráfico 8 - De 0 a 10 qual a influência da marca ser conhecida no momento da

compra? ........................................................................................................... 46

Gráfico 9 - Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece? .. 47

Gráfico 10 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse

produto? ........................................................................................................... 48

Gráfico 11 - De 0 a 10 qual a influência do produto ser sustentável no momento

da compra? ...................................................................................................... 50

Gráfico 12 - Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse de

uma empresa preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na

fabricação dos seus produtos dando o correto fim para seus resíduos e esse

produto ser biodegradável? .............................................................................. 51

Gráfico 13 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse

produto? ........................................................................................................... 52

Gráfico 14 - Você compra EPI direto da fábrica? ............................................. 54

Gráfico 15 - Se sim, por que você compra direto da fábrica? ........................... 55

Gráfico 16 - Você compra produtos de EPI pela internet? ............................... 56

Gráfico 17 - O que te levaria a comprar os produtos pela internet? ................. 57

Gráfico 18 - Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal

direto, conectado a sua empresa não necessitando de todo o processo de

cotação e que programasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais

por esse serviço? ............................................................................................. 58

Gráfico 19 - Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria disposto a pagar mais

por esse produto? ............................................................................................ 59

Page 11: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

11

SUMÁRIO DE TABELAS

Tabela 1 - De quanto em quanto tempo você compra EPI? ............................. 38

Tabela 2 - Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI?

......................................................................................................................... 39

Tabela 3 - Vocês utilizam cotação? .................................................................. 40

Tabela 4 - Para quantas empresas em média você solicita cotação? .............. 41

Tabela 5 - Das empresas que você solicita cotações, você costuma comprar os

produtos de quantas empresas? ...................................................................... 42

Tabela 6 -- Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o poduto

dessa empresa? ............................................................................................... 43

Tabela 7 - De 0 a 10 qual a influência do preço no momento da compra? ...... 45

Tabela 8 - De 0 a 10 qual a influência da marca ser conhecida no momento da

compra? ........................................................................................................... 47

Tabela 9 - Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece? .. 48

Tabela 10 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse

produto? ........................................................................................................... 49

Tabela 11 - De 0 a 10 qual a influência do produto ser sustentável no momento

da compra? ...................................................................................................... 50

Tabela 12 - Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse de

uma empresa preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na

fabricação dos seus produtos dando o correto fim para seus resíduos e esse

produto ser biodegradável? .............................................................................. 52

Tabela 13 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse

produto? ........................................................................................................... 53

Tabela 14 - Você compra EPI direto da fábrica? .............................................. 54

Tabela 15 - Se sim, por que você compra direto da fábrica? ........................... 55

Tabela 16 - Você compra produtos de EPI pela internet? ................................ 57

Tabela 17 - O que te levaria a comprar os produtos pela internet? .................. 58

Tabela 18 - Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal

direto, conectado a sua empresa não necessitando de todo o processo de

cotação e que programasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais

por esse serviço? ............................................................................................. 59

Tabela 19 - Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria disposto a pagar mais

por esse produto? ............................................................................................ 60

Page 12: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

12

1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

As organizações estão inseridas em um contexto dinâmico pelo qual são

afetadas diretamente e indiretamente por variáveis ambientais, sejam elas

clientes, economia, política, sociedade, matéria prima, fornecedores, entre

outros. Essas variáveis ambientais influenciam no modo como a empresa se

estabelece e se legitima no ambiente em que atua. Nesse contexto, as

organizações estabelecem diferentes transações comerciais, seja com seu

cliente final ou fornecedor, logo, deve-se analisar de modo mais próximo a

relação que se estrutura entre a organização e seus fornecedores e o vínculo

que se dá entre esses elementos (ROBBINS, 2000).

A sobrevivência das empresas nesse ambiente e o sucesso das mesmas

estão diretamente relacionados com a sua capacidade de atender às

necessidades dos seus clientes, as quais devem ser identificadas e entendidas

criando valor para o cliente de forma que conquiste e os fidelize (SILVEIRA,

2000).

É de suma relevância o estudo do comportamento de compra das

empresas, haja vista a complexidade do tema e o montante acerca das

transações organizacionais (SILVEIRA, 2000). O mercado de bens industriais é

formado por uma quantidade bem menor de compradores em comparação ao

mercado de consumo, porém esses poucos têm uma representatividade muito

maior no montante de vendas das organizações (KOTLER apud SILVEIRA).

A compra organizacional, ou compra Business to Business (B2B), é um

assunto pouco explorado nos estudos de marketing, porém a literatura

disponível mostra que há uma variação muito grande ao que tange a geração de

valor ao cliente organizacional ou comprador organizacional. As mudanças nos

estudos B2B vão desde o tipo de cliente, o mercado, comportamento dos

compradores, uso do produto por quem compra, até influências do ambiente e

estratégias de mercado utilizadas pela empresa (HUTT; SPEH apud FERREIRA;

IKEDA). A compra organizacional não é um evento isolado que acontece no

Page 13: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

13

ambiente, mas um processo de decisão onde há vários participantes

(FERREIRA; IKEDA, 2011).

Esse processo decisório é complexo, pois não se trata de consumidores

que vão até o mercado varejo para adquirir um produto e sofrem inúmeras

influencias do marketing. A decisão vem de técnicos especializados e

preparados para análise dos produtos, com critérios e objetivos pré-

estabelecidos (ALMEIDA; FARINA, 2007).

Diversos podem ser os aspectos analisados nas relações B2B.

TACCONI; LOPES; ALLOUFA; LEITE (2011) ressalta a importância da

confiança entre as pessoas das organizações que estão no processo de compra

como fator determinante para a compra, descrevendo confiança como uma

relação social entre as partes e a redução dos riscos na transação.

Ainda é possível afirmar que essa relação é mais próxima da empresa

com seu fornecedor no B2B, desta forma o marketing de relacionamento ganha

espaço forçando a empresa a oferecer obrigatoriamente algo diferente e muito

maior que apenas um produto, tendo que criar valor para o cliente organizacional

(ALMEIDA; FARINA, 2007).

De encontro a esses fatores, CHURCHILL; PETER (2010) afirma que as

decisões acerca de uma compra organizacional são altamente racionais, pois o

comprador remete a um superior para mostrar que sua decisão é a melhor, tendo

como objetivo maior trazer mais retorno para a organização.

1.2 Objetivos

Objetivo geral:

Investigar os fatores geradores de valor no processo de compra

organizacional e marketing Business to Business com base em pesquisa

realizada no setor de vendas de EPI (equipamento de proteção

individual).

Objetivos específicos:

Estudo aprofundado sobre marketing B2B

Mapeamento de variáveis que interferem nas compras organizacionais

Page 14: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

14

Identificar geradores de valor no processo de decisão do comprador

1.3 Justificativa

Os estudos mercadológicos devem compreender os mercados de

atuação das empresas que compreendem o marketing de consumo a

compradores individuais e compradores organizacionais quando se trata do

marketing industrial ou marketing organizacional. Os estudos atuais são

diretamente relacionados ao mercado de varejo e de compra do consumidor,

tornando pequena a quantidade de trabalhos sobre compras organizacionais

mesmo constatando o montante grande movimentado pelas compras industriais

(SILVEIRA, 2000).

O foco da pesquisa é utilizar a literatura disponível sobre Business to

Business para explicar o processo decisório de compra organizacional e quais

influências esses podem sofrer no ato da transação. A compreensão do B2B é

muito importante visto a complexidade do processo decisório do comprador

organizacional. Este sofre influências diferentes do consumidor final quando

quer adquirir um produto (FERREIRA; IKEDA, 2011).

Dessa abordagem cada vez mais específica acerca do Marketing, cabe

restringir o estudo somente a relação de B2B. Assim surgem novos espaços de

pesquisa como já dito anteriormente onde se diferencia do B2C e a relação de

consumidor para varejo, variando as influências que sofrem o tomador de

decisão de compra no momento de concretizar o ato. Portanto, a pesquisa visa

contribuir para as pesquisas organizacionais, visando compreender a relação

Business to Business (B2B) nas comprar organizacionais e também em como é

a geração de valor nesse modelo de transação mercadológica.

Page 15: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

15

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 O ambiente das compras organizacionais

No contexto de atuação das empresas atualmente, encontra-se grande

dinamicidade e incerteza no ambiente. Intrínseco a isso, as organizações

estabelecem diferentes transações comerciais, seja com seu cliente final ou

fornecedor, logo, deve-se analisar de modo mais próximo a relação que se

estrutura entre a organização e seus fornecedores e o vínculo que se dá entre

esses elementos (ROBBINS, 2000).

Churchill; Peter (2010) citam o processo decisório de compra

organizacional como de extrema importância tão quanto a geração de valor para

esses clientes, de forma que possam aumentar a lucratividade. Diferente do

Marketing para o consumidor final, esse é o objetivo principal de ambas as

partes nessa relação.

Nesse contexto, é importante compreender que há muitas diferenças do

marketing Business to Business (B2B) para o marketing Business to Consumer

(B2C), pois no primeiro é necessário entender o processo de decisão dos

clientes organizacionais (SETH; MITAL; NEWMAN apud SILVEIRA, 2000).

As empresas, segundo Chiavenato (2005) apud Santos e Tacconi (2009)

dependem de parceiros para realizar suas atividades e abastecer suas

operações que requerem matéria prima, insumos, equipamentos e uma extensa

variedade de demandas que precisam ser atendidas.

Os estudos atuais são diretamente relacionados ao mercado de varejo e

de compra do consumidor, tornando pequena a quantidade de trabalhos sobre

compras organizacionais mesmo constatando o montante grande movimentado

pelas compras industriais (SILVEIRA, 2000).

Nota-se que há poucas faculdades e instituições de ensino que agregam

a compra organizacional a sua grade curricular de graduação. A pesquisa de

compra organizacional no âmbito acadêmico torna-se sua maioria feita por

Page 16: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

16

especialistas da área o que a torna muito limitada, embora esteja crescendo

(BAILY apud SANTOS; TACCONI, 2009).

2.2 Características do mercado organizacional

Segundo Kotler (2000, p. 214) “o mercado empresarial é formado por

todas as organizações que produzem bens e serviços que são utilizados na

produção de outros produtos ou serviços que são vendidos, alugados ou

fornecidos a terceiros”. Esse mercado movimenta quantidade maior de dinheiro

e produtos nas suas transações (RODRIGUES, 2009). Em relação a isso,

KOTLER apud SILVEIRA (2009) argumentam que o mercado de compras

organizacionais diferencia-se na formação de um mercado com poucos

compradores que fazem grandes aquisições em volumes bem maiores, além de

estarem concentrados geograficamente em regiões.

Semenik e Bamossi (1996) apud Domingues (2008) discorrem que o

mercado organizacional refere-se a prática de compra e venda entre empresas,

o chamado business-to-business. O mercado de compra organizacional é

composto de poucas aquisições, porém em grande volume, os critérios de

decisão são extremamente racionais e tem um número alto de pessoas

envolvidas no processo (CHURCHILL; PETER, 2010).

Complementando, Kotler e Armstrong (2007) citam que o mercado

organizacional possui uma demanda derivada que advém da demanda de

vendas para o consumidor final, pois o fabricante adquire um produto para

atender uma demanda do mercado. Os profissionais de Marketing que

trabalham com Business to Business devem se esforçar na compreensão deste

mercado e o comportamento de compra organizacional.

Page 17: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

17

2.3 Diferenças entre Marketing B2C e B2B

O conceito de valor dentro do marketing B2C – Business to Consumer –

consiste em avaliar a diferença entre a percepção do cliente no uso dos produtos

ou serviços adquiridos de acordo com os gastos para adquirir. Acaba por sendo

uma relação entre o gasto que o consumidor despende – seja financeiro ou outro

tipo de esforço – com os benefícios, ou valor, que a experiência do produto irá

proporcionar (CHURCHILL; PETER, 2010).

Já a relação de valor no B2B – Business to Business – envolve muitos

critérios que vão além do B2C tornando a decisão de compra mais elaborada,

pautada em muito mais informações, conceitos técnicos e dependendo da

organização, há uma administração interna voltada para a análise dos benefícios

gerados, vantagens econômicas e redução de custos, buscando novos

mercados com objetivo de agregar valor ao foco estratégico da empresa de

forma que esse passe também para o cliente (RODRIGUES, 2009).

Kotler e Armostrong (2007, p.115) ressaltam que:

“Os mercados organizacionais diferem dos mercados consumidores de muitas maneiras. As principais diferenças residem na estrutura do mercado e sua demanda, na natureza das unidades de compra e nos tipos de decisões e processos de decisão”.

Do marketing de varejo para o marketing organizacional são inúmeras as

variações na forma como são estudadas as variáveis, diferenciando-se no

produto que adquirem estrutura de mercado, relação do preço com o processo

de compra, distribuição, promoção e relacionamento entre cliente-fornecedor

(SILVEIRA, 2000).

Na relação do produto com o seu comprador no mercado que envolve o

B2B, a participação da empresa no processo produtivo é bem maior,

principalmente quando se trata de produtos industriais. Normalmente, no

mercado de varejo, o consumidor não participa diretamente da elaboração do

produto, enquanto isso no mercado organizacional, os compradores ficam

atentos ao controle de qualidade, customização e especificações técnicas

(SILVERIA, 2000).

Os produtos industriais são adquiridos em grandes quantidades e

normalmente com um valor agregado baixo, o preço é fator competitivo

Page 18: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

18

determinante para uma negociação nesse mercado e normalmente os

negociadores já possuem preços previamente cotados em lista. Normalmente

está inserido no processo de cotação dos produtos e esse normalmente é um

procedimento padrão das organizações (SILVEIRA, 2000).

Os preços no mercado industrial são fortemente influenciados pela

concorrência e a demanda total do mercado, no mercado industrial a demanda

responde diferentemente do mercado de consumo, isso pode ser verificado

quando se abaixa um preço nos dois mercados. O comprador organizacional

leva em conta outros fatores além do preço do produto oferecido a ele, pois além

do gasto para adquirir ele precisa levar em conta custos de estoque

armazenamento e isso torna a elasticidade da demanda desse produto menos

suscetível a variações de preço. (SILVEIRA, 2000).

Nos canais de distribuição, a relação é direta e não depende de

intermediários para que o produto chegue ao cliente, normalmente nesse

mercado a venda pessoal e direta. O comprador organizacional negocia

diretamente com seu fornecedor e este entrega diretamente para o mesmo

(SILVEIRA, 2000).

O Marketing B2C pauta-se na propaganda e publicidade como forma

direta de incentivo a demanda, já na relação de compras organizacionais, o

processo de estímulo à compra se dá pela venda pessoal, mala direta, anúncios

em revistas específicas e também por meio de um marketing de relacionamento

(SILVEIRA, 2000). Essa relação de compra e venda é mais estreita, pois em

consequência do número de clientes serem restritos – e esses compram uma

quantidade maior – é preciso que a organização se aproxime do seu cliente. Os

fornecedores customizam suas ofertas, diferenciam o atendimento de um cliente

ao outro, tudo para que a relação seja amigável (KOTLER, 2000).

No Marketing B2B, as empresas tem uma proximidade muito maior dos

seus cientes em relação ao Marketing B2C. No segundo, as empresas

permanecem distantes de seus clientes enquanto no primeiro, conforme o tempo

passa cada vez mais é necessário estreitar a relação. Alguns fornecedores

costumam personalizar seus preços e trabalhar ao lado dos seus clientes

durante todo o processo de venda de acordo com as necessidades de cada um,

é preciso dar suporte, oferecer soluções e proporcionar operações de pós

Page 19: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

19

venda, o resultado dessa relação é a formação de parcerias e integração de

rede (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

2.4 Tipos de compradores organizacionais

Churchill e Peter (2010) colocam que existem tipos diferentes de

compradores organizacionais e para entender melhor o processo de compra

cabe classificá-los em produtores, intermediários, governo e outras instituições.

Essa classificação auxilia no mapeamento das necessidades de cada perfil de

cliente e entender o processo de compra.

Os produtores são as empresas que formam o mercado industrial, são

aqueles que adquirem produtos de outras empresas para produzirem os seus

próprios bens e que irão encaminhar ao consumidor final pelos seus canais de

distribuição. Normalmente a venda para esse tipo de comprador é feita

pessoalmente e a propaganda é focada na legitimação e construção da boa

imagem da marca sendo um fator importante de influenciador da compra

(CHURCHILL; PETER, 2010).

Os intermediários também se classificam como um tipo de relação B2B.

São os responsáveis por comprar do fabricante e revender ao varejo ou ao

consumidor final. Inclui diversos tipos de organizações, como varejistas,

atacadistas, entre outros. Nem sempre os intermediários comercializam

somente o produto de um fabricante. A maioria deles possui um portfólio bem

maior que envolvem diferentes fabricantes. É preciso que nessa relação o

intermediário perceba valor no produto, para que ele seja convencido de que o

consumidor final vai adquirir o produto (CHURCHILL; PETER, 2010).

Outro tipo de comprador são os órgãos governamentais que trabalham a

nível nacional, estadual ou municipal. São clientes de baixo risco que podem

terceirizar seus serviços a iniciativa privada e possuem uma demanda constante

e muito elevada. Mas vender para o governo é mais complexo, pois as

especificações de produto são muito rígidas e burocraticamente é mais difícil

(CHURCHILL; PETER, 2010).

Além das já citadas, podem ser consideradas também como clientes as

organizações religiosas, universidades, partidos políticos, instituições sem fins

Page 20: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

20

lucrativos, museus, hospitais, entre diversas outras que também necessitam de

produtos para atender suas respectivas demandas. Essas organizações

possuem também suas particularidades (CHURCHILL; PETER, 2010).

Kotler (2000) classifica o mercado organizacional em dois critérios e mais

dois subcritérios, primeiro as organizações com fins lucrativos – que toma a

maior parte da discussão – e as sem fins lucrativos, ao tratar da segunda

classificação, ainda segmenta entre o setor governamental aquele em que se

situa o governo e as compras públicas e o institucional o que integra escolas,

hospitais, prisões, creches e demais instituições públicas na qual precisam

oferecer bens e serviços à pessoas de sua responsabilidade, além de possuir

recursos mais escassos.

Na mesma classificação, Kotler e Armstrong (2007, p. 155) colocam que

as organizações institucionais são “instituições que oferecem serviços para

pessoas que estão sob seus cuidados”. Ainda no mesmo conceito, citam que

“segmentos do mercado institucional são caracterizados por orçamentos baixos

e clientela cativa”.

Para o mercado governamental, Kotler e Armstrong (2007) colocam como

uma grande oportunidade para as empresas seja grande ou pequena. Por meio

de licitações, o cliente governamental realiza compras por contratos,

favorecendo o mercado local ao invés do internacional e ainda são grandes

compradores, com orçamentos muito elevados.

O mercado governamental tem grande foco no preço. Normalmente as

licitações são realizadas focando na melhor negociação para chegar ao menor

valor de compra. A empresa que atingir esse critério, se torna fornecedora por

meio de um contrato (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

2.5 O processo de compra organizacional

Muitas organizações tratam a função de compras como parte da logística,

deixando de ser tratada como um setor simplesmente e passa a ser um centro

de lucros quando for bem administrado (SANTOS; TACCONI, 2009). Ainda

Almeida e Farina (2007) complementam que isso se deve ao processo decisório

nesse ambiente ter certo grau complexo e envolver muitas variáveis e pessoas.

Page 21: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

21

Não se trata de consumidores que vão até o mercado varejista para

adquirir um produto e sofrem inúmeras influências do marketing. A decisão vem

de técnicos especializados e preparados para análise dos produtos, com

critérios e objetivos pré-estabelecidos (ALMEIDA; FARINA, 2007).

Churchill, Peter (2010) afirmam que as decisões acerca de uma compra

organizacional são altamente racionais, pois o comprador remete a um superior

para mostrar que sua decisão é a melhor, tendo como objetivo maior trazer mais

retorno para a organização. Envolve um número maior de participantes na

tomada de decisão. O comprador organizacional não se pauta nas suas

necessidades pessoais, como no Marketing B2C, ele precisa seguir uma

estratégia e critérios pré-definidos pela empresa, buscando atender o que a

organização precisa com o objetivo final de atingir o maior lucro possível para a

organização, o grau de racionalidade envolvido nesse processo é alto

(SILVEIRA, 2000).

Churchill, Peter (2010) definem que ao realizarem compras

organizacionais, o vendedor se relaciona não somente com um consumidor

como no Marketing Business to Customer, mas sim com um centro de compra

que possui diversas pessoas influenciando na compra. O autor cita que a relação

da empresa vendedora é com um centro de compra que contém várias pessoas

que se comunicam entre si a respeito dos produtos a serem adquiridos.

A compra organizacional pode ser feita por um único indivíduo dentro da

organização ou um grupo de pessoas, sub unidades dentro da própria empresa

(SILVEIRA, 2000). O comprador organizacional é altamente treinado para

comprar melhor, normalmente são subordinados a outras pessoas que

conhecem muito bem os fornecedores que estão comprando. Desta forma as

organizações precisam estar aptas a se relacionarem com esse tipo de

profissional (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

Churchill, Peter (2010) consideram um centro de compra um ambiente

complexo, onde há pessoas que desempenham papéis influenciadores no

processo decisório e esses realizam inúmeras interações entre os funcionários.

Tais ações impactam diretamente no processo decisório e variam muito de

empresa para empresa.

Os sujeitos que são responsáveis pela decisão da empresa precisam

responder sob suas ações a superiores e um chefe e desta forma necessitam

Page 22: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

22

demonstrar maior racionalidade ao tomar atitudes que tragam maior retorno à

organização como já explicitado. Mas isso não os exclui de sofrerem influências

e estarem predispostos a interferências do ambiente. Pode-se dizer que o

comprador organizacional identifica vantagens diferentes do consumidor de

varejo ao tomar sua decisão (CHURCHILL; PETER, 2010).

As pessoas envolvidas no processo de compra organizacional

compartilham riscos e objetivos no processo e desta forma a responsabilidade

que elas tem no momento da compra é grande. Se algo não for feito da maneira

ótima, as pessoas envolvidas serão quem terão que assumir os erros que

tomaram pelo risco que tal procedimento envolve (SILVEIRA, 2000).

Churchill e Peter (2010) salientam a importância de três fatores que

podem influenciar o comprador no seu processo decisório. O primeiro é o

econômico, na qual se baseia nos custos para tomar sua decisão, comparando

os benefícios com o sacrifício para adquirir os produtos. O segundo fator é a

qualidade de serviços onde o comprador analisa o composto da entrega do

produto e o valor, salientando que não somente qualidade como produtos

perfeitos. O terceiro é a análise da parte vendedor, quando o comprador

classifica o fornecedor de acordo com toda a cadeia de valor entregue aos

clientes.

Kotler e Armstrong (1993, p.119) apud Domingues (2001) citam também

os seguintes fatores influenciadores no processo de compra:

Ambientais: São fatores que assumem grande importância no processo

de decisão, visto atuarem sobre as expectativas atuais e futuras dos

compradores. Entre eles estão: ambiente econômico, nível da demanda

primária, custo do dinheiro, modificações tecnológicas, políticas

competitivas, etc;

Organizacionais: Estão associados às características peculiares da

estrutura interna da organização compradora. Geralmente, essa

estrutura indica quantas são as pessoas envolvidas nas decisões de

compra; quem são essas pessoas, quais os critérios de avaliação

utilizados, quais as políticas da empresa e os limites impostos aos

compradores, etc. Essa estrutura poderá dispor de um sistema de

compras centralizadas ou descentralizadas, adotar políticas de contratos

de longo prazo para situações específicas e criar critérios de avaliação

de desempenho dos seus compradores;

Page 23: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

23

Interpessoais: São frequentemente muito sutis. Esses fatores sempre

estão presentes nos centros de compra das organizações, mas são de

difícil identificação. São representados por influências invisíveis que

interferem nos processos de decisão;

Fatores individuais: Cada participante do processo de compra tem seus

motivos, percepções e preferências pessoais, influenciados pela idade,

renda, educação, identificação profissional, personalidade e atitudes

perante o risco.

Algumas organizações acreditam que as principais influências sejam

econômicas, onde o comprador toma sua decisão quando tem o menor preço.

Porém, o responsável pela compra é um ser humano normal, que está sujeito a

influências e estão longe de serem calculistas, frios e impessoais. Isso explica a

tendência das organizações oferecerem inúmeros benefícios a essas pessoas,

entendo que elas também reagem a emoções (KOTLER; ARMSTRONG, 2007)

Criar valor para o cliente nessa relação se torna fator chave de

sobrevivência no longo prazo e vantagem competitiva perante o ambiente,

sendo principal foco do marketing em muitas organizações criar entregas ao

cliente que representem mais que somente um produto (HAAS; SNEHOTA;

CORSARO; 2011).

2.6 Tipos de compra organizacional

A complexidade da compra é diretamente ligada a forma como elas são

feitas. Churchill, Peter (2010) argumentam que existem três formas padrões de

compra em que há uma demanda interna da empresa e o processo é realizado

que são recompra direta, recompra modificada e compra nova. Os tipos de

compra interferem diretamente no processo decisório à medida que envolvem

mais pessoas, informações e procedimentos.

2.6.1 Recompra direta

Page 24: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

24

A recompra direta é o tipo mais comum, envolve a repetição da

encomenda para um mesmo fornecedor. São produtos que necessitam de

reposição rápida que necessitam de regularidade nos seus fornecedores. Esse

modelo de compra também é utilizado pelas empresas que utilizam o modelo

Just In Time nas suas linhas de produção. O comprador nesse caso não tem

tempo para fazer cotações ou licitações, algumas vezes possuindo sistemas que

fazem pedidos automaticamente. Isso não significa que esse modelo de compra

não exige do vendedor que ele entregue valor ao seu cliente. Nesse caso é

preciso ter qualidade e pontualidade no serviço, pois não haverá estoque para

continuar uma produção se a encomenda atrasar, por exemplo (CHURCHILL;

PETER, 2010).

As organizações que utilizam recompra direta podem ter procedimentos

padronizados de pedidos onde a relação com a organização fornecedora é

estreita e interligada. A empresa vendedora utiliza-se listas fixas de preços

padronizadas, integrando a compra ao processo produtivo. Pode-se utilizar

sistemas integrados com o fornecedor como sistemas EDIs (Eletronic Data

Interchange) ou internet (SILVEIRA, 2008).

2.6.2 Recompra modificada

Churchill, Peter (2010) classifica a recompra modificada como um

processo que envolve a pesquisa de mais de uma alternativa de compra. O

comprador organizacional está disposto a novas informações ou novidades no

mercado. Se a compra apresentar valor superior à empresa, é possível que ele

mude de fornecedor. Ainda Silveira (2008) completa que geralmente envolve

mais de uma pessoa na decisão além do fornecedor poder interagir também

para não perder o cliente que no caso vai necessitar de uma análise de

alternativas para tomar a decisão.

2.6.3 Compra nova

Page 25: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

25

Organizações fazem aquisições ocasionalmente, quando esses produtos

não são usados rotineiramente. Nesse caso envolve uma busca maior de

informações e um processo decisório bem maior. Normalmente esse tipo de

compra é utilizado para produtos caros que um erro na aquisição envolve

grandes custos. Provavelmente a compra é analisada por equipes

multidisciplinares, envolvendo mais pessoas na decisão. A busca por

informações nesse modelo de compra é alta e as especificações do produto são

analisadas. Quanto maior o risco e o valor da compra, maior é o número de

envolvidos na decisão (SILVEIRA, 2008).

2.7 Fatores influenciadores da compra

O processo de criação de valor para o cliente na relação Business to

Business se torna fator chave de sobrevivência no longo prazo e vantagem

competitiva perante o ambiente, sendo principal foco do marketing em muitas

organizações criar entregas ao cliente que representem mais que somente um

produto (HAAS; SNEHOTA; CORSARO; 2011).

Inicialmente existem vários fatores que influenciam no processo de

compra, eles podem ser classificados em ambientais, organizacionais,

interpessoais, individuais e culturais. Os compradores organizacionais são

influenciados diretamente pelos fatores econômicos do ambiente pois esses

impactam diretamente nas suas vendas. As empresas precisam estar atentas a

variáveis que interferem na disponibilidade de matéria prima e suprimentos,

investimentos no setor e ações do governo. Com base nisso, desenvolvem seus

planos e isso está diretamente ligado à quantidade que este irá comprar de seus

fornecedores (KOTLER, 2000)

As organizações sofrem mudanças que também interferem no processo

de compra. Os responsáveis por esse processo têm cada vez mais um papel

estratégico e decisivo nos lucros da empresa, tornando essa responsabilidade

sob cada vez maior pressão dos agentes internos, por exemplo. A criação de

departamentos de compras, setores especializados nessa função influenciam

diretamente na tomada de decisão do comprador (KOTLER, 2000).

Page 26: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

26

Segundo Kotler (2000) outros fatores ambientais que interferem no

processo de compra são a centralização das compras, onde a empresa

descentraliza a decisão para departamentos diferentes; compras pela internet

que estão revolucionando o mercado B2C e consequentemente o B2B; contratos

de longo prazo que empresas fazem acerca de terem benefícios para ambas as

partes; premiações para bons compradores, que os tornam ainda mais

cautelosos nas suas decisões e pressionar seus compradores; e por fim

produção enxuta, onde empresas que implementam o sistema Just In Time em

suas linhas reduzem estoques e exigem mais de seus fornecedores, otimizando

o processo de compra.

As pessoas envolvidas no processo de compra são diferentes umas das

outras, exigindo do vendedor que entenda cada um de seus clientes de forma

diferente para que possa concretizar vendas. Esses indivíduos e até mesmo a

própria empresa possui uma cultura e um estilo de compra diferente, priorizando

critérios diferentes. Qualquer informação sobre o tomador de decisão pode ser

útil numa negociação (KOTLER, 2000).

Não é diferente a influência da cultura organizacional nos departamentos

de compra, assim como é fator determinante em toda a empresa. Segundo

Mintzberg apud Snodgrass (1984, p.257) “A cultura age como uma lente ou filtro

perspectivo, o qual, por sua vez, estabelece as premissas das decisões das

pessoas”. A cultura muda de um país para o outro e em cada local onde o

vendedor precisa atuar, deve-se conhecer e levar em consideração a forma

como as pessoas fazem negócios (KOTLER, 2000).

A ética nas compras organizacionais é importante à medida que o

processo decisório pode tomar de influências de possibilidade de ter benefícios

pessoais no momento da compra, adquirindo quantidades maiores ou com

valores mais caros dos fornecedores da empresa. Empresas proíbem seus

compradores de receber brindes ou benefícios dos seus fornecedores para que

não seja possível que tirem vantagem da posição que ocupam (SILVEIRA,

2000).

2.8 Geradores de valor no processo de compra organizacional

Page 27: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

27

A sobrevivência das empresas nesse ambiente e o sucesso das mesmas

estão diretamente relacionados com a sua capacidade de atender às

necessidades dos seus clientes, as quais devem ser identificadas e entendidas

criando valor para o cliente de forma que conquiste e os fidelize (SILVEIRA,

2000). Portanto, para Kotler e Armstrong (2007, p.143) “como empresas que

vendem para compradores finais, eles devem construir relacionamentos

lucrativos com os clientes organizacionais criando valor superior a eles”.

2.8.1 Preço

É preciso diferenciar o preço dos outros geradores quando se trata de

fatores de valor. Ele é sim um influenciador no processo decisório, sendo muitas

vezes critério decisivo no momento da compra, mas focar somente nele é

esquecer-se de toda a cadeia de valor que se oferece ao cliente e não gerar um

relacionamento de longo prazo. As organizações despendem um tempo enorme

focando em reduzir ao máximo os custos aos seus clientes e acabam

commoditizando seus produtos (MOREIRA, 2011).

No estudo realizado com o setor de calçados do Paraná, Silveira (2008),

é possível perceber que há outros fatores que ocupam o processo decisório de

compra da organização de acordo com o seu porte. As pequenas organizações

estão mais preocupadas com o preço do que com outros fatores, já as grandes

empresas, adicionam a sua cadeia de valor a sustentabilidade e investigam seus

fornecedores porque suas cadeias de valor para com os consumidores finais

possuem Marketing Verde e a legislação recorrente nesse setor também

pressiona as empresas a se preocuparem com tal critério.

Ainda complementando, o preço precisa fazer parte da estratégia

corporativa. Ele define diretamente o posicionamento da organização e não

pode ficar simplesmente às forças do mercado, precisa estar alinhado com o

restante da proposta de valor oferecida ao cliente. Ainda é muito visto o preço

sendo definido pelos custos e com base nele se definem as metas, margem de

lucro e outros indicadores financeiros além de contarem com o que os clientes

Page 28: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

28

dizem às equipes de venda, que acabam traçando linhas de definição do preço

(CARNEIRO, 2011).

2.8.2 Marca forte

Segundo Knapp (2002) apud Silveira (2008) conceito de marca é o

conjunto de percepções do comprador, seja ele de qualquer mercado, que

formam uma posição mental baseada na percepção que o cliente tem da

mesma. Ainda segundo Khauaja; Prado (2008) apud Silveira (2008), a marca é

um conjunto de variáveis que influenciam na decisão de preferência do

consumidor para com um produto.

No mercado organizacional a marca se torna identidade e simplificação

na identificação do produto. A propriedade intelectual permite que as

organizações invistam na marca criando uma identidade própria que facilita a

penetração em novos mercados. É um ativo muito valioso no mercado B2B

capazes de influenciar a compra (SILVEIRA, 2008).

O branding pode ser visto como fator determinante para uma

organização, haja vista que uma marca consolidada é fator determinante para

vantagem competitiva (KOTLER; KELLER, 2007 apud SILVEIRA, 2008).

A organização precisa ter um posicionamento de mercado, a marca

contribui e é fator determinante para que essa posição seja consolidada, criando

uma identidade e uma proposta de valor que seja reconhecida pelos seus

clientes e eles realmente a percebam como vantajosa. O resultado do correto

posicionamento e branding é uma oferta diferenciada ao seu cliente e

sustentabilidade de longo prazo no negócio (SILVEIRA, 2008).

Por outro lado, as grandes marcas não devem desprezar os menores no

mercado. Embora muitas empresas acreditem que elas alavancam as vendas,

marcas fortes não são sinônimo de alavancagem nos relacionamentos.

Representam uma imagem já formada quando se trata de uma marca grande,

mas ela é vantagem competitiva visível somente no varejo e B2C para atrair

pessoas a loja, na relação organizacional a relevância não é tão marcante

(GLYNN, 2010).

Page 29: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

29

O pequeno revendedor, a qual não possui sua marca consolidada, precisa

investir na formação de relacionamentos com os seus clientes para conquistar

mercado, isso é fator relevante e é uma forma de demonstrar aos seus clientes

os benefícios e vantagens do seu produto – que enquanto uma marca é pequena

eles não são claramente conhecidos (GLYNN, 2010).

2.8.4 Tecnologia

A tecnologia da informação vem mudando o aspecto do Marketing B2B,

as compras online vem crescendo rapidamente. Empresas podem utilizar-se da

internet de diversas maneiras, por meio de sites informativos onde divulgam

oportunidades para os fornecedores, licitações e realizam negociações ou então

links de extranet com o fornecedor, onde é possível realizar compra direta

(KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

A internet também é um fator que cria valor para a relação do fabricante

com os consumidores finais. Porém, a decisão de implantar um sistema de e-

commerce na organização depende dos objetivos da mesma. Ele pode ser de

caráter informativo, pode ser um extranet (sistema de informação de

comunicação extra o ambiente organizacional) de canal direto com as

organizações ou um canal de venda. Essa última pode gerar um valor positivo e

negativo nos meios de distribuição do produto se a empresa possuir canais

intermediários (CHUNG; CHATTERJEE; SENGUPTA, 2012).

A organização pode gerar valor enorme para a empresa que está

adquirindo seus produtos, pois a internet gera comodidade, facilidade para

comprar e também reduz custos, ou seja, inúmeros benefícios ao comprador

que vai utilizar o produto, porém se houver intermediários nesse canal de

distribuição, o valor gerado para ele será extremamente negativo, pois irá inferir

na sua venda e reduzir a motivação com aquele produto, alterando a forma como

a distribuição dos produtos é feita (CHUNG; CHATTERJEE; SENGUPTA, 2012).

Tecnologia pode agregar a relação com o intermediário à medida que ela

se torna uma ferramenta inovadora utilizada por funcionalidades avançadas,

intercâmbio de informações e aprendizado conjunto. Essa prática pode também

reduzir custos e tempo para a organização. Um programa Web elimina toda a

Page 30: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

30

papelada, processos e pessoas envolvidas na venda. Além disso, pode também

reduzir o tempo de entrega dos produtos (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

Os compradores organizacionais veem valor quando há tecnologia no

processo de compra, pois ela pode ajudar as empresas nos seus processos,

além de proporcionar meios de aproximar o comprador das empresas

fornecedoras. Os processos organizacionais dos fornecedores devem conter a

tecnologia presente no ambiente (CHURCHILL; PETER, 2010). Churchill e Peter

(2010, p.185) citam: “Por exemplo, compradores organizacionais esperam

enviar um pedido por fax, pedir aos vendedores para consultar informações

imediatamente num computador”.

2.8.5 Valor para intermediários

Intermediários são aqueles que compram os produtos de um fornecedor

e revendem com lucro, podendo ser um varejista ou atacadista, que vendem a

consumidores diretos ou outras empresas. Normalmente, possuem um mix de

produtos de diferentes marcas, por isso o maior desafio nesse marketing é

convencer o intermediário de que o produto irá agradar seus consumidores

(CHURCHILL; PETER, 2010).

É muito importante que essa relação seja de grande geração de valor,

pois isso será percebido também pelo consumidor final do produto. São quem

realizam a venda se tornam o canal de distribuição dos produtos. Torna-se

visível a dependência do fabricante para com o intermediário nesse modelo de

canal (CHUNG; CHATTERJEE; SENGUPTA, 2012).

Devido a dependência criada nessa relação, um diferencial do fabricante

do produto é investir e dar apoio aos intermediários. É possível que este receba

investimentos tangíveis e intangíveis. Os tangíveis vão desde ajuda na compra

de máquinas e equipamentos, sistemas de informações que vão impactar

diretamente na forma como o cliente final é atendido bem como contribuir com o

crescimento da organização intermediária. Os investimentos intangíveis são

aqueles não palpáveis como, por exemplo, treinamentos voltados ao produto

vendido, capacitações para que as necessidades do cliente sejam melhores

Page 31: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

31

atendidas e otimização dos processos internos do intermediário (CHUNG;

CHATTERJEE; SENGUPTA, 2012).

Segundo Chung, Chatterjee, Sengupta (p. 14, 2012) “Intermediaries

benefit from better understanding of end customer needs and the match of

manufacturer offerings to best serve those needs. This is invaluable not only for

the end customer but also simultaneously benefits the manufacturer and

intermediaries”. O intermediários por terem o contato direto com o cliente,

identificam melhor às necessidades dos mesmos e quais problemas deles

precisam ser solucionados, trazendo informação e benefícios para toda a cadeia

do produto.

Não só a relação do fabricante com o intermediário é beneficiada, mas

também a satisfação do comprador final sofrem impactos positivos com

investimentos feitos pelo fabricante, pois este é quem irá entregar o produto ao

consumidor final (CHUNG; CHATTERJEE; SENGUPTA, 2012).

2.8.6 Sustentabilidade

Alles e Fuhr (2007) apud Rodrigues (2009, p.13) colocam que:

“Questões ambientais têm ocupado lugar de destaque em discussões sócio-ambientais, da necessidade do ser humano assumir um papel relevante na preservação, bem como de temas voltados ao verde e a ecologia”.

A consciência ambiental foi percebida pelo marketing e é trabalhada hoje

pelos profissionais não só como necessária, mas também lucrativa. Atividades

de marketing voltadas para a consciência ambiental é chamada de “Marketing

Verde” (CHURCHILL; PETER, 2010).

As empresas adquirem produtos ecológicos por diferentes motivos.

Churchill e Peter (2010) citam que os clientes organizacionais podem adquirir

produtos ecologicamente corretos pela economia de gastos para despejo

posterior, tratamento de lixo e redução de custos na produção, além de ter que

obedecer leis ambientais.

Page 32: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

32

Há na filosofia evolutiva do marketing uma vertente de Orientação para o

Marketing Societal, na qual defende que além das necessidades naturais dos

clientes que o produto precisa atender, é preciso dar atenção ao bem estar social

o que envolve atributos sociais e ambientais ao produto (RODRIGUES, 2009).

Ainda no conceito de sustentabilidade, DIAS (2007) apud RODRIGUES (2009)

explicita que esse enfoque cria um relacionamento entre o cliente e fornecedor

por meio de um tripé que deve ser seguido: econômico, ambiental e social.

Os consumidores são grandes influenciadores na preservação ambiental,

desta forma valores que antes eram desvinculados dos produtos hoje estão

fazendo parte do processo de decisão de compra. Segundo HOOLEY,

SAUNDERS e PIERCY (2001, p.15) apud RODRIGUES (2009, p.23), “tem se

verificado uma mudança cultural e social na maneira de lidar com o meio

ambiente nas apreensões daí decorrentes”.

Seguindo essa tendência, as empresas estão começando a produzir bens

sustentáveis e ecológicos com certa preocupação ambiental. Muitas empresas

passaram a adotar medidas para não agredir o meio ambiente em seus setores

produtivos, além de criar estratégias para preservação ambiental (RODRIGUES,

2009).

O desafio da implementação do marketing ambiental nos produtos

das empresas está no preço. O custo de ações sociais e ambientais diluídos no

preço dos produtos que são colocados à disposição dos clientes pode fragilizar

a empresa e fazer com que ela não esteja competitiva diante os concorrentes

(RODRIGUES, 2009).

OTTMAN (1994) apud RODRIGUES (2009) cita que os consumidores

estão dispostos a pagar até 20% mais por produtos naturais. Outra pesquisa

feita pelo Instituto Gallup em 22 países mostra que 53% dos entrevistados estão

dispostos a pagar mais pela sustentabilidade ambiental (RODRIGUES, 2009).

Ao se tratar de organizações, as empresas de menor porte no mercado

estão mais preocupadas com a legislação ambiental corrente no setor que estão

inseridas, tendo práticas sustentáveis somente pela obrigatoriedade instaurada,

ou seja, fatores externos que a obrigam tomar como regra na sua gestão e isso

é fator determinante para que criem ações sustentáveis e estejam preocupadas

com o meio ambiente (RODRIGUES, 2009).

Page 33: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

33

Na pesquisa realizada por RODRIGUES (2009), no setor produtor de

calçados investigou em três empresas de pequeno, médio e grande porte, quais

são os fatores determinantes no processo decisório de compra. Verificou-se que

os critérios mudam dependendo do porte da empresa, mas que as empresas de

pequeno e médio porte não estão dispostas a pagar mais por produtos

sustentáveis, não levando em consideração esse fator. Somente o que foi citado

é que se o fornecedor oferecer retorno dos resíduos produzidos, a empresa pode

criar um diferencial, pois é muito caro para que a própria empresa faça esse

despejo.

Ao encontro dessas empresas, a de grande porte pesquisada por

RODRIGUES (2009) possui um processo decisório mais complexo, inclusive

possuindo certificações de sustentabilidade que exigem os seus fornecedores

possuírem produções ecologicamente corretas. Nesse caso, a teoria de

marketing sustentável vai de encontro com o visto na organização.

Organizações que possuem certificações ambientais como, por exemplo,

o ISO 14000, preocupa-se em adquirir produtos sustentáveis e selecionar seus

fornecedores de acordo com a orientação para o meio ambiente que os

fornecedores possuem, pois essas entregam aos seus clientes, ou seja,

consumidores finais do produto, uma proposta de valor que integra a

sustentabilidade (RODRIGUES, 2009).

Page 34: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

34

3. METODOLOGIA

A presente pesquisa se caracteriza como descritiva e quantitativa.

Segundo Gil (2002):

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população o fenômeno ou, então, o estabelecimento de relação entre variáveis (GIL 2002, p.42).

Sendo a escolha por quantitativa a melhor forma encontrada para coleta

de informações devido a falta de tempo hábil dos entrevistados (compradores

organizacionais) em responder à pesquisa com qualidade, logo, optou-se por

aplicar formulário aos agentes da pesquisa. Utilizará de dados primários e

secundários. Os dados secundários serão coletados mediante livros e artigos

relacionados ao objeto de pesquisa para a elaboração da revisão da literatura e

estudos para as demais etapas. Conforme explica MARCONI e LAKATOS

(2005), os dados secundários são aqueles levantados em impressões em geral

e obras literárias.

Os dados primários serão coletados através de formulários aplicados em

empresas compradoras de diversos setores que se utilizam de equipamentos de

proteção individual (EPI) nos seus processos produtivos. Assim, segundo

Nogueira:

O formulário em “uma lista formal ou inventário destinado à coleta de dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as observações ou recebe as respostas, ou pelo que pesquisado, sob sua orientação (1968 apud MARCONI; LAKATOS 2005, p. 214).

Segundo MARCONI e LAKATOS (2005), fontes primárias são dados

históricos, bibliográficos e estatísticos, pesquisas, material cartográfico e

materiais que seu conteúdo ainda não teve uma interpretação ou análise prévia.

O formulário aplicado, conforme Apêndice A, é composto por 17 perguntas,

sendo 3 abertas e 14 fechadas, com objetivo de analisar nos clientes da

empresa investigada o que eles analisam ter valor no momento da decisão de

compra – as perguntas abertas permitirão que os entrevistados tenham mais de

uma resposta, que será contada na frequência final para analisar a porcentagem

Page 35: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

35

das respostas. O formulário é subdividido em seis frentes diferentes de proposta

de valor: preço, marca forte, sustentabilidade e marketing verde, internet,

integração de canais (fornecimento direto), tecnologia no processo. Logo, esses

itens visam investigar qual o diferencial do vendedor e produto no momento de

realizar a venda.

A aplicação foi realizada por telefone com os clientes para que a pesquisa

seja aplicada com mais assertividade, porque os compradores podem responder

com mais atenção dada ao entrevistador. Foram procurados os compradores

das empresas, aqueles responsáveis pela decisão de compra da organização.

Após uma extensa pesquisa bibliográfica com dados secundários,

verificaram-se diferentes fatores que podem ser geradores de valor no processo

de compra organizacional. Com base nesses critérios, a pesquisa tem o objetivo

de investigar e identificar no mercado de EPI em que está inserida a empresa

pesquisada, quais desses fatores influenciam diretamente a decisão de compra.

Foi desenvolvido um formulário com base nos fatores preço, marca forte,

tecnologia, valor do fornecedor para o intermediário, tecnologia e

sustentabilidade e marketing verde.

A pesquisa se define como quantitativa e transversal, na qual a coleta de

dados foi por meio dos formulários aplicados por telefone com os clientes

retirados do banco de dados da empresa RL Ponto do EPI pelo critério de

“cliente ativo” considerando esses, os clientes que compram ou compraram nos

últimos três meses na empresa e que estão instalados na região de Maringá, no

Paraná, lembrando que a maioria deles se repete formando uma população de

40 (quarenta), na qual todos foram abordados. Da população total, obteve-se 29

formulários preenchidos, pois alguns se recusaram a responder. A organização

estudada é uma micro empresa que possui 3 funcionários e faturamento médio

de 300 mil reais por ano. Desta população, foi retirada uma amostra de 29

questionários a partir de cálculos amostrais para população conhecida e

homogênea, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%.

A amostragem, segundo Marconi e Lakatos (2005) é “uma parcela

conveniente selecionada do universo (população)”. Segundo Malhotra (2001,

p.109) “Os estudos transversais envolvem a coleta de informações de qualquer

amostra ou de múltiplas”. Neste caso, o estudo envolve somente uma amostra

Page 36: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

36

e a coleta de dados será feita somente uma vez, caracterizando-se por um

estudo transversal único.

Após a coleta de dados, foi feito a tabulação e interpretação dos dados

utilizando-se o software Statistica 10.0 para a em seguida dispor o conteúdo em

gráficos, e tabelas para melhor análise desta forma sistematizando a disposição

dos dados proporcionando maior clareza na hora de fazer relações e

diferenciações (MARCONI; LAKATOS, 2005).

A análise do conteúdo da pesquisa será estatística descritiva, colocando

os resultados dispostos em gráficos de percentual de frequência gerados nos

formulários aplicados em meio de explicações e descrições do que se encontrou

no estudo completado.

Page 37: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

37

4. APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A partir dos questionários aplicados para a amostra levantada, foi possível

levantar os resultados de cada pergunta. Como já citado na Metodologia, os

gráficos serão dispostos de percentual de acordo com a frequência em variável

analisada.

A tabulação foi realizada no software Statistica 10.0. foram gerados

gráficos de cada uma das perguntas realizadas nos questionários. Todas as

perguntas estão dispostas em sua ordem respectivamente como está no

formulário. Além disso, estão separadas de acordo com as frentes de

investigação já citadas na Metodologia.

Após a tabulação e descrição dos gráficos, foi possível interpretá-los para

identificar quais os resultados gerados com a pesquisa. Foi analisado como os

clientes da empresa pesquisada se comportam e se há ligação com a teoria

investigada de Marketing B2B (Business to Business). Além disso, a

interpretação dos dados será alinhada com os objetivos geral e específico do

trabalho. Cabe explicitar que as conclusões vindas da pesquisa que serão

apresentadas restringem-se ao banco de clientes já detalhado em que a

empresa investigada trabalha.

Page 38: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

38

4.1 Fatores gerais

48%

28%

14%

7%3%

Até

um

s

Qu

an

do

pre

cis

a

Acim

a d

e u

m m

ês a

té d

ois

me

se

s

Acim

a d

e d

ois

até

trê

s m

ese

s

Acim

a d

e trê

s m

ese

sDe quanto em quanto tempo você compra EPI

0

2

4

6

8

10

12

14

16

No

of o

bs

48%

28%

14%

7%3%

Gráfico 1 - De quanto em quanto tempo você compra EPI?

De quanto em quanto tempo você compraEPI?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Até um mês

Quando precisa

Acima de dois até três meses

Acima de um mês até dois meses

Acima de três meses

14 14 48,28 48,3

8 22 27,59 75,9

2 24 6,90 82,8

4 28 13,79 96,6

1 29 3,45 100,0

Tabela 1 - De quanto em quanto tempo você compra EPI?

No primeiro gráfico, é possível perceber que a maioria das empresas

compram EPI em um intervalo de tempo baixo. Conforme esse intervalo

Page 39: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

39

aumenta, a quantidade de respostas diminui, comprovando que preferem

adquirir o produto com certa frequência.

38% 38%

14%

10%

2 a 3 1 6 ou mais 4 a 5

Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI

0

2

4

6

8

10

12

No o

f obs

38% 38%

14%

10%

Gráfico 2 - Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI?

Em média de quantas empresas você

compra os produtos de EPI?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

1

4 a 5

2 a 3

6 ou mais

11 11 37,93 37,9

3 14 10,34 48,3

11 25 37,93 86,2

4 29 13,79 100,0

Tabela 2 - Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI?

Page 40: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

40

Na questão “Em média de quantas empresas você compra os produtos

de EPI”, é possível perceber que nesse ramo, não há fidelidade do cliente nas

empresas, pois a maioria compra os produtos de mais de uma empresa.

72%

28%

Sim Não

Vocês utilizam cotação?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

No o

f o

bs

72%

28%

Gráfico 3 - Vocês utilizam cotação?

Vocês utilizam cotação?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Sim

Não

21 21 72,41 72,41

8 29 27,59 100,00

Tabela 3 - Vocês utilizam cotação?

Grande maioria das empresas utiliza cotação como forma de pesquisa de

preço nas empresas de EPI. Ao se utilizar deste processo, as organizações

demonstram assim como na pergunta “Quais motivos normalmente levam você

Page 41: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

41

a comprar o produto dessa empresa?” que o preço é fator de grande importância

ao tomador de decisão.

58%

21%

17%

4%

2 a 3 4 a 5 1 6 ou mais

Para quantas empresas em média você solicita cotações?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

No

of o

bs

58%

21%

17%

4%

Gráfico 4 - Para quantas empresas em média você solicita cotação?

Para quantas empresas em média vocêsolicita cotações?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

1

2 a 3

4 a 5

6 ou mais

4 4 16,67 16,67

14 18 58,33 75,00

5 23 20,83 95,83

1 24 4,17 100,00

Tabela 4 - Para quantas empresas em média você solicita cotação?

O processo de cotação, como é verificado nesse gráfico, é realizado em

várias empresas quando se requere um produto. O maior número de respostas

está de 2 a três empresas, seguido de 4 a 5.

Page 42: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

42

63%

29%

8%

1 2 a 3 4 a 5

Das empresas que você solicita cotações, você costuma comprar os produtos de quantas

empresas?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

No

of o

bs

63%

29%

8%

Gráfico 5 - Das empresas que você solicita cotações, você costuma comprar os produtos de quantas empresas?

Das empresas que você solicita cotações, vocêcostuma comprar os produtos de quantasempresas?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

1

4 a 5

2 a 3

15 15 62,50 62,50

2 17 8,33 70,83

7 24 29,17 100,00

Tabela 5 - Das empresas que você solicita cotações, você costuma comprar os produtos de quantas empresas?

Aqui é possível constatar que a maioria das empresas envia cotação para

várias empresas, mas no momento de fechar a compra, realiza somente com

uma delas.

Page 43: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

43

36%

26%

5% 5% 5%3% 3% 3% 3%

2% 2% 2% 2% 2%

Pre

ço

Qu

alid

ad

e

Pra

zo

de

en

tre

ga

Co

nfia

nça

Ate

nd

ime

nto

Ma

rca

Bo

m a

ten

dim

en

to

Co

nd

içõ

es d

e p

ag

am

en

to

En

tre

ga

pid

a

Re

lacio

na

me

nto

Po

ssu

ir C

.A

Pra

ticid

ad

e

Po

ssu

i C

.A.

Pra

zo

Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o produto dessa empresa?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

No

of o

bs

36%

26%

5% 5% 5%3% 3% 3% 3%

2% 2% 2% 2% 2%

Gráfico 6 - Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o produto dessa empresa?

Ao perguntar diretamente aos compradores o que é fator determinante no

momento da compra, o mais respondido pelos entrevistados foi o preço dos

Quais os motivos que normalmente levamvocê a comprar o produto dessa empresa?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Preço

Marca

Relacionamento

Prazo de entrega

Qualidade

Possuir C.A

Praticidade

Confiança

Bom atendimento

Condições de pagamento

Entrega rápida

Possui C.A.

Atendimento

Prazo

21 21 36,21 36,21

2 23 3,45 39,66

1 24 1,72 41,38

3 27 5,17 46,55

15 42 25,86 72,41

1 43 1,72 74,14

1 44 1,72 75,86

3 47 5,17 81,03

2 49 3,45 84,48

2 51 3,45 87,93

2 53 3,45 91,38

1 54 1,72 93,10

3 57 5,17 98,28

1 58 1,72 100,00

Tabela 6 -- Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o poduto dessa empresa?

Page 44: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

44

produtos. Se confrontado com o tópico anterior, percebe-se que o preço

individual dos produtos não é o critério determinante, mas sim o custo total da

compra, pois as empresas em sua decisão incluem poucas ou um só fornecedor.

Após preço, a qualidade foi o segundo critério relevante no momento da

compra, mostrando que embora o processo de cotação vá diretamente ao

objetivo de gerar o menor custo para a empresa compradora, a qualidade do

produto deve ser levada em consideração. Desta forma, denota-se que o

comprador organizacional busca, dentro das respostas dos entrevistados, uma

união de custo e qualidade.

Analisando o processo de compra organizacional, assim como na teoria

estudada antes de realizar a pesquisa, a compra de EPI é uma recompra

modificada. Isso faz com que o comprador realize uma pesquisa prévia,

identificado como o processo de cotação, na qual vários produtos diferentes são

comparados. Além disso, ele não tem um fornecedor fixo e não apresenta

fidelização, migrando de um fornecedor a outro de acordo com o valor gerado a

ele. As questões ainda explicitam que embora o comprador realize uma extensa

pesquisa dos produtos, a escolha dos fornecedores tende a ser afunilado para

poucos ou até mesmo um só fornecedor.

4.2 Preço

Page 45: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

45

7%

21%

14%

11%

29%

18%

2 3 4 5 6 7 8 9

De 0 a 10 qual a influencia do preço no momento da compra?

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

No o

f o

bs

7%

21%

14%

11%

29%

18%

Gráfico 7 - De 0 a 10 qual a influência do preço no momento da compra?

Tabela 7 - De 0 a 10 qual a influência do preço no momento da compra?

Nessa pergunta, o objetivo foi saber a influência do preço no momento da

compra e foi possível comprovar o que já tinha sido respondido na pergunta

anterior, na qual a maioria das notas é elevada para o critério preço, assim como

De 0 a 10 qual a influencia do preço nomomento da compra?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

2

5

6

7

8

9

2 2 7,14 7,14

6 8 21,43 28,57

4 12 14,29 42,86

3 15 10,71 53,57

8 23 28,57 82,14

5 28 17,86 100,00

Page 46: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

46

foi muito citado como diferencial na hora da compra. Essa variável se mostrou

ser o principal fator determinante no processo de compra das organizações pela

frequência de respostas também nas questões abertas.

Como já citado anteriormente, entendendo as compras organizacionais

como um processo extremamente racional, na qual se diferencia do varejo

porque há poucas compras que são realizadas em quantidades maiores, a

sensibilidade para esse fator é maior ao comparada com o consumidor de varejo

(relação B2C). Porém, assim como coloca a revisão de literatura, deve ser

considerado como um atributo, mas não como o único gerador de valor no

processo decisório.

4.3 Marca forte

10%

7%

10% 10%

7%

3%

10%

17%

24%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

De 0 a 10 qual influência da marca ser conhecida no momento da compra?

0

1

2

3

4

5

6

7

8

No

of o

bs

10%

7%

10% 10%

7%

3%

10%

17%

24%

Gráfico 8 - De 0 a 10 qual a influência da marca ser conhecida no momento da compra?

Page 47: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

47

Tabela 8 - De 0 a 10 qual a influência da marca ser conhecida no momento da compra?

Começando a investigar as características do produto entregue ao cliente

pelo fornecedor (e considerando produto como o todo que a empresa entrega

para a outra), foi possível perceber que a maioria dá valor a marcas conhecidas

no mercado de EPI, ficando a maioria com nota alta.

72%

28%

Sim Não

Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

No o

f o

bs

72%

28%

Gráfico 9 - Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece?

De 0 a 10 qual influência da marca ser

conhecida no momento da compra?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

0

3

4

5

6

7

8

9

10

3 3 10,34 10,34

2 5 6,90 17,24

3 8 10,34 27,59

3 11 10,34 37,93

2 13 6,90 44,83

1 14 3,45 48,28

3 17 10,34 58,62

5 22 17,24 75,86

7 29 24,14 100,00

Page 48: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

48

Tabela 9 - Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece?

Complementando a pergunta anterior, é possível concluir que os clientes

estão dispostos a pagar mais pela marca já conhecida.

67%

19%

10%

5%

0 a 20 41 a 60 21 a 40 81 a 100

Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

No o

f obs

67%

19%

10%

5%

Gráfico 10 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Você paga mais por um produto de uma

marca que já conhece?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

Sim

Não

21 21 72,41 72,41

8 29 27,59 100,00

Page 49: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

49

Tabela 10 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Os clientes que estão dispostos a pagar mais por uma marca conhecida

comentaram que pagariam, em sua maioria, num intervalo de 0 a 20% a mais

no preço do produto.

A marca forte como analisado na revisão de literatura é facilitadora de

reconhecimento do valor que o cliente irá receber ao realizar a compra, além de

ser o conjunto de valor que é percebido pelo produto. No mercado de EPI, é

possível perceber que uma marca consolidada como de preço baixo e qualidade

reconhecida, criará diferencial perante os compradores. Partindo de que a

cotação é um processo impessoal e racional e que o contato do consumidor com

o produto antes da compra é muito pequeno, uma marca que possui uma

identidade formada com os seus compradores e consegue transmiti-la pode ser

cotada melhor pelos tomadores de decisão.

Comparando os resultados da pesquisa com a revisão de literatura, o

branding da empresa fabricante tem que levar em conta que o principal

comunicador de imagem da marca para o consumidor final desse mercado é o

intermediário, que deve investir em relacionamento com os seus clientes, pois

poucos entrevistados levantaram comprar direto da fábrica, restringindo

somente aos que realizam compras em lotes grandes.

Se sim, quanto você estaria disposto a

pagar mais por esse produto?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

21 a 40

41 a 60

0 a 20

81 a 100

2 2 9,52 9,52

4 6 19,05 28,57

14 20 66,67 95,24

1 21 4,76 100,00

Page 50: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

50

4.4 Sustentabilidade e Marketing verde

4% 4%

14%

18% 18%

11%

32%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

De 0 a 10 qual a influência do produto ser sustentável no momento da compra?

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

No o

f ob

s

4% 4%

14%

18% 18%

11%

32%

Gráfico 11 - De 0 a 10 qual a influência do produto ser sustentável no momento da compra?

Tabela 11 - De 0 a 10 qual a influência do produto ser sustentável no momento da compra?

De 0 a 10 qual a influência do produto sersustentável no momento da compra?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

0

4

5

7

8

9

10

1 1 3,57 3,57

1 2 3,57 7,14

4 6 14,29 21,43

5 11 17,86 39,29

5 16 17,86 57,14

3 19 10,71 67,86

9 28 32,14 100,00

Page 51: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

51

Nessa pergunta, investigou-se a questão da sustentabilidade nos

produtos de EPI. Foi possível perceber também que os clientes estão dispostos

a pagar mais também por um produto preocupado com o meio ambiente, ficando

em sua maioria as notas acima de 7.

83%

17%

Sim Não

Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse fabricado por uma empresa

preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na fabricação dos seus produtos,

dando o correto fim para seus residuos e esse produto ser biodegradável?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

No

of o

bs

83%

17%

Gráfico 12 - Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse de uma empresa preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na fabricação dos seus produtos dando o correto fim para seus resíduos e esse produto ser biodegradável?

Page 52: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

52

Tabela 12 - Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse de uma empresa preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na fabricação dos seus produtos dando o correto fim para seus resíduos e esse produto ser biodegradável?

Para comprovar a pergunta anterior e não deixar dúvidas sobre o conceito

de sustentabilidade foi perguntado especificamente descrevendo os critérios que

tornam um produto sustentável e a maioria dos entrevistados respondeu que

sim, estariam dispostos a pagar mais por eles.

50%

21%

13%

8% 8%

0 a 20 21 a 40 61 a 80 81 a 100 41 a 60

Se sim, quanto você estaria disposto a pagar a mais por esse produto?

0

2

4

6

8

10

12

14

No

of o

bs

50%

21%

13%

8% 8%

Gráfico 13 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Você estaria disposto a pagar mais por um

produto que fosse fabricado por uma empresa

preocupada com a natureza, utilizando materiais

recicláveis na fabricação dos seus produtos,

dando o correto fim para seus residuos e esse

produto ser biodegradável?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

Sim

Não

24 24 82,76 82,76

5 29 17,24 100,00

Page 53: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

53

Se sim, quanto você estaria disposto a pagar a

mais por esse produto?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

0 a 20

81 a 100

41 a 60

21 a 40

61 a 80

12 12 50,00 50,00

2 14 8,33 58,33

2 16 8,33 66,67

5 21 20,83 87,50

3 24 12,50 100,00

Tabela 13 - Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Complementando a pergunta acima, as empresas que responderam

estarem dispostas a pagar mais pelos produtos sustentáveis, afirmaram que sua

pré-disposição é de desembolsar de 0 a 20% a mais por esses produtos.

Assim como nas pesquisas analisadas na revisão de literatura, os

consumidores de EPI também estão dispostos a pagar mais por produtos

sustentáveis. Em ambas as perguntas que investigam a importância que os

produtos ecologicamente corretos tem para os consumidores.

Porém, haja vista a grande importância que os compradores dão para o

preço e a tamanha racionalidade que está inserida no processo decisório das

empresas, é preciso investigar a fundo a sensibilidade desse mercado ao preço

dos produtos especificamente sustentável. Pesquisas analisadas para a

elaboração da revisão de literatura mostram que alguns setores só investem em

produtos sustentáveis quando é legalmente exigido.

Cabe analisar que embora a sensibilidade ao preço exista, as pessoas

deram relevância para as questões ambientais do formulário, comprovando o

que foi investigado na pesquisa literária.

Page 54: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

54

4.5 Importância e valor do intermediário na distribuição

76%

24%

Não Sim

Você compra EPI direto da fábrica?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

No

of o

bs

76%

24%

Gráfico 14 - Você compra EPI direto da fábrica?

Você compra EPI direto da fábrica?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Não

Sim

22 22 75,86 75,86

7 29 24,14 100,00

Tabela 14 - Você compra EPI direto da fábrica?

Com o objetivo de entender a importância do intermediário na distribuição

dos produtos de EPI, foi perguntado se as empresas compram produtos diretos

da fábrica, ou seja, não participando as distribuidoras da distribuição aos

clientes. Em sua maioria responderam que não utilizam EPI direto da fábrica.

Page 55: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

55

67%

22%

11%

Preço Qualidade Rapidez na entrega

Se sim, por que você compra direto da fábrica?

0

1

2

3

4

5

6

7

No o

f o

bs

67%

22%

11%

Gráfico 15 - Se sim, por que você compra direto da fábrica?

Se sim, por que você compra direto da

fábrica?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

Qualidade

Preço

Rapidez na entrega

2 2 22,22 22,22

6 8 66,67 88,89

1 9 11,11 100,00

Tabela 15 - Se sim, por que você compra direto da fábrica?

Aqueles que compram direto da fábrica responderam que o preço é fator

determinante ao realizar a compra do produto, alguns ainda complementaram

que isso só é possível porque compram de grande quantidade, pois as

fabricantes vendem somente lotes fechados.

De acordo com as respostas dos entrevistados, somente as empresas

que compram um lote elevado dos produtos compram direto da fábrica. Como a

Page 56: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

56

maioria das empresas citou não comprar direto, ele se torna peça chave na

distribuição e um canal muito importante para as pequenas empresas.

Sendo ele quem terá o relacionamento todo com o cliente final – como

analisado na revisão de literatura –, a relação entre fabricante e intermediário

deve ser geradora de valor e de cooperação, considerando-se uma peça chave

para a satisfação dos compradores e suas respectivas empresas.

4.6 Tecnologia

69%

31%

Não Sim

Você compra produtos EPI pela internet?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

No o

f obs

69%

31%

Gráfico 16 - Você compra produtos de EPI pela internet?

Page 57: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

57

Você compra produtos EPI pela internet?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

Não

Sim

20 20 68,97 68,97

9 29 31,03 100,00

Tabela 16 - Você compra produtos de EPI pela internet?

27%

18% 18% 18%

9% 9%

Ag

ilid

ad

e

En

tre

ga

pid

a

Fa

cili

da

de

Pra

ticid

ad

e

o te

m n

a c

ida

de

os p

rod

uto

s

Pre

ço

O que te levaria a comprar os produtos pela internet?

0

1

2

3

4

No

of o

bs

27%

18% 18% 18%

9% 9%

Gráfico 17 - O que te levaria a comprar os produtos pela internet?

Page 58: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

58

O que te levaria comprar os produtos pelainternet?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Entrega rápida

Não tem na cidade os produtos

Facilidade

Agilidade

Praticidade

Preço

2 2 18,18 18,18

1 3 9,09 27,27

2 5 18,18 45,45

3 8 27,27 72,73

2 10 18,18 90,91

1 11 9,09 100,00

Tabela 17 - O que te levaria a comprar os produtos pela internet?

68%

32%

Não Sim

Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal direto, conectado a sua

empresa não necessitando do processo de cotação e que programasse suas compras, você

estaria disposto a pagar mais por esse serviço?

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

No

of o

bs

68%

32%

Gráfico 18 - Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal direto, conectado a sua empresa não necessitando de todo o processo de cotação e que programasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais por esse serviço?

Page 59: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

59

Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal direto,conectado a sua empresa não necessitando do processo de cotação e queprogramasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais por esseserviço?

Count CumulativeCount

Percent CumulativePercent

Não

Sim

19 19 67,86 67,86

9 28 32,14 100,00

Tabela 18 - Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal direto, conectado a sua empresa não necessitando de todo o processo de cotação e que programasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais por esse serviço?

75%

25%

0 a 20 21 a 40

Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

0

1

2

3

4

5

6

7

No

of o

bs

75%

25%

Gráfico 19 - Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Page 60: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

60

Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria

disposto a pagar mais por esse produto?

Count Cumulative

Count

Percent Cumulative

Percent

0 a 20

21 a 40

6 6 75,00 75,00

2 8 25,00 100,00

Tabela 19 - Se sim, de 0% a 100% quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

Foi investigado se as empresas pagariam mais por um sistema integrado

de compras junto com o fornecedor. Porém a resposta obtida foi que não, as

empresas não estão dispostas a pagar mais por esse serviço que facilita o

processo de cotação.

Também analisou-se se as pessoas aderem a tecnologia para comprar

os produtos e se estariam dispostos a pagar mais por algo que simplifique o

processo de cotação.

Aqueles que compram produtos da internet deram diversos motivos, mas

o que mais destacou foi a agilidade no processo. É possível perceber que esse

canal facilita o processo de compra do EPI, pois os mais respondidos estão

relacionados com praticidade de quem está comprando. Complementando a

pergunta acima, as empresas que responderam “Sim” disseram que estão

dispostas a pagar no máximo 20% por esse serviço que traria mais praticidade

a comprador.

O resultado foi que a maioria dos compradores não utiliza internet para

comprar os produtos e também não estão dispostas a ter um sistema integrado

com a empresa para facilitar o fornecimento do material. As empresas que

utilizam internet buscam atributos relacionados com a praticidade da compra e

não como um canal de relacionamento, como a teoria investigada também

coloca.

Page 61: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

61

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo realizado teve por objetivo principal atestar os fatores geradores

de valor na pesquisa em revisão da literatura com o banco de clientes de uma

empresa de equipamento de proteção individual. Embora fosse analisado vários

criadores de valor, eles podem coexistir dentro da empresa, bem como a

estratégia da organização pode ter foco em somente um deles.

Buscando melhor entendimento de todo o processo, foi explorado todo o

método de compra e quais os fatores que podem influenciar na decisão do

comprador, além de cada fator gerador de valor conforme seria investigado

posteriormente com a aplicação da pesquisa por formulário. Porém, entende-se

que cada tópico criador de valor pode ser estudado separadamente, a fim de

obter um estudo aprofundado sobre as variáveis do Business to Business, haja

vista a escassez de conteúdo acadêmico do assunto principalmente ao conteúdo

brasileiro.

Em toda a revisão da literatura, os fatores criadores de valor encontrados

foram descritos na pesquisa, bem como base para a elaboração do formulário

que foram insumos para o mapeamento de possíveis geradores que podem ser

colocados na proposta de valor de uma organização do setor de EPI.

5.1 Fatores geradores de valor

O processo de compra organizacional possui intrínseco a ele como

levantado na revisão de literatura racionalidade em suas decisões. Os fatores

levantados pelos compradores mostram que as características exigidas pelo

produto são mais técnicas, voltadas para as características ligadas as

implicações do produto na organização. O comprador associa as suas decisões

com os objetivos da organização em que atua. Como o objetivo de uma empresa

privada é gerar lucro, o preço se torna um fator muito importante para a escolha

do produto.

Page 62: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

62

Observa-se que esse não é o único fator que determina uma compra, uma

marca conhecida no mercado que possui bom gerenciamento da marca é

impactante no processo decisório, pois a identidade do produto permite o

processo de compra seja simplificado, pois já existe um pré-conceito por parte

do tomador de decisão acerca daquele produto.

Outra questão observada é o relacionamento com o cliente que acontece

de duas formas diferentes no mercado de EPI. As empresas que possuem uma

demanda maior e adquirem lotes grandes de produtos, realizam suas compras

diretamente com as fábricas e por um preço menor. Aquelas que tem uma

demanda pequena dependem dos atacadistas para fazer as compras, que

diferente do produtor, possuem um portfólio de produtos com um mix grande de

marcas à escolha dos seus clientes. Isso pode gerar ao comprador uma

percepção da marca com base no relacionamento com esse atacadista,

tornando-o peça chave na geração de valor, assim como expõe Chung,

Chatterjee e Sengupta (2012) onde a dependência do fabricante para com o

intermediário exige que a marca invista e dê apoio aos seus atacadistas, pois é

a forma como os produtos chegam ao cliente final da organização.

Embora a tecnologia venha sendo fator determinante em muitos setores

e o ambiente das organizações em sua dinamicidade tem mudado devido ao

impacto da mesma, as organizações que compram EPI não tem uma

sensibilidade razoável à implementação da tecnologia no processo de compra

organizacional. Esse foi um fator gerador que contraria a revisão da literatura,

demonstrando-se não ter grande importância no valor para os tomadores de

decisão.

Por outro lado o marketing verde pode ter impacto na decisão do

comprador conforme foi investigado e representar valor à medida que os clientes

da empresa pesquisada afirmam estarem dispostos a pagar mais pelo produto.

Rodrigues (2009) afirma que os assuntos relacionados ao meio ambiente e a

consciência ambiental vem tomando cada vez mais importância, o que torna o

ser humano preocupado com os produtos que está adquirindo. Por outro lado, o

processo racional de compra organizacional pode direcionar o comprador a

pensar nos impactos técnicos de uma compra sustentável, como Rodrigues

(2009) em sua pesquisa no setor de calçados coloca que algumas organizações

adquirem os produtos sustentáveis porque entregam seus produtos ao varejo

Page 63: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

63

com proposta de valor de Marketing verde, outros citaram que a empresa gera

benefício de custos recolhendo os dejetos despejados no setor produtivo, que é

um atributo exigido por leis ambientais.

5.3 Limitações do estudo

A melhor situação para realizar-se uma pesquisa científica segundo

Silveira (2000) é quando há total disponibilidade de informações, recursos

físicos, financeiros, tecnológicos e tempo para realização da mesma. Embora

inúmeras restrições sempre são apresentadas para qualquer estudo realizado,

cabe o pesquisador investigar e identificar os impactos considerando as

possíveis influências no trabalho final.

A primeira restrição encontrada para a pesquisa foi a escassez de

material sobre o tema e pesquisas anteriores, não permitindo um estudo

profundo e vasto sobre cada assunto abordado no referencial teórico. Isso é

visto como uma oportunidade, sendo esse trabalho realizado para contribuir com

a literatura já existente.

O fato de a pesquisa impactar na rotina dos compradores organizacionais

das empresas entrevistadas exigiu que não tomássemos muito tempo para o

trabalho. Isso exigiu que a pesquisa embora com uma amostra pequena fosse

feita por meio de um formulário que não exigisse um longo tempo para a

entrevista, fazendo com que a coleta trouxesse dados quantitativos para a

investigação.

5.4 Sugestões de estudos futuros

Os estudos na área de marketing carecem de conteúdo voltado para o

mercado organizacional. Embora tal assunto apresente grande complexidade, é

ainda inexplorado. Pela experiência com a pesquisa realizada, o processo de

compra organizacional possui muitas variáveis envolvidas que podem ser

estudadas futuramente.

Page 64: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

64

Tais atributos ligados ao produto como exposto nessa pesquisa servem

são de embasamento introdutório a futuras pesquisas que podem aprofundar-se

a cada gerador de valor, além de que a dinamicidade e incerteza em que as

empresas estão inseridas e a constante inovação do mercado podem criar

outros fatores ainda não investigados pelo conteúdo acadêmico.

Dentre os demais temas passíveis de pesquisa, o processo de compra

organizacional pode ser analisado e mais estudado, bem como as variáveis que

interferem interna e externamente na organização, como fatores humanos e

culturais, características de compra, entre outros. As possibilidades de estudo

são bastante vastas, apresenta-se algumas sugestões que podem ser seguidos

referentes ao comportamento de compra organizacional.

Page 65: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

65

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Alda Rosana Duarte de; FARINA, Milton Carlos. Marketing de

Projetos: uma realidade do Marketing B2B em empresas de construção civil.

Revsta Ciências administrativas, Vol. 13. UNIFOR: Fortaleza, 2007.

CARNEIRO, Alex. Quão boa é a sua gestão de preços?: Dicas práticas para

o diagnóstico. Revista Marketing Industrial, nº 51. Instituto de Marketing

Industrial: São Paulo, 2011.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: Uma visão

abrangente da moderna administração das organizações. 7 ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2003.

CHURCHILL, Gilbert. A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os

clientes. 2º ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CHUNG, Chiayin; CHATTERJEE, Sharmila C.; SENGUPTA, Sanjit.

Manufacturer’s reliance on channel intermediares: Value drivers in the presence

of a direct web channel. Industrial Marketing Management. Vol. 41. Elsevier,

2012.

DOMINGUES, Osmar. Gestão de compras de supermercados: Estudo de

caso: Coop – Cooperativa de consumo. (Dissertação) Universidade de São

Paulo, Programa de Pós Graduação em Administração: São Paulo, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo:

Atlas, 2002.

GLYNN, Mark S. The moderating effect of brand strength in manufacturer–

reseller relationships. Industrial Marketing Management. Vol. 39. Elsevier, 2010.

Page 66: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

66

HAAS, Alexander; SNEHOTA, Ivan; CORSARO, Daniela. Creating value in

business relationship: The role of sales. Industrial Marketing Management. 41ª

Ed. Graz, Austria: Elsevier, 2012.

KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12º Ed. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada. 3º

Ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MARCONI, A.; Lakatos E. M. Fundamentos de metodologia cientifica. 6ªed.

São Paulo: Atlas, 2005.

MINTZBERG, Henry. Safári da Estratégia: Um roteiro pela selva do

planejamento estratégico. 2º Ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

MOREIRA, José C. T. Commodity e especialidade. Revista Marketing

Industrial, nº 51. Instituto de Marketing Industrial: São Paulo, 2011.

ROBBINS, Stephen P. Administração: Mudanças e perspectivas. 1ª Ed. São

Paulo: Saraiva, 2000.

RODRIGUES, Moacir Vicentin. Marketing ambiental e sua influência no

comportamento de compras organizacionais: Um estudo comparativo de

casos da Indústria calçadista paranaense. (Dissertação) Universidade Federal

do Paraná, Mestrado em Administração, 2009.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23ª. São

Paulo: Cortez, 2007.

SILVEIRA, Rosandra Fernandes da. Análise das variáveis organizacionais

do comportamento de compra das grandes empresas industriais do Rio

Grande do Sul. (Dissertação) UFRGS, Programa de pós em administração:

Porto Alegre, 2000.

Page 67: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

67

TACCONI, Marli de Fátima Ferraz da Silva; LOPES, Fernando Dias; ALLOUFA,

Jomária Mata de Lima; LEITE, Ana Patrícia Rodrigues. Revista portuguesa e

brasileira de gestão. Jul-Set, 2011. Actual Editora, 2011.

Page 68: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

68

APÊNDICE A

Page 69: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

69

Boa tarde! Meu nome é Renan Freitas, estudo Administração na UEM e estou fazendo uma pesquisa para o meu Trabalho de Conclusão de Curso com empresas que compram EPI, você tem dois minutinhos para responder um questionário? É bem rapidinho!

1. De quanto em quanto tempo você compra EPI?

( ) Até um mês

( ) Acima de um mês até dois meses

( ) Acima de dois até três meses

( ) Acima de três meses

( ) Quando precisa

2. Em média de quantas empresas você compra os produtos de EPI?

( ) 1 ( ) 2 a 3 ( ) 4 a 5 ( ) 6 ou mais

3. Vocês utilizam cotação:

( ) Sim ( ) Não ( ) Somente para alguns produtos

4. Para quantas empresas de EPI em média você solicita cotações?

( ) 1 ( ) 2 a 3 ( ) 4 a 5 ( ) 6 ou mais

5. Das empresas que você solicita cotação, você costuma comprar os produtos de quantas empresas?

( ) 1 ( ) 2 a 3 ( ) 4 a 5 ( ) 6 ou mais

6. Quais os motivos que normalmente levam você a comprar o produto dessa empresa?

7. Quanto ao diferencial de um produto de EPI:

8. De 0 a 10 (sendo 10 para maior e 0 para menor) qual a influência do preço no momento da compra?

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( )8 ( ) 9 ( ) 10

9. De 0 a 10 (sendo 10 para maior e 0 para menor) qual a influência da marca ser conhecida no momento da compra?

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( )8 ( ) 9 ( ) 10

10. Você paga mais por um produto de uma marca que já conhece?

( ) Sim ( ) Não

Page 70: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

70

10.1. Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

( ) 0 a 20% ( ) 21 a 40% ( ) 41 a 60% ( ) 61 a 80% ( ) 81 a 100%

11. De 0 a 10 qual a influência de o produto ser sustentável no momento da compra?

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( )8 ( ) 9 ( ) 10

12. Você estaria disposto a pagar mais por um produto que fosse fabricado por uma empresa preocupada com a natureza, utilizando materiais recicláveis na fabricação dos seus produtos, dando o correto fim para seus resíduos e esse produto ser biodegradável?

( ) Sim ( ) Não

12.1. Se sim, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

( ) 0 a 20% ( ) 21 a 40% ( ) 41 a 60% ( ) 61 a 80% ( ) 81 a 100%

13. Você compra EPI direto da fábrica? (verificar se adquire produtos de intermediários atacadistas)

( ) Sim ( ) Não

13.1. Se sim, por que você adquire direto da fábrica?

14. Você compraria produtos de EPI pela Internet?

( ) Sim ( ) Não

15. Se não, O que te levaria a comprar os produtos pela internet? (questionar todos os motivos que levariam a comprar)

16. Caso uma empresa disponibilizasse seus produtos por um canal direto conectado a sua empresa não necessitando do processo de cotação e que programasse suas compras, você estaria disposto a pagar mais por esse serviço?

( ) Sim ( ) Não

17. Se sim, de 0% a 100%, quanto você estaria disposto a pagar mais por esse produto?

( ) 0 a 20% ( ) 21 a 40% ( ) 41 a 60% ( ) 61 a 80% ( ) 81 a 100%

As perguntas eram essas, muito obrigado pela atenção, tenha uma boa tarde!

Page 71: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

71

APÊNDICE B

Page 72: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

72

INTRODUÇÃO

As organizações estão inseridas em um contexto dinâmico pelo qual é

afetada diretamente e indiretamente por variáveis ambientais, sejam elas

clientes, economia, política, sociedade, matéria prima, fornecedores, entre

outros. Essas variáveis ambientais influenciam no modo como a empresa se

estabelece e se legitima no ambiente em que atua. Nesse contexto, as

organizações estabelecem diferentes transações comerciais, seja com seu

cliente final ou fornecedor, logo, deve-se analisar de modo mais próximo a

relação que se estrutura entre a organização e seus fornecedores e o vinculo

que se dá entre esses elementos (ROBBINS, 2000).

A sobrevivência das empresas nesse ambiente e o sucesso das mesmas

estão diretamente relacionados com a sua capacidade de atender as

necessidades dos seus clientes, as quais devem ser identificadas e entendidas

criando valor para o cliente de forma que conquiste e os fidelize (SILVEIRA,

2000).

É de suma relevância o estudo do comportamento de compra das

empresas, haja vista a complexidade do tema e o montante acerca das

transações organizacionais (SILVEIRA, 2000). O mercado de bens industriais é

formado por uma quantidade bem menor de compradores em comparação ao

mercado de consumo, porém esses poucos têm uma representatividade muito

maior no montante de vendas das organizações (KOTLER apud SILVEIRA).

A compra organizacional, ou compra Business to Business (B2B), é um

assunto pouco explorado nos estudos de marketing, porém a literatura

disponível mostra que há uma variação muito grande ao que tange a geração de

valor ao cliente organizacional ou comprador organizacional. As mudanças nos

estudos B2B vão desde o tipo de cliente, o mercado, comportamento dos

compradores, uso do produto por quem compra, até influências do ambiente e

estratégias de mercado utilizadas pela empresa (HUTT; SPEH apud FERREIRA;

IKEDA). A compra organizacional não é um evento isolado que acontece no

ambiente, mas um processo de decisão onde há vários participantes

(FERREIRA; IKEDA, 2011).

Esse processo decisório é complexo, pois não se trata de consumidores

que vão até o mercado varejo para adquirir um produto e sofrem inúmeras

Page 73: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

73

influencias do marketing. A decisão vem de técnicos especializados e

preparados para análise dos produtos, com critérios e objetivos pré-

estabelecidos (ALMEIDA; FARINA, 2007).

Diversos podem ser os aspectos analisados nas relações B2B.

TACCONI; LOPES; ALLOUFA; LEITE (2011) ressalta a importância da

confiança entre as pessoas das organizações que estão no processo de compra

como fator determinante para a compra, descrevendo confiança como uma

relação social entre as partes e a redução dos riscos na transação.

Ainda é possível afirmar que essa relação é mais próxima da empresa

com seu fornecedor no B2B, desta forma o marketing de relacionamento ganha

espaço forçando a empresa a oferecer obrigatoriamente algo diferente e muito

maior que apenas um produto, tendo que criar valor para o cliente organizacional

(ALMEIDA; FARINA, 2007).

De encontro a esses fatores, CHURCHILL; PETER (2010) afirma que as

decisões acerca de uma compra organizacional são altamente racionais, pois o

comprador remete a um superior para mostrar que sua decisão é a melhor, tendo

como objetivo maior trazer mais retorno para a organização.

JUSTIFICATIVA

Os estudos mercadológicos devem compreender os mercados de

atuação das empresas que compreendem o marketing de consumo a

compradores individuais e compradores organizacionais quando se trata do

marketing industrial ou marketing organizacional. Os estudos atuais são

diretamente relacionados ao mercado de varejo e de compra do consumidor,

tornando pequena a quantidade de trabalhos sobre compras organizacionais

mesmo constatando o montante grande movimentado pelas compras industriais

(SILVEIRA, 2000).

O foco da pesquisa é utilizar a literatura disponível sobre Business to

Business para explicar o processo decisório de compra organizacional e quais

influências esses podem sofrer no ato da transação. A compreensão do B2B é

muito importante visto a complexidade do processo decisório do comprador

organizacional. Este sofre influências diferentes do consumidor final quando

quer adquirir um produto (FERREIRA; IKEDA, 2011).

Page 74: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

74

Dessa abordagem cada vez mais específica acerca do Marketing, cabe

restringir o estudo somente a relação de B2B. Assim surgem novos espaços de

pesquisa como já dito anteriormente onde se diferencia do B2C e a relação de

consumidor para varejo, variando as influências que sofrem o tomador de

decisão de compra no momento de concretizar o ato. Portanto, a pesquisa visa

contribuir para as pesquisas organizacionais, visando compreender a relação

Business to Business (B2B) nas comprar organizacionais e também em como é

a geração de valor nesse modelo de transação mercadológica.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Investigar os fatores geradores de valor no processo de compra organizacional

e marketing Business to Business com base em pesquisa realizada no setor de

vendas de EPI (equipamento de proteção individual).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estudo aprofundado sobre marketing B2B

Mapeamento de variáveis que interferem nas compras organizacionais

Identificar geradores de valor no processo de decisão do comprador

2. REVISÃO DE LITERATURA

A relação B2B está pautada sob as compras organizacionais, essas

envolvem todo um processo de decisão complexo dentro de uma empresa

(considerando a empresa sendo do setor público, privado, industrial e todos os

setores). O processo se torna cada vez mais complexo a medida que o setor de

compra toma um papel cada vez mais estratégico na organização (SILVEIRA,

2000).

Desta forma, a compra organizacional não é um simples procedimento,

envolvendo complexas respostas vindas do comprador ou cliente organizacional

que não se limita somente a compra do produto, indo além na busca de

informações sobre os mesmos, benefícios para a organização que adquire os

Page 75: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

75

produtos e até mesmo uma relação duradoura entre as partes (RODRIGUES,

2009).

Segundo Kotler (2000, p. 214) “o mercado empresarial é formado por

todas as organizações que produzem bens e serviços que são utilizados na

produção de outros produtos ou serviços que são vendidos, alugados ou

fornecidos a terceiros”. Esse mercado movimenta quantidade maior de dinheiro

e produtos nas suas transações (RODRIGUES, 2009).

Nesse contexto, é importante compreender que há muitas diferenças do

marketing Business to Business (B2B) para o marketing Business to Consumer

(B2C), pois no primeiro é necessário entender o processo de decisão dos

clientes organizacionais (SETH; MITAL; NEWMAN apud SILVEIRA, 2000).

Essas pessoas que são responsáveis pela decisão da empresa precisam

responder sob suas ações a superiores e um chefe e desta forma necessitam

demonstrar maior racionalidade ao tomar atitudes que tragam maior retorno à

organização. Mas isso não os exclui de sofrerem influências e estarem

predispostos a interferências do ambiente. Pode-se dizer que o comprador

organizacional identifica vantagens diferentes do consumidor de varejo ao tomar

sua decisão (CHURCHILL; PETER, 2010).

O processo de criação de valor para o cliente nessa relação se torna fator

chave de sobrevivência no longo prazo e vantagem competitiva perante o

ambiente, sendo principal foco do marketing em muitas organizações criar

entregas ao cliente que representem mais que somente um produto (HAAS;

SNEHOTA; CORSARO; 2011).

O conceito de valor dentro do marketing B2C consiste em avaliar a

diferença entre a percepção do cliente no uso dos produtos ou serviços

adquiridos de acordo com os gastos para adquiri-lo (CHURCHILL; PETER,

2010).

Já a relação de valor no B2B envolve muitos critérios que vão além do

B2C tornando a decisão de compra mais elaborada, pautada em muito mais

informações, conceitos técnicos e dependendo da organização, há uma

administração interna voltada para a análise dos benefícios gerados, vantagens

econômicas e redução de custos, buscando novos mercados com objetivo de

agregar valor ao foco estratégico da empresa de forma que esse passe também

para o cliente (RODRIGUES, 2009).

Page 76: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

76

Isso se deve ao fato de que ao comprar produtos no mercado

organizacional, a empresa está inserindo o mesmo em seu produto final

(SILVEIRA, 2000).

No passado, o processo de decisão de compra era focado em trazer para

a organização o produto que teria o menor preço. Mas a percepção da relação

B2B atual mostra que a compra pautada na negociação de recursos com a parte

interessada passou a dar lugar a organizações que buscam em seus

fornecedores apoio e comportamento cooperativo e suas estratégias (TACCONI;

LOPES; ALLOUFA; LEITE, 2011).

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa se caracteriza como estudo de caso, descritiva e

qualitativa. O estudo de caso de acordo com Gil (2002, p.138), pode ser

caracterizado por: “uma família, ou qualquer outro grupo social, um pequeno

grupo, uma organização, um conjunto de relações, um papel social, um processo

social, uma comunidade, uma nação ou mesmo toda uma cultura”. Severino

(2007) compreende que o estudo de caso deve ser relevante de forma que

fundamente situações análogas e permita generalizações, por isso se faz

necessária uma escolha assertiva do caso para o trabalho.

A pesquisa descritiva segunda Gil (1999, p.42) tem como finalidade

“descrição das características de determinada população ou fenômeno ou

estabelecimento de relações entre variáveis”. Segundo Best (apud, MARCONI

E LAKATOS, 2006, p. 20) a pesquisa descritiva “delineia o que é – aborda

também quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de

fenômenos atuais objetivando seu funcionamento no presente”. Já a pesquisa

qualitativa é definida por Godoy (1995, p.62) caracteriza-se por principalmente

“o estudo e análise do mundo empírico em seu ambiente natural. Nessa

abordagem valoriza-se o contado direto do pesquisador e a situação que está

sendo estudada”.

A pesquisa se utilizará também ainda de dados primários e secundários.

Os dados primários serão coletados mediante livros e artigos relacionados ao

Page 77: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

77

objeto de pesquisa. Os dados secundários serão coletados através de

formulários aplicados em empresas compradoras de diversos setores que se

utilizam de equipamentos de proteção individual (EPI) nos seus processos

produtivos. Segundo Nogueira:

O formulário em “uma lista formal ou inventário destinado à coleta de dados resultantes quer da observação, quer de interrogatório, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador, a medida que faz as observações ou recebe as respostas, ou pelo que pesquisado, sob sua orientação (1968 apud MARCONI; LAKATOS 2003, p. 212).

Plano de trabalho individual, detalhando as atividades a serem desenvolvidas no período de 01/03/2012 a 31/11/2012

Revisão da literatura sobre o tema.

Elaboração e execução de pesquisa com compradores organizacionais dos clientes da empresa escolhida

Análise e interpretação dos dados

Análise das fases anteriores e interpretação dos resultados

Elaboração final do TCC

Defesa

Page 78: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

78

Cronograma de execução abrangendo o período de 1/03/2012 31/11/2012**

**Cronograma de execução

DESCRIÇÃO DAS

ATIVIDADES

Assinalar o mês em que a atividade será executada

10º

11º

12º

Revisão da literatura sobre o tema

X X

Elaboração e execução de pesquisa com compradores organizacionais dos clientes da empresa escolhida

X X

Análise e interpretação dos dados

X X

Análise das fases anteriores e interpretação dos resultados

X X

Elaboração final do TCC

X

Defesa X

Page 79: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

79

REFERENCIAS

CHURCHILL, Gilbert. A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os

clientes. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

ALMEIDA, Alda Rosana Duarte de; FARINA, Milton Carlos. Marketing de

Projetos: uma realidade do Marketing B2B em empresas de construção civil.

Revsta Ciências administrativas, Vol. 13. UNIFOR: Fortaleza, 2007.

TACCONI, Marli de Fátima Ferraz da Silva; LOPES, Fernando Dias; ALLOUFA,

Jomária Mata de Lima; LEITE, Ana Patrícia Rodrigues. Explorando os

geradores de confiança nas compras interorganizacioais. Revista

portuguesa e brasileira de gestão. Jul-Set, 2011. Actual Editora, 2011.

FERREIRA, Luciana Brandão; IKEDA, Ana Akemi. Cliente hoteleiro Business

to Business e o composto de Marketing: o que é importante? Observatório

de Inovação do turismo – Revista Acadêmica. Vol IV, nº4. Observatório de

Inovação do Turismo: Rio de Janeiro, 2011.

Cadernos Compromisso com a Excelência: Cliente / Fundação Nacional da

Qualidade – São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2008.

SILVEIRA, Rosandra Fernandes da. Análise das variáveis organizacionais

do comportamento de compra das grandes empresas industriais do Rio

Grande do Sul. (Dissertação) UFRGS: Porto Alegre, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo:

Atlas, 2002.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23ª. São

Paulo: Cortez, 2007.

Page 80: Geração de valor nas compras organizacionais e as influências na relação business to business

80

MARCONI, A.; Lakatos E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução

de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e

interpretação de dados. 6ªed. São Paulo: Atlas, 2006.

MARCONI, A.; Lakatos E. M. Fundamentos de metodologia cientifica. 5ªed.

São Paulo: Atlas, 2003.as

ROBBINS, Stephen P. Administração: Mudanças e perspectivas. 1ª Ed. São

Paulo: Saraiva, 2000.

HAAS, Alexander; SNEHOTA, Ivan; CORSARO, Daniela. Creating value in

business relationship: The role of sales. Industrial Marketing Management. 41ª

Ed. Graz, Austria: Elsevier, 2012.

RODRIGUES, Moacir Vicentin. Marketing ambiental e sua influência no

comportamento de compras organizacionais: Um estudo comparativo de

casos da Indústria calçadista paranaense (Dissertação). Universidade Federal

do Paraná, 2009.