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Planejamento e organização da Assessoria de Comunicação Ibgen – 2º semestre 2009 Rosângela Florczak

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Aulas do segundo semestre de 2009.

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Planejamento e organização da Assessoria de Comunicação

Ibgen – 2º semestre 2009Rosângela Florczak

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Primeira aula – 23 de setembro

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– Conhecer para conviver

• quem somos e o que queremos - perfil e expectativa para os três encontros

• O que nos inquieta na atividade – organização e planejamento

– Apresentação do plano de aula e das referências

– Pressupostos

– Balizamento conceitual – organização, comunicação, perfil do profissional

– Modelos possíveis de assessoria de comunicação

– Início do trabalho prático

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Objetivos

• Desenvolver um olhar crítico e dialógico dos profissionais que atuam nas assessorias de comunicação, percebendo a amplitude dos espaços possíveis e ampliando o olhar para horizontes mais largos que permitam uma atuação estratégica e efetiva do profissional de comunicação nas organizações contemporâneas.

 • Compreender o lugar atual das assessorias – Tanto aquelas que são parte da

organização quanto as terceirizadas. • Estabelecer os pressupostos básicos de configuração da área (organização) para que

a mesma assuma papel vital na gestão dos relacionamentos da organização. • Promover a interlocução permanente e complementar entre o planejar e o organizar

na Assessoria. • Entender o potencial da comunicação no alcance dos objetivos globais da

organização.  • Aprofundar a discussão sobre a mensuração de resultados em comunicação –

objetivos, metas e indicadores.

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3 aulasAULA PREVISÃO DE ATIVIDADE

1

• APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA E DAS REFERÊNCIAS • PRESSUPOSTOS • BALIZAMENTO CONCEITUAL – ORGANIZAÇÕES, COMUNICAÇÃO, PERFIL

PROFISSIONAL E A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO • MODELOS POSSÍVEIS DE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO • INÍCIO DO TRABALHO PRÁTICO

2

• PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE COMUNICAÇÃO • CONHECIMENTO DA ORGANIZAÇÃO (AUDITORIAS, DIAGNÓSTICOS E

OUTROS) • CONHECIMENTO DOS PÚBLICOS • PLANOS, PROJETOS, PROGRAMAS E AÇÕES POSSÍVEIS • SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE RESULTADOS

• CONT. DO TRABALHO PRÁTICO 3

• PROJETO GLOBAL DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – APRESENTAÇÃO DOS

TRABALHOS. CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO: • PROCESSO DE TRABALHO. COMO FOI FEITO: BRIEFING, DIAGNÓSTICO,

AUDITORIAS, ESTUDO DO MERCADO, OUTROS. • SINTONIA DA PROPOSTA COM A NECESSIDADE – ELABORAÇÃO DO BRIEFING • PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

• PLANOS, PROJETOS, PROGRAMAS E AÇÕES POSSÍVEIS • SISTEMA DE MENSURAÇÃO DE RESULTADOS

• DEFESA DO PROJETO

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Atividade prática em grupo (avaliação)Oficina de organização e planejamento em Assessoria de

Comunicação

• Reunir-se em grupo• Fazer escolhas:

– Elaborar o projeto de uma empresa de assessoria de comunicação – Elaborar o projeto para assessoria de comunicação de uma empresa

• Projeto deverá ser apresentado na última aula do módulo (em apresentação organizada pelo grupo) e versão documento entregue para a professora e deve contemplar:

• Descrição da organização

– No caso a, definir expertise, o foco, a abrangência geográfica da atuação, a composição societária, os serviços que serão oferecidos, portfólio dos profissionais, etc – Perfil do mercado a ser buscado.

– No caso b, descrever a organização, o produto fabricado ou serviço oferecido, o briefing das necessidades – perfil da organização a ser atendida.

– Dificuldades prováveis– Vantagens possíveis

• O que o grupo entende por comunicação– Visão– Missão– Princípios

• Planejamento estratégico– Fazer a proposta de diagnóstico – foco na metodologia que será aplicada – Públicos– Planos, projetos, programas e ações possíveis– Sistema de mensuração de resultados– Orçamento

• Estratégia de comunicação de lançamento da empresa ou do serviço para uma empresa

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Pressupostos

• Pode haver assessoria de comunicação sem organização e planejamento?

– Opção entre ser uma área meramente operacional/ instrumental ou fazer a diferença nos resultados da organização/estratégico.

– O olhar multidimensional sobre a comunicação. A interlocução com outros saberes. A busca constante de conhecimento.

– O profissionalismo. Perfil do profissional e o desenvolvimento do mercado

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Balizamentos - organizações

• Fica claro que as organizações vivem tempos de transformação profunda. Desafiadas pelo modelo econômico e pela revolução tecnológica, precisam, cada vez mais, legitimar-se junto aos públicos afetados pela sua existência.

• Cardoso (2006), ao analisar o cenário das organizações neste início do século 21, afirma que se trata de um tempo marcado por uma nova relação homem/organização/mundo. Além da força física e mental do trabalho, é preciso levar em conta o homem como sendo um ser total, que pensa criticamente, age eficiente e eficazmente e sente-se criativamente como parte do todo.

• Importância da informação e dos processos de comunicação na gestão das organizações (texto Cardoso).

• Entrada em cena de um novo sistema produtivo, caracterizado pela maleabilidade, com modificações substanciais no universo da gestão.

• Modelos de gestão predominantes e formas de comunicação.

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Na economia do conhecimento, todo trabalho, seja na produção industrial, seja no setor de serviços, contém um componente de saber cuja importância é crescente. Óbvio que o saber de que

se trata aqui não é composto por conhecimento específicos formalizados, que podem ser aprendidos em escolas técnicas. Muito pelo contrário, a informatização revalorizou as formas de saber que não são substituíveis, que não são formalizáveis: o saber da experiência, o discernimento, a capacidade de

coordenação, de auto-organização e de comunicação. Em poucas palavras, formas de um saber vivo adquirido no

trânsito cotidiano, que pertencem à cultura do cotidiano.

(GORZ, 2005, p.9).

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Multidimensionalidade das organizações

• “A evolução do trabalho ilustra a passagem da unidimensionalidade para a multidimensionalidade. Estamos apenas no início deste processo” (MORIN, 2005a, p. 91).

• As organizações navegam em mar tempestuoso e administram uma complexa equação de interesses. Se não conseguirem dar conta do desafio e preservar suas finalidades ou sua razão de ser, tendem a definhar e até a soçobrar (SROUR, 1998, P. 126).

• Cultura organizacional - compreender o descortinar do universo simbólico que sustenta a dinâmica das relações no ambiente organizacional

• No âmbito das organizações, o direcionamento da cultura se dá pelas certezas tácitas apreendidas e compartilhadas, nas quais as pessoas baseiam seu comportamento diário, ou seja, “Ela resulta no que é popularmente conhecido como o jeito como fazemos as coisas aqui” SCHEIN, 2001,p.39).

• as relações cotidianas são fundamentais para a construção da cultura que é um conjunto de representações imaginárias sociais expressas em termos de valores, normas, significados, interpretações

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Balizamentos - comunicação

• …O que é comunicação? Ou De que comunicação estamos falando?

– Deriva da palavra em latim communicare que “significa ‘estar em relação com’, representa a ação de pôr em comum”.

– Interação, não apenas transmissão!

– Troca, diálogo

– Construção e partilha de sentidos / significados

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• A comunicação “é resultado de formidável movimento de emancipação social, cultural e político nascido no Ocidente”, afirma Wolton (2006, p. 25). A voz, a palavra, o espaço para se manifestar.

• O autor, que conceitua comunicação como a busca da relação e do compartilhamento com o outro, afirma também que “a comunicação parece tão natural que, a priori, não há nada a ser dito a seu respeito. E, no entanto, tanto o seu êxito, como o seu recomeço não são fáceis” (2006, p.13).

• Superar o paradigma informacional, que entende a comunicação como o processo de transmissão de uma mensagem partindo do emissor e chegando ao receptor, impõe-se diante do entendimento de que ela remete mais a uma problemática de confiança, de relação.

• Wolton (2006, p.32) conclui que: a vitória da comunicação é acompanhada por uma mudança em seu estatuto. É menos um processo, com início e um fim, do que uma questão de mediação, um espaço de coabitação, um dispositivo que visa amortecer o encontro de várias lógicas que coexistem na sociedade aberta.

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Comunicação organizacional

• Repousa no berço da Revolução Industrial o surgimento e a configuração atual da Comunicação Organizacional. “As mudanças provocadas com o processo de industrialização obrigaram as empresas a buscar novas formas de comunicação...”, afirma Kunsh (2006, p. 169).

• Hoje, a comunicação ganha novos contornos na sua versão organizacional. É fundamental que ela seja entendida, organizada e planejada a partir do contexto complexo no qual está inserida.

• Para Putnam (2004), que estuda as metáforas da comunicação e da organização, “o campo da comunicação organizacional, assim como o dos estudos organizacionais, enfrenta crise de representação. A comunicação não mais espelha ou reflete a realidade, mas é formativa, no sentido de criar e representar o processo de organizar”

• A comunicação organizacional é um processo, dependente da cultura, de trocas de informações e criação de relacionamentos dentro de ambientes gerenciais, orientados por objetivos, que busca reduzir a ambigüidade e a incerteza, promovendo para as pessoas envolvidas o compartilhamento das interpretações sobre determinado assunto.

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• Prevalece, ainda, nas organizações o viés utilitarista e instrumental (SCROFERNEKER, 2006) da comunicação, característico da teoria moderna ou empírica. Baseado na visão mecanicista da Teoria Matemática da Comunicação, o entendimento aponta como grande missão do comunicar das organizações o ato de divulgar, de transmitir mensagens, preocupando-se quase que exclusivamente com o papel do emissor. Lentamente, as novas concepções, que marcaram o pensamento acadêmico da área na década de 1980, começam a exercer certa influência sobre as práticas.

• A área assume uma dimensão estratégica, estreitamente vinculada à cultura organizacional. Não mais se restringe à simples produção de instrumentos de comunicação: ela assume um papel muito mais abrangente, que se refere a tudo o que diz respeito à posição social e ao funcionamento da organização, desde o seu clima interno até as suas relações institucionais. (CARDOSO, 2006, 1129).

• Uma estratégia de comunicação é algo intrínseco à estratégia global da organização. Expressando de forma mais radical, pode-se afirmar que comunicação e organização constituem um único fenômeno [...] (CARDOSO, 2006, 1129).

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• Uma abordagem que ganha espaço na pesquisa e supera o modelo informacional é a visão da comunicação como construtora de sentido na organização. Um processo complexo, cheio de imprevistos, sutilezas e recursividades entre o emissor e o receptor

• O autor francês da administração, Genelot apresenta três componentes que balizam a recepção da mensagem:– O componente literal é a propriedade das palavras em evocar

uma significação. A comunicação pressupõe a esse nível o uso de um mesmo sistema de codificação.

– Já o componente situacional recupera os lugares, o tempo e as pessoas envolvidas na situação. Não há correspondência automática entre as palavras e a sensação. As condições nas quais as palavras são expressas ou nas quais são ouvidas condicional a sua sensação.

– O componente interpretativo, por sua vez, requer uma confrontação com as estruturas de representações de intenções, de esquemas cognitivos para poder liberar uma significação (GENELOT, 2001 apud CARDOSO, 2006, p. 1131).

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Balizamentos – perfil profissional

• Ao profissional de comunicação organizacional, as mudanças exigidas são proporcionais aos espaços que se abrem para atuação. Antes resignados a uma prática profissional fortemente ancorada no aspecto instrumental/operacional, precisam agora buscar novas competências e desenvolver habilidades para dar conta do novo papel que assumem nas organizações.

• É do pesquisador Wilson da Costa Bueno (2003), o desenho preciso do perfil do novo comunicador no espaço das organizações. Para ele, imprescindível é:

– o conhecimento do mercado no qual a organização atua, do perfil dos públicos com os quais ela se relaciona e dos canais utilizados para promover o relacionamento.

• Mas muito além desse ponto de partida, Bueno aponta para o lugar do comunicador:

– “não pode se reduzir a um mero executor de tarefas, mas tem que estar em sintonia com os novos processos de gestão, com as novas tecnologias, sendo capaz de mobilizar pessoas e se integrar a equipes para realização de um objetivo comum”.

• O autor aponta para o perfil de um genuíno gestor, capaz de traçar estratégias, fazer leituras do ambiente interno e externo e agir, de modo proativo, criando espaços e canais para um relacionamento sadio com os públicos de interesse da organização.

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Vt Aberje

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Modelos possíveis

Fonte: Association Française de Communication Interne

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